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TGDC 05.12.2018
Esfera juridica patrimonial situações jurídicas avaliadas em dinheiro a que uma pessoa é
titular (Pecus) Isto é, é equivalente ao património.
A modificação de património pode variar-se por resultado de um facto natural não apenas
mediante a celebração de negócios jurídicos. Quer dizer vão alterando as situações jurídicas
activas e passivas.
As características do património
Unidade e autonomia.
Cada pessoa em abstracto tem um património. Sendo que Pode ser mais ou menos.
Nenhuma pessoa pode ter mais que um patrimonio (unidade) , pode acontecer q uma ou
mais partes de património de uma pessoa seja sugeito a um regime especial.
Autonomia do património
Garantia geral: É sobre o património do devedor que o credor pode exercer a sua ação de
recuperação através da ação dos tribunais.
Garantia especial: dividem-se em: garantia reais (623cc, 656, 666, 686, 733, 754) e garantias
pessoais (627cc)
garantias pessoais- São dadas por outras pessoas que não seja o devedor (fiança)
Principio da autonomia
Significa que pelas dividas duma pessoa só responde o património do devedor. Salvo se for
pela gantia pessoal, neste caso a fiança.
Casamento a qualidade de casado vai se perder um dia, mais cedo ou mais tarde.
06.12.2018
Domicilio e ausência
Domicilio é o local onde o direito considera ser a sede jurídica da pessoa. É um conceito de
caráter normativo, isto é resulta da lei. Art. 82(estabelece o critério geral é a residência
habitual) a 88cc
- Domicilio geral
- Domicilio especial
Importancia do domicilio Art. 772, 774 cc, 2031 autor da sucessão é a pessoa que faleceu.
O domicilio tambem Funciona como ponto legal de contacto não pessoal art 224cc
Instituto da ausência
Art. 89 a
Curadoria provisória 89 ss
Curadoria difinitiva 99 ss
Quem tem a legitimidade a lei lhe permite que atue sobre sobre aquela situação jurídica.
Curadoria provisória: e chamado assim porque neste campo a esperança de que o ausente
regresse e o curador deixa de ser necessário.
-desaparecimento da pessoa
Curadoria definitiva
Art. 89cc
A curadoria definitiva pode ser instaurada sem que se tivesse sido instaurada a curadoria
provisória.
Mas a curadoria provisória pode ser extinguida com a instauração da curadoria definitiva art
98 d primeira parte.
Com o desaparecimento de um menor depois dos cinco ano de acordo com o desposto no
artigo 99 pode se instaurar a curadoria definitiva mas em relação a curadoria provisória não
se pode instaurar a curadoria provisória em vrelacao ao desaparecimento do menor porque
em situascao normal este terá um representante legal.
Art 1 da lei5/76
Os menores são incapazes de exercício e os maiores são capazes de exercício reger a sua
pessoas e os seus bens de forma pessoal e livremente.
Obs: as pessoas coletivas não são maiores nem menores este estatuto é reservado apenas
as a pessoas singulares.
Art 67cc os menores tem capacidade genérica de gozo apesar de não terem a capacidade de
exercício nos termos do artigo 123 CC. Se assim é, alguem tem que fazer por ele.
Tem a razão do da lei proteger o próprio menor em relação Contra os resultados negativos
que por razao da sua inexperiencia poderia suceder.
A lei cria um mecanismo para suprir a incapacidade do menor Art 124 + art 1876 SS
Particularmente o art 1879, 1881 alínea g) sobretudo 1885 cc (poder de representação)
Representar: Significa que o ato jur praticado por uma pessoa não projerta os efeitos
jurídicos na esfera jurídica de quem praticou o acto mas sim na esfera jurídica do
representado.
Ao menor, A lei não lhe confere a pussibilidade de exercer pessoal e livremente as suas
situações juridicas. Se for o contrario no caso do menor realizar um negocio pessoalmente o
nº1/art 125 determina a invalidade do ato.
Portugal aprovou um novo regime que é o instituto do maior acompanhado no ano 2018.
São algo de simetricamente inverso à quilo que acontece ao instituto de emancipação. Isto
é servem para retirar a capacidade de exercício à uma pessoa que em funcao à idade Em
principio a teriam.
Para tal é preciso que seja numa situação muito grave, para se retirar a autonomia privada às
pessoas.
Há regra especial para a decretação de interdição ou inabilitação por via de uma sentença.
O juiz tem que ouvir os peritos especialistas em matéria em causa por exemplo um medico
em caso de uma incapacidade física.
A interdição é aplicável as causas mais graves em termos de factos que não permita as
pessoas atingidas regerem a sua pessoa e os seus bens.
Os institutos de inabilitacao e interdicao São pensados para maiores mas com uma ligeira
distorção Na medida em que por exemplo permite-se recorrer a decretação da interdição
pelo tribunal a partir dos 17 anos para produzir efeitos a partir do primeiro dia em que a
pessoa completa os 18anos. Nº 2 art138
Art 149 (com a entrada da ação no tribunal, o juiz tem que mandar publicar).
17.01.2019
Inabilitação
Prodigalidade são aquelas pessoas que não conseguem dar valor devidamente aquilo que
têm ou seja é um esbanjador.
Obs retirar a capacidade jurídica a pessoa é uma coisa muito grave porque atinge a
autonomia privada da pessoa.
Pessoas coletivas
A semelhança daquilo que vimos em relação a pessoa humana na sua relação social, a
pessoa coletiva é como um agrupamento. O que quer dizer que para alem da pessoa
humana ou físicas ha outras entidades relevantes na interacção social com destaque no
agrupamento de pessoas que prosseguem fins próprios.
Esses agrupamentos podem ser estruturas das de maneira mais sufisticada ou densa ou
menos sufisticada(menos densa) conforme diferentes tipos de aglomerações.
Para alem destas orgsnizacoes que vizam a prossecucao de fins proprios há organizações
humanas de afetação de bens de fins institucionalizados.
o direito recebe estas duas realidades atribuindo-lhes as configurações dependendo das suas
realidades ou fins que visam prosseguir.
Na comunhaao há uma relação que se estabelece sobre o bem e esta relação é mais densa
em relação ao contrato.
O Direito cria uma Organizações complexas que passa a cooperar e é possível que haja um
ente que passe a ser Centro de imputação ( titular de direitos e obrigações) diferentes dos
próprios titulares do direito.
Pessoas coletivas
Corporativo/associativo
Associação
- civis e comerciais
Funcional/ institucional
Fundação
-Ficcionismo personalista
-ficcionismo patrimonialista
- normativismo formalista
- Realismo analógico
Ficção personalista (defendida por Savigny) entende que a personalidade jurídica da pessoas
humana não pode ser colocada no mesmo plano da personalidade da pessoa coletiva
porque esta é apenas uma simples ficção.
Critica: esta teoria não tomou em conta algumas semelhanças existentes entre a pessoa
coletiva e pessoa humana. Eles têm uma visão dualista isto preocupa em separar o que é
personalidade jurídica das pessoas humanas e a das pessoas coletivas. Para estes não é
possível fazer uma nítida separação como se não houvesse uma relação entre ambas
2- Teoria da Ficcao patrimonialista: Para eles a pessoa coletiva é como uma massa
patrimonial afetada para um certo fim e daí passando a ter direitos e obrigações e o direito
reconhece a essa massa como sujeito de direitos. Portanto entendem que a pessoa coletiva
é um património sem sujeito (sem dono) para a prossecução de um determinado fim.
Segundo esta teoria tanto a personalidade da pessoa singular como coletiva é uma
construção da ordem jurídica. Esta concepção veio a colocar a pessoa singular e coletiva no
mesmo plano.
4 - Realismo analógico vemcnos mostrar que a pessoa coletiva e uma entidade realmente
existente na vida social e que tem um substrato próprio e desempenha um papel
fundamental na sociedade e na vida da relação e assume uma individualidade nova
diferente dos seus membros ou beneficiários.
Para o direito reconhecer a pessoa coletiva como uma entidade nova...tem que ter o
substrato que é entendido como uma realidade social que suporta a personificação da
pessoa coletiva.
Em primeiro lugar tem que existir pessoas, para personificar as pessoas coletivas tem que
existir os bvens ou patrimónios e por fim estes tem que visar a prossecução de um
determinado fim (elemento teleológico).
