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Marcel Guimarães
TCU e TC-DF Aula 11
Sumário
CAP. I: DISPOSIÇÕES PRELIMINARES (ARTS. 1º E 2º) ............................................................................... 6
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O sucesso não consiste em não errar, mas em não cometer os mesmos equívocos mais de uma vez.
Errou uma questão? Não se preocupe. Os erros ensinam mais que os acertos. Marque essa questão e volta a ela
depois de um tempo.
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Então, agora nós vamos começar o estudo da nossa querida Lei de Responsabilidade Fiscal
(carinhosamente conhecida como LRF). É uma lei certamente muito cobrada em provas de concursos públicos
e muito relevante no âmbito da Administração Pública brasileira.
Só que ela é um pouco extensa e sua linguagem não é tão amigável. Por isso alguns alunos até fogem
dessa matéria! 😬
Mas você não deve fugir! Você deve é ter um direcionamento! 😄 Afinal:
Se você quer derrubar uma árvore em metade do tempo, passe o dobro do tempo afiando o seu machado
Foi pensando nisso que eu preparei um estudo dos artigos que mais aparecem em prova (considerando
todas as bancas, em todos os anos). Perceba como você resolve 75% das questões conhecendo somente 4
capítulos da lei! 😱 😃 E se quiser aumentar para quase 85%, basta estudar mais um capítulo! Isso é o que eu
chamo de alto custo-benefício! 😏
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Antes de começar...
Não?! 😳
https://gratis.direcaoconcursos.com.br/gratis/ebook-lrf/
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A LRF não é a tão sonhada nova lei de finanças públicas (aquela que irá substituir a Lei 4.320/64), prevista
no art. 165, § 9º, I, da CF/88 (embora ela parcialmente aborde esses temas):
“Ah, professor! Mas a Lei 4.320/64 é uma lei tão antiga: ela é de 1964! 😬 Algumas coisas que estão lá nem
se aplicam mais. 😕 Você está me dizendo que, mesmo assim, ela continua valendo? Ou seja: a LRF não revogou a
Lei 4.320/64? 🤔”
Como dizem no exército: afirmaTENTE combaTIVO! 😂 Sim! É isso que eu estou lhe dizendo! 😃
A LRF estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e isso
é diferente de estatuir normas gerais de Direito Financeiro (que é o que a Lei 4.320/64 faz). Portanto, a LRF
não preenche lacunas, não substitui e nem revoga a Lei 4.320/64. 😏
Preste atenção!
A LRF não é a nova lei de finanças públicas e nem revogou a Lei 4.320/64
Para começo de história, ela uma lei complementar! É a Lei Complementar 101/2000. 😉
Ela é um conjunto de normas para que a União, os Estados e os Municípios administrem com prudência
suas receitas e despesas, e evitem desequilíbrios orçamentários e o endividamento excessivo.
É só olhar para o próprio nome da lei: Lei de Responsabilidade Fiscal. Responsabilidade fiscal é isso:
tomar boas decisões, agir com prudência, garantir a sustentabilidade das instituições (e consequentemente da
sociedade), etc.
Por exemplo: você, depois de concursado, entregaria o seu cartão de crédito (com limite altíssimo, porque você pode 😏)
para aquele seu amigo gastador? Que compra rodadas de bebidas para todo mundo no bar e só depois percebe a besteira
que fez? 🍻🍺 Ou entregaria o seu cartão de crédito para aquela sua amiga que não pode passar em frente a uma vitrine
que já quer comprar aquele sapato? 👠
Veja quanta irresponsabilidade desses dois! Gastando o dinheiro dos outros sem pensar nas consequências, sem pensar
no futuro! E irresponsabilidade sua também, porque emprestou o cartão de crédito sem “cortar as asas” (sem estabelecer
limites) para esse seu amigo, e sua amiga.
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Ora, se o seu salário é R$ 10.000,00 e seus gastos são da ordem de R$ 15.000,00, a conta não vai fechar! Uma hora a fatura
vai chegar... e vai chegar com força! 😅
Pronto! É justamente por isso que a LRF existe. Deu para entender agora? 😄
Então, a LRF estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal.
Seu objetivo central é o equilíbrio fiscal, que se quer alcançar pela imposição de restrições para o crescimento
da despesa e pela fixação de limites para gastos com pessoal e endividamento.
E, apesar da LRF não ser a nova lei de finanças públicas, ela possui base constitucional, isto é, ela aborda,
em partes, alguns dispositivos que a CF/88 exigiu que fossem disciplinados por lei complementar, a exemplo
dos seguintes:
Art. 163. Lei complementar disporá sobre:
I - finanças públicas;
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas
pelo Poder Público;
III - concessão de garantias pelas entidades públicas;
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública;
V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta;
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as
características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional.
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
“Professor, e por que criaram essa ‘maldita’ lei, hein? Foi só para complicar meus estudos mesmo?”
Foi não! 😂
A LRF, na verdade, é uma lei muito aplicada no dia a dia da gestão pública. Ela “foi um divisor na história
das finanças públicas no Brasil e em termos de responsabilidade na gestão dos recursos públicos, tornando-se
uma espécie de código a orientar a conduta dos administradores públicos, impondo-lhes, de um lado, regras
e limites e exigindo prestação de contas da utilização dos recursos públicos, e de outro, abrindo espaço para
responsabilização e aplicação de sanções pessoais1.”
Mas essa lei complementar surgiu mesmo foi por causa dívida! Esse foi o grande motivo! 😬
“Dívida, professor?” 🧐
1
PALUDO, Augustinho. Orçamento público, AFO e LRF, 5ª edição, editora Método, 2015.
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Sim. Dívida pública, especialmente a dívida interna, que vinha aumentando de forma descontrolada e
sem possibilidades de pagamento. 😕 Mas havia outros motivos também pressionando a elaboração dessa lei:
inflação, déficits primários, gastos excessivos com pessoal, guerra fiscal entre os Estados, e por aí vai...
Beleza! Agora, depois de toda essa introdução, estamos prontos para começar a análise do texto dessa
importante lei. Então, vamos lá!
Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição.
Veja como a LRF realmente estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade
na gestão fiscal. E, pela LRF, a responsabilidade na gestão fiscal pressupõe:
Seu objetivo central é o equilíbrio fiscal, que se quer alcançar pela imposição de restrições para o
crescimento da despesa e pela fixação de limites para gastos com pessoal e endividamento. Mas também
podem ser considerados objetivos da LRF: estabelecer normas para as finanças públicas; fortalecer a função de
planejamento; exigir controle do endividamento e das despesas públicas; fomentar o aumento da eficiência e
da arrecadação; proteger o patrimônio público, e fomentar o controle social.
As bancas adotaram entendimento amplo e têm considerado válidos – como objetivos e como princípios – todos os
principais assuntos abordados pela LRF. E, normalmente, consideram “objetivos” como sinônimos de “princípios”.
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Muito bem! E somente a partir desses dispositivos, podemos inferir que os princípios da LRF são:
• Planejamento;
• Equilíbrio das contas públicas;
• Responsabilidade;
• Controle;
• Transparência; e
• Responsividade.
Os seus quatro pilares básicos são:
Pilares da LRF
Que excelente pergunta! 😄 A resposta está logo no § 2º do artigo 1º, olha só:
Portanto, todos os entes da Federação! Mas será que todo mundo de todos os entes está obrigado? 🤔
§ 3º Nas referências:
a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário
e o Ministério Público;
Repare que, para efeitos da LRF, os Tribunais de Contas (TC) estão abrangidos no Poder Legislativo! Por
favor, não vá dizer por aí que os eles estão subordinados hierarquicamente ou pertencem ao Poder Legislativo.
Os Tribunais de Contas são órgãos autônomos e independentes e são, simplesmente, vinculadas ao Legislativo
para efeitos orçamentários e para observância das regras impostas pela LRF.
Por exemplo: você vai ver como o limite de despesa total com pessoal do Poder Legislativo inclui os Tribunais de Contas.
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Preste atenção!
Não existe relação de hierarquia entre os TCs e o Poder Legislativo. Os TCs somente são vinculados
ao Poder Legislativo para efeitos orçamentários e observância da LRF.
P. Legislativo TC
Mas a grande (e importante) conclusão que devemos tirar desses dispositivos acima é que:
Primeiro, vejamos o que a LRF diz sobre isso (vou pular lá para o artigo 2º, ok?):
II - empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ou
indiretamente, a ente da Federação;
III - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador recursos
financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos,
no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária;
Portanto, as empresas estatais controladas são aquelas cuja maioria do capital social (não é qualquer
percentual: se você é dono, você tem maioria do percentual, não é mesmo? 😏 Aqueles 51%...) com direito a
voto (de que adianta ser dono se você não manda em nada, não decide nada? Se não tiver direito a voto, não
é controlada!) pertença ao ente da Federação (União, Estado ou Município).
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Estatal
dependente
Empresas
controladas
Estatal
independente
Primeiro permita-me falar sobre a empresa estatal dependente. Segundo a LRF (art. 2º, III), uma
Empresa Estatal Dependente (EED) é uma empresa controlada que recebe do ente controlador recursos
financeiros para o pagamento de:
1. Despesas com pessoal;
2. Despesas de custeio em geral (por exemplo: água, café, material de escritório, etc.);
3. Despesas de capital, excluídos aqueles recursos provenientes de aumento de participação
acionária.
Quer dizer: a empresa estatal dependente é como se fosse aquela criança que recebe uma mesada do
papai. 😅 Elas não têm receita própria ou não geram recursos suficientes para financiar suas despesas,
necessitando da ajuda financeira do seu ente controlador (seu papai 😆). Em outras palavras: elas dependem
do ente controlador para sobreviver, elas não são autossuficientes.
Exemplo: A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) é uma empresa estatal dependente.
Agora você já imagina como são as empresas estatais independentes, não é mesmo? 😏
Elas são justamente o contrário das empresas estatais dependentes! 😃 Elas não dependem do governo
para pagar os salários de seus empregados, para comprar o cafezinho, para fazer a “confra” de final de ano... 😅
As Empresas Estatais Independentes (EEI) também são controladas e também podem receber
recursos financeiros, mas não para o pagamento das despesas que eu citei acima. 😏
“As estatais independentes podem receber recursos financeiros? Para que, professor?” 🤔
Veja bem: as empresas estatais dependentes recebem recursos financeiros para pagamento de despesas
de capital, excluídos aqueles provenientes de aumento de participação acionária, não é mesmo?
