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Teresa Cristina de Freitas Alves

CORPO, COMUNICAÇÃO E CULTURA: A INTERNET


TRANSFORMANDO AS RELAÇÕES

São Paulo
2017
Teresa Cristina de Freitas Alves

CORPO, COMUNICAÇÃO E CULTURA: A INTERNET


TRANSFORMANDO AS RELAÇÕES

Trabalho apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Arteterapia do Instituto de


Artes da UNESP – Universidade Estadual Paulista
como exigência parcial para a disciplina de Corpo,
Comunicação e Cultura ministrada pelo Profº. Dr.
Maurício Ribeiro.

São Paulo
2017
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ​........................................................................................................4
2 HUMANIDADE X IDENTIDADE CIBERNÉTICA​.....................................................5
3 CONCLUSÃO​..........................................................................................................8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS​................................................................................9
​1 INTRODUÇÃO

Atualmente é preciso repensar o processo da relação cibernética e a forma como ela


impacta as pessoas, Buscar entender como se dá o vínculo nas relações e como perdemos o
contato do toque, afinal as relações são virtuais. Nesse novo contexto, nos relacionamos sempre
com a mediação de uma máquina, seja ela celular, computador, tablet entre outros. Ou seja,
somos nós e uma máquina e não mais outro ser humano. A missão a ser abraçada é a de
restabelecer o vínculo humano, do eu comigo mesmo (religare) para desdobrar na relação com o
outro, transcender a materialidade.

Experienciamos em um mundo novo que em muitos sentidos nos engole, visto estarmos
em constante bombardeio de informações e conhecimentos. Tudo muda muito rápido e
precisamos acompanhar essas mudanças. Isso nos dá a sensação de estarmos sempre correndo
contra o tempo.

O contexto ideal ainda está longe de ser criado, mas pensar primeiramente no quanto as
pessoas têm evoluído e se transformado nesse mundo globalizado e tecnológico já é um grande
passo para uma solução adequada.

“O Deus que habita em mim, saúda o Deus que habita em você. Honro a luz, o amor, a verdade,
a beleza e a paz dentro de você. Minha alma
honra a sua alma. Ao dividir todas essas coisas
somos unidos, somos os mesmos, SOMOS UM!”

Namastê
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2​​HUMANIDADE X IDENTIDADE CIBERNÉTICA

Estamos vivendo um grande processo de mudança cultural e comportamental. Com o


advento da internet se perde cada vez mais os vínculos com outro ser humano, nos tornando
seres digitais e isso nos distancia cada vez mais do contato com a realidade.

Esse foi um dos temas abordados por BAUMAN (2004, p. 4) que investiga como nossas
relações tornam-se cada vez mais "flexíveis", gerando níveis de insegurança sempre maiores.
Uma vez que damos prioridade a relacionamentos em "redes", aos quais podem ser tecidos ou
desmanchados com igual facilidade — e frequentemente sem que isso envolva nenhum contato
além do virtual —, não sabemos mais manter laços a longo prazo.

Existe grande necessidade de mudanças na forma de abordar os conteúdos e as relações,


gerando seres conscientes de si e dos outros.

É preciso pensar não apenas em oferecer o conhecimento, mas em trabalhar as pessoas