Anteriormente havia certas limitações para a personificação da pessoa coletiva isto é tem
que existir um numero mínimo de membros. Mas hoje em dia não existe esta limitação.
Hoje em dia nas sociedades comerciais permite-se a criacao de uma pessoa coletiva com
apenas um sócio como forma de limitação de risco económico da empresa.
Reconhecimento das pessoa coletivas Art 158 CC e art 55/2 CRGB, reconhecimento
normativo.
Obs a lei não atribui claramente a personalidade jurídica as sociedades civis. Mas quanto as
sociedades comercias a lei atribui personalidade jurídica as sociedades comerciais cumprindo
determinados requisitos de registo.
Nos tempos anteriores os regimes políticos viam com maus olhos a criação das associações
porque pensava-se que estas teriam uma ideia politica diferente da do regime em poder. Ex
concreto é durante a revolução francesa, importa destacar que o código civil francês não faz
referência à nenhuma disposição dedicada às pessoas coletivas isto é, ignorou por completo
as pessoas coletivas.
Mas depois por exemplo em Portugal com a constituição de 1976 esta realidade mudou-se
porque passamos a estar perante um regime democrático não autoritário como era.
O nosso foco será nas associações e fundações porque elas é que fazem parte do direito
Privado comum.
- regionais e sectoriais
Corporações e fundações
Quanto aos fins as pessoas coletivas de fins desinteressados ou altruístas (prosseguem fins
alheios não lucrativos) e pessoas coletivas de fins interessados e iguistas (prosseguem fins
próprios ou dos associados)
A pessoa coletiva não tem corpo e nem sentido, porque ela não pode casar e assim como
as pessoas singulares não podem ser seguros bancários.
A pessoa coletiva tem genericamente a capacidade de gozo
O artigo 67 é artigo paralelo ao artigo 160/1 CC trata da capacidade de gozo das pessoas
coletivas. Porque ambos dispõem sobre a mesma questão
O artigo 160 explica-nos que as pessoas coletivas só são admitidas para a prossecucao de
certos fins.
Mas que na verdade é enganadora porque esta implícita uma palvra que é só .
Partido esquerda são mais progressistas E viradas para as camadas mais desfavorecidas e da
direita são mais conservadores. Vindo da revolução francesa.
Estruturação orgânica
É através dos seus órgãos que exercem respetivos direitos e cumprem suas obrigações.
- este artigo é estranho porque tem um “só" implícito porque é isto que lhes distingue com
a capacidade de gozo das pessoas singulares.
A expressão pessoa coletiva é muito infeliz porque a partida pensa-se que a pessoa coletiva
é a junção das pessoas singulares, mas isso de facto acontece apenas nas associações e não
nas fundações.
- O segundo defeito tem que ver com o criterio, que de facto é demasiado amplo e cria
dificuldade na determinação do que e necessario e do que é conviniente.
- O terceiro defeito tem que ver com o que se deve entender por fins.
Fim da pessoa coletiva- fim imediato = objeto (Meio pelo qual se vai atingir o fim ultimo,
através da atividade económica) enquanto que o fim mediato = fim último (de acordo com
a artigo 980 o fim ultimo é a obtenção de lucros) o objeto nao limita a capacidade.
Art 980 cc
Consultar pagina 99 a 180 da tese de mestrado do Prof. João Espírito Santo obra sociedade
por quotas anónimas.
A doutrina tradicional responde através do artigo 294 CC (negócios celebrados contra a lei)
Segundo a doutrina moderna Nem se quer e nmuito claro que se possa dizer que um acto
que não é contrario nem conveniente é contrario a lei.
Para prof. Oliveira ascensão o critério e tao largo ou aberto por inclui , tudo que e necessário
, tudo que e conveniente, no fundo não se conseguiu ser eficaz, portanto é uma norma pífia
(adjetivo atribuído ao que não tem valor ou qualidade).
Quando a pessoa coletiva exerce actividades diversa daquelas que a lei permite, a lei
permite algúem com legitimidade dissolver a pessoa coletiva. Art 182/2cc e art 192/2/b
Para ele ainda este artigo não trata efectivamente da questão de capacidade mas sim a da
legitimidade em comparação com o fim ultimo.
Art 892cc
- Questão orgânica
Hoje a palavra certa para definir as pessoas coletivas é a organização, mais complexas ,
menos complexas (composição de elementos com vista a atingir determinadas finalidade).
Empresa estruturada como sociedade unipessoal onde a organização é um sócio as suas
decisões e os meios que ele canaliza para a prossecução de determinadas atividades.
So faz sentido falar da capacidade nos termos do artigo 160 cc. As pessoas coletivas não
têm capacidade de exercício no sentido que têm às pessoas singulares. O requisito da
capacidade de exercício só tem sentido em relação às pessoas singulares. Se à esfera jurídica
das pessoas singulares chega direitos e obrigações nos termos do artigo 160 ...todos aqueles
que são necessários e convinientes para a prossecução dos seus fins.
A pessoa coletiva forma e expressa a sua vontade por intermédio dos seus órgãos ( órgãos
no fundo são centros de formação de vontade e de expressão dessas vontades imputadas a
pessoa coletiva e não à pessoa singular apesar de haver situações em que a pessoa singular
forma vontades que são imputadas na sua esfera pessoa não na da pessoa coletiva.
Porque essa vonta formada por pessoas singulares é imputada na esfera jurídica da pessoa
coletiva.
Quando nos falamos da estrutura orgânica, estamos a olhar para um conjunto de órgãos e a
articulação que cada um deles tem, par que as coisas funcionem cada um deles há que ter
competências específicas.
Olhando para a pessoa coletiva privada vamos ver que a sua estrutura orgânica é idêntica
em parte é diferente em parte também. A estrutura organica das associacoes e fundações
expressa no fundo a diferença na base e nos tipos. Porque isso reflecte o diferente tipo de
pessoa coletiva tendo em conta as suas bases uma tem a base patrimonial (fundacoes) e
outra tem a base pessoal. A diferença substancial entre as bases da estrutura orgânica das
associações e fundações está no órgão assembleia geral,
Nem todas as pessoas coletivas são dotadas do orgao denominado Assembleia geral), que é
um órgão de união dos associados.
visita guiada ao CC Art 157, 162 (dizer órgão colegial e conselho é a mesma coisa)
Métodos de sintetização da vontade de um órgão colegial são três os métodos
coletivos:
- conjunção: por definição no caso dos órgãos de composição plural simultânea, exige pelo
menos a concordância de duas vontades para formar a vontade da sociedade isto é se a lei
permitir. A conjunção não supõe a votação. A conjunção por definição exige mais do que
uma vontade.
Portanto exige o mínimo uma votação da moaioria e supõe que todos os membros do órgão
sejam chamados e que tenham a possibilidade de pronunciar-se.
A redação do artigo 162 é deficitária órgão colegial e conslho fiscal são tipo de órgãos
diferentes mas não porque ambos funcionam sob método colegial.
Art 167 e 172 associações, de 185 a 194 encontramos disposições sobre as fundações.
195ss Associações não reconhecidas ( organizações informais) representam uma
realidade social mas não têm personalidade jurídica.
Cfr art 980 as sociedades aqui são regulados como contratos. Discute-se na doutrina
portuguesa se as sociedades civis têm ou não a personalidade jurídica. É um regime tão
amplo que cabem as coisas muito diversas e que a resposta nao pode ser única porque
haverá casos em que a sociedade civil terá personalidade jurídica é também haverá casos
em que não terá personalidade jurídica.
As sociedades civis construídas por escritura publica e por registo têm personalidade jurídica,
este critério foi adoptado com vista a evitar a abitrariedade para a atribuição ou não de
personalidade jurídica das sociedades civis.
todo o direito pode ser visto ou assenta numa estrutura de dualidade em que uma
realidade é pessoa ou é coisa e excluem-se mutuamente. Isto é, tudo que é coisa não pode
ser pessoa e tudo que é pessoa não pode ser coisa.
Distinção entre coisa e bem: Tudo que é jurídicamente relevante e que não encaixa no
esquema da relação jurídica o legislador nos séculos passados o colocava de lado. Por vezes
o legislador utiliza indistintamente a palavra coisa e bem, coisa e um quid... Enquanto que o
bem é aquilo que tem aptidão para a satisfação dos interesses humanos.
Art. 397cc
Por vezes a leictrabalha quanto aos objetos da relação jurídica utilizando a expressão bem e
não coisa.