Então você acha que as empresas estatais independentes recebem recursos financeiros para que? 😃
Assim, quando uma empresa estatal só recebe recursos financeiros (aportes) de seu ente controlador
apenas para aumentar a participação acionária (por exemplo: o ente quer aumentar sua participação de 60%
para 70%), ela será uma empresa estatal independente.
Exemplo: Petrobrás. A Petrobrás vende combustíveis. Ela gera recursos financeiros suficientes para financiar suas
despesas. Não precisa do dinheiro do papai para pagar suas contas! 😂
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E para finalizar esse tópico, eu lhe recordo que as Empresas Estatais Dependentes integram o
Orçamento Fiscal (OF) ou o Orçamento da Seguridade Social (OSS); e as Empresas Estatais Independentes
integram o Orçamento de Investimento (OI).
Pessoal
OF
Estatal Custeio em
dependente geral
OSS
Empresas
De capital
controladas
Aumento de
Estatal
participação OI
independente
acionária
Continuando...
Quando a LRF falar em “Estados”, ela também está incluindo o Distrito Federal.
III - a Tribunais de Contas estão incluídos: Tribunal de Contas da União, Tribunal de Contas do Estado e,
quando houver, Tribunal de Contas dos Municípios e Tribunal de Contas do Município.
Quando a LRF falar em Tribunais de Contas, ela quer dizer todos os Tribunais de Contas: TCU, TCE, TC
dos Municípios e TCM.
Quero, desde já, deixar clara a diferença entre Tribunal de Contas do Estado (TCE), Tribunal de Contas
do Município (TCM) e Tribunal de Contas dos Municípios (TC dos Municípios).
Normalmente, um TCE cuida, ao mesmo tempo, das contas do governo do Estado e de todos os
municípios daquele Estado.
Por exemplo: o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) – onde eu trabalho 😅 – fiscaliza, ao mesmo tempo, o
governo do Estado da Paraíba, e os municípios de João Pessoa, Campina Grande, Cabedelo, Bayeux e todos os outros
municípios do Estado da Paraíba.
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E os TCM’s de São Paulo e Rio de Janeiro já existiam antes de 1988, então deixa eles! 😅
“E por que você disse que ‘normalmente’ um TCE fiscaliza as contas estaduais e municipais, professor? Tem
alguma exceção aí?” 🧐
Tem sim! Nos Estados da Bahia, Goiás e Pará (para memorizar: BA GO PA – fale como se fosse uma
palavra: “bagopa”), existem os Tribunais de Contas dos Municípios (TC dos Municípios). Nesses estados, há
uma separação de competências: o TCE fiscaliza somente o governo do Estado e o TC dos Municípios
fiscaliza somente as prefeituras municipais.
“E como é que fica em São Paulo e no Rio de Janeiro, professor? Já que existe o TCM-SP e o TCM-RJ”.
Ora! O TCE-SP e o TCE-RJ não são aqueles das exceções (Bahia, Goiás e Pará), portanto eles irão fiscalizar,
ao mesmo tempo, as contas do governo do Estado e de todos os municípios daquele Estado, exceto dos
municípios São Paulo e Rio de Janeiro, pois esses já possuem TCM. Então ficamos assim:
• O TCM-SP fiscaliza as contas da prefeitura de São Paulo. O TCE-SP fiscaliza todo o resto: todos os
outros municípios do Estado de São Paulo e o governo do Estado de São Paulo;
• O TCM-RJ fiscaliza as contas da prefeitura do Rio de Janeiro. O TCE-RJ fiscaliza todo o resto: todos
os outros municípios do Estado do Rio de Janeiro e o governo do Estado do Rio de Janeiro.
Resumindo
TCE-BA, TCE- Governo do
GO e TCE-PA Estado
Bahia, Goiás
e Pará TCM-BA,
Municípios do
TCM-GO e
Estado
TCM-PA
TCE TCM-SP:
Município de
São Paulo
Governo do
São Paulo
Estado
Todos os TCE-SP: o
outros TCEs resto
Todos os
Exceto
municípios
TCM-RJ:
Município do
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro
TCE-RJ: o
resto
Agora sim, finalmente, eu posso responder àquela sua pergunta: quem está sujeito à LRF?
Art. 1º, § 2o As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios.
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Poder Executivo
TCU, TCEs e,
Tribunais de quando
Poder Legislativo
Contas houver, TC dos
União, Estados, DF e M e TCM
municípios
Poder Judiciário
Ministério Público
Só que as Empresas Estatais Independentes (EEI) não estão sujeitas à LRF, beleza? 😉
Muito bem!
No artigo 2º, a LRF nos fornece algumas definições importantes. Já vimos alguns deles (o conceito de
ente, empresa controlada e empresa estatal dependente). E agora nós veremos mais um...
A RCL é a soma das receitas correntes (não das receitas de capital). Aqui vale lembrar que as receitas
correntes são:
• Tributa: receitas Tributárias (porém, hoje essa origem é denominada “impostos, taxas e
contribuições de melhoria”);
• Con: receitas de Contribuições;
• P: receita Patrimonial;
• A: receita Agropecuária;
• I: receita Industrial;
• S: receita de Serviços;
• T: Transferências correntes; e
• O: Outras receitas correntes.
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Dessas receitas correntes são feitas algumas deduções (daí o nome “líquida”). Mas as deduções não são
iguais para todos os entes, senão vejamos:
a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal,
e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no art. 239 da
Constituição;
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de
previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9º do
art. 201 da Constituição.
§ 1o Serão computados no cálculo da receita corrente líquida os valores pagos e recebidos em decorrência
da Lei Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996, e do fundo previsto pelo art. 60 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias.
§ 2o Não serão considerados na receita corrente líquida do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e de
Roraima os recursos recebidos da União para atendimento das despesas de que trata o inciso V do § 1o do
art. 19.
Então analise essa tabela aqui abaixo e tudo vai fazer sentido:
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§ 3o A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e
nos onze anteriores, excluídas as duplicidades.
Por exemplo: se quisermos apurar a RCL em abril de 2019, tomaremos como base o mês de abril de 2019 e os 11 meses
que vieram antes dele. Esse intervalo de tempo vai de maio de 2018 a abril de 2019.
11 anteriores
Mês de referência
Maio/2018 Abril/2019
Perceba que a RCL pode considerar, em seu cálculo, receitas arrecadadas em exercícios anteriores! 😄
Essa é uma pegadinha que, “vira e mexe”, aparece em prova.
Assinale a alternativa que apresenta objetivo essencial da responsabilidade na gestão fiscal, tratada na LRF.
A) Prevenir riscos e corrigir desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas.
Comentários:
A LRF estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal. Seu objetivo central é
o equilíbrio fiscal, que se quer alcançar pela imposição de restrições para o crescimento da despesa e pela fixação de
limites para gastos com pessoal e endividamento.
Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal,
com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição.
§ 1º A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem
desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e
despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da
seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita,
concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.
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Portanto, o objetivo da LRF não é aumentar a publicidade e o controle sobre os atos públicos (alternativa B). Também não
é reduzir os gastos públicos num contexto histórico de elevação da carga tributária (alternativa D), pois redução de gastos
públicos não necessariamente é sinônimo de responsabilidade na gestão fiscal. A LRF também não busca orientar a
elaboração e o controle do orçamento e dos balanços públicos (alternativa E). Existem outros instrumentos que fazem
esse papel.
Agora, a LRF impõe limites e condições para as despesas com pessoal (alternativa C), mas esse é somente um meio do
qual a lei se utiliza para alcançar o seu objetivo maior: responsabilidade na gestão fiscal, equilíbrio das contas públicas!
😄 E o objetivo essencial da responsabilidade na gestão fiscal, conforme o § 1º, do art. 1º, da LRF, é prevenir riscos e
corrigir desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas (alternativa A).
Gabarito: A
A aplicação da Lei de Responsabilidade Fiscal colabora com a organização da gestão das finanças públicas do setor público
brasileiro.
Comentários:
Colabora sim! E muito! É uma lei muito relevante no âmbito da Administração Pública brasileira. A LRF estabelece normas
de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. Estabelece limites,
condições, regras, para determinadas variáveis (gastos com pessoal, dívida, restos a pagar...), e, por isso, ela “colabora
com a organização da gestão das finanças públicas do setor público brasileiro”, como afirma a questão.
Gabarito: Certo
A Lei de Responsabilidade Fiscal obriga a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios à sua aplicação, mas não
inclui as(os):
C) autarquias.
D) fundos públicos.
E) administrações diretas.
Comentários:
Aqui você só precisava se lembrar do seguinte: as Empresas Estatais Independentes (EEI) não estão sujeitas à LRF.
§ 2º As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
§ 3º Nas referências:
a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o Ministério Público;
Gabarito: A
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IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias,
de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos: (...)
Beleza! Então a receita que não for “Tributa Con PAISTO” será excluída do conceito de RCL.
Olhando as alternativas, logo percebemos que as operações de créditos não pertencem à RCL, pois são receitas de
capital (o próprio nome já diz: Receita Corrente Líquida). 😉
Gabarito: A
FCC - DPE RS – Analista – 2017
A Lei Complementar n° 101/2000 trouxe como uma de suas inovações mais marcantes o estabelecimento de limites para
várias áreas dos gastos públicos. No que se refere à base de cálculo para a verificação desses limites, essa norma estabelece
que
a) Errada. O nome é Receita Corrente Líquida (RCL), e não receita corrente nominal.
b) Errada. É composta somente de receitas correntes, isso inclusive já está no nome! Receitas de capital estão fora!
c) Errada. As parcelas que os Estados entregam aos Municípios por determinação constitucional são deduzidas dos
cálculos, ou seja, não entram no cálculo da RCL.
§ 3o A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores,
excluídas as duplicidades.
e) Errada. Sem deduções? Claro que não! O nome é Receita Corrente Líquida. Se é “líquida”, é porque houve alguma
dedução aí. E você já viu que são feitas várias deduções.
Gabarito: D
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Art. 3º O projeto de lei do plano plurianual de cada ente abrangerá os respectivos Poderes e será devolvido
para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa.
