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SEBENTA
EXAME DE ACESSO 2017
CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
FICHA TÉCNICA
Morada
Av. Luanda Sul, Rua Lateral Via S10
Talatona - Luanda - Angola
Telefone:+244 226 690 417
Email: sebentas@isptec.co.ao
© 2015
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE
TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS - ISPTEC
Sebenta – Ciências Sociais Aplicadas
PREFÁCIO
Esta sebenta foi elaborada por uma equipa de Professores do Instituto Superior Politécnico
de Tecnologias e Ciências (ISPTEC) de diversas áreas de conhecimento, com o propósito de
auxiliar os candidatos no estudo dos conteúdos específicos avaliados nos Exames de Acesso,
realizados por esta instituição. Os conteúdos aqui descritos são as principais referências para
candidatos que pretendem ingressar no ensino superior pois, abarcam os conhecimentos
mínimos necessários para frequentar os Cursos de Ciências Sociais Aplicadas desta
instituição, que é caracterizada pelos processos de ensino e aprendizagem com qualidade e
rigor alicerçados na investigação, inovação e extensão universitária.
Para consolidar esses conteúdos, são apresentados exercícios resolvidos que permitem a
orientação e suporte dos candidatos na resolução de outros exercícios propostos.
Nesta perspectiva, o ISPTEC lança esta sebenta como material com valor acrescentado para
suportar os estudos realizados pelos candidatos na compreensão dos temas abordados no
percurso do ensino médio.
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Sebenta – Ciências Sociais Aplicadas
GEOGRAFIA
NOTA INTRODUTÓRIA
O planeta terra é constituído por grandes massas de terra, os continentes, separadas por
oceanos e mares. Assim, de acordo com a divisão actual, existem seis continentes: América,
Europa, África, Ásia, Oceania e a Antárctida.
CAPÍTULO 1 - ÁFRICA
O continente africano é um dos que possui a maior diversidade de etnias em todo o planeta.
Antes da colonização realizada pelos europeus, existiam mais de duas mil civilizações
diferentes. A população africana está estimada em 1,2 bilhões de habitantes, o continente
africanao tem uma extensão territorial de mais de 30 bilhões de km².
Este continente tem duas principais regiões: África Subsaariana e África do Norte. A primeira
compreende toda a região desse continente que se encontra a sul do deserto do Saara,
caracterizada pela população negra e pela maior diversidade étnica. A segunda encontra-se
mais ao norte e compreende as populações africanas árabes. No entanto, de acordo com as
suas características geográficas e demográficas, poderá ser dividida em cinco regiões: África
Oriental, África Ocidental, África Setentrional, África Central e África Meridional.
49 Continentais;
6 Insulares.
Abaixo, a Tabela de países africanos continentais, cada um com a sua respectiva capital e
data de independência.
Pretória 31.05.1961
África do Sul
Luanda 11.11.1975
Angola
Argel 05.07.1962
Argélia
Gaberone 30.09.1966
Botsuana
Uagadugu 05.08.1960
Burquina Fasso
Bujumbura 01.07.1962
Burundi
Iaundê 01.01.1960
Camarões
Ndjamena 11.08.1960
Chade
Kinshasa 30.06.1960
Congo, ex-Zaire
Brazzaville 15.08.1960
Congo
Abidjan 05.08.1960
Costa do Marfim
Djibouti 27.06.1977
Djibuti
Cairo 28.02.1922
Egipto
Asmará 24.03.1993
Eritreia
Addis Abeba
Etiópia
Libreville 17.08.1960
Gabão
Banjul 18.02.1965
Gâmbia
Acra 06.03.1957
Gana
Conakry 02.10.1958
Guiné
Bissau 24.09.1973
Guiné-Bissau
Malabo 12.10.1968
Guiné Equatorial
Maseru 04.10.1966
Lesoto
Monróvia 26.07.1847
Libéria
Trípoli 24.12.1951
Líbia
Lilongwe 06.07.1964
Malawi
Bamaco 22.09.1960
Mali
Rabá 02.03.1956
Marrocos
Nouakchott 28.11.1960
Mauritânia
Maputo 25.06.1975
Moçambique
Windhoek 21.03.1990
Namíbia
Niamei 03.08.1960
Níger
Abuja 01.10.1960
Nigéria
Nairóbi 12.12.1963
Quênia
Bangui 13.08.1960
República Centro-Africana
Kigali 01.07.1962
Ruanda
Aaiun 27.02.1976
Saara Ocidental
Dacar 20.06.1960
Senegal
Freetown 27.04.1961
Serra Leoa
Mogadíscio 01.07.1960
Somália
Mbabane 06.09.1968
Suazilândia
Cartum 01.01.1956
Sudão
Juba 09.07.2011
Sudão do Sul
Dodoma 09.12.1961
Tanzânia
Lomé 27.04.1960
Togo
Túnis 20.03.1956
Tunísia
Kampala 09.10.1962
Uganda
Lusaka 24.10.1964
Zâmbia
Harare 18.11.1980
Zimbábue
Países Insulares
Para além dos países continentais, a África conta também com seis ilhas importantes
apresentadas na Tabela abaixo.
Um porto é definido como sendo uma parcela, abrigada de ondas e correntes, que se localiza
à beira de um oceano, mar, lago ou rio. Esta parcela é destinada ao carregamento e
descarregamento de bens e ao estoque temporário dos mesmos; também serve de
instalações para o movimento de pessoas e carga ao redor do sector portuário, e, em alguns
casos, terminais especialmente designados para acomodação de passageiros.
Existem alguns aspectos que se tornam indispensáveis para um porto que são
nomeadamente:
A presença de canais profundos de água (a profundidade ideal varia com o calado das
embarcações);
Acesso à vias de comunicação terrestre como estradas e ferrovias;
Protecção contra o vento e ondas.
Os portos de carga bastante movimentados devem ter obrigatoriamente acesso a uma vasta
rede ferroviária que liga o porto a outras regiões industriais e/ou agrícolas, permitindo deste
modo o escoamento de produtos a outras regiões do país e do mundo.