em sua individualidade como seres complexos que são, formados por corpo, mente e espírito e
que precisam dar conta de todas as emoções geradas em seu ambiente social e cultural.
Em certo sentido podemos perceber que o ser humano carece de uma espécie de catarse
para expurgar suas emoções conflituosas que muitas vezes não estão a nível consciente, mas
estão presentes no seu sentir no mundo, a si mesmo e aos outros.
Já dizia ARISTOTELES (2008, p.12) interessado em desvendar o ser em sua totalidade,
"É pois a tragédia imitação de um caráter elevado, completa e de certa extensão, em linguagem
ornamentada e com as várias espécies de ornamento distribuídas pelas diversas partes do drama,
imitação que se efetua não por narrativa, mas mediante atores, e que suscitando o terror e a
piedade, tem por efeito a purificação destas emoções".
Podemos perceber que ele acrescentou e muito à história da humanidade, pois ele
descobriu que o que move o ser humano é uma forma de libertação de seus medos e conflitos
interiores através de qualquer meio que possibilite essa catarse. Ressaltou Aristóteles que ​“A
tragédia é a imitação de uma acção elevada e completa, dotada de extensão, numa linguagem embelezada
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por formas diferentes em cada uma das suas partes, que se serve da acção e não da narração e que, por
meio da compaixão ​(eleos) ​e do temor ​(p
​ hobos​), ​provoca a purificação ​(katharsis​) ​de tais paixões.”
Se formos olhar com mais atenção algumas aplicações disso, veremos que a mídia
conseguiu recriar essa realidade, inclusive com fins de controle de massa. As novelas, os filmes
são representações (imitações) da realidade de muitas pessoas, sendo que, quanto mais real maior
o interesse por parte do público. O ser humano carece de ver cenas representadas de seu
cotidiano e mais importante que isso, das suas tempestuosas emoções que são um turbilhão em
seu íntimo e que através desse “sentir” encenado por outros, o faz vivenciar essa realidade
através de um mundo de faz de conta.
Para Chauí (1994, p.338-339) “a tragédia tem uma finalidade educativa e formadora do
caráter e das virtudes, por isso deve suscitar no espectador paixões que imitem as que ele sentiria
se, de fato, os acontecimentos trágicos acontecessem e devem, a seguir, oferecer remédios para
essas paixões, fazendo o espectador sair do teatro emocionalmente liberado ou capaz de
liberar-se do peso de suas emoções. O espectador deve aprender, pela imitação (pelo espetáculo
oferecido), o bem e o mal das paixões, o que podem fazer de terrível ou benéfico para os
humanos.” A tragédia, então, é o meio de alcançar a catarse e a catarse é essencial ao ser
humano.
Exemplos de filmes que simulam essa realidade são Matrix, Vida de Truman, os próprios
episódios de TV de casos reais como Casos de família, Big Brother, entre outros. As pessoas
buscam esse tipo de entretenimento, por uma identificação pessoal e que se transforma em
expurgação daquilo que no seu dia a dia não seria possível. O ser humano necessita
essencialmente de vivenciar/experienciar uma realidade que nem sempre é real, é imitação da
realidade.
O meio midiático soube aproveitar dessa característica intrínseca ao ser humano com fins
de manipulação de massa. MCLUHAN (1964) cita que cada novo meio nos modifica. Diz em
seu estudo “Nossa resposta convencional a todos os meios, ou seja, que é a forma de utilizá-los
que importa, representa a postura entorpecida do idiota tecnológico”. É uma referência direta
sobre como o cinema projeta e reflete sensações e sensibilidades sobre nós, meros espectadores
de tal forma absorvidos que nos transformamos em seres anestesiados e complacentes.
Vemos também nas citações de CARR (2011, p.15) que a referência de McLuhan possui
um grau de importância muito maior ao pensarmos na net, no quanto ela nos torna refém de uma
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tecnologia. CARR (2011) ressalta que “Com suas gratificações e conveniências, a tela do
computador passa como um trator sobre as nossas dúvidas. É nossa serva a um tal grau que seria
grosseiro notar que também é nossa mestra”.
Estamos vivendo um grande processo de mudança cultural e comportamental. Com o
advento da internet se perde cada vez mais os vínculos com outro ser humano, nos tornando
seres digitais e isso nos distancia cada vez mais do contato com a realidade.
Atualmente somos massacrados por informações e conhecimentos muito além de nossa
capacidade intelectual de entende-los em sua totalidade. Com isso nos adaptamos a buscar o
superficial de cada informação recebida para podermos conseguir adquirir em um processo
vertiginoso mais e mais conhecimento. Não conseguimos nos aprofundar em nenhum processo,
seja ele na relação com o outro, seja ele na busca do conhecimento. O que nos remete a um
futuro de seres superficiais e fragmentados buscando a completude interior.
MORIN (2013) em uma entrevista para a Fronteiras do Pensamento abordou esse assunto
com maestria “a multiplicidade das crises que vivemos, e que não são somente econômicas,
demográficas, de civilização, de crença, é a crise da humanidade que não consegue se constituir
como humanidade. Sem dúvida. Então, vivemos uma crise extremamente grave, extremamente
importante, de onde pode sair tanto o melhor quanto o pior, como acontece frequentemente em
crises. Mas, digo ainda, que, do ponto de vista do conhecimento e do pensamento, a gravidade
vem do fato de que fomos educados por um sistema de conhecimento e do pensamento que
fragmenta e separa as coisas umas das outras em disciplinas fechadas que criam especialistas
muito competentes em uma área fechada, mas incompetentes a partir do momento que o
problema se torna global.”
Esse foi um dos temas abordados por BAUMAN (2004, p. 4) que investiga como nossas
relações tornam-se cada vez mais "flexíveis", gerando níveis de insegurança sempre maiores.
Uma vez que damos prioridade a relacionamentos em "redes", aos quais podem ser tecidos ou
desmanchados com igual facilidade — e frequentemente sem que isso envolva nenhum contato
além do virtual —, não sabemos mais manter laços a longo prazo.
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3 CONCLUSÃO

