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MATERIAL DE APOIO OAB

DIREITO INTERNACIONAL
1ª FASE

DIR. INTERNACIONAL: É o conjunto de princípios e normas, positivas e costumeiras,


representativos dos direitos e deveres aplicáveis no âmbito da sociedade internacional.

DIR. INTER. PÚBLICO: regula ou regra a relação entre os Estados, os Estados e


organismos internacionais intergovernamentais (ONU, BIRD, FMI) e os Estados e
Particulares. Deste modo, podemos dizer que o DIPub regula as relações em que o Estado é
parte ou outro ente com personalidade jurídica de direito internacional.

DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO

Dir. Inter. Privado: regula a relação entre os particulares e seus interesses de


ordem privada com características internacionais. É um sobredireito, pois indica o direito
aplicável e não soluciona o litígio (traz normas conflituais e indiretas).

Elementos de Conexão: são regras determinadas pelo direito internacional


privado que apontam o direito aplicável a uma ou várias situações jurídicas unidas a mais de
um sistema legal.

São entre outros: nacionalidade, domicílio e a residência habitual da pessoa


física, lex rei sitae (lei do local da situação da coisa), lex loci delicti commissi (lei do lugar onde
foi cometido o ato ilícito), lex fori (lugar do foro) e lex loci actus (lei do lugar da ação ou
obrigação).

AS PERGUNTAS MAIS COMUNS NO EXAME DE ORDEM SÃO:

Portanto, o Direito Internacional Privado é o ramo da ciência jurídica que regula as


regras e princípios aplicáveis nos casos de conflitos de lei no espaço.

1) APLICA-SE A LEI DE QUAL PAÍS PARA O CASO?

2) OCORRENDO O CONFLITO, QUAL O JUIZ COMPETENTE PARA A AÇÃO? É COMPETÊNCIA DO


JUIZ BRASILEIRO?

3) A SENTENÇA PROFERIDA POR UM JUIZ DE E STADO ESTRANGEIRO SE APLICA OU TEM


EFICÁCIA NO BRASIL?

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DIREITO INTERNACIONAL
1ª FASE

Análise ao Dec. 4.657/42, antiga LICC que teve o seu nome e ementa
modificados pela Lei nº 12.376/10 para LINDB.

Arts. 7º ao 12.

ATENÇÃO a Homologação de sentença estrangeira art. 15, da LIDB.

ATENÇÃO aos arts. 76, 77 e 78 do CC e aos arts. 21 ao 25 do NCPC.

É importante ressaltar que o direito aplicável a uma relação jurídica de direito


privado com conexão internacional ou é o nacional ou um determinado direito estrangeiro,
conforme indicado pelas normas do direito internacional privado da lei do foro (lex fori).

TÍTULO II - DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL E DA COOPERAÇÃO


INTERNACIONAL (NCPC)

CAPÍTULO I - DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL

Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:

I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;

II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;

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DIREITO INTERNACIONAL
1ª FASE

III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.

Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa
jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal.

Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações:

I - de alimentos, quando:

a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;

b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de
renda ou obtenção de benefícios econômicos;

II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no


Brasil;

III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional.

COMPETÊNCIA EXCLUSIVA:

Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:

I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;

II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular


e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja
de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;

III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de


bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha
domicílio fora do território nacional.

Art. 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta
a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são
conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos
bilaterais em vigor no Brasil.

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DIREITO INTERNACIONAL
1ª FASE

Parágrafo único. A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a


homologação de sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no
Brasil.

Art. 25. Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento


da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato
internacional, arguida pelo réu na contestação.

§ 1º Não se aplica o disposto no caput às hipóteses de competência internacional


exclusiva previstas neste Capítulo.

§ 2º Aplica-se à hipótese do caput o art. 63, §§ 1º a 4º.

CÓDIGO CIVIL

Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o
preso.

Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do


servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar,
onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se
encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado;
e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.

Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar


extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser
demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve.

Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se
exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes.

NORMAS IMPORTANTES DA LINDB (DEC. 4.657/42) - DIREITO INTERNACIONAL


PRIVADO

LINDB E A PERSONALIDADE DA PESSOA NATURAL

As regras sobre o começo e o fim da personalidade são definidas pela lei do


lugar aonde a pessoa é domiciliada, conforme dispõe o art. 7º, do Decreto-Lei Nº 4.657/42,
Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro.

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DIREITO INTERNACIONAL
1ª FASE

Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo
e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.

LINDB E AS NORMAS RELATIVAS AO CASAMENTO

Art. 7º, da LINDB

§ 1º Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos


impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração.

§ 2º O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas


ou consulares do país de ambos os nubentes. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957)
Se aplica apenas qdo os nubentes estrangeiros tiverem a mesma nacionalidade.

§ 3º Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio


a lei do primeiro domicílio conjugal.

REGIME DE BENS NA LINDB

Art. 7º da LINDB

§ 4º O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os


nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal.

§5º O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa


anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de
naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens,
respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente registro.

DIVÓRCIO NA LINDB

Art. 7º da LINDB

§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros,


só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver
sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação
produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das
sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento
interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em

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DIREITO INTERNACIONAL
1ª FASE

pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de


que passem a produzir todos os efeitos legais.

REGRAS PARA DETERMIN AÇÃO DE DOMICÍLIO DE MODO SUBSIDIÁRIO NA LINDB

Art. 7º da LINDB

§ 7º Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se ao outro


cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua
guarda.

§ 8º Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar de sua


residência ou naquele em que se encontre.

REGRAS PARA OS DIREITOS REAIS

Art. 8º Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei
do país em que estiverem situados.

§ 1º Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos bens
móveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares.

§ 2º O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre
a coisa apenhada.

LINDB E AS OBRIGAÇÕES

Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se


constituírem.

§ 1º Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma


essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos
requisitos extrínsecos do ato.

§ 2º A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o


proponente. (Regra aplicada para ausentes).

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DIREITO INTERNACIONAL
1ª FASE

ATENÇÃO: No contrato de Compra e venda o proponente é quem propõe o contrato e não


necessariamente o vendedor, apesar de o ser na maioria das vezes.

LINDB E SUCESSÕES

Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado
o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.