A principal região lacustre está no Grande Rift Valley, onde estão localizados os Lagos Vitória,
Albert, Tanganica e Niassa ou Malawi. Por estarem relacionados ao relevo modificado pelos
movimentos das placas tectónicas, os mesmos são chamados de lagos tectónicos. O maior
lago da África é o Lago Vitória, no platô entre as ramificações do Rift Valley, com uma área
total comparável ao território da Irlanda e repleto de nascentes que se dirigem para o rio
Nilo. O único grande lago natural localizado fora da África Oriental é o Lago Chade, no
extremo sul do Saara. O tamanho deste lago varia, dependendo das chuvas sazonais, mas a
sua área foi intensamente reduzida nas últimas décadas devido às práticas agrícolas que
desconsideraram a sua conservação.
Como os censos de muitos países africanos não estão actualizados, não é possível chegar a
um dado preciso sobre a população do continente africano. As estimativas dão conta de que
a população do continente esteja entre 800 milhões e um bilhão de habitantes (estimativa de
2010).
Como o território africano é muito extenso (30,2 milhões de km2), a densidade demográfica
é baixa (cerca de 30 habitantes por km2). Esta população também se distribui irregularmente
pelo continente. Grande parte da população se concentra nas grandes cidades dos países
litorâneos.
As áreas ocupadas por desertos e florestas densas são praticamente inabitadas, enquanto as
regiões litorâneas e o vale do rio Nilo apresentam grandes concentrações populacionais.
Vale ressaltar também que grande parte da população africana se encontra na zona rural. A
população urbana só é maior do que a rural em países como, por exemplo, Tunísia, Argélia e
Líbia.
1.5.1 Etnias
Existem vários grupos étnicos em África. Cerca de 80% da população é formada por diferentes
povos negros, que ocupam, principalmente, as regiões Central e Sul do continente (ao sul do
deserto do Saara). Esta região é conhecida como “África Negra”. Os principais grupos étnicos
que habitam esta região são: Bantu, Sudaneses, Bosquímanos, Pigmeus, Nilóticos.
Grande parte da população africana é formada por jovens, pois o continente apresenta taxas
elevadas de natalidade. A expectativa de vida no continente é baixa, em função do
subdesenvolvimento de grande parte dos países.
Apesar das cidades serem centros urbanos onde concentram-se a maior parte de
infraestruturas de uma economia, também é onde criam-se focos de grande instabilidade
social, razão pela qual são classificadas de regiões mais populosas.
CIDADE Nº DE HABITANTES
A Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral existe desde 1992, quando foi
decidida a transformação da SADCC (Southern Africa Development Co-ordination Conference
ou Conferência de Coordenação para o Desenvolvimento da África Austral), criada em 1980
por nove dos estados membros. Em 2011, a SADC engloba 14 países do sul de África.
A região enfrenta uma série de problemas, desde dificuldades naturais como secas
prolongadas, a grande prevalência do SIDA e a pobreza. As principais metas do grupo para a
erradicação destes problemas são:
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
ÁFRICA
Figura 10 - Continente
a) Madagáscar
b) Cabo Verde
c) São Tomé e Príncipe
d) Guiné
Soluções:
1. B
2. A
3. A
4. B
CAPÍTULO 2 - AS AMÉRICAS
O continente americano é uma porção de terras banhadas pelo Oceano Atlântico a Leste e
pelo Oceano Pacifico a Oeste. Trata-se de dois blocos continentais ao norte e ao sul unidos
por um istmo (pequena faixa de terras situadas entre dois mares), veja o mapa abaixo:
Figura 11 - Américas
Normalmente, esse continente é chamado de “Novo Mundo”, mas na realidade não significa
que ele seja mais novo do que os outros continentes, pois esta denominação foi criada após
os descobrimentos pelos europeus, tratando-se, portanto, de uma visão eurocêntrica da
América.
Existem alguns planaltos na parte leste da América – tanto no Norte como no Sul. São eles:
Planalto Guiano (norte da América do Sul), Planalto Central Brasileiro, Planalto da Patagônia
(na Argentina), Escudos Canadenses e os Montes Apalaches (oeste dos Estados Unidos).
Esse continente possui vários tipos de divisões regionais, das quais podemos destacar duas.
Uma divide-o em América do Norte, Central e do Sul, e a outra divide-o em América Anglo-
Saxónica e Latina.
Figura 12 - Américas
CAPÍTULO 3 - EUROPA
Entre os 49 países que compõem a Europa, podemos citar: Alemanha, Espanha França,
Portugal, Inglaterra, Itália, Suécia, Noruega, Finlândia, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Suíça,
Rússia, entre outros.
Figura 13 - Europa
O relevo europeu mostra grande variação dentro de áreas relativamente pequenas. As regiões
do sul são mais montanhosas, porém, na região do norte o terreno desce dos
altos Alpes, Pirenéus e Cárpatos, através de planaltos montanhosos, baixas planícies do
norte, que são vastas a leste. Esta planície estendida é conhecida como a Grande Planície
Europeia e no seu coração encontra-se a Planície do Norte da Alemanha. Um arco de terras
altas, também existe ao longo da costa norte-ocidental, que começa na parte ocidental da
ilha da Grã-Bretanha e da Irlanda, e continua ao longo da montanhosa coluna,
com fiordes cortados, da Noruega.
1
Esta descrição é simplificada.
O continente apresenta uma complexa rede hidrográfica, com grandes rios como o Volga,
na Rússia, e o Danúbio, que atravessa territórios, delimitando as fronteiras da Áustria,
Alemanha, Croácia, Hungria, Roménia, Ucrânia, Sérvia, República Checa e Bulgária. O maior
rio da Europa em termos de caudal, é o rio Volga, que tem a sua nascente no planalto de
Valdai no norte da Rússia, corre pela planície russa e desagua no cesaro do afluente da Europa
no mar Cáspico.
No continente Europeu podem ser encontrados vários e maraviolhosos lagos, mas aquele que
se destaca em extensão é o Mar Cáspio, localizado na divisão com a Ásia e que possui 371
mil km²; e o lago Ládoga, na Federação Russa. Porém, o maior lago totalmente europeu, isto
é, que nasce, corre e termina na Europa, é o Lago Ládoga, com 17 700 km² de área. Outros
lagos extensos são o Onega, o Vänern, o Saimaa, o Vättern, entre outros.
