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DIREITO ADMINISTRATIVO I

2.4. Fontes do Direito Administrativo

Estudo deste ponto com base nos seguintes


textos (disponibilizados na plataforma EAD):

 SOUSA, Marcelo Rebelo de; MATOS, André


Salgado de (2008) – Direito Administrativo
Geral – Tomo I – Introdução e Princípios
Fundamentais (3.ª ed.). Alfragide:
Publicações D. Quixote, pp. 63-73;

 CAUPERS, João (2009) – Introdução ao


Direito Administrativo (10.ª ed.). Lisboa:
Âncora, pp. 54-65.
DIREITO ADMINISTRATIVO I

II. ORGANIZAÇÃO
ADMINISTRATIVA
DIREITO ADMINISTRATIVO I
1. Os princípios constitucionais sobre a organização
administrativa

 PRINCÍPIO DA DESBUROCRATIZAÇÃO

 PRINCÍPIO DA APROXIMAÇÃO DOS


SERVIÇOS ÀS POPULAÇÕES

 PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO DOS


INTERESSADOS NA GESTÃO DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

 PRINCÍPIO DA DESCENTRALIZAÇÃO

 PRINCÍPIO DA DESCONCENTRAÇÃO
DIREITO ADMINISTRATIVO I

1. Os princípios constitucionais sobre a organização


administrativa

 ART.º 267.º CRP

 CRP como constituição


programática

 Estabelece orientações sobre


organização da AP (modelo
constitucional de organização da
Administração Pública Portuguesa)

[ Cfr. também Art.º 6.º CRP, sobre a


organização do Estado, em geral]
DIREITO ADMINISTRATIVO I

1. Os princípios constitucionais sobre a organização


administrativa

V. AMARAL, Diogo Freitas do, Curso de


Direito Administrativo, vol. I, 4.ª edição,,
Almedina, Coimbra, 2015:

 § 3.º OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS SOBRE


ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
DIREITO ADMINISTRATIVO I

1. Os princípios constitucionais sobre a organização


administrativa

PRINCÍPIO DA DESBUROCRATIZAÇÃO

 AP deve organizar-se e funcionar de


acordo com padrões de eficiência na
prossecução do interesse público

 AP deve organizar-se e funcionar na


perspetiva de facilitar a vida dos
particulares que com ela se relacionam
DIREITO ADMINISTRATIVO I

1. Os princípios constitucionais sobre a organização


administrativa

PRINCÍPIO DA APROXIMAÇÃO DOS


SERVIÇOS ÀS POPULAÇÕES

 A estruturação da AP deverá, em
termos de localização dos seus
serviços, estar próxima dos seus
destinatários
 Proximidade geográfica e outras
formas de aproximação (postura
recetiva às populações…)
 Potencialidades da “administração
pública eletrónica” (e-government)
DIREITO ADMINISTRATIVO I

1. Os princípios constitucionais sobre a organização


administrativa

PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO DOS


INTERESSADOS NA GESTÃO DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
 Será que a participação dos cidadãos se
esgota na eleição dos órgãos da AP?
 Democracia representativa e democracia
direta
 Perspetiva estrutural (na própria orgânica
da AP) e perspetiva funcional (inserida na
atividade administrativa – v. Art.º 11.º e
Art.º 12.º CPA) dessa participação
DIREITO ADMINISTRATIVO I

1. Os princípios constitucionais sobre a organização


administrativa

PRINCÍPIO DA DESCENTRALIZAÇÃO
 Através da chamada administração autónoma
(autarquias locais e associações públicas) são
prosseguidos os interesse públicos próprios das
diferentes pessoas coletivas públicas que a
constituem

 Por isso, essas pessoas coletivas públicas


dirigem-se a si mesmas (autoadministração),
definindo com independência a orientação das
suas atividades, sem sujeição a hierarquia ou a
superintendência do Governo (apenas sujeita ao
poder de tutela – ex. Art.º 242.º CRP)
DIREITO ADMINISTRATIVO I

