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ENFRENTANDO A CRISE
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02/04/2020 ConJur - Medida Provisória permite suspensão de contrato e corte de salários
Suspensão do contrato
As micro e pequenas empresas, que faturam até R$ 4,8 milhões por ano, poderão
dispensar temporariamente os funcionários sem pagar nenhuma parte do salário,
com o governo bancando 100% do seguro-desemprego ao qual o trabalhador teria
direito caso fosse demitido.
As médias e grandes empresas, que faturam mais que R$ 4,8 milhões por ano, terão
de bancar 30% do salário durante a suspensão do contrato, com o governo pagando
70% do seguro-desemprego. Os tipos de funcionários que podem aderir às
negociações individuais permanecem são os mesmos para as empresas de menor
porte.
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02/04/2020 ConJur - Medida Provisória permite suspensão de contrato e corte de salários
Acordos coletivos
As atuais convenções ou acordos coletivos de trabalho poderão ser renegociados no
prazo de dez dias corridos a contar da publicação da medida provisória. Para evitar
aglomerações e acelerar as negociações, as assembleias poderão ser convocadas e
realizadas por meios eletrônicos, com os prazos reduzidos pela metade em relação
aos trâmites tradicionais.
Primeiras críticas
O advogado Luiz Fernando de Quevedo, sócio do Giamundo Neto Advogados, afirma
que a possibilidade de redução do salário conforme a MP é inconstitucional, pois
viola o artigo 7º, inciso VI, da Constituição que veda a irredutibilidade do salário,
salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo.
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02/04/2020 ConJur - Medida Provisória permite suspensão de contrato e corte de salários
Para Igor Wolkoff, sócio da Advocacia Castro Neves Dal Mas, é digno de nota que a
MP tenha aberto a possibilidade de regularizar ações tomadas antes da sua vigência.
"É interessante que a MP tenha trazido também um permissivo legal para aquelas
empresas que já haviam feito redução de salários e de jornada utilizando os artigos
501 e 503 da CLT, possam readequar esses acordos coletivos. Ou seja, a MP não
tornou irregulares essas medidas tomadas anteriormente, desde que sejam
renegociadas visando enquadrar-se a Medida Provisória."
"As medidas têm o mérito de criar diversos mecanismos que visam preservar o
emprego e a renda, garantir a continuidade das atividades empresariais e laborais,
além de reduzir o impacto social decorrente das consequências do estado de
calamidade pública. Ao assumir parte das despesas com a suspensão dos contrato
ou a redução da jornada e salário, o governo cria efetivas alternativas para as
empresas não dispensarem nesse momento de crise". Com informações da Agência
Brasil.
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