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Lucas 19:41-44 apoia a oferta sincera?

*
Tradução: John Rick Lima de Oliveria (johnrick01@gmail.com)

Prof. Herman Hanko

E, quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela,


Dizendo: Ah! se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas
agora isto está encoberto aos teus olhos.
Porque dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te
estreitarão de todos os lados;
E te derrubarão, a ti e aos teus filhos que dentro de ti estiverem, e não deixarão em ti pedra sobre
pedra, pois que não conheceste o tempo da tua visitação.

Lucas 19:41-44

(I)

Alguns dizem, “Como algumas pessoas tentam usar este texto para dizer que Deus chorou sobre
a destruição dos réprobos?”

Uma passagem parecida é encontrada em Mateus 23:37: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os
profetas, e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a
galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!” A chave bíblica para a
interpretação correta desse texto é notar – como diz Agostinho – a distinção que se faz entre
“Jerusalém” (da qual os líderes religiosos eram os fariseus incrédulos) e os filhos de Jerusalém
(os judeus verdadeiros, espirituais e eleitos) a quem Jesus desejou e salvou. Para mais sobre
isso, veja Mateus 23:37 ensina a oferta sincera?

Ambos os textos são erroneamente citados como prova para a noção de que o evangelho é uma
expressão graciosa do amor de Deus por todos os homens e de Seu desejo de salvar todos os
homens, incluindo os réprobos. Isso é tão inflexivelmente fomentado por seus proponentes que
quem discorda é objeto de um apelido desagradável. “Hipercalvinistas, incapazes de evangelizar”.

O argumento que encontra uma oferta graciosa e sincera do evangelho nestes textos é este: Se
Jesus ficou triste com o julgamento iminente de Jerusalém, que a deixaria caída em montes de
escombros, Sua tristeza deve ter nascido de Seu desejo de salvar os habitantes - e Seu fracasso
em fazê-lo. Ele estava frustrado em seus desejos e não conseguiu cumpri-los apesar de seus
melhores esforços. Assim, alguns, alegando serem calvinistas e alegando, portanto, que Deus
sempre cumpre Seu propósito, não há alternativa disponível para eles do que concluir que o Deus
soberano falhou em salvar aqueles a quem Ele amou e desejou salvar. Nenhum apelo para
“aparente contradição” ou “maior lógica em Deus” pode escapar da conclusão de que Deus estaria
amargamente desapontado pelo fato de que seus melhores esforços para salvar Jerusalém
tenham sido impedidos por sua incredulidade.

Também tem sido argumentado que Cristo, segundo a Sua natureza divina, quis e desejou a
salvação dos eleitos apenas, mas segunda a sua natureza humana ele desejou a salvação de
todos os homens. Esta interpretação foi oferecida numa importante questão da igreja na Austrália.
Porém, aqueles que ensinaram esta visão foram, com razão, levados ao Nestorianismo, isto é, o
erro já condenado pela igreja no Concílio de Éfeso em 431, que nosso Senhor tinha duas
pessoas. Quando esta heresia do Nestorianismo é aplicada à oferta graciosa e sincera do
evangelho, o resultado é confusão. Nosso Senhor Jesus Cristo, que é pessoalmente a Segunda
Pessoa da Trindade, e que é (usando as palavras do Credo Niceno) “Deus verdadeiro de Deus
verdadeiro”, foi completamente soberano em tudo que fez, especialmente na Sua salvação dos
eleitos por quem Ele morreu. Mas o mesmo Senhor Jesus Cristo era também uma pessoa
humana que sinceramente desejou a salvação de todos os homens e em amor e misericórdia por
todos buscou a salvação deles. Nosso Senhor Jesus Cristo viveu em um estado de constante
contradição! Como pode ser isto?

Mas a Escritura não ensina “paradoxos” e “aparentes contradições”, e aqueles que alegam que
ela ensina, fazem assim tão somente porque eles tem um machado para moer: eles querem
disseminar a noção de que Deus ama todos os homens e salvaria a todos se Ele pudesse.
A razão para a tristeza do Senhor Jesus é relativamente fácil. Jerusalém era a capital de Israel.
Israel era o único povo que Deus havia escolhido para ser Sua própria possessão e para quem
Deus havia entregado dons especiais (cf. Rom. 9:4-5). Além do mais, Jerusalém era cheia de
figuras do próprio Cristo: o trono de Davi e Salomão, o templo, os muitos sacrifícios que eram
feitos diariamente no templo, as festas celebradas na cidade e até mesmo o monte Sião, formoso
de sítio e alegria de toda a terra (Sl. 48:2). Todas essas figuras serviram a um bom propósito
através de toda a antiga dispensação. O fato dessas imagens terem sido seriamente deturpadas
pelos escribas e fariseus perversos era a razão da tristeza de Cristo. Isto não é compreensível?
Você não ficaria pesaroso se uma pessoa malvada tirasse sua melhor fotografia e a estragasse
tanto que você parecesse com um monstro?
Você não ficaria muito triste se alguém com ódio pintasse uma barba em uma fotografia de sua
mãe?
Cristo era como nós em tudo, mas sem pecado. Ele era um homem de tristeza e familiarizado com
a dor, que choraria sobre a morte do Seu amado Lázaro, mesmo sabendo que o ressuscitaria da
sepultura.