Em alguns países da Europa central, o clima mais ameno em comparação com outras áreas
da mesma latitude de todo o mundo devido à influência da Corrente do Golfo. A Corrente do
Golfo é o apelido de "aquecimento central da Europa", porque torna o clima destes países da
Europa mais quente e mais húmido (como é o caso de Portugal e Espanha). A Corrente do
Golfo não só leva água quente à costa da Europa, mas também aquece os ventos que sopram
de oeste em todo o continente do Oceano Atlântico.
Em termos de temperatura podemos fazer por algumas comparações entre cidades do mundo
que sencontram na mesma latitude com outras cidades da Europa: a temperatura média
de Nápoles durante todo o ano, é de 16 °C (60,8 °F), enquanto a de Nova Iorque, que é
quase na mesma latitude, em média regista os 12 °C (53,6 °F). Berlim,
na Alemanha; Calgary, no Canadá, e Irkutsk, na parte asiática da Rússia, estão em torno da
mesma latitude, mas as temperaturas de Janeiro, em Berlim, rondam em média os 8 °C
(15 °F), mais elevadas do que aquelas registadas em Calgary, e são quase 22 °C (40 °F) mais
elevadas do que as temperaturas médias em Irkutsk.
3.4 Demografia
Em 2005, a população da Europa era estimada em 731 milhões de acordo com as Nações
Unidas, que é um pouco mais do que um nono da população mundial. Um século atrás, a
Europa tinha quase um quarto da população mundial. A população da Europa cresceu no
século passado, mas nas outras regiões do mundo (especialmente na África e na Ásia), a
população tem crescido muito mais rapidamente. Dentre os continentes, a Europa tem uma
densidade populacional relativamente alta, perdendo apenas para a Ásia.
O país mais densamente povoado da Europa é a Holanda, terceiro no ranking mundial após
a Coreia do Sul e Bangladesh. Pan e Pfeil (2004) contam 87 distintos "povos da Europa", dos
quais 33 formam a maioria da população em pelo menos um Estado soberano, enquanto os
54 restantes constituem minorias étnicas.
Segundo a projecção de população da ONU, a população da Europa pode cair para cerca de
7% da população mundial até 2050, ou 653 milhões de pessoas (variante média, 556 a 777
milhões em baixa e alta variante, respectivamente). Neste contexto, existem disparidades
significativas entre regiões em relação às taxas de fertilidade. O número médio de filhos por
mulher em idade reprodutiva é de 1,52. De acordo com algumas fontes, essa taxa é maior
entre os europeus muçulmanos. A ONU prevê o declínio contínuo da população de vastas
áreas da Europa Oriental. A população da Rússia está a diminuir em pelo menos 700 mil
pessoas a cada ano. O país tem hoje 13 mil aldeias desabitadas.
Europa Ocidental: região que abrange alguns dos chamados países atlânticos, ou seja,
banhados pelo oceano Atlântico(Reino Unido, Irlanda e França); os que mantêm relação
directa com o Atlântico através do mar do Norte: Países Baixos, Bélgica e Alemanha; e os
países sem saída para o mar, mas que estão directa ou indirectamente vinculados ao
Ocidente (Áustria, Suíça, Luxemburgo e Liechtenstein).
Europa Setentrional: região que engloba a Noruega e a Suécia, localizadas na península
Escandinava, além da Finlândia, Islândia e Dinamarca; abrange também
a Estônia, Letônia e Lituânia, que a partir de 1990 se tornaram independentes da
então União Soviética. A inclusão desses países na região justifica-se por motivos
económicos e pela sua proximidade étnica e cultural com os finlandeses.
Europa Centro-Oriental: É formada pelo conjunto dos antigos países socialistas do Leste
Polónia, República Checa, Eslováquia, Hungria, Roménia, Bulgária, Albânia, Sérvia,
Montenegro, Kosovo, Eslovénia, Croácia, Bósnia e Herzegovina e Macedónia e pelas
repúblicas que constituím a antiga União Soviética em sua parte europeia: Bielorrússia,
Ucrânia, Moldávia, Geógia, Azerbaijão e a Russia Europeia.
Europa Meridional: região que, também chamada de mediterrânea, compreende os
países situados no sul do continente, quase todos banhados pelo mar
Mediterrâneo: Portugal, Espanha, Itália, Grécia e Turquia europeia, além de vários micro-
estados - Vaticano, San Marino, Mónaco, Malta e Andorra.
CAPÍTULO 4 - ÁSIA
Além de ser o maior dos continentes, é também o que possui a maior população do planeta.
A sua área total é de quase 45 milhões de km² e a população actual está estimada em 3,6
bilhões de pessoas. É na Ásia que se encontra o ponto mais alto do mundo, o Monte Everest,
com 8.848m de altura.
Entre os 53 países que fazem parte da Ásia, podemos citar: Japão, China, Índia , Coreia do
Norte, Coreia do Sul, Singapura, entre outros. Nela também se encontra uma região que
apresenta as relações políticas mais conflituosas do mundo: o Oriente Médio.
Figura 16 - Ásia
O continente asiático tem uma área de 44.482.000 km², por isso, é o maior continente
do mundo com 29,4% de terras emersas.
Figura 17 - Ásia
Algumas regiões banhadas pelas águas salgadas do oceano Pacífico fazem parte do Círculo
de Fogo, ou seja, por causa de sua formação geológica ocorrida há pouco tempo estão
sujeitas a erupções vulcânicas e a abalos sísmicos. É o caso do arquipélago japonês e
da Indonésia.
As planícies de rios da Ásia são revestidas com depósito aluvial trazido pelos acidentes
geográficos fluviais que as percorrem e que se dirigem de modo principal para as águas
salgadas dos oceanos Índico e Pacífico. As principais planícies de rios são a Indo-
gangética (Índia), a Mesopotâmica (Iraque), a Siberiana (Rússia) e as dos rios Yang-tsé
(China) e Mekong (Vietnam).
A Ásia projecta, dirigindo-se aos oceanos adjacentes, várias porções peninsulares, sendo as
mais relevantes a da Anatólia, da Arábica, da Hindustânica, da Indochina e a da Coreia.
