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CARUARU-PE
2019
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CARUARU-PE
2019
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RESUMO
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 04
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 21
ANEXOS ................................................................................................................................... 23
APÊNDICE .............................................................................................................................. 25
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1 INTRODUÇÃO
A expansão e adaptação daquilo que chamamos de “ comidas de rua’’, está cada vez
mais rápida. No Brasil, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas -
SEBRAE (2017), publicou uma pesquisa que relata que em 2014, os Food Trucks
movimentaram mais de R$140,00 bilhões no país, um crescimento de cerca de 20% em
relação ao ano de 2013, quando faturaram R$116,55 bilhões. Outro ponto abordado pela
pesquisa foi a rentabilidade mensal das pessoas que exerciam esta atividade - Dos 63 Food
Trucks pesquisados, 35% recebem entre 5 mil e 10 mil reais mensalmente, para 25% o
faturamento gira em torno de 10 mil a 15 mil reais, e 24% garantem que a margem de lucro é
acima de 20 mil reais. A população está cada vez mais em busca de alimentação fora de casa,
atrelada a um conceito gastronômico diferenciado, que são os chamados Food Parks.
O nome Parque de Comida, mais conhecido em inglês como Food Park, é um
ambiente agradável, que propicia lazer, segurança, diversão e bem-estar para os usuários
desses espaços. Podem ser utilizados em Kombis, Furgões, Caminhões, Bicicletas ou
Containers, que são adaptados para servir diversas tipologias de comidas. Ao seu uso pode
anexar ambientes destinados a bares, espaços gastronômicos, música ao vivo, apresentações e
lazer para as crianças. Inúmeras cidades mundiais já se deparam com esses novos espaços
gastronômicos.
Trazer para o centro das discussões as tipologias dos Food Parks, é de suma
importância para que possamos entender a relevância de implantação desses estabelecimentos
nas cidades. As pessoas buscam alternativas que as tirem das atividades rotineiras, um
ambiente que traga uma opção de lazer e diversão diferenciado para todas as idades, agregado
a um leque de prazeres gastronômicos, dando a oportunidade as pessoas de desfrutarem de
vários sabores em um só lugar.
A proposta do anteprojeto será realizada no município de Bezerros-PE, segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2019), a cidade possui uma estimativa
de 60.798 habitantes para o ano de 2019. O município e a população carecem de espaços
comuns de convivência e lazer e, a intenção é de trazer um ambiente atrelado a uma
arquitetura inovadora para a cidade, gerando mais atração econômica, além de diminuir a
criminalidade em locais ociosos. A proposta não é somente de um ambiente que ofereça uma
culinária eclética, mas também de um espaço que possua características arquitetônicas bem
diferenciadas das já vistas na cidade de Bezerros-PE. O projeto pretende trazer o uso
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significativo dos containers, além de dispor mobiliários em todo o ambiente, de maneira que
propicie o agrupamento das pessoas em todos os espaços do Food Park.
Pensando dessa forma, o projeto tem como objetivo geral de desenvolver uma
proposta projetual de um centro gastronômico, em nível de anteprojeto arquitetônico,
utilizando o container como principal elemento de construção, na cidade de Bezerros-PE. E
possui como objetivos específicos realizar uma trajetória histórica sobre a origem e a
evolução das comidas de rua até chegar ao conceito de Food Park, avaliar a relevância do uso
dos containers na arquitetura e propor um espaço com elementos construtivos e mobiliários
que propiciem a ligação da arquitetura com a gastronomia.
Para obter os resultados desse trabalho, serão traçadas metodologias descritivas,
embasadas em pesquisas por diversos métodos, dentre eles as revisões bibliográficas, de
artigos, trabalhos com temas semelhantes, sites, jornais, estudos de caso e visitas in loco. Para
melhor entendimento da necessidade de implantação do Container Food Park em Bezerros-
PE, será realizado um estudo de demanda por meio de questionários formulados por mim pela
ferramenta Google Forms, para que a população Bezerrense possa responder, além de
produzir um diagnóstico que reúna características que justifiquem a escolha e
contextualização da área de projeto. Dessa forma, pode-se desenvolver um anteprojeto
arquitetônico que atenda, não somente as minhas preferências construtivas, mas também as
necessidades das pessoas que residem em Bezerros-PE.
