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Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 6
Sumário
EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA ........................................................................................... 4
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Administração Financeira e Orçamentária – Prof. Sérgio Machado e Prof. Marcel Guimarães
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• Vermelho: vedações, proibições, ressalvas negativas. Por exemplo: “é permitido blá blá, exceto
blá blá...”
• Verde: permissões, ressalvas positivas. Por exemplo: “é vedado blá blá, exceto blá blá...”
• Laranja: obrigações, necessidades, deveres, algo indispensável. Por exemplo: “a Administração
deve, obrigatoriamente, ...”
• Azul claro: faculdades (algo facultativo), discricionariedades (algo discricionário). Por exemplo:
“ao contribuinte é facultado...”
Se você não estuda com papel, ou seja, estuda em mídias digitais, não tem problema. Você pode utilizar
um sistema do mesmo jeito.
Observação: dê preferência a marcadores (de texto) amarelos.
@profsergiomachado
@prof.marcelguimaraes
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Continuando o nosso estudo sobre ciclo orçamentário (ou processo orçamentário), agora estudaremos
a sua terceira e quarta fase, quais sejam:
3. Execução orçamentária;
4. Controle e avaliação da execução orçamentária.
Lembrando que o Poder Executivo elabora e executa, enquanto o Poder Legislativo vota e controla. 😄
Nosso orçamento é do tipo misto!
•Legislativo •Executivo
Controle e Elaboração
avaliação
Discussão,
Execução votação,
aprovação
•Executivo •Legislativo
A execução orçamentária é a utilização das dotações dos créditos orçamentários consignados na Lei
Orçamentária Anual (LOA). Ela é mais restrita e está relacionada ao orçamento público aprovado, ao
planejamento e execução desse planejamento, a receitas e despesas orçamentárias daquele exercício
financeiro.
A execução financeira, por sua vez, é a utilização de recursos financeiros, com o objetivo de realizar
aquilo que foi colocado no orçamento (no planejamento). Portanto, ela é mais ampla e está relacionada com
dinheiro, pagamentos, arrecadação, entrada e saída de recursos do caixa, sejam eles orçamentários ou
extraorçamentários.
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Portanto, sempre que você ver a palavra “financeiro” associe a dinheiro 💵 e sempre que ver a palavra
“orçamentário” associe ao orçamento público 📓.
A execução orçamentária corresponde à utilização dos recursos financeiros para a realização das ações orçamentárias
atribuídas a determinada unidade.
Comentários:
Saiba diferenciar: a execução orçamentária é a utilização das dotações dos créditos orçamentários consignados na Lei
Orçamentária Anual (LOA). A execução financeira é que corresponde à utilização dos recursos financeiros para a
realização das ações orçamentárias atribuídas a determinada unidade.
Gabarito: Errado
Beleza!
Então estamos na execução. E agora? O que é mesmo que se faz dentro dessa fase? Quais são as etapas?
Bom, primeiro vamos planejar um pouco. Comecemos o processo de planejamento. Nós já temos a
nossa despesa fixada. Sabemos qual é o nosso limite de gastos, que estão incluídos nas leis orçamentárias com
base nas receitas previstas, a serem efetuados pelas entidades públicas.
Em seguida ocorrem as descentralizações de créditos orçamentários. As descentralizações de créditos
orçamentários ocorrem quando for efetuada movimentação de parte do orçamento, mantidas as
classificações institucional, funcional, programática e econômica, para que outras unidades administrativas
possam executar a despesa orçamentária (veremos mais sobre isso daqui a pouco!). 😉
“Pronto, professores. Já se sabe o limite de gastos e os créditos já foram descentralizados, agora as unidades
gestoras já podem começar a gastar, não é?” 😃
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Imagine que você é o gestor de um órgão público com 100 funcionários e que recebeu uma dotação de R$ 1.000.000,00
para esse exercício financeiro. Seu órgão também precisa realizar uma obra no mês de outubro E aí? Você vai gastar logo
todo esse crédito nos primeiros meses do ano? Claro que não. A obra é só em outubro e os funcionários devem receber
suas remunerações ao longo de todo o exercício financeiro! Até porque você não arrecada todas as receitas nos primeiros
meses do ano. Elas são arrecadadas ao longo de todo o exercício financeiro. Então, não seria interessante se você fizesse
uma programação orçamentária e financeira? 😏
Só que a Administração também não pode sair contratando e pagando quem ela bem entender. 🤔 As
obras, serviços, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando
contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas
em lei (especialmente na Lei 8.666/93).
Pronto! Essa foi a nossa etapa de planejamento da execução. Agora sim estamos prontos para executar,
de fato, o nosso orçamento. As despesas serão empenhadas, ficarão em liquidação, serão liquidadas e
finalmente pagas. As receitas serão lançadas (ou não), arrecadadas e recolhidas. É isso que acontece na etapa
de execução!
Em seguida, vem a etapa de controle e avaliação da execução orçamentária. O detalhe é que ela não
ocorre necessariamente após a execução. Existem três momentos do controle: prévio, concomitante e
posterior.
Essas, na verdade, são as etapas da despesa orçamentária, previstas no MCASP 8ª edição, resumidas no
esquema abaixo:
Descentraliz. Programação
Fixação da Licitação e
Planejamento despesa
de créd. orçament. e
Contratação
orçament. financ.
Execução Em
Empenho Liquidação Pagamento
(da despesa) liquidação
Controle
“Beleza, professores! Entendi. Mas o que é que eu tenho mesmo que saber sobre a etapa de execução do ciclo
orçamentário?” 🧐
Bom, você que entender os seguintes três tópicos (e é sobre eles que nós vamos conversar a seguir):
1. Descentralização de créditos orçamentários
2. Programação Orçamentária e Financeira
3. Contingenciamento de Gastos
Vamos lá?
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Ressalte-se que uma unidade orçamentária não necessariamente corresponde a uma estrutura administrativa, como
ocorre, por exemplo, com alguns fundos especiais e com as unidades orçamentárias “Transferências a Estados, Distrito
Federal e Municípios”, “Encargos Financeiros da União”, “Operações Oficiais de Crédito”, “Refinanciamento da Dívida
Pública Mobiliária Federal” e “Reserva de Contingência”.
Art. 14. Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou
repartição a que serão consignadas dotações próprias.
Beleza, agora vamos repetir: descentralização de créditos orçamentários é a transferência, por uma
unidade orçamentária ou administrativa para outra unidade, do poder de utilizar créditos que lhe foram
dotados ou àquelas transferidos.
Então, a unidade orçamentária ou administrativa recebeu uma dotação, ou seja, o poder de utilizar
créditos. Transferiu esse poder? Pronto, estamos diante de uma descentralização de créditos orçamentários.
Tranquilo, não é? 😅
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Preste atenção!
Quando há descentralização de créditos orçamentários, as classificações institucional, funcional,
programática e econômica não se alteram! Elas são mantidas!
Prestou atenção nas marcações? 😏 É isso que você vai usar para memorizar. Letra “i” de descentralização
interna e provisão. Letra “e” de descentralização externa e destaque.
Só mais uma informação: quem possui a competência legal em matéria orçamentária é o MPOG –
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e a realiza através da SOF – Secretaria de Orçamento
Federal. A competência financeira é legalmente atribuída ao MF – Ministério da Fazenda que a exerce através
da STN – Secretaria do Tesouro Nacional1.
Esses (MPOG e STN) são os órgãos centrais do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal e do
Sistema de Administração Financeira Federal (SIAF), respectivamente. Abaixo dos órgãos centrais, estão os
órgãos setoriais. Na elaboração da proposta orçamentária, cabe às unidades orçamentárias (UO) elaborar e
apresentar ao órgão central de orçamento a programação orçamentária detalhada da despesa por programa,
ação e subtítulo.
