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SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA

MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO UTILIZADOS NA


COMUNICAÇÃO

FABIO LUIS SANTOS DA SILVA.


Engenheiro Florestal.

VIÇOSA – MG
2019
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3

2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................. 4

3 CONCLUSÃO...........................................................................................................9

REFERÊNCIAS..........................................................................................................10
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1 INTRODUÇÃO

Atualmente nós podemos perceber que a área da educação voltada para o


Atendimento Educacional Especializado – AEE está em franco crescimento em
nosso país, assim propiciando um maior acesso a esse recurso as pessoas
portadoras de necessidades especiais, fazendo com que elas passem a ter direito a
uma educação mais justa e digna, sem preconceito por parte da nossa sociedade.
Segundo Martins (2015), a construção da alfabetização deve acontecer de
uma maneira geral e ampla, reconhecendo e dando ênfase a todas as qualidades
que o aluno traz consigo, trabalhando essas qualidades em favor de sua
aprendizagem. O aluno, ao adentrar a escola, é um ser completo e, portanto, deve
ser considerado como tal no processo de aprendizagem, valorizando suas
capacidades, habilidades e conhecimentos.
Alfabetizar significa orientar a criança para o domínio da tecnologia da
escrita e letrar significa levá-la ao exercício das práticas sociais de leitura e de
escrita. Nessa linha a criança alfabetizada é uma criança que sabe ler e escrever, e
a letrada, uma criança que tem o hábito, as habilidades e até mesmo o prazer de
leitura e escrita de diferentes gêneros de textos, suportes, contextos e circunstâncias
(SOARES, 2006).
De acordo com Martins e Spechela (2012, p.15), a alfabetização não possui
receita pronta em relação ao método, pois a forma de aprendizagem de uma criança
pode ser diferente da outra. O método aplicado em uma turma pode não ter o
mesmo resultado em outra. É importante lembrar que a criança não é só mais uma
peça feita por uma empresa que possui um molde e produz todas as peças
iguaizinhas.
O presente trabalho tem como objetivo fazer uma avaliação dos métodos de
alfabetização, procurando saber como eles fazem o uso da comunicação.
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2 DESENVOLVIMENTO

Logo a seguir nós iremos retratar os principais métodos de alfabetização


utilizados em nosso país que são: os métodos sintéticos, os métodos analíticos, e o
letramento.

2.1 Os Métodos Sintéticos de Alfabetização


De acordo com Mortatti (2000, p.67), os métodos sintéticos de alfabetização
são aqueles que analisam pequenas partes da palavra, estudando suas partes,
como a letra posteriormente a sílaba até chegar a palavra. “Esse método foi utilizado
por muito tempo no Brasil, oscilando entre a soletração (eme-e-esse = mes = te-erre-
e = tre – mestre )” silabação (b-a-bá), e os métodos fônicos, que dão a dimensão
sonora das palavras.
Os métodos sintéticos podem ser divididos em três tipos: o alfabético, o
fônico e o silábico. No alfabético, o estudante aprende inicialmente as letras, depois
forma as sílabas juntando as consoantes com as vogais, para, depois, formar as
palavras que constroem o texto (MORTATTI, 2006).
O método baseia-se na associação de estímulos visuais e auditivos,
valendo-se apenas na memorização como recurso didático – o nome das letras é
associado à forma visual, as sílabas são apresentadas de cor e com elas se formam
palavras isoladas. Não se dá atenção ao significado, pois as palavras são
trabalhadas fora do contexto. Trata-se de processo árido, com poucas possibilidades
de despertar o interesse para a leitura, que pressupõe uma separação radical entre
alfabetização e letramento. (CARVALHO, p. 22. 2011)
Segundo Oliveira (2008), o primeiro e mais antigo é o método alfabético, que
foi inventado pelos gregos há cerca de 2500 anos, junto com o alfabeto. Este
método tem como ponto de partida a letra. Primeiro o aluno aprende as letras do
alfabeto e as juntava para formar as palavras. O método do bê-a-bá que ainda
vigora de certa forma em alguns países é herdeiro desta tradição.
Em relação ao ensino da leitura e da escrita, antigamente eram utilizados
dois recursos para o ensino e aprendizado do alfabeto: a caixa de areia e o
alfabeto em cartões suspensos. O ensino das letras do alfabeto obedecia a uma
regra, que era dada pela semelhança das formas gráficas. As formas eram
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ordenadas em três grupos diferentes. O primeiro reunia aquelas formadas por linhas
(I, H, T, L, E, F), o segundo as que possuíam ângulos (A, V, M, N, Z, Y, X) e o
terceiro as que apresentavam círculos ou curvas (O, U, C, J, G, P, B, R, Q e S). A
simultaneidade do ensino da leitura e da escrita requeria um tempo único no
trabalho pedagógico. Essa característica distinguia este dos outros métodos, dado
que leitura e escrita eram consideradas atividades distintas e por isso requeriam
tempos distintos (OLIVEIRA, 2011).
Acredita-se segundo Moreira (2013) que os métodos fônicos foram bem
popularizados no Brasil e durante muito tempo tornaram-se um instrumento
alfabetizador. A preocupação com a metodização da leitura e da escrita mostra uma
grande preocupação que foi questionada durante muito nas salas de aula: A
dificuldade das pessoas em aprender a ler e a escrever. Partindo dessa
problemática, várias foram as intervenções, muitas delas, até então, valorizando
aspectos da sala de aula, baseando-se em métodos que consideravam eficientes ou
não, de acordo com o resultado alcançado.
Em relação à consciência fonológica, o grafema e os fonemas verifica-se
que:
...a criança passa por três estágios na aquisição de
leitura e escrita: 1) o logográfico, em que ela trata a
palavra escrita como se fosse uma representação
pictoideográfica e visual do referente; 2) o alfabético em
que, com o desenvolvimento da rota fonológica, a
criança aprende a fazer decodificação grafofonêmica; e
3) o ortográfico em que, com o desenvolvimento da rota
lexical, a criança aprende a fazer leitura visual direta de
palavras de alta frequência (CAPOVILLA et al, 2004, p.
16).

