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CONTEXTO HISTÓRICO
Muitos juristas como: Regina Quaresma, José Afonso Da Silva, Hélio tornaghi e Vicente
Greco Filho apontam o writ of injuction do direito americano como fonte do remédio
constitucional. uma injunção no direito americano, é a ordem de um tribunal proibindo que se
coloque em prática atos inconstitucionais, trata-se de forma notória de uma maior proteção
dos direitos e garantias daquelas pessoas que um dia poderia ter suas prerrogativas
ameaçadas, é o que aponta missouri bar.
Quantos aos seus efeitos, uma injunção no sistema americano deve ser específica em seus
termos e obrigacional apenas para as partes envolvidas, ficando nítido que este instrumento
não guarda similitude com o MI.
Outra possível inspiração para o MI seria o Art 279 da Constituição portuguesa, que em sua
real versão autorizava o conselho de revolução a recomendar que os órgãos legislativos
omissos emitissem a medida normativa em tempo razoável.
O mandado de injunção assemelha-se com a injunção do direito inglês como afirma Marcela
Albuquerque Maciel (2010), mas não há identidade já que o instrumento inglês não foca o
exercício dos direitos fundamentais que dependem de norma regulamentadora, a autora cita:
NATUREZA JURÍDICA
Antes de adentrar na real natureza do MI, vale destacar as posições doutrinárias a respeito do
tema.
PERDA DO OBJETO NO MI
segundo a lei 13.300 Art 11 a norma regulamentadora superveniente produzirá efeitos ex
nunc, no entanto se esta for mais favorável ao MI já julgado poderá assumir características ex
tunc e retroagir ao caso concreto, caso o impetrante sustente que não há norma
regulamentadora para aquisição total do direito de forma equivocada, a ação será extinta sem
resolução do mérito.Com a edição de norma regulamentadora antes da decisão judicial a
respeito do MI acarreta a perda do objeto e o processo deverá ser extinto sem resolução do
mérito.
REQUISITOS DE CABIMENTO DE MI
LEGITIMAÇÃO E COMPETÊNCIA NO MI
LEGITIMADOS ATIVOS
são legitimados para propositura as pessoas físicas e jurídicas privadas de exercer a liberdade,
prerrogativa e garantias de direitos inerentes a soberania, cidadania e nacionalidade pela falta
de norma regulamentadora. destacamos que o mandado de injunção coletivo antes executado
apenas pela jurisprudência e agora abraçado pela lei 13.300/2016, tem seus legitimados
citados, sendo: o MP (quando o que for pleiteado e incorporar objeto relevante para ordem
jurídica, do regime democrático ou dos interesses sociais e individuais indisponíveis) ,
Defensoria pública (quando a tutela for relevante para promoção dos direitos humanos e a
defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados na forma do inciso LXXIV do Art
5º) , Partido político com representação no congresso nacional ( para assegurar o exercício de
direitos, liberdades e prerrogativas de seus integrantes ou relacionados com a finalidade
partidária), pela organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituida
e em funcionamento por pelo menos um anos ( para assegurar o exercício de direitos,
liberdades e prerrogativas em favor de totalidade ou parte dos seus membros ou associados,
na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes as suas finalidades, dispensada, para tanto
autorização especial), comparando o MI coletivo com o mandado de segurança coletivo,
nota-se a presença do MP e a Defensoria Pública como legitimados ativos na propositura da
ação no MI.
LEGITIMADOS PASSIVOS
os legitimados passivos são aqueles órgãos competentes nos quais podem sanar a omissão
legislativa.
COMPETÊNCIA
Sendo os legitimados passivo o CN, presidente da república, Câmara dos deputados, senado,
mesa de uma dessas casas legislativas, tribunal de contas da união,de um dos tribunais
superiores ou do próprio STF.
O Art 105 CF/88 esclarece que compete ao STJ decidir sobre MI quando o legitimado passivo
for órgão, entidade ou autoridade federal da administração direta ou indireta, excetuados os
casos de competência do STF e dos órgãos da justiça especial e justiça federal.