Agora, lembre-se ainda estamos na descentralização orçamentária. Estamos somente movimentando
parte do orçamento. Estamos somente transferindo o poder de utilizar créditos. Não há nada de
transferências financeiras (transferências de recursos, de dinheiro) ainda! 😉
1
PALUDO, Augustinho. Orçamento público, AFO e LRF, 5ª edição, editora Método, 2015.
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Beleza. Agora que a unidade gestora já tem o poder de utilizar créditos, falta ela ter os recursos, o
dinheiro, a “bufunfa”! 😂 É agora que acontece a descentralização de recursos.
Aqui é o seguinte:
“Esse aí não tem a letra “i” e a letra “e” para diferenciar, professores. Como é que eu vou memorizar?” 😣
Simples. Quando é interna, é uma coisa menor. Por isso, é sub-repasse. Quando é externa, é uma coisa
maior. Por isso, é repasse. 😅
Veja o seguinte:
Mas atenção: uma transferência financeira não decorre necessariamente de uma descentralização
orçamentária! Vamos falar novamente, só que em outras palavras: uma descentralização orçamentária não é
pré-requisito indispensável para a execução de uma descentralização financeira. A transferência financeira
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pode vir de um convênio, por exemplo. Nesse caso há somente transferência financeira, sem descentralização
orçamentária! 😉 Resumindo: descentralização orçamentária e descentralização de recursos não estão
necessariamente relacionados!
Preste atenção!
Um sub-repasse vem de uma provisão. E um repasse vem de um destaque. Mas descentralização
orçamentária e descentralização de recursos não estão necessariamente relacionados!
Pronto! Agora que vimos tudo isso, vamos lhe passar o bizú: a questão vai tentar lhe confundir, trocar
“destaque” por “repasse”, “provisão” por “sub-repasse”, “dotação” por “cota”. Por isso, o mais importante é
você saber distinguir a descentralização orçamentária e a transferência de recursos. Por isso, fizemos essa
tabelinha para você:
DESCENTRALIZAÇÃO DE
CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS
Descentralização TRANSFERÊNCIAS FINANCEIRAS
(transferência do poder de utilizar
créditos)
Instrumento Dotação Cota
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A programação financeira, prevista no artigo 8° da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n° 101/2000), ocorre
durante a fase de execução do ciclo orçamentário. Acerca do processo de descentralização financeira, assinale a
alternativa correta.
A) A liberação dos recursos, em consonância com o cronograma de desembolso, se dá por meio da dotação.
B) O repasse é a movimentação externa de recursos financeiros, recebidos na forma de cota, entre unidades orçamentárias
pertencentes a estruturas administrativas diferentes, por exemplo, de um ministério para outro.
C) A descentralização financeira consiste na movimentação de recursos financeiros, sendo realizada por meio de
procedimentos denominados dotação, destaque e provisão.
D) A descentralização interna de recursos financeiros ocorre quando os recursos são transferidos de uma unidade
orçamentária para uma unidade administrativa a ela vinculada, sempre por meio de provisão.
E) A cota constitui o ato pelo qual os créditos do orçamento são consignados às unidades orçamentárias.
Comentários:
Hum! Questão que engloba muito sobre o que conversamos. Veja como a questão é feita somente trocando os nomes.
Vamos às alternativas:
a) Errada. A liberação dos recursos se dá por meio de cota (dotação é como se dá a descentralização orçamentária).
c) Errada. A descentralização financeira consiste na movimentação de recursos financeiros, sendo realizada por meio de
procedimentos denominados cota, repasse e sub-repasse.
d) Errada. A descentralização interna de recursos financeiros é feita por meio de sub-repasse. Falou em recursos
financeiros, estamos falando de transferências financeiras: cota, repasse e sub-repasse.
e) Errada. A dotação é que constitui o ato pelo qual os créditos do orçamento são consignados às unidades orçamentárias.
Gabarito: B
Denomina-se repasse a transferência de parte do crédito orçamentário de uma unidade gestora para entidade integrante
da estrutura administrativa de órgão público diverso.
Comentários:
Viu? É só trocar as bolas e a questão está pronta. Na verdade, denomina-se destaque a transferência de parte do crédito
orçamentário de uma unidade gestora para entidade integrante da estrutura administrativa de órgão público diverso.
Repasse é quando estamos falando de transferências financeiras.
Gabarito: Errado
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Finalidades
Conforme a Lei nº 10.180/01:
II - órgãos setoriais;
§ 2º Os órgãos específicos são aqueles vinculados ou subordinados ao órgão central do Sistema, cuja missão
está voltada para as atividades de planejamento e orçamento.
§ 3º Os órgãos setoriais e específicos ficam sujeitos à orientação normativa e à supervisão técnica do órgão
central do Sistema, sem prejuízo da subordinação ao órgão em cuja estrutura administrativa estiverem
integrados.
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§ 5º O órgão setorial da Casa Civil da Presidência da República tem como área de atuação todos os órgãos
integrantes da Presidência da República, ressalvados outros determinados em legislação específica.
Art. 5º Sem prejuízo das competências constitucionais e legais de outros Poderes, as unidades responsáveis
pelos seus orçamentos ficam sujeitas à orientação normativa do órgão central do Sistema.
Art. 6º Sem prejuízo das competências constitucionais e legais de outros Poderes e órgãos da
Administração Pública Federal, os órgãos integrantes do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal
e as unidades responsáveis pelo planejamento e orçamento dos demais Poderes realizarão o
acompanhamento e a avaliação dos planos e programas respectivos.
O trabalho desenvolvido pela SOF, no cumprimento de sua missão institucional, tem sido norteado por
um conjunto de competências, descritas no art. 9º do Anexo I do Decreto nº 9.035, de 20 de abril de 2017, e
amparado no art. 8º da Lei nº 10.180, de 2001, assim relacionadas:
Art. 9º À Secretaria de Orçamento Federal compete:
I - coordenar, consolidar e supervisionar a elaboração da lei de diretrizes orçamentárias e da proposta
orçamentária da União, compreendidos os orçamentos fiscal e da seguridade social;
II - estabelecer as normas necessárias à elaboração e à implementação dos orçamentos federais sob sua
responsabilidade;
III - acompanhar a execução orçamentária, sem prejuízo da competência atribuída a outros órgãos;
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Órgão Setorial
Órgãos
SOF UO
setoriais
As UOs, apesar de não integrarem o Sistema de Planejamento e Orçamento previsto no caput do art. 4º
da Lei nº 10.180, de 2001, ficam sujeitas à orientação normativa e à supervisão técnica do órgão central e
também, no que couber, do respectivo órgão setorial, e desempenham o papel de coordenação do processo
de elaboração da proposta orçamentária no seu âmbito de atuação, integrando e articulando o trabalho das
suas unidades administrativas, tendo em vista a consistência da programação de sua unidade.
