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Ética da Comunicação

Disciplina: Legislação e Ética da Comunicação


Prof. Ms. Laércio Torres de Góes
Ética da comunicação
 Os princípios éticos não mudam, mas sim as situações
humanas que condicionam sua apreciação e aplicação
por parte dos profissionais de comunicação.

 Princípios éticos fundamentais da comunicação:

 Primazia da verdade sobre a mentira

 Respeito à honra pessoal contra a difamação em geral e


as calúnias em particular .

 Dignidade humana
Origem - Ética da comunicação
 Surgimento da imprensa – livro

 Conflitos com as instâncias dos poderes


constituídos:

 Universidades, governos, reis e a Igreja

 Censura: Index Librorium Proibitorium


(Índice de Livros Proibidos)

 O livro como forma de comunicação


social alterou as relações entre o poder
público e a intelectualidade.
Origem - Ética da comunicação
 Surgimento dos jornais no Século
XVIII

 Clima conflitante e entre a


imprensa e os poderes públicos.

 Imprensa como poder novo contra


os políticos.

 Atuação nem sempre ética dos


jornalistas.

 Ira dos políticos, o desprezo dos


intelectuais e as cautelas
eclesiásticas.
Origem - Ética da comunicação
 Parlamento: elaboração de leis que regulassem a
atividade informativa, tentando conciliar o direito à
liberdade de expressão com a defesa dos cidadãos.

 Igreja: promoção de campanha da “boa imprensa”,


precauções com o índice de livros proibidos.

 Jornalistas: reconhecimento da necessidade de


criação de tribunais de conduta para arbitrarem os
conflitos com o público e os poderes constituídos.
Ética da comunicação
 Aparecimento de novos meios:
cinema, rádio e televisão.

 Aumenta o nível das complicações


éticas

 Novas tecnologias: possibilidades


de manipulações e distorções.

 Códigos deontológicos no pós-


guerra: aceitavam-se critérios
presumidamente derivados de
Deus, da razão, das leis sociais e da
consciência profissional e boa
vontade.
Ética da comunicação na pós-
pós-modernidade
 Pós-modernidade: mudanças nos critérios de avaliação
ética.

 A razão perdeu seu status como Deus na modernidade.

 A verdade não é buscada como objeto específico da


inteligência, nem Deus como princípio de felicidade ou
orientação de vida.

 Nem a metafísica nem a religião podem oferecer critérios


válidos de conduta.

 A reflexão ética é substituída pela astúcia, pragmatismo e pela


casuística legalidade.
Ética da comunicação na pós-
pós-modernidade
 Preocupação jurídica: busca de evitar e
eventualmente resolver os conflitos de interesse
existente entre a imprensa, as autoridades públicas e o
público.

 Necessidade de objetividade, veracidade e credibilidade,


mas não em virtude do valor em si da verdade ou da
honestidade profissional.

 Códigos deontológicos criados pelas próprias


associações profissionais da informação reduzem-se a
meras recomendações de boa vontade que podem ser
facilmente violadas.
Ética da comunicação e o
desenvolvimento tecnológico
 Desenvolvimento tecnológico: desafio à
responsabilidade moral dos emissores,
individuais ou coletivos.

 Possibilidade de reprodução e cópia

 Direitos autorais: evitar plágio ou roubo


de ideias.

 Trabalho em equipe e as possibilidades


técnicas de padronização massiva: indefinição
de limites entre os direitos do autor e
receptor.

 Internet: copiar e colar


Ética da comunicação x lógica
empresarial
 Ética informativa do setor empresarial condicionada
pela oferta e da demanda do trabalho e de dinheiro.

 Setor econômico age como grupo de pressão sobre o


setor profissional.

 Ideais éticos informativos submetidos aos lucros e aos


interesses dos acionistas e empresários.

 O lucro corre em meio à informação comercial.


Ética da comunicação x lógica
empresarial
 A grande virada ética dos MCS
contemporâneos consiste no seu
deslocamento progressivo rumo às instâncias
de poder nos âmbitos econômico, político e
ideológico.

 O padrão ético já não é mais a verdade


objetiva como paradigma ideal, mas a
sinceridade subjetiva com a menor carga
possível de responsabilidade.

 A verdade informativa não é a que se refere a


uma realidade original, mas sim aquele que o
próprio meio fabrica e transmite como sua
obra exclusiva.
Desafios éticos atuais
 Questão da intimidade: conceito de intimidade
torna-se cada vez mais relativo.