§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei


brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente,
sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. (Redação dada pela
Lei nº 9.047, de 1995) – ART. 5º, XXXI da CF

§ 2º A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder.

LINDB E A PERSONALIDADE JURÍDI CA DAS PESSOAS JURÍDICAS

Art. 11. As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e


as fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituírem.

§ 1º Não poderão, entretanto ter no Brasil filiais, agências ou estabelecimentos antes de


serem os atos constitutivos aprovados pelo Governo brasileiro, ficando sujeitas à lei
brasileira.

PROPRIEDADE E OS GOVERNOS ESTRANGEIROS

Art. 11.

§ 2º Os Governos estrangeiros, bem como as organizações de qualquer natureza, que


eles tenham constituído, dirijam ou hajam investido de funções públicas, não poderão
adquirir no Brasil bens imóveis ou susceptíveis de desapropriação.

§ 3º Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos prédios necessários à


sede dos representantes diplomáticos ou dos agentes consulares.

Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado
no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.

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DIREITO INTERNACIONAL
1ª FASE

§ 1º Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a


imóveis situados no Brasil.

§ 2º A autoridade judiciária brasileira cumprirá, concedido o exequatur e segundo a


forma estabelecida pele lei brasileira, as diligências deprecadas por autoridade estrangeira
competente, observando a lei desta, quanto ao objeto das diligências.

DAS PROVAS

Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele
vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros
provas que a lei brasileira desconheça.

Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a invoca prova
do texto e da vigência.

HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA

(Art. 960 ao Art. 965 do CPC/2015)

Art. 15. Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que reúna os
seguintes requisitos:

a) haver sido proferida por juiz competente;

b) terem sido os partes citadas ou haver-se legalmente verificado à revelia;

c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a


execução no lugar em que foi proferida;

d) estar traduzida por intérprete autorizado;

e) ter sido homologada pelo Superior Tribunal Justiça. (Vide art.105, I, i da


Constituição Federal).

STJ – HOMOLOGA SENTE NÇA ESTRANGEIRA

RESOLUÇÃO Nº 9/2005 DO STJ

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DIREITO INTERNACIONAL
1ª FASE

Art. 5º Constituem requisitos indispensáveis à homologação de sentença estrangeira:

I - haver sido proferida por autoridade competente;

II - terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificado a revelia;

III - ter transitado em julgado; e

IV - estar autenticada pelo cônsul brasileiro e acompanhada de tradução por tradutor


oficial ou juramentado no Brasil.

SÚMULA 420 DO STF

A reciprocidade com o país de origem da decisão não é requisito para à homologação


de sentença estrangeira. (Art. 26, § 2º, CPC/2015).

Art. 964 do CPC/2015 – Não cabe homologação de sentença em matérias de


competência exclusiva do poder judiciário brasileiro.

O cumprimento de decisão estrangeira far-se-á perante o juízo federal competente –


Art. 965 do CPC/15.

Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de aplicar a lei
estrangeira, ter-se-á em vista a disposição desta, sem considerar-se qualquer
remissão por ela feita a outra lei.

Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de
vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem
pública e os bons costumes.

Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares


brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e de
tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou
brasileira nascido no país da sede do Consulado. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de
1957)

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

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DIREITO INTERNACIONAL
1ª FASE

É o conjunto de princípios e normas, positivas e


DIR. INTERNACIONAL :
costumeiras, representativos dos direitos e deveres aplicáveis no âmbito da sociedade
internacional.

regula ou regra a relação entre os Estados, os Estados e


DIR. INTER. PÚBLICO :
outros sujeitos de direito internacional tais como os organismos internacionais
intergovernamentais (ONU, BIRD, FMI) e para parte da doutrina as pessoas (os indíviduos).

DIR. INTERNACIONAL PÚBLICO

O Direito Internacional Público tem como características fundamentais: a


inexistência de uma autoridade superior, a falta de coercibilidade para o cumprimento dos
regramentos estabelecidos, sistema de sanções frágeis, descentralização das decisões e o
dever do respeito à soberania dos Estados.

E tem com fonte mais importante os tratados internacionais.

O q fundamenta o DIP é a soberania estatal (art. 1, I da CF/88), manifestação


da vontade ou consentimento e o pacta sunt servanda.

é a qualidade que caracteriza o poder supremo de um Estado


SOBERANIA:
(independência, autoridade dentro e fora do seu território); Art. 1º, I; Art. 4º, I, III e V; Art.
170, I, todos da CF/88;

liberdade de contrair obrigações (direitos e deveres),


PACTA SUNT SERVANDA :
compromissos livremente firmados devem ser cumpridos.

FONTES DE DIREITO IN TERNACIONAL

PRIMÁRIAS: tratados internacionais, o costume internacional e os princípios gerais de


direito.

SECUNDÁRIAS: doutrina, jurisprudência da Corte Internacional de Justiça de 1945 –


Corte de Haia – art. 38 (decisões da corte, convenções e tratados, costumes e princípios
gerais de direito).

Os costumes reconhecidos e praticados nas relações exteriores vinculam as partes,


sem necessitar que esta norma esteja escrita.

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DIREITO INTERNACIONAL
1ª FASE

PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO: são os valores que apontam um caminho a seguir e


que servem de base para as decisões internacionais.

AS JURISPRUDÊNCIAS das cortes internacionais (CIJ (corte internacional de justiça) E


TPI (tribunal penal internacional)) fazem fonte de direito intencional, no entanto as
jurisprudências dos Tribunais Constitucionais internos de cada nação não), apesar de terem
relevância do dir. internacional privado, não são fontes de DIP.

OS ATOS UNILATERAIS dos Estados fazem fonte de DIP???

POPULAÇÃO: é o conjunto de habitantes que mantêm ligação estável com um


determinado Estado, por meio de um vínculo jurídico, o vínculo da nacionalidade. Inclui os
nacionais residentes dentro e fora do território. Não inclui os estrangeiros residentes no
território do Estado.

NACIONALIDADE: é o vínculo jurídico-político de fidelidade entre o Estado e o


indivíduo, atribuído pelo Estado, na exercício de seu poder soberano.

