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Questões e debates
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28 Introdução à Sociolinguística
Já nos idos dos anos 1960 e 1970, Labov (1972) investigou o efeito de
diversos fatores sociais dessa natureza sobre traços do inglês padrão e não pa-
drão, dedicando-se sobremaneira a demonstrar que o Black English vernacular,
variedade extremamente estigmatizada, sofre preconceito em razão de pressões
étnicas, escolarização e classe social. Sankoff, Kemp & Cedergren (1978) de-
monstraram que escolarização, valor de mercado de formas discursivas e status
profissional dos falantes são relevantes para determinar o grau negativo ou positivo
de marcação social das alternativas linguísticas: falantes com maior cotação no
mercado linguístico tendem a lançar mão de estruturas de maior prestígio. As
contribuições de Laberge (1977), Clermont & Cedergren (1979) e os trabalhos
de Kemp (1979 e 1981) consolidaram resultados a favor da tese de que empre-
gos linguísticos prestigiados acham-se preferencialmente em indivíduos com
prestígio social alto.
A escolarização tem sido testada amplamente para se verificar o seu grau
de influência sobre os falantes quanto à apropriação da norma de prestígio. Num
painel bem amplo apresentado em Silva & Scherre (1996), três tendências foram
observadas quanto ao efeito da escolarização sobre as formas padrão, próprias a
estilos e gêneros mais formais.
a) Podem ocorrer casos em que os falantes entram na escola oscilando entre um
grande e um pequeno uso da variante padrão; a escola "poda" a criança que não se
amolda ao sistema de ensino. (...) Nesses casos, trata-se de variantes estigmatizadas
pela escola, que chegam a ser sistematicamente corrigidas.
b) Em outros casos, em que a maioria dos falantes entra na escola sem usar a
variante padrão, esta é adquirida durante sua escolarização sem que desapareça,
porém, a variante não padrão. Enquanto no primeiro ano escolar só há indivíduos
que tendem a usar a variante não padrão, nos últimos anos escolares há falantes que
tendem a usar ambas as variantes. (...) Algumas variantes não padrão não chegam
a ser estigmatizadas pela escola, não sendo objeto de correção.
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30 Introdução à Sociolinguística
Chambers (1995) julga que classe social é o aspecto mais marcado linguis-
ticamente nas nações intensamente industrializadas e a estratificação social pode
ser observada com base em indicadores ocupacionais, educacionais e econômicos.
Para o autor, nos círculos sociais mais fechados e localizados, temos as redes
sociais da família, da vizinhança, do clube e de outros locais de identidade. Há
índices mais objetivos de classe social, outros de caráter bem subjetivo. Em seus
estudos, Trudgill (1974) oferece índices detalhados para demarcar classe social,
tal como localidade, tipo de casa etc. Note-se ainda que mobilidade social pode
ficar ao sabor da avaliação das pessoas e submeter-se à constituição de estereó-
tipos, como a categoria de nouveau riche.
Nem sempre variedades de prestígio, com alta cotação de mercado, são
necessariamente assimiladas pelos falantes. Há casos que, por razões outras, cons-
tituem mudança em curso e, por isso, os padrões linguísticos devem ser compre-
endidos também pela sua natureza dinâmica. Esse é um dos motivos pelos quais
não necessariamente os movimentos dos indivíduos na direção de ascenção social
redundam na apropriação de recursos linguístico-discursivos monitorados.
Estudos pioneiros no Brasil no âmbito do PEUL (Programa de Estudos
sobre os Usos da Língua), citados e sucintamente mencionados em Paiva &
Scherre (1999), procuraram correlacionar a utilização de construções prestigiadas
e não prestigiadas com variáveis como bens materiais, bens culturais, origem so-
cial. Os resultados não foram tão surpreendentes quanto se esperava, o que pode
significar que essas categorias não são mensuráveis por critérios linguísticos ou
são subcategorias que representam pré-condições a urna trajetória mais custosa e/
ou mais longa que o indivíduo tem que percorrer no eixo vertical da estratificação
social, durante a qual a língua é uma das propriedades no conjunto de propriedades
que compõe finalmente o patrimônio social de uma pessoa.
Algumas considerações
Como podemos vincular as questões linguísticas sucintamente expostas com
fatores e barreiras de exclusão e mobilidade social? A apropriação da cultura letrada
e a utilização adequada de recursos linguísticos são suficientes para indicar o espaço
que os indivíduos ocupam na escala social e/ou determinar mobilidade social?