 Civilização da imagem – Exibicionismo - Celebridades

 Monopólios da comunicação: grandes


conglomerados mundiais. Manipulação informativa em
escala mundial.

 Revolução tecnológica: criação da realidade através


dos recursos audiovisuais. As relações humanas diretas
são substituídas pelo meio técnico.

 O meio torna-se mais importante do que a dimensão


humana entre os emissores e os destinatários, do que a
qualidade das mensagens.
Desafios éticos atuais
 Mentalidade pós-moderna: não há razão para falar
de mensagens. Estas não são verdadeiras, boas ou belas.

 A questão ética fica reduzida a uma questão de gosto e


ausência de gosto.

 Relativização dos valores: o pós-moderno não afirma


que algo é verdadeiro ou falso. Há uma desvalorização
da objetividade informativa como critério de
honestidade profissional.

 Colaboração com o poder pelos MCS, tendendo a


serem parciais e unilaterais: Guerra ao Terror.

 Desinformação
Desafios éticos atuais
 Amparados pelo segredo profissional e pela
liberdade de expressão, os MCS muitas vezes
promovem formas de violência e de degradação
humana.

 Liberdade de imprensa como álibi para


interditar a crítica e a regulação da mídia.

 Como regular a mídia?

 Império da imagem: mais importante


aparentar do que ser.

 Os MCS impõem critérios de conduta e criam


opiniões opostas à reflexão ética.
Ética pessoal e ética jornalística
 Ato moral – consequências

 Decisão profissional – responsabilidade


social (divulgação do retrato de um
acusado).

 Atividade social que afeta a terceiros


(Escola Base).

 Profissão que lida com pessoas,


interesses, honras e reputações.

 Dissemina afirmações, reforça


preconceitos, forma opiniões e organiza
o cotidiano das pessoas.
Deontologia – ética profissional
 Ética profissional, de deveres e
valores específicos de uma certa
atividade produtiva.

 A maneira como o valor se


configura na prática profissional de
cada um marca uma ética específica.

 Ethos profissional: espírito


próprio de como se colocar nas
situações e de como se relacionar
com as pessoas, seguindo certos
valores.
Ética jornalística e ética do cidadão
 “O jornalista não tem ética própria.
Isso é um mito. A ética do jornalista
é a ética do cidadão. O que é ruim
para o cidadão é ruim para o
jornalista” – Cláudio Abramo.

 Ética característica do jornalismo,


sustentada por valores específicos da
área.

 Atividade de mediação da realidade,


afeta a terceiros, forma opinião e
registra uma ideia do mundo e das
coisas.
Ética jornalística
 A verdade é um dos pilares de apoio do
jornalismo.

 Uma prática de busca da verdade, um conjunto


de esforços para a transmissão de relatos que
se aproximam de como os fatos aconteceram.

 Ética jornalística como valor de mercado –


qualidade – marketing.

 Iniciativas que promovem a transparência e a


busca pelo aperfeiçoamento das práticas
jornalísticas: manuais de redação e estilo e
ombudsman (ouvidor).
A Verdade (Bill Kovach & Tom Rosenstiel)
Rosenstiel)
 A primeira obrigação do jornalismo é com
a verdade.

 Jornalistas: “a verdade é a missão


primordial da nossa profissão”.

 Ideologias:
 “Não podemos ser objetivos porque
entramos nos assuntos já com certas ideias
preconcebidas”.

 “Mas podemos com toda certeza buscar a


exatidão, a equidade e a verdade” – Patty
Calhoum (editora do jornal alternativo
Westword).
A Verdade (Bill Kovach & Tom Rosenstiel)
Rosenstiel)
 Desejo que a informação seja verdadeira.

 As notícias são o material que as pessoas usam para


aprender e pensar o mundo.

 A informação tem que ser boa e confiável.

 Relativização da verdade: sociedade opressoras e os


pós-modernistas.

 Marketing: imprensa moderna – promessa de


veracidade e precisão.
A Verdade (Bill Kovach & Tom Rosenstiel)
Rosenstiel)
 Notícias e verdade são a mesma coisa?

 Opinião Pública – Walter


Lippmann (1922):

 A função das notícias é sinalizar um


fato ou tornar o público ciente deste
fato.

 “A função da verdade é trazer à luz os


fatos ocultos, estabelecer uma relação
entre eles e montar um quadro da
realidade sobre o qual os homens
podem agir”.
A Verdade (Bill Kovach & Tom Rosenstiel)
Rosenstiel)
 Ceticismo epistemológico na atualidade

 “A certeza de uma verdade demonstrável


não existe”.