1. Os princípios constitucionais sobre a organização


administrativa

PRINCÍPIO DA DESCONCENTRAÇÃO
 Sistema em que o poder decisório se reparte entre
o superior e um ou vários órgãos subalternos da
mesma pessoa coletiva pública, os quais, todavia,
permanecem, em regra, sujeitos à direção e
supervisão daquele

 Por via de criação de serviços desconcentrados


ou através da figura da delegação de poderes

 LIMITES AOS PRINCÍPIOS DA


DESCENTRALIZAÇÃO E DA DESCONCENTRAÇÃO?
V. ART.º 267.º/2 CRP
DIREITO ADMINISTRATIVO I

2. A Administração Central do
Estado
2.1. O Estado e a sua
Administração Direta
DIREITO ADMINISTRATIVO I

2. A Administração Central do Estado


2.1. O Estado e a sua Administração Direta

ESTADO
 Aceção internacional – o Estado soberano, titular de
direitos e obrigações na esfera internacional

 Aceção constitucional – o Estado como comunidade


de cidadãos que, nos termos do poder constituinte que
a si própria se atribui, assume uma determinada forma
política para prosseguir os seus fins nacionais

 Aceção administrativa – o Estado é a pessoa


coletiva pública que, no seio da comunidade nacional,
desempenha, sob a direção do Governo, a atividade
administrativa
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2. A Administração Central do Estado


2.1. O Estado e a sua Administração Direta

ESTADO-ADMINISTRAÇÃO
 Estado como pessoa coletiva (pública)

 ESTADO ≠ GOVERNANTES
- o Estado é uma organização permanente
- os governantes são os indivíduos que transitoriamente
desempenham as funções dirigentes dessa organização

 ESTADO ≠ FUNCIONÁRIOS
- Estado é uma pessoa coletiva, com património próprio
- Funcionários são indivíduos que atuam ao serviço do
Estado, mas que mantêm a sua individualidade humana
e jurídica
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2. A Administração Central do Estado


2.1. O Estado e a sua Administração Direta

ESTADO-ADMINISTRAÇÃO (cont.)
 ESTADO ≠ OUTRAS ENTIDADES ADMINISTRATIVAS
- regiões autónomas, autarquias locais e associações
públicas
- institutos públicos e empresas públicas

 ESTADO ≠ CIDADÃOS
- Estado (autoridade) como sujeito ativo face aos cidadãos
(administrados), a quem impõe deveres
- Cidadãos como sujeitos ativos, exercendo direitos face ao
Estado
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2. A Administração Central do Estado


2.1. O Estado e a sua Administração Direta

ESTADO COMO PESSOA COLECTIVA PÚBLICA


 exemplos de normas constitucionais de que, explícita
ou implicitamente, decorre essa qualificação
 Art.º 3.º/3
 Art.º 5.º/3
 Art.º 18.º/1
 Art.º 22.º
 Art.º 27.º/5
 Art.º 41.º/4
 Art.º 48.º/2
 Art.º 54.º/5, al. f)
 Art.º 65.º/4
 Art.º 84.º/2
 Art.º 199.º, al. d)
 Art.º 201.º/1, al. b)
 Art.º 201.º/2, al. b)
 Art.º 269.º/1 e 2
 Art.º 271.º/1 e 4
 Art.º 276.º/6 [  ver também, a propósito, Art.º 2.º/4 – al. a) CPA]
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2. A Administração Central do Estado


2.1. O Estado e a sua Administração Direta

ESTADO COMO PESSOA COLECTIVA


PÚBLICA (cont.)
 Consequências dessa qualificação - 1
 Distinção entre o Estado e outros sujeitos de direito
(pessoas físicas ou pessoas coletivas)
 Enumeração, constitucional e legal, das atribuições do
Estado
 Estabelecimento, por via constitucional ou legal, de órgãos
do Estado
 Definição das atribuições e competências a cargo dos
diversos órgãos do Estado
 Possibilidade de distinção entre órgãos e representantes,
permanentes ou ocasionais, do Estado
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2. A Administração Central do Estado