O Art 121 § 4º, V, CF/88 dispõe que compete ao TSE julgar em grau de recurso o mandado
de injunção indeferido pelo TRE.
logo após verificar os requisitos para propor a ação ( falta de norma regulamentadora, omisão
pelo poder público competente para regulamentar a norma, dever do poder público de editar
norma e prova de que o direito estava prejudicado por falta de norma regulamentadora), o
titular do direito à legitimado ativo por meio de procuração nomeia advogado para que este
desenvolva o MI, conforme o Art 4º da lei 13.300/2016 na petição inicial é necessário citar o
órgão omisso no qual será agente passivo no MI e a pessoa jurídica a qual o mesmo é
vinculado, se a prova na qual for preciso juntar ao processo estiver sob a posse da repartição
ou estabelecimento público, em poder de autoridade ou de terceiro havendo recusa, o
impetrante no qual necessita da prova poderá requerer a exibição no prazo de 10 (dez) dias
úteis, devendo ser juntada cópia a segunda via da petição.
se a recusa a entrega da prova for por parte do impetrado, a ordem para que entregue será feita
no instrumento de notificação
Art 5º
A petição inicial será indeferida desde logo quando a impetração for incabível ou
improcedente, se a decisão do relator for de indeferir, cabe recurso por agravo em até 05
(cinco) dias para o órgão colegiado competente para julgamento da impetração. após o
prazo de apresentação de informações, o MP será ouvido,e, opinará em 10 ( dez) dias, o
que com ou sem parecer os autos serão conclusos para decisão.
A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e produzirá efeitos até a edição da
norma regulamentadora. a decisão será erga omnes q uando for indispensável ao
exercício do direito, da liberdade ou da prerrogativa objeto da impetração.
Inspirada no art. 283 da Constituição Portuguesa, a ADO tem como objetivo combater a
Síndrome de Inefetividade das Normas Constitucionais ( busca tornar Normas de eficácia
Limitadas em Competentes), Introduzida no direito brasileiro na Constituição de 1988 como
uma das modalidades de controle de constitucionalidade concentrado e abstrato previstas no
sistema.
A ADO está prevista no artigo 103, parágrafo 2° da CF/88, porém, apenas com a Lei
12.063/09 que a Adi por Omissão passou a ter sua regulamentação específica. No referente
artigo 103 da CF, encontram-se os agente competentes para ingressar.
I - o Presidente da República;
VI - o Procurador-Geral da República;
Já o Adi por Omissão em sua legitimidade ativa é aduzido pelo artigo 103 da CF/88, e a
legitimidade passiva ficou evidenciado que pode recair sobre o poder público inerte da
produção do ato exigido pela Constituição.
Já o Adi por Omissão tem como diferença o controle concentrado do Supremo Tribunal
Federal, como assim dispõe o artigo 103, parágrafo 2° da CF/88.
Com relação a Adi por Omissão tem como objeto de controle a falta de regulamentação de
qualquer norma constitucional de eficácia limitada, previsto no artigo 103, parágrafo 2° da
CF/88.
QUANTO À FINALIDADE
Adi por Omissão: Já que é processada em um sistema concentrado, pela via principal ou
abstrata, sua finalidade é vista com facilidade, sendo, a de assegurar a força normativa da
Constituição, consoante às balizas conferidas a supremacia constitucional.
ADI POR OMISSÃO: Passou a ter previsão quanto a possibilidade do manejo da medida
cautelar em sede de ADI por Omissão após as alterações trazidas pela Lei 12.063/09. Podendo
afirmar atualmente, pelo cabimento desse importante instrumento no combate a omissão
inconstitucional, com previsão na seção II da Lei n° 9868/99.
ADI POR OMISSÃO: O artigo 103, §2°, CF/88, aduz dois efeitos: a) O poder competente em
respeito a independência dos poderes, será dada a simples ciência da decisão sem que estipule
um prazo para o suprimento da omissão constitucional; b) O Órgão Administrativo precisa
suprir a omissão constitucional em um prazo de 30 dias, sob pena de responsabilidade.
CONCLUSÃO
(http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11220)
REFERÊNCIA