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1º CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” - ESPECIALIZAÇÃO EM

DIREITO CONSTITUCIONAL APLICADO

Módulo 3 – Direito Processual Civil e Penal na Ordem Constitucional


Tema 08 – Duração Razoável do Processo como garantia constitucional

Palestrante – Dr. Antonio Rigolin

Seminário: 09/12/2019

Palestra: 12/12/2019

QUESTÕES:

1. Prevê o art. 5.º, inciso LXXVIII, que: “a todos, no âmbito judicial e


administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que
garantam a celeridade de sua tramitação.” Esse é uma garantia constitucional
que traz um conceito jurídico indeterminado “razoável” a respeito da duração. A
partir disso, é possível atribuir responsabilidade ao Estado ou ao servidor que
deixar de cumprir tal determinação? Como traduzir referida determinação no
processo judicial ou administrativo? É possível estabelecer esse razoável prazo
de duração do processo através da soma dos prazos dos atos processuais do
procedimento (p. ex. propositura da demanda – conclusão: 01 dia – art. 228;
despacho do juiz: 05 dias – art. 226, I; lavratura do mandado ou carta de citação
do réu: 05 dias – art. 228; cumprimento do mandado, etc)? A situação de
precariedade da estrutura do Poder Judiciário frente ao enorme movimento
processual pode ser justificativa para o não cumprimento dessa garantia?
A solução de um conflito levado ao Judiciário e a efetiva entrega da prestação
jurisdicional, tanto material e formal, requerem a atividade da máquina estatal e a
colaboração dos próprios interessados. A razoável duração do processo e a celeridade
da tramitação, quando violados, podem levar à responsabilização do Estado (e
posterior ação regressiva, se o caso). Porém, há de se considerar a deficiência do
serviço em razão da insuficiência de funcionários e juízes, bem como do crescente
número de demandas propostas (responsabilidade subjetiva/objetiva). A razoável
duração do processo é o equilíbrio da celeridade com a efetividade, solidificando a
segurança jurídica. Os prazos processuais por si só não servem como parâmetro para
a razoável duração do processo porque é crescente o número de novas ações, sendo
desproporcional, na maioria das vezes, ao número de funcionários. Esta precariedade
do Estado é um dos fatores que contribuem para o não cumprimento da garantia,
aliada a outros indicativos (maior facilidade de acesso ao Judiciário, falta de
informação quanto à autocomposição, falta de colaboração entre as partes, tempo
maior para julgar eventual má-fé).

2. A duração razoável do processo como garantia constitucional é conflitante


com os princípios de ampla defesa, contraditório e devido processo legal? Pode
amparar fase de cumprimento provisório da sentença em situações não
previstas ou vedadas no CPC (p. ex. contra a Fazenda Pública)? A prescrição
intercorrente é amparada por essa garantia constitucional?
Não deverá ser conflitante porque os princípios da ampla defesa, contraditório e
devido processo legal, quando obedecidos os prazos, estarão contidos no conceito da
duração razoável do processo. A prestação jurisdicional deve equilibrar tempo e
resultado (eficácia, efetividade). Em relação ao cumprimento provisório de sentença,
ao art. 5º, CF/1988 – LXXVIII, refere que “a todos, no âmbito judicial e administrativo,
são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a
celeridade de sua tramitação”, portanto, a razoável duração do processo também a ele
se aplica. A prescrição intercorrente também tem amparo no referido artigo da CF, a
fim de evitar execuções perpétuas.

3. No processo administrativo em que não há especificação legal de prazo para


decisão, essa garantia constitucional de razoável duração do processo pode
amparar pedido de controle jurisdicional sobre o mérito administrativo que na
verdade não ocorreu pela omissão da autoridade administrativa? Se negativo,
pode o juiz, em pedido específico dessa natureza, determinar a decisão
administrativa estabelecendo prazo para a decisão do processo administrativo?
O contribuinte tem interesse em que o processo administrativo se resolva em prazo
razoável, o que se pode obter através de adequada ação judicial. Qualquer direito
assegurado pela Carta Magna tem proteção no Judiciário, ainda que possa ser omissa
a legislação. Na omissão, poderá ser invocada a jurisprudência e a doutrina como
fontes subsidiárias do direito (Constituição Federal - artigo 5°, inciso XXXV - princípio
da inafastabilidade do controle judicial - “a lei não excluirá da apreciação do Poder
Judiciário lesão ou ameaça a direito”). Esse princípio não interfere naquele da
separação dos poderes. Esse controle assegura que a administração atue em
consonância com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico
(legalidade, moralidade, finalidade pública, publicidade, motivação, impessoalidade),
também pode aspectos discricionários (fiscalização e a correção dos atos).

Bibliografia:
MAGALHÃES, Marco Túlio Reis. Atuação do STF e seus reflexos para a razoável
duração do processo. Disponível em:
https://www.conjur.com.br/2018-nov-03/observatorio-constitucional-atuacao-stf-
reflexos-razoavel-duracao-processo
HAIDAR, Raul. A duração razoável do processo e a prescrição intercorrente.
Disponível em: https://www.conjur.com.br/2017-mar-27/duracao-razoavel-processos-
prescricaointercorrente
DIDIER Jr., Fredie. Curso de Direito Processual Civil. 18ª edição. Salvador:
Juspodivm, 2016.

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