§ 1º Integrará o projeto Anexo de Política Fiscal, em que serão estabelecidos os objetivos e metas
plurianuais de política fiscal a serem alcançados durante o período de vigência do plano, demonstrando a
compatibilidade deles com as premissas e objetivos das políticas econômica nacional e de desenvolvimento
social.
§ 2º O projeto de que trata o caput será encaminhado ao Poder Legislativo até o dia trinta de abril do
primeiro ano do mandato do Chefe do Poder Executivo.
O plano plurianual deve ser integrado por um anexo de política fiscal, em que serão estabelecidos os objetivos e as metas
plurianuais de política fiscal a serem alcançados durante o período de vigência do plano, demonstrando isso a
compatibilidade deste com as premissas e os objetivos das políticas econômica nacional e de desenvolvimento social.
Comentários:
Gabarito: Errado
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do inciso
II deste artigo, no art. 9º e no inciso II do § 1º do art. 31;
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Veremos mais detalhes já já, calma aí! 😂 Por enquanto guarde isto:
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com
recursos dos orçamentos;
Se o programa foi financiado com recursos dos orçamentos, temos que controlar, não é? 😅 Vamos
controlar esses custos e avaliar esses resultados! A função da LDO aqui é estabelecer normas relativas ao
controle de custos e à avaliação dos resultados desses programas.
f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas;
Se alguém está recebendo recursos públicos, o Estado deve ser responsável (responsabilidade fiscal 😏) e
impor condições e exigências. Essas condições e exigências para transferências de recursos a entidades
públicas e privadas estão lá na LDO.
§ 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão
estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas,
resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para
os dois seguintes. (x + 2)
II - demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os
resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores (x - 3), e
evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional;
III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios (x -3), destacando a origem e a
aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;
a) dos regimes geral de previdência social (RGPS) e próprio (RPPS) dos servidores públicos e do
Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT);
§ 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos
contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem
tomadas, caso se concretizem.
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A principal inovação da LRF, em matéria de LDO, foi a previsão desses anexos, que necessariamente
deverão integrar a LDO. Além disso, eles são exigidos para todos os entes federativos, ou seja, esses anexos
deverão constar na LDO da União, dos Estados, do DF e dos Municípios.
As questões adoram perguntar o que consta no Anexo de Metas Fiscais (AMF) e também adoram fazer
confusão deste com o Anexo de Riscos Fiscais (ARF). Por isso você tem que saber o que está em cada um deles
e tem que saber distingui-los.
Antes de mais nada, repare que ambos estão contidos na LDO, e não no PPA ou na LOA, ok? 😉 Essa é
outra pegadinha das questões.
Beleza! Agora, sugiro que você pense no nome de cada um: Anexo de Metas Fiscais e Anexo de Riscos
Fiscais. Já deu pra entender o que está contido em cada um? 😏
“Deu, professor! O Anexo de Metas Fiscais conterá metas e Anexo de Riscos Fiscais conterá riscos!”
Para 5 coisas:
1. Receitas;
2. Despesas;
3. Resultado nominal;
4. Resultado primário;
5. Montante da dívida pública.
“E essas metas são para quanto tempo? Só para o próximo ano, pelo período de vigência da LDO, do PPA?”
Essa é outra pergunta interessante, porque as questões também adoram trocar os prazos. Por isso que
marquei para você no texto da lei. 😉
Metas anuais:
1. Receita
2. Despesa
3. Resultado Nominal
4. Resultado Primário Exercício a que se Dois seguintes
5. Dívida Pública referirem
X0 X1 X2
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Certo! 😄
• demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que
justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios
anteriores (x - 3), e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política
econômica nacional;
A Administração Pública não pode simplesmente “inventar” metas. Elas devem vir de algum lugar. É
preciso então demonstrar (por meio de um demonstrativo 🤪) como se chegou nessas metas: como o cálculo
foi feito? Qual foi a metodologia utilizada? Como essas metas se comparam àquelas dos três exercícios
anteriores? As metas estão consistentes com as premissas e os objetivos da política econômica nacional? Tudo
isso deve estar lá! 😄
• evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios (x -3), destacando a
origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;
Queremos saber se o patrimônio público está sendo bem gerido ao longo do tempo. Por isso é
interessante fazer essa comparação do patrimônio líquido com os últimos três exercícios.
Não saber a situação financeira e atuarial desses regimes, fundos e programas seria como ter um cartão de crédito em que
você não poderia ver a fatura. Você vai gastando e gastando sem ter noção do problema que isso pode ser para você lá na
frente. E quando chegar lá, já será tarde demais para corrigir e será preciso tomar decisões drásticas. Não seria muito
melhor ir acompanhando e evitar o problema? 🙂
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É! Quando o Estado tem o direito de arrecadar alguma receita, mas escolhe não o fazer, está acontecendo
uma renúncia de receita.
Os exemplos estão no artigo 14, § 1º, olha só:
Art. 14, § 1º A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção
em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução
discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento
diferenciado.
Pois é. Agora imagina o que aconteceria se um ente saísse renunciando receitas “a torto e a direito” (à
toa, às cegas, sem controle). Muito em breve esse ente não teria quase nenhuma receita para arrecadar e sua
situação fiscal estaria horrível, com pouco dinheiro para entrar e muitas contas para pagar! 😬
Por isso, é preciso acompanhar a estimativa dessas renúncias de receitas e as medidas de compensação
que estão sendo adotadas. Esse acompanhamento é feito por meio desse demonstrativo.
Já as Despesas Obrigatórias de Caráter Continuando (carinhosamente chamadas de DOCC), estão
definidas no artigo 17 da LRF, veja só:
Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida
provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por
um período superior a dois exercícios.
Veremos mais detalhes sobre as DOCC em instantes, mas já podemos adiantar que são despesas
“complicadas”, pois são “persistentes”: elas fixam obrigações legais por um período superior a dois
exercícios.
Por exemplo: comprar um cafezinho ☕ é fácil. Você paga um troco ali, na hora, pronto. Acabou. Difícil é comprar um
imóvel. Você vai assumir a obrigação de pagar parcelas enormes e por um bom tempo (vários anos).
Então, é somente justo que haja um controle sobre a expansão dessas DOCC. Não queremos que elas
cresçam demais, não é mesmo? Por isso existe esse demonstrativo da margem de expansão: para saber o
quanto (qual a margem) essas despesas estão se expandindo.
“Beleza, professor. Agora, não tem um jeito mais fácil de lembrar de todo o conteúdo desse anexo de metas
fiscais, não?”
Opa! Tem sim! Preste atenção na historinha:
Existia um político no Brasil chamado de Antônio Carlos Magalhães (ACM). Seu apelido era “toninho
malvadeza”, mas, como ele era esquentado, vamos apelida-lo de “demônio malvadez”. Seu número nas urnas
era 133. Depois de eleito, ele evoluiu seu patrimônio líquido: comprou um carro FIAT. Então, ele avaliou a
situação do FIAT. Ele também ganhou um pouco de peso. Portanto, fez um regime porque estava FAT e ficou
puto com o programa de emagrecimento pro natal. Como ele demorou a estar com o peso, ele foi a Roraima
(RR) e a Minas Gerais (MG) para espancar o doctor que tinha lhe passado a dieta. 😂
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“Ah, entendi. Entendi o AMF, professor. E o Anexo de Riscos Fiscais (ARF) é aquele que conterá os riscos, não
é mesmo?” 😃
Precisamente! 😄 Fácil, não é? É no Anexo de Riscos Fiscais em que serão avaliados os passivos
contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas. Mas o anexo não se contenta só com isso.
Além de avaliar, ele vai informar as providências a serem tomadas, caso os passivos contingentes e os outros
riscos se concretizem. Assim, ele se torna bem mais útil, concorda? 😉
Por exemplo: é como se o jornalista que informa a previsão do tempo simplesmente dissesse: “olha, amanhã teremos um
furacão”. Na mesma hora você se pergunta: “putz, e agora o que eu faço?”. Não seria melhor se o jornalista dissesse:
“amanhã teremos um furacão, por isso estoquem água, comprem lanternas e cubram as janelas de vidro com madeira”?
Agora você já sabe o que fazer! 😃
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Esse grau de incerteza quanto a sua ocorrência impossibilita a correta discriminação e previsão de valores
na lei orçamentária, mas podem vir a afetar o equilíbrio das contas públicas na medida em que se tornem
exigíveis.
Pronto! 😄 Basicamente, o Anexo de Riscos Fiscais só faz isso.
Não. Tem mais um! Só que esse é específico para a União! E ele não é exatamente um anexo da LDO. 😅
Vejamos (LRF, art. 4º):
§ 4o A mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo específico, os objetivos das
políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus principais
agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício subsequente.
Primeiro ponto de atenção (e eu repito): esse anexo é exigido apenas para a União!
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É aquela mocréia, muito feia, muito bêbada, andando toda torta, toda cambaleante. 😂
Pode ser horrível, mas se você acertar a questão, então deu certo! 😅
E para finalizar, aqui vai uma pergunta: onde estão as metas de inflação? 🤔
“Fácil, professor. Essa eu já sei. Metas de inflação estão no Anexo de Metas Fiscais, ué. É lá que estão as
metas!” 😃
Disse o aluno apressado...
Ele não lembra que o AMF contém metas anuais relativas a:
1. Receitas;
2. Despesas;
3. Resultado nominal;
4. Resultado primário;
5. Montante da dívida pública.
Em lugar nenhum! Porque elas não estão aí. As metas de inflação estão no anexo da mocréia
cambaleante, quer dizer, no anexo específico que acompanha a mensagem que encaminhar o projeto de LDO
da União. 😂
Isso porque esse anexo apresentará os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e
variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício subsequente. Portanto, projeção do PIB, da taxa de
juros, taxa de câmbio, taxa de inflação, estão todos lá! 😄
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A) Estabelece as metas anuais, em valores correntes e constantes, para o exercício a que se referir e para os dois seguintes.
C) Contém a evolução do patrimônio líquido nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos
obtidos com a alienação de ativos.
D) Apresenta a avaliação dos passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas e informando as
providências a serem tomadas caso se concretizem.
E) Expõe o demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas
obrigatórias de caráter continuado.