 Talvez não exista – indivíduos subjetivos

 Discussão filosófica x prática jornalística

 Informação: o quê? Como? Por que?

 Mito da objetividade
A Verdade (Bill Kovach & Tom Rosenstiel)
Rosenstiel)
 Técnicas e métodos para encontrar a verdade.

 Verdade jornalística: processo seletivo que se


desenvolve entre a matéria inicial e a interação
entre o público leitor e os jornalistas, ao longo
do tempo.

 Desenvolvimento de procedimentos e processos


para se chegar à verdade funcional - veracidade.

 O jornalista procura uma forma prática e


funcional da verdade, não a verdade no sentido
absoluto ou filosófico.

 Interpretação: “a melhor versão da verdade”


– Carl Bernstein.
A Verdade (Bill Kovach & Tom Rosenstiel)
Rosenstiel)
 Imparcialidade: conceito abstrato, mais
subjetivo que a verdade. Imparcial com quem?
Como se testa a imparcialidade?

 Equilíbrio: muito subjetivo. Ser justo com os


dois lados da história talvez não seja o ideal de
verdade, sobretudo se os dois lados não têm o
mesmo peso.

 Jornalismo de verificação x jornalismo de afirmação

 Atualidade: volume enorme de informação –


grande fluxo de dados – Internet – credibilidade
da fonte – no que posso acreditar?

 Necessidade maior da verdade.


Códigos e regras
 Ser social: ser humano é um animal social por excelência.Vive em grupos,
mas esta convivência nem sempre é harmônica. Interesses heterogêneos e
muitas vezes conflitantes.

 Regras: para harmonizar as relações, é necessário criar regras que definam


limites, direitos e obrigaçoes para os membros do coletivo.

 Leis e o Estado: o aumento da complexidade das sociedades obrigou homens


e mulheres a não apenas definir normas, mas também a constituir poderes e
sistemas.

 Existem ainda as convenções sociais, os códigos de conduta, os valores e


os princípios morais.

 Os conjuntos de regras — escritos ou não — funcionam como balizas,


sinalizadores de direção do comportamento. Impõem limites, mas também
garantem direitos.
Códigos e regras
 Leis: As leis são normas que provêm de um poder central, aplicam-se a todos de
urna comunidade e prevêem punições aos que as desrespeitam.

 Fiscalização e punição: Para funcionar bem, o sistema da lei depende da eficiência


dos órgãos de repressão aos transgressores e das instâncias de julgamento e
aplicação das penalidades aos faltosos.

 Recomendações morais: São normas que nem sempre estão escritas, documentadas.
Originadas de costumes e da tradição oral. Há situações em que os valores morais e
recomendações éticas são reunidos em códigos de conduta.

 Códigos de ética: se dá, sobretudo, nos ambientes em que há relações de trabalho,


o que converte esses documentos em códigos deontológicos, códigos de ética
profissional.

 Os códigos de ética são gerados na e pela comunidade a que se destina. Isto é,


lideranças profissionais e representantes dos trabalhadores reúnem-se, discutem e
redigem os documentos. Seus elementos são os valores que regem e dão
fundamento às profissões. Por isso, os códigos trazem recomendações de conduta.
Códigos e regras
 Boa vontade e consciência: os códigos dependem mais da convicção, da
boa vontade, da consciência e da disposição das pessoas em segui-los. Como
não têm o poder das leis e porque são resultados da auto-regulação de um
coletivo, os códigos só funcionam mesmo se os sujeitos cultivarem os valores
ali expressos, concordarem e se engajarem numa proposta ética.

 Livre arbítrio: se o sistema das leis é regulatório, cerceador e impositivo, o


dos códigos deontológicos é uma experiência coletiva de maturidade.

 A comunidade precisa querer seguir as orientações ali indicadas, já que elas


refletem os valores comuns aos membros.

 Sanções: os códigos prevêem sanções aos transgressores com diversos graus,


dependendo da gravidade da falha ética.

 Comissões de ética: julga os casos de desvios éticos. Formadas sempre por


representantes da categoria profissional.
Códigos deontológicos do
jornalismo
 Em âmbito internacional, alguns códigos são bastante influentes:

 Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ)

 American Society of Newspaper Editors (ASNE)

 Society of Professional Journalists (SPJ)

 Declaração de Chapultepec.
Códigos deontológicos do
jornalismo
 No Brasil:

 Código de Ética e Auto-Regulamentaçao da Associação Nacional dos


Jornais (ANJ)

 Princípios Éticos da Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner)

 Código de Ética da Radiodifusão Brasileira, da Associação de Emissoras de


Rádio e Televisão (Abert) (1993)

 Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, assinado pela Federação


Nacional dos Jornalistas (Fenaj), que abrange 31 sindicatos de
trabalhadores no país.

