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UNIFAVIP/Wyden

COORDENAÇÃO DE ARQUITETURA E URBANISMO

Verônica Fernandes Silva Bezerra

CONTAINER FOOD PARK: ANTEPROJETO ARQUITETÔNICO DE UM CENTRO


GASTRONÔMICO DE CONVÍVIO E LAZER NA CIDADE DE BEZERROS-PE

CARUARU-PE
2019
1

Verônica Fernandes Silva Bezerra

CONTAINER FOOD PARK: ANTEPROJETO ARQUITETÔNICO DE UM CENTRO


GASTRONÔMICO DE CONVÍVIO E LAZER NA CIDADE DE BEZERROS-PE

Projeto de Trabalho Final, apresentado ao


Centro Universitário Vale do Ipojuca
UNIFAVIP | Wyden, como requisito parcial
para a obtenção do título de Bacharel em
Arquitetura e Urbanismo.

Orientadora: Prof.ª Josiane Andrade

CARUARU-PE
2019
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RESUMO

O presente trabalho consiste em uma pesquisa para realização de um anteprojeto arquitetônico


de um centro gastronômico em containers na cidade de Bezerros - PE. Por mais que a cidade
apresente alguns polos gastronômicos, a mesma demonstra-se carente em ofertas de
ambientes que possam agregar uma arquitetura diferenciada com várias tipologias de
gastronomia. A proposta é de projetar um espaço de lazer, no qual seja acessível para toda a
população de Bezerros - PE. Este estudo tem como objetivo geral de desenvolver uma
proposta projetual de um centro gastronômico, em nível de anteprojeto arquitetônico,
utilizando o container como principal elemento de construção, que buscará entender uma
trajetória histórica sobre a origem e a evolução das comidas de rua até chegar ao conceito de
Food Park, avaliar a relevância do uso dos containers na arquitetura, além de propor um
espaço com elementos construtivos e mobiliários que propiciem a ligação da arquitetura com
a gastronomia. Os estudos foram embasados em processos metodológicos, que definem a
pesquisa para a realização do anteprojeto como um todo, também apresentando um estudo,
análise do terreno escolhido e do contexto urbano para a implantação do centro gastronômico,
possuindo como finalidade uma apresentação de um plano para a elaboração de um projeto
final.

Palavras-chave: Arquitetura em containers, Centro Gastronômico, Food Park,


Gastronomia, Food Truck, containers, Bezerros - PE.
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 04

2 REFERENCIAL TÉCNICO-CONCEITUAL ................................................................... 06


2.1 Das comidas de ruas até os Food Parks ............................................................................... 06
2.1.1 Container Food Park – Cristiane Salles ............................................................................ 09
2.1.2 Ca`dore comida descomplicada – Bruno Colle ................................................................ 11
2.2 Relevância dos Containers na arquitetura ........................................................................... 13
2.3 Arquitetura e Gastronomia .................................................................................................. 15

3 DESCRIÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO ........................................................................ 16


3.1 Análise do Terreno e Contexto Urbano ............................................................................... 16
3.2 Condicionantes Físicos-Ambientais e legais ....................................................................... 17
3.3 Programa de Necessidades, Pré-Dimensionamento e Zoneamento ..................................... 19

4 PLANO DE EXPOSIÇÃO DO PROJETO FINAL ........................................................... 20

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 21

ANEXOS ................................................................................................................................... 23

APÊNDICE .............................................................................................................................. 25
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1 INTRODUÇÃO

A expansão e adaptação daquilo que chamamos de “ comidas de rua’’, está cada vez
mais rápida. No Brasil, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas -
SEBRAE (2017), publicou uma pesquisa que relata que em 2014, os Food Trucks
movimentaram mais de R$140,00 bilhões no país, um crescimento de cerca de 20% em
relação ao ano de 2013, quando faturaram R$116,55 bilhões. Outro ponto abordado pela
pesquisa foi a rentabilidade mensal das pessoas que exerciam esta atividade - Dos 63 Food
Trucks pesquisados, 35% recebem entre 5 mil e 10 mil reais mensalmente, para 25% o
faturamento gira em torno de 10 mil a 15 mil reais, e 24% garantem que a margem de lucro é
acima de 20 mil reais. A população está cada vez mais em busca de alimentação fora de casa,
atrelada a um conceito gastronômico diferenciado, que são os chamados Food Parks.
O nome Parque de Comida, mais conhecido em inglês como Food Park, é um
ambiente agradável, que propicia lazer, segurança, diversão e bem-estar para os usuários
desses espaços. Podem ser utilizados em Kombis, Furgões, Caminhões, Bicicletas ou
Containers, que são adaptados para servir diversas tipologias de comidas. Ao seu uso pode
anexar ambientes destinados a bares, espaços gastronômicos, música ao vivo, apresentações e
lazer para as crianças. Inúmeras cidades mundiais já se deparam com esses novos espaços
gastronômicos.
Trazer para o centro das discussões as tipologias dos Food Parks, é de suma
importância para que possamos entender a relevância de implantação desses estabelecimentos
nas cidades. As pessoas buscam alternativas que as tirem das atividades rotineiras, um
ambiente que traga uma opção de lazer e diversão diferenciado para todas as idades, agregado
a um leque de prazeres gastronômicos, dando a oportunidade as pessoas de desfrutarem de
vários sabores em um só lugar.
A proposta do anteprojeto será realizada no município de Bezerros-PE, segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2019), a cidade possui uma estimativa
de 60.798 habitantes para o ano de 2019. O município e a população carecem de espaços
comuns de convivência e lazer e, a intenção é de trazer um ambiente atrelado a uma
arquitetura inovadora para a cidade, gerando mais atração econômica, além de diminuir a
criminalidade em locais ociosos. A proposta não é somente de um ambiente que ofereça uma
culinária eclética, mas também de um espaço que possua características arquitetônicas bem
diferenciadas das já vistas na cidade de Bezerros-PE. O projeto pretende trazer o uso
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significativo dos containers, além de dispor mobiliários em todo o ambiente, de maneira que
propicie o agrupamento das pessoas em todos os espaços do Food Park.
Pensando dessa forma, o projeto tem como objetivo geral de desenvolver uma
proposta projetual de um centro gastronômico, em nível de anteprojeto arquitetônico,
utilizando o container como principal elemento de construção, na cidade de Bezerros-PE. E
possui como objetivos específicos realizar uma trajetória histórica sobre a origem e a
evolução das comidas de rua até chegar ao conceito de Food Park, avaliar a relevância do uso
dos containers na arquitetura e propor um espaço com elementos construtivos e mobiliários
que propiciem a ligação da arquitetura com a gastronomia.
Para obter os resultados desse trabalho, serão traçadas metodologias descritivas,
embasadas em pesquisas por diversos métodos, dentre eles as revisões bibliográficas, de
artigos, trabalhos com temas semelhantes, sites, jornais, estudos de caso e visitas in loco. Para
melhor entendimento da necessidade de implantação do Container Food Park em Bezerros-
PE, será realizado um estudo de demanda por meio de questionários formulados por mim pela
ferramenta Google Forms, para que a população Bezerrense possa responder, além de
produzir um diagnóstico que reúna características que justifiquem a escolha e
contextualização da área de projeto. Dessa forma, pode-se desenvolver um anteprojeto
arquitetônico que atenda, não somente as minhas preferências construtivas, mas também as
necessidades das pessoas que residem em Bezerros-PE.
A pesquisa de trabalho final será estruturada em três capítulos, subdividido em cinco
subcapítulos apresentando-se no primeiro uma breve analogia das comidas de ruas,
consolidando-as em Food Trucks até chegarem nos Food Paks. Para uma melhor compreensão
da implantação do novo conceito de centro gastronômico (Food Park), serão feitas duas
análises projetuais através de estudos de caso que contam com o uso dos constainers em toda
a sua composição, dos quais serão exemplificados e detalhados no mesmo capítulo. Para a
conclusão do primeiro capítulo, será abordada uma correlação diante do impacto que a
arquitetura pode trazer no mundo gastronômico. O segundo capítulo será estruturado em três
subcapítulos dos quais vão apresentar um estudo da área destinada a implantação do Food
Park na cidade de Bezerros-PE, utilizando o estudo do entorno do terreno e analisando os seus
condicionantes físico-ambientais e legais, além de apresentar um quadro que consta o
programa de necessidades e o pré-dimensionamento pensando para o início do anteprojeto.
Por fim, no último capítulo, um plano e exposições para o projeto final irá ser anexado
juntamente com os materiais que estão previstos para serem entregues na segunda parte do
trabalho.
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2 REFERENCIAL TÉCNICO-CONCEITUAL

