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Sumário
1. Introdução ............................................................................................. 2
2. Férias .................................................................................................... 3
2.1. Períodos aquisitivo e concessivo ........................................................... 5
2.1.1. Período aquisitivo .......................................................................... 5
2.1.2. Período concessivo ........................................................................ 6
2.2. Férias coletivas ................................................................................ 11
2.3. Duração das férias............................................................................ 15
2.4. Remuneração das férias .................................................................... 29
2.5. Férias e extinção do contrato de trabalho ............................................ 44
2.6. Outros aspectos relevantes................................................................ 47
3. Prescrição e decadência ......................................................................... 50
3.1. Conceitos e diferenciação entre prescrição e decadência ....................... 50
3.2. Decadência no Direito do Trabalho ..................................................... 51
3.3. Prescrição no Direito do Trabalho ....................................................... 52
3.3.1. Início e fim da contagem do prazo prescricional .............................. 56
3.3.2. Causas que impedem, suspendem e interrompem a prescrição ......... 57
3.3.3. Distinção entre Prescrição Total e Prescrição Parcial ........................ 62
3.3.4. Outros aspectos relevantes .......................................................... 67
4. Questões comentadas ............................................................................ 73
5. Lista das questões comentadas .............................................................. 136
6. Gabaritos ............................................................................................ 159
7. Conclusão ........................................................................................... 160
8. Lista de legislação, Súmulas e OJ do TST relacionados à aula..................... 161
1. Introdução
Oi amigos (as),
Vamos ao trabalho!
2. Férias
“O movimento pela obtenção das férias é recente, não tendo mais que
60 ou 70 anos, como mostra a Organização Internacional do Trabalho,
generalizando-se depois, rapidamente. De início, a prática de
concessão de férias beneficiou funcionários públicos. No princípio do
século XX, alguns trabalhadores de empresas privadas passaram
também a contar com essa vantagem, em escala muito reduzida,
abrangendo aprendizes, menores, mulheres e comerciários. Depois da
primeira Guerra Mundial, surgiram os primeiros textos de lei
estabelecendo as férias aos trabalhadores em geral. Até 1934, apenas
cerca de 12 países asseguravam férias anuais remuneradas aos
trabalhadores”.
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais
do que o salário normal;
CLT, art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período
de férias, sem prejuízo da remuneração.
1
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 2012, p. 328.
Princípio Descrição
Todo empregado terá direito a férias anuais, após 12
Anualidade para
meses, previsto um prazo subsequente para o gozo
adquirir o direito
das férias.
Durante as férias é assegurado o direito à
remuneração integral, como se o mês de férias fosse
Remunerabilidade
de serviço, princípio também observado no descanso
semanal.
O fracionamento da duração das férias sofre
limitações, para preservar, o quanto possível, a
Continuidade
concentração contínua do maior número de dias de
descanso.
O empregado não pode “vender” as férias, terá o
direito de gozá-las, e a lei prevê apenas parte dessa
Irrenunciabilidade
conversão em dinheiro, por meio de abono de férias,
de duvidosa constitucionalidade.
No sentido amplo, significando:
a) a redução na duração das férias em função das
ausências injustificadas ou das licenças por motivo
pessoal do empregado no período aquisitivo; e
Proporcionalidade
b) um pagamento devido ao empregado – conhecido
por férias indenizadas – na extinção do contrato de
trabalho, proporcional aos meses nos quais trabalhou
no período aquisitivo.
2
Neste sentido, CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 37 ed.
Atualizada por Eduardo Carrion. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 186.
3
Idem, p. 329.
------------------
4
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 12 ed. São Paulo: LTr, 2013, p. 998.
O critério civilista citado pelo autor (que não se aplica ao caso das férias) é
o disposto na Lei 10.406/02 (Código Civil), segundo o qual:
“Parece óbvio que a norma [art. 134, §1º, CLT] quer restringir o “jus
variandi” do empregador em tais situações de concessão de férias;
não quer, evidentemente, criar modelo jurídico contrário aos
interesses do próprio empregado. Nesse quadro, apreendidos os fins
sociais da norma jurídica examinada (que tutela o interesse do
trabalhador, protegendo-o do poderio empresarial), percebe-se que
será válido o fracionamento do prazo de férias anuais (no máximo em
dois lapsos temporais, é claro), caso tal medida resulte de
comprovado interesse extracontratual obreiro. Imagine-se, por
exemplo, a situação de um empregado estudante universitário, cuja
família resida em cidade longínqua, e que pretenda – e necessite –
fazer coincidir seus períodos de férias com os dois períodos de férias
escolares”.
Ainda com relação ao fracionamento de férias, em que pese a regra
estudada acima, a CLT determina que, para os menores de 18 anos e maiores de
50 as férias sejam concedidas de uma só vez, ou seja, sem fracionamento:
5
DELGADO, Mauricio Godinho. Op.cit., p. 1007-1008.
CLT, art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte os
interesses do empregador.
Assim, de maneira geral, não cabe ao empregado exigir que suas férias
sejam em dezembro, janeiro, julho, etc. A decisão de quando o empregado
gozará férias (dentro do período concessivo) é prerrogativa do empregador.
