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ASPECTOS HISTÓRICOS DA LEI MARIA DA PENHA

É de conhecimento Global que as mulheres em todo território mundial veem


sofrendo violência, física, moral, psicológica, e ocorrência nos mais diversos ambientes.
Resultados de pesquisas apontam que há pelo menos 2500 anos, alicerçou-se a construção
ideológica da superioridade do homem em detrimento da mulher, e consequentemente a sua
subordinação ao mesmo.
Nas civilizações Gregas, a mulher era vista como uma criatura subumana,
inferior ao homem. Era menosprezada moral e socialmente, e não tinha direito algum.
Na Alexandria romanizada no Século I d.C, Filón, filósofo helenista lançou as raízes
ideológicas para a subordinação das mulheres no mundo ocidental. Ele uniu a filosofia de
Platão, que apontava a mulher como tendo alma inferior e menos racionalidade, ao dogma
teológico hebraico, que mostra a mulher como insensata e causadora de todo o mal, além de
ter sido criada a partir do homem.
Na Idade Média a mulher desempenhava o papel de mãe e esposa, sua função
principal era de obedecer ao marido e gerar filhos. Nada lhe era permitido, além disso, na
Idade Moderna, ao lado da queima de sutiãs em praças públicas, simbolizando a tão sonhada
liberdade feminina, vimos também as esposas serem queimadas nas piras funerárias juntas aos
corpos dos maridos falecidos ou incentivadas, para salvar a honra da família, a cometerem
suicídio, se houvessem sido vítimas de violência sexual, mesmo se a mesma tivesse sido
impetrada por um membro da família, um pai ou irmão, que nem sequer era questionado sobre
o ato.
Diante dessa visão corrompida a sociedade ainda carrega uma herança negativa
quanto a igualdade de gênero, mesmo depois de tantos anos, tanta evolução social, cultural,
espiritual, é notória a subordinação da mulher em relação ao sexo oposto.
A partir de 1975, com a retomada dos movimentos feministas, arrolaram-se amiúde
os direitos humanos às questões da mulher, com a finalidade de denunciar como os diversos
países vinham tratando com negligência esse assunto. Consideraram, ainda, que, para que
houvesse evolução nesse quesito, era fundamental inserir os direitos das mulheres no âmbito
dos direitos humanos, a fim de dar-lhes realce. Na esteira desse pensamento, o Supremo
Tribunal Federal (STF) decidiu que são direitos e garantias fundamentais material e
formalmente constitucionais os tratados internacionais sobre direitos humanos, tendo-os
elevado ao status de emenda constitucional por meio da emenda 45, com a inclusão do §3º ao
art. 5º da Constituição Federal de 88, in verbis:
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos
que forem aprovados, e m cada Casa do Congresso Nacional, em dois
turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão
equivalentes às emendas constitucionais. (BRASIL, 1988)

Em 18 de dezembro de 1979, a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou o mais