TERRITÓRIO: é o espaço onde se exerce a soberania estatal. Ele determina os limites


do exercício do poder do estado. Delimitar um território significa estabelecer seus limites, o
que é feito por tratados ou costumes. Demarcar um território significa implantar marcos
físicos sobre o território.

Limite não se confunde com fronteira. Limite é um ponto que determina com certa
precisão até onde vai o território do Estado. Fronteira é uma região em torno do limite
territorial, sobre o qual o Estado tem interesse de zelar para garantir sua segurança nacional.

PERSONALIDADE JURÍDI CA DE DIREITO INTERN ACIONAL

Os Estados e organizações internacionais intergovernamentais e os


particulares ou indivíduos tem personalidade jurídica internacional ou seja, são sujeitos do
Direito Internacional.

ATENÇÃO: A Anistia Internacional e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha não são


organizações internacionais, mas sim ONGs de atuação internacional, por este motivo não
celebram tratados, e por este motivo não são considerados sujeitos de direito internacional.

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DIREITO INTERNACIONAL
1ª FASE

ESTADOS: para que sejam sujeitos de direito internacional devem reunir 4 elementos
constitutivos em sua formação: População Permanente; Território determinado; Governo e
Soberania.

RECONHECIMENTO DE UM ESTADO: é o surgimento de um novo sujeito de direito


internacional, atestado pelos demais Estados por meio de um ato discricionário, unilateral,
irrevogável e incondicional; Cuja importância é fundamental para que o novo Estado se
relacione com os seus pares na comunidade internacional.

RECONHECIMENTO DE GOVERNO: é todo o governo que exerce a sua autoridade como


sendo a única no Estado. Tem as seguintes FORMALIDADES: efetividade (controle da máquina
e obediência civil), cumprimento das obrigações internacionais, Constituição própria e ser
democrático.

Efeitos do reconhecimento de um governo: estabelecimento de relações


diplomáticas; imunidade de jurisdição; capacidade para demanda em tribunal estrangeiro;
admissão da validade das leis e atos governamentais.

CHEFE DE ESTADO X CHEFE DE GOVERNO

No Brasil cabe Privativamente ao Chefe de Estado art. 84, VII e VIII da CF/88
manter relações com outros Estados, acreditar seus representantes diplomáticos e celebrar
tratados internacionais “ad referendum” do Congresso Nacional.

O Chefe de Estado goza de imunidade plena que é uma restrição ao direito


fundamental dos Estados soberanos que se veem impedidos de sujeitar representantes de
outros Estados presentes em seu território ao seu ordenamento jurídico.

No Brasil o Ministro das Relações Exteriores ou chanceler tem como principal função
auxiliar o chefe de Estado na formulação e execução da política externa.

PESSOA JURÍDICA DE DIR. PUB. EXTERNO – REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL;

PESSOA JURÍDICA DE DIR. PUB. INTERNO – UNIÃO FEDERAL;

ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS INTERGOVERNAMENTAIS: são pessoas jurídicas de


direito público externo formadas pela reunião de Estados que têm uma finalidade em
comum. Após serem constituídas adquirem personalidade internacional independente da de
seus membros constituintes (ONU, OIT, FAO, UNESCO (educação, ciência e cultura), OTAN E
FMI).

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DIREITO INTERNACIONAL
1ª FASE

SANTA SÉ: é a aliança da Cúria Romana com o Papa, o Tratado de Latrão firmado em
1929 pela Itália e a Santa Sé, reconhece a personalidade internacional da Santa Sé,
reconheceu a propriedade e a jurisdição soberana sobre o Vaticano e atribuiu ao Vaticano
neutralidade permanente.

ESTADO DA CIDADE DO VATICANO possui personalidade jurídica própria que não se


confunde com a da santa sé, nacionalidade própria (nacionalidade funcional ou jus domicilli
+ jus laboris); quem reside no Vaticano está submetido a soberania da Santa Sé que também
tem direito a representação diplomática ativa e passiva (núncio apostólico); o Papa é chefe
de Estado e da Igreja Católica;

TRATADOS INTERNACION AIS

É o acordo internacional celebrado por escrito entre dois ou mais Estados ou outros
sujeitos sob égide do Direito Internacional.

REQUISITOS DE VALIDADE: CAPACIDADE DAS PARTES, HABILITAÇÃO DO AGENTE SIGNATÁRIO


(REPRESENTATIVIDADE DERIVADA CARTA DE PLENOS PODERES), CONSENTIMENTO MÚTUO,
OBJETO LÍCITO E POSSÍVEL.

NO BRASIL assinam e negociam tratados o Chefe de Estado e o Ministro das relações


Exteriores e também o PLENIPOTENCIÁRIO (pessoa escolhida pelo Presidente com a
confirmação do Min das rel. Exteriores) e Delegação nacional, ambos necessitam de “CARTA
DE PLENOS PODERES”. Que significa que é um doc. expedido por autoridade competente
dando os poderes necessários, para firmar, negociar e alterar acordos em nome da nação.

TRATADOS são normas de direito externo até serem internalizados pelos


ordenamentos jurídicos de cada nação. O Brasil adotou a teoria da incorporação no art. 5º,
§s 2º, 3º e 4º da CF/88.

No Brasil, assinado o tratado, o mesmo é enviado com uma carta ao Congresso


Nacional e deve ser aprovado nas duas casas, sendo aprovado é emitido pelo Presidente do
Congresso Nacional um Decreto Legislativo autorizando o presidente a ratificar o acordo, uma
vez ratificado por Decreto presidencial, o tratado será promulgado e publicado passando a
valer no território nacional.

Conflito entre o tratado e norma interna, a doutrina majoritária prega a prevalência


do direito internacional sobre o direito interno. No entanto, nenhum tratado internacional
poderá contrariar a CF/88, para ser incorporado no ordenamento legislativo brasileiro.

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DIREITO INTERNACIONAL
1ª FASE

“Reserva” significa uma declaração unilateral, qualquer que seja a sua redação ou
denominação, feita por um Estado ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um tratado, ou a
ele aderir, com o objetivo de excluir ou modificar o efeito jurídico de certas disposições do
tratado em sua aplicação a esse Estado.