Explicar o direito civil com base apenas na relação jurídica é limitativa passando desde logo
a mudança de agulha em que a teoria geral não assenta já na base da relação jurídica fica
para a situação jurídica.
A relação jurídica tinha essa estrutura: sujeito, objeto, facto da relação jurídica e as
garantias.
Art 202/2
Ex um lote de terreno no marte ou na lua não é juridicamente uma coisa, tal como um grão
de areia e uma gota de água, estas duas ultimas não deixam de ser objetos na linguagem
comum mas no numero parece tratar-lhes como uma coisa. Os objetos inanimados desde
que produzem utilidades humanas não deixam de ser coisas.
Uma coisa fisicamente inapropriavel não pode ser objeto de relação jurídica porque não
Art 203 não esgota a todos os exemplos que o Codigo civil da sobre a classificação das
coisas. por exemploc Cfr art 1302.
Predio rústico (uma porção limitada de terra) ao não é apenas oterreno vazio é
rústicomesmo que tiver lá algo mas que o em termos de valor seja inferior ao terreno.
Coisas corpóreas são aquelas que se revelam aos sentidos isto é, aquilo que tem corpo
enquanto que as coisas incorporais não, isto é são bens por exemplo intelectuais (criações
da mente humana que produzem utilidades. As coisas incoporias não existem no mundo
físico, e não estao disciplinados no ámbito do direito civil.
Dentrovdas coisas corporais o prof PPV destingue ainda das coisas materiais e coisas
imateriais.
Coisas corporias
As arvores, arbustos também a são na medida em que estiverem ligados ao solo. 204cc
A alínea d) é muito criticada na doutrina porque trata como imóvel nao só o objeto como
também o direito que incide sobre esse objeto.
Fruto em sentido jurídico é aquele que resulta de uma fonte sem que a fonte fique
danificada, isto é continua a ter aptidão para mais produções.
Contrato de mútuo (empréstimo) art 1142. Mas um empréstimo remonerado (enquadra juro)
Dentro das coisas complexas é possível distinguir as coisas compostas e coletivas segundo
PPV
Ex de coisas composta - biblioteca porque ela pode ser transaccionada e tambgem cada um
dos livros pode ser transaccionado unitariamente.
Coisas Fungíveis-
O que esta no fundo a ideia dessa classificação tem que ver com a substituibilidade da
coisa, isto é tudo que é fungível é substituível.
Exemplo batatas
Coisas consumíveis-
Coisas divisíveis -
A lei não utiliza frequentemente a expressão coisa divisível mas sim de bem divisível cfr art
2174
E coisa acessoria Porque é conexa a coisa principal, a coisa acessória é sempre uma coisa
móvel. cfr art 210.
Originariamente a parte integrante e coisa acessória são coisas móveis mas já a parte
integrante por ação humana é ligada materialmente ao prédio imobilizando-a.
Coisas futuras - é aquela que não existe no momento da relação jurídica ou negociação Ou
até pode existir mas que a pessoa não tem o direito sobre ela. Art 203 e 211
Art 893
Nos termos do artigo 211 a diferença que existe entre a coisa presente e coisa futura e que a
coisa presente tem a disponibilidade presente ao passo que a coisa futura não.
Benfeitorias (despesas) - art 216 mais que despesa é considerada uma ação que envolve
despesas para conservar ou melhorar uma coisa.
Benfeitorias necessarias são aquilo se faz com vista a evitar a perda, destruição ou a
deterioração de uma coisa.
Benfeitorias voluptuárias tem que partir da ideia de que não aumenta o valor.
Situações jurídicas
Na parte geral de CC não esta a noção de situação jurídica mas sim a noção de relação
jurídica na base do artigo 67 CC. E é uma nocao estrutural do CC até porque da cadeira da
TGDC era chamada de Teoria geral da relação jurídica.
Uma situação de vida que é juridicamente relevante é uma situação jurídica. Ver art
1591ss
Ex art 1305.
Estado: Conjunto de situações jurídicas que ou entram todas ao mesmo tempo ou saem
todas ao mesmo tempo.
Situação jurídica activa (atribui uma faculdade ou vantagem) e situação jurídica passiva
(desvantagem ou adstrição)
A segunda distinção é a que separa a situação jurídica relativa (aquela que surge num
contexto de relação entre pessoas e apenas neste contexto se consegue explicar) mas
podem surgir tambem no contexto em nao haja relacao entre pessoas e a situação jurídica
absoluta não se constroem no contexto de uma relação por exemplo os direitos reais ligam
a pessoa a coisa e não a outra pessoa.
Não EE verdade que todo o direito civil é explicado no ámbito de uma relação jurídica.
Ex art 879 cc
Art 1305 cc
Relacao juridica: Aquele que teoricamente subjaz a organização da parte geral do CC.
Situações jurídicas ativas conferem faculdades ou vantagens aos seus respetivos titulares.
Mas depois o Jhering entra em polémica com Savigny dizendo que este não podia
considerar o direito subjetivo como um poder de vontade na medida em que existem
pessoas cujo poder de vontade é absolutamente irrelevante como por exemplo incapazes.
Mais tarde surgiram umas posições ditas ecléticas Poder de vontade atribuído pela protecção
de um interesse.
É usual a distinta entre direito subjetivo em sentido estrito que corresponde a noção anterior
avançada pelo professor Menezes cordeiro e o direito potestativo (Potter potestas, poder
paternal)
Ex: o direito de requerer o divórcio lei 6/76 pagina 905 da edição nova do CC.
Poder vs faculdade
26.02.2019
Normalidade dos casos quando o legislador protege o interesse das pessoas fá-lo através da
concessão de direitos subjetivos. A protecção de interesses gerais e obtida não através da
concessão de um direito mas a imposicao de deveres gerais.a técnica da protecção reflexa É
uma tecnica de imposição de dever a algúem que tem por objetivo proteger o interesse de
outra pessoa. Essa técnica e muito comum no ámbito do direito publico porque visa
proteger o interesse geral, ex obrigação de vacinação. Portanto é uma técnica muito comum
ou proprio da direito público, mas no direito privado não é muito frequente.
Facto jurídico complexo de produção sucessiva. É sucessiva Porque não nasceu de imediato
quando os outros factos produziram por respeitou-se uma cadeia.
Qualquer que seja aexpetativa seja ela jurídica ou de facto envolve uma situação de um
conjunto de elementos que vão produzindo ao longo de tempo e que vão se encadeando
uns com os outros.
Art 273 cc
Herdeiros legitimarios Pessoas que tem na herança de outra uma posição reservada e não
poderá ser afastada mesmo pelo futuro de cujus. podeser afastada apenas em casos muto
extremos por exemplo deserdacao (quando tiverem atentado contra a vida do de cujus)
Herdeiros legais são herdeiros que só concorrem na medida em que não haja testamento.
Não existe um critério que claramente distingue a expetativa e o direito subjetivo. Apesar da
imprecisão da doutrina mas acaba-se por identicar isso (expetativa) como algo que não
tenha uma diferença com o direito subjetivo.
Poderes funcionais
Por vezes a lei atribui certas pessoas a faculdade de agir para a protecção dos interesses de
terceiros.
O poder paternal é irrenunciável isto é os pais têm o dever de exercer o poder paternal
porque não estão em completa disponibilidade destes.
Exceções
Em direito substantivo em situação em que está colocada uma pessoa adstrita a um dever,
mas que pode, de forma lícita obstar ao cumprimento deste dever.
Num contexto relacional (397 CC)
Por definição todo o negócio que tenha mais que uma parte é chamado tecnicamente de
contrato.
Um contrato bilateral e a mesma coisa com o negocio sinalagmático porque cria obrigações
corespetivas por ambas as partes e obrigações que são relacionados uma com a outra.
Só se pode usar o termo contrato unilateral No sentido em que não ha obrigações para
ambas as partes.
Fontes das obrigações art 405 ss ler artigos 511 SS modalidades das obrigações.
A sujeição- situação de subordinação inelutável em que se encontra uma pessoa por razão
do exercício de um direito potestativo.
A obrigação esta relacionada com a posição do devedor, isto e o devedor tem uma
obrigação patrimonial que pode resultar do acordo ou vontade das partes, da lei e de um
ato ilícito- responsabilidade extra contratual.
O credor pode interpelar o devedor judicial e extra judicialmente para cumprir a sua
obrigação.
