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Filosofia UFSM-UFOP.
Essa limitação pode gerar a suposta conclusão de uma perda total referente à
limitação da razão especulativa (ciência), que confere uma eliminação do
conhecimento transcendente e, consequentemente do conhecimento do
absoluto/incondicionado. Dessa conclusão pode se constatar uma suposta perda
total, no qual uma perda parcial pode se mostrar total, onde a crítica da razão
pura se mostra nociva pelo fato de implicar uma perda total.
Porém a crítica da razão pura não possui apenas uma utilidade negativa para
a razão especulativa e para a ciência, se analisarmos a sua utilidade positiva,
dentro de uma compatibilidade entre uma doutrina da natureza e uma doutrina
da moralidade. Ao haver uma perda para a razão especulativa haverá uma
utilidade para o agir moral, o que pode resolver o conflito da razão consigo
mesma, eliminando assim o obstáculo restritivo à razão prática. Há uma
restrição da necessidade natural, porém, isso possibilita a liberdade e a
moralidade.
Por isso mesmo, havendo uma perda parcial, gerará uma perda total. O
problema é para quem essa perda total será negativa. Nesse caso, entra o
impacto que isso gerará nas escolas (instituições), usando como argumento o
fato de que perdas teóricas no âmbito do conhecimento afetam em grande parte
o público.
Porém, o interesse geral dos humanos, esse sim permanece inalterado. Disso
decorre um mesmo estado vantajoso, onde se atinge um monopólio das escolas
e consequentemente uma arrogância das escolas em relação ao público, não
afetará o natural interesse dos homens.
Desse fato, pode-se levantar a questão sobre a metafísica e o interesse do
público, onde na maioria das vezes, os argumentos metafísicos não atingem o
interesse humano, não havendo uma influência nítida na convicção pública.
Disso decorre que as posses da razão irão influenciar os interesses do público
em relação à esperança em uma vida futura (Imortalidade), também uma
consciência (ilusória ?) de Liberdade (propriedade da vontade: Princípios
práticos situados na razão; impossíveis sem a pressuposição da Liberdade), e
por último uma fé no sábio e grande autor do mundo (Deus).
b) Coisa em si: “objectos que não nos são dados em nenhuma intuição e são,
portanto, não sensíveis”.
c) Númeno/Noumeno: “O conceito de númeno/noumeno, isto é, de uma coisa
que deve ser pensada não como um objeto dos sentidos, mas como coisa-em-si
(unicamente para o intelecto puro), não é em nada contraditório, pois não se
pode afirmar que a sensibilidade é o único modo de intuição.”
“Em toda a inferência de razão concebo primeiro uma regra (maior) pelo
entendimento. Em segundo lugar, subsumo um conhecimento na condição dessa
regra (minor) mediante a faculdade de julgar. Por fim, determino o meu
conhecimento pelo predicado da regra (conclusio), por conseguinte a priori,
pela razão”. (B 361).