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ASSOCIADOS.
Aprovada por:
_________________________________________________
Prof. Rubens de Andrade Jr.
Dedico esta obra às minhas “filhas”, a quem tenho muito apreço, e aproveito para
dizer o motivo deste apreço: que são pequenos seres que, apesar de serem muito
simples e inocentes, revelam a grandiosidade de algo que está além do nosso
entendimento. Carbono 14 (in memorian), Protactínia, Urânia (in memorian), Neptúnia
e Plutônia (in memorian).
AGRADECIMENTOS
Capítulo 5 – Conclusões 27
Referências Bibliográficas 28
Capítulo I
INTRODUÇÃO
1.1) Introdução:
Há ainda outras inúmeras máquinas no CERN, dentre as quais vale a pena aqui
citar o AD (Antipróton Desaccelerator) [1].
Os experimentos que o CERN está realizando no LHC são vários:
supercondutora[6].
Î O experimento ALPHA emprega como armadilha para antimatéria (antiátomos
neutros) um eletromagneto octupolo supercondutor, sendo projetado com
previsão do fenômeno de quenching (o mesmo que causou o acidente no LHC
em 2008) em seu uso normal no experimento[7].
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Capítulo II
TEORIA DE SUPERCONDUTORES
2.1) Introdução:
Este capítulo é destinado a prover um embasamento teórico para o melhor
entendimento dos próximos capítulos. Apresenta de forma bastante simplificada (por não
ser o objetivo deste trabalho se estender em demasiado), os aspectos teóricos mais
relevantes dos supercondutores empregados no LHC e AD.
2.2) Supercondutividade:
Supercondutividade foi descoberta em 1911, quando H. Karmelingh Onnes
investigava a condutividade do mercúrio e percebeu que ao resfriar com hélio líquido, a
amostra apresentava uma condutividade muito baixa, a ponto de ser incomensurável.
Este fenômeno totalmente inesperado foi chamado de supercondutividade e a
temperatura onde ocorreu a transição do mercúrio para o estado supercondutor foi
chamada temperatura crítica, ou Tc. Essencialmente, a resistividade do mercúrio caiu a
zero.
Î Pelo material:
Alguns materiais são considerados puros supercondutores quando formados por
substância simples, a exemplo do chumbo e do mercúrio e alótropos do carbono,
como nanotubos e diamante. A maioria dos supercondutores puros são to tipo I,
mas há exceções como o nióbio. Outros são chamados de ligas supercondutoras,
como o caso do nióbio-titânio, descoberto em 1962. E há os tipos cerâmicos, que
são os cupratos e o MgB2.
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Capítulo III
SUPERCONDUTORES NO LHC e AD
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Figura 2b – Microfotografia dos cabos de NbTi usados no LHC e detalhes do cabeamento
tipo Rutherford.
Tais cabos são chamados bus-bars, e no caso do LHC existem bus-bars do tipo
Rutherford (como podemos ver na figura 2) que são especificados para três regimes
diferentes de corrente: 600 A, 6000 A, e 13000 A (o da figura 2 é na verdade parte dos
circuitos de 13 kA). Tais cabos são os mesmos usados para os enrolamentos dos
eletromagnetos principais. Cada bus-bar tem no máximo 17 m e se foram somados os
comprimentos de todas as bus-bars somente do circuito de 13 kA, no LHC elas totalizam
aproximadamente 150 km[10].
Os bus-bars especificados para 13 kA, segundo [10], são construídos de 36 fios
com filamentos de NbTi de 6 μm de diâmetro cada, em uma matriz de cobre para
estabilização térmica e que ajuda em caso de quenching. O arranjo é refrigerado a 1.9 K e
tem como corrente crítica mínima quando submetido a um campo magnético de 9 T, de
12960 A no mínimo.
O material usado portanto (NbTi) é um supercondutor de baixa temperatura, que
tem sua temperatura de transição a campo zero em torno de 10K. Nota-se então, neste
ponto, que o cabo se tornaria supercondutor muito bem a 4.2 K, ou seja, na mesma
temperatura que as cavidades de SRF operam, porém, alguns outros fatores obrigaram o
projeto do sistema criogênico a abaixar mais ainda a temperatura de operação para 1.9 K.
Um ponto importante é que não seria possível atingir um campo extremo de 9 T
com o NbTi refrigerado a 4.2 K, dada a relação entre campo crítico x temperatura, como
podemos fer na figura 3. A 4.2 K seria possível somente atingir um campo de 6.8 T, que é
insuficiente para a geração de eventos de 14 TeV.