Para que o obreiro possa se planejar, deve ser pré-avisado do seu período
de gozo com a antecedência mínima fixada em lei:
CLT, art. 135 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao
empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa
participação o interessado dará recibo.
CLT, art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata
o art. 134 [período concessivo], o empregador pagará em dobro a respectiva
remuneração.
CLT, art. 135 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao
empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação
o interessado dará recibo.
CLT, art. 135, § 1º - O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que
apresente ao empregador sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, para que
nela seja anotada a respectiva concessão.
Além disso, a CLT exige a anotação do período de férias no livro (ou ficha)
de registro de empregados:
CLT, art. 135, § 2º - A concessão das férias será, igualmente, anotada no livro ou
nas fichas de registro dos empregados.
(...)
Direito de coincidência
Este parágrafo exige a cumulatividade dos requisitos para que seja viável o
direito de coincidência: os empregados devem laborar no mesmo
estabelecimento, devem manifestar este interesse e, também, a concessão das
férias no mesmo período não seja prejudicial ao serviço.
CLT, art. 139 - Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados
de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa.
Comparemos os dispositivos:
Vejamos agora as formalidades exigidas por lei para que sejam concedidas
as férias coletivas.
Uma vez mais, na mesma Lei Complementar 123/06, existe regra específica
que dispensa as ME/EPP6 (neste caso, da comunicação ao MTE):
6
O outro caso visto em aula é a dispensa da anotação das férias dos empregados nos respectivos livros
ou fichas de registro.
(...)
CLT, art. 139, § 3º - Em igual prazo [15 dias antes do início das férias coletivas],
o empregador enviará cópia da aludida comunicação aos sindicatos
representativos da respectiva categoria profissional, e providenciará a afixação de
aviso nos locais de trabalho.
CLT, art. 135, § 1º - O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que
apresente ao empregador sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, para que
nela seja anotada a respectiva concessão.
Como nas férias coletivas, por vezes, centenas de empregados irão gozar
férias simultaneamente, a CLT prevê a possibilidade de tal registro por meio de
carimbo:
CLT, art. 141, § 1º - O carimbo, cujo modelo será aprovado pelo Ministério do
Trabalho, dispensará a referência ao período aquisitivo a que correspondem, para
cada empregado, as férias concedidas.
CLT, art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de
trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
Assim, temos:
Quantidade de faltas Dias de férias
Esta prática não é permitida, pois deve ser seguida a relação definida pela
CLT (como vimos na tabela acima):
CLT, art. 130, § 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos,
como tempo de serviço.
Agora vamos imaginar que ele gozou as férias do período aquisito 23AGO12
a 22AGO13 no mês de janeiro de 2014.
período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de
serviço”.
CLT, art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja
duração não exceda a vinte e cinco horas semanais.
CLT, art. 130-A. Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período
de doze meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a
férias, na seguinte proporção:
III - quatorze dias, para a duração do trabalho semanal superior a quinze horas,
até vinte horas;
IV - doze dias, para a duração do trabalho semanal superior a dez horas, até
quinze horas;
V - dez dias, para a duração do trabalho semanal superior a cinco horas, até dez
horas;
VI - oito dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a cinco horas.
Faltas justificadas
Para definir o que representa falta justificada para fins de férias, a CLT
enumerou, no artigo 131, quais seriam essas ausências justificadas
(comentaremos as diversas alíneas do artigo):
CLT, art. 131 - Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo
anterior, a ausência do empregado:
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7 CLT, art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário:
I- até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão
ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência
econômica;
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue
devidamente comprovada;
V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva.
VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra "c"
do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar).
VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso
em estabelecimento de ensino superior.
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo.
IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical,
estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro.
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A exceção feita no inciso (art. 133, inciso IV) trata do caso em que o
empregado fique afastado previdenciariamente por mais de 06 (seis) meses.
Falaremos mais sobre esta situação no tópico “Perda do direito às férias”.
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VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do inciso III do
art. 133.
A CLT traz, no seu artigo 133, os casos em que o empregado perde o direito
às férias.
CLT, art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período
aquisitivo:
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SUM-138 READMISSÃO
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8
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:
(...)
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
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Aqui tem-se hipótese em que o empregado perde direito às férias por ter-se
afastado do trabalho por mais de 6 meses. O inciso frisa que o período de
afastamento, mesmo que descontínuo, implicará na perda do direito às férias.
Atenção para não confundirem as regras quanto à perda das férias (vista
agora) e o afastamento que não interfere nas férias (visto no inciso III do artigo
1319): o divisor de águas é o transcurso do lapso temporal de afastamento
previdenciário superior a 06 (seis) meses.
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9 CLT, art. 131 - Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo anterior, a ausência do
empregado:
(...)
III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Nacional do Seguro
Social - INSS, excetuada a hipótese do inciso IV do art. 133;
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O aludido inciso III (do artigo 133) trata dos casos em que o empregado
perde férias em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa.
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CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do
que o salário normal;
CLT, art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período
de férias, sem prejuízo da remuneração.
CLT, art. 142 - O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe
for devida na data da sua concessão.