2.1. O Estado e a sua Administração Direta
ESTADO COMO PESSOA COLECTIVA
PÚBLICA (cont.)
 Consequências dessa qualificação - 2
 Distinção entre funcionários/trabalhadores da AP, do Estado,
das autarquias locais, das regiões autónomas, das empresas
públicas e do sector privado
 Prática de atos jurídicos (p. ex., contratos) por parte do Estado
 Delimitação do património do Estado (bens e direitos
patrimoniais do Estado, enquanto pessoa coletiva) face a outros
patrimónios públicos ou privados, individuais ou coletivos
 Inexistência de litispendência (quando se repete uma causa,
estando a anterior ainda pendente) ou caso julgado (a decisão
sobre a relação material controvertida, transitou em julgado)
entre o Estado e outras pessoas coletivas públicas
 As restantes pessoas coletivas públicas são, para efeitos de
responsabilidade civil, terceiros face ao Estado
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2. A Administração Central do Estado


2.1. O Estado e a sua Administração Direta
ESPÉCIES DA ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO
 ADMINISTRAÇÃO CENTRAL DO ESTADO
(órgãos e serviços com competência em todo o
território nacional)
 ADMINISTRAÇÃO LOCAL/PERIFÉRICA DO ESTADO
(órgãos e serviços com competência territorialmente
limitada) ≠ administração autárquica
 ADMINISTRAÇÃO DIRETA DO ESTADO
(atividade exercida por serviços integrados na pessoa
coletiva Estado)
 ADMINISTRAÇÃO INDIRETA DO ESTADO
(atividade exercida por pessoas coletivas distintas do
Estado, embora realizando fins deste)
 V. Art.º 199.º, al. d) CRP
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2. A Administração Central do Estado
2.1. O Estado e a sua Administração Direta

 ESTADO (ADMINISTRAÇÃO DIRETA) -


CARATERÍSTICAS

 UNICIDADE
 CARÁTER ORIGINÁRIO
 TERRITORIALIDADE
 MULTIPLICIDADE DE ATRIBUIÇÕES
 PLURALISMO DE ÓRGÃOS E SERVIÇOS
 ORGANIZAÇÃO EM MINISTÉRIOS
 PERSONALIDADE JURÍDICA UNA
 INSTRUMENTALIDADE
 ESTRUTURA HIERÁRQUICA
 SUPREMACIA
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2. A Administração Central do Estado
2.1. O Estado e a sua Administração Direta

 ESTADO (ADMINISTRAÇÃO DIRETA) -


CARATERÍSTICAS

UNICIDADE

 O Estado é a única espécie deste género

 Assim, enquanto ao conceito de autarquia


local correspondem alguns milhares de entes
autárquicos, ao conceito de Estado pertence
apenas um ente — o próprio Estado
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2. A Administração Central do Estado
2.1. O Estado e a sua Administração Direta

CARÁTER ORIGINÁRIO

 Todas as outras pessoas coletivas públicas


são sempre criadas ou reconhecidas por lei
ou nos termos da lei
 O Estado não o foi – a pessoa coletiva
Estado não é criada pelo poder constituído
 Por isso, tem natureza originária
(≠ natureza derivada)
 Em consequência, vários dos seus órgãos –
designadamente, o Governo – são órgãos de
soberania
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2. A Administração Central do Estado
2.1. O Estado e a sua Administração Direta

TERRITORIALIDADE
 O Estado é uma pessoa coletiva de cuja natureza
faz parte um certo território – o território nacional
 O Estado é a primeira, e a mais importante, das
chamadas “pessoas coletivas de população e
território”
 Todas as parcelas territoriais, mesmo que afetas
a outras entidades – como regiões, autarquias
locais, administrações territoriais diversas – estão
sujeitas ao poder do Estado
 Todos os indivíduos residentes no território
nacional, mesmo que estrangeiros ou apátridas,
estão submetidos aos poderes do Estado-
administração
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2. A Administração Central do Estado
2.1. O Estado e a sua Administração Direta

MULTIPLICIDADE DE ATRIBUIÇÕES

 O Estado é uma pessoa coletiva de fins


múltiplos

 Pelo que pode e deve prosseguir


diversas e variadas atribuições

 Nisto se distingue de algumas outras


pessoas coletivas públicas, que só podem
prosseguir fins singulares
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2. A Administração Central do Estado
2.1. O Estado e a sua Administração Direta