As figuras estavam irremediavelmente arruinadas, sem chance de restauração adequada. Nosso


Senhor podia ver Jerusalém em todo o seu esplendor, quando apontava para si mesmo. Ele ficou
entristecido pelo que estava prestes a acontecer.
Mas também ele ficou irado. Quando ele viu o templo, uma figura do Seu próprio corpo, feito um
covil de ladrões, Ele ficou enfurecido. Em sua ira, Ele expulsou os vendedores e compradores e
os animais que eles vendiam nas suas barracas (João 2:13-22).

Certamente não é estranho que Ele mesmo, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, ficasse
pesaroso com o pecado que fez de Jerusalém o espetáculo horrível que havia se tornado. Deus
certamente ficou pesaroso quando Israel se rebelou constantemente contra Ele no deserto. (Heb.
3:10,17; Sl. 95:10). Sem dúvida, ninguém sustentaria a posição de que Deus esteja cheio de
alegria quando a igreja corrompe Sua verdade e faz uma caricatura de sua soberania. A própria
ideia é blasfêmia.

Mas concluir a partir da ira de Deus com pecadores e seu aborrecimento do pecado que Ele
deseja salvar todos os homens é uma corrupção monstruosa da simples lógica. A verdade da
Escritura é que Deus ama os Seus eleitos com amor revelado na cruz de Cristo e aborrece tão
grandemente os pecadores que os pune com a eternidade no inferno.

(II)

A oferta sincera e graciosa do evangelho afirma Deus deseja a salvação de todos os homens
(inclusive os réprobos). A pregação do evangelho é, de acordo com essa visão, destinada a
demonstrar o amor, misericórdia e graça de Deus por todos na esperança de que o homem seja
persuadido a deixar seus caminhos perversos e crer em Cristo. Conforme esta visão, o choro de
Jesus sobre a cidade em Lucas 19 é evidência do seu desapontamento de que tudo que havia
feito pela cidade terminou em fracasso.
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1 Embora a destruição de Jerusalém tenha sido decretada eternamente por Deus, Jesus lamenta a sua destruição por tudo que ela representava e o seu
papel central na antiga dispensação. Além disso, a destruição da cidade era a consequência da ira de Deus pela incredulidade dos judeus ímpios,
principalmente a liderança religiosa judaica.

2 Nota do tradutor: No texto original é usada a palavra ''types'', que significa tipos. Outra palavra que é usada em sentido idêntico é figura. Em
teologia, tipos são representações que apontam para uma realidade definitiva. Por exemplo, o cordeiro que era sacrificado durante as cerimônias de
adoração no templo representava Cristo, o templo representava o corpo de Cristo, dentre muitos outros tipos do Antigo Testamento que apontavam
para Cristo e o Reino de Deus.
Muitas objeções sérias podem ser levantadas contra a oferta sincera do evangelho, das quais não
menos importante é que o Deus onipotente em Cristo é incapaz de cumprir o que Ele quer: ele
quer salvar todos, mas é bem-sucedido em salvar apenas alguns. Alguns teólogos, mais
inclinados do que outros para os ensinamentos do calvinismo, tiveram que lidar com duas
vontades em Deus: uma vontade de eleição segundo a qual Deus quer salvar apenas alguns, e
outra vontade de acordo com a qual Ele quer salvar todos. Não apenas Deus tem duas vontades
nesta visão, como elas são contraditórias!

Precisamos lembrar que as lágrimas de Jesus sobre Jerusalém são explicadas no texto, não são
como lágrimas de decepção por sua tentativa de salvar a cidade ter falhado. Suas lágrimas
ocorreram pela iminente destruição da cidade por causa de sua incredulidade. Versos 43 e 44
ensinam isso. “Porque dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te
sitiarão, e te estreitarão de todos os lados;
E te derrubarão, a ti e aos teus filhos que dentro de ti estiverem, e não deixarão em ti pedra sobre
pedra, pois que não conheceste o tempo da tua visitação”.