- obrigacao de dar;
Ha factos jurídicos naturais ex frutificação, relâmpago e estes factos não nos interessam para
o nosso Estudo e são os factos para alem da vontade humana e estes factos são factos
jurídicos em sentido estrito.
Para alem disso podemos ver que a factos jurídicos podem ser também factos humanos que
podem ser nao voluntários ex o nascimento, a morte isto é não dependem da vontade
humana.
Factos jurídicos humanos voluntários dependem da vontade humana.
Ex o acto de passear é voluntário mas não tem relevância para o efeito do direito (acto
jurídico em sentido estrito) isso que a doutrina denomina de operações materiais.
É algo que modifica a vida, o critério de facto jurídico é ocda eficácia dos seus efeitos.
Acto jurídico- facto jurídico que se relaciona com a actividade humana sendo praticados por
pessoas jurídicas.
O acto jurídico é um acto cujo agente é uma pessoa humana que o pratica com um
objetivo.
Os factos jurídicos naturais não podem ser qualificados como factos jurídicos ilícitos, por não
são praticados por homens.
07.03.2019
- a vontade
- a declaração
- a causa
Não pode existir o negocio jurídico sem que haja efetivamente a vontade.
A tese Voluntarista ou subjetivista entende que a vontade tem maior relevância na estrutura
do negocio jurídico.
Ao passo que a declarativista ou objetivista que entende que a declaração é que tem maior
relevância.
Esta questão tem levantado problema ao nível da doutrina, na medida em que se entende
que a vontade do autor não se encontra a tradução adequada na sua declaração.
Selecionar os meios adequados para exteriorizar a sua vontade cabe ao autor, em relação ao
autor cabe ao ónus de expressar a sua vontade de modo adequado. Se cabe a ele escolher
os meios adequados e o declaratório por sua vez tem que confiar nos meios que o autor
escolher como sendo adequados para exprimir a sua vontade.
O declaratório também tem ónus no sentido de apurar com todo o cuidado o sentido
subjacente na declaração do autor.
Quanto a interpretação da declaração Isto é qualquer pessoa média naquela situação podia
entender o sentido da declaração.
A declaração negocial como sendo verdadeiro elemento do negocio juridico conta dos
artigos 217 e ss do cc.
-Partes;
- legitimidade;
Para existir negócio jurídico tem que existir partes (uma, duas ou mais partes) ou sujeitos. O
autor da declaração ou declarante e o declaratário.
Negocio unilaterais ex: testamento. A sua eficácia não depende da anuência da outra parte.
Para alem das partes há situações em que podem envolver-se terceiros aos negócios
jurídicos:
Esses terceiros não ocupam a mesma posição, podemos ter Pessoas com interesse direto ou
indirecto no negócio.
Para alem das parte um dos pressupostos são os objetos do negocio art 280.
Para que o negocio seja valido não só as partes, legitimidade mas também os objetos do
negócio têm que ser lícitos e legalmente possível.
12.03.2019
- A condição pode ser: suspensiva o negocio só produz efeito com a verificação do facto
futuro incerto ou resolutiva que produz efeito e deixa de produzir o efeito com a verificação
ou não do facto futuro incerto.
- termo e
- encargo a tarefa atribuída a uma pessoa que lhe impõe a obrigação de fazer em virtude de
um beneficio a que veio a ser contemplado
Art 270 cc
Unilateral- quando tem uma única parte, uma única declaração, o interesse único.
O negocio jurídico unilateral poder ser: negocio recepticia e não recepticia, neste ultima não
é necessário a anuência da outra parte para produzir os seus efeitos, isto é completasse com
a declaração da vontade e não precisa-se levar ao conhecimento de ninguém.
Contratos multilaterais:
Aqui ha encontro de duas ou mais vontades para a celebração só negocio, isto é, há uma
proposta e aceitação.
- sinalagmaticos e
-nao sinalagmatios
Nos contratos não sinalagmaticos: implica sacrifício apenas por uma parte. Ex doação implica
sacrifício apenas ao doador.
- Negócios intervivos: destina-se a produzir efeitos em vida dos seus celebrantes.
Formais- para a sua conclusão a lei exige uma determinada ritual na exteriorização da
vontade.
Ex: o penhor art. 669/1,o comodato 1129, mútuo 1142, depósito 1185 cc
Registo constitutivo: o registo necessário para que certos negócios jurídicos se produzam
como tais. A ipoteca não produz efeitos nem entre as partes enquanto se não mostrar
registada.
Gratuitos- quando uma das partes dele retire tão só vantagens ou sacrifícios.
Ex: a doação.
Negócios jurídicos obrigacionais: são negócios das quais resulte a vinculação das partes ou de
alguma delas a execução da prestação.
Negócios jurídicos reais: são por um lado os que tem efeito de direito real e por outro os
que se materializam com a entrega da coisa que constitui o seu objeto.
Negocio real é o negocio relativo a coisa. Isto pode ter dois sentido, ou constitui modifica, ou
extingui um direito sobre coisa. (Negocio real quode afectum).
Negocio real quode efectum Aquele que é real quanto aos efeitos.
Negocio Juridico real quode constitucionen Aquele que é real quanto a constituição ou seja
é aquele contrato que se não fecham sem que ocorra a entrega da coisa, ex: mutuo 1142,
1145, o penhor 669/1, o comodato 1129.
Negócio jurídico familiar: Aqueles que têm por conteúdo a constituição, modificação,
extinção das situações das relações jurídicas familiares.
Negócios jurídicos sucessorios Aqueles que tem por conteúdo a constituição, modificação e
extinção de situações e relacoes jurídicas sucessórias e cuja eficácia se desenvolve no
ámbito da instituição da sucessão por morte. Ex: o testamento, aceitação, o repúdio, a
alienação da herança e os pactos ou contratos sucessórios. Eles só podem surgir numa
convenção ante-nupcial em que a lei permite a regulação de certos aspectos sucessórios
1799 cc
Escambo ou troca corresponde a um modelo que está no Codigo comercial mas não é um
modelo legal no âmbito do Codigo civil.
Tipo social: em termos sociais por vezes envolve-se modelos que se praticam na sociedade,
um modelo social pode corresponder ou não à um modelo legal. Ex contrato de compra e
venda, contrato de arrendamento.
Ha situacoes em que o legislador introduz um novo modelo ou tipo de negocio sem que
tenha partido duma pratrica social, foi o que aconteceu na Alemanha Em 1892 em que o
legislador alemão adotou o modelo do negocio da sociedade por quotas.
É possível que as partes celebrem negócios que não correspondem à um modelo legal
desde que corresponde as suas necessidades contratuais. Art 405 cc.
Ha situações em que a liberdade das partes tem que confinar-se a um determinado modelo
e não outros. Principio da tipicidade em direitos reais, também no direito da família vigora o
principio da tipicidade quanto as relações jurídicas familiares em que as partes não tem a
faculdades de criar outros modelos das relações jurídicas familiares.
Mas quanto as obrigações as partes podem celebrar negocio mesmo que estes não estejam
legalmente previstos.
“Contrato Leasing"
- Negocios nominados (deriva do latim nomen que significa nome ou designação
identificadora) e negócios inominados é o que não tem um nome ou designação legal
própria.
Podemos ter um negocio nominado mas atípico ex art 1118 mas outra parte da doutrina
entende que o negocio trespasse e um negocio nominado mas tipíco apesar de ter um
regime muito pequeno, art 1118/3.
Fiança comercial art 101 Codigo comercial: todo o fiador de obrigação mercantil ainda que
não seja comerciante será fiançado com o respetivo comerciante. Tem um nome mas não
tem um regime próprio, isto é, a fiança comercial é um negócio nominado mas atípico.
Negócio inominado Corresponde à uma prática social licita a luz do artigo 405 cc mas que
o legislador não conhece ou não dá nome. Estes tipos de negócios são mais frequentes no
direito comercial.
Negócios gratuitos: os negócios que não assentam em sistemas de contrapartidas são ditos
negócios gratuitos.
Comodato 1129 CC também pode ser um negócio oneroso ou gratuito (o objeto é de coisas
infungíveis)
1142 mútuo é tendencialmente um contrato oneroso (objeto tem que ser dinheiro ou uma
coisa fungível).