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As UOs são responsáveis pela apresentação da programação orçamentária detalhada da despesa por
programa, ação e subtítulo. Sua atuação no processo orçamentário compreende:
Lembre-se: são as UOs que recebem dotações na Lei Orçamentária Anual (LOA)! 😄
Resumindo
Órgãos Setoriais
Órgãos setoriais fazem a ligação, a ponte, o meio de campo entre a SOF e a UO. Papel de
articulador no âmbito da sua estrutura. Estabelecimento de diretrizes setoriais
Segmento da administração direta ao qual a lei orçamentária anual não consigna recursos e
que depende de destaques ou provisões para executar seus programas de trabalho
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Portanto, você tem que saber diferenciar esses sistemas. Nossa dica é parecida com aquela sobre
execução orçamentária e execução financeira, observe:
Agora, vamos ver a legislação na íntegra (compare as informações sobre os dois sistemas, sempre tendo
em mente a dica que acabamos de dar 😄):
Seção I
Do Planejamento Federal
II - coordenar a elaboração dos projetos de lei do plano plurianual e o item, metas e prioridades da
Administração Pública Federal, integrantes do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, bem como de
suas alterações, compatibilizando as propostas de todos os Poderes, órgãos e entidades integrantes da
Administração Pública Federal com os objetivos governamentais e os recursos disponíveis;
III - acompanhar física e financeiramente os planos e programas referidos nos incisos I e II deste artigo,
bem como avaliá-los, quanto à eficácia e efetividade, com vistas a subsidiar o processo de alocação de
recursos públicos, a política de gastos e a coordenação das ações do governo;
IV - assegurar que as unidades administrativas responsáveis pela execução dos programas, projetos e
atividades da Administração Pública Federal mantenham rotinas de acompanhamento e avaliação da sua
programação;
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VIII - estabelecer políticas e diretrizes gerais para a atuação das empresas estatais.
Parágrafo único. Consideram-se empresas estatais, para efeito do disposto no inciso VIII, as empresas
públicas, as sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas e demais empresas em que a
União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.
Seção II
Do Orçamento Federal
VI - propor medidas que objetivem a consolidação das informações orçamentárias das diversas esferas
de governo.
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TÍTULO III
CAPÍTULO I
DAS FINALIDADES
Art. 9º O Sistema de Administração Financeira Federal visa ao equilíbrio financeiro do Governo Federal,
dentro dos limites da receita e despesa públicas.
CAPÍTULO II
I - a Secretaria do Tesouro Nacional, como órgão central; (Conforme comentamos: o órgão central do
Sistema de Administração Financeira Federal é a STN)
II - órgãos setoriais.
§ 2º Os órgãos setoriais ficam sujeitos à orientação normativa e à supervisão técnica do órgão central do
Sistema, sem prejuízo da subordinação ao órgão em cuja estrutura administrativa estiverem integrados.
Art. 12. Compete às unidades responsáveis pelas atividades do Sistema de Administração Financeira
Federal:
III - elaborar a programação financeira do Tesouro Nacional, gerenciar a Conta Única do Tesouro Nacional
e subsidiar a formulação da política de financiamento da despesa pública;
IV - gerir a dívida pública mobiliária federal e a dívida externa de responsabilidade do Tesouro Nacional;
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VII - manter controle dos compromissos que onerem, direta ou indiretamente, a União junto a entidades
ou organismos internacionais;
VIII - editar normas sobre a programação financeira e a execução orçamentária e financeira, bem como
promover o acompanhamento, a sistematização e a padronização da execução da despesa pública;
Todos nós fazemos isso. Examinamos o quanto e quando nós iremos receber algum dinheiro e então programamos os
nossos gastos. Por exemplo: você passou no concurso dos seus sonhos e já fez os cálculos de quanto você vai receber
durante todo aquele ano: R$ 100.000,00! 🤩
Você vai comprar aquele carrão de R$ 100.000,00 logo em janeiro? É claro que não! Você não recebe os R$ 100.000,00 de
uma vez só. Você recebe ao longo dos meses! Então você tem que programar a compra desse carrão. 😄
Quer outro exemplo: a Administração sabe que em abril irá receber muito dinheiro vindo de impostos. Então talvez não
seja uma boa ideia realizar aquela obra gigante antes de abril. Melhor fazer essa programação orçamentária e financeira
aí! 😄
Essa preocupação com o equilíbrio, o “timing”, entre receitas e despesas já existe desde a Lei 4.320/64.
Olha só como era essa regra:
TÍTULO VI
Da Execução do Orçamento
CAPÍTULO I
Da Programação da Despesa
Art. 47. Imediatamente após a promulgação da Lei de Orçamento e com base nos limites nela fixados,
o Poder Executivo aprovará um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade orçamentária
fica autorizada a utilizar.
Portanto, logo após (imediatamente após, não era 30 dias depois) a promulgação da Lei Orçamentária
Anual (LOA), o governo liberava esse quadro de cotas trimestrais.
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Imagine que a Unidade Orçamentária X recebeu uma dotação orçamentária de R$ 12.000,00 para o ano todo e o governo
achou interessante dividir essa dotação proporcionalmente entre os trimestres do ano. Portanto, dividindo R$ 12.000,00
por 4 trimestres, temos que em cada trimestre a Unidade Orçamentária X fica autorizada a utilizar R$ 3.000,00.
2º R$ 3.000,00
3º R$ 3.000,00
4º R$ 3.000,00
Pronto! Só isso! 😅
“Tá certo. Mas pra que isso, professores? Qual era o objetivo dessas cotas?” 🧐
Essa nós vamos deixar que a Lei 4.320/64 responda para você:
Art. 48 A fixação das cotas a que se refere o artigo anterior atenderá aos seguintes objetivos:
b) manter, durante o exercício, na medida do possível o equilíbrio entre a receita arrecadada e a despesa
realizada, de modo a reduzir ao mínimo eventuais insuficiências de tesouraria.
Art. 49. A programação da despesa orçamentária, para feito do disposto no artigo anterior, levará em
conta os créditos adicionais e as operações extraorçamentárias.
E:
Art. 50. As cotas trimestrais poderão ser alteradas durante o exercício, observados o limite da dotação
e o comportamento da execução orçamentária.
Beleza!
Essa era a regra (por isso utilizamos o tempo verbal pretérito). Esse mecanismo foi aperfeiçoado na Lei
de Responsabilidade Fiscal (LRF). Ou seja: a regra agora é dada pela LRF! Portanto, fique atento a questões que
pedem a resposta “de acordo com a Lei 4.320/64” ou “de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal”.
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Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes
orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a
programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
• não é mais imediatamente após a publicação da LOA. Agora é 30 dias após a publicação. O
governo tem 30 dias para estabelecer programação financeira e o cronograma de execução
mensal de desembolso, e ele o fará por meio de um decreto.
• não se fala mais cotas trimestrais. Agora se fala em cronograma mensal de desembolso
(programação mensal dos fluxos de caixa). 😉
• Esse dispositivo da LRF só falou do Poder Executivo, mas não é só o Poder Executivo que
administra recursos, certo? Portanto, todos os anos a LDO prevê que:
Art. 58. Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, o Ministério Público da União e a Defensoria
Pública da União deverão elaborar e publicar por ato próprio, até trinta dias após a publicação da Lei
Orçamentária de 2019, cronograma anual de desembolso mensal, por órgão, nos termos do art. 8º da
Lei de Responsabilidade Fiscal, com vistas ao cumprimento da meta de resultado primário estabelecida
nesta Lei.
Agora compare os dois últimos dispositivos e os dois últimos esquemas. Você perceberá que somente o
Poder Executivo estabelecerá a programação financeira.
Então:
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“Beleza, professores. Mas o que é essa programação financeira, que só o Poder Executivo elabora?” 🤔
Vejamos a LRF:
Art. 13. No prazo previsto no art. 8o, as receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em
metas bimestrais de arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das medidas de
combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da dívida
ativa, bem como da evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa.
“Tá certo, professores. Mas, resumindo, pra que serve essa programação orçamentária e financeira?”
Você tem que saber que a CF/88, meio que sem querer, definiu o cronograma de desembolso dos demais
Poderes, observe:
Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos
suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério
Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na
forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º.
O Poder Executivo é quem arrecada mais dinheiro na Administração Pública, portanto é ele quem fica,
quem guarda, com o dinheiro. Pois bem, o que a regra constitucional está dizendo é que o Poder Executivo irá
entregar o dinheiro destinado aos demais órgãos até o dia 20 de cada mês, em duodécimos.
