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BENEFICIOS ASSISTENCIAIS:
O particular pode exigir do estado um remédio que não está na previsão legal
orçamentaria? Estamos diante do conflito do mínimo existencial com a reserva do
possível:
o Princípio do mínimo existencial: conjunto mínimo de direitos sem o qual o
indivíduo não vive dignamente, esse conjunto o estado deve assegurar para a
população. São direitos inerentes a dignidade da pessoa humana.
o Clausula da reserva do possível: O estado vai garantir pra população aquilo
que for possível de acordo com suas reservas orçamentárias; isso está ligado
diretamente ao princípio da legalidade orçamentária > LOA)
o Portanto, você pode exigir do Estado mesmo que não esteja na lei
orçamentaria. Ou seja, o direito a saúde é um direito que por excelência está
dentro da concepção de mínimo existencial; essa máxima gerou um fenômeno
da judicialização saúde.
A quem compete a saúde? É comum a todos os entes, portanto, é
solidaria. Podemos demandar de qualquer um dos estes da federação.
o Há exceções frutos de jurisprudências:
1° se o indivíduo puder custear o medicamento a sua própria
expensas;
2° alguns tratamentos estéticos: cirurgia de reconstrução da mama,
por exemplo, está dentro do conceito de mínimo existencial. Cirurgia
de troca de pipi
3° tratamentos experimentais: não se tem certeza se o medicamento
realmente cura; está de fora porque não se tem certeza se o
medicamente realmente cura. Até ano passado – poder-se-iam
demandar do Estado mesmo não esteja na Anvisa. Neste ano –
disseram ao contrario
4° deve estar regulado pela Anvisa. Exceção da exceção – mesmo não
estando na Anvisa vai pode exigir o medicamento se houver demora
irrazoável no registro do medicamento. 365 dias se for medicamento
ordinário; e 120 se for medicamento prioritário.
o REQUISITOS PARA ENQUADAR NA EXCEÇÃO DA EXCEÇÃO:
1° - não pode existir um substituto terapêutico:
2° - tem que ser amplamente atestado em âmbito internacional:
portanto, tem que
o Repercussão geral: medicamentos de alto custo – no supremo há a seguinte
discussão: tratamento fornecido nos estados unidos somente com custo de 1
milhão – discussão atualmente no processo.
MINIMO DE INVESTIMENTO EM SAUDE: O chefe do executivo tem liberdade para
montar: O mínimo de recursos para saúde nos respectivos entes
o Municípios: no mínimo 15% da receita de impostos
o Estados: no mínimo 10% da receita de impostos para serviços públicos de
saúde. O DF deve destinar no mínimo 15% de impostos municipais e 10% dos
impostos estaduais.
o União: no mínimo 15% da receita corrente
OBSERVAÇÕES:
o 1° A constituição permite que a iniciativa privada pode participar para
complementar os serviços que o poder público já é responsável.
o 2° Os recursos públicos da saúde não podem ser destinados a instituições
privadas com fins lucrativos.
EDUCAÇÃO: está situado no art. 205/CF – até que ponto o cidadão pode exigir do Estado?
Educação de nível fundamental e médio é mínimo existencial; já o nível superior é reserva do
possível.
DESPORTOS – ART. 217/CF: Direito de todos que o Estado incentive praticas formais e não-
formais. É reserva do possível. A constituição eleva a justiça desportiva. A justiça desportiva
não exerce função jurisdicional, os litígios julgados por ela são de natureza administrativa. Ela
julga a devida aplicação das regras em competições desportivas, e a aplicação de sanções
disciplinares aos atletas e aos clubes. A justiça desportiva é uma exceção temporária ao
princípio da inafastabilidade do poder judiciário, portanto, por 60 dias não se pode entrar com
ação no judiciário acerca de questões da justiça desportiva.
Observações:
o O art. 217 é regulamentado pela lei 9615/98, chamada de lei pele. Essa lei
trata do apelido do atleta: É o nome pelo qual o atleta fica conhecido,
somente o atleta pode explorar com exclusividade seu nome profissional,
independentemente de registro como marca.
o Atleta estudante: É direito do atleta que a instituição de ensino onde estuda
adapte os horários de frequência e avaliação de modo a permitir a
participação em competições esportivas oficiais.
COMUNICAÇÃO SOCIAL – ART. 220: Trata da liberdade de imprensa por meio dos veículos de
comunicação. O princípio da vedação a censura; é vedada a censura aos veículos de
comunicação.
Art. 223: Radiodifusão só pode fornecer por concessão do poder público para
iniciativa privada; a concessão de tv é renovável a cada 15 anos, e de rádio 10
anos. A chefia de rádio e tv deve ficar em mãos de nato ou naturalizado; e o
controle societário de no mínimo 70% deve estar em posse de nato ou
naturalizado brasileiro.