Tanto as chuvas abundantes da região influenciadas pelos climas equatorial e tropical quanto
a grande quantidade de neve derretida das altas montanhas favorecem a existência de
grandes rios, que correm em quase todas as direcções do continente asiático. Podemos
destacar:
Rios que desaguam no oceano Pacífico: Alguns têm grande volume de água devido
às monções de verão. Merecem destaque os rios Huang-ho (ou Amarelo), Si-kiang e Yang-
tsé-kiang (ou Azul), todos na China, além do Mekong, na Indochina;
Rios que desaguam no oceano Índico: Alguns deles são também monçônicos e tornam-
se muito volumosos durante o verão. Merecem destaque rios da Índia e de Bangladesh, como
o Bramaputra, o Ganges e o Godavari, e o rio Indo, no Paquistão;
Rios que correm para norte e desaguam no oceano Glacial Ártico: São exemplos os
rios Obi, Ienissei e Lena, que congelam durante grande parte do ano. Como o degelo ocorre
a partir de seus altos cursos, as águas, ao chegarem ao médio curso e encontrarem barreiras
de gelo, esparramam-se por vastas extensões de suas margens, causando
frequentes inundações;
Rios que desembocam no golfo Pérsico: Merecem destaque o Tigre e o Eufrates que
formam a planície da Mesopotâmia;
Rios da Ásia Centro-oriental que desaguam em lagos: Podemos citar o Sir Daria e
o Amu Daria, que desaguam no mar de Aral, além de outros que desaparecem dentro do
deserto.
A Ásia apresenta poucos lagos, embora de grande extensão, como o Baikal e o Balkhash,
localizados na Rússia. Se os lagos existem em pequeno número, os mares asiáticos aparecem
com muito mais destaque: mar Vermelho, que limita as costas africanas e asiáticas; Mar da
Arábia; a sudeste, mar da China Meridional, mar da China Oriental, Mar de Andamã e mar
Amarelo; os mares da Indonésia: de Java, de Timor, de Banda, de Celebes; a nordeste, os
mares de Okhotsk, do Japão e de Bering. No limite com a Europa, aparece o maior mar
fechado do mundo, o mar Cáspio.
Embora muito numerosa, a população asiática é mal distribuída: nas planícies, sobretudo as
irrigadas pelas monções, e nas grandes cidades, as densidades demográficas são altíssimas,
Países como China, Índia, Indonésia, Japão, Paquistão e Bangladesh estão entre os mais
populosos da Terra, enquanto outros, como a Mongólia ou mesmo trechos setentrionais
da Rússia, apresentam as mais baixas densidades demográficas do planeta.
Em outros casos, a situação continua alarmante; é o que ocorre, por exemplo, com a Índia,
onde a cada ano a população apresenta um crescimento vegetativo de 2,1%. Isso representa
anualmente cerca de 14 milhões de crianças à espera de formação e, futuramente, de
emprego. Na prática, isso se mostra economicamente impossível o que torna ainda mais
agudo o subdesenvolvimento desse e de outros países asiáticos.
Outro aspecto grave do crescimento populacional muito elevado é que ele costuma ocorrer
nas áreas mais populosas, acentuando ainda mais o contraste com os vazios demográficos.
Actualmente, numa área que equivale a um quarto do território asiático, vivem 90% dos
habitantes do continente, enquanto nada menos que dois quintos do território são
praticamente desabitados, abrigando apenas 3% ou 4% da população total. Uma das
principais razões desse fenómeno é a urbanização.
De maneira geral, as regiões que apresentam condições naturais satisfatórias são as que
abrigam os maiores aglomerados populacionais; aquelas que apresentam obstáculos naturais
à fixação humana, tais como a grande altitude do relevo, o clima muito frio e a aridez do solo,
permanecem pouco habitadas.
As cidades mais populosas da Ásia são: Mumbai ou Bombaim na Índia (18,3 milhões), Calcutá
na Índia (14,7 milhões), Xangai na China (17,1 milhões) e Tóquio no Japão (12,3 milhões de
habitantes).
Países que fazem parte da Ásia: Afeganistão, Arábia Saudita, Azerbaijão, Bahrein,
Bangladesh, Brunei, Butão, Camboja, Cazaquistão, República Popular da China, Singapura,
Coreia do Norte, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Filipinas, Iêmen, Índia, Indonésia,
Irã, Iraque, Israel, Japão, Jordânia, Kuwait, Laos, Líbano, Maldivas, Malásia, Mongólia,
Mianmar, Nepal, Omã, Paquistão, Qatar, Quirguistão, Rússia, Síria, Sri Lanka, Tadjiquistão,
Tailândia, Taiwan, Timor-Leste, Turcomenistão, Turquia, Uzbequistão e Vietnam.
Territórios asiáticos: Cisjordânia, Chagos, Cocos, Faixa de Gaza, Macau, Hong Kong, e Ilhas
Christimas.
Principais rios da Ásia: Yangtze, Ienissei, Huang He, Amur, Lena, Mekong, Volga, Eufrates e
Indo.
Principais ilhas da Ásia: Grande Comore, ilhas Agalega, Sumatra, Honshu, Sulawesi, Java e
Bornéu.
Economicamente destaca-se o Japão que tem uma economia forte e industrializada desde o
fim da Segunda Guerra Mundial e actualmente temos vindo a assitir a emergência da Índia e
da China, fazendo parte do grupo BRICS. Os mesmos têm vindo a apresentar um forte
crescimento económico desde a década de 90. O PIB (Produto Interno Bruto) da China, por
exemplo, apresenta crescimento, em média, de 10% ao ano (nos últimos anos). O Bloco
económico mais importante na Ásia é a APEC (Asia-Pacific Economic Cooperation, traduzido,
Cooperação Económica da Ásia e do Pacífico). Actualmente, fazem parte 20 países e uma
região administrativa especial da China (Hong Kong), sendo que a maioria é de países
asiáticos (Austrália, Brunei, Chile, Canadá, China, Indonésia, Japão, Coreia do Sul, México,
Malásia, Nova Zelândia, Guiné, Filipinas, Perú, Rússia, Popua-Nova Guiné, Singapura, Taiwan,
Estados Unidos, Vietnam e Tailândia)
Nesta parte introdutória, vamo-nos debruçar sobre o conceito de Recurso, tanto no sentido
Natural como no sentido Económico.