Comentários:
É só seguir a dica: pensar no nome do anexo. Olha para o quadro comparativo também ajuda muito! O Anexo de Riscos
Fiscais (ARF) só contém a avaliação dos passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas e as
providências a serem tomadas caso os riscos se concretizem. Todo o resto está no Anexo de Metas Fiscais (AMF).
Gabarito: D
A) contém a avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior e avaliação da situação financeira e atuarial.
B) contém o demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os
resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores.
C) contém a evolução do patrimônio líquido nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos
obtidos com a alienação de ativos.
D) estabelece as metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e
primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.
E) avalia os passivos contingentes capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas,
caso se concretizem.
Comentários:
Mesma coisa da questão anterior! O Anexo de Riscos Fiscais (ARF) só contém a avaliação dos passivos contingentes e
outros riscos capazes de afetar as contas públicas e as a serem tomadas caso os riscos se concretizem. Todo o resto está
no Anexo de Metas Fiscais (AMF).
Gabarito: E
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No Anexo de Metas Fiscais, parte integrante do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, estão estabelecidas metas
anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da
dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. O Anexo de Metas Fiscais contém
Comentários:
a) Errada. A lei não determina prazo para o demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita.
b) Errada. A lei também não determina prazo para avaliação da situação financeira e atuarial.
III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos
obtidos com a alienação de ativos;
e) Errada. A Reserva de Contingência nem está na LDO (que contém o AMF). Ela está na LOA. A LDO é que irá definir a
forma de utilização e o montante dessa reserva (LRF, art. 5º, III).
Gabarito: D
A partir da LRF, os anexos de metas fiscais e de riscos fiscais devem integrar o projeto de lei orçamentária anual.
Comentários:
Essa foi só para ver se você estava prestando atenção. Eu avisei que ambos estão contidos na LDO, e não no PPA ou na
LOA, ok? 😉 Viu como é uma pegadinha das questões. 😏
Gabarito: Errado
Os instrumentos de planejamento do nosso sistema orçamentário (PPA, LDO e LOA) juntos funcionam
como engrenagens de uma máquina. Eles não podem ser elaborados de forma independente. É tanto que, o
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caput do artigo 5º da LRF exige que o projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) seja elaborado de forma
compatível com o plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com a própria LRF.
Ademais, o PLOA conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos
orçamentos com os objetivos e metas constantes do Anexo de Metas Fiscais (AMF), que está na LDO. Afinal
a LDO orientará a elaboração da LOA, está lembrando disso? 😉
Para demonstrar (provar) que a LOA foi elaborada para alcançar as metas e objetivos estabelecidos e que
ela guarda compatibilidade com os demais instrumentos de planejamento.
Para garantir que o nosso sistema e planejamento orçamentário esteja todo compatível, coerente,
“redondo”, “fechadinho”, aumentando as nossas chances de atingir as metas e objetivos traçados. Você
imagina a bagunça que seria se a o planejamento estratégico estabelecesse X, o planejamento tático
direcionasse para Y e o planejamento operacional planejasse a execução de Z? 😅
LDO
PPA
(AMF)
LOA
II - será acompanhado do documento a que se refere o § 6º do art. 165 da Constituição, bem como das
medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter
continuado;
O inciso nos informa que o PLOA será acompanhado daquele demonstrativo regionalizado dos efeitos,
sobre receitas e despesas, decorrentes de renúncia de receitas, observe (CF/88):
Art. 165, § 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do
efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios
de natureza financeira, tributária e creditícia.
Mas não é só isso. O PLOA também será acompanhado medidas de compensação a(ao):
• renúncias de receita; e
• aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado (DOCC).
III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita
corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao:
a) (VETADO)
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⚠ Atenção para isto: a reserva de contingência está na LOA, mas a forma de utilização e o montante
dessa reserva estão na LDO.
Muito bem. O bolo está na LOA, mas a forma (o molde) que você utilizou para fazer esse bolo está na LDO. 😉
conterá a Reserva de
LOA
Contingência
Reserva de
Contingência
Estabelece a forma de
LDO
utilização e montante
Preste atenção
A reserva de contingência está na LOA, mas forma de utilização e montante estão na LDO
§ 1º Todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão,
constarão da lei orçamentária anual.
§ 3º A atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada não poderá superar a variação
do índice de preços previsto na lei de diretrizes orçamentárias, ou em legislação específica.
§ 4º É vedado consignar na lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada.
§ 5º A lei orçamentária não consignará dotação para investimento com duração superior a um exercício
financeiro que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize a sua inclusão, conforme
disposto no § 1º do art. 167 da Constituição.
Art. 167, § 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser
iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime
de responsabilidade.
Por exemplo: em meados de julho, “do nada”, o Governador decide construir um novo hospital. O maior hospital que o
Estado já viu. Moderníssimo! Tanto que a sua construção demorará cerca de 5 (cinco) anos. Um baita investimento.
“Amanhã abriremos o edital de licitação e começaremos os trabalhos”, diz ele. 🤔
Calma, Governador! 😅 Você acha que é assim tão fácil? De uma hora para outra? 😄 A execução desse investimento
ultrapassa um exercício financeiro. Se você quiser construir esse hospital, vai ter que inclui-lo no PPA (ou numa lei que
autorize a inclusão no PPA). Caso não faça isso, poderá incorrer em crime de responsabilidade.
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Portanto:
No intuito de compatibilizar o orçamento e o planejamento, a Lei de Responsabilidade Fiscal determina que a lei
orçamentária não consignará dotação para investimento com duração superior a um exercício financeiro que não esteja
previsto no plano plurianual em hipótese alguma.
Comentários:
Pegadinha pesada! Mas quando você vê a expressão “em hipótese alguma”, você já começa a desconfiar, não é mesmo?
A grande sacada aqui é lembrar que a dotação não necessariamente precisa estar no PPA. Ela também pode estar em lei
que autorize a sua inclusão. 😬
Gabarito: Errado
De acordo com a Lei Complementar federal no 101/2000, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal, o projeto de lei
orçamentária anual deverá ser elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com a lei de diretrizes
orçamentárias e com as normas estabelecidas na própria Lei Complementar federal no 101/2000.
Comentários:
Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com a lei de diretrizes
orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar: (...)
Gabarito: Certo
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LOA na Banco
LRF]Central do Brasil (Bacen)
Não tem muito segredo aqui, esses artigos não costumam aparecer em prova. Sabendo a literalidade já está ótimo! 😄
LRF – Art. 7º
Art. 7o O resultado do Banco Central do Brasil, apurado após a constituição ou reversão de reservas,
Art. 7o Oconstitui receita
resultado dodo Tesouro
Banco Nacional,
Central e será transferido
do Brasil, apuradoaté o décimo
após dia útil subsequente
a constituição à aprovação
ou reversão de
reservas, constitui receita do Tesouro Nacional, e será transferido até o décimo dia útil
dos balanços semestrais.
subseqüente
§ 1o O àresultado
aprovação dos balanços
negativo semestrais.
constituirá obrigação do Tesouro para com o Banco Central do Brasil e será
consignado em dotação específica no orçamento.
§ 1o O resultado negativo constituirá obrigação do Tesouro para com o Banco Central do
Brasil e será consignado em dotação específica no orçamento.
Resumindo
Resultado
RECEITA "
OBRIGAÇÃO !
Resultado (dotação da LOA)
§ 2o O impacto e o custo fiscal das operações realizadas pelo Banco Central do Brasil serão demonstrados
Prof. Marcel Guimarães trimestralmente, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias da União.
§ 3o Os balanços trimestrais do Banco Central do Brasil conterão notas explicativas sobre os custos da
remuneração das disponibilidades do Tesouro Nacional e da manutenção das reservas cambiais e a
rentabilidade de sua carteira de títulos, destacando os de emissão da União.
≠
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• não é imediatamente após a publicação da LOA. Agora é 30 dias após a publicação. O governo
tem 30 dias para estabelecer programação financeira e o cronograma de execução mensal de
desembolso, e ele o fará por meio de um decreto.
• não se fala mais cotas trimestrais (que estão na Lei 4.320/64). Agora se fala em cronograma
mensal de desembolso (programação mensal dos fluxos de caixa). 😉
Programação Financeira
Poder Executivo
Cronograma de execução
mensal de desembolso
Publicação dos
orçamentos
30 dias
Vinculou? Então está vinculado! Amarrado! Mesmo que vire o ano, ele continuará vinculado. As
questões vão dizer que ao término do exercício, a vinculação será perdida. Quer ver? 😄
Recursos
Finalidade
legalmente
específica
vinculados
Gabarito: Errado
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Contingenciamento de Gastos
Quem já estudou nossa aula de ciclo orçamentário – parte 2, vai notar alguns trechos parecidos. Lá nosso foco era na fase
de execução do ciclo orçamentário. Aqui nosso foco é a LRF.
Joãozinho vende salgados na porta da universidade. Essa é a sua fonte de renda. Joãozinho até vive
confortavelmente: ele tem assinaturas de Netflix, Spotify e também, claro, do EmAudio Concursos, porque ele
sonha em passar num concurso público e adora as aulas de AFO do Professor Sérgio Machado lá! 🤩
Normalmente Joãozinho fatura R$ 1.500,00 por mês e suas despesas somam R$ 1.000,00, de forma que a cada
bimestre ele consegue juntar R$ 1.000,00. A meta, portanto, é chegar ao final do ano com R$ 6.000,00 (6
bimestres x R$ 1.000,00). 😉
O ano letivo começou e estava tudo indo muito bem, até que, em meados de abril, a universidade entrou em
greve! 😬 As aulas foram suspensas, os alunos (principais consumidores) mal apareciam! Joãozinho contava
com aquela receita para alcançar a sua meta, mas, com a inesperada greve, ele viu seu faturamento diminuir.
Porém, Joãozinho é forte! Ele repetia para si mesmo: “não vou diminuir a minha meta. Não vou diminuir a
minha meta! 😤 Tenho que dar um jeito de continuar fazendo com que sobre R$ 500,00 todo mês. Mas como
eu vou fazer isso se minha renda agora caiu para R$ 1.300 e a greve ainda está longe de ser resolvida? 🤔 Se
continuar assim, eu não vou conseguir juntar R$ 1.000 a cada bimestre e não vou alcançar minha meta... 😕
Já sei! 😃 Eu posso cortar algumas despesas! Se eu cortar R$ 200,00 das minhas despesas mensais, continuo
juntando R$ 1.000,00 por bimestre e assim eu consigo alcançar a minha meta anual de R$ 6.000! Agora, o que
cortar primeiro? Tenho que ter critérios! Vou cortar primeiro os supérfluos: Netflix e Spotify. O EmAudio
Concursos eu não cancelo nem a pau! 😄 Pronto. Decidido! Durante os próximos 30 dias, essas minhas
obrigações estarão limitadas!”