A imprensa escrita funciona independentemente de autorização governamental.
A lei de imprensa 5250/74 é declarada totalmente inconstitucional pelo STF –
porque? Por conta de ações propostas contra a folha de São Paulo após críticas a
igreja do Reino de Deus; o fundamento que o supremo usa é que ela foi feita em
período duvidoso – foi duramente criticada o fundamento do STF e o julgamento
em si pois feriria o princípio do acesso à justiça;
Institutos relacionados a liberdade de imprensa:
o Sigilo da fonte: É o direito que o jornalista tem de não revelar a fonte da
matéria jornalística. Não há uma norma infraconstitucional positivando.
Segundo o a jurisprudência o jornalista e o meio de comunicação respondem
solidariamente pela matéria. Jornalista: Não é necessário diploma de
jornalista, fruto de decisão do supremo.
o Direito de resposta: É o direito que a pessoa noticiada tem de ver veicular a
sua versão dos fatos – Esse direito tem que ser anterior a notícia em si– fruto
de jurisprudência: é possível que se obtenha judicialmente a sua resposta em
duas hipóteses: 1° Quando o noticiado não foi ouvido; 2° Ainda que ouvida, ela
força o meio de comunicação a publica se a matéria for inverídica, errônea ou
falsa. É por conta da máxima do supremo: a liberdade de imprensa guarda
compromisso com a verdade. Assistir: Direito de resposta do Leonel Brizola
contra jornal nacional – segundo a jurisprudência o direito a resposta tem que
ser veiculado com mesmo tamanho e destaque da matéria ofensiva. Entrevista
da Tanya no talks channel.
Para exercer esse direito deve-se seguir um procedimento: O noticiado tem
que notificar extrajudicialmente o veículo de comunicação em prazo
decadencial de 60 dias – se o veículo de comunicação não publicar = ação no
judiciário. Se não haver a notificação é igual a não vontade de agir.
o Prevalência da tutela reparatória em detrimento da tutela inibitória: Quando
você está em vias de sofrer ameaça do direito você propõe uma tutela
inibitória; quando o direito já foi lesionado pede-se ao juiz uma tutela
reparatória. Em se tratando de meios de comunicação: só se usa a tutela
reparatória para evitar a censura, homenageando o princípio da vedação a
censura.
Há uma hipótese que se admite a tutela inibitória: No STJ – Usa-se
excepcionalmente a tutela inibitória quando o réu for reincidente em matérias
de abuso a liberdade de imprensa.
MEIO AMBIENTE – ART. 225: Fala do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado
(direito fundamental de 3° dimensão). As competências materiais são comuns a todos os
entes. A competência formal é concorrente. TODOS os entes da federação legislam em favor
do meio ambiente. Como se tem essa diversidade de normas, as vezes gera dúvidas de qual
será aplicada – há um princípio para isso chamado de ‘’in dubio pro natura’’. A EC 96 inclui o
§7° no art. 225 sobre a questão da vaquejada em retaliação ao STF que havia dito que a norma
que autorizava era inconstitucional.
FAMÍLIA – ART.226:
EFEITOS DO CASAMENTO
PATERNIDADE RESPONSÁVEL
UNIÃO ESTÁVEL
FAMÍLIA MONOPARENTAL
ADOLECESNTE, DO JOVEM E DO
IDOSO
CRIANÇA ADOLESCENTE
Art. 7, XXXIII: a CF diz que o adolescente não pode trabalhar de noite em condições insalubres
ou perigosas aos menores de 18 anos. Só é permitida a partir de 16 anos, ou na condição de
aprendiz com 14 anos.
EC 65: Criou a figura do jovem. É aquele com idade de 15 a 29 anos – o Estado tem o dever de
capacitar e incluir o jovem no mercado de trabalho.
ÍNDIOS – ART. 231: o legislador quis disciplinar as reservas indígenas. Estas pertencem a união,
os índios têm a posse e o direito de explorar com exclusividade os recursos naturais em
reservas indígenas. Entretanto, os recursos minerais podem excepcionalmente ser outorgada
ao particular mediante o congresso nacional – parte do proveito econômico obtido tem que
ser revertido para a comunidade indígena.
ESPÉCIES DE INCONSTITUCIONALIDADES:
1. Total/Parcial:
a. Na inconstitucionalidade total, a lei vai ser integralmente inconstitucional e
será retirada do ordenamento jurídico – é uma medida extrema,
excepcionalmente o judiciário vai reconhecer a inconstitucionalidade total. É
dever do judiciário sempre que puder preservar a lei faze-la.
b. Na inconstitucionalidade parcial, o poder judiciário julgará apenas parte da
norma inconstitucional.