A) Recursos Renováveis
3. Terra arável e pastagens naturais; a reprodução e o crescimento são feitos a partir de uma
combinação de processos biológicos (reciclagem de nutrientes orgânicos) e físicos (irrigação,
exposição ao vento, etc.);
milhões de anos. Este tipo de Recursos tem uma característica de limite físico, pois, há que
ter em conta o conceito de Oferta, tanto no sentido Económico como no sentido Físico. Assim:
1. Oferta Económica - esta tem que ver apenas com os recursos geologicamente
identificados cuja exploração seja rentável (por exemplo. Os poços de petróleo de Cabinda,
do Soyo, etc.). Esta oferta refere-se apenas às reservas economicamente rentáveis (são a
medida mais comum utilizada nos cálculos das disponibilidades da oferta intemporal do
recurso).
2. Oferta Física - este tipo de oferta inclui a totalidade das reservas existentes. Isto é, ela é
finita e não é totalmente conhecida.
Em economia, o termo recurso designa todos os bens utilizados na produção de outros bens,
podendo por isso, ser considerado como um termo equivalente a "factor de produção". A
questão dos recursos assume uma importância fulcral para a ciência económica. Esta
importância reside no facto dos recursos, além de serem os factores de produção utilizados
na produção de bens, são também, na sua grande maioria, escassos, isto é, não existem em
quantidades ilimitadas. Esta escassez dos recursos obriga os agentes económicos a fazerem
escolhas nomeadamente quanto à forma de utilização desses mesmos recursos para produzir
bens e quanto à forma como são distribuídos na sociedade.
Considerando que a sociedade é constituída pelos principais agentes económicos, aqueles que
no dia-a-dia interagem no mercado, importa realçar, a forma como cada um deles utiliza e
sistematiza os recursos durante e após o processo produtivo, criando um ciclo fechado, o
chamado Fluxo económico. Assim, os principais agentes económicos são, as famílias ou
consumidotres, as empresas e o Estado na qualidade de regulador da economia.
a) Consumidores ou famílias - implica dizer que estes utilizam os bens de consumo directo,
tais como o ar, a água, a flora, a fauna, os inputs ou factores de produção de autoconsumo
(recreio e lazer, agricultura de subsistência;….). Igualmente dizer também as famílias fazem
CAPÍTULO 6 – DEMOGRAFIA
Esta ciência é muito importante, pois os dados gerados por ela servem de base para a
definição de políticas sociais governamentais e também mostram a evolução da qualidade de
vida das pessoas.
Alguns paíse têm adoptado programas rígidos de controlo demográfico, como por exemplo,
a China. Neste caso, o problema surge tendo conta a falta de educação quanto ao
método anticoncepcional a ser adoptado e, sobretudo pela falta de educação sexual. Mas, é
importante perceber que não existem nem políticas certas e nem políticas erradas, o que cada
Regulador (Estado) tem que fazer é encontrar a política ou o programa adequado à sua
realidade.
Outros factores se referem aos métodos naturais contraceptivos como, por exemplo,
a lavagem vaginal após o coito, coisa que é pouco conhecida, pouco divulgada e ou realizada
após as relações sexuais na maioria dos mais necessitados. Falta de informações sobre
períodos mais férteis das mulheres também é um método usado só pelas pessoas de classes
media e alta. As classes sociais mais desprivilegiadas são as que mais se reproduzem e as
que mais utilizam os recursos públicos para fazer os partos, alimentar as crianças em idade
escolar (merendas escolares), consumo de remédios e consultas médicas gratuitas em
hospitais públicos.
Enfim, o descontrolo da natalidade ocorre praticamente apenas nas classes mais baixas e
pobres da população e não existe uma política de esclarecimento devido à forte interferência
dos conceitos religiosos muito presentes em tudo o que se refere ao controlo da natalidade
humana.
A análise da progressão da população humana indica que esta está a crescer cada vez mais
lentamente (atualmente 1.14% ao ano) e prevê-se que estabilize nos 10 bilhões por volta do
ano 2200. A população mundial é de cerca de 7.281 milhões de pessoas.
O malthusianismo é uma teoria demográfica criada pelo economista inglês Thomas Robert
Malthus, no final do século XVIII. De acordo com esta teoria, a população mundial cresce em
progressão geométrica, enquanto a produção de alimentos em progressão aritmética. Esta
teoria foi definida por Malthus no livro Ensaio sobre o princípio da população, escrito em 1798.
Com a sua teoria, Thomas Malthus procurou alertar, sobre os problemas gerados pelo elevado
crescimento demográfico mundial. Malthus defendia que era necessário o controlo da
natalidade para que não ocorresse, num futuro breve, a falta de alimentos e o aumento
considerável da fome e da miséria no mundo.
Nas suas origens naturais, podem referir-se às migrações do Homo erectus, depois seguidas
das do Homo sapiens, saindo de África através da eurasiática, usando algumas das rotas
disponíveis pelas terras, para o norte dos Himalaias que se tornaram, posteriormente, a Rota
da Seda através do Estreito de Bering.
A migração forçada tem sido um meio de controlo social dentro de regimes autoritários.
Quando a migração é de livre iniciativa, torna-se o mais poderoso factor, no meio social de
um país, por exemplo, o fenómeno do êxodo rural que tem como consequência o crescimento
da população urbana. Incluem-se neste caso as migrações pendulares referidas abaixo e
também as grandes imigrações, em que os migrantes se fixaram num país diferente, trazendo
a sua cultura e adoptando a do país de acolhimento (por exemplo os povos que vêm de outros
países e fixam-se em Angola).
Os recentes estudos de migrações vieram contrariar esta visão dualista. Como exemplo,
refere-se que boa parte dos migrantes (emigrantes e imigrantes), que nos dias de hoje
mudam de país, continuam a manter práticas e redes de relações sociais que se estendem
entre o país de origem e o de destino, interligando-os na sua experiência migratória. Trata-
se de um "transnacionalismo" que transcende os conceitos de migração temporária e
migração permanente.