A “Denúncia” é um ato unilateral, de efeito jurídico inverso ao da ratificação e da


adesão, manifestando, o Estado, sua vontade de deixar de ser parte no acordo internacional.

AGENTES DIPLOMÁTICOS: são responsáveis pela representação do próprio Estado em


território estrangeiro, perante o governo.

Missão Diplomática: é formada pelo conj. De diplomatas que representam os Estados


ou organizações intergovernamentais.

OS EMBAIXADORES são a própria representação da nação no estado estrangeiro ou


no organismo internacional, são responsáveis pela representação política. Os prédios das
embaixadas são invioláveis.

DIREITO DE LEGAÇÃO: consiste na prerrogativa dos Estados de enviar (ativa) e receber


(passiva) agentes diplomáticos (Embaixadores) de outros Estados.

O Chefe da Missão Diplomática é chamado de embaixador ou núncio. Também em


missões sem embaixadas o chefe poderá ser chamado de enviado ou ministro ou encarregado
de negócios.

Embaixador é uma função ocupada e não uma classe da carreira diplomática, o último
nível da carreira diplomática é ministro de primeira classe.

As Embaixadas, que são o local onde funciona a missão diplomática compreendendo


o conjunto de suas instalações físicas, são invioláveis segundo a Convenção de Viena.

AGENTES CONSULARES: são funcionários públicos enviados pelo Estado para


a proteção de seus interesses e de seus nacionais;

CONSULADOS são repartições públicas estabelecidas pelos Estados em portos


ou cidades de outros Estados. São responsáveis pela representação comercial, administrativa
e a de caráter notarial.

Espécies de cônsul: Honorário eleito entre os nacionais do país onde está o


consulado; de Carreira funcionário público do país que o consulado representa;

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DIREITO INTERNACIONAL
1ª FASE

Nomeação do Cônsul depende de aceitação prévia do nome indicado (feito mediante


o exequatur que é a autorização concedida pelo Estado receptor que admite o agente
consular para o exercício de suas funções), competindo tal função a cada Estado
individualmente, nos termos de sua legislação específica.

CARTA PATENTE: é o documento que representa a investidura do agente consular;

OS LOCAIS DA MISSÃO DIPLOMÁTICA NÃO PODEM SER VIOLADOS; O AGENTE DIPLOMÁTICO


GOZA DE ISENÇÃO DE IMPOSTOS E TAXAS, HAVENDO EXCEÇÕES A ESSE RESPEITO; OS BENS DA
EMBAIXADA SÃO INVIOLÁVEIS E NÃO PODEM SER OBJETOS DE PENHORA. A CORRESPONDÊNCIA
E A COMUNICAÇÃO OFICIAL DA MISSÃO DIPLOMÁTICA É INVIOLÁVEL. A MALA DIPLOMÁTICA NÃO
PODERÁ SER ABERTA OU RETIDA.

Imunidade

Em razão do desempenho das suas funções, o agente diplomático goza de privilégios


e imunidades.

Esses privilégios e imunidades podem ser classificados em: inviolabilidade, imunidade


de jurisdição civil, administrativa e criminal e isenção fiscal.

A inviolabilidade abrange o local da Missão diplomática e as residências particulares


dos agentes diplomáticos. Nesses locais, o Estado acreditado não pode exercer qualquer tipo
de coação (invasão pela polícia), a não ser que haja autorização do Chefe da Missão. Do
mesmo modo, não pode haver uma citação dentro da Missão.

A inviolabilidade cessa se os locais da Missão forem utilizados de modo incompatível


com as funções da Missão. Cessa ainda em caso de emergência (incêndio).

É inviolável também a correspondência.

A inviolabilidade também significa que os agentes diplomáticos não podem ser presos.

O Estado acreditado deverá proteger os imóveis da Missão, bem como a própria


pessoa dos Agentes Diplomáticos.

Os atos da Missão, praticados como representante do Estado acreditante (assinatura


de Tratado) não podem ser apreciados pelos tribunais do Estado acreditado.

O Agente Diplomático goza de imunidade de jurisdição criminal. É absoluta e aplica-se


a qualquer delito. Ele tem ainda imunidade de jurisdição civil e administrativa.

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DIREITO INTERNACIONAL
1ª FASE

A imunidade de jurisdição não significa que ele esteja acima da lei, mas significa
apenas que ele deverá ser processado no Estado acreditante.

Poderá haver renúncia à imunidade de jurisdição do agente diplomático ou de


qualquer pessoa que dela se beneficie.

De um modo geral, tem sido sustentado que a imunidade penal cessa em caso de
flagrante delito que não esteja ligado ao exercício de suas funções.

A imunidade fiscal abrange o Estado acreditante e o Chefe da Missão.

ATENÇÃO AOS ARTS. 31 E 32 da Convenção de Viena de 1961 dobre o Direito Diplomático:

Artigo 31

1. O agente diplomático gozará de imunidade de jurisdição penal do Estado acreditado.


Gozará também da imunidade de jurisdição civil e administrativa, a não ser que se trate
de:

a) uma ação real sobre imóvel privado situado no território do Estado acreditado, salvo
se o agente diplomático o possuir por conta do Estado acreditado para os fins da
missão.

b) uma ação sucessória na qual o agente diplomático figure, a titulo privado e não em
nome do Estado, como executor testamentário, administrador, herdeiro ou legatário.

c) uma ação referente a qualquer profissão liberal ou atividade comercial exercida pelo
agente diplomático no Estado acreditado fora de suas funções oficiais.

2. O agente diplomático não é obrigado a prestar depoimento como testemunha.

3. O agente diplomático não esta sujeito a nenhuma medida de execução a não ser nos
casos previstos nas alíneas " a", " b " e " c " do parágrafo 1 deste artigo e desde que a
execução possa realizar-se sem afetar a inviolabilidade de sua pessoa ou residência.

4. A imunidade de jurisdição de um agente diplomático no Estado acreditado não o


isenta da jurisdição do Estado acreditante.

Artigo 32

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DIREITO INTERNACIONAL
1ª FASE

1. O Estado acreditante pode renunciar à imunidade de jurisdição dos seus agentes


diplomáticos e das pessoas que gozam de imunidade nos termos do artigo 37.