Art. 1° São direitos dos servidores públicos
- I. Férias
- II. FGTS (inconstitucional totalmente – ADI 1234)
- III. Estabilidade após estágio probatório
- IV. 13°
P. Único: Os ocupantes de cargos em comissão possuem os direitos dos incisos
I e IV.
Essa lei seria inconstitucional, o supremo subtrai efetivamente o que está
violando a constituição – no caso do inciso II
No caso do parágrafo único estamos diante do fenômeno chamado de
inconstitucionalidade parcial sem redução do texto, o STF proíbe a
interpretação literal, ordena uma interpretação subtraindo da norma o que a
torna inconstitucional. Porque literalmente induz a inconstitucionalidade –
porém o texto não será alterado.
O controle de constitucionalidade é supressivo, serve para tirar e nunca para
colocar/adicionar. Artigo, parágrafo, inciso ou alínea, não pode suprimir palavras
ou expressões. Nem o executivo, nem o judiciário não podem atuar como
legislativo positivo, por isso é supressivo.
Exemplos: Art. 114 é alterado pela emenda 45, fala da competência da justiça do
trabalho – em ADI o supremo diz que não é todas as relações de trabalho que
serão julgadas pela justiça de trabalho – é inconstitucional sem redução de texto.
INTRODUTÓRIA: é a iniciativa.
o Privativa: somente uma pessoa ou órgão pode formular projeto de lei, como as
leis orçamentárias de competência do presidente. STF tem matéria privativa
para apresenta PL sobre aumento de seu subsídio. Lembrar que competência e
iniciativa são diferentes, a competência do direito cível é da União, a iniciativa
é concorrente.
o Concorrente: direito empresarial tem competência concorrente, mas a
iniciativa é privativa do chefe do executivo.
o Popular: do povo, se sabe pela matéria a qual versa o projeto de lei. É um
abaixo assinado,
A iniciativa federal tem que ter 1% no mínimo do eleitorado nacional
distribuído em 5 estados, e 0.3% em casa estado.
A iniciativa popular estadual é definida pela constituição estadual, no
Paraná é no mínimo 1% do eleitorado estadual distribuídos em 50
municípios, com 1% em cada.
Iniciativa popular municipal, 5% do eleitorado municipal.
Constitutiva: deliberativa
o Parlamentar: quórum de instalação para PL: maioria absoluta (mais da metade
do total de integrantes – câmara: 257 e senado: 41);
Quórum de aprovação:
1. PEC – 3/5 e dois turnos de votação, entre um turno e outro deve ter um
intervalo de 5 sessões legislativas (o STF entende que o descumprimento do
prazo não gera inconstitucionalidade formal da emenda.)
2. LC – Maioria absoluta.
3. As outras leis são por maioria simples.
Projeto de lei rejeitado pode ser apresentado de novo? Somente na próxima
sessão legislativa, salvo se subscrito por 1/3 de qualquer casa legislativa.
Se emendado na casa revisora: volta para casa iniciativa para apreciar somente
a emenda – 2 casos emblemáticos: 1° não é formalmente inconstitucional, se
ao voltar da casa revisora, a casa iniciativa deve somente deliberar sobre a
alteração, sob pena de ofensa ao bicameralismo, o STF entende, entretanto, se
houver alteração no restante do projeto sem que se modifique o sentido da lei
não haverá inconstitucionalidade formal. 2° LC135/2010 de iniciativa popular:
STF disse que a lei realmente se aplica retroativamente.
Casa iniciativa: comissão e votação; a CCJ faz o controle de
constitucionalidade do legislativo. Se for PEC tem que ter o intervalo
de 5 sessões para ser votado de novo. Mesma coisa na casa revisora
Casa revisora: comissão votação
o Extraparlamentar
Presidente: sanção ou veto – sanção tácita por decurso tempo de 15
dias. O veto é expresso e sempre é supressivo. O chefe do executivo
pode vetar pela não observância do que a sociedade quer, ou por ser
inconstitucional, sendo assim, aqui se encontra o controle de
constitucionalidade executivo.
Se o chefe do executivo vetar: sessão conjunta com quórum de
maioria absoluta. 30 dias senão ocorre o trancamento de pauta.
A sanção do presidente não supre o vício de iniciativa pelo motivo da
teoria do ato jurídico, toda vez que o ato viola a constituição é
nulidade absoluta. Portanto, há uma máxima do controle de
inconstitucionalidade “o que nasce inconstitucional, morre
inconstitucional”
O processo legislativo de PEC não tem sanção ou veto. A MP aprovada
na integra também não tem fase de sanção ou veto.
A MP que sofre emenda passa a ser chamada de projeto de lei em
conversão.