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CLT, art. 142, § 1º - Quando o salário for pago por hora com jornadas variáveis,
apurar-se-á a média do período aquisitivo, aplicando-se o valor do salário na data
da concessão das férias.
Aqui tem-se o salário por unidade de tempo (ou por tempo), sendo o
cálculo da remuneração de férias feito da seguinte forma: deve-se apurar a
média das horas trabalhadas durante o período aquisitivo e multiplicar esta
quantidade de horas pelo do valor do salário-hora na data da concessão.
Assim, o valor básico das férias é influenciado pela média mensal das horas
trabalhadas e pelo valor do salário-hora na data da concessão das férias.
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CLT, art. 142, § 2º - Quando o salário for pago por tarefa tomar-se-á por base a
media da produção no período aquisitivo do direito a férias, aplicando-se o valor
da remuneração da tarefa na data da concessão das férias.
Neste parágrafo a CLT trata dos casos em que o empregado recebe salário
por tarefa. O raciocínio é o mesmo do item anterior, sendo que a média será a da
produção, ao invés das horas trabalhadas.
Aqui, então, o valor básico das férias é influenciado pela média mensal da
produção no período aquisitivo e pelo valor do salário por tarefa na data da
concessão das férias.
A remuneração das férias do tarefeiro deve ser calculada com base na média da
produção do período aquisitivo, aplicando-se-lhe a tarifa da data da concessão.
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CLT, art. 142, § 3º - Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou
viagem, apurar-se-á a média percebida pelo empregado nos 12 (doze) meses que
precederem à concessão das férias.
O valor das comissões deve ser corrigido monetariamente para em seguida obter-
se a média para efeito de cálculo de férias, 13º salário e verbas rescisórias.
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10 CLT, art. 29, § 1º As anotações concernentes à remuneração devem especificar o salário, qualquer que
seja sua forma de pagamento, seja ele em dinheiro ou em utilidades, bem como a estimativa da gorjeta.
11
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 1015.
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CLT, art. 142, § 6º - Se, no momento das férias, o empregado não estiver
percebendo o mesmo adicional do período aquisitivo, ou quando o valor deste não
tiver sido uniforme será computada a média duodecimal recebida naquele
período, após a atualização das importâncias pagas, mediante incidência dos
percentuais dos reajustamentos salariais supervenientes.
CLT, art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata
o art. 134 [período concessivo], o empregador pagará em dobro a respectiva
remuneração.
Esta dobra atinge apenas o valor básico das férias ou também o terço
constitucional? A resposta é: atinge o valor global das férias, o que inclui o valor
básico e o terço.
12
CLT, art. 137, § 3º - Cópia da decisão judicial transitada em julgado será remetida ao órgão local do
Ministério do Trabalho, para fins de aplicação da multa de caráter administrativo.
13
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 1017.
Parte das férias seria concedida fora do período concessivo, e neste caso
somente os dias que ultrapassaram o limite temporal do período concessivo é
que deverão ser remuneradas em dobro.
SUM-81 FÉRIAS
14
MARTINS, Sérgio Pinto. Comentários às Súmulas do TST. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2012, p. 49.
15
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 1018.
empregado não goza férias (ou seja, tem-nas indenizadas). Neste sentido a
Súmula 328 do TST:
16
MARTINS, Sérgio Pinto. Comentários às Súmulas do TST. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2012, p. 208.
CLT, art. 143 - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de
férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe
seria devida nos dias correspondentes.
Para que o empregado manifeste esta intenção, a CLT estabelece que tal
direito seja requerido com a antecedência mínima de 15 dias antes do término do
período aquisitivo:
CLT, art. 143, § 1º - O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze)
dias antes do término do período aquisitivo.
19
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 1020.
CLT, art. 144. O abono de férias de que trata o artigo anterior, bem como o
concedido em virtude de cláusula do contrato de trabalho, do regulamento da
empresa, de convenção ou acordo coletivo, desde que não excedente de vinte
dias do salário, não integrarão a remuneração do empregado para os efeitos da
legislação do trabalho.
Assim, se este valor terá caráter indenizatório (ou seja, não repercutirá
sobre outras rubricas) desde que não excedente de vinte dias do salário.
CLT, art. 143, § 3º O disposto neste artigo não se aplica aos empregados sob o
regime de tempo parcial20.
20 CLT, art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a
vinte e cinco horas semanais.
Sendo desrespeitado o prazo legal para o pagamento das férias (até 2 dias
antes do seu início), o empregador estará sujeito a pagá-las em dobro ao obreiro:
21
MARTINS, Sérgio Pinto. Comentários às Orientações Jurisprudenciais das SBDI 1 e 2 do TST. 3 ed.
São Paulo: Atlas, 2012, p. 157.
SUM-7 FÉRIAS
CLT, art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua
causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme
o caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido.
22
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Op. cit., p. 333.
O artigo 147 da CLT, que trata dos casos de dispensa sem justa causa e
término de contrato a prazo, também trata das férias proporcionais:
CLT, art. 147 - O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo contrato
de trabalho se extinguir em prazo predeterminado, antes de completar 12 (doze)
meses de serviço, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de
férias, de conformidade com o disposto no artigo anterior.
