1. Os impactos territoriais resultantes da progressiva
substituição do solo agrícola por usos urbanos e industriais são: o surgimento das cidades-satélite (têm função residencial e funcional capaz de satisfazer as necessidades da população), o surgimento das cidades-dormitório, aumento dos bairros clandestinos, falta de planeamento da ocupação do espaço e habitação precária; ocupação de solos agrícolas e florestais, com decadência da atividade agrícola e constante obstrução das vias de acesso às cidades pois isto provoca um aumento do consumo de combustível e o aumento da poluição.
2. As áreas urbanas periféricas caracterizam-se pelo
abandono progressivo da agricultura, pela implantação se unidades industriais, enquanto que nos centros das cidades evidencia-se o setor terciário, a nível funcional. A nível social, no centro das áreas urbanas habitam uma classe com uma maior capacidade de recursos económicos (classe alta) enquanto que nas áreas urbanas periféricas habitam classes com capacidades de recursos económicos não muito elevadas (classe média e baixa) pois o preço da renda locativa (preço do solo) diminui com o afastamento do centro das áreas urbanas.
3. Áreas metropolitanas são zonas urbanas com grande
concentração populacional, que corresponde ao território o cupado por uma grande cidade e outras cidades ou aglome rados sob a sua influência. As áreas metropolitanas formam-se em consequência de fatores como: aumento do crescimento demográfico, descentralização das indústrias e dos serviços, e também ao desenvolvimento dos transportes e vias de comunicação pois possibilita a facilitação dos movimentos pendulares dos indivíduos. As áreas metropolitanas efetuam um efeito polarizador sobre as restantes áreas envolvendo uma relação de interdependência e complementaridade.
4. Os principais efeitos polarizadores das Áreas
Metropolitanas de Lisboa e do Porto, a nível nacional e regional, são: uma rede transporte densa onde se efetuam os movimentos pendulares, descentralização das atividades secundário e terciário, o facto destas áreas metropolitanas serem polos dinamizadores da economia nacional e regional, o elevado potencial polarizador de um espaço urbano pode atrair e fixar população e também a existência de um elevado dinamismo demográfico.
5. A implantação da indústria no desenvolvimento das áreas
onde se encontra tem um papel importante pois gera muitos postos de trabalho, contribuindo para a atração e fixação da população permitindo atenuar o êxodo rural, o envelhecimento da população e desertificação demográfica da região onde esta se encontra implantada.
6. As medidas de recuperação da qualidade de vida urbanas
propostas pelos órgãos de decisão são: a reabilitação urbana que consiste na intervenção em áreas degradadas ( inclui conservação, restauro, reforma, entre outros), requalificação consiste na alteração funcional de edifícios ou espaços, com a redistribuição da população e das atividades económicas e também a renovação urbana que se baseia demolição total ou parcial de edifícios e estruturas, de um dado território urbano. Através destas medidas poder-se-á melhorar a gestão do tráfego urbano; alargar os serviços de acompanhamento de crianças e jovens; aumentar o nº e a qualidade dos espaços verdes e melhorar os que existem; construir e otimizar equipamentos coletivos.