PLURALISMO DE ÓRGÃOS E SERVIÇOS

 São numerosos os órgãos do Estado, bem


como os serviços públicos que auxiliam
esses órgãos

 O Governo, os membros do Governo


individualmente considerados, os diretores-
gerais, etc., são órgãos do Estado

 Os ministérios, as secretarias de Estado, as


direções-gerais, etc., são serviços públicos
do Estado
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2. A Administração Central do Estado
2.1. O Estado e a sua Administração Direta

ORGANIZAÇÃO EM MINISTÉRIOS
 Os órgãos e serviços do Estado-
administração, a nível central, estão
estruturados em departamentos
 Esses departamentos estão organizados
por assuntos ou matérias
 Tendo a designação de ministérios
 Este tipo de organização é diferente nas
autarquias locais ou nos institutos públicos,
de estrutura mais flexível (vereadores ou
dirigentes de topo, conforme o caso, podem
dirigir serviços e áreas diferentes ao longo do
mandato)
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2. A Administração Central do Estado
2.1. O Estado e a sua Administração Direta

PERSONALIDADE JURÍDICA UNA


 Existe, como se observou, multiplicidade
das atribuições, pluralismo dos órgãos e
serviços e divisão em ministérios

 Porém, o Estado mantém sempre uma


personalidade jurídica una

 Ou seja, todos os ministérios pertencem ao


mesmo sujeito de direito, não são sujeitos de
direito distintos (os ministérios e as direções-
gerais não têm personalidade jurídica)
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2. A Administração Central do Estado
2.1. O Estado e a sua Administração Direta

INSTRUMENTALIDADE
 A administração do Estado é subordinada,
não é independente nem autónoma (salvo
casos excecionais)
 Constitui um instrumento para o
desempenho dos fins do Estado
 Consequentemente, a CRP [Art. 199.°, al. d)]
submete a administração direta do Estado,
civil e militar, ao poder de direção do Governo
≠ Administração indireta (superintendência e tutela
governamental)
≠ Administração autónoma (simples poder de tutela) …/…
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2.1. O Estado e a sua Administração Direta

INSTRUMENTALIDADE (cont.)

Consequências:

 Subordinação da administração à política


 Dever de obediência dos funcionários
relativamente aos governantes
 Repercussões diretas das mutações
políticas (≠ autarquias ou politécnicos, p. ex.)
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2. A Administração Central do Estado
2.1. O Estado e a sua Administração Direta

ESTRUTURA HIERÁRQUICA

 A administração direta do Estado estrutura-


se em termos hierárquicos

 Isso significa uma estruturação de acordo


com um modelo de organização
administrativa constituído por um conjunto de
órgãos e agentes ligados por um vínculo
jurídico que confere ao superior o poder de
direção e ao subalterno o dever de obediência

…/…
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2. A Administração Central do Estado
2.1. O Estado e a sua Administração Direta

ESTRUTURA HIERÁRQUICA (cont.)


 A estruturação hierárquica justifica-se não
apenas por considerações de eficiência, dado o
elevado número de funcionários e agentes que
trabalham no Estado, mas também por razões de
coerência com o princípio da instrumentalidade

 Se os subalternos não se achassem vinculados


a um dever de obediência, claro e preciso, face às
ordens e instruções dos seus superiores, a
administração do Estado deixava de ser
subordinada e passava a ser autónoma ou
independente ( relação com a responsabilidade
política do Governo perante o Parlamento)
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2. A Administração Central do Estado
2.1. O Estado e a sua Administração Direta

SUPREMACIA

 O Estado-administração (dado o seu


carácter único, originário e instrumental em
relação aos fins do Estado), exerce poderes
de supremacia não apenas em relação aos
sujeitos de direito privado, mas também
sobre as outras entidades públicas

…/…
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2.1. O Estado e a sua Administração Direta

SUPREMACIA (cont.)
 O grau ou a intensidade desses poderes
varia conforme a maior ou menor autonomia
que a ordem jurídica pretende conceder às
várias pessoas coletivas públicas

 Assim, os institutos públicos e as empresas


públicas estão sujeitos à superintendência do
Governo, as autarquias locais à tutela
administrativa do Estado, as regiões
autónomas a uma limitada fiscalização dos
órgãos de soberania e do Tribunal
Constitucional …/…
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2.1. O Estado e a sua Administração Direta

SUPREMACIA (cont.)