A pesquisa de trabalho final será estruturada em três capítulos, subdividido em cinco
subcapítulos apresentando-se no primeiro uma breve analogia das comidas de ruas,
consolidando-as em Food Trucks até chegarem nos Food Paks. Para uma melhor compreensão
da implantação do novo conceito de centro gastronômico (Food Park), serão feitas duas
análises projetuais através de estudos de caso que contam com o uso dos constainers em toda
a sua composição, dos quais serão exemplificados e detalhados no mesmo capítulo. Para a
conclusão do primeiro capítulo, será abordada uma correlação diante do impacto que a
arquitetura pode trazer no mundo gastronômico. O segundo capítulo será estruturado em três
subcapítulos dos quais vão apresentar um estudo da área destinada a implantação do Food
Park na cidade de Bezerros-PE, utilizando o estudo do entorno do terreno e analisando os seus
condicionantes físico-ambientais e legais, além de apresentar um quadro que consta o
programa de necessidades e o pré-dimensionamento pensando para o início do anteprojeto.
Por fim, no último capítulo, um plano e exposições para o projeto final irá ser anexado
juntamente com os materiais que estão previstos para serem entregues na segunda parte do
trabalho.
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2 REFERENCIAL TÉCNICO-CONCEITUAL
Neste capítulo será apresentada uma trajetória histórica do início das comidas de rua e
suas necessidades para a época, fazendo assim uma conexão com o surgimento dos Food
Trucks, além de mostrar a importância da criação dos Food parks, que serão exemplificados
pelos estudos de caso do Container Food Park projetado pela arquiteta Cristiane Salles e o
Ca`dore comida descomplicada pelo arquiteto Bruno Colle. Os estudos de caso são baseados
na estrutura modular dos containers, que serão detalhados, explicando assim o seu uso
original e sua relevância no mundo da arquitetura e construção civil. Por fim, uma relação
entre arquitetura e gastronomia irá mostrar alguns dos elementos selecionados para que o
projeto ganhe uma identidade bem original e diferenciada.
O surgimento das comidas de rua apareceu pela primeira vez no final do século XVII
nos Estados Unidos da América, aonde eram encontrados em grandes cidades da costa leste
americana. O primeiro relato histórico dos Foods Trucks deu-se em 1691 na cidade de New
Amsterdam (atual New York City), quando ocorreu o começo de regulamentações de
vendedores que costumavam vender comidas em carrinhos de mão. Já em 1850 os Food
Trucks começaram a invadir os vagões dos trens, que eram adaptados para servir aos
passageiros dos Cross-Country (Jornada Americana de Migração) (GASTRONOMINHO,
2015). Desde então, essa nova descoberta foi caindo no gosto do mundo da comida de rua
americana, além de contribuir para um novo conceito de alimentação fora de casa.
O grande boom da criação dos Food Trucks deu-se a partir de um fazendeiro chamado
Charles Goodnight, que, por não ter condições de pagar transportes ferroviários, ele criou no
ano de 1866 o chamado Chuckwagon (Vagão de Mandril), que, através de modificações
realizadas em um transporte do exército americano, chamado de Studebaker (Figura 01), ele
criou uma cozinha portátil, que servia de apoio para as viagens de gado da época, na qual
tinham durações de cerca de 8 semanas, passando por climas desérticos sem fácil acesso a
alimentação (COMIDA SOBRE RODAS, 2015). Goodnight fez a adição de uma caixa de
madeira na parte de trás do Studebaker, na qual foi dividida em estantes para que Charles
pudesse guardar os seus utensílios de cozinha, juntamente com uma tampa pensada para ficar
no espaço do balcão. O que Goodnight servia para os cowboys eram alimentos que não
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precisavam entrar em conserva, já que no transporte não tinha um refrigerador, ele levava
carne salgada, feijão e alguns grãos secos (R2CPRESS,2015).