23
CLT, art. 484 - Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, o
tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por
metade.
Isto é importante porque, deste modo, o período de aviso prévio irá ser
computado para os duodécimos das férias proporcionais (ou até para que se
complete o período aquisitivo).
CLT, art. 138 - Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a
outro empregador, salvo se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de
trabalho regularmente mantido com aquele.
24 CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:
(...)
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
25
CARRION, Valentin. Op. cit., p. 194.
3. Prescrição e decadência
26
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 27 ed. São Paulo: Atlas, 2011, p. 698.
27
Idem, p. 698-699.
Decadência Prescrição
Efeito Perde-se o direito Perde-se a exigibilidade do direito
Começa a fluir a partir do Começa a fluir a partir da
Início do prazo
nascimento do direito violação do direito
Decorre de lei ou
Previsão Decorre de lei
convenção entre as partes
Suspensão e Não se sujeita a Se sujeita à suspensão e
interrupção suspensão e interrupção interrupção
28
CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 37 ed. Atualizada por Eduardo
Carrion. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 92.
CLT, art. 853 - Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave
contra empregado garantido com estabilidade, o empregador apresentará
reclamação por escrito à Junta ou Juízo de Direito, dentro de 30 (trinta) dias,
contados da data da suspensão do empregado.
SÚMULA Nº 403
É de decadência o prazo de trinta dias para instauração do inquérito judicial, a
contar da suspensão, por falta grave, de empregado estável.
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
29
Neste sentido, RESENDE, Ricardo. Direito do Trabalho Esquematizado. Rio de Janeiro: Método, 2011,
p. 912.
(...)
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite
de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;
I - em cinco anos para o trabalhador urbano30, até o limite de dois anos após a
extinção do contrato;
32
CARRION, Valentin. Op. cit., p. 99-100.
33
MARTINS, Sérgio Pinto. Comentários às Súmulas do TST. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2012, p. 198-199.
Exemplos extremos
------------------
Exemplo intermediário
Assim, nesta ação o obreiro poderá postular os direitos relativos aos últimos
cinco anos a contar do ajuizamento da ação, ou seja, direitos exigíveis de
30SET2006 a 01AGO2010.
34
RESENDE, Ricardo. Op. cit., p. 914-917.
Inviabilizam,
Fatores que a lei considera Impeditivos juridicamente, o início da
indicativos de restrições contagem da prescrição.
sofridas pelo titular do
direito no que tange à Sustam a contagem
defesa de seus próprios prescricional já iniciada.
Suspensivos
interesses. Desaparecido o fator
suspensivo, retoma-se a
35
CF/88, art. 459, § 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o
mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.
36
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 12 ed. São Paulo: LTr, 2013, p. 247-248.
contagem do prazo.
37
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 27 ed. São Paulo: Atlas, 2011, p. 708.
CLT, art. 440 - Contra os menores de 18 (dezoito) anos não corre nenhum prazo
de prescrição.
(...)
(...)
39
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 252.
Exemplo: Submissão
Exemplo: Menores de demanda Exemplo: Propositura de
de 18 (dezoito) anos trabalhista à Comissão ação judicial trabalhista
de Conciliação Prévia
40
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 266.
41
Nascimento da ação, exigibilidade do direito.
42
É que o direito pode ser atingido pela prescrição bienal caso o contrato tenha sido extinto.
01JAN trabalhista
30SET
Assim, nesta ação o obreiro poderá postular os direitos relativos aos últimos
cinco anos a contar do ajuizamento da ação, ou seja, direitos exigíveis de
01OUT2006 a 30SET2011 – inclusive adicional noturno do período.
-------------------
---------------------------------
43
Não existe previsão legal que assegure direito a esta verba.
---------------------------------
---------------------------------
Pelo item I, que indica a prescrição parcial, nota-se que o TST entende
serem as diferenças salariais (geradas pelo desvio funcional) protegidas por lei.
---------------------------------
44
CLT, art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo
empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade.
---------------------------------
Atenção para o fato de que o referido prazo prescricional não se inicia com
a aposentadoria do empregado, e sim com a extinção do contrato.
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45
MARTINS, Sérgio Pinto. Comentários às Súmulas do TST. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2012, p. 207.
46
CLT, art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze)
meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.
47
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Op. cit., p. 334.
Caso o empregado regido pela CLT tenha seu regime jurídico transferido
para o estatutário, a prescrição de eventuais ações trabalhistas deverão
respeitar o prazo a contar desta mudança de regime:
Prescrição intercorrente
48
MARTINS, Sérgio Pinto. Comentários às Súmulas do TST. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2012, p. 299.
49
Idem, p. 78.
SÚMULA Nº 327
O direito trabalhista admite a prescrição intercorrente.
Trabalhador rural
I - em cinco anos para o trabalhador urbano, até o limite de dois anos após a
extinção do contrato;
Empregado doméstico
50
No caso, a anotação do vínculo na CTPS poderá ser feito pela própria Secretaria da Vara do Tribunal:
CLT, art. 39, § 1º - Se não houver acordo, a Junta de Conciliação e Julgamento, em sua sentença
ordenará que a Secretaria efetue as devidas anotações uma vez transitada em julgado, e faça a comunicação à
autoridade competente para o fim de aplicar a multa cabível.