1145 cc
Artigo 237 cc
Formação do negócio
Actos jurídicos:
Um exemplo clássico daquilo que tecnicamente se usa nos direitos reais o chamado a
ocupação: é uma causa específica de aquisição de direito de propriedade sobre bens que
não têm dono e que na linguagem herdada do direito romano se chama de rés nullius
(coisa de ninguém) que é um bem jurídico que pode ser qualificada como uma coisa mas
que não tem dono.
Ocupação em sentido muito amplo é a opussamento sobre a coisa que não tem dono.
A ocupação não é um ato declarativo mas produz efeitos de direito. Ex constituição e direito
de propriedade sobre uma coisa né naoctem dono. Imaginemos um exemplo de animais
selvagens: podem ser ocupados em sentido jurídico.
Ex: fazer uma festa na cabeça de alguém, isto nem se quer é um ato jurídico porque não
produz efeitos jurídicos.
Dentro dos atos jurídicos faz-se distinção entre declarações de vontade e declarações
de ciência
Declaração de ciência não tem nada a ver com o pensamento científico, a declaração de
ciência é uma afirmação sobre a verdade ou a falcidade de um facto.
Posto isto, agora o que nos interessa são os actos declarativos ou declaração.
Obs: em várias áreas percebe-se que o código sofreu os efeitos do tempo, isto é,
envelheceu ou seja quando olhamos para o código detectamos que algumas realidades já
foram ultrapassadas.
No negócio jurídico a lei olha para o contrato como sendo resultado de um processo que
assenta em declarações.
Não obstante a realidade da vida ter provado que na atualidade a conclusão da celebração
de um contrato pode resultar de um processo muito diferente daquele que a lei teve em
conta na década de sessenta.
Ex: o modelo que nós temos aqui da formação de um contrato é o modelo que assenta na
conjugação de duas declarações: proposta e aceitação.
- contrato
- proposta
- aceitação
Contratação em auto serviço - ex: o próprio cliente é que realiza todas as operações-
comprar combustível num posto de venda de combustível em que não há ninguém a
vender combustível... O cliente é que introduz combustível com as suas próprias mãos.
Contratação eletrónica ou através da internet, loja virtual por exemplo. tem um regime
específico (exemplo o da união europeia).
O negócio jurídico é uma coisa inexistente no mundo real, não há nada na realidade que
seja designações negócio jurídico.
Juridicamente existem negócios que correspondem várias vezes à tipos legais: existem
negócios de mútuo, existem negócios de compra e venda etc...
Também existem negócios inominados ou seja negócios que não têm nome para efeitos de
direito.
O que é que há de comum entre contrato e negócio unilateral? Seja o negócio unilateral,
seja o negócio bilateral ou contrato para que ele se chegue a formar tem que haver sempre
declaração. O elemento comum a todos os tipos negociais que se possam conceber é a
declaração, não há negócio sem declaração.
Análise do artigo 225 cc: os alunos tendem a confundir-se da situação que está em
causa, ou seja tendem a pensar que isso se trata de uma proposta destinada à uma pessoa
indeterminada mas que de facto não é o caso.
Declarações de vontade
-Requisitos:
Sempre que não exista uma completa ou pura adesão a proposta, de acordo com o artigo
233 cc equivale a rejeição.
Quando se fala de proposta de aceitação ou rejeição tem que ver com a declaração.
Teoria Da Declaração
Tácita é aquela que assenta num comportamento ao qual pode-se deduzir um significado.
Uma declaração escrita pode conter elementos expressos como tácitos. Isto é, Nem tudo
que é escrito é expresso.
Art 224 (perfeição ds declarações negocial) quando a declaração produz os seus efeitos
Não recipienda ou não receptícia aquilo que não tem um destinatário determinado. Teoria
de recepção
REQUISITOS DA DECLARAÇÃO
Completa (do ponto de vista do tipo e dos requisitos sem o qual a outra parte não
aceitaria a proposta)
Séria/definitiva
Séria/ definitiva
Quando uma declaração da uma possibilidade não é uma proposta mas sim convite a
contratar.
Quando se fala na completude pensa-se de que a proposta tem que reunir os requisitos
mínimos que encaixe no modelo do contrato (típico) e também quando contém todos os
elementos sem os quais as partes não o quereriam celebrar.
Simples - que não conta bem o mas ou seja nao condicionar mas que adere inteiramente a
proposta.
26.03.2019
PROPOSTA NEGOCIAL
Proposta: Declaração negocial que cumpre os requisitos de uma proposta negocial. O que
significa que se eu pretendo produzir uma proposta negocial, faltando apenas um dos
requisitos já não vale como uma proposta negocial porque os requisitos são
comulativamente.
Exemplo clássico: A fórmula uma proposta à B e B diz eu aceito mas...quer dizer na cabeça
dele ele está a aceitar como modificação mas isto juridicamente não é uma aceitação
porque a aceitação tem que ser uma adesão completa à proposta, só isto é aceitação nos
termos da lei. Qualquer modificação à proposta vale como rejeição.
Obs: quando a pessoa diz aceito mas, isso juridicamente não é uma aceitação.
A partir do momento em que haver uma adesão completa à proposta, o negócio se forma
Quando é formulada uma declaração negocial que cumpre os requisitos de uma proposta, a
questão subsequente que se coloca é, a partir de que momento é que a pessoa está
vinculada à sua proposta. Se alguém faz uma proposta tem que haver um período razoalvel
de duração da proposta para que o outro possa se assim quiser deduzir uma aceitação.
Uma questão aqui que em primeiro lugar está em causa e que é respondido pelo artigo 224
cc é, Se eu formular uma declaração que vale como proposta ou como aceitação, quando
é que essa declaração é eficaz, em que circunstâncias é que essa declaração me vincula e
se torna irrevogável? Problema esse colocado no âmbito do artigo 224 cc
Um outro problema próximo mas diferente é: durante quanto tempo? É assim, a lei também
não pode permitir que a pessoa faça uma proposta e fique eternamente vinculada sujeita a
aceitação do outro, tem que dizer um prazo mais ou menos vasto que ultrapassado esse
prazo permita o proponente se libertar caso o destinatário não responder porque a lei não
permite uma vinculação perpétua.
Se uma pessoa cumpre requisitos exigidos por uma proposta em que circunstâncias que essa
declaração lhe vincula? Ou a apartir de que momento a declaração negocial é eficaz? R: Cfr
artigo 224 e 228
Se A fazer uma Declaração e que vale como proposta à B a partir de que momento é que A
é vinculado à sua proposta? Cfr art 224 cc
Proposta VS aceitação
Se uma proposta inicial não ter chegado aos poderes do destinatário o proponente ainda
pode revogá-la porque ainda não há nenhuma expetativa que lhe tenha sido criada de vir a
celebrar aquele negócio, portanto se ele não tem expetativa não faz sentido proteger o que
ele não tem. Caso diferente é: em princípio se ela chegar aos poderes do destinatário ela se
torna irrevogável (porque a lei pretende proteger a legítima expetativa criada por ele) salvo
se houver uma reserva à revogação.
A apartir de audiometria o proponente está vinculado a sua proposta ou seja a partir de que
momento a declaração negocial é eficaz? Problema do artigo 224 cc.
Atenção !! O artigo 224 tanto se aplica à proposta como também à declaração. Nos termos
do artigo 224 chegar ao poder de, basicamente é estar em condições de ser conhecida
tendo um sim ou não. Importa dizer que esta matéria é difícil de lecionar na Guiné-bissau
porque requer uma certa realidade sociológica. Uma coisa pode chegar ao poder do seu
destinatário sem que dele é conhecido e também pode ser conhecido pelo seu destinatário
ainda que não tenha chegado ao seu poder.
Um outro problema é: depois da declaração se tornar eficaz até que momento a declaração
vincula ao proponente?
Qualquer declaração para valer como proposta tem que ter um destinatário determinado art
224/1 cc
As declarações recipienda são as que têm destinatários determinados ao passo que as não
recipienda são as que não têm destinatários determinados.
- teoria da emissão e
- teoria da recepção.
Em termos muito amplo podemos dizer que a lei adota as duas teorias:
Em relação às declarações recepticias a lei adota a teoria da receção ao passo que em
relação às declarações não recipiendas a lei adota a teoria da emissão.
Se o proponente não querer estar sujeita a incerteza o mais que podia fazer é marcar o
prazo da sua vinculação à proposta.