 Mas em todos os casos o Estado afirma,


nos termos da lei, a sua supremacia

 Por isso se chama ao Estado ente público


máximo ou supremo

 Enquanto às demais pessoas coletivas


públicas se dá a designação de entes
públicos menores ou de entes públicos
subordinados
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2. A Administração Central do Estado
2.1. O Estado e a sua Administração Direta

ATRIBUIÇÕES DO ESTADO
(fins ou objetivos
resultantes da lei)

 NUMEROSAS

 COMPLEXAS

 DISPERSAS
( ≠ INTEGRADAS, COMO ACONTECE NAS OUTRAS
PESSOAS COLECTIVAS PÚBLICAS)
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2. A Administração Central do Estado
2.1. O Estado e a sua Administração Direta

 ATRIBUIÇÕES DO ESTADO

 ATRIBUIÇÕES PRINCIPAIS DO ESTADO


(correspondem aos grandes objetivos
constitucionais e legais que o Estado se propõe
alcançar)

 ATRIBUIÇÕES AUXILIARES
(são instrumentais relativamente às anteriores)

 ATRIBUIÇÕES DE COMANDO
(visam a preparação e acompanhamento das
decisões dos dirigentes)
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2. A Administração Central do Estado
2.1. O Estado e a sua Administração Direta
ATRIBUIÇÕES PRINCIPAIS DO ESTADO

 Atribuições de soberania, incluindo defesa nacional, relações


externas, polícia, prisões, e outras

 Atribuições económicas, incluindo as relativas à moeda, ao


crédito, ao imposto, ao comércio externo, aos preços, e à
produção nos diversos sectores produtivos, tais como a
agricultura, o comércio, a indústria, a pesca, os transportes, as
telecomunicações, etc.

 Atribuições sociais, incluindo a saúde, a segurança social, a


habitação, o urbanismo, o ambiente, a proteção do trabalho, etc.

 Atribuições educativas e culturais, incluindo o ensino, a


investigação científica, o fomento do desporto, da cultura, das
artes, etc.
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2. A Administração Central do Estado
2.1. O Estado e a sua Administração Direta

ATRIBUIÇÕES AUXILIARES (“funções logísticas”)

 Gestão do pessoal (recursos humanos)

 Gestão do material

 Gestão financeira

 Funções jurídicas e de contencioso

 Funções de arquivo e documentação


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2. A Administração Central do Estado
2.1. O Estado e a sua Administração Direta

ATRIBUIÇÕES DE COMANDO

 Estudos e planeamento

 Previsão

 Organização

 Controlo

 Relações públicas (comunicação)


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2. A Administração Central do Estado


2.1. O Estado e a sua Administração Direta

ESTADO COMO PESSOA COLETIVA


PÚBLICA (cont.)
 PRINCIPAIS ÓRGÃOS CENTRAIS DO
ESTADO (órgãos administrativos vs. órgãos não
administrativos)

 Presidente da República
 Assembleia da República
 Governo
 Tribunais
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2. A Administração Central do Estado


2.1. O Estado e a sua Administração Direta
ESTADO COMO PESSOA COLETIVA PÚBLICA (cont.)

 OUTROS ÓRGÃOS DO ESTADO (Administração Central) sob


a direção do Governo

 Diretores-gerais, diretores de serviços, chefes de divisão,


etc.
 CEMGFA e chefes dos vários ramos das FA
 Comandantes das forças de segurança
 Procurador-Geral da República e adjuntos
 Inspetores-gerais e adjuntos
 Dirigentes de gabinetes, centros e institutos (sem
personalidade jurídica) pertencentes à administração central)
 Comissões temporárias ou permanentes (de ministérios ou
interministeriais)
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2. A Administração Central do Estado