A agricultura é vista como uma actvidade que envolve um conjunto de técnicas utilizadas no
cultivo de plantas. Ao falarmos da Agricultura dvemos ter em linha de conta que ela não
engloba apenas o cultivo e a cultura de plantas, mas sim, ela também envolve outras
actividades como por exemplo a obtenção de energia, medicamentos, ferramentas, fibras,
matéria-prima para roupas e qualquer outra acção que se inclua nas outras anteriores.
A prática da agricultura surge nas primeiras civilizações humanas, a cerca de 10.000 anos,
na Mesopotâmia, com o cultivo de grãos e criação de ovelhas, tendo sido adoptada como a
base de sustentação das populações. A agricultura em comparação à caça e a colecta, permite
a existência de aglomerados humanos com muito maior densidade populacional. Houve uma
transição gradual na qual a economia de caça e colecta coexistiu com a economia agrícola:
algumas culturas eram deliberadamente plantadas e outros alimentos eram obtidos da
natureza.
A forma mais rudimentar de cultivo toma o nome de Agricultura tradicional. Ou seja, é aquela
que em que não há intervenção de máquinas ou o uso de pesticidas e herbicidas.
Normalmente é praticada em pequenas propriedades e utiliza policultura, ou seja, cultivo de
vários produtos no mesmo local.
Por outro lado, hoje existe a agricultura moderna, que contrariamente à tradicional, esta
utiliza equipamentos variados, tais como máquinas, tractors, alfaias, máquinas para irrigação,
pesticidas, herbicidas entre outros. Este tipo de agricultura surgiu após a primeira fase da
Revolução Indiuustrial, no fnal do Século XVIII. A agricultura moderna normalmente é de
carácter empresarial, pois, utiliza grandes meios técnicos e tecnologia à disposição,
procurando o máximo de produção com o mínimo de investimento para alcançar o maior lucro
possível.
A prática da agricultura tem agredido consectivamente o ambiente à medida que surgem cada
vez mais inovações nesta área. Assim sendo, apesar da aplicação de várias práticas no sentido
de minimizar os impactos ambientais, ainda assim, os mesmos têm sido alvo de grandes
debates. Os principais problemas registados neste tipo de actidade são numerados abaixo:
Entende-se por indústria (do latim industria) o conjunto de operações que são levadas a cabo
com a intenção de obter, transformar ou transportar produtos naturais. As empresas
industriais são aquelas incumbidas de transformar a matéria-prima em produtos acabados
para o consumo. Por ex: indústria alimentar, indústria têxtil, etc.
A revolução industrial é o período histórico que teve lugar entre a segunda metade do século
XVIII e inícios do século XIX, durante o qual se assistiu a grandes transformações
tecnológicas, económicas, sociais e culturais. A partir da revolução industrial, a indústria
passou a substituir o trabalho manual, tendo sido mecanizados muitos processos produtivos
que, até então, eram realizados pelos seres humanos.
grande impacto ambiental e afectar regiões inteiras. Por outro lado, a segurança industrial
protege os trabalhadores, com vestuário apropriado e inspecções médicas.
Assim, podemos dizer que o sector industrial é aquele que se dedica à criação e ao
desenvolvimento de produtos industriais, que são susceptíveis de serem fabricados em larga
escala e em série.
Artesanal e Manufactureira
Nesta fase da indústria verificava-se uma produção reduzida e insuficiente perante uma
procura elevada de bens nas sociedades, facto que incentivou ao homem para mudar e
transformar o processo de produção, de maneira mais especializada. Este incentivo consistiu
na invenção da máquina a vapor, facto que revolucionou todo o processo de produção.
A Revolução Industrial surge na Inglaterra, em meados do século XVIII, para suprir algumas
necessidades ao nível da produção, tais como, a quantidade e a qualidade de bens produzidos.
As revoluções dentro dos sectores e dos processos produtivos são importantes, visto que
surgem sempre para melhorar e quebrar o estado actual das coisas. No caso específico da
Revolução Industrial (R.I.), foi uma mudança que promoveu e ainda tem vindo a promover
grandes transformações no processo produtivo das empresas e nas economias dos países.
Como se pode verificar, esta fase é caracterizada pela mecanização do processo produtivo
que passa pelo uso das máquinas a vapor, cujo resultado foi o aumento considerável e
significativo do volume de produção e também a melhoria da qualidade dos produtos.
Como se pode observar a partir da Figura, que a Revolução Industrial (R.I.), apesar de ter
trazido grandes benefícios para os processos produtivos (quantidade e qualidade dos produtos
acabados), mas em contrapartida, numa primeira fase, a sociedade inglesa deparou-se com
muitos problemas sociais advindos desta mudança secular, tais como: o trabalho infantil2, o
trabalho feminino, um elevado número de horas de trabalho3 e a luta de classes.4
2
Segundo dados históricos, as crianças e as mulheres eram obrigadas a trabalhar em fábricas durante
longos períodos;
3
Aproximadamente 16 horas diárias.
4
A sociedade ficou estratificada em 3 classes: a classe dos senhores capitalistas donos das fábricas e
detentores de todo o capital, a classe dos operários, ou seja, a aqueles que trabalhavam arduamente
MAQUINOFACTURA
MANUFACTURA
(Produção Capitalista)
(Produção artesanal)
Pelas diferenças entre os dois tipos de produção, podemos perceber que o processo de
transição de um para o outro foi marcado por grandes alterações na matriz de produção. Por
outro lado, importa salientar que neste caso, o modelo de produção capitalista apresenta-se
como aquele que melhores resultados tem dado, desde então, ao conjunto de necessidades
dos mercados em geral.
nas fábricas sem condições laborais e cujo trabalho enriquecia cada vez mais os senhores capitalistas e
a classe dos camponeses pobres que não detinham nada em termos de riqueza, e que empobrecia cada
vez mais.
2ª Revolução Industrial
Electricidade
muito vantajosa no campo da iluminação, das comunicações e menos
poluente que o vapor e o petróleo.
5
Surgimento do mecanismo e conceito da produção em massa.