Lei processual portuguesa Para o professor Menezes Cordeiro Esquemas de 3 dias úteis as
notificações do tribunal aos advogados
Mas o professor PPV nega isto porque entende que esta solução é uma solução de
ambiguidade porque no caso dos gabinetes dos advogados tem lá pessoas em período
normal de expediente para receberem as correspondências diferente da situação das em
suas próprias casas por exemplo, em que nao se encontram por vezes naqueles períodos.
NB: O artigo 228/1 alinea c não prevê a proposta verbal entre pessoas presentes Se a
conversa acabou e o destinatário não aceitou no decorrer da conversa ao final da conversa a
proposta caduca isto é presume-se que o proponente espera-se por uma resposta imediata.
Proposta verbal entre presentes.
Isto é se a proposta for recebida pelo proponente fora de prazo mas ele acredita que ela foi
enviada dentro do prazo.
ANÁLISE DO ARTIGO 229 CC: aqui temos 3 situações - 1ª a resposta é emitida dentro do
prazo e recebida dentro do prazo, a lei não se preocupa com isso e o contrato se celebra;
3ª situação - na zona intermédia temos a proposta emitida dentro do prazo mas recebida
fora do prazo é disto que fundamentalmente o artigo 229 se preocupa isto é, em todos os
casos em que o proponente tenha motivos pra acreditar apesar dele ter recebido fora do
prazo mas emitida dentro do prazo ele é obrigado a informar o outro para o caso dele não
querer o contrato apesar dele ainda poder aceitar o contrato mesmo que tenha recebido a
proposta fora do prazo. Mas esta solução só é viável se a proposta tenha sido enviado
dentro do prazo porque se pelo contrário a proposta for enviada fora do prazo o contrato
não se concluiu.
Desde que a declaração coloque uma possibilidade mas ou talvez vale apenas como uma
declaração e não como uma proposta negocial porque falta-lhe um requisito que é a
seriedade.
Em relação aos contratos típicos por exemplo para a celebração de contrato de compra e
venda No minimo segundo o artigo 879 cc tem que se indicar qual é a coisa que quer
vender e qual é o preço.
Art 218 cc
Oferta ao público aparece fogasmente mencionada no artigo 230/2
Declaração É uma designação ver conteúdo genérico que tanto pode encaixar a proposta ,
aceitação, revogação, contra proposta.
São todos aqueles atos que possam ser praticados com vista s celebração de um contrato. E
que por definição não podem ser conduzidos a proposta é aceitação.
Entre estes atos preparatórios podemos distinguir atos puramente material e um ato jurídico.
O que é um ato material: ex fazer as fotocópias necessárias para as pessoas que estão
negociar. São no fundo
Art 410 cc
O contrato promessa pode ser de qualquer outro tipo de contrato. Ex contrato promessa de
trabalho, contrato promessa de compra e venda, contrato promessa de arrendamento.
Forma verbal
Forma escrita
- simples ou particular
Verbal
Forma especial são todas as outras, isto é, escrito particular e a escritura pública. Toda a
forma externa que a lei exigir para a validade do negócio.
Cfr 1143
Forma externa
- ad probationem/ prova
Art 364 cc
Distinção entre forma e formalidade
Formalidade: Factos ou atos que a lei exige ou para a validade do negócio ou apenas
para a eficácia.
Quando a lei exige que o facto seja provado mediante a apresentação da certidão de
registo Só pode ser provado mediante a apresentação de certidão de registo.
Resolução do caso nº 6
Art 218 cc
Portanto nao se conclui nenhum contrato entre A é B porque não houve aceitação e nem o
silêncio de A equivale a aceitação.
228/1/c) - 02.09.2017
Obs o problema do artigo 228 é de saber até quando o proponente finca vinculado a
proposta.
Falta o caso da proposta verbal entre presentes daí a doutrina define a solução da
proposta verbal feita entre presentes e sem determinação do prazo presume-se que
espera a resposta imediata. A menos que o proponente fixe o prazo.
Esta ideia temcuma conexão com as coisas da relação jurídica mas não se esgota aí.
Por objeto de negócio pode coincidir com o objeto na linguagem ou sentido comum mas
não necessariamente.
O negócio jurídico unilateral de perfilhação temos aqui um objeto negocial mas que não é
objeto em sentido comum.
O conteúdo é a regulação de interesses que as partes obtêm com a celebração de um
negócio.
Esta comparação é importante porque o legislador determina que é nulo um negócio cujo
objeto é contrário a lei.
Art 280 cc
Exemplos:
Dou-te uma das minhas jóias à tua escolha o objeto não está determinado mas a luz do
negócio há um critério que permite determinar o objeto.
Há casos em que é a própria lei a determinar que certas coisas se têm como não escritas.
Cláusulas negociais assessorias porque se não constarem no negócio não faz a falta.
Ha certas cláusulas negocias assessorias que tem o nome de típicas e o legislador decidiu
criar um regime especial para elas neste caso concreto refere-se clausula de condição e o
termo. Art 270 ss
Artigo 119 ex é uma formulação linguística condicional, tem um se...isto é, para o caso de
acontecer. Portanto não é uma condição em sentido técnico por não está no âmbito de
uma cláusula negocial.
- vício de vontade
- vícios de declaração
Ubi cómodo, Ibi incómoda ( quem aproveita as vantagens deve sujeitar-se as desvantagens).
Como se refere também em Direito comercial lucro sem Assunção de risco é parasitismo.
A vontade de celebrar o negócio tem que ser de alguma maneira exteriorizada, tem que sair
da cabeça de quem a formou caso contrário não há negócio, só pode haver negócio na
presença da exteriorização dessa vontade através da declaração. Também não pode haver
negócio sem que haja a declaração. Não há nada em termos reais que corresponde
adscrição negócio jurídico é um conceito que pretende acolher tudo que é comum aos
diversos tipos de negócios.
O único elemento comum a todos os negócios jurídicos é a declaração. Por isso que este é
um elemento central. O que significa que no plano do negócio esses dois elementos são
essenciais isto é, a vontade e a declaração. Se num determinado momento não houver
declaração, não há negócio.
Haverá casos em que não chegue a afirmar-se a vontade de celebrar negócios juridicos ...
Isso significa que de alguma maneira há aqui um problema, mas se nao chega a tornar-se
uma vontade de celebrar o negócio isto em princípio para o Direito seria um não problema
isto é, se nao ha vontade nao há negócio. Há casos em que apesar de não haver vontade
mas há aparência de vontade.
Aqui vamos estudar 3 grupos de casos:
Vicios de vontade: Há casos em que a vontade existe mas está deficientemente formada. Ex
vontade que é formada sem liberdade,
Daí o legislador pergunta! Qual é a conseqencia juridica de um negócio jurídico cuja vontade
é deficientemente formada?
Vicios de vontade:
Coação moral
Erro-vicio
Ex: se não assinares o contrato dou-te um tiro e ele com medo de ser baleado assinou o
contrato perguntar-se-á se ele tinha a vontade de celebrar o negócio? R: tinha, porque a
consequência de não celebrar o negócio era levar um tiro mas essa vontade foi obtida por
coação foi estorquida por uma ameaça que lhe causou medo portanto não foi uma vontade
formada com a liberdade portanto foi formada com coação.
Há casos em que a vontade é formada com elementos que não têm correspondência com a
realidade são os casos ditos em erro.
A lei exige que a vontade seja formada com liberdade e com esclarecimento.
Pode acontecer que a vontade até esteja bem formada (isto é foi formada com liberdade e
com esclarecimento) e todavia foi mal declarada, no sentido de que não correspondendo
com a vontade formada estes são os casos de erro na declaração. O erro na declaração
toma o nome de erro-obstáculo para distinguir do erro-vício.
1. FALTA DE VONTADE:
Discussão doutrinária sobre esta matéria: o professor Menezes Cordeiro entende que
o sistema não comporta o vício de inexistência portanto a inexistência segundo ele
não passa de uma nulidade agravada é isso vai contra a doutrina tradicional que
quando encontra estas fórmulas não produz quaisquer efeitos ou considera-se não
escrita no caso de cláusulas isto é o significativo do vício inexistência jurídica. A
diferença está em que a inexistência jurídica nem precisa sequer ser declarada por
um tribunal para se reconhecer que de facto ela existe ela pode ser invocada por
qualquer órgão, qualquer pessoa a qualquer momento ainda que nenhum tribunal a
tenha verificado. Ao contrário da nulidade e da anulação.