2. A renuncia será sempre expressa.

3. Se um agente diplomático ou uma pessoa que goza de imunidade de jurisdição nos


termos do artigo 37 inicia uma ação judicial, não lhe será permitido invocar a imunidade
de jurisdição no tocante a uma reconvenção ligada à ação principal.

4. A renuncia à imunidade de jurisdição no tocante às ações civis ou administrativas não


implica renúncia a imunidade quanto as medidas de execução da sentença, para as quais
nova renúncia é necessária.

Da isenção de impostos ao representante diplomático:

Artigo 34

O agente diplomático gozará de isenção de todos os impostos e taxas, pessoais ou


reais, nacionais, regionais ou municipais, com as exceções seguintes:

a) os impostos indiretos que estejam normalmente incluídos no preço das mercadorias


ou dos serviços;

b) os impostos e taxas sobre bens imóveis privados situados no território do Estado


acreditado, a não ser que o agente diplomático os possua em nome do Estado
acreditante e para os fins da missão;

c) os direitos de sucessão percebidos pelo Estado acreditado, salvo o disposto no


parágrafo 4 do artigo 39;

d) os impostos e taxas sobre rendimentos privados que tenham a sua origem no Estado
acreditado e os impostos sobre o capital referentes a investimentos em empresas
comerciais no Estado acreditado.

e) os impostos e taxas que incidem sobre a remuneração relativa a serviços específicos;

f) os direitos de registro, de hipoteca, custas judiciais e imposto de selo relativos a bens


imóveis, salvo o disposto no artigo 23.

18
MATERIAL DE APOIO OAB
DIREITO INTERNACIONAL
1ª FASE

DOMÍNIO PÚBLICO INTERNACIONAL

TERRITÓRIO NACIONAL; pode incluir Navios, com a bandeira do país e aeronaves


militares.

Mar Territorial compreende uma faixa de 12 milhas marítimas de largura, medidas da


linha base.

Zona Contígua brasileira compreende uma faixa de 12 a 24 milhas marítimas,


contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial. A
finalidade é delimitar o exercício da fiscalização para evitar infrações às leis e reprimir infrações
às leis.

LEI Nº 8.617/93

- O MAR TERRITORIAL

LEI Nº 8.617/93

Art. 1º O mar territorial brasileiro compreende uma faixa de doze milhas marítima de
largura, medidas a partir da linha de baixa-mar do litoral continental e insular, tal como
indicada nas cartas náuticas de grande escala, reconhecidas oficialmente no Brasil.

Parágrafo único. Nos locais em que a costa apresente recorte profundos e reentrâncias
ou em que exista uma franja de ilhas ao longo da costa na sua proximidade imediata,
será adotado o método das linhas de base retas, ligando pontos apropriados, para o
traçado da linha de base, a partir da qual será medida a extensão do mar territorial.

Art. 2º A soberania do Brasil estende-se ao mar territorial, ao espaço aéreo sobrejacente,


bem como ao seu leito e subsolo.

- ZONA CONTÍGUA

Art. 5º Na zona contígua, o Brasil poderá tomar as medidas de fiscalização necessárias


para:

19
MATERIAL DE APOIO OAB
DIREITO INTERNACIONAL
1ª FASE

I - evitar as infrações às leis e aos regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigração ou


sanitários, no seu territórios, ou no seu mar territorial;

II - reprimir as infrações às leis e aos regulamentos, no seu território ou no seu mar


territorial.

- ZONA ECONÔMICA EXCL USIVA

Uma faixa de 200 milhas marítimas contadas a partir da linha base, onde há o direito
exclusivo do BRASIL de investigação e exploração científica econômica. PLATAFORMA
CONTINENTAL CORRESPONDE AO LEITO E AO SUBSOLO DAS ÁREAS SUBMARINAS que se
estendem além do mar territorial. Navios de todas as nacionalidades o direito de passagem
inocente.

Art. 7º Na zona econômica exclusiva, o Brasil tem direitos de soberania para fins de
exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, vivos ou não-
vivos, das águas sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e seu subsolo, e no que
se refere a outras atividades com vistas à exploração e ao aproveitamento da zona para
fins econômicos.

Art. 8º Na zona econômica exclusiva, o Brasil, no exercício de sua jurisdição, tem o direito
exclusivo de regulamentar a investigação científica marinha, a proteção e preservação
do meio marítimo, bem como a construção, operação e uso de todos os tipos de ilhas
artificiais, instalações e estruturas.

Parágrafo único. A investigação científica marinha na zona econômica exclusiva só


poderá ser conduzida por outros Estados com o consentimento prévio do Governo
brasileiro, nos termos da legislação em vigor que regula a matéria.

Art. 9º A realização por outros Estados, na zona econômica exclusiva, de exercícios ou


manobras militares, em particular as que impliquem o uso de armas ou explosivas,
somente poderá ocorrer com o consentimento do Governo brasileiro.

Art. 10. É reconhecidos a todos os Estados o gozo, na zona econômica exclusiva, das
liberdades de navegação e sobrevôo, bem como de outros usos do mar
internacionalmente lícitos, relacionados com as referidas liberdades, tais como os
ligados à operação de navios e aeronaves.

- PLATAFORMA CONTINENTAL

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MATERIAL DE APOIO OAB
DIREITO INTERNACIONAL
1ª FASE

Art. 11. A plataforma continental do Brasil compreende o leito e o subsolo das áreas
submarinas que se estendem além do seu mar territorial, em toda a extensão do
prolongamento natural de seu território terrestre, até o bordo exterior da margem
continental, ou até uma distância de duzentas milhas marítimas das linhas de base, a
partir das quais se mede a largura do mar territorial, nos casos em que o bordo exterior
da margem continental não atinja essa distância.

Parágrafo único. O limite exterior da plataforma continental será fixado de


conformidade com os critérios estabelecidos no art. 76 da Convenção das Nações Unidas
sobre o Direito do Mar, celebrada em Montego Bay, em 10 de dezembro de 1982.

Art. 12. O Brasil exerce direitos de soberania sobre a plataforma continental, para efeitos
de exploração dos recursos naturais.