O que aconteceu aí nesse exemplo foi um contingenciamento de gastos, uma limitação de empenho e
movimentação financeira. 😉
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais,
os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta
dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela
lei de diretrizes orçamentárias.
Então é o seguinte: se for verificado, ao final de um bimestre (não é trimestre e nem quadrimestre), que
a realização da receita (não o aumento de despesas) poderá não comportar o cumprimento das metas de
resultado primário ou nominal (basicamente a diferença entre receitas e despesas), então, nos 30 dias
subsequentes, acontecerá o que chamamos de limitação de empenho e movimentação financeira (LRF, art.
9º).
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30 dias subsequentes
Rec. Poderes e MP
Prevista
Limitação de empenho e
(Meta RP) Realização por ato próprio movimentação financeira
da receita
“Espera aí, rapidinho, professor. Resultado primário? Resultado nominal? O que é isso?” 🤨
O Resultado Primário (RP) é a diferença entre receitas e despesas primárias (ou não-financeiras), ou
seja, todas aquelas que não tenham caráter financeiro, referente aos órgãos da administração direta, fundos,
autarquias, fundações e empresas estatais dependentes. O RP irá indicar se o ente federativo está ou não
vivendo dentro de seus limites financeiros e contribuindo para a redução ou elevação do seu endividamento.
Já o Resultado Nominal (RN) inclui as receitas e despesas financeiras. Portanto, o cálculo seria assim:
(Receitas primárias + Receitas financeiras) – (Despesas primárias + Despesas financeiras) = Resultado Nominal
O Resultado Primário indica se houve superávit ou déficit primário. O Resultado Nominal vai mais
longe e indica se a economia de recursos primários é suficiente para cobrir as despesas financeiras também, ou
se há necessidade de recorrer a empréstimos2.
Beleza. Continuando...
Você lembra do conceito de excesso de arrecadação (uma das fontes para abertura de créditos
adicionais)? É o saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a
realizada, ou seja, é arrecadar mais do que o previsto!
2
PALUDO, Augustinho. Orçamento público, AFO e LRF, 5ª edição, editora Método, 2015.
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Perceba, então, que o que acontece aqui na limitação de empenho e movimentação financeira é
justamente o contrário do excesso de arrecadação. Aqui está acontecendo frustração de receita, ou seja, a
arrecadação está menor do que o previsto.
Por exemplo: a previsão era arrecadar R$ 100.000,00, mas só foram arrecadados R$ 70.000,00. Agora estamos frustrados.
😩 Essa é a frustração de receita.
Ok! Então tivemos frustração de receita, temos que limitar o empenho! Mas e se a Administração já tiver
feito o empenho e a até mesmo a liquidação dessa despesa? 🤔 Tarde demais? 😬
Não! 😃 Agora nós vamos segurar o próximo estágio da execução da despesa: o pagamento. Portanto,
vamos segurar o pagamento! Vamos limitar a movimentação financeira, a saída de recursos da conta da
Administração. Por isso que o nome é limitação de empenho e movimentação financeira! Entendeu? 😏
Mas a frustração de receitas não é o único motivo que enseja o contingenciamento de gastos. Este pode
ser feito:
• De forma preventiva;
• Por conta da frustação de receitas;
• Por conta de endividamento excessivo (LRF, art. 31, § 1o, II).
Portanto, segundo o MTO 2020, verificada a frustração na arrecadação da receita prevista ou o aumento
das despesas obrigatórias, que venham a comprometer o alcance das metas fiscais, torna-se necessária a
adoção de mecanismos de ajuste entre receita e despesa.
Vejamos um exemplo:
Imagine que as receitas previstas são na ordem de R$ 1.200.000,00. As despesas fixadas somam R$ 1.100.000,00.
Portanto, a meta de resultado é de R$ 100.000,00. De acordo com o planejamento da Administração Pública, a
arrecadação de receitas seria constante: todo mês a previsão de arrecadação era de R$ 100.000,00 (equivalente a R$
1.200.000,00 dividido por 12 meses). Até aqui tudo bem.
Acontece que os dois primeiros meses do ano já se passaram e somente foram arrecadados R$ 50.000,00. Olha só!
Esperava-se arrecadar R$ 200.000,00 nesse período, mas somente foram arrecadados R$ 50.000,00. Tem R$ 150.000,00
faltando. Enquanto isso, as despesas continuam fixadas. A Administração continua gastando como se tivesse arrecadado
R$ 200.000,00 no primeiro bimestre.
Você consegue perceber que se não houver corte de despesas, a coisa vai ficar feia? 😣 Desse jeito a
Administração não vai alcançar as metas de resultado! 😬
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Exatamente! Quais gastos serão contingenciados? Quais serão os critérios que serão utilizados para
decidir isso? E de que forma isso acontecerá? 🤔
Muito bem! Quem vai definir os critérios e a forma dessa limitação de empenho e movimentação
financeira é a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Perceba que o finalzinho do artigo 9º da LRF diz isso
(“segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias”) e o artigo 4º da LRF (que nós já vimos)
também:
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do inciso
II deste artigo, no art. 9º e no inciso II do § 1º do art. 31;
Art. 9º, § 3o No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público não promoverem a
limitação no prazo estabelecido no caput, é o Poder Executivo autorizado a limitar os valores financeiros
segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. (Vide ADIN 2.238-5)
“Em limitação de empenho de outro Poder, o Executivo a colher não pode meter!” 🥄🚫
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As questões vão tentar lhe pegar aqui, dizendo que ”o Poder Executivo promoverá limitações no
empenho e na movimentação financeira dos demais Poderes”, mas você irá se lembrar dessa grande lição
do mestre Yoda: os Poderes e o Ministério Público promoverão a limitação de empenho e movimentação
financeira por ato próprio!
Preste atenção!
O Poder Executivo não pode realizar limitação de empenho e movimentação financeira de outros
Poderes. Os Poderes e o MP a promoverão por ato próprio!
Bom, a limitação dos gastos públicos é feita por decreto do Poder Executivo e por ato próprio dos
demais Poderes, de acordo com as regras fixadas pela LDO. No âmbito do Poder Executivo, esse decreto ficou
conhecido como Decreto de Contingenciamento (seu nome completo é “decreto de programação
orçamentária e financeira e de limitação de empenho e movimentação financeira”), que, normalmente, é
detalhado por portaria interministerial (MP e MF), evidenciados os valores autorizados para movimentação e
empenho e para pagamentos no decorrer do exercício.
O principal objetivo do Decreto de Contingenciamento é assegurar o equilíbrio entre receitas e despesas
ao longo do exercício financeiro e proporcionar o cumprimento da meta de resultado primário.
“Ok, professor. Então, se for verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não
comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal, acontecerá a limitação de empenho e
movimentação financeira. Beleza. Mas e se depois a arrecadação da receita for reestabelecida, e aquilo que
estava faltando em um bimestre for recuperado?” 🤔
Art. 9, § 1o No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das
dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas.
Isso significa que se houver restabelecimento da receita, mesmo que tenha sido parcial, é preciso
recompor as dotações que foram limitadas de forma proporcional.
Por exemplo: imagine que receita prevista que o ente precisa arrecadar em cada bimestre para que a meta
de resultado seja cumprida seja de R$ 5.000,00.
Só que a receita arrecadada no 1º bimestre foi somente R$ 3.500,00. Veja que foram arrecadados R$
1.500,00 do que o esperado, do que o suficiente para cumprir a meta de resultado. Ou seja: está acontecendo
uma frustração de receita.
O que fazer? 🤔
• Dotação 1: R$ 1.000,00
• Dotação 2: R$ 2.000,00
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Se limitarmos cada uma em 50%, conseguimos chegar ao contingenciamento de R$ 1.500,00, olha só:
Agora, imagine que no 2º bimestre a receita arrecadada foi R$ 4.700,00. Não são os R$ 5.000,00 que o
ente precisa para cumprir a meta, mas melhorou não foi? Passou de R$ 3.500,00 para R$ 4.700,00.
Como é o nome disso?
Restabelecimento parcial da receita.
Muito bem! Então nesse caso, conforme o § 1º do artigo 9º, precisamos refazer o cálculo do
contingenciamento, de forma proporcional, porque agora não é mais preciso contingenciar R$ 1.500,00. É
preciso contingenciar somente R$ 300,00 (R$ 5.000,00 – R$ 4.700,00).
Então vamos calcular. Dá para tirar 10% de cada dotação, olha só:
E não precisa se desesperar: eu nunca vi questão que cobrasse algum cálculo desse tipo. Normalmente,
as questões se limitam a dizer que a recomposição das dotações não precisa ser de forma proporcional ou que
a recomposição das dotações só acontece se o restabelecimento da receita prevista for total. Isso está errado!
Não caia nessas pegadinhas! 😤
Preste atenção!
Se houver restabelecimento da receita, mesmo que tenha sido parcial, é preciso recompor as
dotações que foram limitadas de forma proporcional
Tranquilo...
Mas algumas despesas são tão importantes que não serão objeto de limitação de despesas! Observe
(LRF):
Art. 9º, § 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais
do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de
diretrizes orçamentárias.
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• obrigações constitucionais e legais: são todas aquelas obrigações definidas na legislação que
não dependem de atos discricionários ou da vontade do administrador. Por exemplo, as
despesas com pessoal e encargos sociais, as transferências intergovernamentais (como as
decorrentes do FUNDEB) e o pagamento do serviço da dívida pública;
• pagamento do serviço da dívida pública: já incluído na categoria anterior;
• ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias: estas, por sua natureza, são discricionárias,
entretanto, em razão de sua importância e prioridade, podem ser discriminadas no texto da
LDO, evitando que se lhes aplique eventual limitação, preservando-se assim a execução dos
recursos aprovados na lei orçamentária e em seus créditos adicionais. Podem ser programas ou
ações específicas, seja na área social ou de infraestrutura, órgãos ou entidades, as quais se
pretende incentivar ou priorizar o desempenho e os resultados, ou mesmo despesas financiadas
com recursos destinados à contrapartida em convênios com outras esferas de governo.