Como é que pode ser emitida uma declaração negocial pela força física?
Como é que alguém pode emitir uma declaração sem se aperceber que está a fazê-la?
Declaração não séria 245 é uma formulação normalmente verbal que é feita à outra
pessoa na convicção de que a outra pessoa sabe que aquela declaração não é séria
e que não se quer celebrar nenhum negócio. Ex representações teatrais e o ensino.
Em latim esses exemplos são chamados de declaracões jocandi causa (na
brincadeira), essas declarações em princípio nao produzem quaisquer efeitos
juridicos. A declaração não séria é sempre inexistente. Na declaração não séria
praticamente só se protege o interesse do declarante.
Coação física 246 Significa que a pessoa que exterioriza a vontade foi impelido
fisicamente duma forma que ela não conseguiu resistir de forma a criar a aparência
de vontade. Ex clássico: pegar a pessoa a mão obrigando-a a assinar a força. Um
outro exemplo que podemos dar apesar de ser pouco credível tem que ver com
casamento de uma pessoa muda...tem que ter um tratamento diferente porque não
pode verbalizar fisicamente e a sua declaração de aceitação tem que ser expressa de
outra maneira, portanto admitindo os gestos.
Este é um caso de força de vontade porque há digamos assim uma espécie de força
mecânica que força a declaração sem que a pessoa sequer tenha a vontade de declarar que
é diferente do caso da coação moral.
Coação moral é um caso de vício da vontade, aqui a pessoa formou a vontade de declarar
mas formou essa vontade porque foi ameaçada.
Portanto na coação física é um caso de falta de vontade com o uso da força mecânica que
obriga a pessoa aquela aparência de declaração.
Na coação moral há vontade de declarar por causa de ameaça, vontade viciada por falta de
liberdade ou medo.
Coação física: Não chega a haver o vício da vontade por não chegar de haver se quer a
vontade.
Neste caso se se perguntar se o negócio é anulável a resposta certa não é sim ou não mas
sim depende. Art 257 cc.
2. VICIOS DA VONTADE:
Artigo 256 - a coação pode não ter origem necessária no declaratário. Ex: faço mal ao teu
filho se não ofereceres bicicleta à minha namorada e ele vai e oferece bicicleta à minha
namorada. O negócio de doação é entre ele e a minha namorada mas fui eu quem
ameaçou. Onnegocio é anulável ainda que o próprio ameaçador não seja parte no negócio.
neste caso provenha de um terceiro é necessário que seja grave o mal e justificado o receio
da sua consumação portanto não pode ser qualquer ameaçazinha.
09.05.2019
Regime geral art 285 aplica-se sempre que a lei não faz desvios.
Na nulidade qualquer pessoa pode invocar a anulação, sem prazo, e o tribunal pode anular
oficiosamente enquanto que na anulabilidade so podem invocar a anulabilidade as pessoas
em cujo interesse a lei a estabelece, o tribunal nao pode anular oficiosamente, pode ser
anulado no prazo de um ano.
10.05.2019
Vício da vontade
Coação moral
Erro-vício (ou erro sobre os motivos) só no erro-vício é que existe a falta de
representação da realidade: Ex: A doa à X uma casa no convencimento de que é seu
filho mas veio a descobrir depois que afinal não é seu filho e pretende desfazer o
negócio...ou seja A só quis doar à casa a X se ele for seu filho.
Vicios da declaração;
Intencional
Quando um declarante emite a declaração com erro isto é, o declarado não corresponde
com a sua vontade real.
Em relação ao declaratário pode ter sido criado uma expetativa perfeitamente legítima,
razoável de que o declarante queria o negócio nos termos em que ele declarou. Se a
pergunta é, é sempre anulável? A resposta é depende: não é sempre anulável porque
haverá casos em que não o é. Não permitir a anulação do negócio no fundo é proteger o
interesse do declaratário.
É anulável sendo que do outro lado em relação ao declaratário este soubesse ou não
devesse ignorar isto tendo em conta as circunstâncias a pessoa não podia deixar-se de
aperceber isso isto é, qualquer pessoa de normal diligência se teria percebido daquele erro.
Haverá casos em que o erro na declaração a outra parte se apercebeu desse erro por dois
motivos: ou porque sabia que não era aquilo que o declarante queria ou mesmo não
sabendo em concreto, as circunstâncias do caso são de tal modo a levar o declaratário a
chegar a conclusão que não era aquilo que o declarante queria.
Os dois erros em parte o regime deles é comum. Cfr art 247 cc (erro obstáculo) e depois a
lei regula o erro-vício dizendo que a este se aplica ocmesmo regime aplico em relação ao
erro obstáculo.
Outra parte se aperceber desse erro porque sabia do caso ou mesmo não sabendo mas as
circunstâncias do caso permite pensar que não erra aquilo que o declarante quis declarar.
Particularizações do erro na declaração art 248 cc, art 249 (esta é uma norma muito
complicada) a que a doutrina chama de erro mecânico. É um simples erro de cálculo ou de
escrita mas para que se possa aplicar esse regime a declaração tem que conter elementos
que permita ao declaratário aperceber -se daquele erro.
Erro vício artigos 251 (quando o erro encide sobre objeto ou a pessoa do declaratório) e 252
(erro que encide sobre a generalidade dos motivos) este regime é mais exigente que o
regime do artigo 251 porque atribui maior proteção ao declaratório.
Para que o negocio seja anulável nos termos do artigo 251 (sistema de maior proteção ao
declarante) é necessário que existe o erro sobre o motivo objeto docnegocio ou erro sobre
o motivo da pessoa do declaratório e é preciso que se verifique as condições previstas no
artigo 247 cc isto é preciso que o erro incida sobre um elemento essencial do negócio não
um elemento indiferente ou acessório.
Erro-vício:
Vontade esclarecida é aquela que nao padece de erro vício ou falsa representação da
realidade.
A vontade poderá ser bem formada mas pode ser mal declarada ou seja de acordo com a
vontade real.
Em linguagem comum a simulação num sentido geral significa fingimento oucseja agir de
uma forma que não corresponde a realidade mas é um agir intencional.
-É preciso que as partes assim atuem motivada com a intenção de enganar terceiros. É
necessário que esta necessidade seja comum entre ambas as partes.
-Tem que haver um acordo entre ambas as partes (a que alguns autores chamam de pacto
simulatorio) a que a doutrina chama de acordo simulatorio;
Negócio simulado art 240 todo o negócio simulado visa enganar terceiros segundo o artigo
240- se não há objetivo de enganar terceiros não há simulação.
Negócio dissimulado 241 ( dissumular no fundo significa esconder ou seja aquele que as
partes escondem e que realmante quiseram celebrar). simular na linguagem comum significa
fingir.
SIMULAÇÃO RELATIVA - as partes não quiseram negócio que declararam (ou exibem) mas
quiseram outro que esconderam. (Isto é, sob a capa no negócio simulado existe um outro
negócio diz-se simulação relativa). Ex art 877 cc venda à filhos ou netos.
SIMULAÇÃO ABSOLUTA - não querem celebrar negócio nenhum. isto é, não há negócio
dissimulado. Ex: parquear bens na esfera jurídica de outro para que não seja atingido por
credores criando uma aparência de transferência de titularidade.
Mas se não querem celebrar negócio nenhum porque razão fizeram simulação?
SIMULAÇÃO OBJETIVA : é aquela que tem que ver com o tipo ou com o conteúdo do
negócio. Ex pretendo celebrar um contrato de compra e venda mas disfarço de doação. Ou
seja a intenção real é celebrar o negócio de um certo tipo mas declara o negócio de um
outro tipo.
Ex: Simulação do preço na compra e venda com vista a fugir dos impostos enganando o
Estado.
SIMULAÇÃO SUBJETIVA : simulação relativa aos sujeitos do negócio. Surge como parte do
negócio uma pessoa com o objetivo de violar a lei criando assim uma aparência de
conformidade à lei. Ex 877 cc
Simulação:
- INOCENTE significa que embora tem o objetivo de enganar terceiros mas não se quis
prejudicá-los ou seja não visa causar prejuízos aos terceiros.
17.05.2019
Artigo 241/1 a nulidade do negócio simulado fica limitado ou estancado dentro do negócio
simulado isto é, não se estende ao negócio escondido (dissimulado) porque este negócio
em princípio não é atingido pela invalidade do negócio simulado. Portanto ele pode ser nulo
ou inválido por qualquer outra razão mas não esta, por exemplo por falta de capacidade ou
legitimidade...