Neste capítulo será apresentada uma trajetória histórica do início das comidas de rua e
suas necessidades para a época, fazendo assim uma conexão com o surgimento dos Food
Trucks, além de mostrar a importância da criação dos Food parks, que serão exemplificados
pelos estudos de caso do Container Food Park projetado pela arquiteta Cristiane Salles e o
Ca`dore comida descomplicada pelo arquiteto Bruno Colle. Os estudos de caso são baseados
na estrutura modular dos containers, que serão detalhados, explicando assim o seu uso
original e sua relevância no mundo da arquitetura e construção civil. Por fim, uma relação
entre arquitetura e gastronomia irá mostrar alguns dos elementos selecionados para que o
projeto ganhe uma identidade bem original e diferenciada.

2.1 Das comidas de rua até os Food Parks

O surgimento das comidas de rua apareceu pela primeira vez no final do século XVII
nos Estados Unidos da América, aonde eram encontrados em grandes cidades da costa leste
americana. O primeiro relato histórico dos Foods Trucks deu-se em 1691 na cidade de New
Amsterdam (atual New York City), quando ocorreu o começo de regulamentações de
vendedores que costumavam vender comidas em carrinhos de mão. Já em 1850 os Food
Trucks começaram a invadir os vagões dos trens, que eram adaptados para servir aos
passageiros dos Cross-Country (Jornada Americana de Migração) (GASTRONOMINHO,
2015). Desde então, essa nova descoberta foi caindo no gosto do mundo da comida de rua
americana, além de contribuir para um novo conceito de alimentação fora de casa.
O grande boom da criação dos Food Trucks deu-se a partir de um fazendeiro chamado
Charles Goodnight, que, por não ter condições de pagar transportes ferroviários, ele criou no
ano de 1866 o chamado Chuckwagon (Vagão de Mandril), que, através de modificações
realizadas em um transporte do exército americano, chamado de Studebaker (Figura 01), ele
criou uma cozinha portátil, que servia de apoio para as viagens de gado da época, na qual
tinham durações de cerca de 8 semanas, passando por climas desérticos sem fácil acesso a
alimentação (COMIDA SOBRE RODAS, 2015). Goodnight fez a adição de uma caixa de
madeira na parte de trás do Studebaker, na qual foi dividida em estantes para que Charles
pudesse guardar os seus utensílios de cozinha, juntamente com uma tampa pensada para ficar
no espaço do balcão. O que Goodnight servia para os cowboys eram alimentos que não
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precisavam entrar em conserva, já que no transporte não tinha um refrigerador, ele levava
carne salgada, feijão e alguns grãos secos (R2CPRESS,2015).
Figura 01 - De Studebaker para Chuckwagon, invenção de Charles Goodnight.

Fontes: MYRICK, 2015; ZANIN, 2015.

A grande invenção de Charles Goodnight fez tanto sucesso que pessoas começaram a
introduzir as ‘’comidas sobre rodas’’ em várias cidades americanas. Em 1936 Oscar Mayer
lança o Weinermobile, primeiro carrinho portátil de cachorro-quente americano. Era
literalmente um transporte de cachorro-quente, possuindo um carro com cor e formato de um
pão e uma carroceria da qual lembrava uma salsicha (Figura 02). Os weinermobiles fizeram
bastante sucesso e até hoje são conhecidos nos Estados Unidos da América, além de que já
apareceram em cinemas e em grandes programas da TV Americana (COMPLEX,2012).
Figura 02 - Weinermobile por Oscar Mayer em 1936.

Fonte: CARBONE, 2011.