“E por que que isso significa que a CF/88 definiu (sem querer) o cronograma de desembolso dos demais
Poderes?” 🤔
Ora, se o Poder Legislativo, por exemplo, sabe que receberá o dinheiro até o dia 20 daquele mês, ele fica
praticamente obrigado a pagar os servidores somente após o dia 20. Já pensou se o Poder Legislativo define
que o pagamento dos servidores será no dia 10, mas o Poder Executivo só repassa os recursos no dia 15? Assim
não dá! Por isso, que essa regra constitucional já define muito do cronograma de desembolso dos demais
Poderes. 😄
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Preste atenção!
A CF/88 acaba definindo o cronograma mensal de desembolso dos Poderes Legislativo e Judiciário,
do Ministério Público e da Defensoria Pública.
Ah! Quem vai definir isso é a Lei Complementar a que se refere o art. 165, § 9º. E ela ainda não foi
elaborada! 😄
Na contabilidade pública, o procedimento no qual o gestor compatibiliza o fluxo dos pagamentos com o fluxo dos
recebimentos, com o objetivo de ajustar a despesa fixada às novas projeções de resultado é definido como:
A) Fluxo de Caixa.
Comentários:
A programação orçamentária e financeira consiste na compatibilização do fluxo dos pagamentos com o fluxo dos
recebimentos, visando ao ajuste da despesa fixada às novas projeções de resultados e da arrecadação.
Gabarito: B
De acordo com o disposto na LRF — Lei Complementar n.º 101/2000 —, após a publicação da LOA, o Poder Executivo
deverá estabelecer metas trimestrais de arrecadação.
Comentários:
Não! A questão quis lhe confundir com as cotas trimestrais previstas lá na Lei 4.320/64. Na verdade, a LRF diz o seguinte:
Art. 13. No prazo previsto no art. 8º, as receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de
arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das medidas de combate à evasão e à sonegação, da
quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante dos créditos
tributários passíveis de cobrança administrativa.
Gabarito: Errado
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Durante a execução orçamentária, as receitas e despesas não se executam de forma perfeitamente ajustada, para isso a
Lei de Responsabilidade Fiscal dispõe sobre o estabelecimento da programação financeira e do cronograma de
desembolsos. De acordo com as disposições legais relativas à programação financeira e ao cronograma de desembolsos:
E) por ser objeto de publicação oficial, o cronograma só pode ser alterado com autorização legislativa.
Comentários:
a) Errada. De novo, a mesma pegadinha... 😒 As receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas
bimestrais de arrecadação (art. 13, da LRF).
b) Errada. As operações extraorçamentárias são incluídas sim na programação financeira, afinal elas também representam
desembolsos (é dinheiro que sai do bolso da Administração Pública). E ainda temos a Lei 4.320/64:
Art. 49. A programação da despesa orçamentária, para feito do disposto no artigo anterior, levará em conta os créditos
adicionais e as operações extraorçamentárias.
Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e
observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o
cronograma de execução mensal de desembolso.
d) Errada. Precisam ser desdobrados em metas de arrecadação sim! E são desdobrados em metas bimestrais de
arrecadação (art. 13, da LRF).
e) Errada. O cronograma pode ser alterado sem autorização legislativa, afinal ele não é uma lei, é um ato administrativo.
Gabarito: C
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Contingenciamento de Gastos
Vamos começar com um exemplo:
Joãozinho vende salgados na porta da universidade. Essa é a sua fonte de renda. Joãozinho até vive
confortavelmente: ele tem assinaturas de Netflix, Spotify e também, claro, do EmAudio Concursos, porque ele
sonha em passar num concurso público e adora as aulas de AFO do Professor Sérgio Machado lá! 🤩
Normalmente Joãozinho fatura R$ 1.500,00 por mês e suas despesas somam R$ 1.000,00, de forma que a cada
bimestre ele consegue juntar R$ 1.000,00. A meta, portanto, é chegar ao final do ano com R$ 6.000,00 (6
bimestres x R$ 1.000,00). 😉
O ano letivo começou e estava tudo indo muito bem, até que, em meados de abril, a universidade entrou em
greve! 😬 As aulas foram suspensas, os alunos (principais consumidores) mal apareciam! Joãozinho contava
com aquela receita para alcançar a sua meta, mas, com a inesperada greve, ele viu seu faturamento diminuir.
Porém, Joãozinho é forte! Ele repetia para si mesmo: “não vou diminuir a minha meta. Não vou diminuir a
minha meta! 😤 Tenho que dar um jeito de continuar fazendo com que sobre R$ 500,00 todo mês. Mas como
eu vou fazer isso se minha renda agora caiu para R$ 1.300 e a greve ainda está longe de ser resolvida? 🤔 Se
continuar assim, eu não vou conseguir juntar R$ 1.000 a cada bimestre e não vou alcançar minha meta... 😕
Já sei! 😃 Eu posso cortar algumas despesas! Se eu cortar R$ 200,00 das minhas despesas mensais, continuo
juntando R$ 1.000,00 por bimestre e assim eu consigo alcançar a minha meta anual de R$ 6.000! Agora, o que
cortar primeiro? Tenho que ter critérios! Vou cortar primeiro os supérfluos: Netflix e Spotify. O EmAudio
Concursos eu não cancelo nem a pau! 😄 Pronto. Decidido! Durante os próximos 30 dias, essas minhas
obrigações estarão limitadas!”
O que aconteceu aí nesse exemplo foi um contingenciamento de gastos, uma limitação de empenho e
movimentação financeira.
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais,
os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta
dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela
lei de diretrizes orçamentárias.
Então é o seguinte: se for verificado, ao final de um bimestre (não é trimestre e nem quadrimestre), que
a realização da receita (não o aumento de despesas) poderá não comportar o cumprimento das metas de
resultado primário ou nominal (basicamente a diferença entre receitas e despesas), então, nos 30 dias
subsequentes, acontecerá o que chamamos de limitação de empenho e movimentação financeira (LRF, art.
9º).
“Esperem aí, rapidinho, professores. Resultado primário? Resultado nominal? O que é isso?” 🤨
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O Resultado Primário (RP) é a diferença entre receitas e despesas primárias (ou não-financeiras), ou
seja, todas aquelas que não tenham caráter financeiro, referente aos órgãos da administração direta, fundos,
autarquias, fundações e empresas estatais dependentes. O RP irá indicar se o ente federativo está ou não
vivendo dentro de seus limites financeiros e contribuindo para a redução ou elevação do seu endividamento.
Já o Resultado Nominal (RN) inclui as receitas e despesas financeiras. Portanto, o cálculo seria assim:
(Receitas primárias + Receitas financeiras) – (Despesas primárias + Despesas financeiras) = Resultado Nominal
O Resultado Primário indica se houve superávit ou déficit primário. O Resultado Nominal vai mais
longe e indica se a economia de recursos primários é suficiente para cobrir as despesas financeiras também, ou
se há necessidade de recorrer a empréstimos2.
Beleza. Continuando...
Você lembra do conceito de excesso de arrecadação (uma das fontes para abertura de créditos
adicionais)? É o saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a
realizada, ou seja, é arrecadar mais do que o previsto!
Perceba, então, que o que acontece aqui na limitação de empenho e movimentação financeira é
justamente o contrário do excesso de arrecadação. Aqui está acontecendo frustração de receita, ou seja, a
arrecadação está menor do que o previsto.
Por exemplo: a previsão era arrecadar R$ 100.000,00, mas só foram arrecadados R$ 70.000,00. Agora estamos frustrados.
😩 Essa é a frustração de receita.