Parágrafo único. Os recursos naturais a que se refere o caput são os recursos minerais e
outros não-vivos do leito do mar e subsolo, bem como os organismos vivos pertencentes
a espécies sedentárias, isto é, àquelas que no período de captura estão imóveis no leito
do mar ou no seu subsolo, ou que só podem mover-se em constante contato físico com
esse leito ou subsolo.

Art. 13. Na plataforma continental, o Brasil, no exercício de sua jurisdição, tem o direito
exclusivo de regulamentar a investigação científica marinha, a proteção e preservação
do meio marinho, bem como a construção, operação e o uso de todos os tipos de ilhas
artificiais, instalações e estruturas.

§ 1º A investigação científica marinha, na plataforma continental, só poderá ser


conduzida por outros Estados com o consentimento prévio do Governo brasileiro, nos
termos da legislação em vigor que regula a matéria.

§ 2º O Governo brasileiro tem o direito exclusivo de autorizar e regulamentar as


perfurações na plataforma continental, quaisquer que sejam os seus fins.

Art. 14. É reconhecido a todos os Estados o direito de colocar cabos e dutos na


plataforma continental.

§ 1º O traçado da linha para a colocação de tais cabos e dutos na plataforma continental


dependerá do consentimento do Governo brasileiro.

§ 2º O Governo brasileiro poderá estabelecer condições para a colocação dos cabos e


dutos que penetrem seu território ou seu mar territorial.

21
MATERIAL DE APOIO OAB
DIREITO INTERNACIONAL
1ª FASE

NACIONALIDADE

A nacionalidade pode ser adquirida de dois modos: Originária e Derivada.

- Originária: Adquirida com o nascimento;

- Derivada ou Secundária: Adquirida por vontade posterior;

Nacionalidade originária pode se dar por dois critérios:

Ius soli – É nacional aquele que nascer no solo do país (compreendendo extensões
territoriais como navios de guerra e navios mercantes em alto mar);

Ius sanguinis – É nacional aquele que for filho, ou seja, que tiver o SANGUE de nacional
do país;

No Brasil a regra é o ius soli – nasceu em solo brasileiro será brasileiro. Contudo,
temos exceções onde a Constituição adotou o ius sanguinis.

Art. 12. São brasileiros:

NACIONALIDADE ORIGINÁRIA OU PRIMÁRIA NO BRASIL

I - natos:

a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros,


desde que estes não estejam a serviço de seu país;

IUS SOLI + NÃO SER FILHO DE ESTRANGEIROS QUE ESTEJA A SERVIÇO DO SEU PAÍS NO BRASIL. É
A REGRA DA NACIONALIDADE NO NOSSO PAÍS.

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que


qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;

IUS SANGUINIS + O TRABALHO NO EXTERIOR PARA O BR.

c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam


registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa

22
MATERIAL DE APOIO OAB
DIREITO INTERNACIONAL
1ª FASE

do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade


brasileira;

1º PARTE: IUS SANGUINIS + REGISTRO NO EXTERIOR NA REPARTIÇÃO PÚBLICA COMPETENTE (EM


REGRA CONSULADOS); 2º PARTE: NASCIMENTO NO EXTERIOR + IUS SANGUINIS + VENHA A
RESIDIR NO BRASIL + MAIORIDADE + OPÇÃO PELA NACIONALIDADE.

A opção, em qualquer tempo (mas depois de atingida a maioridade), pela


nacionalidade brasileira. Assim, os filhos de brasileiros nascidos no exterior que vierem a
residir no Brasil e, depois disso, alcançarem a maioridade, já poderão (de imediato) ingressar
em juízo (Justiça federal) a fim de exercer o direito de opção pela nacionalidade brasileira.
Nesse último caso, manifestada a opção, o Estado não lhes pode negar o reconhecimento da
nacionalidade, pois aqui se está diante do que se denomina nacionalidade potestativa, que é
aquela em que o efeito pretendido depende exclusivamente da vontade do interessado.

Os que vierem a residir no Brasil enquanto menores terão que aguardar a maioridade
para o exercício do direito de opção, ficando na condição de brasileiros natos sub conditione
(qual seja, a condição de opção pela nacionalidade brasileira, em qualquer tempo, após
atingida a maioridade aos 18 anos). Aqui, tem-se que a nacionalidade potestativa fica
suspensa até alcançar-se a maioridade de 18 anos

"São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe


brasileira, desde que venham a residir no Brasil e optem, em qualquer tempo, pela
nacionalidade brasileira. A opção pode ser feita a qualquer tempo, desde que venha o filho
de pai brasileiro ou de mãe brasileira, nascido no estrangeiro, a residir no Brasil. Essa opção
somente pode ser manifestada depois de alcançada a maioridade. É que a opção, por decorrer
da vontade, tem caráter personalíssimo. Exige-se, então, que o optante tenha capacidade
plena para manifestar a sua vontade, capacidade que se adquire com a maioridade. Vindo o
nascido no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, a residir no Brasil, ainda menor,
passa a ser considerado brasileiro nato, sujeita essa nacionalidade a manifestação da vontade
do interessado, mediante a opção, depois de atingida a maioridade. Atingida a maioridade,
enquanto não manifestada a opção, esta passa a constituir-se em condição suspensiva da
nacionalidade brasileira." (RE 418.096, rel. min. Carlos Velloso, julgamento em 22-3-
2005, Segunda Turma, DJ de 22-4-2005.)

ATENÇÃO as mudanças do art. 12, I, “c” da CF que ocorreram com a EC de revisão nº 3 de


1994 (tirou a possibilidade do registro em repartição competente no exterior) e a EC nº

23
MATERIAL DE APOIO OAB
DIREITO INTERNACIONAL
1ª FASE

54/2007, pois as mesmas criaram uma situação para os nascidos entre as duas revisões que
está regulada no art. 95 do ADCT:

“Art. 95. Os nascidos no estrangeiro entre 7 de junho de 1994 e a data da promulgação


desta Emenda Constitucional, filhos de pai brasileiro ou mãe brasileira, poderão ser
registrados em repartição diplomática ou consular brasileira competente ou em ofício
de registro, se vierem a residir na República Federativa do Brasil. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 54, de 2007)”

NACIONALIDADE DERIVA DA OU SECUNDÁRIA NO BRASIL

A nacionalidade derivada pode se dar por três motivos diferentes: casamento,


trabalho ou residência, a constituição brasileira menciona somente a hipótese de residência
como forma de adquirir nacionalidade originária para estrangeiro.