Figura 01 - De Studebaker para Chuckwagon, invenção de Charles Goodnight.
A grande invenção de Charles Goodnight fez tanto sucesso que pessoas começaram a
introduzir as ‘’comidas sobre rodas’’ em várias cidades americanas. Em 1936 Oscar Mayer
lança o Weinermobile, primeiro carrinho portátil de cachorro-quente americano. Era
literalmente um transporte de cachorro-quente, possuindo um carro com cor e formato de um
pão e uma carroceria da qual lembrava uma salsicha (Figura 02). Os weinermobiles fizeram
bastante sucesso e até hoje são conhecidos nos Estados Unidos da América, além de que já
apareceram em cinemas e em grandes programas da TV Americana (COMPLEX,2012).
Figura 02 - Weinermobile por Oscar Mayer em 1936.
Foi daí que os Food Trucks começaram a criar raízes pelo mundo, após a invenção de
Oscar Mayer, apareceu em 1950 o primeiro carrinho de sorvete, já no final dos anos 50, era
possível notar alguns caminhões de batatas chips e em 1970 os caminhões de tacos
começaram a aparecer, juntamente com o aumento do número de imigrantes do México para
os Estados Unidos. Nessa época, essas comidas possuíam um preço acessível, e a qualidade
da comida não era tão gourmet como a que temos nos dias atuais.
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A escolha deste estudo de caso foi dada a partir da observação de alguns elementos
que compõem o projeto em si, e que trazem semelhanças com o que será proposto no
anteprojeto.
O projeto Container Food Park, foi realizado em 2017 pela arquiteta Cristiane Salles
juntamente como o seu escritório, na cidade de Belo Horizonte – MG. Possuindo uma
tipologia comercial, ele apresenta uma área de terreno de 480 m², dispondo de uma área
construída de 210 m². O uso dos containers foi um material muito utilizado em toda a
composição modular do projeto, contendo ao total de 9 containers de 20 a 40 pés em todo o
projeto. Neles, foram agregados pequenos restaurantes modulares, que pudessem ser
utilizados de forma independente ou em conjunto, lembrando um modelo de Food Park.
A arquiteta ressalta que a grande dificuldade do escritório foi realizar um projeto com
um sistema construtivo não convencional.
A construção modular nos permitiu brincar com várias composições até que
chegássemos no layout ideal para o terreno onde os restaurantes foram instalados.
Isso nos exigiu um amplo trabalho de pesquisa para que encontrássemos os melhores
materiais e suas formas de aplicação no container, de forma que não sofressem
danos durante o transporte dos módulos e nos trabalhos de dilatação e contração da
caixa de aço (Galeria da Arquitetura, 2017, s.p).
Como meio de possibilitar uma obra mais rápida, os containers marítimos reutilizados
passaram por uma pequena montagem antes de chegar ao terreno do projeto, na qual poderá
ser desmontado rapidamente e transportado para qualquer local caso seja necessário. Os
containers também passaram por um processo de tratamento térmico e acústico em lã de pet,
além de sua reutilização servir para a criação de novos elementos do Food park, como por
exemplo, os tambores metálicos que foram transformados em lavatórios para os banheiros.
O ambiente é disposto com quatro opções gastronômicas que servem todos os gostos,
cada um com uma proposta bem diferenciada, servindo carnes, grelhados, hambúrguer,
variadas sobremesas, pizzas, massas, comidas chinesas, japonesas e tailandesas. As refeições
de todos esses restaurantes são realizadas em uma cozinha que fica localizada na parte
superior do Food Park, e apenas a finalização dos pratos é feita nos containers
individualmente.