Portanto, segundo o MTO 2020, verificada a frustração na arrecadação da receita prevista ou o aumento
das despesas obrigatórias, que venham a comprometer o alcance das metas fiscais, torna-se necessária a
adoção de mecanismos de ajuste entre receita e despesa.
2
PALUDO, Augustinho. Orçamento público, AFO e LRF, 5ª edição, editora Método, 2015.
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Vejamos um exemplo:
Imagine que as receitas previstas são na ordem de R$ 1.200.000,00. As despesas fixadas somam R$ 1.100.000,00.
Portanto, a meta de resultado é de R$ 100.000,00. De acordo com o planejamento da Administração Pública, a
arrecadação de receitas seria constante: todo mês a previsão de arrecadação era de R$ 100.000,00 (equivalente a R$
1.200.000,00 dividido por 12 meses). Até aqui tudo bem.
Acontece que os dois primeiros meses do ano já se passaram e somente foram arrecadados R$ 50.000,00. Olha só!
Esperava-se arrecadar R$ 200.000,00 nesse período, mas somente foram arrecadados R$ 50.000,00. Tem R$ 150.000,00
faltando. Enquanto isso, as despesas continuam fixadas. A Administração continua gastando como se tivesse arrecadado
R$ 200.000,00 no primeiro bimestre.
Você consegue perceber que se não houver corte de despesas, a coisa vai ficar feia? 😣 Desse jeito a
Administração não vai alcançar a meta de resultado! 😬
Exatamente! Quais gastos serão contingenciados? Quais serão os critérios que serão utilizados para
decidir isso? E de que forma isso acontecerá? 🤔
Muito bem! Quem vai definir os critérios e a forma dessa limitação de empenho e movimentação
financeira é a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Perceba que o finalzinho do artigo 9º da LRF diz isso
(“segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias”) e o artigo 4º da LRF também:
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do inciso
II deste artigo, no art. 9º e no inciso II do § 1º do art. 31;
Mas algumas despesas são tão importantes que não serão objeto de limitação de despesas! Observe
(LRF):
Art. 9º, § 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais
do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de
diretrizes orçamentárias.
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• obrigações constitucionais e legais: são todas aquelas obrigações definidas na legislação que
não dependem de atos discricionários ou da vontade do administrador. Por exemplo, as
despesas com pessoal e encargos sociais, as transferências intergovernamentais (como as
decorrentes do FUNDEB) e o pagamento do serviço da dívida pública;
• pagamento do serviço da dívida pública: já incluído na categoria anterior;
• ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias: estas, por sua natureza, são discricionárias,
entretanto, em razão de sua importância e prioridade, podem ser discriminadas no texto da
LDO, evitando que se lhes aplique eventual limitação, preservando-se assim a execução dos
recursos aprovados na lei orçamentária e em seus créditos adicionais. Podem ser programas ou
ações específicas, seja na área social ou de infraestrutura, órgãos ou entidades, as quais se
pretende incentivar ou priorizar o desempenho e os resultados, ou mesmo despesas financiadas
com recursos destinados à contrapartida em convênios com outras esferas de governo.
Ok! Então tivemos frustração de receita, temos que limitar o empenho! Mas e se a Administração já tiver
feito o empenho e a até mesmo a liquidação dessa despesa? 🤔 Tarde demais? 😬
Não! 😃 Agora nós vamos segurar a próxima etapa da realização da despesa: o pagamento. Portanto,
vamos segurar o pagamento! Vamos limitar a movimentação financeira, a saída de recursos da conta da
Administração. Por isso que o nome é limitação de empenho e movimentação financeira! Entendeu? 😏
“Em limitação de empenho de outro Poder, o Executivo a colher não pode meter!” 🥄🚫
As questões vão tentar lhe pegar aqui, dizendo que ”o Poder Executivo promoverá limitações no
empenho e na movimentação financeira dos demais Poderes”, mas você irá se lembrar dessa grande lição
do mestre Yoda: os Poderes e o Ministério Público promoverão a limitação de empenho e movimentação
financeira por ato próprio!
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Preste atenção!
O Poder Executivo não pode realizar limitação de empenho e movimentação financeira de outros
Poderes. Os Poderes e o MP a promoverão por ato próprio!
Bom, a limitação dos gastos públicos é feita por decreto do Poder Executivo e por ato próprio dos
demais Poderes, de acordo com as regras fixadas pela LDO. No âmbito do Poder Executivo, esse decreto ficou
conhecido como Decreto de Contingenciamento (seu nome completo é “decreto de programação
orçamentária e financeira e de limitação de empenho e movimentação financeira”), que, normalmente, é
detalhado por portaria interministerial (MP e MF), evidenciados os valores autorizados para movimentação e
empenho e para pagamentos no decorrer do exercício.
Resumindo
Verificação ao final de um
bimestre
ressalvadas pela
Cada Poder, por ato próprio
LDO
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Durante a execução orçamentária, caso o Poder Executivo verifique, ao final de determinado bimestre, que a realização
da receita poderá não comportar o cumprimento da meta de resultado primário estabelecida no anexo de metas fiscais,
ele deverá, à luz da Lei de Responsabilidade Fiscal,
C) promover, por ato próprio, nos montantes necessários, limitação de empenho e movimentação financeira.
Comentários:
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas
de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão,
por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação
financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
Gabarito: C
Para promover o atingimento das metas de resultado primário e nominal, diante da insuficiente realização da receita, a
LRF prevê
Comentários:
A limitação de empenho e movimentação financeira serve justamente para promover o atingimento das metas de
resultado primário e nominal, diante da insuficiente realização da receita.
Gabarito: B
No caso de frustração da receita orçamentária, os critérios e a forma de limitação de empenho devem ser instituídos pelo
titular de cada poder ou órgão.
Comentários:
Em caso de frustração da receita orçamentária, para promover o atingimento das metas de resultado primário e nominal,
os Poderes e o Ministério Público promoverão a limitação de empenho e movimentação financeira.
Mas quais serão os critérios que serão utilizados para decidir isso? E de que forma isso acontecerá? 🤔
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Quem vai definir isso é a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), olha só:
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no
art. 9º e no inciso II do § 1º do art. 31;
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de
resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato
próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira,
segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
Portanto, os critérios e a forma de limitação de empenho serão instituídos pela LDO (e não pelo titular de cada poder ou
órgão). 😉
Gabarito: Errado
De acordo com a LDO, na condição de se verificar, ao final do semestre, que a realização da receita não comportará o
cumprimento das metas de resultado primário, o Poder Executivo promoverá, por ato próprio, limitações no empenho e
na movimentação financeira dos três poderes.
Comentários:
Segundo: o Poder Executivo não promove (e nem poderá promover) limitações no empenho e na movimentação
financeira dos demais Poderes. Isso seria uma afronta ao princípio da separação dos poderes! 😳 Lembre-se da lição do
mestre Yoda: “em limitação de empenho de outro Poder, o Executivo a colher não pode meter!” 🥄🚫
Gabarito: Errado
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Não vamos mentir para você: essa parte não costuma cair tanto em provas de Administração Financeira
e Orçamentária, mas ainda assim é interessante você conhecê-la. ☺
Primeiro, vejamos os artigos da Seção IX (da fiscalização contábil, financeira e orçamentária) da CF/88
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das
entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação
das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle
externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União
responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
Para gravar, utilize os seguintes mnemônicos (e repare que as marcações já foram feitas para você):
Quanto à LeLe E AR: legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas
Prestará contas qualquer pessoa que GAGAU: guarde, arrecade, gerencie, administre ou utilize
Ok! Então, o que esse dispositivo quer nos dizer é que essa fiscalização será exercida pelo Congresso
Nacional, mediante controle externo.