Se há dúvidas quanto a alguns dos indicadores aqui mencionados como
identificadores e determinadores de status social, há outros sobre os quais há
consenso absoluto e que já são de senso comum. A fome, condições subuma-
nas no que se refere à habitação, saúde, educação são barreiras intransponíveis
e constituem impedimentos aos indivíduos à cidadania plena. Sabemos que o
Brasil convive com esses agentes em diferentes graus a depender da localidade
em nosso território.
Segundo o último Censo, os indicadores sociais apresentam-se mais po-
sitivos. No entanto, a concentração populacional nos grandes centros urbanos
tem concorrido para que um grande universo de pessoas mantenha-se na linha da
miséria, embora os índices apontem melhoria para os brasileiros quanto à expec-
tativa de vida, renda, saúde e escolaridade. Contudo, isso não tem sido suficiente
para promover distribuição mais justa de riqueza no país, para diminuir a violência
e a mortalidade infantil, para melhorar a qualidade de nosso ensino.
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I: 4, A variável gênero/sexo
Alguns estudos
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34 Introdução à Sociolinguística
Gênero/sexo Freouência PR
Feminino 280/1137 25% .45
Masculino 468/1411 33% .57
Gênero/sexo Freouência PR
Masculino 1763/3953 45% .42
Feminino 2556/4080 63% .58
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A variável gênero/sexo 35
com base em dados de interação face a face entre falantes cariocas, mostra que
a ocorrência do pronome de segunda pessoa tu sem concordância com o verbo
(Tu quer uma cerveja?) é mais frequente na fala de homens (peso relativo de .57)
do que na fala de mulheres (peso relativo de .43).
Diversos outros estudos sobre processos variáveis do português apontam
para o que poderíamos denominar uma maior consciência feminina do status social
das formas linguísticas. Mas essa tendência pode ser constatada, igualmente, em
outras línguas, como na queda variável das oc1usivas [t] e [d] em final de sílaba
(walkedlwalke), no inglês falado em Detroit (Wolfran, 1969) ou na variação
entre os pronomes on (equivalente a agente) e naus (nós) que está na origem de
alternâncias como Naus allons au cinema/On va au cinema, no francês falado
em Montreal, Canadá (Laberge, 1977). No primeiro caso, a queda da consoante
final é mais recorrente entre falantes do sexo masculino. No exemplo da variação
entre on e naus, a segunda forma, considerada padrão, é mais frequente entre as
mulheres do que entre os homens.
A análise da correlação entre gênero/sexo e a variação linguística tem de,
necessariamente, fazer referência não só ao prestígio atribuído pela comunidade
às variantes linguísticas como também à forma de organização social de uma
dada comunidade de fala. A consistência do padrão que aponta o conservadoris-
mo linguístico das mulheres emerge da análise de variações em comunidades de
fala ocidentais, que partilham diversos aspectos da organização sociocultural.
Esse padrão pode ser revertido, no entanto, quando se consideram dados de co-
munidades de fala caracterizadas por outros valores culturais e outra forma de
organização social. Um exemplo ilustrativo é o da variação entre oc1usiva uvular,
oc1usiva glotal e oc1usiva velar em árabe. O estudo realizado por Haeri (1987) em
diferentes comunidades muçulmanas mostra um outro padrão de distribuição das
variantes em relação a gênero/sexo: a variante uvular, forma de prestígio baseada
no árabe literário, predomina entre os homens; as mulheres, por sua vez, estão
associadas ao maior uso das formas não prestigiadas. Como discutiremos mais à
frente, ainda que os padrões de correlação possam diferir, eles refletem mais do
que diferenças biológicas, diferenças no processo de socialização e nos papéis
que cada comunidade atribui a homens e mulheres.
Essas diferenças de socialização podem se refletir até mesmo em estilos
interacionais distintos. A análise de conversações espontâneas tem permitido
mostrar diferenças significativas na forma como homens e mulheres conduzem
a interação verbal. Enquanto os homens tendem a manifestar um estilo mais
independente e uma postura que garanta seu prestígio, as mulheres orientam sua
conversação de uma forma mais solidária, que busca o envolvimento do interlo-
cutor (Tannen, 1990; Coulthard, 1991).
36 Introdução à Sociolinguística
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38 Introdução à Sociolinguística
":"_. FAIXA ET ÁRIA 7-14 anos 15-25 anos 26-49 anos 50+ anos __ ----
Homens 240/642 37% 483/894 54% 543/1148 47% 497/1269 39-
-- .39 .50 .41 .39
Mulheres 333/647 51% 561/1004 56% 912/1220 75% 750/1209 6:-
.52 .50 .70 .59
I. Na figura I, UM equivale à classe média alta, LM à classe média baixa, UW à classe trabalhado
LW à classe trabalhadora baixa.