Considerando que o ser humano está sempre insatisfeito e que as sociedades são cada vez
mais exigentes em termos de consumo, a Segunda Revolução Industrial, por si só já não
respondia à tal exigência. Logo, surge a necessidade de se passar daquela para a Terceira
Revolução Industrial6 que consistiu não apenas nas mudanças estruturais em termos de
máquinas dentro do processo produtivo, mas também, nota-se que com o surgimento desta
revolução, o homem cede o seu lugar às máquinas automatizadas 7, criando desta maneira o
6
A chamada Era da Robótica
7
Os robots
desemprego estrutural, pois, a eficiência das máquinas diminui de forma directa o emprego,
como por exemplo: as máquinas multicaixas que têm uma função polivalente no
campo dos serviços bancários.
do rendimento das máquinas, reduzindo desta forma o custo de aquisição dos produtos finais
por parte dos consumidores.
Observa-se que à medida que se passa de uma fase para a outra, as melhorias no processo
produtivo vão sendo cada vez maiores e melhores, pois, exemplo disso mesmo é o Trabalho
em Cadeia, como sendo um caso particular da Produção em Série, passa pela maximização
de todos os recursos durante o processo produtivo, de modo que os resultados sejam os mais
satisfatórios possíveis8.
8
Nota-se que durante o processo produtivo, o facto de os operários não terem necessidade de se
deslocarem dentro da fábrica ao encontro dos equipamentos, eles cansam-se menos, poupam mais
tempo, e, por isso mesmo, são mais eficientes aumentando desta forma o seu nível de produtividade,
visto que cada um especializou-se em uma das tarefas da linha de montagem do produto.
Outro caso particular da Produção em Série é a Divisão do Trabalho. Tal como no Trabalho
em cadeia, aqui também está visível que cada um dos operários é especializado em uma das
actividades da cadeia de produção.
8.3.6.4 Automatização
9
Na fase de automatização verificamos uma sincronização automática das funções da máquina, como
por exemplo, o processo de empacotamento de frutos secos ou engarrafamento de água ou de
compotas. São muitos os exemplos que podemos evidenciar nesta fase.
anteriores para fazer funcionar um engenho se calhar não fosse necessário uma graduação
superior, nestas fases mais avançadas para fabricar e controlar os engenhos e os
equipamentos é necessário engenheiros com graus de formação mais elevados.
Pode-se observar que as indústrias se classificam não apenas segundo o nível de utilização
dos produtos, mas também segundo o destino da produção. Quer isto dizer que uma indústria
antes de produzir um determinado bem ou serviço, tem necessariamente de saber se existe
necessidade de tal bem ou serviço, de modo que haja destinatário definido e conhecido. Este
destinatário pode ser uma outra indústria (como mostra o texto dentro da Tabela
classificativa) ou ainda o mercado em geral.
São indústrias que fornecem materiais destinados a fins produtivos, ou seja, o que
se produz destina-se a outras indústrias ou outras actividades económicas.
9.1 Transportes
O transporte fluvial é normalmente classificado como um dos meios de transporte mais antigo.
É feito por meio dos rios, que são verdadeiros caminhos natutrais, e é considerado um meio
de transporte de baixo custo operacional, de grande capacidade de carga e baixo custo
energético.
Quanto ao transporte terrestre, para além dos automóveis e camiões que circulam pelas
estradas, pode-se identificar dentro desta gama, o transporte ferroviário.
As exportações permitem vender produtos para qualquer país do mundo, seja perto ou
distante. Para a exportação ter sucesso, ela pouco depende do desenvolvimento mercantil no
qual seu sítio de envio está localizado. Tal facto propicia o distanciamento económico de
pontos geograficamente próximos, elevando as possibilidades de disparidade de renda e
diferenças sociais. Além disto, às vezes, os melhores produtos de um país ou território são
preferencialmente direccionados à exportação, assim restando produtos de qualidade pior.
Isso ocorre devido ao poder de compra dos clientes no exterior. Se o preço nacional for
semelhante ao encontrado no exterior, esse fenómeno não costuma ocorrer.
Vejamos um exemplo: Num determinado país X, há seis meses, para comprar um dólar
custava apenas 98 unidades monetárias. Seis meses mais tarde, nessa mesma nação, a
compra de um dólar já requeria o investimento de 110 unidades monetárias. A moeda local
(do país X), por conseguinte, sofreu uma depreciação nesses seis meses, pois, fica mais caro
obter outras moedas.
“Os economistas são da opinião de que a depreciação da moeda contribuirá para melhorar a
competitividade do país”. Sobretudo, porque a depreciação da moeda também está anexada
à depreciação dos outros bens. Por exemplo: “Quero vender o meu carro antes que fique
depreciado”.
Geralmente, a depreciação de um produto origina-se por três causas: o desgaste que lhe
causa o uso, a obsolescência ou o passar do tempo. Um automóvel perde valor (ou seja,
deprecia) à medida que aumenta a sua quilometragem, já que o uso afecta o rendimento e o
estado das partes. Um computador, por sua vez, torna-se obsoleto quando começam a surgir
novos modelos que oferecem um funcionamento mais eficiente. Uma casa, por último, reduz
o seu preço de venda quando é antiga.
Balança Financeira é aquela que regista os fluxos que envolvem mudança de titularidade entre
residentes e não residents de activos e passivos financeiros e os fluxos de criação e extinção
de activos e passivos.
Investimento directo
Investimento de carteira
Derivados financeiros
Outro investimento
Activos de reservas
Balança de Capitais é aquela que regista os fluxos entre residentes e não residentes de
transferências de capitais e as aquisições/cedências de activos não produzidos, não
financeiros.
Fluxo Real é aquele que representa, por um lado, o envio dos recursos produtivos das
famílias para as empresas e, por outro lado, o envoi das mercadorias (bens e serviços) das
empresas para as unidades familiares.
Fluxo Monetário é aquele que representa o envio de recursos financeiros das Unidades de
Produção para as Unidades Familiares, como remuneração pelos recursos produtivos
fornecidos anteriormente.
Saldo das transações correntes com o resto do mundo: Saldo do balanço de pagamentos
em conta corrente, acrescido do saldo das transações sem emissão de câmbio.