4. Questões comentadas
4.1. Férias
1. (FCC_TRF3_ANALISTA_JUDICIÁRIO_ÁREA_ADMINISTRATIVA_2016) Joana,
brasileira, casada, nascida em 01/03/1959, foi contratada pela empresa Mix
Eventos Ltda., em 10/10/2010, na função de Auxiliar Administrativo.
Em julho de 2012, a empresa concedeu 30 dias de férias a Joana, relativas ao
período aquisitivo de 2010/2011. As férias + 1/3 foram pagas de forma simples,
no dia seguinte em que Joana retornou do gozo das férias.
Em 2013, a empresa concedeu férias de 20 dias a Joana, em julho, e mais 10
dias de férias em setembro, relativas ao período aquisitivo de 2011/2012,
efetuando o pagamento das férias + 1/3 de forma simples, dois dias antes do
início do gozo de cada período.
Por fim, em 2014, a empresa concedeu férias a Joana no período 15/09/2014 a
15/10/2014, relativas ao período aquisitivo de 2012/2013. As férias + 1/3 foram
pagas de forma simples, dois dias antes do início do gozo.
Em dezembro de 2014, Joana foi dispensada sem justa causa, sendo quitadas as
férias vencidas + 1/3, relativas ao período aquisitivo de 2013/2014; as férias
proporcionais + 1/3; além das demais verbas rescisórias devidas.
Considerando a situação fática acima descrita:
(A) as férias dos anos de 2012, 2013 e 2014 não foram concedidas de forma
regular.
(B) as férias dos anos de 2012, 2013 e 2014 foram corretamente observadas pela
empresa, eis que concedidas dentro dos períodos concessivos e pagas em época
própria.
(C) existe irregularidade apenas em relação às férias concedidas em julho de
2012, eis que foram quitadas fora do prazo legal, sendo devido o pagamento em
dobro da remuneração total das férias, incluindo o terço constitucional.
(D) há irregularidade apenas em relação às férias concedidas em 2014, pois o
período concessivo não foi observado, sendo devido o pagamento em dobro da
remuneração total das férias, incluindo o terço constitucional.
(E) apenas as férias do ano de 2013 estão corretas, eis que concedidas dentro do
período concessivo, fracionadas de forma correta e pagas dentro do prazo legal.
Gabarito (A)
Período
Período concessivo Concessão efetiva Remuneração de férias
aquisitivo
interrompido
2013/2014 10/10/2014 - quitadas na rescisão
em dez/2014
Nota-se o seguinte:
III) parte das férias do período aquisitivo 2012/2013 foram usufruídas fora
do período concessivo (ou seja, o período de férias de 10 a 15/10/2014). Nesse
caso, nos termos da SUM-81 do TST51, estes dias gozados após o fim do período
concessivo deverão ser pagos novamente.
51
SUM-81 FÉRIAS
Os dias de férias gozados após o período legal de concessão deverão ser remunerados em dobro.
2. (Cespe_TRT8_ANALISTA_JUDICIÁRIO_ÁREA_JUDICIÁRIA_OJAF_2016)
Acerca do descanso legal do trabalhador, assinale a opção correta.
A As faltas decorrentes do acidente de trabalho são consideradas para efeito de
duração de férias.
B As férias podem ser concedidas em três períodos, se cada período não for
inferior a dez dias, salvo no caso do menor de dezoito anos de idade e dos
maiores de cinquenta anos de idade, caso em que serão sempre concedidas de
uma só vez.
C O adicional de horas extras, o adicional noturno e o adicional de insalubridade
ou periculosidade não integram a base de cálculo da remuneração das férias.
D Na hipótese de cessação do trabalho por culpa recíproca, o empregado tem
direito a 50% do aviso prévio e do décimo terceiro, sendo devida a integralidade
das férias proporcionais.
E A remuneração das férias do tarefeiro deve ser calculada com base na média da
produção do período aquisitivo, aplicando-se-lhe a tarifa da data da concessão.
CLT, art. 142, § 2º - Quando o salário for pago por tarefa tomar-se-á por
base a média da produção no período aquisitivo do direito a férias,
aplicando-se o valor da remuneração da tarefa na data da concessão
das férias.
CLT, art. 131 - Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do
artigo anterior, a ausência do empregado: (..)
III - por motivo de acidente do trabalho.
A alternativa (C) está incorreta, já que tais adicionais integram sim a base
de cálculo das férias:
CLT, art. 484 - Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão
do contrato de trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que
seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por metade.
3. (Cespe_TRT8_ANALISTA_JUDICIÁRIO_ÁREA ADMINISTRATIVA_2016)
Quanto ao período de descanso, ao adicional noturno, férias, à estabilidade da
gestante e à licença maternidade, assinale a opção correta.
A Empregado que incorrer em vinte faltas injustificadas no decorrer do período
aquisitivo terá direito a apenas dezoito dias corridos para o gozo de férias.