É necessário lembrarmos também que a destruição de Jerusalém estava de acordo com o eterno
propósito de Deus. Isso também é ensinado no texto. Jesus lamenta o fato de que a destruição de
Jerusalém não tivesse acontecido1. “Se tu soubesses, mesmo tu, pelo menos neste teu dia, as
coisas que pertencem à tua paz!” Essas coisas que pertencem à paz de Jerusalém são
“escondidas [por Deus] aos teus olhos.” Esta é uma reprovação soberana.
Em conexão com o ensino claro no texto da doutrina da reprovação, devemos enfatizar que a
reprovação não anula a responsabilidade do homem diante de Deus por seus pecados.
Deus cumpre Seu decreto eterno de reprovação de tal maneira que o homem é culpado por seus
pecados e merece condenação eterna por eles.
Embora Deus tenha escondido dos líderes em Jerusalém as “coisas que pertencem à tua paz”,
essas coisas também eram bem conhecidas dos líderes que eram culpados de rejeitá-las. Quando
Jesus diz: "Se tu soubesses, até tu ..." Ele não se refere ao mero conhecimento formal das
Escrituras do Antigo Testamento, que os judeus certamente possuíam, mas ao conhecimento
salvador que dá a capacidade espiritual de acreditar nessas coisas e agir adequadamente. A
distinção é a mesma que Paulo usa em Romanos 1: 18ss. Os iníquos sabem que Deus é o único
Deus verdadeiro e que Ele deve ser servido, mas suprimem a verdade na injustiça - e, nesse
sentido, não a conhecem.

Jerusalém deveria ser destruída porque os judeus não conheciam (e não criam) as coisas que
pertenciam à paz de Jerusalém.

As coisas que pertenciam a paz de Jerusalém eram o seu status como a capital e centro da
adoração de Deus no templo pois essas coisas significavam, tipificavam e apontavam para o
Messias, o Cristo, aquele que tinha vindo agora para cumprir todos estes tipos 2. Eles não queriam
parte no Messias e se apegavam firmemente, mas tolamente às figuras, desprezando a realidade
delas em Cristo. Eles eram como um homem que adora a fotografia da sua esposa enquanto a
trata com crueldade e sendo infiel com ela.
Mas se a destruição de Jerusalém por causa da incredulidade de Israel foi obra soberana de
Deus, porque Jesus chorou ao ver a incredulidade da cidade e sua subsequente destruição?

Dizer que o pecado deixa Deus "triste" - assim como deixou Cristo triste e provocou Suas lágrimas
está em completa harmonia com o Ser de Deus e com a natureza divina de Cristo. O decreto de
reprovação, conquanto seja executado soberanamente na forma do pecado do homem, não exclui
o ódio de Deus pelo pecado e sua "angústia" pela recusa do homem em obedecê-Lo. Deus não
tem prazer na morte dos ímpios, mas que ele se desvie do seu mau caminho (Ezequ. 33:11).
Deus não se deleita com a desobediência à Sua lei e não tem prazer na rebelião do homem. É
difícil para mim imaginar que alguém ensinaria essa doutrina odiosa.
Posicionar-se de forma contrária significaria – ou não? - que Deus tem prazer no pecado do
homem e esfrega Suas mãos em contentamento quando o homem transgride. A reprovação é
soberana, mas o homem é responsável por seu pecado, e sua iniquidade traz sobre ele o juízo de
Deus. Se Deus não punir o homem pelo seu pecado, logo Ele não seria Deus – santo e
verdadeiro, impecável e jubiloso em pureza. Pertencemos e adoramos Àquele que tem prazer na
santidade e se regozija na retidão.

Jesus ficou triste porque Jerusalém o havia rejeitado, a quem o Antigo Testamento inteiro apontou,
pois Ele era aquele que tinha vindo cumprir tudo.
A soberania de Deus, também em reprovação, não pode obscurecer Seu ódio do pecado e Sua
justa punição do pecador. Não deve ser interpretado como decepção e desapontamento que
Cristo, também em Sua natureza divina, estava triste por causa da iniquidade de Jerusalém – bem
como oferta sincera do evangelho. Deve ser interpretado como ódio de Deus ao pecado e a
determinação de manter aquilo que Lhe causa prazer – a saber, a santidade.

*Publicado originalmente no site da Covenant Protestant Reformed Church


https://cprc.co.uk/articles/luke19andoffer/

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1 Embora a destruição de Jerusalém tenha sido decretada eternamente por Deus, Jesus lamenta a sua destruição por tudo que ela representava e o seu
papel central na antiga dispensação. Além disso, a destruição da cidade era a consequência da ira de Deus pela incredulidade dos judeus ímpios,
principalmente a liderança religiosa judaica.

2 Nota do tradutor: No texto original é usada a palavra ''types'', que significa tipos. Outra palavra que é usada em sentido idêntico é figura. Em
teologia, tipos são representações que apontam para uma realidade definitiva. Por exemplo, o cordeiro que era sacrificado durante as cerimônias de
adoração no templo representava Cristo, o templo representava o corpo de Cristo, dentre muitos outros tipos do Antigo Testamento que apontavam
para Cristo e o Reino de Deus.

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