2.1. O Estado e a sua Administração Direta
ESTADO COMO PESSOA COLETIVA PÚBLICA (cont.)

 ÓRGÃOS DO ESTADO INDEPENDENTES

 Provedor de Justiça (Art.º 23.º CRP)


 Conselho Económico e Social (Art.º 92.º CRP)
 Entidade Reguladora para a Comunicação Social (Art.º 39.º
CRP)
 Comissão Nacional de Eleições
 Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos
 Comissão Nacional de Proteção de Dados

 Outros órgãos semelhantes: ANACOM, ERSE, ERS, CMVM,


etc.
DIREITO ADMINISTRATIVO I

2.2. O Governo

GOVERNO

é o principal órgão permanente e


direto do Estado, com caráter
administrativo
DIREITO ADMINISTRATIVO I

2.2. O Governo

GOVERNO COMO ÓRGÃO


 POLÍTICO
 LEGISLATIVO
 ADMINISTRATIVO

 A FUNÇÃO DOS GOVERNOS EM DITADURA (+


administrativa ) OU EM DEMOCRACIA (+ política)
 Idem, nos vários modelos de regime
democrático (PRESIDENCIALISTA, PARLAMENTAR
E SEMIPRESIDENCIALISTA)
DIREITO ADMINISTRATIVO I

2.2. O Governo

 PRINCIPAIS FUNÇÕES DO GOVERNO


Quais são os poderes funcionais que a
Constituição e as leis conferem ao Governo,
enquanto órgão da Administração?

Artigo 182.° CRP


“o Governo é o órgão de condução da política
geral do país e o órgão superior da administração
pública”
DIREITO ADMINISTRATIVO I

2.2. O Governo

 Revendo a CRP…
 Artigo 197.° - competência política do Governo
 Artigo 198.° - a competência legislativa

 Artigo 199.° - a competência administrativa

PRINCIPAIS FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS


 Garantir a execução das leis
 Assegurar o funcionamento da Administração
Pública
 Promover a satisfação das necessidades coletivas
DIREITO ADMINISTRATIVO I

2.2. O Governo

 GARANTIR A EXECUÇÃO DAS LEIS

 Defender a legalidade democrática – al. f)


 Regulamentar as leis – al. c)
DIREITO ADMINISTRATIVO I

2.2. O Governo

 ASSEGURAR O FUNCIONAMENTO DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

 Elaborar e fazer executar os planos – al. a)


 Fazer executar o Orçamento do Estado – al. b)
 Dirigir os serviços e a atividade da administração direta
do Estado, civil e militar, superintender na administração
indireta, e exercer a tutela sobre esta e sobre a
administração autónoma – al. d)
 Praticar todos os atos exigidos pela lei respeitantes aos
funcionários e agentes do Estado e de outras pessoas
coletivas públicas – al. e)
DIREITO ADMINISTRATIVO I

2.2. O Governo

 PROMOVER A SATISFAÇÃO DAS NECESSIDADES


COLETIVAS

 Promoção da satisfação das necessidades


coletivas, designadamente através do
desenvolvimento económico, social e cultural do
país – al. g)
DIREITO ADMINISTRATIVO I

2.2. O Governo

O GOVERNO, ENQUANTO ÓRGÃO PRINCIPAL DA


ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PORTUGUESA

 DIRIGE A ADMINISTRAÇÃO DIRETA DO ESTADO


 SUPERINTENDE E TUTELA A ADMINISTRAÇÃO
INDIRETA DO ESTADO
 TUTELA A ADMINISTRAÇÃO AUTÓNOMA
(entidades não pertencentes ao Estado)
DIREITO ADMINISTRATIVO I

2.2. O Governo

 COMPETÊNCIA “NORMAL” DOS GOVERNOS


VS.
 COMPETÊNCIA LIMITADA DOS GOVERNOS DE
GESTÃO (Art.º 186.º/5 CRP)
DIREITO ADMINISTRATIVO I

2.2. O Governo

 MODOS DE EXERCÍCIO DA COMPETÊNCIA


GOVERNAMENTAL

 FORMA COLEGIAL – CONSELHO DE MINISTROS


– Art.º 184.º e Art.º 200.º CRP
(soluções adotadas por consenso ou por
maioria)
 EXERCÍCIO INDIVIDUAL – PELOS VÁRIOS
MEMBROS DO GOVERNO – Art.º 201.º CRP
(Primeiro-Ministro, Ministros, Secretários de
Estado ou Subsecretários de Estado)
DIREITO ADMINISTRATIVO I