Foi daí que os Food Trucks começaram a criar raízes pelo mundo, após a invenção de
Oscar Mayer, apareceu em 1950 o primeiro carrinho de sorvete, já no final dos anos 50, era
possível notar alguns caminhões de batatas chips e em 1970 os caminhões de tacos
começaram a aparecer, juntamente com o aumento do número de imigrantes do México para
os Estados Unidos. Nessa época, essas comidas possuíam um preço acessível, e a qualidade
da comida não era tão gourmet como a que temos nos dias atuais.
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Depois de algumas mudanças tecnológicas, os Food Trucks apresentam nos dias de


hoje um cardápio gigante de tipologias de comidas, como por exemplo, as comidas Japonesas,
Mexicanas, Italianas e Brasileiras, que vão desde um hambúrguer gourmet com batata frita até
comidas vegetarianas e doces. No Brasil essa moda chegou em 2012 na cidade de São Paulo.
Segundo o SEBRAE (2018), depois de uma crise na economia norte-americana, que fez com
que vários restaurantes fechassem suas portas, eles voltaram com tudo, os empreendedores
desses restaurantes ficaram sem opções e tiveram a ideia de vender nas ruas, comidas de
qualidade com um baixo custo. Essa tipologia de empreendimento virou febre nas ruas das
cidades brasileiras, na qual apresentou de uma maneira bem diferenciada as famosas “
comidas de rua ”
Depois de uma demanda significativa, os Food Trucks são atualmente vistos como
investimentos, além de oferecerem um serviço de qualidade, eles exigem um estudo para que
a sua implantação seja realizada de maneira adequada para seu uso. Segundo o SEBRAE
(2017), duas grandes cidades Brasileiras já se deparam com legislações específicas para os
Food Trucks, que são elas: São Paulo e Rio de Janeiro. Essas leis determinam as condições de
uso dos equipamentos, o termo de permissão do uso, as obrigações dos permissionários e o
cumprimento das legislações sanitárias existentes (realizado pela ANVISA). Ainda de acordo
com o SEBRAE, foi realizado um estudo no ano de 2017 pela Eventbrite Brasil, que é a maior
plataforma global de gerenciamentos de eventos, esse estudo ouviu mais de 500 pessoas e
captou as opiniões delas sobre esses caminhões gourmet, as pessoas relataram que os Food
Trucks são considerados ótimas opções para jantar e que possuem um gasto médio de R$:
30,00 reais por refeição (SEBRAE, 2017).
Alguns empreendedores desses carrinhos de comidas começaram a enfrentar alguns
problemas com seus negócios, o preço do combustível aumentou, a violência nas ruas estava
causando medo na população e até mesmo uma dificuldade de atrelar o uso de várias
tipologias de comidas em um só lugar. Assim, foi pensando nessas necessidades que os Food
Parks começaram a tomar espaços pelo mundo. São grandes complexos gastronômicos, que
reúnem vários Food Trucks em um mesmo ambiente, proporcionando um lugar a céu aberto,
com vários estilos de comidas, músicas ao vivo, diversão para as crianças, lazer para todas as
idades, estacionamentos internos e mobiliários mais confortáveis, além de proporcionarem
uma maior segurança para seus usuários.
Os estudos de caso a seguir demonstram de maneira prática os Food Parks e de como a
sua implantação foi relevante para cada cidade imposta, além de aplicar os usos necessários
para que um empreendimento dessa tipologia funcione adequadamente.
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2.1.1 Container Food Park - Cristiane Salles

A escolha deste estudo de caso foi dada a partir da observação de alguns elementos
que compõem o projeto em si, e que trazem semelhanças com o que será proposto no
anteprojeto.
O projeto Container Food Park, foi realizado em 2017 pela arquiteta Cristiane Salles
juntamente como o seu escritório, na cidade de Belo Horizonte – MG. Possuindo uma
tipologia comercial, ele apresenta uma área de terreno de 480 m², dispondo de uma área
construída de 210 m². O uso dos containers foi um material muito utilizado em toda a
composição modular do projeto, contendo ao total de 9 containers de 20 a 40 pés em todo o
projeto. Neles, foram agregados pequenos restaurantes modulares, que pudessem ser
utilizados de forma independente ou em conjunto, lembrando um modelo de Food Park.
A arquiteta ressalta que a grande dificuldade do escritório foi realizar um projeto com
um sistema construtivo não convencional.

A construção modular nos permitiu brincar com várias composições até que
chegássemos no layout ideal para o terreno onde os restaurantes foram instalados.
Isso nos exigiu um amplo trabalho de pesquisa para que encontrássemos os melhores
materiais e suas formas de aplicação no container, de forma que não sofressem
danos durante o transporte dos módulos e nos trabalhos de dilatação e contração da
caixa de aço (Galeria da Arquitetura, 2017, s.p).

Como meio de possibilitar uma obra mais rápida, os containers marítimos reutilizados
passaram por uma pequena montagem antes de chegar ao terreno do projeto, na qual poderá
ser desmontado rapidamente e transportado para qualquer local caso seja necessário. Os
containers também passaram por um processo de tratamento térmico e acústico em lã de pet,
além de sua reutilização servir para a criação de novos elementos do Food park, como por
exemplo, os tambores metálicos que foram transformados em lavatórios para os banheiros.
O ambiente é disposto com quatro opções gastronômicas que servem todos os gostos,
cada um com uma proposta bem diferenciada, servindo carnes, grelhados, hambúrguer,
variadas sobremesas, pizzas, massas, comidas chinesas, japonesas e tailandesas. As refeições
de todos esses restaurantes são realizadas em uma cozinha que fica localizada na parte
superior do Food Park, e apenas a finalização dos pratos é feita nos containers
individualmente.
Em questão da distribuição espacial do centro gastronômico, foi elaborado pelo
escritório um salão central feito por dois containers, no qual dava uma direção para a
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implantação dos restaurantes modulares, que foram dispostos em seu redor, criando assim
uma praça de alimentação. É possível encontrar mesas em todo o terreno, desde aquelas que
foram agregadas nos ambientes que são expostos ao ar livre até aquelas que foram colocadas
dentro dos dois containers centrais. Em seu ambiente externo, foi elaborada uma área para
shows e pequenos eventos, na qual permite uma conexão com outras pessoas (Ver ANEXO
A). No primeiro pavimento funciona uma área mais restrita para funcionários do local, já que
é disposto de cozinhas que servem para a preparação das comidas dos restaurantes modulares.
Para uma maior compreensão, será anexada uma planta abaixa, que mostra de uma forma bem
detalhada toda a disposição espacial do Food Park (GALERIA DA ARQUITETURA, 2017).
Figura 03 - Planta com zoneamento dos ambientes do
Container Food Park – Minas Gerais.