Controle externo, em sentido amplo, é toda fiscalização exercida por um ente que não integra a estrutura
na qual o fiscalizado está inserido. No entanto, a CF/88 restringiu essa definição no âmbito do controle da
gestão pública brasileira, atribuindo a titularidade do controle externo ao Poder Legislativo, representado:
Ente
Ente fiscalizado
fiscalizador
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Continuando...
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de
Contas da União, ao qual compete:
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que
deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da
administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder
Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que
resulte prejuízo ao erário público;
É aqui que nós confirmamos que o titular do controle externo realmente é o Poder Legislativo
(Congresso Nacional, no âmbito federal), que será auxiliado pelo Tribunal de Contas. Portanto, os Tribunais
de Contas não são titulares do controle externo (essa é a pegadinha). Eles são órgão auxiliares!
Preste atenção!
O titular do controle externo é o Poder Legislativo (e não o Tribunal de Contas)
Por ser o titular do controle externo, é o Poder Legislativo que irá julgar as contas do chefe do Poder
Executivo, e ele o fará com base em parecer prévio elaborado pelo Tribunal de Contas correspondente. É por
isso que a CF/88 diz que ao Tribunal de Contas da União (TCU) compete apreciar as contas prestadas
anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio. E é por isso que a CF/88 também diz que:
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre
a execução dos planos de governo;
⚠ Portanto, atenção: o Tribunal de Contas não julga as contas do chefe do Executivo, somente elabora
parecer prévio. O que o Tribunal de Contas julga são as contas dos administradores e demais responsáveis por
dinheiro público.
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Titular do
Elabora
controle
parecer prévio
externo
Preste atenção!
Quem julga as contas do chefe do Poder Executivo? O Poder Legislativo!
“Beleza, professores. Então o chefe do Executivo tem que prestar contas? É isso?” 🤔
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão
legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;
“Ok. Mas e se ele quiser dar uma de espertinho e simplesmente não prestar contas? O que acontece?” 😅
Ah! Você acha que o legislador constituinte é besta? 😂 É claro que ele já previa isso! Se o chefe do
Executivo não prestar contas, o Poder Legislativo vai tomá-las! Simples assim! 😃 É a famosa tomada de
contas!
Detalhe é que, no âmbito federal, essa é uma competência da Câmara dos Deputados (e não do Congresso Nacional).
Nas esferas estadual e municipal, a tomada é feita pelas Assembleias Legislativas e pelas Câmaras Municipais.
“Beleza, professores! Isso no âmbito federal! Mas como é no âmbito estadual e municipal?” 🧐
Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, composição e
fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e
Conselhos de Contas dos Municípios.
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Portanto, esse modelo deve ser seguido, no que couber, pelos Estados, DF e municípios da federação. É
tanto que a Lei 4.320/64 também dispõe sobre o tema:
Art. 81. O controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, terá por objetivo verificar a
probidade da administração, a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos e o cumprimento da Lei
de Orçamento.
Art. 82. O Poder Executivo, anualmente, prestará contas ao Poder Legislativo, no prazo estabelecido nas
Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios.
§ 1º As contas do Poder Executivo serão submetidas ao Poder Legislativo, com Parecer prévio do Tribunal
de Contas ou órgão equivalente.
Muito bem! Agora, se você retornar ao art. 70 da CF/88, verá que a fiscalização (COFOP quanto à LeLe E
AR) não será exercida somente pelo Congresso Nacional, mediante controle externo. Ela também será
exercida pelo sistema de controle interno de cada Poder.
“E o que é esse sistema de controle interno, professores?”
Controle interno é aquele exercido por órgão que esteja dentro da estrutura do ente controlado e que
tenha sido criado para essa finalidade, por isso, ele normalmente está diretamente subordinado à autoridade
administrativa máxima do ente.
Ente
fiscalizado
Ente
fiscalizador
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da
União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
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Pronto! Visto isso, vamos só dar uma olhadinha em alguns artigos da Lei 4.320/64:
II - a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos;
Art. 77. A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária será prévia, concomitante e
subsequente.
• prévio (a priori): é o controle exercido antes da conduta administrativa se efetivar. Possui caráter
preventivo, orientador, e visa evitar a ocorrência de irregularidades.
• concomitante (pari passu): efetuado no momento em que a conduta administrativa está sendo
praticada. Também possui caráter preventivo, pois permite coibir irregularidades
tempestivamente. Argumenta-se que a tendência é que, com todo o aparato tecnológico e a
tecnologia de informação (TI) disponível, o controle concomitante se torne cada vez mais
utilizado;
• posterior (a posteriori): efetuado após o ato administrativo ter sido praticado. Possui caráter
corretivo e, eventualmente, sancionador. Ainda é a forma mais utilizada de controle.
O controle, última fase do ciclo orçamentário, constitui-se no acompanhamento e na avaliação do processo de execução
orçamentária. A respeito desse assunto, assinale a alternativa correta.
A) Por ser a última fase do ciclo orçamentário, o controle somente pode ser realizado a posteriori, isto é, somente se aplica
aos processos de despesa já realizados.
B) O controle pode ser interno ou externo. Será interno quando realizado pelo Poder Legislativo e externo quando
realizado pelos tribunais de contas.
C) A prestação de contas anual encaminhada pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo será julgada pelo Tribunal de
Contas da União.
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D) O controle externo poderá ser concomitante ou subsequente à execução orçamentária e será feito pelos tribunais de
contas que têm competência para julgar as contas dos responsáveis por bens, dinheiro e valores públicos, exceto as do
chefe do Poder Executivo.
E) O controle interno poderá ser prévio, concomitante e subsequente, e será feito nos três poderes, exclusivamente, pela
Controladoria-Geral da União.
Comentários:
a) Errada. O controle pode ser realizado a priori, pari passu ou a posteriori. Em outras palavras, o controle, classificado de
acordo com o seu ao momento, pode ser: prévio, concomitante ou posterior.
b) Errada. O controle é externo quando exercido por um ente que não integra a estrutura na qual o fiscalizado está inserido.
Está do lado de fora! Já o controle interno é aquele exercido por órgão que esteja dentro da estrutura do ente controlado
e que tenha sido criado para essa finalidade. Está dentro! Portanto, não existe isso que a questão falou de que “quando
realizado pelo Poder Legislativo e externo quando realizado pelos tribunais de contas”.
c) Errada. Enfatizamos isso: o Tribunal de Contas não julga as contas do chefe do Poder Executivo! Quem julga é o Poder
Legislativo!
Art. 77. A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária será prévia, concomitante e subsequente.
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União,
ao qual compete: (...)
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta
e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que
derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
e) Errada. O controle interno poderá ser prévio, concomitante e subsequente, e poderá e será feito nos três poderes, mas
não exclusivamente pela Controladoria-Geral da União (CGU), pois este é o órgão de controle interno do Poder Executivo.
E cada um dos Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) manterá um sistema de controle interno.
Gabarito: D
B) a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o nascimento ou a extinção
de direitos e obrigações.
D) a definição de normas para o controle interno, a verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária, que se
dará de forma subsequente, na prestação de contas ao Tribunal de Contas pertinente.
E) várias entidades, como agências reguladoras e supervisoras, entidades de auditoria, comissões do poder legislativo, que
são tidas como responsáveis pelo controle da execução orçamentária, conforme esta lei.
Comentários:
Questão bem literal! Ela queria saber se você conhecia o artigo 75 da Lei 4.320/64. Aqui está ele:
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I - a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o nascimento ou a
extinção de direitos e obrigações;
II - a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos;
III - o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de realização de obras e
prestação de serviços.