II - naturalizados:

a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos


originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e
idoneidade moral;

1º Parte: poderão se naturalizar os estrangeiros que cumprirem os requisitos


constantes na lei (Estatuto do Estrangeiro, art. 112 e seguintes da Lei nº 6.815/80); 2º Parte:
poderão se naturalizar os indivíduos originários de países de língua portuguesa que tenham
residência ininterrupta de 1 ano no país e idoneidade moral.

b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República Federativa do


Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a
nacionalidade brasileira.

Para o estrangeiro não originário de país com língua portuguesa as exigências são a
residência ininterrupta no território nacional por mais de 15 anos, ausência de condenação
penal e requerimento de naturalização.

§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade


em favor dos brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos
previstos nesta Constituição. (Parágrafo com redação dada pela Emenda Constitucional de
Revisão nº 3, de 1994)

O caso do presente parágrafo trata-se de uma quase nacionalidade ou como a


doutrina tem chamado brasileiros por equiparação. A reciprocidade se evidencia no presente

24
MATERIAL DE APOIO OAB
DIREITO INTERNACIONAL
1ª FASE

caso, com o Decreto nº 3.927/01 promulgou o Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta,


entre a República Federativa do Brasil e a República Portuguesa, celebrado em Porto Seguro
em 22 de abril de 2000.

§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados,


salvo nos casos previstos nesta Constituição.

 art. 5º, LI;

 art. 12, 3º;

 art. 12, § 4º, I;

 art. 89, VII (Conselho da República – seis brasileiros natos);

 art. 222 (propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão – brasileiros natos ou naturalizados há


mais de 10 anos).

§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:

I - de Presidente e Vice-Presidente da República;

II - de Presidente da Câmara dos Deputados;

III - de Presidente do Senado Federal;

IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

V - da carreira diplomática;

VI - de oficial das Forças Armadas;

VII – de Ministro de Estado da Defesa. (Inciso acrescido pela Emenda Constitucional


nº 23, de 1999)

25
MATERIAL DE APOIO OAB
DIREITO INTERNACIONAL
1ª FASE

ATENÇÃO , pois se todos os ministros do STF devem ser brasileiros natos, temos mais um cargo
que é exclusivo de brasileiro nato, contudo o mesmo na está na lista do parágrafo 3º, que é o
cargo de Presidente do CNJ (art. 103, § 1º, da CF).

§ 4º Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:

I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade


nociva ao interesse nacional;

II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:

a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;

b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em


Estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de
direitos civis;

ESTRANGEIROS

Lei nº 6.815/80 Estatuto do estrangeiro hj será revogada quando a LEI Nº 13.445, DE


24 DE MAIO DE 2017 (lei da migração) entrar em vigor.

Art. 5º, caput da CF/88;

Atenção que apenas os cidadãos brasileiros e os portugueses equiparados pelo


estatuto da igualdade têm direitos políticos.

A entrada de um estrangeiro no BR depende de um visto de entrada.

Visto é uma autorização dada pela autoridade brasileira para a permanência no país,
por um determinado período de tempo (concedido pela autoridade consular no exterior ou
DPF no BR).

 Turista – 90 dias prorrogáveis por igual período , não pode ser excedido no prazo de 12 meses;

26
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DIREITO INTERNACIONAL
1ª FASE

 Temporário – prazos variados para estudantes, negócios, esportes, cientistas, jornalistas e religiosos;

 Permanente;

 Outros concedidos pelo Min. Das Rel. Exteriores, visto de cortesia e diplomático.

Enquanto o visto é o ato administrativo de competência do Ministério das Relações


Exteriores que se traduz por autorização consular registrada no passaporte de estrangeiros
que lhes permite entrar e permanecer no País, após satisfazerem as condições previstas na
legislação de imigração. A Autorização de trabalho a estrangeiros é o ato administrativo de
competência do Ministério do Trabalho exigido pelas autoridades consulares brasileiras, em
conformidade com a legislação em vigor, para efeito de concessão de vistos permanentes
e/ou temporário a estrangeiros que desejem permanecer no Brasil a trabalho. (art. 100, Lei
nº 6.815/80)

Asilo Político e o Refúgio: O asilo político é a proteção concedida pelo Estado nacional
ao estrangeiro perseguido por suas opiniões políticas, religiosas ou raciais. A proteção pode
inclusive admitir o uso de apoio e força policial e a ajuda financeira do Estado receptor
(perseguição a um indivíduo).

No Brasil, o asilo político se constituiu como garantia constitucional (art. 4º, X, da


CF/88). Existem duas modalidades: o asilo diplomático e o asilo territorial.

O Refúgio é fundamentado em uma perseguição a um grupo de indivíduos, em função


de sua raça, religião, nacionalidade ou opção política. O refugiado deve ter fundado temor de
perseguição em seu país, onde não encontrará um julgamento justo, com o devido processo
legal. É concedido mediante solicitação ao Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE)
ligado ao Ministério da Justiça.

Não poderão ser considerados refugiados aqueles que praticaram crimes contra a paz,
crimes hediondos, crimes contra a humanidade, tráfico internacional de entorpecentes ou
crimes comuns, fora do país que o acolhe, antes de serem aceitos como refugiados.

Fixação!
Seus olhos no retrato.
Extradição!

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DIREITO INTERNACIONAL
1ª FASE

Crime ou processo penal.


Deportação!
Problema administrativo.
Expulsão!
Crime ou interesse nacional.
As três são...
Meios de retirada de estrangeiro.

Deportação: É a retirada do território nacional do estrangeiro irregular no país. A


irregularidade pode ocorrer em decorrência de diversas causas, como: entrada irregular no
território nacional; circulação por municípios para os quais o estrangeiro não tem
autorização de ir, o que ocorre com aqueles habitantes de municípios fronteiriços e que
podem circular por determinados municípios brasileiros sem visto; expiração do visto;
exercício de atividade remunerada pelo detentor de visto de turista, de trânsito ou
temporário; não comunicação ao Ministério da Justiça da mudança de endereço, até

30 dias após a efetivação da mudança. O estrangeiro arca com os custos da


deportação, se não tiver recurso o Tesouro nacional arcará com os custos, contudo o
estrangeiro não poderá retornar ao Brasil sem ressarcir ao Tesouro Nacional as despesas
realizadas por sua deportação.