Conforme relata Prudente (2011), o método silábico surgiu no século XVIII


como proposta de superação da soletração e deu início ao processo de
alfabetização a partir da sílaba. Esse método possui um processo lento e longo,
pois, a criança deve percorrer várias etapas para só então ser alfabetizada muitas
vezes sem sucesso. Apesar de todo um processo de preparação, a representação
das sílabas com suas famílias é uma marca registrada do método silábico. Essas
sílabas recebem os mais variados nomes entre os quais: familinhas, pedacinhos
mágicos, famílias fantásticas e assim por diante. Essas classificações vão variar de
acordo com a criatividade do professor e servem para tornar a aula e o ensino mais
prazeroso às crianças.
Conforme relata Moreira (2013), a silabação também era um método que
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visava a memorização das sílabas e consequentemente da palavra, por meio da


repetição e de exercícios cansativos e desprovidos de significados para as crianças.
As cartilhas nesse método tinham por característica grande demanda e também
eram adotadas por um enorme contingente de Professores e perduraram por um
longo tempo na história da alfabetização.

2.2 Métodos Analíticos


Os métodos analíticos, também conhecidos como “Métodos Globais”,
partiam do conceito de que a criança poderia obter mais informações e assimilar os
conhecimentos a partir de textos, histórias e contos que partissem do total. Criticava-
se assim, textos coletivos, após o estudo do texto, estudavam a frase, depois a
palavra e por fim a sílaba (MOREIRA, 2013).
Conforme relata Sebra e Dias (2011), os métodos globais ou ideovisuais tem
como ponto de partida as unidades, ou seja, palavras, parágrafos, textos, sentenças
ou palavras chave, assim o aprendiz partiria das unidades maiores e significativas
para em seguida chegar à compreensão das unidades menores que fazem parte da
composição das palavras.
O método analítico é decomposto em três processos: palavração,
sentenciação e conto. No primeiro tipo (palavração) a criança aprende através de um
estudo de palavras, na silabação de palavras conhecidas e na criação de pequenos
textos com tais palavras fáceis e conhecidas. Na sentenciação o que prevalece são
as orações e suas decomposições em palavras e sílabas. Por fim o conto que tem
como ideia principal o entendimento dos textos em pequenas frações (OLIVEIRA,
2012).
De acordo com Siepmann (2014, p.20) quando se trabalha com o processo
do método analítico vê-se a leitura como uma situação de entendimento das
palavras e que estas devem ser palavras usadas no cotidiano do aluno, em virtude
disso o alfabetizador que utiliza esse método sempre iniciará suas atividades de
ensino pela menor parte que acredita ser a mais simples, a sílaba, para a mais
complexa, as palavras, frases e textos.
Segundo relata Frade (2005) existem cinco pontos comuns entre os
defensores dos métodos analíticos, os quais são:
 a linguagem funciona como um todo;
 existe um princípio de sincretismo no pensamento infantil: primeiro
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percebe-se o todo para depois se observar as partes;


 os métodos de alfabetização devem priorizar a compreensão;
 no ato da leitura, o leitor se utiliza de estratégias globais de
reconhecimento;
 o aprendizado da escrita não pode ser feito por fragmentos de
palavras, mas por seu significado, que é muito importante para o
aprendiz;
 a escola tem que acompanhar os interesses, a linguagem e o
universo infantil e, portanto, as palavras percebidas globalmente
também devem ser familiares e ter valor afetivo para a criança.