B O nascimento de filhos gêmeos ou parto múltiplo assegura à mulher
necessariamente a concessão de licença maternidade em dobro.
C A garantia de emprego da gestante desde a confirmação da gravidez até cinco
meses após o parto foi estendida à adotante, nos termos da lei federal.
D Nos trabalhos contínuos cuja duração exceda seis horas, é obrigatória a
concessão de intervalo de duas horas para descanso e alimentação; caso a
duração do trabalho não exceda seis horas, o intervalo obrigatório será de quinze
minutos.
E O vigia noturno não tem direito ao recebimento do adicional noturno por ser o
labor no período da noite característica essencial de seu trabalho.
Gabarito (A). Outra questão que mistura conceitos dos diversos temas do
Direito do Trabalho.
CLT, art. 130, III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15
(quinze) a 23 (vinte e três) faltas;
CLT, art. 392-A. À empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para
fins de adoção de criança será concedida licença-maternidade nos termos
do art. 392.
SUM-65 VIGIA
O direito à hora reduzida de 52 minutos e 30 segundos aplica-se ao vigia
noturno.
CLT, art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte
os interesses do empregador.
A alternativa (D) está incorreta, visto que o prazo anterior ao serviço militar
obrigatório é computado no período aquisitivo, atendida a condição do art. 132:
A alternativa (E) está incorreta, visto que há sim relação. Por exemplo,
quando o empregado percebe mais de 6 meses de auxílio doença (ainda que
descontínuos) durante o período aquisitivo, ele perde o direito às férias:
SUM-81 FÉRIAS
A letra (C) está incorreta, visto que Beatriz ficou ociosa por mais de 30 dias
recebendo seu salário normalmente. Portanto, ela perdeu seu direito às férias:
CLT, art. 133, III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais
de 30 (trinta) dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços
da empresa; e
A letra (D) está incorreta, visto que, para férias coletivas, o pagamento do
abono pecuniário deve ser previsto em acordo coletivo:
CLT, art. 143, § 2º - Tratando-se de férias coletivas, a conversão a que se
refere este artigo deverá ser objeto de acordo coletivo entre o
empregador e o sindicato representativo da respectiva categoria
profissional, independendo de requerimento individual a concessão do
abono.
A letra (E) está incorreta, apesar da redação ambígua. Como Nivaldo labora
exatamente 20 horas/semana, terá direito a 14 dias corridos de férias (CLT,
art. 130-A, III). Se fossem mais de 20 horas/semana (até 22 hs), o total seria de
fato 16 dias de férias.
52
MARTINS, Sérgio Pinto. Comentários às Súmulas do TST. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2012, p. 49.
6. (FCC_TRT23_TÉCNICO_JUDICIÁRIO_ÁREA_ADMINISTRATIVA_2016) No
tocante às férias, considere:
I. É devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o terço
constitucional, quando, ainda que gozadas na época própria, o empregador tenha
descumprido o prazo legal para pagamento.
II. O empregado que tiver onze faltas injustificadas no curso do período aquisitivo
terá direito a vinte e quatro dias corridos de férias.
III. O empregado que tiver quinze faltas injustificadas no curso do período
aquisitivo terá direito a dezoito dias corridos de férias.
IV. Não terá direito à férias o empregado que, no curso do período aquisitivo
deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de quinze dias, em
virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I, II e IV.
(B) I, II e III.
(C) I e IV.
(D) II e III.
(E) III e IV.
SÚMULA Nº 450.
É devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o terço
constitucional, com base no art. 137 da CLT, quando, ainda que gozadas na
época própria, o empregador tenha descumprido o prazo previsto no art.
145 do mesmo diploma legal.
CLT, art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do
período aquisitivo:
Gabarito (D). Questão trabalhosa e que exigiu uma boa dose de atenção.
Primeiramente, vamos calcular o valor da remuneração de férias, depois
calculamos quantos dias de férias Juvenal terá direito.
Reflexo na
Verbas recebidas
Observações remuneração Fundamento
no mês anterior
de férias
Salário básico
- Sim CLT, art. 142
(R$ 400)
representa a média
comissões das comissões CLT, art. 142,
Sim
(R$ 500) auferidas no período §3
aquisitivo
Gabarito (B)
CLT, art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que
trata o art. 134 [período concessivo], o empregador pagará em dobro a
respectiva remuneração.
(B) não terá direito a férias tendo em vista que a readmissão ocorreu após 30
dias de sua saída.
(C) não terá direito a férias tendo em vista que a readmissão ocorreu após 15
dias de sua saída.
(D) não terá direito a férias tendo em vista que a readmissão ocorreu após 10
dias de sua saída.
(E) só terá direito se existente em norma coletiva aplicada a categoria e em
vigência quando da saída do empregado.
CLT, art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do
período aquisitivo:
Quantidade de Quantidade
Quantidade
dias que poderia que
Motivo de faltas
faltar efetivamente
injustificadas
justificadamente faltou
Falecimento do 2 4 2
CLT, art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do
período aquisitivo:
(..)
IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de
trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora
descontínuos.