Fonte: MARQUEZ, 2017. Modificado pela autora, 2019.

Todo o design do ambiente ressalta um estilo de uma arquitetura industrial e, sendo


assim, não seriam diferentes as características das iluminações escolhidas para o espaço. O
projeto dispõe de lâmpadas e fitas de led, que foram colocadas em spots, eletrocalhas
aparentes e arandelas blindadas, além de pendentes em filamentos de carbono. Por fim, foram
feitas instalações de uma iluminação mais baixa e pontual para cada mesa do interior do salão.
Em relação a seu trajeto e circulação, a arquiteta ressaltou bem a entrada principal, que
cria uma vista direta para a praça de alimentação, além de possibilitar ao cliente um percurso
obrigatório até os demais containers, que contam com uma disposição espacial bem
elaborada, de modo que as pessoas consigam visualiza-los de qualquer ângulo do Food Park.
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2.1.2 Ca`dore comida descomplicada – Bruno Colle

O Ca`dore comida descomplicada é um projeto do arquiteto Bruno Colle, no qual foi


inaugurado em 2017 na cidade de Curitiba- PR, que apresenta um ambiente composto por 45
estabelecimentos dos quais trazem opções nacionais e internacionais de comidas e bebidas,
que foram representadas e instaladas na arquitetura modular dos containers marítimos
(CADORECD,2017).
Possuindo uma área de 6000 m² ele apresenta um uso bastante diversificado, que une
diferentes opções gastronômicas com espaços mistos, divididos entre ambientes ao ar livre
priorizando a luz natural do dia, ambientes fechados e climatizados, bicicletário,
estacionamento próprio, espaço kids, telões, sistemas de som integrado e música ao vivo além
de apresentar uma área de alimentação que comporta até 1000 pessoas sentadas
(CADORECD,2017). O projeto também mostra que foi implantado um cipreste de 30 metros
que será mantido sempre iluminado no centro do empreendimento (Figura 04).
Figura 04 - Composição espacial e funcional do Ca`dore – Curitiba.

Fonte: CADORECD, 2017. Modificado pela autora, 2019.

O projeto foi bem elaborado, possuindo uma logística funcional e espacial bem
marcante, ele foi construído em ruas que privilegiam os acessos de automóveis, além de
apresentar três entradas para pedestres no nível do solo, tornando-os acessíveis para qualquer
público. A implantação no terreno foi pensada com o intuito de criar uma boa visibilidade
para quem passar ao redor do lote, privilegiando os espaços mais abertos, sem muros ou
ruídos (CADORECD,2017). A infraestrutura de todo o projeto foi instalada de forma que o
espaço consiga idealizar para as pessoas um ambiente de lazer, seguro e para diversão, do
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qual todas as pessoas são convidadas a participarem de todas as atividades, além de que os
animais de estimação também são bem-vindos no Ca`dore.
A escolha desse projeto deu-se a partir de algumas características arquitetônicas e
construtivas que o compõe. Fazendo uma breve comparação e análise arquitetônica com
trabalho da arquiteta Cristiane Salles sobre o Container Food Park e o trabalho do presente
estudo de caso do arquiteto Bruno Colle, podemos observar algumas problemáticas e
potencialidades entre os dois. Ambos representam muito bem o conceito das tipologias dos
Food Parks, os seus usos e disposições dos elementos construtivos por todo o espaço foram
bem definidos e exemplificados, porém, uma das diferenças entre os dois está na questão das
áreas de ambos os terrenos.

Análise Comparativa dos estudos de caso


O primeiro estudo de caso mostra que a implantação do centro gastronômico foi
realizada em um terreno de 480m², utilizando apenas 210m² de área construída, o que é bem
discrepante quando se relaciona com a implantação do Ca`dore que foi construído em um
terreno com 6000m². Essa diferença entre os terrenos foi um desafio a vencer para cada um
dos arquitetos, no qual provocou e instigou a criatividade de ambos, de maneira que Cristiane
Salles definisse o uso de todos os materiais propostos, além de atribuí-los corretamente em
seu programa de necessidades, deixando todos os espaços acessíveis para qualquer público. Já
no caso de Bruno Colle, ele se deparou com uma escala bem maior, colocando-o no desafio
de implantar todos os usos do centro gastronômico de forma que o mesmo não ficasse com
áreas perdidas e sem usos, criando assim uma interação e relação diante das pessoas que o
frequentam.
O uso dos containers está bem marcante em ambos os projetos, que são agregados a
elementos construtivos distinto. No primeiro estudo de caso podemos observar o uso de
materiais que são relacionados a arquitetura industrial, que apresenta um uso forte dos
containers por toda a edificação, além de possuir uma iluminação aparente e rústica que faz
parte de toda a composição do projeto (Ver ANEXO B). Já no segundo exemplo, podemos
observar que mesmo que o uso do container esteja bem presente em toda a obra, o arquiteto
Bruno Colle faz a aplicação de componentes da arquitetura contemporânea, como por
exemplo o seu salão climatizado, revestido por planos de vidro e suas colunas decoradas por
pedras (Ver ANEXO B). Além das suas características e composições construtivas, os
projetos em estudo mostram a importância e relevância da implantação do Food Park no meio
urbano, que apresentam uma relação de lazer e diversão destinados a toda a sociedade.
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2.2 Relevância dos containers na arquitetura.