Resumindo
Verificação ao final de um
bimestre
ressalvadas pela
Cada Poder, por ato próprio
LDO
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Durante a execução orçamentária, caso o Poder Executivo verifique, ao final de determinado bimestre, que a realização
da receita poderá não comportar o cumprimento da meta de resultado primário estabelecida no anexo de metas fiscais,
ele deverá, à luz da Lei de Responsabilidade Fiscal,
C) promover, por ato próprio, nos montantes necessários, limitação de empenho e movimentação financeira.
Comentários:
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas
de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão,
por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação
financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
Gabarito: C
No caso de frustração da receita orçamentária, os critérios e a forma de limitação de empenho devem ser instituídos pelo
titular de cada poder ou órgão.
Comentários:
Em caso de frustração da receita orçamentária, para promover o atingimento das metas de resultado primário e nominal,
os Poderes e o Ministério Público promoverão a limitação de empenho e movimentação financeira.
Mas quais serão os critérios que serão utilizados para decidir isso? E de que forma isso acontecerá? 🤔
Quem vai definir isso é a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), olha só:
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no
art. 9º e no inciso II do § 1º do art. 31;
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de
resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato
próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira,
segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
Portanto, os critérios e a forma de limitação de empenho serão instituídos pela LDO (e não pelo titular de cada poder ou
órgão). 😉
Gabarito: Errado
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Comentários:
Art. 9º, § 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive
aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.
Gabarito: Certo
De acordo com a LDO, na condição de se verificar, ao final do semestre, que a realização da receita não comportará o
cumprimento das metas de resultado primário, o Poder Executivo promoverá, por ato próprio, limitações no empenho e
na movimentação financeira dos três poderes.
Comentários:
Segundo: o Poder Executivo não promove (e nem poderá promover) limitações no empenho e na movimentação
financeira dos demais Poderes. Isso seria uma afronta ao princípio da separação dos poderes! 😳 Lembre-se da lição do
mestre Yoda: “em limitação de empenho de outro Poder, o Executivo a colher não pode meter!” 🥄🚫
Gabarito: Errado
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Para efeito das normas de responsabilidade fiscal, uma empresa estatal pode ser caracterizada como
dependente sem constituir uma empresa controlada.
Comentários:
Não, porque uma empresa estatal dependente é uma empresa controlada. 😀 Então, não é possível que
uma empresa seja empresa estatal dependente sem constituir uma empresa controlada. 😉
III - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador recursos
financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no
último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária;
Gabarito: Errado
O conceito legal de empresa estatal dependente inclui todas as empresas estatais controladas.
Comentários:
Não. As empresas estatais controladas podem ser divididas entre:
Estatal dependente
Empresas
controladas
Estatal
independente
II - empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ou
indiretamente, a ente da Federação;
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Portanto, não é o conceito legal de empresa estatal dependente que inclui todas as empresas estatais
controladas. É o conceito legal de empresa controlada que inclui as empresas estatais dependentes.
Entendeu? A banca só trocou as palavras de lugar, tornando a questão errada. 😊
Gabarito: Errado
O anexo de metas fiscais deve ser obrigatoriamente incluído na lei de diretrizes orçamentárias, mas a inclusão
do anexo de riscos fiscais é facultativa.
Comentários:
Negativo! Ambos devem ser obrigatoriamente incluídos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), olha
só (LRF):
§ 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão
estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados
nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois
seguintes.
§ 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos
contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem
tomadas, caso se concretizem.
Observe os modos verbais utilizados: “integrará” e “conterá”. A lei não fala “poderá integrar” ou “poderá
conter”. Isso indica a obrigatoriedade desses anexos serem incluídos na LDO. 🤓
Gabarito: Errado
IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais,
agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos: (...)
• Tributa: receitas Tributárias (porém, hoje essa origem é denominada “impostos, taxas e
contribuições de melhoria”);
• Con: receitas de Contribuições;
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• P: receita Patrimonial;
• A: receita Agropecuária;
• I: receita Industrial;
• S: receita de Serviços;
• T: Transferências correntes; e
• O: Outras receitas correntes.
O cuidado que você deve ter (e essa foi a pegadinha da questão) é que alguns valores transferidos aos
Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal são deduzidos do cálculo da RCL.
Por exemplo: a CF/88 determina que 50% do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de
veículos automotores (IPVA) licenciados no território de um determinado município pertencerá àquele município.
Perceba: esses 50% pertencem ao município, são receitas do município. Então por que eles estariam na
RCL do Estado? Por isso, eles são deduzidos da RCL do Estado e incluídos na RCL do município (transferências
correntes).
Gabarito: Errado
Coube à LRF estabelecer normas gerais de direito financeiro destinadas à elaboração e ao controle dos
orçamentos da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal.
Comentários:
Negativo. A LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) estabelece normais de finanças públicas voltadas para
a responsabilidade na gestão fiscal. Isso está na ementa da referida lei e no seu artigo 1º:
Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição.
Quem estabelece normas gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e
balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal é a Lei 4.320/64! Isso é o que está escrito
na ementa dessa lei, com todas essas letras! 🙂
Gabarito: Errado
B) a avaliação do RGPS.
C) as exigências para transferências de recursos a entidades privadas.
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Questão inteligente, porque o Anexo de Metas Fiscais (AFM) integra a LDO e a questão perguntou sobre
o conteúdo do AMF e trouxe 4 alternativas que tratam da LDO e uma só que trata do conteúdo do AMF.
Vejamos o disposto na LRF:
Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição e:
I - disporá também sobre:
a) equilíbrio entre receitas e despesas; (alternativa D)
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do inciso
II deste artigo, no art. 9º e no inciso II do § 1º do art. 31; (alternativa E)
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com
recursos dos orçamentos; (alternativa A)
f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas;
(alternativa C)
A única alternativa, portanto, que trouxe um conteúdo do AMF foi a alternativa B. Vamos conferir:
[Anexo de Metas Fiscais - AMF]
Art. 4º, § 2o O Anexo conterá, ainda:
Anexo de Metas Fiscais (AMF) Mnemônico
IV - avaliação da situação financeira e atuarial:
-A avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; ACM 1
a) dos
- O demonstrativo das regimes geralcom
metas anuais, de previdência social (RGPS)
memória e metodologia de e próprio (RPPS) dos servidores públicos e do
cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com DEMônio MAlvadeza 3
Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT);
as fixadas nos três exercícios anteriores;
Essa é ado
- A evolução parte do nosso
patrimônio mnemônico
líquido, também dosque diz que
últimos o cara avaliou a situação do FIAT e fez
três exercícios, regime porque
EVOLUiu o PATRIM. LÍQUIDO 3
destacando
estava FAT. a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação
de ativo;
E) O referido ato pode ser publicado em qualquer momento da execução, a critério do Poder Executivo.
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Comentários:
Vejamos:
a) Errada. Nada disso. Cabe à LDO definir os critérios de limitação de empenho, confira comigo no replay:
Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição e:
I - disporá também sobre:
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do inciso
II deste artigo, no art. 9º e no inciso II do § 1º do art. 31;
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os
Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias
subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei
de diretrizes orçamentárias.
b) Errada. Não necessariamente o restabelecimento da receita precisa ser integral. A recomposição das
dotações, objeto do ato de limitação, também pode se dar com o restabelecimento parcial da receita:
Art. 9º, § 1o No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das
dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas.
c) Errada. Nada de desvinculação. 😤 Vinculou? Então está vinculado! Mesmo que vire o ano, ele
continuará vinculado. Mesmo que haja limitação de empenho, também continuará vinculado. Vinculou? Está
vinculado!
Art. 8º, Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados
exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em
que ocorrer o ingresso.
d) Correta. É isso mesmo. Essas despesas não poderão ser objeto de limitação de empenho, olha só:
Art. 9º, § 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais
do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de
diretrizes orçamentárias.
e) Errada. Em qualquer momento? Não! Será nos trinta dias subsequentes ao final bimestre. E também
não será a critério do Poder Executivo. Será por ato próprio dos Poderes e Ministério Público. o Poder
Executivo não promove (e nem poderá promover) limitações no empenho e na movimentação financeira dos
demais Poderes. Já dizia mestre Yoda:
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“Em limitação de empenho de outro Poder, o Executivo a colher não pode meter!” 🥄🚫
Gabarito: D
Pessoal
OF
Estatal Custeio em
dependente geral
OSS
Empresas
De capital
controladas
Aumento de
Estatal
participação OI
independente
acionária
Portanto,
Gabarito: Certo
Comentários:
Opa! As metas fiscais estão no Anexo de Metas Fiscais (AMF) e os riscos fiscais estão no Anexo de Riscos
Fiscais (ARF). E esses dois anexos integram a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO), e não a Lei Orçamentária
Anual (LOA). Por isso, as metas e os riscos fiscais não são gerados na etapa de planejamento do processo de
elaboração do orçamento anual.
Gabarito: Errado
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Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais,
os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta
dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela
lei de diretrizes orçamentárias.
“Mas, professor, ele falou aí que metas de resultado primário ou nominal são estabelecidas em instrumento
de transparência da gestão fiscal. Como assim ‘instrumento de transparência da gestão fiscal’?”
Exatamente. Acontece que a LRF também estabelece que:
Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação,
inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes
orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução
Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.
E o Anexo de Metas Fiscais (AMF) integra a LDO, não é mesmo? 😉 Portanto, o AMF é um instrumento
de transparência da gestão fiscal.
Gabarito: Certo
Art. 4º, § 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os
passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a
serem tomadas, caso se concretizem.
Portanto, é no Anexo de Riscos Fiscais em que serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos
capazes de afetar as contas públicas. Mas o anexo não se contenta só com isso. Além de avaliar, ele vai informar
as providências (as medidas) a serem tomadas, caso os passivos contingentes e os outros riscos se
materializem. Exatamente como afirmou a questão.