completo documento contra a segregação feminina, denominado Convenção sobre Eliminação
de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, elaborado pelo Comitê Cedaw6, que
era composto por vinte e três peritas, eleitas pelos Estados Partes, para mandato de quatro
anos. O Brasil ratificou essa convenção em 1984, com algumas restrições, em razão de
incompatibilidades com as leis brasileiras. Além disso, tornou-se signatário da Convenção
Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher - Convenção de
Belém do Pará – 1994, da Convenção Americana de Direitos Humanos e concordou com a
jurisdição da Corte Interamericana de Direitos Humanos em 1998, subordinando-se, como
país membro da Organização dos Estados Americanos - OEA, ao Estatuto da Comissão
Interamericana de Direitos Humanos.
Em 29 de Maio de 1983, Maria da Penha foi vítima de tentativa de homicídio, por
meio de um tiro de espingarda desferido no dorso, por seu marido à época, enquanto dormia.
Em razão do acometimento, ficou paraplégica irreversivelmente. A versão dada por Marco
Antônio foi de que ladrões tinham invadido a casa para roubar e dispararam o tiro contra sua
esposa. Entretanto, após ter saído do hospital, quando ainda se recuperava do trauma, ela
sofreu novas agressões, como também foi submetida a cárcere privado. Não obstante isso, ele
tentou eletrocutá-la no banheiro, no momento em que essa tomava banho. A premeditação da
nova tentativa de assassinato ficou evidente, pois este passou a utilizar o banheiro das filhas
para tomar banho tempos antes, além detê-la obrigado a fazer seguro de vida em seu favor.
Em 1984, Maria da Penha iniciou luta por justiça junto a órgãos judiciais brasileiros.
Somente sete anos depois disso, seu ex-marido enfrentou julgamento e foi condenado a 15
anos de prisão. Com apelação da defesa, a sentença foi anulada em 1992 e, apenas em 1996,
foi a novo julgamento; desta vez, condenado a 10 anos de prisão, também saiu do tribunal em
liberdade, devido a recursos impetrados por seus advogados. Em 1994, a vítima escreveu o
livro “Sobrevivi, posso contar”, na tentativa de divulgar sua história de agressões, tendo sido
bem sucedida na empreitada.
Passados quinze anos da ocorrência, o agressor ainda continuava em liberdade e
nenhuma sentença definitiva havia sido proferida pela justiça brasileira, quando a CEJIL7
(Centro para a Justiça e o Direito Internacional) tomou conhecimento do caso em tela, por
meio do livro publicado pela vítima, e formalizou denúncia, em conjunto com Maria da Penha
e o CLADEM8 (Comitê Latino-Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da
Mulher), junto à OEA, mais precisamente no órgão responsável pela verificação de denúncia
de violação dos direitos humanos, em decorrência de descumprimento de acordos
internacionais: Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
Desde esse episódio, o fato ganhou notoriedade internacional. A denúncia tomou por
fundamento a legitimidade exarada nos artigos 44 e 46 da Convenção Americana de Direitos
Humanos e no artigo 12 da Convenção de Belém do Pará. Os artigos violados foram:
a) 1º, 8º, 24 e 25 da Convenção Americana de Direitos Humanos;
b) 2º e 18 da Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem;
c) 3º, 4º, a, b, c, d, e, f, e g, 5º e 7º da Convenção de Belém do Pará.

DOS SUJEITOS PASSIVO E ATIVO NA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

A questão da Violência Doméstica é um assunto de constantes discussões e teorias,


no entanto, não se pode chegar a um dado concreto e preciso, uma vez que, as vítimas são
manipuladas pelos agressores, na maioria dos casos, no ceio familiar, afastando então de
dados precisos quanto a essa mazela.
A violência doméstica se da através de um tipo de violência oculta, pois dados
oficiais (inquéritos policiais, processos judiciais), não são capazes de dimensionar os casos de
violência sofridos em todas as classes sociais, além da falta de dados, uma vez que, muitos
casos nem chegam a esfera judicial1.
No âmbito familiar e doméstico, a vítima da violência é sempre a parte
hipossuficiente e fragilizada, quer por suas características físicas, quer por dependência
afetiva ou econômica, ou seja, geralmente, crianças, adolescentes, mulheres e idosos. Neste
contexto, a sociedade é hierarquizada e discriminatória, valoriza a força, agressividade e as
demonstrações de poder, características tipicamente masculinas, no entanto, destaca-se que o
homem é educado para dominar e mandar, fortalecendo o “mito da superioridade masculina”.
Neste contexto, a violência de gênero pode ser compreendida como violência
doméstica contra a mulher, expressão comumente utilizada pelos movimentos feministas.
Assim, a violência de gênero entende-se como a relação de poder de dominação do sexo

1
CAVALCANTI, Stela Valéria Soares de Farias. Violência doméstica – análise da lei “Maria da Penha”, n.
11.340/06. Salvador: Podivm, 2006, p. 52
masculino e de submissão de ser subjugado do sexo feminino. Os papéis sociais ensinados aos
homens e as mulheres são solidificados e reafirmados ao longo do tempo que incentivam
relações violentas entre os sexos, além de indicar que o fenômeno da violência contra a
mulher não é natural, mas sim, fruto do processo socializador das pessoas1.