Deste modo, a deportação consiste em processo de devolução de estrangeiro


irregular no BR ou que incorra nos casos do art. 57 da Lei nº 6.815/80. O estrangeiro deve
retornar ou para o seu Estado ou para aquele de onde proveio.

Expulsão: É a retirada forçada do estrangeiro do território nacional, por questões de


ordem criminal ou de interesse nacional. A razão não é apenas administrativa, como na
deportação, mas criminal ou política. É ato unilateral do governo brasileiro e o Estatuto do
Estrangeiro prevê as seguintes hipóteses: atentar contra a ordem política ou social, a
tranquilidade ou a moralidade pública e a economia popular.

Consiste em medida coercitiva de caráter discricionário de um Estado.

Compete ao Diretor do Departamento de Estrangeiros, da Secretaria Nacional de


Justiça, determinar a instauração de Inquérito de Expulsão em que são assegurados ao
estrangeiro a ampla defesa e o contraditório e que irá compor o processo administrativo para
fins de expulsão como peça instrutória, dentre outras. A decisão sobre a expulsão e sua
revogação, desde maio de 2000, é de competência do Ministro de Estado da Justiça, delegada
pelo Presidente da República por meio do Decreto nº 3.447, de 5 de maio de 2000, vedada
subdelegação.

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DIREITO INTERNACIONAL
1ª FASE

O Estado possui direito soberano de expulsar os estrangeiros que desafiam a sua


ordem pública. A expulsão não é uma pena, mas sim medida administrativa. Trata-se de ato
discricionário (jurídico-político) do Presidente da República (mediante decreto).

Uma vez expulso, o estrangeiro é impedido de reingressar no território nacional, sob


pena de configurar-se o delito tipificado no artigo 338, do CP, tratando-se de crime
permanente cuja pena, de reclusão, é de um a quatro anos, sem prejuízo de nova expulsão
após o cumprimento daquela. Trata-se de crime que se consuma com o reingresso no
território nacional, e cuja ação penal é pública incondicionada, de competência da Justiça
Federal (art. 109, X, da CF).

Extradição: É o envio do estrangeiro que cometeu um crime no exterior, para ser


processado ou julgado, ou então para lá cumprir sua pena, depois de ter sido condenado. É
um ato bilateral que depende da solicitação do Estado interessado na extradição e também
da manifestação de vontade do Brasil. A extradição não atinge brasileiros natos e os
naturalizados atinge em casos específicos.

É instrumento típico de cooperação internacional em matéria penal.

Requisitos: especialidade, dupla incriminação e existência de tratado ou promessa de


reciprocidade.

ATENÇÃO AO ART. 5º, LI E LII, DA CF/88.

Atinge brasileiros naturalizados, por crime cometido antes da naturalização ou por


tráfico ilícito de entorpecentes. A concordância do estrangeiro com a extradição não é
relevante, bem como, não pode haver extradição por crimes políticos ou de opinião.

Os pedidos de extradição com base em promessa de reciprocidade de tratamento


encontram respaldo legal e são instruídos, no País, na forma da Lei 6.815, de 19 de agosto
de 1980, que define a situação jurídica do estrangeiro no Brasil, bem assim nos
compromissos internacionais firmados com vistas ao combate à impunidade. Tal promessa
constitui declaração de Governo em que, ocorrendo situação análoga no país requerido, o
país requerente compromete-se a conceder a extradição nos mesmos moldes.

O primeiro princípio fundamental da extradição é o Princípio da Especialidade, ou seja,


o extraditando não poderá ser processado e/ ou julgado por crimes que não embasaram o
pedido de cooperação e que tenham sido cometidos antes de sua extradição, podendo o
Estado requerente solicitar ao Estado requerido a extensão ou ampliação da extradição ou
extradição supletiva.

29
MATERIAL DE APOIO OAB
DIREITO INTERNACIONAL
1ª FASE

Outro princípio basilar da extradição é o da Dupla Tipicidade, também conhecido como


Princípio da Identidade ou da Dupla Incriminação do Fato ou Incriminação Recíproca. Sob a
égide deste, impõe-se que somente seja concedida uma extradição para um fato típico e
antijurídico, assim considerado tanto no país requerente quanto no requerido.

No tocante aos pedidos de extradição passiva, o Estado brasileiro segue o Sistema de


Contenciosidade Limitada. De acordo com este, a ação para julgamento do pedido de
extradição junto ao Supremo Tribunal Federal não consiste na repetição do litígio penal que
lhe deu origem. A Suprema Corte possui limitações que a impedem de reexaminar o quadro
probatório ou a discussão sobre o mérito tanto da acusação quanto da condenação
emanadas pela autoridade competente do Estado estrangeiro.

O Sistema de Contenciosidade Limitada não impede, contudo, que o Supremo


Tribunal Federal analise os aspectos formais do processo criminal que embasa o pedido de
extradição, garantias e direitos básicos da pessoa reclamada.

1º Fase – Administrativa (Poder Executivo);

2º Fase – Judiciária – STF examina a legalidade;

3º Fase – Administrativa – entrega o extraditando ou comunica a recusa.

SÚMULA 421 DO STF

Não impede a extradição a circunstância de ser o extraditado casado com brasileira


ou ter filho brasileiro.

A Entrega de nacionais ou estrangeiros: é o envio de um indivíduo para ser julgado


pelo Tribunal Penal Internacional (TPI). Pode ocorrer com brasileiros natos, naturalizados ou
estrangeiros. A CF/88 proíbe a extradição de brasileiros natos, porém quanto à entrega nada
menciona, além disso, é importante salientar que o Brasil integra o TPI, fazendo parte do
órgão, conforme dispõe o art. 5º, § 4º da CF/88. A entrega é promovida pela autoridade
brasileira e deve ter a concordância do acusado.

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