Como conclusão podemos olhar para o artigo 241/1 e dizer que o negócio dissimulado é
válido isto quer dizer que ele não é inválido por ser dissimulado pode ser inválido por
qualquer outro motivo mas por ser dissimulado nao é causa de invalidade.
NEGÓCIOS FORMAIS
Negócios aos quais a lei exige uma forma especial. No que respeita aos negócios não formais
ou consensuais isto é, aqueles que a lei não exige nenhuma forma especial - regra do artigo
219 cc.
141/2 se a lei exigir uma forma especial para o negócio escondido a sua validade depende
de ter sido observada essa forma especial artigo 219 e 220
Esta norma de facto é ambígua por ser ambígua gerou de facto várias interpretações
Uma primeira pergunta que a doutrina se colocou aos 66 é: qual é a da razão de ser da
exigência de forma. Isto é, a lei exige uma certa forma para a validade do negócio, então
para aplicarmos bem a norma teremos de perguntar qual é a razão da lei exigir determinada
forma para aquele negócio.
Há uma posição doutrinária que no no fundo mata a própria norma. Diz o seguinte: quando
alei exige uma forma especial para a declaração negocial obviamente a declaração negocial
tem de seguir aquela forma em especial exigida por lei.
Numa interpretação extrema do nº 2 do artigo 241 entende a norma nesses termos: sempre
que a declaração negocial deva obedecer alguma forma especial o negocio dissimulado só e
válido se a declaração obedecer essa forma especial. E agora a questão é! Que declaração?
Numa visão extrema muito pesada desta norma é a declaração relativa ao negócio
dissimulado. Isto é dizer que qualquer negócio dissimulado o qual a lei exija alguma forma
especial é sempre nulo.
No fundo o que esta doutrina sustente é que na realidade o negócio só seria válido se não
houvesse dissimulação mas isso nunca vai acontecer porque o objetivo é esconder. Portanto
isto é matar completamente a regra ou seja a regra em caso algum terá aplicação. Porque
não poderá salvar o negócio dissimulado que se pretende. Num outro extremo está aquela
que o Prof. João Espírito santo considera de boa interpretação Isto é:
Se o negócio dissimulado tiver observado a forma exigida para o negócio simulado então o
negócio dissimulado aproveita a forma do negócio simulado isto permite salvar a norma e
ter um conteúdo útil para ela Enquanto que a outra interpretação mata coompletamente a
regra.
Cfr art 244 cc na reserva mental um dos declarantes emite uma declaração que nao
corresponde a sua vontade real com o objetivo de enganar o outro. Ou cads um deles
temco objetivo de enganar o outro neste caso diz-se reserva mental bilateral.
O negocio que e celebrado entre duas partes em que uma esta a tentat enganar o outro em
princípio não afeta a validade do negócio.
Também nesta figura mental há uma aproximação em relação a declaração não séria.
Negócio usurário
art 282
283 cc
A usura enquanto vício é reconhecida na atualidade como um vício misto: vicio de vontade
é vício de conteúdo.
Quando o abusado requer a anulação do abusador pode travar esse resultado se se oferecer
modificar o negócio nos termos mais adequados.
Resolução
Desvalores do negócio
Artigo 289/3 cc
Terceiro são aqueles a favor de que se deu a constituição ou aquisição de algum direito
fundado num negócio inválido e que é afetado pela distribuição retroativa dos seus efeitos.
Art 291
e) - a propositura e registo da ação sobre invalidade verificar-se para além de três anos após
a conclusão de negócio;
f)- ser o registo da aquisição anterior ao da ação ou acordo sobre a invalidade do negócio.
- validação;
- confirmação;
- caducidade.
REPRESENTAÇÃO 258 ss
Representação em sentido técnico juridico: corresponde a .... pelo qual permite que a
atuação de uma pessoa jurídica produzir efeitos jurídicos
Até ao século 19 as duas coisas eram apenas a mesma coisa ou mesmo instituto em França.
Representação implica sempre a atuação em nome alheio. A invocação do nome diz -se em
latim contemplatio dominii.
No negócio jurídico mandato pode haver representação ou não haver representação. Implica
obrigações e direitos recíprocos.
Procuração é um. Negócio jurídico unilateral, significa que aquele a quem se confere a
procuração para atuar sobre a minha esfera jurídica ...
O mandato é representação foi separa pela tradição francesa a partir do século 19.
Falsus procurator =falso procurador, procuração confira para uma coisa e o procurador faz
outra coisa fora do poder de representação.
Ex: A conferiu uma procuração a B para lhe comprar um veículo automóvel mas este foi
comprar um tanque de guerra. Art 269.
A confirmação;
Convalidação;
Prescrição ou caducidade
A confirmação também e chamada de ratificação significa provar um negócio que ja tinha
sido celebrado
Prescrição ou caducidade
O titular do direito tem o Direito de exercer o seu direito dentro de um certo prazo se não o
exercer dentro deste prazo, o seu direito caduca.
Tem a ver com o princípio de aproveitamento de negócio juridicos inválidos. Art 292 admite
a redução em relação aos negócios parcialmente inválidos. Resolve o problema da
divisibilidade do negócio jurídico que já vinha da tradição alemã, permite aproveitar a parte
válida em detrimento da inválida com base na cláusula do possível.
Se for provado que as partes tinham percebido da invalidade do negócio não o teriam
celebrado, todo o negócio seria inválido.
Art 292 havendo dúvida sobre a vontade conjectural das partes a doutrina entende que
opera a redução do negócio.
CONVERSÃO 293 CC
Significa que um contrato nulo pode produzir efeitos de um outro contrato - regra geral. É
esse fenômeno chamado e conversão.
-requisitos objetivos;
- requisitos subjetivos
Requisitos objetivos significa que um negócio nulo tem que ter elementos substanciais e
elementos formais de um outro negócio.
Nao há vício em relação a substância mas sim em relação a forma. Art 410 cc
O juiz coloca -se na posição das partes e pergunta se as partes tivessem percebido da parte
viciada eles quereriam do mesmo negócio? Se sim é possivel operar a conversão do negócio
caso contrário não é possível.
A ineficácia tem a ver com o estatus exterior que não permite a produção dos seus efeitos
Ex: negócio celebrado sob a condição suspensiva é válido mas ineficaz porque os seus
efeitos dependem na verificação do facto futuro incerto.
Eu posso autorizar o terceiro a produzir um ou mais efeitos jurídicos na minha esfera jurídica
desde que eu autorize.
Seja ela qual for a sua fonte implica sempre a constituição de uma relação
Mandato 1157 quando se refere ao mandato a lei refere o contrato. Praticar um ou mais
atos jurídicos por conta ou interesse de...
Mota Pinto o negócio simulado é nulo porque foi simulado é o negócio dissimulado é nulo
também preterição da forma legal
Castro Mendes é muito mais maleável sobre esta questao, fez a divisão de dois tipos de
formalidades:
Se for por escrito particular não beneficia da forma de negócio simulado e as partes violarem
o escrito particular o negócio dissimulado é nulo.
Para o PPV o negócio dissimulado tem que beneficiar sempre da forma do negócio simulado.
Caso de incumprimento e uma parte provar no tribunal que de facto houve um negócio
dissimulado A sentença é que dá força ao negócio dissimulado.
Vícios de vontade : coação moral e erro-vício este por desdobrar-se em erro-vício simples
(251 e 252) e erro-vício dolo 253
Requisitos ou pressupostos:
Condição, requisitos: são três: facto futuro, este facto futuro tem que ser incerto e as
condições têm que ser convencionadas.
Obs: cláusulas incaucionaveis não negócios que não podem ser sujeitos a condições. Art
1618
Termo: requisitos: facto futuro, este facto futuro tem que ser certo, e as cláusulas têm que
ser convencionadas,..
E termo final é igual a condição resolutiva: no termo não se fala em pendência mas sim fala-
se em prazo nos termos do artigo 272 e 273
Obrigações que uma pessoa faz à outra pessoa mediante um negócio gratuito sujeitando-lhe
a uma obrigação.
Convalescença redução e conversao
Requisito subjetivo: ver se as partes estão interessados a conversão ou não e esse interesse
tem que estar em conformidades às regras de boa fé.