Sunteți pe pagina 1din 2

1

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - Campus Tubarão


Curso: Relações Internacionais
Unidade de Aprendizagem: Introdução às Relações Internacionais
Professor: Ricardo Neumann
Acadêmico: Igor Fernandes Matos
Capivari de Baixo, 08 de março de 2020.

Resenha da Leitura: Edward Carr – “Vinte anos de Crise”; Cap. 1 e 2

Nesses dois capítulos, o autor apresenta a ciência da política internacional, já iniciando


com a frase “A CIÊNCIA da política internacional está em sua infância” com ênfase na
palavra “CIÊNCIA”, pois a politica internacional já é antiga, porém há pouco tempo estudada
como uma ciência – o autor até levanta pontos do porquê a política internacional deve ser
vista como uma ciência na medida em que também cita argumentos de terceiros para invalidar
tal afirmação.
No primeiro capitulo o autor se preocupou em contextualizar o início da ciência
política internacional, o que ajudou muito na leitura. Nele, achei interessante como, logo no
começo, o autor diz que, durante a Primeira Grande Guerra, as relações internacionais eram
deixadas para os profissionais - o que eu entendo como diplomatas – como se as políticas
internacionais fossem apenas interesse deles. Também conta a importância do movimento
operário, que de tempos em tempos publicavam artigos sobre a guerra – o que eu,
particularmente achei um ponto importante a ser levantado.
Em seguida – esta parte eu acho muito interessante – Carr cita que “o desejo é o pai do
pensamento”, porém em outras ciências como as físicas, o desejo é barrado pelos fatos, estes
que não podem ser mudados, já na ciência política, o fato pode ser mudado pelo desejo de
muda-lo. Ele ainda acrescenta dizendo que, na ciência política o objetivo do pesquisador já é
um fato. O exemplo dado pelo autor é bastante interessante. Ele exemplifica usando Karl
Marx, dizendo que Marx, com seu objetivo de destruir o sistema capitalista, escreveu O
Capital, e que “no processo de analisar os fatos, Marx alterou-os”.
“Todo pensamento politico ajuda a modificar os fatos a que se refere. O pensamento
político é, ele mesmo, uma forma de ação política. A ciência politica não é apenas a ciência
do que é, mas do que deveria ser.”. Quis levantar aqui essa frase de Carr para lembrar da
importância de se discutir política, de quebrar com o tabu de que “politica não se discute”.
Concordo fielmente em Carr quando ele diz que o pensamento politico é uma forma de ação
política. Suas escolhas influenciam na política, e vice versa. Discutir politica é, para mim,
discutir o coletivo, o rumo da sociedade e a convivência dentro e fora dela – pensando em
2

âmbito internacional. Nessa frase também analiso a postura do autor no parágrafo acima. O
desejo do pesquisador, ou seja, do que e/ou como deveriam ser certas coisas, também
configura a ciência política.
No texto seguinte, o autor levanta a importância dos pensamentos utópicos, afirmando
que é somente quando projetos utópicos fracassam – gosto do exemplo do alquimista que o
autor coloca – que pesquisadores se atentam aos “fatos”. Gosto quando o autor, após citar
vários projetos utópicos fracassados, como a sociedade cooperativa de Fourier e o mercado
universal livre de Adam Smith, coloca os mesmos como bem sucedidos, que mesmo
fracassado, a ideia utópica de Fourier o tornou um dos fundadores do socialismo, assim como
a ideia fracassada de Adam Smith o tornou fundador da economia política – nesse mesmo
parágrafo, o autor diz que os acontecimentos, a partir de 1931, tornaram possível desencadear
um raciocínio crítico e analítico sobre os problemas internacionais, de quais acontecimentos,
em especifico, o autor estava falando?
Nos textos seguintes o autor apresenta o pensamento realista, se contrapondo ao
pensamento utópico, e apresenta, a partir disso, nos textos que segue, sempre duas ideias
“contrapostas”, como livre arbítrio e determinismo, teoria e prática, intelectualidade e
burocracia, esquerda e direita, e por fim, ética e política. Desses, eu gostaria de ressaltar a
intelectualidade e a burocracia. O autor conta que em “tempos de paz”, é comum os
intelectuais estarem na liderança, mas quando se exige mais “postura”, é comum que seus
seguidores busquem um burocrata, isso, no meu entendimento, dá-se pelo motivo de que as
“teorias intelectuais” são mais atrativas – como uma ideia de mundo perfeito, eu imagino –
porém as “práticas realistas” tem mais eficácia frente a problemas mais sérios como batalhas e
crises. De um lado os intelectuais com seus conceitos e conhecimentos, e de outro lado, os
burocratas com suas experiencias, vivencias e vinculados aos acontecimentos.
Eu consegui observar em quase todos os textos do segundo capitulo, a presença do
utópico e do realista, e consegui também, entender a importância dos dois lados para a ciência
política. O autor diz, que para a ciência política, é importante termos o equilíbrio entre utopia
e realismo, alinhar o desejo utópico com os fatos realistas.
Finalizando minha análise, eu gostaria de por aqui que achei a leitura leve e de fácil
entendimento já que o autor usa uma linguagem mais moderna e com poucos termos
desconhecidos porem com algumas referências à pensamentos filosóficos – empirismo,
apriorismo, e outros – que eu particularmente adoro. Textos muito bem contextualizados
historicamente e muitos exemplos, o que ajuda ainda mais a entender o que o autor quer
passar.

S-ar putea să vă placă și