TIPOS DE VIOLÊNCIA
Dentre as diversas classificações de violência doméstica sofrida pela mulher,
destaca-se a Violência moral, que pode ser entendida como qualquer conduta que configure
calúnia, difamação2.
Alinhado nesse sentido, existem algumas formas de violência que se alinham nesse
mesmo sentido:
Violência Física compreende atos que agridem o físico, mediante o uso da força
física ou utilizando instrumentos com o escopo de ofender a mulher em sua integridade ou a
saúde corporal; podem ou não apresentar marcas aparentes. A violência verbal precede a
violência física, mas normalmente dar-se-á concomitantemente3.
Violência Psicológica compreende toda agressão que afete a psique da pessoa,
deixando-a em estado de perturbação, angústia e instabilidade emocional. Por violência
psicológica, entende-se agressão emocional (tão ou mais grave que a física). O
comportamento típico se dá quando o agente ameaça, rejeita, humilha ou discrimina a vítima,
demonstrando prazer quando vê o outro se sentir amedrontado, inferiorizado e diminuído,
configurando a vis compulsiva4. Esta violência é cruel e silenciosa, pois a mulher agredida,
humilhada e subjugada, geralmente, não fala sobre tais atos, além disso, a sociedade é muito
passiva em relação à violência psicológica, uma vez que não deixa marcas visíveis aos olhos.
A Lei nº 11.340, popularmente conhecida como Lei Maria da Penha, ganhou espaço, a
respeito do assunto: Violência contra a mulher veio carregada no que tange as formas de
violência, como retrata no seguinte artigo:
Art. 5º Para os efeitos desta Lei configura violência doméstica e familiar
contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause

1
TELES, Maria Amélia de Almeida; MELO, Mônica. O que é violência contra a mulher. São Paulo: Brasiliense,
2003, p. 18.
2
Lei 11.340/2006. Disponível em:< http:// www.planalto.gov..br/ccivil_03/_Ato2004-2006/Lei/l1340.htm>.
Acesso em 01 de setembro de 2006, 11 p.
3
CUNHA, Rogério Sanches; PINTO, Ronaldo Batista. Violência doméstica (Lei Maria da Penha – Lei ruição e
outros).
4
ROVINSKI, Sonia Liane Reichert. Dano psíquico em mulheres vítimas de violência. Rio de Janeiro: Lúmen
Júris, 2004, p. 8.
morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou
patrimonial.

Além disso, tem-se a redação do Art. 7º, da Lei nº 11.340/06 que nos traz:
São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:
I – a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua
integridade ou saúde corporal;
II – a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause
dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe
o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações,
comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento,
humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição
contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do
direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde
psicológica e a autodeterminação;
III – a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a
presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada,
mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que induza a
comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a
impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao
matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação,
chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de
seus direitos sexuais e reprodutivos;
IV- a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure
retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos
de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos
econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades51. Ainda
mais, é provocada pela dilapidação de bens materiais ou não de uma pessoa
e causam danos, perdas destízo à mulher, o abuso não físico ou psicológico
não deixa marcas aparentes e, muitas vezes, é tão sutil que nem a própria
vítima é capaz de reconhecê-lo”.

Violência Sexual é compreendida como qualquer conduta que constranja a mulher a


presenciar, a manter ou a participar de relação sexual indesejada, utilizando de intimidação,
ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo,
a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao
matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, por meio de coação, chantagem, suborno
ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos.
Agressões como essas provocam nas vítimas, não raras vezes, sentimento de culpa, vergonha
e medo, o que as faz decidir, quase sempre, por ocultar o evento1.
Violência patrimonial compreende qualquer conduta que consubstancie em retenção,
subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos

1
CUNHA, Rogério Sanches; PINTO, Ronaldo Batista. Violência doméstica (lei Maria da Penha – lei
11.340/2006). São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007, p. 37.
pessoais, bens, valores e direitos que seriam para satisfazer suas necessidades e da família,
geralmente, é apresentada separada das demais, servindo, quase sempre, como meio para
agredir, física ou psicologicamente, a vítima1.
Violência moral compreende qualquer conduta que consista em calúnia (imputar à
vítima fato criminoso sabidamente falso, artigo 138 do CP); difamação (imputar à vítima fato
ofensivo à sua reputação, artigo 139 do CP) ou injúria (ofender a dignidade e o decoro da
vítima, artigo 140 do CP).
Diante da análise de tais formas de violência, a mulher vive numa sociedade que a
inferioriza, uma vez que, sofrida a violência, e obvio que a psique destas mulheres é afetada
de maneira direta no relacionamento interpessoal sócio familiar, profissional, psicológico,
desta maneira tem-se a perda acentuada na capacidade de trabalho, na condução de uma casa
e da vida afetiva. Sendo assim temos um crime silencioso, porém que assume grandes
proporções catastróficas na vida do ofendido e todos que estão a sua volta.