2.2. O Governo

 ESTRUTURA DO GOVERNO

Art.º 183.º CRP


 Primeiro-Ministro
 Vice-Primeiros-Ministros
 Ministros
 Secretários de Estado
 Subsecretários de Estado
DIREITO ADMINISTRATIVO I

2.2. O Governo

 PRIMEIRO-MINISTRO

 Art.º 201.º CRP

- De chefia
 Funções
administrativas
- De gestão
DIREITO ADMINISTRATIVO I

2.2. O Governo

 PRIMEIRO-MINISTRO

EXERCÍCIO DE FUNÇÕES DE CHEFIA

 Dirige o funcionamento do Governo e coordena e orienta a ação


de cada um dos Ministros
 Preside ao Conselho de Ministros (por isso é que por vezes o
chefe do governo se denomina “Presidente do Conselho de
Ministros”
 Referenda os decretos regulamentares (quanto aos decretos-leis,
não fazem parte da função administrativa)
 Intervém pessoalmente na nomeação de certos altos
funcionários do Estado
DIREITO ADMINISTRATIVO I

2.2. O Governo

 PRIMEIRO-MINISTRO
EXERCÍCIO DE FUNÇÕES DE GESTÃO

 Administra ou gere os serviços próprios da Presidência do


Conselho (a Presidência do Conselho é um departamento com
numerosos serviços públicos)
 Orienta as diferentes Secretarias de Estado que estejam
integradas na Presidência do Conselho
 Tradicionalmente, o Primeiro-Ministro ocupa-se em especial de
determinados assuntos administrativos
 Direção da função pública (a organização do Estado e do
funcionalismo público são problemas que, em regra, estão
colocados diretamente sob as ordens do Primeiro-Ministro, bem
como a administração financeira do Estado e, em especial, a
elaboração e execução do Orçamento)
DIREITO ADMINISTRATIVO I

2.2. O Governo

 VICE-PRIMEIRO-MINISTRO
Ver Art.º 183.º/2 e 184.º/1 CRP

 MINISTROS, SECRETÁRIOS DE ESTADO E


SUBSECRETÁRIOS DE ESTADO (relação de
supremacia ou subordinação política ≠ hierarquia
em sentido jurídico)
DIREITO ADMINISTRATIVO I

2.2. O Governo

 RAZÕES DA DIFERENCIAÇÃO DE CATEGORIAS


DENTRO DO GOVERNO

 Complexidade e acréscimo de funções do Estado


moderno, o que sobrecarrega excessivamente os
Ministros, a ponto de ser necessário fornecer-lhes
auxiliares nas suas funções

 Propensão centralizadora do nosso sistema e dos


governantes, que tendem a chamar tudo a si e por isso
não têm tempo de tudo estudar e de tudo decidir

 Necessidade de libertar do despacho corrente os


Ministros para que estes se possam dedicar, sobretudo,
às suas funções políticas e de alta administração
DIREITO ADMINISTRATIVO I

2.2. O Governo

 MINISTROS

 Membros do Governo que participam no Conselho de


Ministros e exercem funções políticas e administrativas

 Princípio de organização do Governo, o princípio da


igualdade dos Ministros, segundo o qual todos os
Ministros são iguais entre si, em categoria oficial e em
estatuto jurídico

 Ver Artigo 201.º/2 CRP


DIREITO ADMINISTRATIVO I

2.2. O Governo

 MINISTROS - Competências

 Fazer regulamentos administrativos no âmbito da atuação do seu


ministério

 Nomear, exonerar e promover o pessoal que trabalha no seu ministério

 Exercer os poderes de superior hierárquico sobre todo o pessoal do seu


ministério

 Exercer poderes de superintendência ou de tutela sobre as instituições


dependentes do seu ministério ou por ele fiscalizadas

 Assinar em nome do Estado os contratos celebrados com particulares ou


outras entidades, quando versem sobre matéria das atribuições do seu
ministério

 Em geral, resolver todos os casos concretos que, por lei, devam correr
por qualquer dos serviços que pertençam ao seu ministério
DIREITO ADMINISTRATIVO I