Fazendo o cotejo das alternativas com o dispositivo legal, você encontrará o gabarito na alternativa B. Cópia exata do
inciso I do artigo 75 da Lei 4.320/64.
Na alternativa A, cabe destacar que o controle da execução orçamentária não abrange o cumprimento do programa de
trabalho expresso apenas em termos monetários. O controle da execução orçamentária compreenderá o cumprimento do
programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de realização de obras e prestação de serviços.
Gabarito: B
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Bem, a verdade é que, na elaboração da proposta orçamentária, cabe às unidades orçamentárias (UO)
elaborar e apresentar ao órgão central de orçamento a programação orçamentária detalhada da despesa por
programa, ação e subtítulo.
O órgão setorial, por sua vez, desempenha o papel de articulador no âmbito da sua estrutura,
coordenando o processo decisório no nível subsetorial (UO), e sua atuação no processo orçamentário envolve,
por exemplo:
Órgãos
SOF UO
setoriais
Gabarito: Errado
Comentários:
Ok! Estamos falando sobre descentralização de créditos orçamentários.
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É a transferência, por uma unidade orçamentária ou administrativa para outra unidade, do poder de
utilizar créditos que lhe foram dotados ou àquelas transferidos. 😃
Só que, como nós lhe alertamos, as questões vão tentar lhe confundir, trocando os conceitos sobre
descentralização de créditos orçamentários e descentralização de recursos ($$$ 💵). Por isso você tem que ter
essa tabelinha em mente:
DESCENTRALIZAÇÃO DE
CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS
Descentralização TRANSFERÊNCIAS FINANCEIRAS
(transferência do poder de utilizar
créditos)
Instrumento Dotação Cota
Muito bem, agora vamos para a questão: “O órgão público que precisar descentralizar dotações do seu
orçamento para unidades gestoras de outro órgão público deverá realizar um destaque”.
Está tudo certo! A questão está falando sobre descentralização de créditos orçamentários, portanto o
que estamos descentralizando são dotações e quando essa descentralização é externa (para “outro órgão
público”), ela é feita por meio de destaque! Lembre-se: letra “e” de descentralização externa e destaque.
Gabarito: Certo
Com relação aos fundamentos legais e aos conceitos básicos do sistema de planejamento, orçamento e
financeiro, julgue o item a seguir.
Cabe às unidades responsáveis pelas atividades de planejamento realizar estudos e pesquisas socioeconômica.
Comentários:
Foi por isso que colocamos a legislação na aula. Para nos preparamos para questões como essa. Observe
o disposto na Lei 10.180/01:
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Se você reparou bem, em momento algum a referida lei fala que o Sistema de Administração Financeira
Federal realiza “estudos”. Então só poderia ser mesmo o Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal.
Detalhe é que há um dispositivo bem parecido com esse cobrado na questão, e aqui você tem que tomar
cuidado. O primeiro se refere às atividades de planejamento. O segundo se refere às atividades de orçamento.
Observe (Lei 10.180/01):
Portanto:
Acerca das receitas e das despesas públicas, suas etapas e estágios, e da Conta Única do Tesouro Nacional,
julgue o item subsequente.
Após a aprovação da lei orçamentária, o Poder Executivo deverá editar decreto de programação financeira que
funcionará como orçamento de caixa a fim de compatibilizar a execução das despesas com o fluxo esperado
das receitas ao longo do exercício financeiro.
Comentários:
A questão está correta!
Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes
orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a
programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
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Gabarito: Certo
Gabarito: Errado
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Comentários:
Será mesmo que descentralização de créditos orçamentários deve ser acompanhada da modificação da
unidade orçamentária na classificação institucional? Vejamos...
E é por isso que a questão está errada. A descentralização de créditos orçamentários não é acompanhada
da modificação da unidade orçamentária na classificação institucional.
Gabarito: Errado
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DESCENTRALIZAÇÃO DE
CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS
Descentralização TRANSFERÊNCIAS FINANCEIRAS
(transferência do poder de utilizar
créditos)
Instrumento Dotação Cota
A transferência de créditos (veja que estamos falando de créditos orçamentários, e não de recursos
financeiros) entre unidades gestoras de um mesmo órgão ou entidade é uma descentralização interna de
créditos orçamentários. E a descentralização interna de créditos orçamentários é chamada de Provisão.
Observe a letra “i”. 😉
Portanto, corrigindo a questão, define-se provisão como transferência de créditos entre unidades
gestoras de um mesmo órgão ou entidade (descentralização interna). E define-se destaque como transferência
de crédito orçamentário entre unidades gestoras de órgãos ou entidades de estrutura diferente
(descentralização externa).
Gabarito: Errado
Claro que não! Cadê os Tribunais de Contas nessa história? Os órgãos de controle interno? O Poder
Legislativo? E os próprios cidadãos? Afinal, o controle social sobre a execução orçamentária também existe e é
importantíssimo!
Portanto, o acompanhamento da execução orçamentária federal não é competência privativa da SOF.
Tribunais de Contas, Controladorias, controle interno e até mesmo qualquer cidadão pode controlar a execução
orçamentária (tanto que os entes são obrigados a divulgar essas informações em seus portais de transparência).
“Mas tem escrito isso em algum lugar, professores?”
Se um decreto não foi suficiente para lhe convencer, dê uma olhadinha na Lei 10.180/01:
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Gabarito: Errado
É bem verdade que um sub-repasse está associado a uma provisão anteriormente concedida, enquanto
que um repasse está associado a um destaque anteriormente concedido. Ou seja: um sub-repasse vem de uma
provisão. E um repasse vem de um destaque. Primeiro a descentralização orçamentária, depois a transferência
financeira. 😃
Mas nem sempre é assim. Uma transferência financeira não decorre necessariamente de uma
descentralização orçamentária! Assim, uma descentralização orçamentária não é pré-requisito indispensável
para a execução de uma descentralização financeira. A transferência financeira pode vir de um convênio, por
exemplo. Nesse caso há somente transferência financeira, sem descentralização orçamentária! 😉
Gabarito: Errado
Considerando-se a definição dos termos crédito e recurso no contexto da técnica orçamentária, é correto
afirmar que a execução financeira trata da utilização dos créditos consignados na LOA.
Comentários:
NÃO! É a execução orçamentária (e não execução financeira) que trata da utilização dos créditos
consignados na LOA. Vejamos... 🧐
A execução orçamentária é a utilização das dotações dos créditos orçamentários consignados na Lei
Orçamentária Anual (LOA). Ela é mais restrita e está relacionada ao orçamento público aprovado, ao
planejamento e execução desse planejamento, a receitas e despesas orçamentárias daquele exercício
financeiro.
A execução financeira, por sua vez, é a utilização de recursos financeiros, com o objetivo de realizar
aquilo que foi colocado no orçamento (no planejamento). Portanto, ela é mais ampla e está relacionada com
dinheiro, pagamentos, arrecadação, entrada e saída de recursos do caixa, sejam eles orçamentários ou
extraorçamentários.
Gabarito: Errado
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Comentários:
É isso mesmo! O acompanhamento da execução orçamentária é feito, dentro outros motivos, para
monitorar o cumprimento das metas de resultado primário (a diferença entre receitas e despesas primárias).
Se o resultado primário for positivo, temos superávit. Se for negativo, temos déficit.
Esse acompanhamento é um controle concomitante, feito ao longo do exercício, especialmente de forma
bimestral, nos termos do artigo 9º da LRF (limitação de empenho e movimentação financeira) e com a
publicação do Resumido da Execução Orçamentária (RREO), e de forma quadrimestral com a publicação do
Relatório de Gestão Fiscal (RGF).
Observe a preocupação com o cumprimento das metas de resultado primário no art. 9º da LRF:
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais,
os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta
dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela
lei de diretrizes orçamentárias.