 Códigos que compreendem o jornalismo sem jornalistas.


Código de Ética e Auto-
Auto-Regulamentaçao da
Associação Nacional dos Jornais (ANJ)
 Os jornais afiliados à ANJ - Associação Nacional de Jornais comprometem-se a cumprir
os seguintes preceitos:
 Manter sua independência.
 Sustentar a liberdade de expressão, o funcionamento sem restrições da imprensa e o
livre exercício da profissão.
 Apurar e publicar a verdade dos fatos de interesse público, não admitindo que sobre eles
prevaleçam quaisquer interesses.
 Defender os direitos do ser humano, os valores da democracia representativa e a livre
iniciativa.
 Assegurar o acesso de seus leitores às diferentes versões dos fatos e às diversas
tendências de opinião da sociedade.
 Garantir a publicação de contestações objetivas das pessoas ou organizações acusadas,
em suas páginas, de atos ilícitos ou comportamentos condenáveis.
 Preservar o sigilo de suas fontes.
 Respeitar o direito de cada indivíduo à sua privacidade, salvo quando esse direito
constituir obstáculo à informação de interesse público.
 Diferenciar, de forma identificável pelos leitores, material editorial e material publicitário.
 Corrigir erros que tenham sido cometidos em suas edições.
Princípios Éticos da Associação Nacional dos Editores
de Revistas (Aner)

 Manter a independência editorial, trabalhando exclusivamente


para o leitor.
 Garantir, efetivamente e sem subterfúgios, o direito de resposta
aos que provarem que foram difamados, caluniados ou
injustiçados.
 Zelar pela liberdade de expressão e pelo livre exercício da
profissão de jornalista.
 Assegurar o acesso do leitor às diferentes versões de um fato e
às diversas tendências de opinião da sociedade sobre esse fato.
 Preservar o sigilo de fontes.
 Respeitar o direito do indivíduo à privacidade, salvo quando esse
direito constituir obstáculo à informação de interesse público.
 Diferenciar espaço editorial e espaço publicitário de maneira
facilmente identificável pelo leitor.
 Defender os direitos humanos, os valores da democracia
representativa e a livre iniciativa.
Código de Ética dos Jornalistas
 Redigido sem negociação formal com as empresas.

 Jornalismo que ignora a influências das empresas nas práticas diárias.

 Conflito entre o capital e o trabalho

 Composto de 19 artigos, divididos em cinco capítulos que vão do direito à


informação até as relações profissionais, passando pela conduta e
responsabilidade dos jornalistas.

 Os valores especificados não destoam muito dos códigos das entidades


empresariais: direito à informação, correção e precisão das informações,
veracidade dos fatos, interesse público, liberdade de imprensa, pluralismo,
clareza, sigilo da fonte, respeito à intimidade e à privacidade.

 Reformado em agosto de 2007, está em sua quarta versão.


Legislação
 Constituição Federal (art. 5º, IV,V, X, XIII e XIV; e 220, §§ 1º e 2º a
224): direito à liberdade de expressão e o de imprensa.

 Lei nº 4.117, de 27.08.1962 (Código Brasileiro de Telecomunicações)

 Lei nº 5.250, de 09.02.1967 (Lei de Imprensa): revogada pelo Supremo


Tribunal Federal (STF) em 30 de abril de 2009.

 Lei nº 9.472, de 16.07.1997 (Organização dos Serviços de


Telecomunicações)

 Decreto-Lei 972/1969: revogado pelo STF em 17 de junho de 2009


(diploma).

 Novo Código Civil (Lei n.º 10.406/02) (arts. 11 ao 21): direitos da


personalidade e direito à inviolabilidade da privacidade.

 Código Penal, de 7 de dezembro de 1940 (art. 142, II): crime de injúria


ou de difamação.
Bibliografia
 BLÁZQUEZ, Niceto. Ética e meios de comunicação. São Paulo:
Paulinas, 2000.

 CHRISTOFOLETTI, Rogério. Ética no jornalismo. São Paulo:


Contexto, 2008.

 KOVACH, Bill; ROSENSTIEL, Tom. Os elementos do jornalismo. São


Paulo: Geração editorial, 2004.

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