2.2. O Governo

 SECRETÁRIOS DE ESTADO (ESTATUTO JURÍDICO)

 Não participam das funções política e legislativa


 Não participam, em regra, no Conselho de Ministros,
salvo em substituição do Ministro respetivo, mas podem
participar nos Conselhos especializados
 Só exercem competência administrativa delegada, sob
a orientação direta dos respetivos Ministros
 Não são hierarquicamente subordinados aos Ministros,
mas estão sujeitos à supremacia política destes (a sua
competência é maior ou menor conforme o âmbito da
delegação recebida, mas não podem nunca revogar,
modificar ou suspender os atos dos Ministros)
DIREITO ADMINISTRATIVO I

2.2. O Governo

 SUBSECRETÁRIOS DE ESTADO

 Categoria protocolar menos elevada que os Secretários


de Estado
 Em regra, não despacham com o respetivo Ministro
 Normalmente, não substituem os Ministros
 Tendência para serem em número muito reduzido ou
mesmo inexistentes
DIREITO ADMINISTRATIVO I

2.2. O Governo

 FUNCIONAMENTO DO GOVERNO

 O Governo é constituído, nomeado e, a seguir à tomada


de posse, tem de elaborar o seu programa - o Programa do
Governo (Art.º 187.º e Art.º 188.º CRP)
 Apresenta o Programa do Governo à Assembleia da
República para debate e eventual votação (Art.º 192.º CRP)
 adoção do Programa do Governo
 O Conselho de Ministros define as linhas gerais da
política governamental [Art.º 200.°/1, al. a) CRP], e da sua
execução
 O Primeiro-Ministro exerce, em relação ao
funcionamento do Governo, duas funções importantes:
1 - dirige o funcionamento do Governo
2- coordena e orienta a ação dos Ministros
DIREITO ADMINISTRATIVO I

2.2. O Governo

 MODALIDADES DE COORDENAÇÃO MINISTERIAL

 Coordenação por acordo entre serviços dos diferentes


ministérios
 Coordenação por comissões interministeriais
 Coordenação por acordo entre os Ministros em causa
 Coordenação por um Vice-Primeiro-Ministro, Ministro de
Estado ou equivalente
 Coordenação pelo Primeiro-Ministro
 Coordenação pelo Conselho de Ministros
 Coordenação por Conselhos de Ministros especializados
DIREITO ADMINISTRATIVO I

2.2. O Governo

 MODALIDADES DE COORDENAÇÃO MINISTERIAL (cont.)


(síntese)

 Por acordo os órgãos ou serviços normalmente


competentes

 Por intervenção de uma entidade individual para tanto


habilitada

 Por intervenção superior de um órgão colegial


DIREITO ADMINISTRATIVO I

2.2. O Governo

 CONSELHO DE MINISTROS

 Órgão colegial constituído pela reunião de todos os


Ministros (e Vice-Primeiros-Ministros, se os houver)

 Sob a presidência do Primeiro-Ministro

 Competindo ao PM desempenhar as funções políticas e


administrativas que a Constituição ou a lei atribuam
colectivamente ao Governo

 Art.º 200.°/1 CRP


DIREITO ADMINISTRATIVO I

2.2. O Governo

 CONSELHOS DE MINISTROS ESPECIALIZADOS


 Órgãos secundários e auxiliares do Conselho de
Ministros, formados por alguns membros deste, e que
funcionam como secções do Conselho de Ministros
 Exemplos: “Conselho de Ministros para os Assuntos
Económicos” ou “Conselho de Ministros para os Assuntos
Comunitários”
 Art.º 200.°/2 CRP
 Funções
- preparar as reuniões do CM
- tomar decisões em nome do CM
- executar as decisões do CM ou controlar a sua
execução

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