Os containers já são bastante conhecidos por carregarem uma diversidade de


mercadorias que são transportadas, via transportes marítimos, pelo mundo. Eles foram
inventados no ano de 1937 pelo norte-americano Malcolm Purcell McLean (1913-2001), com
o intuito de facilitar e tornar o embarque mais ágil de mercadorias, que antigamente (1830)
eram colocadas em armazéns, dos quais precisavam ser levadas para um barco e depois eram
colocadas à mão nos navios. Os containers eram usados, inicialmente, como um transporte de
fardos de algodão no porto de Nova York, em seguida, com o aprimoramento dos métodos de
trabalho, eles foram conquistando o espaço nos setores fluviais e ferroviários (LEVISON,
2013). Atualmente, cerca de 90% das mercadorias mundiais são transportadas através dos
containers, por serem constituídos por aço corten, que possui uma alta resistência, além de ser
um material 100% sustentável e três vezes mais resistente que um aço comum, possuindo uma
vida útil de até 100 anos. (KRONENBUR, 2008).
Os containers são utilizados por até 10 anos, quando relacionados aos transportes
marítimos e depois são descartados. Devido ao seu uso prolongado, eles podem causar riscos
e contaminações para as cargas transportadas (MILANEZE, 2012). Como centenas de
milhares de containers nunca retornam ao remetente, é uma escolha óbvia encontrar maneiras
inovadoras para o seu reaproveitamento. Eles podem ser utilizados para diversos fins, um
deles, foi o seu ingresso no ramo da arquitetura e construção civil, dos quais possibilitam a
criação de novos ambientes com usos espaciais ilimitados, como escritórios, residências,
ambientes para alimentações, lojas e outros usos. Existem vários tipos de containers, que vão
desde os refrigerados para os normais, os mais utilizados para a arquitetura são os do tipo Dry
de 20 e 40 pés cada um com suas dimensões (Quadro 01).
Quadro 01 - Diferenças entre os containers mais utilizados na arquitetura.

Dimensões externas
Largura: 2,438m
Container Dry de 20 pés Comprimento: 6,06m
Altura: 2,59m
Capacidade Cúbica: 33m³

Dimensões externas
Largura: 2,438m
Container Dry de 40 pés Comprimento: 12,192m
Altura: 2,59m
Capacidade Cúbica: 67.7m³
Fonte: MMCARGOLOGISTICS, 2014. Modificado pela autora, 2019.
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Vale ressaltar que os containers precisam passar por processos que os tornem aptos
para a sua utilização no âmbito arquitetônico. Metallica (2012) fala sobre a importância da
conservação do aço corten, sendo necessário jatear um abrasivo em todo o aço do container e
repintá-lo com uma tinta não tóxica, evitando assim uma contaminação para futuros
habitantes. Além de garantir essa não corrosão do material, os containers precisam passar por
etapas que garantam o bem-estar das pessoas que o utilizam. O aço é um grande condutor de
calor, é extremamente necessário fazer a aplicação de algum revestimento térmico em seu
interior, no qual geralmente é feito através da lã de vidro ou poliuretano, além de garantir um
ótimo estudo de insolação para o projeto (FOSSOUX ET CHEVRIOT, 2013). Já em relação
ao isolamento acústico, pode fazer a utilização de materiais como a manta de lã de pet, que é
vantajosa por ser sustentável, produzido através de garrafas de pet recicladas sem adição de
resinas e sem emissão de carbono na atmosfera (MERCER, 2016). Com relação as instalações
elétricas, hidrossanitárias e hidráulicas, serão realizadas por uma estrutura metálica, através de
grelhas, chamada de Drywall, que são finalizadas com uma placa de OSB para que todos os
revestimentos e instalações sejam escondidos. O quadro abaixo apresenta as vantagens e
mostra de maneira clara o motivo pelo qual os containers estão tomando espaços nas mais
diversas tipologias de projetos arquitetônicos:
Quadro 02 - Vantagens da arquitetura em Containers.

Fonte: RANGEL, 2015. Modificado pela autora, 2019.

Desta forma, podemos analisar a relevância do uso dos containers para a arquitetura.
Eles apresentam características únicas e positivas, que, quando adaptadas corretamente para o
âmbito arquitetônico são ainda mais vantajosas, além de fazer a reutilização de um material
que antes eram descartados, trazendo riscos de contaminações para as pessoas.
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2.3 Arquitetura e Gastronomia

A experiência com a gastronomia vai muito além do que só uma comida saborosa.
Além do sabor, existe a importância e preocupação em projetar um ambiente que ressalte um
ar de aconchego, contemplação e satisfação nos frequentadores. Todos os dias, inúmeras
pessoas possuem uma necessidade de realizar alguma refeição fora de casa e nada melhor do
que descobrir um novo sabor atrelado a uma nova e diferenciada arquitetura.
A experiência e proposta de uma arquitetura gastronômica é sentida pelo paladar e por
todas as sensações que o lugar proporciona. Um projeto bem pensado, com uma iluminação
especial, uma boa ambientação e uma logística espacial adequada, é capaz de despertar
inúmeras sensações no público. O projetista deve fazer uso de materiais diferenciados ou até
mesmo dos mais simples, porém, colocados de maneira diferenciada, no qual apresente uma
novidade para todos, além de ser criativo e usual.
O próprio material principal do projeto em estudo, o container, é um elemento de forte
característica industrial, dessa forma, foi pensado em fazer o uso de uma arquitetura industrial
rústica, que será implementada também nos containers, para todo complexo gastronômico, na
qual remete a uma manifestação cultural do desenvolvimento sustentável, prezando pelos
menores gastos e fazendo o uso do reaproveitamento de materiais sucateados. A intenção da
arquitetura industrial rústica é priorizar elementos que valorizem texturas de madeiras, metal,
tijolos e concreto, além de uma paleta de cores que remete aos tons de preto, cinza, marrom,
branco e cores mais chamativas como o amarelo, laranja e vermelho, já que remetem a áreas
gastronômicas. (Figura 04).
Figura 05 - Arquitetura industrial rústica. Kasten Café e UpSide Gastrobar.

Fonte: RADOVANOVIC, 2017; RAMIREZ, 2017.

Essa tipologia de arquitetura é bem conhecida por ter um pé direito mais elevado,
elaborando uma composição com plantas livres, sem contar que é bem marcante no uso de
tubulações e fiações expostas em toda extensão do ambiente (ATEX, 2017).
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3 DESCRIÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO

No presente capítulo será apresentada a área designada para o projeto, fazendo uma
relação com o estudo de todo o entorno do terreno, além de realizar uma análise pré-projetual
que são se suma importância para compreensão e justificativa de implantação do Container
Food Park na cidade de Bezerros-PE.