Gabarito: Certo
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a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo
ao Trabalhador;
Gabarito: Certo
Não! A Receita Corrente Líquida (RCL) não é isso. 😕 Ela é mais do que montante bruto de receitas
tributárias, de contribuições e patrimoniais, depois de efetuadas as deduções legalmente previstas. A RCL, na
verdade é:
Gabarito: Errado
Cabe à lei de diretrizes orçamentárias definir limites e condições para a expansão das despesas obrigatórias de
caráter continuado.
Comentários:
Ô questãozinha sacana! 😬 Cobrou um dispositivo da LRF que foi vetado! O artigo 4º, inciso III, definia o
seguinte (vou deixar riscado para você lembrar que ele foi vetado):
III - definirá limites e condições para a expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado
referidas no art. 17.
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“Mas porque foi vetado, professor? Parecia uma regra tão importante...”
Eis as razões do veto:
"O art. 17 do projeto de lei complementar já estabelece as regras para a expansão das despesas obrigatórias de caráter
continuado. Por outro lado, se as despesas já foram legalmente definidas como sendo "obrigatórias", não há que se
estabelecer limites e condições para a sua expansão. Portanto, em face da contradição que apresenta a redação do
dispositivo em questão, sugere-se oposição de veto a ele, por contrariar o interesse público."
Portanto, essa regra não existe! A LDO não irá definir limites e condições para a expansão das Despesas
Obrigatórias de Caráter Continuado (DOCC). Pode marcar errado!
Gabarito: Errado
Art. 2º, III - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador recursos
financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos,
no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária;
Então a questão está certa mesmo. Uma empresa estatal que receba do seu ente controlador recursos
financeiros para pagamento de custeio em geral será considerada, para efeitos de responsabilidade fiscal,
empresa estatal dependente. 😉
Gabarito: Certo
No âmbito fiscal do setor público, o resultado primário corresponde à diferença entre as receitas e as despesas,
incluídas as operações de crédito ativas e passivas destinadas ao refinanciamento da dívida pública.
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Comentários:
O Resultado Primário (RP) é a diferença entre receitas e despesas primárias (ou não-financeiras), ou
seja, todas aquelas que não tenham caráter financeiro, referente aos órgãos da administração direta, fundos,
autarquias, fundações e empresas estatais dependentes. O RP irá indicar se o ente federativo está ou não
vivendo dentro de seus limites financeiros e contribuindo para a redução ou elevação do seu endividamento.
As operações de crédito ativas e passivas destinadas ao refinanciamento da dívida pública são receitas e
despesas financeiras, motivo pelo qual são excluídas (e não incluídas) do cálculo do resultado primário.
É no cálculo do Resultado Nominal que essas receitas e despesas financeiras serão consideradas.
Gabarito: Errado
Gabarito: Errado
Caso um programa executado por entidade do setor privado seja financiado com recursos do orçamento
público, a avaliação desse programa deverá obedecer às normas estabelecidas na lei de diretrizes
orçamentárias.
Comentários:
Se o programa foi financiado com recursos do orçamento público, temos que controlar, não é? 😅
Vamos controlar esses custos e avaliar esses resultados! Uma das funções da LDO, portanto, é estabelecer
normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados desses programas.
Confira (LRF):
Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição e:
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e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados
com recursos dos orçamentos;
Gabarito: Certo
B) Os riscos fiscais — anexados à LDO — são classificados em riscos orçamentários e riscos da dívida; a
restituição de tributos superior aos valores previstos é um exemplo de riscos da dívida.
C) A avaliação dos custos dos serviços públicos prestados é inviabilizada pela ausência de normas relativas ao
controle de custos dos programas, seja na LOA, LDO ou PPA.
D) De acordo com os dispositivos legais, o desenvolvimento do projeto de lei do PPA pelo governo federal deve
considerar a plenitude dos estados e municípios para que se atenda ao quesito da regionalização dos
programas.
E) O chefe do Poder Executivo exercerá seu primeiro ano de mandato executando programas e ações de
governo de seu antecessor, visto que o PPA a que ele se reporta foi desenvolvido pela equipe do gestor
governamental anterior.
Comentários:
Vamos lá! 😄
a) Errada. No PPA? Não! Os valores que possam vir a desequilibrar as contas públicas, a exemplo dos
passivos contingentes, são avaliados lá no Anexo de Riscos Fiscais (ARF), que está contido na Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO). As providências a serem tomadas para saná-los também estão lá. Olha só (LRF):
Art. 4º, § 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os
passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências
a serem tomadas, caso se concretizem.
b) Errada. Os riscos fiscais são classificados em dois grupos: riscos orçamentários e riscos da dívida.
Os riscos orçamentários referem-se à possibilidade de as obrigações explícitas diretas sofrerem impactos
negativos devido a fatores tais como as receitas previstas não se realizarem ou à necessidade de execução de
despesas inicialmente não fixadas ou orçadas a menor. Um exemplo de risco orçamentário é justamente a
restituição de tributos superior aos valores previstos. Quer dizer: a Administração Pública teve que restituir
(devolver aos contribuintes) mais tributos do havia planejado.
Portanto, a restituição de tributos superior aos valores previstos não é um exemplo de riscos da dívida. É
um exemplo de risco orçamentário!
c) Errada. Ausência de normas relativas ao controle de custos dos programas? Pois olhe aqui o que diz a
LRF:
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Gabarito: E
Art. 9º, § 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais
do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de
diretrizes orçamentárias.
Gabarito: Errado
A receita corrente líquida é calculada a partir da inclusão e exclusão de vários itens de receita. Entre as
exclusões, no caso dos estados, estão os recursos
A) entregues aos municípios por determinação constitucional.
B) decorrentes da atividade industrial de extração mineral.
C) decorrentes da exploração agropecuária de origem vegetal ou animal.
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Comentários:
É nesse tipo de questão que esta tabela vai te salvar:
Art. 2º, IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais,
industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes,
deduzidos: (...)
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de
previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9º do
art. 201 da Constituição
Analisando as alternativas:
a) Correta. Essa é mesmo uma exclusão da RCL no caso dos estados.
b) Errada. Receita industrial é receita corrente e integra o cálculo da RCL dos estados.
c) Errada. Receita agropecuária também é receita corrente. Integra a RCL dos estados.
d) Errada. Receita de serviços também. Igual às alternativas anteriores.
e) Errada. Receita patrimonial: mesma coisa das alternativas anteriores.
Gabarito: A
Passivos contingentes são despesas que envolvem certo grau de incerteza quanto a sua efetiva ocorrência.
Nesse sentido, a LDO contém o anexo de riscos fiscais, no qual são avaliados os passivos contingentes e outros
riscos fiscais.
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Comentários:
Perfeito! É isso mesmo! Passivos contingentes são mesmo despesas que envolvem certo grau de
incerteza quanto a sua efetiva ocorrência. E você não sabe se elas vão ocorrer ou não. Ou então nem pode
mensurar o seu valor com confiabilidade. Por isso que eles estão categorizados como “riscos”. 😐
Além disso, os passivos contingentes são avaliados no Anexo de Riscos Fiscais (ARF), que está contido na
LDO, confira (LRF):
Art. 4º, § 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os
passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a
serem tomadas, caso se concretizem.
Gabarito: Certo
Mas cadê as deduções? Afinal a questão está perguntando sobre a Receita Corrente Líquida (RCL). Se é
líquida, é porque há alguma dedução.
“Ah, professor. Mas a questão está incompleta. Questão incompleta não significa que está errada!” 🧐
Mas a questão está dando uma definição errada de Receita Corrente Líquida (RCL). A RCL não é isso aí
que a questão descreveu. É isso aí com algumas deduções!
Confirme isso na LRF:
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Art. 2º, IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais,
industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes,
deduzidos: (...)
Gabarito: Errado
A reserva de contingência está na LOA, mas a forma de utilização e o montante dessa reserva estão na
LDO. Olhe esse esquema:
conterá a Reserva
LOA
de Contingência
Reserva de
Contingência
Estabelece a forma
LDO de utilização e
montante
Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com
a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita
corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao:
Gabarito: Errado
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“Em limitação de empenho de outro Poder, o Executivo a colher não pode meter!” 🥄🚫
Gabarito: Errado
Na apuração da receita corrente líquida, devem ser excluídos os períodos referentes a exercícios financeiros já
encerrados.
Comentários:
Será? Vejamos:
§ 3o A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e
nos onze anteriores, excluídas as duplicidades.
Ok! Então digamos que estamos em abril de 2019. Se pegarmos os onze meses anteriores, teremos que
considerar no cálculo alguns meses de 2018 (exercício financeiro já encerrado), não é mesmo?
11 anteriores
Mês de referência
Maio/2018 Abril/2019
E aí? Esses períodos referentes a exercícios financeiros já encerrados foram excluídos na apuração da
RCL?
Negativo! Foram incluídos! Foram considerados!
Corrigindo a questão, na apuração da receita corrente líquida, podem ser considerados os períodos
referentes a exercícios financeiros já encerrados.
Gabarito: Errado
Art. 2º, § 2º Não serão considerados na receita corrente líquida do Distrito Federal e dos Estados do
Amapá e de Roraima os recursos recebidos da União para atendimento das despesas de que trata o inciso
V do § 1º do art. 19.
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Art. 19, § 1o Na verificação do atendimento dos limites definidos neste artigo, não serão computadas as
despesas: (...)
V - com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e Roraima, custeadas com recursos
transferidos pela União na forma dos incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição e do art. 31 da Emenda
Constitucional no 19;
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito
Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos,
por meio de fundo próprio;
Ufa! Depois disso tudo, podemos confirmar que “os recursos transferidos pela União ao Distrito Federal,
quando destinados à assistência financeira para a execução de serviços públicos das polícias civil e militar e do
corpo de bombeiros, não integram o conceito de receita corrente líquida, ainda que sejam utilizados para
pagamento de pessoal” (como afirmou a questão).
Gabarito: Certo
28. CESPE – TCU - Auditor Federal de Controle Externo - Auditoria Governamental – 2015
É vedado à lei de diretrizes orçamentárias prever a indisponibilidade de determinadas dotações orçamentárias
para a limitação de despesas, diante da hipótese de a realização da receita não comportar o cumprimento das
metas de resultado primário ou nominal.
