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Igildo Tchuma
IFRS 1 – IAS 40
Delegação de Maputo
Faculdade de Ciências Económicas
O objetivo deste estudo foi verificar a percepção dos profissionais de contabilidade sobre as
Normas Internacionais de Contabilidade (International Financial Reporting Standards – IFRS) e
o impacto dela na controladoria.
A norma define as primeiras demonstrações contábeis em IFRS como sendo aquelas que
contenham uma afirmação explícita e sem reservas da adoção das IFRS.
Para a elaboração das primeiras demonstrações contábeis em IFRS, a IFRS 1 requer a aplicação
retrospectiva de todas as IFRS em vigor na data do balanço patrimonial referente ao último
exercício apresentado, exceto quanto a quatorze isenções opcionais e quatro exceções
mandatórias.
As isenções opcionais à aplicação retrospectiva têm por objetivo reduzir o esforço exigido para a
conversão das demonstrações contábeis em áreas onde os custos associados poderiam superar os
benefícios para os usuários. Por outro lado, as exceções, que são mandatórias, aplicam-se a casos
em que o tratamento retrospectivo não seria apropriado.
As isenções opcionais referem-se à: operações de combinações de entidades;
Ativo imobilizado;
Benefícios a empregados; ajustes cumulativos de conversão;
Instrumentos financeiros compostos;
Data de transição para controladas, coligadas e jointventures;
Designação de ativos e passivos financeiros;
Pagamentos baseados em ações;
Informações comparativas para instrumentos financeiros;
Informações comparativas para contratos de seguros;
Obrigações por desmobilização;
Transações que contêm arrendamento; informações comparativas para ativos resultantes de
atividades de exploração e avaliação de produtos minerais e avaliação a valor justo de ativos ou
passivos financeiros no reconhecimento original.
As exceções referem-se à: baixa de ativos e passivos financeiros; ativos mantidos para venda;
contabilização de hedge e estimativas contábeis.
Informações financeiras comparativas devem ser preparadas e apresentadas com base nas IFRS
em vigor da data das demonstrações contábeis.
Os ajustes decorrentes da adoção das IFRS pela primeira são geralmente lançados à conta de
lucros
acumulados no patrimônio líquido de abertura do primeiro período para o qual está sendo
apresentado resultado em IFRS. Com relação à aplicação de novas normas, cada IFRS especifica
o tratamento na primeira aplicação.
Todos os componentes do balanço patrimonial são potencialmente afetados pela IFRS 1, uma
vez que é requerido o recálculo dos valores dos ativos e passivos para ajustá-los aos
requerimentos contidos nas normas em vigor na data das primeiras demonstrações contábeis.
Em particular, as isenções e exceções contidas na IFRS 1 podem afetar ativos e passivos
provenientes de combinações de entidades; ativo imobilizado;
Passive por obrigações a empregados;
Ativos e passivos financeiros e passivo por desmobilização de ativos ou operações.
IAS 2 – Estoques
Propriedades para investimentos são terrenos e edificações que uma entidade mantém para obtêr
rendimentos e/ou valorização. Estas propriedades para investimentos podem ser distinguidas das
classificadas como ativo imobilizado por não serem para uso próprio.
Nos casos em que um imóvel é utilizado para investimento e ao mesmo tempo para o uso proprio
deverá contabilizado parte em propriedades para investimento e parte em ativo imobilizado. Por
exemplo em um prédio comercial de propriedade de uma entidade que utiliza alguns andares e
aluga os demais para terceiros, a parcela referente aos andares alugados devem ser classificados
como propriedade para investimento.
O custo inicial e eventuais custos subseqüentes de uma propriedade para investimento são
tratados de maneira similar aos de um ativo imobilizado. A diferença de tratamento fica por
conta da mensuração subseqüente. Subseqüentemente, a entidade pode optar entre manter uma
propriedade para investimento mensurada ao custo histórico menos depreciação, similar a um
ativo imobilizado, ou pelo valor justo.
No caso do modelo do valor justo, os ganhos e perdas apurados nas avaliações periódicas são
lançados contra o resultado. Não há determinação de periodo mínimo para avaliação, mas é
provável que esta avaliação tenha que ser feita anualmente considerando mudanças no valor
justo.
Mesmo optando pelo método do custo histórico menos depreciação e redução por perda
(“impairment”), a administração da entidade tem a obrigação de divulger o valor justo da
propriedade.
Dentre as informações que o IAS 40 requer que a entidade divulgue estão:
Especialmente com relação a entidades optando pelo modelo de valor justo, as seguintes
divulgações adicionais devem ser feitas:
Ainda, divulgação de informação adicional é necessária quando o valor justo para alguma
propriedade para investimento não puder ser determinado e quando contratos de leasing, sejam
financeiros ou operacionais, estão envolvidos.