DAS MEDIDAS PROTETIVAS


As medidas de proteção a mulher está contida no artigo 12 da Lei nº 11.340/06, o
procedimento como se deve será realizado pela autoridade policial ante ao procedimento do
registro do Boletim de Ocorrência, pela vítima, que deverá ser remetido a juízo os pleitos de
medidas protetivas no prazo de 48 (quarenta e oito) horas.
Dentro das medidas protetivas de urgência, o juiz encaminha a ofendida e seus
dependentes a programas de proteção ou de atendimento para a recuperação da ofendida e de
seus dependentes; após o transtorno causado pelo agressor, determina o afastamento da
ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a bens e a guarda dos filhos e alimentos e
determina a separação de corpos, afim de proteger o bem e a dignidade da pessoa humana.
Para a concessão da medida protetiva, enquanto medida cautelar é imprescindível à
existência do fumus boni iuris – ter o direito do que se está pedindo e do periculum in mora –
risco da demora na concessão da medida.
Para garantir a execução das medidas protetivas de urgência, tem-se como hipótese,
a prisão, o juiz deve fundamentar essa medida cautelar pessoal, sendo indispensável a

1
ROVINSKI, Sonia Liane Reichert. Dano psíquico em mulheres vítimas de violência. Rio de Janeiro: Lúmen
Júris,2004, p12
satisfação dos requisitos tais como prova do crime e indícios suficientes de autoria, descrito
no artigo 312 do CPP.
A prisão antes do trânsito em julgado da sentença condenatória é sempre uma medida
cautelar, sendo necessário que não se perca de vista os resultados finais do processo, que em
último caso, é a sua definição de ser.
As medidas protetivas de urgência poderão ser aplicadas isoladamente ou
cumulativamente, e nada impede sua substituição, uma vez que os direitos reconhecidos na
Lei nº 11.340 de 2006 forem ameaçados ou viciados.
Diante de tal fato o artigo 45 determina que o magistrado permita tratamento ao
agressor com comparecimento a programas de recuperação e reeducação, não deixando de
inserir a regra do artigo 152, parágrafo único, da Lei de Execução Penal: “nos casos de
violência doméstica conta a mulher, o juiz poderá determina o comparecimento obrigatório do
agressor a programas de recuperação e reeducação”. Sabe-se, no entanto, que tal medida não é
adotada em nosso ordenamento como deveria ser, o Estafo deveria destinar mais verbas para o
combate à violência.
Além disso, as medidas de proteção que se obriga o agressor estão arroladas no artigo
22 da Lei nº 11.340/2006, quais sejam:
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a
mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor,
em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência,
entre outras:
I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao
órgão competente, nos termos da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;
II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;
III - proibição de determinadas condutas, entre as quais:
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o
limite mínimo de distância entre estes e o agressor;
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio
de comunicação;
c) frequentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade
física e psicológica da ofendida;
IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a
equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço similar;
V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios.

Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta
Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, tais
medidas protetivas de urgência. Da mesma forma, as medidas protetivas de urgência
contemplam a ofendida, as quais poderão ser aplicadas pelo Juiz, sem prejuízo de outras
medidas, consoante o artigo 23:
Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas:
I – encaminhar à ofendida e seus dependentes a programa oficial ou
comunitário de proteção ou de atendimento;
II – determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao
respectivo domicílio, após afastamento do agressor;
III – determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos
relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos;
IV – determinar a separação de corpos.

Para que se alcance a efetivação dessa medida, é necessário que se faça presente e
em pleno funcionamento os programas de proteção e atendimento, os quais devem ser criados
não somente através de ações isoladas, mas de grupos de apoio à mulher, pelo Estado, e pela
conscientização social e familiar, uma vez que um indivíduo não e melhor ou pior em
detrimento a outro e que muito menos possuidor de direitos sobre outras pessoas.

Referências:
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília:
Senado Federal, 1988.

BRASIL. Lei nº 11.340/2006. Disponível em: < http://


www.planalto.gov..br/ccivil_03/_Ato2004-2006/Lei/l1340.htm>. Acesso em 01 de setembro de
2006.11p.

CAVALCANTI, Stela Valéria Soares de Farias. Violência doméstica – análise da lei “Maria da
Penha”, Lei nº. 11.340/06. Salvador: Podivm, 2006, p. 190.

CUNHA, Rogério Sanches; PINTO, Ronaldo Batista. Violência doméstica (lei Maria da
Penha – lei 11.340/2006). São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007, 38. 60 Idem, ibid, p. 38.

ROVINSKI, Sonia Liane Reichert. Dano psíquico em mulheres vítimas de violência. Rio de
Janeiro: Lúmen Júris, 2004, p. 8.

TELES, Maria Amélia de Almeida; MELO, Mônica. O que é violência contra a mulher. São
Paulo: Brasiliense, 2003, p. 49.

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