Comentários:
Opa! A LDO pode sim prever a indisponibilidade de determinadas dotações orçamentárias para a
limitação de despesas. Quer ver? Então leia esse dispositivo da LRF:
Art. 9º, § 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais
do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de
diretrizes orçamentárias.
Gabarito: Errado
Se um ente da Federação contar com regime próprio de previdência dos seus servidores públicos, a avaliação
da situação financeira e atuarial desse regime deverá constar obrigatoriamente na respectiva lei de diretrizes
orçamentárias.
Comentários:
Correto, porque o Anexo de Metas Fiscais (AMF) conterá avaliação da situação financeira e atuarial dos
RPPS. Confirme aqui:
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[Anexo de Metas Fiscais - AMF]
Art. 4º, § 2o O Anexo conterá, ainda:
Anexo de Metas Fiscais (AMF) Mnemônico
IV - avaliação da situação financeira e atuarial:
-A avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; ACM 1
a) dos
- O demonstrativo das regimes geralcom
metas anuais, de previdência social (RGPS)
memória e metodologia de e próprio (RPPS) dos servidores públicos e do
cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com DEMônio MAlvadeza 3
Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT);
as fixadas nos três exercícios anteriores;
Essa é ado
- A evolução parte do nosso
patrimônio mnemônico
líquido, também dosque diz que
últimos o cara avaliou a situação do FIAT e fez
três exercícios, regime porque
3
destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação EVOLUiu o PATRIM. LÍQUIDO
estava FAT.
de ativo;
A apuração do montante de receita corrente líquida arrecadada pode envolver mais de um exercício financeiro.
Prof. Marcel Guimarães
Comentários:
Pode mesmo! Porque (LRF):
Art. 2º, § 3º A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em
referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades.
Por exemplo: estamos em abril de 2019. Se pegarmos os onze meses anteriores, teremos que considerar
no cálculo alguns meses de 2018 (exercício financeiro já encerrado), olha só:
11 anteriores
Mês de referência
Maio/2018 Abril/2019
Perceba que o único momento em a apuração do montante de RCL arrecadada não vai envolver mais de
um exercício financeiro será no mês de dezembro, porque serão considerados os meses de janeiro a dezembro
do mesmo exercício financeiro. Em todos os outros momentos, apuração do montante de RCL arrecadada irá
envolver mais de um exercício financeiro.
Portanto, como afirmou a questão, a apuração do montante de RCL arrecadada pode sim envolver mais
de um exercício financeiro.
Gabarito: Certo
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Comentários:
A Receita Corrente Líquida engloba as receitas correntes feitas algumas deduções (LRF, art. 2º, IV).
Gabarito: Certo
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Folha de respostas
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Para efeito das normas de responsabilidade fiscal, uma empresa estatal pode ser caracterizada como
dependente sem constituir uma empresa controlada.
O anexo de metas fiscais deve ser obrigatoriamente incluído na lei de diretrizes orçamentárias, mas a inclusão
do anexo de riscos fiscais é facultativa.
Coube à LRF estabelecer normas gerais de direito financeiro destinadas à elaboração e ao controle dos
orçamentos da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal.
O anexo de metas fiscais, que integra o projeto de LDO, deve dispor sobre
A) as normas relativas ao controle de custos.
B) a avaliação do RGPS.
C) as exigências para transferências de recursos a entidades privadas.
D) o equilíbrio entre receitas e despesas.
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Nas situações em que houver frustração de receitas e ficar evidenciado o não cumprimento das metas de
resultado primário ou nominal estabelecidas em instrumento de transparência da gestão fiscal, os empenhos e
a movimentação financeira deverão ser limitados.
Na lei de diretrizes orçamentárias, o anexo de metas fiscais deve conter avaliações atuariais.
Cabe à lei de diretrizes orçamentárias definir limites e condições para a expansão das despesas obrigatórias de
caráter continuado.
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No tocante às diretrizes constitucionais pertinentes ao plano plurianual (PPA) e à lei de diretrizes orçamentárias
(LDO), assinale a opção correta.
A) Os valores que possam vir a desequilibrar as contas públicas, a exemplo dos passivos contingentes, assim
como as ações e programas necessários para saná-los, devem constar no PPA.
B) Os riscos fiscais — anexados à LDO — são classificados em riscos orçamentários e riscos da dívida; a
restituição de tributos superior aos valores previstos é um exemplo de riscos da dívida.
C) A avaliação dos custos dos serviços públicos prestados é inviabilizada pela ausência de normas relativas ao
controle de custos dos programas, seja na LOA, LDO ou PPA.
D) De acordo com os dispositivos legais, o desenvolvimento do projeto de lei do PPA pelo governo federal deve
considerar a plenitude dos estados e municípios para que se atenda ao quesito da regionalização dos
programas.
E) O chefe do Poder Executivo exercerá seu primeiro ano de mandato executando programas e ações de
governo de seu antecessor, visto que o PPA a que ele se reporta foi desenvolvido pela equipe do gestor
governamental anterior.
A receita corrente líquida é calculada a partir da inclusão e exclusão de vários itens de receita. Entre as
exclusões, no caso dos estados, estão os recursos
A) entregues aos municípios por determinação constitucional.
B) decorrentes da atividade industrial de extração mineral.
C) decorrentes da exploração agropecuária de origem vegetal ou animal.
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Na apuração da receita corrente líquida, devem ser excluídos os períodos referentes a exercícios financeiros já
encerrados.
28. CESPE – TCU - Auditor Federal de Controle Externo - Auditoria Governamental – 2015
É vedado à lei de diretrizes orçamentárias prever a indisponibilidade de determinadas dotações orçamentárias
para a limitação de despesas, diante da hipótese de a realização da receita não comportar o cumprimento das
metas de resultado primário ou nominal.
De acordo com a LRF, o conceito de receita corrente líquida não engloba venda de imóveis.
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Gabarito – CESPE
1. Errado 12. Certo 23. Errado
2. Errado 13. Errado 24. Errado
3. Errado 14. Errado 25. Errado
4. Errado 15. Certo 26. Errado
5. Errado 16. Errado 27. Certo
6. B 17. Errado 28. Errado
7. D 18. Certo 29. Certo
8. Certo 19. E 30. Certo
9. Errado 20. Errado 31. Certo
10. Certo 21. A
11. Certo 22. Certo
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Resumo direcionado
1. Cap. I: disposições preliminares (arts. 1º e 2º)
1.1. Introdução – o que é a LRF e responsabilidade fiscal?
A LRF não é a nova lei de finanças públicas e nem revogou a Lei 4.320/64
O objetivo central da LRF é o equilíbrio fiscal, que se quer alcançar pela imposição de restrições para o
crescimento da despesa e pela fixação de limites para gastos com pessoal e endividamento.
Pilares da LRF
Poder Executivo
TCU, TCEs e,
Tribunais de quando
Poder Legislativo
Contas houver, TC
União, Estados, DF e dos M e TCM
municípios
Poder Judiciário
Ministério Público
Pessoal
OF
Estatal Custeio em
dependente geral
OSS
Empresas
De capital
controladas
Aumento de
Estatal
participação OI
independente
acionária
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Será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores.
11 anteriores
Mês de referência
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b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do inciso
II deste artigo, no art. 9º e no inciso II do § 1º do art. 31;
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com
recursos dos orçamentos;
f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas;
Anexo de Metas Fiscais (AMF):
Metas anuais:
1. Receita
2. Despesa
3. Resultado Nominal
4. Resultado Primário Exercício a que se Dois seguintes
5. Dívida Pública referirem
X0 X1 X2
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[Anexo de Metas
Mnemônico para AFM: Fiscais - AMF]
§ 4o A mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo específico, os objetivos das
políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus principais
agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício subsequente.
Esse anexo apresentará objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial. Por isso que a gente o
chama de:
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Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com
a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:
II - será acompanhado do documento a que se refere o § 6º do art. 165 da Constituição, bem como das
medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter
continuado;
III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita
corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao:
conterá a Reserva de
LOA
Contingência
Reserva de
Contingência
Estabelece a forma de
LDO
utilização e montante
LOA na LRF]
§ 4º É vedado consignar na lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada.
LRF – Art. 7º
§ 5º A lei orçamentária não consignará dotação para investimento com duração superior a um exercício
Art. 7o Ofinanceiro
resultadoquedo Banco
não estejaCentral
previstodo
no Brasil, apurado ou
plano plurianual após a constituição
em lei que autorize a ou
suareversão de
inclusão, conforme
reservas,disposto
constitui receita do Tesouro Nacional, e será transferido até o décimo dia útil
no § 1º do art. 167 da Constituição.
subseqüente à aprovação dos balanços semestrais.
• Investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro: precisa estar no PPA.
§ 1o O resultado negativo
• Investimento constituirá
cuja obrigação
execução seja inferior ado
umTesouro para comnão
exercício financeiro: o Banco
precisaCentral
estar no do
PPA.
Brasil2.3.
e será consignado em dotação específica
Banco Central do Brasil (Bacen)
no orçamento.
Resultado
RECEITA "
OBRIGAÇÃO !
Resultado (dotação da LOA)
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Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes
orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a
programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
Recursos
Finalidade
legalmente
específica
vinculados
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais,
os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta
dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela
lei de diretrizes orçamentárias.
30 dias subsequentes
Rec. Poderes e MP
Prevista
Limitação de empenho e
(Meta RP) Realização por ato próprio movimentação financeira
da receita
• De forma preventiva;
• Por conta da frustação de receitas;
• Por conta de endividamento excessivo (LRF, art. 31, § 1o, II).
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Quem vai definir os critérios e a forma dessa limitação de empenho e movimentação financeira é a Lei
de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Os Poderes e o Ministério Público promoverão a limitação de empenho e movimentação financeira por
ato próprio! O Poder Executivo não poderá promover limitações no empenho e na movimentação financeira
dos demais Poderes e do MP.
Eis a lição do mestre Yoda:
“Em limitação de empenho de outro Poder, o Executivo a colher não pode meter!” 🥄🚫
Art. 9, § 1o No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das
dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas.
Se houver restabelecimento da receita, mesmo que tenha sido parcial, é preciso recompor as
dotações que foram limitadas de forma proporcional
Art. 9º, § 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais
do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de
diretrizes orçamentárias.
Verificação ao final de um
bimestre
ressalvadas pela
Cada Poder, por ato próprio
LDO
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