Complementação
o Promulgação
o Publicação
3. INCONSTITUCIONALIDADE POR AÇÃO OU OMISSÃO
a. Ação: diante de um agir positivo do legislativo, o legislador faz a norma e esta
contraria a constituição.
b. Por omissão: é inconstitucional a conduta do legislador que não fez a lei como
deveria ter feito. O mandado de injunção discute a inconstitucionalidade por
omissão – cabe contra norma de eficácia limitada (aquela que está na
constituição, mas não tem regulamentação), se faz controle difuso. Por
exemplo uma norma constitucional que necessita de regulamentação
infraconstitucional, mas por sua vez o congresso nada faz.
CONTROLE:
CONTROLE DIFUSO:
OBJETO: da ADI pode ser proposto contra lei ou ato normativo federal, estadual e
distrital. A lei ou ato normativo primário. Não cabe contra lei ou ato normativo
municipal. A lei distrital é do distrito federal.
o No distrito federal (tem competência dos entes estaduais e municipais),
portanto, só cabe ADI no distrito federal se a lei ou ato tem competência
estadual; ESTADO - direito do consumidor, gás canalizado, MUNICIPAL:
Para caber ADI tem que ser posterior a constituição – porque não se pode propor ADI
para discutir fato superveniente.
Cabe ADI contra tratados internacionais? Depende, tem dois grupos – os que versam
sobre direitos humanos e os demais. Temos que estudar elas antes e depois da EC 45.
o ANTES: Os tratados de direitos humanos tinham status supralegal; e os demais
tratados tinham status legal
o DEPOIS: Os tratados de direito humanos têm status de emenda constitucional
como disposto no art. 5°, §3°/45. Os demais tratados continuam com status
legal.
o Cabe ADI contra qualquer tratado internacional ratificados pelo Brasil, tantos
os anteriores e os posteriores. Os tratados internacionais podem ser objeto de
ADI, mas também pode ser parâmetro para propor ADI.
o Se a lei contraria tratado supralegal, está se denomina invalida. Se chama
controle de convencionalidade. Porque é a norma que está no meio do
caminho entre a norma invalida e a constituição.
LEGITIMADOS: Se dividem em dois grupos, os universais e os especiais
o Especiais: São aqueles que necessitam demonstrar nexo de pertinência
temática (é uma relação entre os fins institucionais do autor e o objeto da
ação);
Associação de classe de âmbito nacional. O STF começou a restringir a
atuação dessas atuações – ele considera de âmbito nacional a
associação presente em pelo menos 1/3 (9) dos Estados da federação.
Tem que representar uma categoria profissional ou econômica
especializada. Não necessita representar somente pessoas físicas.
Confederação sindical: O sistema sindical é hierarquizado; quem pode
propor é somente a confederação (é o topo da pirâmide). Há uma
exceção, se a associação de classe de âmbito nacional estiver inserida
na hierarquia dos sindicatos, ela não pode propor ADI, somente se for
confederação.
Mesa da assembleia legislativa: A mesa é quem pode propor, um
pequeno grupo de pessoas.
Governador do Estado: Cabe contra todas as leis do estado que
representa, mas também pode propor contra leis que atinjam de
forma direta seu Estado.
o Universais: Os universais não precisam demonstrar nexo de pertinência
temática. Podem propor contra qualquer lei.
Conselho federal da OAB: Podem propor contra qualquer lei. Mesmo
que não tenha relação com sua área de atuação.
Presidente:
PGR: Chefe do ministério público federal.
Partido político: Só pode propor ADI se ele tiver representatividade no
congresso nacional. No caso se 1 parlamentar tiver sido eleito pelo
partido. Se a ADI que o partido tiver sido proposto antes da perda da
sua legitimidade, ela é analisada na propositura da ação, portanto, não
existe perda superveniente de legitimidade.
o O STF entende que a associação de classe de âmbito nacional, a confederação
sindical e os partidos políticos não têm capacidade postulatória, e tem que ter
advogados para propor ADI.
TRAMITE: LEI 9869/99
Petição inicial > medida cautela > pedido de info > ADV geral da união > PGR > plenário
********* ************ do STF
STF LIMINAR
PETIÇÃO INICIAL:
TRÂMITE
o O rito sumario do art. 12, ao invés de deferir a medida cautelar o STF adota o
art. 12 da lei – FALEMOS DEPOIS DE ENTENDER O TRAMITE NORMAL.
STF – PARAMETRO CF
TJ – PARAMETRO CE: É possível propor ADI que lei viola a constituição do Estado -
o Art. 111, CE-PR: Traz os legitimados – Há uma simetria, diminuindo-as em
âmbito estadual.
o OBJETO: O objeto a lei estadual ou municipal que viole a CE.
Lei estadual:
Lei municipal: