Influência da Concentração do Meio Extracelular no

Comportamento das Células

Introdução

A tulipa é um ser vivo pertencente ao reino Plantae, e logo apresenta células

eucarióticas vegetais.
A célula eucariótica vegetal é uma célula que apresenta o material genético
contido no núcleo, apresenta vários organelos especializados em diferentes funções,
tais como, retículo endoplasmático liso e rugoso, complexo de Golgi, mitocôndrias,
cloroplastos, vacúolos, membrana plasmática e parede celular.
Os vacúolos são organelos
especializados no armazenamento de água,
nutrientes, produtos de excreção e pigmentos.
Têm como principal função regular a pressão
osmótica da célula através da entrada ou saída
de água, por osmose.
Para além dos vacúolos, as células
eucarióticas vegetais apresentam cloroplastos,
organelos especializados na realização da
fotossíntese, e parede celular, que fornece
resistência e proteção à célula, contribuindo
para a manutenção da sua forma. Figura 1: Ultraestrutura da célula eucariótica vegetal
Quando ocorre entrada de (retirado de água
https://sites.google.com/site/conhecendoascelulas/c
para o vacúolo, ele aumenta de volume
ocupando praticamente todo o citoplasma da célula, que devido ao aumento da
pressão de turgescência fica túrgida. Quando ocorre saída de água do vacúolo para o
meio extra-celular, a célula fica plasmolisada.

Objetivo

O presente trabalho, teve como objetivo a observação, com recurso ao

microscópio ótico, do comportamento de células eucarióticas vegetais, quando
colocadas em meios com diferentes concentrações de soluto.

Materiais
 Microscópio ótico;
 Túlipa;
 Lâminas
 Lamelas;
 Papel de filtro;
 Conta-gotas;
 Água destilada;
 Pinça;
 Solução de cloreto de sódio a 12%.

Procedimento

1. Com o auxílio de uma pinça, destacamos dois fragmentos da epiderme da página

superior de uma pétala de túlipa;
2. Colocamos um dos fragmentos numa lâmina, juntamente com uma gota de água
destilada e cobrimos com uma lamela – preparação A;
3. Observamos a preparação A ao microscópio ótico e registamos os resultados com o
auxílio da câmara fotográfica de um telemóvel;
4. Colocamos o outro fragmento em cima de uma lâmina, juntamente com uma gota
de solução de cloreto de sódio a 12%, e cobrimos com uma lamela – preparação B;
5. Observamos a preparação B ao microscópio ótico e registamos os resultados com o
auxílio da câmara fotográfica de um telemóvel;
6. Colocamos algumas gotas de água destilada em cima de um dos bordos da lamela
da preparação B, e no bordo oposto colocamos papel de filtro de modo a absorver o
líquido da montagem;
7. Observamos a preparação B ao microscópio ótico e registamos os resultados com o
auxílio da câmara fotográfica de um telemóvel.

Resultados
(Legendar as figuras com a identificação da preparação A ou B e a respetiva ampliação)

Discussão e Conclusão

Quando a célula vegetal é colocada num meio hipotónico, isto é, em água

destilada (preparação A), com baixa concentração de soluto, a água desloca-se, por
osmose, do meio extracelular para o meio intracelular, acumulando-se no vacúolo.
Deste modo, verifica-se o aumento do volume dos vacúolos, que ocupam
praticamente todo o meio intracelular, e a apresentação de uma tonalidade celular
mais clara, devido à diluição dos pigmentos. A membrana celular mantém a sua
integridade, devido à presença da parede celular que impede lise celular.
Quando a célula vegetal é colocada num meio hipertónico, com elevada
concentração de soluto, ou seja, em solução de cloreto de sódio a 20% (preparação B),
a água desloca-se, por osmose, do meio intracelular para o meio extracelular. Assim
sendo, verifica-se a diminuição do tamanho dos vacúolos e a aquisição, por parte das
células, de uma tonalidade mais intensa, devido à maior concentração de pigmentos.
Por último, quando as células colocadas na solução de cloreto de sódio a 20%
(preparação B), são sujeitas a um gradiente decrescente de concentração de soluto,
ocorre entrada de água por osmose na célula, possibilitando a observação do aumento
do volume dos vacúolos, bem como a alteração da tonalidade das células.