3.1 Análise do terreno e contexto urbano

O terreno escolhido para a proposta do anteprojeto possui uma área de 2489,72m², no


qual apresenta uma topografia plana, tendo como dimensões de 51.55m na parte frontal,
73,08m de fundos, sua maior lateral (direita) mede 40m e sua menor lateral (esquerda) mede
39,92m. A área está situada às margens da Av. Major Aprígio da Fonseca (situada na parte
frontal do terreno), na qual encontra-se paralela à BR 232, e de esquina com a R. Jordão
Joaquim dos Santos (lateral esquerda) e de acordo com algumas modificações realizadas, foi
criada a R. Manoel de Andrade Santos (lateral direita), além de uma abertura aos fundos do
terreno, que por enquanto encontra-se sem nome (Figura 06).
Figura 06 – Terreno proposto aonde mostra a sua situação frontal, lateral direita e BR 232.

Fonte: GOOGLE EARTH, 2013.

Em seu entorno existe uma variedade de usos, como o comercial, institucional, misto e
até áreas vazias, porém o que predomina é o uso residencial. Por ser localizado as margens da
maior avenida da cidade de Bezerros-PE, a Av. Major Aprígio da Fonseca, o fluxo de carros
torna-se bem intenso na maior parte do dia, possibilitando também uma grande visibilidade
para quem passa pela BR 232. Os demais fluxos dão-se pelas laterais, que são considerados
como fluxos médios, já as ruas de baixos fluxos estão localizadas em estradas estreitas que em
sua maioria dão acessos para ruas sem saída (Ver APÊNDICE A). A intenção de implantação
do anteprojeto nesse terreno deu-se a partir das características que compõe, pois, existe uma
edificação abandonada em seu interior na qual o torna um local ocioso, além de inibir que a
população da cidade de Bezerros-PE, usufrua de um projeto inovador.
17

3, .2 Condicionantes Físico-Ambientais e legais

Para que a implantação do projeto seja realizada de maneira adequada, que possa
trazer um bem-estar nas pessoas que irão frequenta-lo, alguns cuidados devem ser tomais, dos
quais estão relacionados aos seus condicionantes físico-ambientais e legais.
Sabemos que ao estabelecer a implantação de um terreno, a posição do Norte no
mesmo é de suma importância para que o projeto saia com ótima qualidade. A fachada Sul
insere a Av. Major Aprígio da Fonseca (Fachada Principal), a Norte toma conta dos fundos da
edificação, o Lesta situa-se na R. Manoel de Andrade Santos, na qual recebe a maior
incidência do sol nascente e dos ventos a Leste e ao Oeste observamos a R. Jordão Joaquim
dos Santos, que apresenta uma forte incidência do pôr do sol, que a torna a fachada mais
quente do dia, sendo necessário tomar devidos cuidados na hora de projetar (Figura 07).
Figura 07 - Condicionantes Ambientais.

Fonte: UNIBASE DE BEZERROS – PE, 2013. Modificado pela autora, 2019.

Para melhor entendimento da direção dos ventos em Bezerros-PE, será anexada um


gráfico no qual mostra que a cidade recebe uma predominância de ventos pelo Leste durante
todo o ano de 2019 (WEATHERSPARK, 2019).
Gráfico 01 – Direção dos ventos na cidade de Bezerros-PE.

Fonte: WEATHERSPARK, 2019.


18

Fazendo a relação dos condicionantes legais e o terreno, foi observado que o mesmo,
de acordo com o Plano diretor de Bezerros – PE (2007) encontra-se em uma subdivisão da
Macrozona Urbana apresentada no Plano de Desenvolvimento Integrado do Município de
Bezerros – PDIB.
A Macrozona Urbana corresponde à área do perímetro urbano legal já consolidada
ou em consolidação com porções do território caracterizadas pela presença do
ambiente construído, a partir da diversidade das formas de uso e ocupação do solo
onde serão definidas normas de ocupação e parcelamento, respeitada a Legislação
Ambiental, principalmente as determinações constantes nas Leis Federais nos 4.771,
de 15 de setembro de 1965 e 9.985, de 18 de julho de 2000, e nas Resoluções
Conselho Nacional do Meio Ambiente (Art. 57. PDIB, 2007, p. 24).

O terreno é situado no bairro São Sebastião, no qual, de acordo com as classificações


dadas pelo Plano diretor da cidade, apresentam que o mesmo é inserido na Zona de
Requalificação Urbana (ZRU).

A Zona de Requalificação Urbana - ZRU corresponde à área do perímetro urbano, já


consolidada. Esta zona caracteriza-se pela disponibilidade de infra-estrutura e
serviços urbanos e deverá ser consolidada como núcleo urbano, sendo priorizada a
estruturação das áreas já adensadas (Art. 59. PDIB, 2007, p. 24).

A seguinte análise foi embasada em exigências legais impostas pela prefeitura de


Bezerros -PE. Tais condicionantes devem ser atendidas para que ocorra uma aprovação do
anteprojeto pelo município (Tabela 01).

Tabela 01 – Condicionantes legais e Parâmetros Urbanísticos


Taxa de Coeficiente Taxa de
Afastamentos (m) Solo de utilização Ocupação Gabarito
Natural (%) (%) (%)
Frontal: NULO
Lateral: 1,50 25% U = 1,5 70% 2 Pav.
Fundos: 3

Fonte: Plano Diretor de Bezerros - PE, 2007. Modificado pela própria Autora, 2019

De acordo com os Parâmetros Urbanísticos apresentados na tabela anterior, a ZRU


exige uma taxa de solo natural, que conta com 25 % da área do terreno, correspondendo a
622,43m² e uma Taxa de ocupação de 70%, de 1742,804m². Os afastamentos foram adotados
com um recuo NULO na parte frontal da edificação, que o Departamento Nacional de
Infraestrutura e Transportes – DNIT (2009), classifica essa tipologia como faixa de segurança,
pelo terreno encontrar-se as margens da BR 232, os demais afastamentos são denominados
como lateral, contendo uma distância mínima de 1,5m e fundos, apresentando uma margem
de 3m. Tais parâmetros são compatíveis com as exigências do plano diretor de Bezerros - PE.
19