A história da cidade pode ser considerada a história da humanidade. Sempre esteve presente
nas obras dos grandes filósofos da Antiguidade. Segundo esses filósofos, qualquer
desequilíbrio na estrutura das cidades poderia significar perigo para a unidade e organização
da sociedade. Para Ratzel, um dos fundadores da Geografia, a cidade representa uma forma
de aglomeração durável. Utilizando-se o critério de Ratzel e incorporando, podemos definir
uma cidade da seguinte forma: é todo aglomerado permanente cujas actividades não se
caracterizam como agrícolas. A grande concentração de actividades terciárias públicas e
privadas do aglomerado e a forma contínua de espaços edificados onde se dá a proximidade
das habitações da população que vive dessas actividades são atributos que permitem
caracterizar melhor a cidade. De forma muito genérica, pode-se dizer que, nestas condições,
a aglomeração é importante por ser organizada para o trabalho colectivo em actividades não-
agrícolas.
Como espaço edificado, representando uma massa composta de habitações, a cidade cria
tipos de serviço que somente as formas de organização política são capazes de administrar.
Disso resulta ser ela o centro da vida política da sociedade. Sua história confunde-se com a
do Estado.
Actualmente, cidade pode ter dois tipos de conceito: a cidade é toda a sede de município
(ditada pelo IBGE), ou que, a cidade deve possuir pelo menos, um aglomerado de 10 mil
habitantes (ditado pela ONU). Portanto cidade é todo o aglomerado urbano, envolvendo
características sociais, económicas e culturais em um mesmo ambiente. É importante frisar
que a cidade além de tudo que foi explicitado anteriormente é um local de tomada de decisões,
a cidade é poder. É da cidade que vão sair as ordens que influenciarão todo o território
municipal.
11.2 Urbanização
Figura 32 - Urbanização
Para ultrapassar esta problemática, os governos têm aplicado políticas estratégicas no sentido
de encontrar o equilíbrio, de modo que os sistemas económico-sociais não fiquem tão
afectados a ponto de criar entraves ao processo de crecimento e desenvolvimento económico,
tão necessário para a vida das populações.
Contudo, paradoxalmente tem-se verificado que a medida que mundo caminha para um nível
de crescimento e desenvolvimento mais elevado, este fenómeno da super população de
algumas cidades tem-se agravado, considerando o aumento demográfico em algumas
sociedades mais jovens (como por exemplo Angola), onde as políticas demográficas
(planeamento familiar entre outras) ainda não são evidentes e tão aplicáveis. Porém, é
necessário ter em conta que quanto mais jovem a população maiores são as oportunidades
que podem ser criadas quanto ao emprego, educação, saúde entre outros.
Assim, verifica-se que as cidades abaixo indicadas na Tabela têm-se debatido com o fenómeno
em causa.
1990 2015
1990 2015
Entende-se por população rural aquela que habita nas zonas rurais, isto é, for a das cidades,
onde o nível de crescimento económico é reduzido ou mesmo inexistente. Por outro lado, a
população urbana é aquela que habita nas zonas urbanas, isto é, cidades onde se regista um
nível de crescimento economico elevado e muitas vezes um desenvolvimento sustentável
considerável.
A urbanização em países pobres ocorre de maneira explosiva, ou seja, ocorre muito rápido,
fazendo com que as cidades alvo não tenham tempo para se adaptar à sua infraestrutura
gerando muitos problemas sociais, como:
Formação da periferia;
Violência;
Problemas com o transporte público.
Esses problemas somente acontecem nos países subdesenvolvidos, pois grande parte da
população rural migra para uma cidade desenvolvida, e em países pobres há poucas cidades
que sejam alvo de migrações.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Figura 35 - Planisfério
A) Maior é a acessibilidade
B) Menor é a acessibilidade.
C) A acessibilidade mantém-se.
F) Na diminuição das trocas comerciais, entre países ou entre regiões de um mesmo país, o
que promove o aumento da produção.
L) Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, África do Sul, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.
Documento 1
“A balança comercial obteve um resultado de USD 11,4 mil milhões no primeiro trimestre deste
ano, essencialmente devido às receitas do petróleo. Os dados constam do último relatório do
Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre o Comércio Externo, relativo ao primeiro trimestre
de 2014.
Neste período, lê-se no documento que acaba de ser concluído, a balança comercial de Angola
teve um saldo na ordem dos USD 11.470 milhões, “como resultado do comportamento do preço
do petróleo, principal produto de exportação de Angola”.
Face ao primeiro trimestre de 2013, as exportações caíram este ano cerca de 10,55 por cento,
enquanto as importações, no mesmo período, registaram uma diminuição de 22,64 por cento,
segundo os dados do INE.
Fonte: Agência Lusa - http://www.redeangola.info/balanca-comercial-com-usd-114-
mil-milhoes-de-lucro/
SOLUÇÕES
1. A
2. B
3. D
4. A
5. A
6. A
7. A
8. B
9. A
10. D
11. D
12. A
13. A
14. A
15. C
16. D
17. A
18. B
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. FREITAS, Eduardo De. "Os recursos naturais "; Brasil Escola. Disponível em
<http://www.brasilescola.com/geografia/os-recursos-naturais.htm>.
2. SARAIVA Helena, Unidade 5 — Recursos Naturais: utilização e consequências Planeta
Terra — 8.º ano.
3. MOREIRA, João Carlos e SENE Eustáquio de Geografia geral e do Brasil- espaço
geográfico e globalização – Ed. Scipione – São Paulo – 2010 – 560 páginas.
4. ADAS, Melhem e ADAS, Sérgio. Panorama geográfico do Brasil – contradições,
impasses e desafios socio espaciais – Ed. Moderna – São Paulo – 2009 – 456 páginas.
5. LUCCI, Elian Alabi, LAZARO BRANCO, Anselmo e MENDONÇA, Cláudio. Território e
sociedade no mundo globalizado – Geografia geral e do Brasil – Ed. Saraiva – São Paulo
– 2006 – 576 páginas.
6. CANO, W. (1994). Industrialização, Crise, ajuste e Reestruturação. In: O Mundo do
Trabalho. Campinas. IE.
7. COUTINHO, L. (1992). A Terceira Revolução Industrial. Economia e Sociedade, n. 1.
IE, Campinas.
15. MORAES, Paulo Roberto. Geografia geral e do Brasil – Ed. Harbra – São Paulo – 2010
– 690 páginas.