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Figura 3a – Características do material usado na construção dos cabos supercondutores
usados no LHC (NbTi).
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Figura 4 – Visão em corte de um dipolo do LHC.
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Figura 5 – Exemplo de uma armadilha de minimo-B e princípio de funcionamento.
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uma antena no interior da cavidade, e quando esta fonte está sintonizada na mesma
frequência natural da cavidade, temos um efeito ressonante, ou seja, a energia
armazenada nos campos elétrico e magnético só aumenta, do mesmo modeque a
corrente e a tensão em um circuito tanque. Sincronizando este efeito de ressonância a um
feixe de partículas carregadas passante, o feixe então pode sair com uma energia cinética
maior do que a energia com que entrou, conforme visto na figura 6.
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Figura 8 – Falha na emenda que possivelmente foi a causa do acidente de 2008.
A proteção age bypassando a corrente por um diodo frio[16], caso seja detectado
algum aumento na voltagem entre os terminais de um dipolo Como não houve tempo da
proteção entrar em ação, o quenching aconteceu, e como se não bastasse, a explosão
deslocou longitudinalmente 26 dipolos[16](de 30 toneladas cada) em uma espécie de efeito
dominó, e com isso danificou mais bus-bars, e provocando a liberação de mais energia.
Excluindo defeitos, a margem de operação estável em 1.9 K é bastante apertada,
pois a relação cobre/supercondutor é baixa e a capacidade térmica nesta temperatura
também muito baixa, de modo que, quando há um quenching, a densidade de corrente no
cobre ultrapassa 1 kA/mm2, elevando a temperatura muito rapidamente e iniciando uma
reação em cadeia[16].
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Capítulo IV
SUPERCONDUTORES NOS DETECTORES ATLAS E CMS
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Capítulo V
CONCLUSÕES
[1] – “CERN Brochure Faq: LHC the guide”, online, capturado em 2/9/2010 de
http://cdsmedia.cern.ch/img/CERN-Brochure-2009-003-Eng.pdf
[2] – Rossi, L.; , "The Large Hadron Collider and the Role of Superconductivity in One of
the Largest Scientific Enterprises" Applied Superconductivity, IEEE Transactions on ,
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[3] – X. Zheng; , " Operation Status of SRF Systems in the Storage Ring of SSRF"
Proceedings of SRF2009, Berlin, Germany , vol.28, no.3, pp. 259-262, June 2009 URL:
http://epaper.kek.jp/SRF2009/papers/tuppo028.pdf
[7] - Paul Preuss, " Angels, demons, and antihydrogen: The real science of anti-atoms"
SymmetryBreaking, Berkeley Lab’s News Center , vol.07, no.4, 5 May 2009
URL: http://www.symmetrymagazine.org/breaking/2009/05/07/angels-demons-and-
antihydrogen-the-real-science-of-anti-atoms/
[8] - Jörg Wenninger, “Operational Challenges of the LHC. part 2: LHC challenges”
CERN Accelerators and Beams Department Operations group. November 2007.
URL: http://irfu.cea.fr/Phocea/file.php?file=Seminaires/1595/Dapnia-Nov07-partB.ppt
[9] - J. Beauquis et al. “LHC Dipole Geometry parameters, comparison between
producers” 7th IWAA conference, Geneva, 2004.
URL: www.slac.stanford.edu/econf/C04100411/papers/046.PDF
[10] - Belova, L.; Genet, A.; Perinet-Marquet, J.-L.; Ivanov, P.; Urpin, C.; , "Design and
manufacture of the superconducting bus-bars for the LHC main magnets," Applied
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[11] - Ballarino, A.; , "Current leads for the LHC magnet system," Applied
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[12] - Ballarino, A.; Mess, K.H.; Taylor, T.; , "Extending the Use of HTS to Feeders in
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[13] - Sanfilippo, S.; Sammut, N.; Bottura, L.; Di-Castro, M.; Basu, A.; Koutchouk, J.-P.;
Todesco, E.; Hagen, P.; Catalan-Lasheras, N.; Venturini-Delsolaro, W.; Giloux, C.; Wolf, R.;
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[17] – Verweij, A.P.; Genest, J.; Knezovic, A.; Leroy, D.F.; Marzolf, J.-P.; Oberli, L.R.; , "1.9
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