Em questão da distribuição espacial do centro gastronômico, foi elaborado pelo
escritório um salão central feito por dois containers, no qual dava uma direção para a
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implantação dos restaurantes modulares, que foram dispostos em seu redor, criando assim
uma praça de alimentação. É possível encontrar mesas em todo o terreno, desde aquelas que
foram agregadas nos ambientes que são expostos ao ar livre até aquelas que foram colocadas
dentro dos dois containers centrais. Em seu ambiente externo, foi elaborada uma área para
shows e pequenos eventos, na qual permite uma conexão com outras pessoas (Ver ANEXO
A). No primeiro pavimento funciona uma área mais restrita para funcionários do local, já que
é disposto de cozinhas que servem para a preparação das comidas dos restaurantes modulares.
Para uma maior compreensão, será anexada uma planta abaixa, que mostra de uma forma bem
detalhada toda a disposição espacial do Food Park (GALERIA DA ARQUITETURA, 2017).
Figura 03 - Planta com zoneamento dos ambientes do
Container Food Park – Minas Gerais.
O projeto foi bem elaborado, possuindo uma logística funcional e espacial bem
marcante, ele foi construído em ruas que privilegiam os acessos de automóveis, além de
apresentar três entradas para pedestres no nível do solo, tornando-os acessíveis para qualquer
público. A implantação no terreno foi pensada com o intuito de criar uma boa visibilidade
para quem passar ao redor do lote, privilegiando os espaços mais abertos, sem muros ou
ruídos (CADORECD,2017). A infraestrutura de todo o projeto foi instalada de forma que o
espaço consiga idealizar para as pessoas um ambiente de lazer, seguro e para diversão, do
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qual todas as pessoas são convidadas a participarem de todas as atividades, além de que os
animais de estimação também são bem-vindos no Ca`dore.
A escolha desse projeto deu-se a partir de algumas características arquitetônicas e
construtivas que o compõe. Fazendo uma breve comparação e análise arquitetônica com
trabalho da arquiteta Cristiane Salles sobre o Container Food Park e o trabalho do presente
estudo de caso do arquiteto Bruno Colle, podemos observar algumas problemáticas e
potencialidades entre os dois. Ambos representam muito bem o conceito das tipologias dos
Food Parks, os seus usos e disposições dos elementos construtivos por todo o espaço foram
bem definidos e exemplificados, porém, uma das diferenças entre os dois está na questão das
áreas de ambos os terrenos.
Dimensões externas
Largura: 2,438m
Container Dry de 20 pés Comprimento: 6,06m
Altura: 2,59m
Capacidade Cúbica: 33m³
Dimensões externas
Largura: 2,438m
Container Dry de 40 pés Comprimento: 12,192m
Altura: 2,59m
Capacidade Cúbica: 67.7m³
Fonte: MMCARGOLOGISTICS, 2014. Modificado pela autora, 2019.
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Vale ressaltar que os containers precisam passar por processos que os tornem aptos
para a sua utilização no âmbito arquitetônico. Metallica (2012) fala sobre a importância da
conservação do aço corten, sendo necessário jatear um abrasivo em todo o aço do container e
repintá-lo com uma tinta não tóxica, evitando assim uma contaminação para futuros
habitantes. Além de garantir essa não corrosão do material, os containers precisam passar por
etapas que garantam o bem-estar das pessoas que o utilizam. O aço é um grande condutor de
calor, é extremamente necessário fazer a aplicação de algum revestimento térmico em seu
interior, no qual geralmente é feito através da lã de vidro ou poliuretano, além de garantir um
ótimo estudo de insolação para o projeto (FOSSOUX ET CHEVRIOT, 2013). Já em relação
ao isolamento acústico, pode fazer a utilização de materiais como a manta de lã de pet, que é
vantajosa por ser sustentável, produzido através de garrafas de pet recicladas sem adição de
resinas e sem emissão de carbono na atmosfera (MERCER, 2016). Com relação as instalações
elétricas, hidrossanitárias e hidráulicas, serão realizadas por uma estrutura metálica, através de
grelhas, chamada de Drywall, que são finalizadas com uma placa de OSB para que todos os
revestimentos e instalações sejam escondidos. O quadro abaixo apresenta as vantagens e
mostra de maneira clara o motivo pelo qual os containers estão tomando espaços nas mais
diversas tipologias de projetos arquitetônicos:
Quadro 02 - Vantagens da arquitetura em Containers.