3.3 Programa de Necessidades, Pré-Dimensionamento e Zoneamento

A elaboração do programa de Necessidades e do pré-dimensionamento (Ver


APÊNDICE B) foi baseada nos estudos de casos apresentados no capítulo dois do atual
trabalho. Como o container será um forte elemento construtivo do anteprojeto, também foi
levado em consideração as suas dimensões, das quais foram mostradas no segundo capítulo
do presente trabalho. Os valores apresentados no quadro do pré-dimensionamento foram
pesquisados em referências bibliográficas para que os mesmos pudessem atender as
dimensões mínimas para cada ambiente, trazendo um conforto condizente a cada usuário,
contando também com a NORMA BRASIELIRA 90/50 (NRB 90/50) que segue de
orientações adequadas para ambientes que comportam pessoas portadoras de deficiências,
além de pesquisas feitas em documentos disponibilizados em órgãos técnicos como o código
de obras de Bezerros-PE. Vale ressaltar que os valores apresentados poderão passar por
modificações ou adições de novos espaços se assim for necessário.
A elaboração do zoneamento dos ambientes foi produzida de acordo com o estudo de
insolação e ventilação já feitos para o anteprojeto. A distribuição das zonas foi realizada para
garantir o conforto e qualidade necessários em todo o projeto (Figura 08).
Figura 08 - Zoneamento do anteprojeto.

Fonte: UNIBASE BEZERROS - PE, 2013. Modificado pela autora, 2019.

O maior setor (setor social/lazer) foi implantado de maneira que fosse contemplado em
direção dos melhores condicionantes físicos e legais do ambiente. O setor dos serviços e o
administrativo foram colocados em uma área mais escondida no terreno, para que a o setor
social pudesse se destacar diante dos demais usos. A concepção inicial do anteprojeto será
inserida de modo que privilegie os ambientes abertos, criando uma relação entre o interior e o
entorno da edificação, para que todos possam usufruir das vistas da edificação.
20

4 PLANO DE EXPOSIÇÃO DO PROJETO FINAL

O presente trabalho mostrou a importância da evolução das comidas de rua até chegar
em grandes empreendimentos que comportam a gastronomia, a arquitetura e o lazer em um só
lugar, dos quais são denominados de Food Parks. Também identificou que Bezerros é uma
cidade carente em ambientes com essa tipologia, na qual demonstra que a população da
mesma está cada vez mais a procura de atividades de lazer, das quais possam tirá-las das
obrigações rotineiras.
Todos os estudos abordados até agora servirão de embasamento para a conclusão da
segunda parte do anteprojeto arquitetônico do Container Food Park na cidade de Bezerros-PE.
O plano de exposição a seguir irá simular, em ordem cronológica, o decorrer da produção das
atividades para a conclusão do PFG no próximo semestre (Tabela 02).

Tabela 02 - Plano de exposição para o PFG.


ATIVIDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN
Correção PTF X
Partido X X
Planta Baixa X X
Fachadas X
Cortes X X
Planta de Layout X
Locação e X
Coberta
Planta de X
Situação
Perspectivas X
Memorial X
Revisão X
Entrega X
Fonte: AUTORA, 2019.

5 REFERÊNCIAS

ABNT NRB 9050/2004 – Acessibilidade a Edificações, Mobiliário, Espaços e Equipamentos


Urbanos.
21

SEBRAE (Minas Gerais). SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO AS MICRO E PEQUENAS


EMPRESAS. O mercado de Food Trucks: Franquia. Minas Gerais: Alessandra Ribeiro
Simões, 8 jun. 2017. Disponível em:
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/mg/artigos/o-mercado-de-food-
trucks,2e491bc9c86f8510VgnVCM1000004c00210aRCRD. Acesso em: 11 set. 2019

SEBRAE (Minas Gerais). SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO AS MICRO E PEQUENAS


EMPRESAS. Invista em Food Trucks: IDEIA DE NEGÓCIO. Minas Gerais: Alessandra
Ribeiro Simões, 8 jun. 2017. Disponível em:
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/mg/artigos/invista-em-food-
trucks,35b81bc9c86f8510VgnVCM1000004c00210aRCRD. Acesso em: 11 set. 2019.

IBGE (Rio de Janeiro). INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E


ESTATÍSTICA. População no último censo: PANORAMA. Rio de Janeiro: Cadastro central
de empresas, 1 jul. 2017. Disponível em:
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pe/bezerros/panorama. Acesso em: 13 set. 2019.

MINHO, ALEX. A História dos Food Trucks: CURIOSIDADES. São Paulo: ALEX
MINHO, 5 set. 2015. Disponível em: https://gastronominho.com/curiosidades-a-historia-dos-
food-trucks/. Acesso em: 13 set. 2019.

ZANIN, ALEXANDRE. A História dos Food Trucks: Charles Goodnight e o chuckwagon.


São Paulo: Alexandre Zanin, 26 dez. 2015. Disponível em:
https://comidasobrerodas.com.br/a-historia-dos-food-trucks/. Acesso em: 13 set. 2019.

COMPLEX, CARBONE. The History of the Oscar Mayer: Wienermobile. São Paulo:


CARBONE COMPLEX, 4 jul. 2012. Disponível em:
https://www.complex.com/sports/2012/07/the-history-of-the-oscar-mayer-wienermobile/.
Acesso em: 15 set. 2019.

MARQUEZ, ANA. Container Food Park: Restaurantes em Containers. Belo Horizonte:


ANA MARQUEZ, 2017. Disponível em:
https://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/cristiane-salles-arquitetura-e-
design_/container-food-park/4222. Acesso em: 17 set. 2019.

CD, CADORE. Ca`dore: Comida descomplicada. Curitiba: Escritório Ca`dore, 2017.


Disponível em: http://cadorecd.com.br/. Acesso em: 3 out. 2019.

MILANEZE, Giovana Leticia Schindler; BIEL-SHOWSKY, Bernardo Brasil;


BITTENCOURT, Luis Felipe; SILVA, Ricardo da; MACHADO, Lucas Tiscoski. A
utilização de containers como alternativa de habitação social no município de Criciúma/SC.
1º Simpósio de Integração Cien-tífica e Tecnológica do Sul Catarinense, IFSC, Santa
Catarina, 2012.
METALICA. Container City: Um novo conceito em arquitetura sustentável. Disponível
em: <http:// www.metalica.com.br/container-city-um-novo-conceito-em-arquitetura-
sustentavel>. Acesso em: 10 out. 2019.
22

MERCER, Edward. Impactos Ambientais da Espuma de Poliuretano. Disponível em:


<http://www. ehow.com.br/impactos-ambientais-espuma-po-liuretano-info_46383/>. Acesso
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FOSSOUX, E.; CHEVRIOT, S. Construire sa maison container. 2. ed. Paris: Eyrolles,


2013.