Nesse processo, a meditação intitulada Mindfulness oferece a melhoria dos níveis de


atenção, o equilíbrio das emoções, novas experiências de aprendizagem, melhoria na convivência
social e capacidade de decisão. Ela permite o aperfeiçoamento da atenção e do foco, e se
interiorizada proporcionará o equilíbrio de sentimentos e a conscientização de escolhas e os
impactos que advém de cada uma dessas escolhas podendo ser mediada pela aprendizagem e
direcionada para a forma de se relacionar do indivíduo.

A pesquisa proposta visa diagnosticar o panorama da atual crise da humanidade,


discutir os principais conceitos sobre meditação, mais especificamente no tipo de meditação
Mindfulness, e identificar como o arteterapia poderá contribuir como instrumento na prática
meditativa, a fim de mostrar como serão benéficas para o desenvolvimento da inteligência
emocional, tanto em sala de aula quanto em suas relações sociais. Identificar também quais os
benefícios da meditação para o cérebro humano, na saúde e no seu bem-estar.

Para isso, foram selecionados conteúdos bibliográficos que serão analisados e


investigados a fundo para corroborar o trabalho de pesquisa que poderá servir de referência para
professores e alunos e todos os profissionais no âmbito educacional que se identifiquem com o
tema e queiram fazer diferente.

Finalizo inspirada na frase de MORIN (2013) “Então, continuamos a agir indo em


direçao a catástrofes, e o grande problema é: como evitar as catástrofes? Como mudar de
caminho? É esse o grande problema hoje em dia,”
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARR, N. ​A geração superficial: ​o que a Internet está fazendo com nossos cérebros. Trad.
M.G.F. Friaça. Rio de Janeiro: Agir, 2011.

CHAUÍ, M. ​Introdução à história da filosofia: dos pré-socráticos a Aristóteles, volume I. 2. ed.


São Paulo: Brasiliense, 1994.

ARISTÓTELES. ​Arte Retórica e Arte Poética​. Trad. Antônio Pinto de Carvalho. Rio de
Janeiro: Edições de Ouro, Editora Tecnoprint S.A., 1970

BAUMAN, Z. ​Amor líquido​: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Ed., 2004.

ARISTÓTELES. ​Poética​. Trad. Ana Maria Valente. 3. Ed. São Paulo. Fundacao Calouste
Gulbenkian. 2008.

MORIN, E ​- A crise da humanidade. ​Produção Telos Cultural. Edição Alfredo Barros. Trad.
Mathias Eidelwein, Marina Waquil e Francesco Settineri. 2013. FRONTEIRAS DO
PENSAMENTO. Acesso em 15 ago 2017. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=TS5ytEbpWg8

MACLUHAN, M. ​Os Meios de Comunicação como extensões do homem​. Trad. Décio


Pignatari. São Paulo: Editora Cultrix.

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