Por fim, em relação à letra E, deve-se ressaltar que o limite máximo para
conversão das férias em abono é de 1/3 das mesmas (não metade).
(B) no salário pago por tarefa, para fins de apuração do valor das férias, toma-se
a média da produção no período aquisitivo, aplicando-se o valor da tarefa do mês
imediatamente anterior à concessão das férias.
(C) para o salário pago por porcentagem, a remuneração das férias será apurada
pela média do que foi percebido nos doze meses que precederem à concessão
das férias.
(D) no salário pago por hora, com jornadas variáveis, a remuneração das férias
será a média dos últimos seis meses, aplicando-se o valor do salário vigente na
data da sua apuração.
(E) a parte do salário paga em utilidades não será computada no valor das férias.
CLT, art. 142, § 2º - Quando o salário for pago por tarefa tomar-se-á por
base a média da produção no período aquisitivo do direito a férias,
aplicando-se o valor da remuneração da tarefa na data da concessão das
férias.
Aqui, então, o valor básico das férias é influenciado pela média mensal da
produção no período aquisitivo e pelo valor do salário por tarefa na data da
concessão das férias.
CLT, art. 142, § 1º - Quando o salário for pago por hora com jornadas
variáveis, apurar-se-á a média do período aquisitivo, aplicando-se o valor
do salário na data da concessão das férias.
Gabarito (C), que são aquelas que não perderam o direito às férias.
CLT, art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do
período aquisitivo:
I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias
subseqüentes à sua saída;
------------------------
não se enquadra no
não se enquadra no não se enquadra no
art. 133, I
enquadra-se no art. art. 133, IV art. 133, IV
(readmitida antes
133, II (não completou 6 (não completou 6
do fim do prazo de
meses de benefício) meses de benefício)
60 dias)
tem dúvidas a respeito do gozo de suas férias e resolveu consultar sua amiga,
Teodora, que está no último ano do curso de Direito da mesma Faculdade.
Teodora respondeu que, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho,
Fernanda
(A) possui direito de gozar suas férias de uma só vez, mas não terá direito a fazer
coincidir suas férias com as férias escolares.
(B) possui direito de gozar suas férias de uma só vez e terá direito a fazer
coincidir suas férias com as férias escolares.
(C) não possui direito de gozar suas férias de uma só vez, mas terá direito a fazer
coincidir suas férias com as férias escolares.
(D) não possui direito de gozar suas férias de uma só vez, bem como não terá
direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares.
(E) somente possuirá direito de gozar de suas férias de uma só vez quando
completar sessenta anos de idade, sendo que para possuir direito a fazer coincidir
suas férias com as escolares deverá solicitar previamente ao empregador com
antecedência de trinta dias.
Gabarito (A).
Notem que Fernanda, por ter mais de 50 anos de idade, possui direito de
que suas férias sejam concedidas de uma só vez, ou seja, sem fracionamento:
Gabarito (D).
Além disso, vale ressaltar que a quantidade de dias de férias a que Poliana terá
direito irá variar conforme o número de horas que ela trabalha por semana.
Gabarito (B), pois terá direito a dezoito dias, caso falte entre 15 e 23 dias
injustificadamente:
CLT, art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do
período aquisitivo:
I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias
subseqüentes à sua saída;
II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais
de 30 (trinta) dias;
III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30
(trinta) dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da
empresa; e
IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de
trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora
descontínuos.
Pela transcrição acima, observa-se que as letras ‘C’, ‘D’ e ‘E’ estão
incorretas.
Quanto à letra ‘B’, o art. 132 dispõe que o conscrito não perde direito a
férias, desde que retorne dentro de 90 dias da sua baixa.
As letras ‘A’ e ‘B’ estão em conformidade com o art. 145. O prazo para
pagamento das férias, conforme definido na CLT, é até 2 (dois) dias antes do
início das mesmas:
A letra ‘C’ está correta com o que dispõe o seguinte dispositivo celetista:
Por fim, a letra ‘E’ está de acordo com outro dispositivo celetista:
CLT, art. 142, § 3º - Quando o salário for pago por percentagem, comissão
ou viagem, apurar-se-á a média percebida pelo empregado nos 12 (doze)
meses que precederem à concessão das férias.
Gabarito (E).
Férias sempre são contadas como tempo de serviço, por isso a alternativa
(A) está incorreta:
CLT, art. 130, § 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos,
como tempo de serviço.
Gabarito (E).
CLT, art. 143 - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de
férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe
seria devida nos dias correspondentes.
CLT, art. 143, § 3º O disposto neste artigo não se aplica aos empregados sob o
regime de tempo parcial53.
Gabarito (E).
53 CLT, art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a
vinte e cinco horas semanais.
A proposição III, correta, trata de um dos casos onde o período de gozo das
férias não pode ser livremente escolhido pelo empregador:
(A) semestrais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal.
(B) anuais remuneradas com, pelo menos, dois terços a mais do que o salário
normal.
(C) semestrais remuneradas com, pelo menos, dois terços a mais do que o salário
normal.
(D) anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal.
(E) anuais remuneradas com, pelo menos, metade a mais do que o salário
normal.