CARGOLOGISTICS, MM. Container e suas medidas: DRY 20 E 40 PÉS E DRY HIGH


CUBE 40 PÉS. São Paulo: MMCARGOLOGISTICS, 6 fev. 2014. Disponível em:
http://mmcargologistics.com.br/2014/02/06/container-e-suas-medidas/. Acesso em: 19 out.
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RANGEL, JULIANA. Construção em Containers: Vantagens e desvantagens. Rio de


Janeiro: JULIANA RANGEL, 30 abr. 2015. Disponível em:
https://sustentarqui.com.br/construcao-em-conteiner/. Acesso em: 19 out. 2019.

CARRAMATE, SÉRGIO. Arquitetura Gatronômica: Por que um arquiteto faz diferença.


Rio de Janeiro: SÉRGIO CARRAMATE, 11 abr. 2019. Disponível em:
https://gestaoderestaurantes.com.br/blog/decoracao/arquitetura-gastronmica/. Acesso em: 25
out. 2019.

BEZERROS PREFEITURA MUNICIPAL. Plano Diretor de Bezerros, Dezembro de 2007.

SPARK, WEATHER. Condições meteorológicas médias de Bezerros: Direção dos ventos.


Brasil: WEATHER SPARK, 2019. Disponível em:
https://pt.weatherspark.com/y/31347/Clima-caracter%C3%ADstico-em-Bezerros-Brasil-
durante-o-ano. Acesso em: 5 nov. 2019.

GONCALVES, P. Faixa de Domínio: DNIT. São Paulo: PGONCALVES, 7 dez. 2009.


Disponível em: http://www.dnit.gov.br/rodovias/operacoes-rodoviarias/faixa-de-dominio.
Acesso em: 14 nov. 2019.
23

ANEXOS

ANEXO A - Ambientes ao ar livre e área para shows de eventos.


24

Fonte: GALERIA DA ARQUITETURA, 2017.

ANEXO B - Arquitetura indústria e arquitetura contemporânea.

Fonte: GALERIA DA ARQUITETURA, 2017; CADORECD, 2017.


25

APÊNDICES

APÊNDICE A – Mapa de uso e Fluxos.


26

Fonte: UNIBASE DE BEZERROS – PE, 2013. Modificado pela autora, 2019.

APÊNDICE B - Programa de necessidades e pré-dimensionamento para anteprojeto.


Área Área
Setor Ambiente Características Quantidade Unit. Total Fontes
M² m²
SETOR SOCIAL / LAZER

Espaço destinado à NBR 90/50;


Palco música e 1 - 30 Container Food
apresentações Park.
Espaço de
Alimentação Socialização, com CADORECD,
3 120 360 2017.
aberto boa iluminação e
ventilação
Espaço para
Alimentação socialização, com CADORECD,
3 100 300 2017.
fechado boa iluminação e
climatizado
Restaurante Espaço destinado a
Container 20
Container 20 preparação e 20 14.77 295,4
pés.
pés vendas de comidas
Espaço destinado a
Bar Container Container 40
preparação e 2 29,62 59,24
40 pés pés.
vendas de Drinks
Espaço destinado a
Delivery
vendas de comidas Container 20
Container 20 1   - 14,77 
online e por rede pés.
pés
telefônica
WC Social Boa iluminação e 1 - 14,77 Container 20
Feminino Ventilação, pés.
27

Acessibilidade
Boa iluminação e
WC Social Container 20
Ventilação, 1 - 14,77
Masculino pés.
Acessibilidade
Espaço destinado NBR 90/50;
Playground para a diversão das 1 - 60 Container Food
crianças Park.
Total     1.148,95
SERVIÇO

Local para NBR 90/50;


Copa refeições dos 1 - 12,96 Container Food
funcionários Park.
NBR 90/50;
Guarda materiais
DML 1 10 Container Food
de limpeza
Park.
Ambiente NBR 90/50;
Zeladoria destinado aos 1 12 Container Food
zeladores Park.
Ambiente para o NBR 90/50;
Sala Descanso
descanso dos 1 - 20 Container Food
Funcionários
funcionários Park.
Destinado ao
depósito de Container 40
Despensa 2 29,62 59,24
alimentos de cada pés.
container
Ambiente para o
Depósito Pratos Container 40
depósito de pratos e 1 - 29,62
e talheres pés.
talheres limpos
Local para
Recepção Container 40
recepção de cargas 1 - 29,62
alimentos pés.
de alimentos
Vestiário/ Local ventilado NBR 90/50;
BWC Func. com boa 1 - 25 Container Food
Masc. iluminação Park.
Local ventilado NBR 90/50;
Vastiário/BWC
com boa 1 - 25 Container Food
Func. Fem.
iluminação Park.
Destinado à
Lavanderia Container 40
lavagem e secagem 1 29,62
pratos pés.
de pratos e talheres
Plano diretor de
Vagas para carros e
Estacionamento 40 12 480 Bezerros – PE,
motos
2013.
CADORECD,
Lixo - 1 4
2017.
CADORECD,
Central de Gás - 1 6
2017.
Casa de Bomba - 1 2 CADORECD,
2017.
28

Total     745,06

Ambiente para a
NBR 90/50;
coordenação e
Coordenação 1 - 25 CADORECD,
administração de
2017.
todos o Food Park
Local ventilado NBR 90/50;
BWC Adm.
com boa 1 - 10 CADORECD,
Feminino
iluminação 2017.
ADMINISTRATIVO

Local ventilado NBR 90/50;


BWC Adm.
com boa 1 - 10 CADORECD,
Masculino
iluminação 2017.
Ambiente para
Enfermaria atendimento de 1   20 NBR 90/50.
primeiros socorros
Destinado para
reuniões de equipe
Sala Para da coordenação,
1   30 NBR 90/50.
Reuniões sendo bem
iluminado e
ventilado

Total     95
TOTAL GERAL DE M² 1.989,01

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