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--- A variável gênero/sexo 39
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Na segunda faixa etária (15 a25 anos), os pesos relativos para homens e mu-
lheres são idênticos, indicando uma neutralização do efeito da variável nesse grupo
de falantes. Ao contrário, nas faixas etárias mais avançadas (26 a 49 anos e acima
de 50 anos), constata-se significativa diferença dos valores estatísticos associados
a homens e mulheres, com as últimas apresentando uma tendência muito maior de
utilização de todas as marcas de plural. A forte interação entre as variáveis gênero/
sexo e idade é ressaltada igualmente por Kemp (1979), a partir da reanálise de
diversos processos de variação no francês de Montreal. Homens e mulheres mais
jovens apresentam grande semelhança de comportamento linguístico, enquanto
homens e mulheres mais velhos tendem a apresentar diferenças mais notáveis.
Além das interações já ressaltadas, outros indícios de diferenças entre ho-
mens e mulheres podem ser depreendidos através do controle de outras variáveis
como mercado ocupacional, influência da mídia ou grau de escolarização, como
mostram Oliveira e Silva & Paiva (1996). A variável mercado ocupacional e atua
de forma mais relevante entre os homens do que entre as mulheres. Já na faixa
etária de 15 a 25 anos, pode-se verificar que os homens apresentam um processo
de ajuste sociodialetal mais evidente, com aumento significativo de variantes
consideradas padrão. Uma diferença que pode ser devida, pelo menos em parte,
ao fato de que, em nossa sociedade, os homens são, desde cedo, educados para
obter sucesso profissional e assumir o sustento familiar.
De forma diferente, constata-se que a variável mídia (em particular a televi-
são) possui efeito mais notável entre os falantes de sexo feminino, principalmente
na quarta faixa etária (acima de 50 anos). Quanto maior o tempo de exposição
à linguagem veiculada pela mídia, maior a ocorrência de variantes prestigiadas
na linguagem das mulheres. Uma interpretação possível dessa particularidade
é a diferença, não apenas quantitativa (mulheres passam mais tempo diante da
televisão) como também de atitude de homens e mulheres no que se refere a
esse meio de comunicação. Os homens tendem a manifestar maior reserva com
relação à mídia televisiva do que as mulheres.
Há indicações ainda de que o processo de escolarização atua de forma mais
nítida sobre as mulheres do que sobre os homens (cf. Oliveira e Silva & Paiva,
1996). A mulher se revela mais receptiva à atuação normativa da escola, mais
predisposta à incorporação de modelos linguísticos.
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40 Introdução à Sociolinguística
Considerações finais
2. Essa interação entre gênero/sexo e outras variáveis fornece argumentos contrários a uma explicação biológica
que faça referência às diferenças cerebrais entre homens e mulheres.
3. É preciso considerar, no entanto, que o árabe literário não é uma variedade vernacular, mas sim uma espécie
de norma supranacional, o que instala nesse caso uma situação de diglossia.
42 Introdução à Sociolinguística
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Trabalho, lazer, atividades domésticas são compartilhados de uma forma que
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.-=-=----- desfaz os estereótipos inerentes aos papéis masculino e feminino na sociedade.
--- Essas modificações, assim como se manifestam em outras práticas sociais, podem
se refletir no uso linguístico, seja alterando os padrões de correlação estatística,
seja anulando o efeito da variável.
Exercícios
l-No estudo de algumas variações fonológicas, as diferenças cons-
tatadas na linguagem de homens e mulheres foram muitas vezes
atribuídas a diferenças no aparelho vocal. Você concorda que dife-
renças linguísticas entre os sexos possam ser devidas às diferenças
biológicas?
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5, O dinamismo das línguas
Introdução
Todos sabemos que as línguas mudam com o tempo. Basta compararmos
o português com o latim, ou até com o próprio português da época medieval,
para notarmos diferenças em todos os níveis, desde a semântica até a sintaxe,
passando pela fonologia, pelo léxico, pela morfologia, etc.