Gabarito: Certo
De acordo com as normas constitucionais, julgue o item a seguir, relativo às ações dos órgãos e autoridades
públicas.
Constatada a ausência de dotação orçamentária para realização de despesa pública, determinado órgão
poderá efetivar sua execução no exercício em curso, desde que, antes de assumir a obrigação, obtenha a
inserção da referida dotação no projeto de lei orçamentária do ano seguinte.
Comentários:
Se o órgão quer executar a despesa no exercício em curso, por que ele iria inserir a dotação para a referida
despesa no orçamento do ano seguinte? 🤨
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assim! 😅 Princípio da anualidade: o orçamento deve ser elaborado e autorizado para um determinado
período de tempo, geralmente de 12 meses, chamado de exercício financeiro. Está lembrando disso? 😄
E, indo um pouco mais longe, já que não há dotação orçamentária específica na LOA, quais tipos de
créditos adicionais poderão ser abertos?
Especiais e extraordinários, pois os créditos suplementares são destinados a reforço de dotação
orçamentária já existente! 😉
Gabarito: Errado
E aí? A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) pode dizer: “essa dotação orçamentária aqui não será
objeto de limitação de despesas”? 🤔
Pode! 😃
Algumas despesas são tão importantes que não serão objeto de limitação de despesas! Vejamos o
disposto na LRF:
Art. 9º, § 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais
do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de
diretrizes orçamentárias.
Portanto, não serão objeto de limitação as despesas ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.
Estas, por sua natureza, são discricionárias, entretanto, em razão de sua importância e prioridade, podem ser
discriminadas no texto da LDO, evitando que se lhes aplique eventual limitação, preservando-se assim a
execução dos recursos aprovados na lei orçamentária e em seus créditos adicionais. Podem ser programas ou
ações específicas, seja na área social ou de infraestrutura, órgãos ou entidades, as quais se pretende incentivar
ou priorizar o desempenho e os resultados, ou mesmo despesas financiadas com recursos destinados à
contrapartida em convênios com outras esferas de governo.
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Portanto, ao contrário do que afirma a questão, é permitido à lei de diretrizes orçamentárias prever a
indisponibilidade de determinadas dotações orçamentárias para a limitação de despesas, diante da hipótese
de a realização da receita não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal.
E a hipótese é essa mesma: realização da receita não comportar o cumprimento das metas de
resultado primário ou nominal. Ela está lá no art. 9º da LRF:
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais,
os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias
subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de
diretrizes orçamentárias.
Gabarito: Errado
A respeito do processo que conforma legalmente a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), julgue o próximo
item.
É permitido ao Ministério Público, sem prejuízo dos critérios fixados pela Lei de Diretrizes Orçamentárias,
promover, por ato próprio, limitação de empenho nos trinta dias subsequentes ao bimestre em que a realização
da receita demonstre que poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário estabelecidas
no anexo de metas fiscais.
Comentários:
A questão montou uma situação totalmente de acordo com o artigo 9º da LRF, senão vejamos:
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais,
os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta
dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela
lei de diretrizes orçamentárias.
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Comentários:
Você já memorizou aquela tabelinha? Nós estamos lhe avisando que ela cai em prova! Cuidado!
Aqui está ela mais uma vez:
DESCENTRALIZAÇÃO DE
CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS
Descentralização TRANSFERÊNCIAS FINANCEIRAS
(transferência do poder de utilizar
créditos)
Instrumento Dotação Cota
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Questões CESPE
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Com relação aos fundamentos legais e aos conceitos básicos do sistema de planejamento, orçamento e
financeiro, julgue o item a seguir.
Cabe às unidades responsáveis pelas atividades de planejamento realizar estudos e pesquisas socioeconômica.
Acerca das receitas e das despesas públicas, suas etapas e estágios, e da Conta Única do Tesouro Nacional,
julgue o item subsequente.
Após a aprovação da lei orçamentária, o Poder Executivo deverá editar decreto de programação financeira que
funcionará como orçamento de caixa a fim de compatibilizar a execução das despesas com o fluxo esperado
das receitas ao longo do exercício financeiro.
Julgue o item que se segue, relativo ao Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal (SPOF) e aos créditos
orçamentários adicionais.
O SPOF tem como uma de suas finalidades promover a integração com os demais poderes e esferas de governo
em assuntos de administração e programação financeira
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Acerca dos mecanismos necessários à execução do orçamento, julgue o item que se segue.
Uma descentralização orçamentária é pré-requisito indispensável para a execução de uma descentralização
financeira.
De acordo com as normas constitucionais, julgue o item a seguir, relativo às ações dos órgãos e autoridades
públicas.
Constatada a ausência de dotação orçamentária para realização de despesa pública, determinado órgão
poderá efetivar sua execução no exercício em curso, desde que, antes de assumir a obrigação, obtenha a
inserção da referida dotação no projeto de lei orçamentária do ano seguinte.
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Gabarito - CESPE
1. Errado 6. Errado 11. Certo
2. Certo 7. Errado 12. Errado
3. Certo 8. Errado 13. Errado
4. Certo 9. Errado 14. Certo
5. Errado 10. Errado 15. Errado
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Resumo direcionado
1. Execução orçamentária e financeira:
A execução orçamentária e a execução financeira ocorrem concomitantemente, mas precisamos saber
diferenciá-las:
Execução
• Dinheiro, pagamentos, arrecadação
financeira 💵
Descentraliz. Programação
Fixação da Licitação e
Planejamento despesa
de créd. orçament. e
Contratação
orçament. financ.
Execução Em
Empenho Liquidação Pagamento
(da despesa) liquidação
Controle
Atenção:
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Depois que a unidade gestora já tem o poder de utilizar créditos, falta ela ter os recursos. É agora que
acontece a descentralização de recursos.
DESCENTRALIZAÇÃO DE
CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS
Descentralização TRANSFERÊNCIAS FINANCEIRAS
(transferência do poder de utilizar
créditos)
Instrumento Dotação Cota
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Órgãos Setoriais
Órgãos setoriais fazem a ligação, a ponte, o meio de campo entre a SOF e a UO. Papel de
articulador no âmbito da sua estrutura. Estabelecimento de diretrizes setoriais
Segmento da administração direta ao qual a lei orçamentária anual não consigna recursos e
que depende de destaques ou provisões para executar seus programas de trabalho
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Lei 4.320/64:
Art. 47. Imediatamente após a promulgação da Lei de Orçamento e com base nos limites nela fixados,
o Poder Executivo aprovará um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade orçamentária
fica autorizada a utilizar.
Esse mecanismo foi aperfeiçoado na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Essa é a regra válida agora.
LRF:
Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes
orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a
programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais,
os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta
dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela
lei de diretrizes orçamentárias.
Art. 9º, § 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais
do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de
diretrizes orçamentárias.
O Poder Executivo não pode realizar limitação de empenho e movimentação financeira de outros
Poderes. Os Poderes e o MP a promoverão por ato próprio! Já dizia mestre Yoda:
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“Em limitação de empenho de outro Poder, o Executivo a colher não pode meter!” 🥄🚫
Verificação ao final de um
bimestre
ressalvadas pela
Cada Poder, por ato próprio
LDO
CF/88:
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das
entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação
das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle
externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União
responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
Quanto à LeLe E AR: legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas
Prestará contas qualquer pessoa que GAGAU: guarde, arrecade, gerencie, administre ou utilize
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Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de
Contas da União, ao qual compete: (...)
Titular do
Elabora
controle
parecer prévio
externo
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de: (...)
Lei 4.320/64:
II - a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos;
Art. 77. A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária será prévia, concomitante e
subsequente.
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