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Cadernos PDE
INTRODUÇÃO
1
Professora de Língua Portuguesa na rede pública e estadual de ensino do Paraná.
2
Professora da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), campus de Cornélio Procópio. Mestre
em Estudos da Linguagem pela Universidade Estadual de Londrina (UEL).
Para tanto, o trabalho está fundamentado nas teorias de Bakhtin (1997),
Dolz, Noverraz e Shneuwly (2004), Bronckart (1999), Faria e Zancheta (2005),
entre outros. Além disso, parte do pressuposto de que, em escolas públicas, o
ensino de Língua Portuguesa precisa de um redirecionamento, pois, segundo
as Diretrizes Curriculares da Educação Básica - DCE (PARANÁ, 2008, p. 49),
“a língua é vista como fenômeno social, pois nasce da necessidade de
interação (política, social, econômica) entre os homens”. Assim, o objeto de
estudo das aulas de Língua Portuguesa (LP) não deve ser frases soltas,
isoladas e/ou descontextualizadas, mas os gêneros textuais3, entendidos como
“tipos relativamente estáveis de enunciados” (BAKHTIN, 1997, p. 277 – grifos
do autor). Isso porque “a utilização da língua efetua-se em forma de
enunciados (orais e escritos), concretos e únicos, que emanam dos integrantes
duma ou doutra esfera da atividade humana” (BAKHTIN, 1997, p. 277).
Bronckart (1999) corrobora isso afirmando que a língua deve ser aprendida por
meio de enunciados concretos, ou seja, por meio dos gêneros de texto.
Tal perspectiva está apoiada em documentos de educação, tais como os
Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN (BRASIL, 1998) e as DCE (PARANÁ,
2008). Ambos sugerem um trabalho em LP voltado para os gêneros textuais
como eixo de progressão e articulação curricular, trabalhando-se leitura,
escrita, oralidade e análise linguística (BRASIL, 1998; PARANÁ, 2008).
Segundo os PCN (BRASIL, 1998, p.30),
3
Neste trabalhamos, tomamos os conceitos de gênero textual e gênero discursivo como sinônimos.
Pensando nisso, foram construídos o projeto de intervenção e um
material didático-pedagógico com o gênero textual notícia, que foram
destinados aos alunos do 6º A, do Colégio Estadual Rubens Lucas Figueiras,
localizado na cidade de Uraí, no distrito de Cruzeiro do Norte, no Paraná.
Escolheu-se esse gênero devido ao fato de que ele trata de fatos cotidianos,
próximos da realidade dos alunos. Ademais, a linguagem nele presente é de
fácil entendimento e compreensão.
A pergunta que guiou a pesquisa é: Como trabalhar com o texto em sala
de aula, atendendo às propostas dos documentos oficiais de educação (DCE,
PCN) e tornando as aulas de Língua Portuguesa mais interessantes para os
alunos?
1 GÊNEROS TEXTUAIS
2 SEQUÊNCIA DIDÁTICA
a) Com que frequência você lê notícias de jornal? Qual a função desse gênero de
texto?
b) Você acha importante se manter informado? Por quê?
c) Qual era o assunto da última notícia que você leu?
d) Com que frequência você lê notícias?
e) Em geral, você lê as notícias por meio do jornal impresso ou pela internet?
f) Fale um pouco sobre a estrutura desse tipo e texto.
NOTÍCIA
(no.tí.ci:a)
sf.
1. Jorn. Relato jornalístico de fatos atuais, de interesse público: Saiu no jornal
uma notícia sobre a enchente.
2. Quem ou o que desperta vivo interesse do público: As celebridades são
sempre notícia.
3. Informação nova; NOVIDADE: O médico trazia boas notícias.
4. Conhecimento, informação: Não tenho notícias de como ele está.
5. Lembrança, conhecimento: Que eu tenha notícia, foi o melhor carnaval.
[F.: Do lat. notitia, ae.]
Ser notícia
1 Ser objeto de notícia, de matéria jornalística.
2 Fig. Estar em projeção, ser foco de interesse.
Fonte: Dicionário Aulete (2014).
Explicação sobre
Módulo 3 verbos CAPACIDADES LINGUÍSTICO-
DISCURSIVAS
Módulo 4 Neste momento, os CAPACIDADES DISCURSIVAS
alunos se familiarizaram
com o gênero notícia.
As notícias
apresentadas neste
módulo não estavam na
íntegra. Novamente os
alunos tiveram que
realizar uma atividade
com o auxílio da
Internet.
Módulo 5 Atividades de CAPACIDADES DE AÇÃO,
interpretação textual e LINGUÍSTICO–DISCURSIVAS E
sobre estrutura do DISCURSIVAS.
gênero notícia
Produção Avaliação de tudo que CAPACIDADES DE AÇÃO,
Final foi trabalhado durante o LÍNGUÍSTICO–DISCURSIVAS E
período. DISCURSIVAS.
Fonte: Da autora.
Considerações Finais
REFERÊNCIAS
BRASIL, Câmara dos Deputados. Lei Darcy Ribeiro (1996). LDB: Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei nº 9.394, de 20 de dezembro
de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 6. ed.
Atualizada. Brasília: Edições Câmara, 2011.