Desta forma, podemos analisar a relevância do uso dos containers para a arquitetura.
Eles apresentam características únicas e positivas, que, quando adaptadas corretamente para o
âmbito arquitetônico são ainda mais vantajosas, além de fazer a reutilização de um material
que antes eram descartados, trazendo riscos de contaminações para as pessoas.
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A experiência com a gastronomia vai muito além do que só uma comida saborosa.
Além do sabor, existe a importância e preocupação em projetar um ambiente que ressalte um
ar de aconchego, contemplação e satisfação nos frequentadores. Todos os dias, inúmeras
pessoas possuem uma necessidade de realizar alguma refeição fora de casa e nada melhor do
que descobrir um novo sabor atrelado a uma nova e diferenciada arquitetura.
A experiência e proposta de uma arquitetura gastronômica é sentida pelo paladar e por
todas as sensações que o lugar proporciona. Um projeto bem pensado, com uma iluminação
especial, uma boa ambientação e uma logística espacial adequada, é capaz de despertar
inúmeras sensações no público. O projetista deve fazer uso de materiais diferenciados ou até
mesmo dos mais simples, porém, colocados de maneira diferenciada, no qual apresente uma
novidade para todos, além de ser criativo e usual.
O próprio material principal do projeto em estudo, o container, é um elemento de forte
característica industrial, dessa forma, foi pensado em fazer o uso de uma arquitetura industrial
rústica, que será implementada também nos containers, para todo complexo gastronômico, na
qual remete a uma manifestação cultural do desenvolvimento sustentável, prezando pelos
menores gastos e fazendo o uso do reaproveitamento de materiais sucateados. A intenção da
arquitetura industrial rústica é priorizar elementos que valorizem texturas de madeiras, metal,
tijolos e concreto, além de uma paleta de cores que remete aos tons de preto, cinza, marrom,
branco e cores mais chamativas como o amarelo, laranja e vermelho, já que remetem a áreas
gastronômicas. (Figura 04).
Figura 05 - Arquitetura industrial rústica. Kasten Café e UpSide Gastrobar.
Essa tipologia de arquitetura é bem conhecida por ter um pé direito mais elevado,
elaborando uma composição com plantas livres, sem contar que é bem marcante no uso de
tubulações e fiações expostas em toda extensão do ambiente (ATEX, 2017).
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No presente capítulo será apresentada a área designada para o projeto, fazendo uma
relação com o estudo de todo o entorno do terreno, além de realizar uma análise pré-projetual
que são se suma importância para compreensão e justificativa de implantação do Container
Food Park na cidade de Bezerros-PE.
Em seu entorno existe uma variedade de usos, como o comercial, institucional, misto e
até áreas vazias, porém o que predomina é o uso residencial. Por ser localizado as margens da
maior avenida da cidade de Bezerros-PE, a Av. Major Aprígio da Fonseca, o fluxo de carros
torna-se bem intenso na maior parte do dia, possibilitando também uma grande visibilidade
para quem passa pela BR 232. Os demais fluxos dão-se pelas laterais, que são considerados
como fluxos médios, já as ruas de baixos fluxos estão localizadas em estradas estreitas que em
sua maioria dão acessos para ruas sem saída (Ver APÊNDICE A). A intenção de implantação
do anteprojeto nesse terreno deu-se a partir das características que compõe, pois, existe uma
edificação abandonada em seu interior na qual o torna um local ocioso, além de inibir que a
população da cidade de Bezerros-PE, usufrua de um projeto inovador.
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Para que a implantação do projeto seja realizada de maneira adequada, que possa
trazer um bem-estar nas pessoas que irão frequenta-lo, alguns cuidados devem ser tomais, dos
quais estão relacionados aos seus condicionantes físico-ambientais e legais.