Conforme relata Carvalho (2011) em nosso país o Método Global de Contos,


que tem como princípio o ensino do todo para as partes, assim, cria-se um texto ou
adota-se um, a partir desse texto, retira-se uma frase de estudo, assim para as
palavras dessa frase, e acaba nas silabas dessa palavra. Uma característica
relevante dos métodos globais, é que antes deles, a alfabetização voltava-se apenas
para as palavras, e com essa nova vertente, os textos, os livros e as literaturas
ganharam uma nova perspectiva, pois eram essenciais para o desenvolvimento do
método.
A linha construtivista, uma das mais utilizadas hoje na alfabetização no
Brasil, também segue os métodos analíticos. O aluno deve ser levado a pensar
sobre a escrita e, assim, construir e reelaborar o próprio conhecimento por tentativas
de escrita de pequenos textos com significado. “O método permite que os próprios
alunos construam seus conhecimentos de acordo com o desenvolvimento cognitivo.
Pode ser utilizado de forma individual ou coletiva e acolhe o conhecimento que a
criança traz para a escola, associando leitura e escrita” (MONTANO, 2016).

2.3 Letramento
O conceito de letramento surge no Brasil enraizado no conceito de
alfabetização que por vezes se confundem, porém são processos que estão ligados
de forma intrínseca, mas possuem suas diferenças, como ressalta Soares:
“Alfabetização e letramento são, pois, processos distintos, de natureza
essencialmente diferente; entretanto, são interdependentes e mesmo indissociáveis.”
(SOARES, 2003, p.92).
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Segundo Mortatti (2004), a ideia que se tem de letramento ainda está em


constantes mudanças devido à sua recente introdução no cenário das discussões
educacionais no Brasil. Apesar da imprecisão terminológica e a pluralidade de
definições, é possível conceituar esse processo. Pode-se dizer que letramento
significa as práticas e usos sociais de leitura e escrita, realizadas por uma pessoa ou
um grupo alfabetizado que tem consciência das exigências de uma sociedade
grafocêntrica, sociedade organizada em torno do sistema de escrita. A leitura e a
escrita dentro de uma sociedade grafocêntrica são valorizadas na maioria das
atividades. Essas habilidades são consideradas bens culturais das sociedades
letradas. A apropriação e utilização desses bens permitem que o indivíduo ou grupo
social se transformem a partir da aquisição de saberes sociais, culturais, políticos,
linguísticos, etc.
De acordo com Carvalho (2002), ao se escolher um método de
alfabetização, o professor deve levar em consideração os fundamentos teóricos, as
etapas de aplicação, o material didático necessário e quais são os resultados
esperados.
A tática para a aquisição do letramento está na prática da leitura e da
escrita. As pessoas que adquirem e cultivam o costume de ler terão mais facilidade
de se expressar graficamente, pois, à medida que leem com frequência, vão
ajuntando, assimilando aspectos formais de diferentes tipos de texto, esta prática
influenciará na construção de capacidades e competências que derivarão no bom
desempenho do futuro escritor (OLIVEIRA, 2014).
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3 CONCLUSÃO

Ao final desse trabalho nós podemos concluir que o processo de


alfabetização é muito importante para a formação do aluno e possui como o método
analítico o mais usado atualmente em nosso país.
Cabe ao professor em sala de aula avaliar em relação ao aluno qual seria a
melhor forma de ensiná-lo e de ter a sua atenção, através dessa avaliação ficaria a
critério dele a escolha do melhor método de ensino como forma de comunicação.
Podemos constatar também que os processos de letramento e de
alfabetização caminham lado a lado em nosso país no que tange ao melhor
desempenho da educação.
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REFERÊNCIAS

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Paulo: Memnon, 2004.

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Princípios. São Paulo: Ática. 2002.

CARVALHO, Marlene. Alfabetizar e letrar: Um diálogo entre teoria e a prática. 8


ed. Rio de Janeiro : Vozes, 2011.

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características e modos de fazer de professores. Caderno do Formador, Belo
Horizonte: Ceale/FaE/UFMG, 2005.

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http://sinop.unemat.br/projetos/revista/index.php/eventos/article/viewFile/2018/1602>
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MARTINS, Edson; SPECHELA, Luana Cristine. A importância do letramento na


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pedagogia/pdf/n3/6%20ARTIGO%20LUANA.pdf>. Acesso em: 02 nov. 2019.

MONTANO, Fernanda. Alfabetização: conheça os métodos sintéticos e


analíticos. 2016. Disponível em: <
http://revistacrescer.globo.com/Criancas/Escola/noticia/2016/02/alfabetizacao-
conheca-os-metodos-sinteticos-e-analiticos.html>. Acesso em: 03 nov. 2019.

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http://bdm.unb.br/bitstream/10483/7373/1/2013_AndressaRejaneMendesMoreira.pdf
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Paulo/1876- 1994. São Paulo: Unesp, 371 p. 2000.

MORTATTI, Maria do Rosário Longo. Educação e Letramento. São Paulo: ENESP,


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11

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