Esta mudança a longo prazo, através dos séculos, não se processa de
maneira instantânea ou abrupta, como se numa determinada manhã a população
inteira acordasse falando de maneira diferente da do dia anterior. De fato, as
mudanças linguísticas normalmente se processam de maneira gradual em várias
dimensões. Nos eixos sociais, por exemplo, os falantes mais velhos costumam
preservar mais as formas antigas, o que pode acontecer também com as pessoas
mais escolarizadas, ou das camadas da população que gozam de maior prestígio
social, ou ainda de grupos sociais que sofrem pressão social nonnalizadora, a
exemplo do sexo feminino de maneira geral, ou das pessoas que exercem ativida-
des socioeconômicas que exigem uma boa apresentação para o público. E mesmo
uma única pessoa pode escolher uma forma mais conservadora numa situação
formal, preferindo outra forma mais atual em conversa informal,
Os eixos da própria estrutura linguística não são diferentes: num dado mo-
mento do processo de mudança, certos itens lexicais ou determinadas estruturas
podem ser mais propensos a mudar, a exemplo da espirantização das sibilantes
no Rio de Janeiro, praticamente limitada aos itens mesmo [rnehm"] e gente [henj']
no momento atual.
Concluímos, então, que a mudança linguística não é absolutamente me-
cânica e regular a curto prazo. Em qualquer estado real da língua, costumam
coexistir formas de diversos estágios de evolução, apesar do fato de que a longo
prazo normalmente no espaço de várias gerações a mudança quase sempre
acaba afetando todos os itens lexicais e todas as estruturas de um determinado
tipo. Uma mudança pode ser limitada por um determinado contexto estrutural
(por exemplo, as surdas se tomam sonoras entre vogais), mas neste contexto elas
não admitem exceções. Isto é, a famosa "hipótese dos neogramáticos". Temos,
portanto, um conflito aparente entre o curto e o longo prazo.
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44 Introdução à Sociolinguística
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Idade e mudança linguística
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- Mudança em tempo aparente
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Sob a hipótese clássica, o estado atual da língua de um falante adulto refie
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- estado da língua adquirida quando o falante tinha aproximadamente 15 anos de i
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o dinamismo das línguas 45
Assim sendo, a fala de uma pessoa com 60 anos hoje representa a língua de quarenta
e cinco anos atrás, enquanto outra pessoa com 40 anos hoje nos revela a língua de há
apenas vinte e cinco anos. A escala em tempo aparente, obtida através do estudo de
I' falantes de idades diferentes, é chamada "gradação etária". Ela corresponde, sempre
sob a hipótese clássica, a uma escala de mudança em tempo real.
Podemos esquematizar essas escalas como se segue:
Por exemplo, em uma gravação feita em 1990, a fala de uma pessoa então
com 70 anos de idade representaria o estado da língua adquirida em 1935.
Um estudo muito detalhado usando o conceito de tempo aparente foi levado a
cabo em Martha's Vineyard, uma ilha relativamente isolada situada perto da costa do
estado de Massachusetts, nos Estados Unidos (Labov, 1972). O fenômeno em foco
era a centralização do núcleo do ditongo /aw/ (como nas palavras now, "agora"; out,
"fora"; round, "redondo"), que estava se deslocando da posição [a] (o primeiro a
em casa), padrão na Nova Inglaterra, para a posição do [a] "shwa" (mais próximo
do segundo a de casa), passando pelo [A] (do inglês but, "mas").
Classificando os sons impressionisticamente, sem a ajuda de qualquer
aparelho eletrônico, Labov conseguiu distinguir quatro graus de centralização,
denotados (aw)-O (a posição mais baixa, correspondendo a [a]) até (aw)-3 (a
posição mais alta, correspondendo a "shwa"). Na Figura I, quatro páginas adian-
te, estão representadas as três posições centrais clássicas do alfabeto fonético,
correspondentes à escala de quatro posições utilizada por Labov. A partir dos
dados classificados de acordo com o esquema de Labov, podemos construir um
índice de centralização para qualquer falante ou grupo de falantes: precisamos -
apenas calcular a média dos graus atribuídos às vogais produzidas e multiplicar
o resultado por cem. Assim, um índice perto de zero significa que o falante (ou
grupo) quase não centraliza, e um índice perto de 300 representaria uma produção
quase sempre centralizada no grau mais alto.
A pesquisa em Martha's Vineyard revelou que os velhos estavam preser-
vando mais a forma original não centralizada e os mais jovens estavam utilizando
cada vez mais centralização, como se mostra na Tabela 1:
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46 Introdução à Sociolinguística
!!I Gera ão
I (pais)
Idade
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Índice de aw
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II (filhos) 46-60 44
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o dinamismo das línguas 47
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48 Introdução à Sociolinguística
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o dinamismo das línguas 49
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50 Introdução à Sociolinguística
(ng) Índice
100
80
60
40
CS estilo casual
20
FS estilo formal
o
10-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70
Idade