Sabemos que ao estabelecer a implantação de um terreno, a posição do Norte no
mesmo é de suma importância para que o projeto saia com ótima qualidade. A fachada Sul
insere a Av. Major Aprígio da Fonseca (Fachada Principal), a Norte toma conta dos fundos da
edificação, o Lesta situa-se na R. Manoel de Andrade Santos, na qual recebe a maior
incidência do sol nascente e dos ventos a Leste e ao Oeste observamos a R. Jordão Joaquim
dos Santos, que apresenta uma forte incidência do pôr do sol, que a torna a fachada mais
quente do dia, sendo necessário tomar devidos cuidados na hora de projetar (Figura 07).
Figura 07 - Condicionantes Ambientais.
Fazendo a relação dos condicionantes legais e o terreno, foi observado que o mesmo,
de acordo com o Plano diretor de Bezerros – PE (2007) encontra-se em uma subdivisão da
Macrozona Urbana apresentada no Plano de Desenvolvimento Integrado do Município de
Bezerros – PDIB.
A Macrozona Urbana corresponde à área do perímetro urbano legal já consolidada
ou em consolidação com porções do território caracterizadas pela presença do
ambiente construído, a partir da diversidade das formas de uso e ocupação do solo
onde serão definidas normas de ocupação e parcelamento, respeitada a Legislação
Ambiental, principalmente as determinações constantes nas Leis Federais nos 4.771,
de 15 de setembro de 1965 e 9.985, de 18 de julho de 2000, e nas Resoluções
Conselho Nacional do Meio Ambiente (Art. 57. PDIB, 2007, p. 24).
Fonte: Plano Diretor de Bezerros - PE, 2007. Modificado pela própria Autora, 2019
O maior setor (setor social/lazer) foi implantado de maneira que fosse contemplado em
direção dos melhores condicionantes físicos e legais do ambiente. O setor dos serviços e o
administrativo foram colocados em uma área mais escondida no terreno, para que a o setor
social pudesse se destacar diante dos demais usos. A concepção inicial do anteprojeto será
inserida de modo que privilegie os ambientes abertos, criando uma relação entre o interior e o
entorno da edificação, para que todos possam usufruir das vistas da edificação.
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O presente trabalho mostrou a importância da evolução das comidas de rua até chegar
em grandes empreendimentos que comportam a gastronomia, a arquitetura e o lazer em um só
lugar, dos quais são denominados de Food Parks. Também identificou que Bezerros é uma
cidade carente em ambientes com essa tipologia, na qual demonstra que a população da
mesma está cada vez mais a procura de atividades de lazer, das quais possam tirá-las das
obrigações rotineiras.
Todos os estudos abordados até agora servirão de embasamento para a conclusão da
segunda parte do anteprojeto arquitetônico do Container Food Park na cidade de Bezerros-PE.
O plano de exposição a seguir irá simular, em ordem cronológica, o decorrer da produção das
atividades para a conclusão do PFG no próximo semestre (Tabela 02).
5 REFERÊNCIAS
MINHO, ALEX. A História dos Food Trucks: CURIOSIDADES. São Paulo: ALEX
MINHO, 5 set. 2015. Disponível em: https://gastronominho.com/curiosidades-a-historia-dos-
food-trucks/. Acesso em: 13 set. 2019.
ANEXOS
APÊNDICES
Acessibilidade
Boa iluminação e
WC Social Container 20
Ventilação, 1 - 14,77
Masculino pés.
Acessibilidade
Espaço destinado NBR 90/50;
Playground para a diversão das 1 - 60 Container Food
crianças Park.
Total 1.148,95
SERVIÇO
Total 745,06
Ambiente para a
NBR 90/50;
coordenação e
Coordenação 1 - 25 CADORECD,
administração de
2017.
todos o Food Park
Local ventilado NBR 90/50;
BWC Adm.
com boa 1 - 10 CADORECD,
Feminino
iluminação 2017.
ADMINISTRATIVO
Total 95
TOTAL GERAL DE M² 1.989,01