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1º CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” - ESPECIALIZAÇÃO EM

DIREITO CONSTITUCIONAL APLICADO

Módulo 3 – Direito Processual Civil e Penal na Ordem Constitucional


Tema 06 – Fundamentação das Decisões Judiciais

Palestrante – Dr. Gilson Delgado Miranda

Seminário: 25/11/2019

Palestra: 28/11/2019

QUESTÕES:

1. Considera-se uma discricionariedade interpretativo-decisória do juiz deixar de


afastar argumentos que se caracterizem como “aventuras judiciais fundadas em
argumentos esdrúxulos e infundados” ou “citações jurisprudenciais
descontextualizadas”? E o que dizer de fundamentos que acolhidos ou não
sejam irrelevantes para a solução final dada na decisão?
Considerando o artigo 489, §1º, do CPC, sim, tendo em vista que é dever do magistrado
fundamentar seus pronunciamentos. Porém, não é incomum deparar-se com decisões
judiciais infundadas e sem correlação entre o direito e os fatos. Em relação aos fundamentos
que, acolhidos ou não, sejam irrelevantes para a solução final dada na decisão, o nobre
palestrante, Dr. Gilson Delgado Miranda, acredita ser necessário somente estear os
fundamentos essenciais para o deslinde do feito. Teresa Arruda Alvim, em contrapartida
defende a tese de que os juízes tem a obrigação de fundamentar todos os pontos suscitados,
mas se não o fizer cabe ao Tribunal fazer. Candido Dinamarco defende a intitulada regra de
equilíbrio, qual seja, motiva-se somente o essencial e relevante e desconsidera-se o periférico.
A turma ficou dividida entre as três correntes.

2. O STJ sempre admitiu a técnica da fundamentação per relationem, pela qual, a


decisão faz referência ou remissão, como razões de decidir, de motivações
contidas em decisão judicial anterior ou, ainda, parecer do Ministério Público
(vide REsp 1.206.805/PR, Rel. Min. Raul Araújo, Quarta Turma, j. 21/10/2014 – Dje
7/11/2014). Com a nova descrição do artigo 489, § 1.º, do CPC/2015, uma decisão
que apresente a fundamentação per relationem pode ser considerada como não
fundamentada? É a situação do inciso III?
Sendo a fundamentação “per relationem” a motivação por meio da qual se faz referência
manifestação ministerial, a precedente ou a decisão anterior, constatou-se em seminário que
essa só será considerada infundada se não fizer a correta analogia entre o caso concreto e a
outra decisão em hipótese semelhante. Ou seja, em casos tais deve ser pormenorizado a
pertinência do precedente ou decisão com o caso discutido. Se não houver correlação entre a
fundamentação utilizada e os fatos e circunstâncias do processo a ser decidido não haverá
fundamentação válida.
Na oportunidade foi ventilado a impossibilidade de fundamentar uma decisão judicial com base
em outro pronunciamento jurisdicional. Sobre o tema o STJ já decidiu em situação análoga
que a cognição deve ser feita pelo julgador com fundamentações próprias.
Em se tratando do artigo 489, § 1.º, inciso III do CPC, pode-se dizer que há situações em que
não haverá fundamentação, quando o fundamento utilizado pelo julgador é deveras genérico,
podendo ser utilizado tanto para negar como para denegar o pedido.

3. No processo administrativo também são aplicados os princípios do


contraditório e ampla defesa (art. 5.º, LV, CF), bem como da motivação (art. 2.º,
da Lei n.º 9.784/99). Levando em consideração a determinação constitucional, é
possível se entender pela nulidade da decisão administrativa que deixar de
enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo? Além disso, há controle
jurisdicional sobre a decisão em processo administrativo que não apresentar
motivação suficiente, ainda que se trate de específico mérito administrativo?
Levando em consideração a determinação constitucional sim, as decisões, ainda que em
esfera administrativa, devem ser fundamentadas/motivadas, sob pena de nulidade, por força
do princípio administrativo da motivação e também por força de outros comandos
constitucionais, como o art. 93, inciso IX, da CF. Caso não sejam, ficam sujeitas ao controle
jurisdicional,. Importante ressaltar que o controle jurisdicional se restringe a legalidade do ato,
não podendo acometer o mérito, via de regra. Nesse diapasão, foi proposta apenas uma
exceção, nos casos de aplicação da teoria dos motivos determinantes, relacionando aos
princípios da proteção da confiança e da boa-fé objetiva, quando o administrador declinar dos
motivos inicialmente elencados.

Bibliografia:
DINAMARCO, Cândido Rangel. O dever de motivar em Fundamentos do
Processo Civil Moderno, 5ª edição. São Paulo: Malheiros, p. 1077/1080.
STRECK, Lenio Luiz. Verdade e Consenso. 6ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
MONTEIRO, Matheus Vidal Gomes. Notas sobre a fundamentação da decisão
judicial e o contraditório 15/09/2018. Disponível em:
https://www.conjur.com.br/2018-set- 15/diario-classe-notas-fundamentacao-
decisao-judicial-contraditorio#author
DIDIER Jr., Fredie. Curso de Direito Processual Civil. 18ª edição. Salvador:
Juspodivm, 2016.

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