CLT, art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de
trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
Sobre a alternativa (B), a CLT traz, no seu artigo 133, os casos em que o
empregado perde o direito às férias.
CLT, art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do
período aquisitivo:
(...)
IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de
trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora
descontínuos.
CLT, art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte
os interesses do empregador.
Assim, de maneira geral, não cabe ao empregado exigir que suas férias
sejam em dezembro, janeiro, julho, etc. A decisão de quando o empregado
gozará férias (dentro do período concessivo) é prerrogativa do empregador.
(A) 30 dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 vezes.
(B) 22 dias corridos, quando houver tido de 6 a 20 faltas.
(C) 18 dias corridos, quando houver tido de 21 a 25 faltas.
(D) 14 dias corridos, quando houver tido de 26 a 30 faltas.
(E) 10 dias úteis, quando houver tido acima de 30 faltas injustificadas.
CLT, art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de
trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
Assim, temos:
Gabarito (A).
54 A doutrina majoritária entende que esta hipótese foi absorvida pela licença-paternidade, prevista no
artigo 7º da CF/88 e art. 10, § 1º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT):
ADCT, art. 10, § 1º - Até que a lei venha a disciplinar o disposto no art. 7º, XIX, da Constituição, o prazo
da licença-paternidade a que se refere o inciso é de cinco dias.
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a
juízo.
Gabarito (C). Pedro faltou 20 dias e Gilda 30. Jogando estes dados na
tabela:
Gabarito (A).
CLT, art. 133, inciso I - CLT, art. 133, inciso II CLT, art. 133, inciso
exige readmissão em 60 - exige mais de 30 dias IV - exige mais de 6
dias para não perder férias para perder férias meses de licença
não deverá gozar férias deverá gozar férias deverá gozar férias
Gabarito (A).
CLT, art. 142, § 3º - Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou
viagem, apurar-se-á a média percebida pelo empregado nos 12 (doze) meses
que precederem à concessão das férias.
CLT, art. 135 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao
empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa
participação o interessado dará recibo.
A letra ‘B’ possui dos erros. Primeiramente, afirma que equivale ao terço
constitucional, sendo que é maior que o terço constitucional. Vejam a lição do
Ministro Godinho55:
Por fim, os erros da letra ‘E’ são dois: apenas a licença remunerada que
pode fazer perder o direito a férias e apenas se for MAIS de 30 dias. Vejam:
Para definir o que representa falta justificada para fins de férias, a CLT
enumerou, no artigo 131, quais seriam essas ausências:
CLT, art. 131 - Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo
anterior, a ausência do empregado:
56 CLT, art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário:
I- até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão
ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência
econômica;
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue
devidamente comprovada;
V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva.
VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra "c"
do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar).
VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso
em estabelecimento de ensino superior.
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo.
IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical,
estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro.
VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do inciso III do
art. 133.
- oito dias seguidos para celebrar seu casamento e de lua de mel (3 dias
justificados e 5 injustificados); e
(B) 1/3 do período de férias a que tiver direito, desde que requeira até 15 dias
antes do término do período concessivo.
(C) 1/3 do período de férias a que tiver direito, desde que requeira até 30 dias
antes do término do período concessivo.
(D) até metade do período de férias a que tiver direito, desde que requeira até 15
dias antes do término do período aquisitivo.
(E) até no máximo vinte dias do período de férias a que tiver direito, desde que
requeira até 15 dias antes do término do período concessivo.
Gabarito (A).
CLT, art. 143 - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de
férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe
seria devida nos dias correspondentes.
Para que o empregado manifeste esta intenção, a CLT estabelece que tal
direito seja requerido com a antecedência mínima de 15 dias antes do término do
período aquisitivo:
CLT, art. 143, § 1º - O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze)
dias antes do término do período aquisitivo.
Gabarito (E).
CLT, art. 143, § 1º - O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze)
dias antes do término do período aquisitivo.
Gabarito (A).
Gabarito (D).
CLT, art. 130-A. Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período
de doze meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a
férias, na seguinte proporção:
III - quatorze dias, para a duração do trabalho semanal superior a quinze horas,
até vinte horas;
IV - doze dias, para a duração do trabalho semanal superior a dez horas, até
quinze horas;
V - dez dias, para a duração do trabalho semanal superior a cinco horas, até dez
horas;
VI - oito dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a cinco horas.
Gabarito (A).
O gabarito é (E).
Férias dobradas, por sua vez, são as férias adquiridas e não concedidas no
prazo legal (período concessivo).
O gabarito é (B).
empregado, após ter prestado o serviço militar obrigatório, tem para manifestar
interesse em voltar a exercer o cargo do qual se afastou:
CLT, art. 472, § 1º - Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o
cargo do qual se afastou em virtude de exigências do serviço militar ou de
encargo público, é indispensável que notifique o empregador dessa intenção,
por telegrama ou carta registrada, dentro do prazo máximo de 30 (trinta)
dias, contados da data em que se verificar a respectiva baixa ou a
terminação do encargo a que estava obrigado.
CLT, art. 440 - Contra os menores de 18 (dezoito) anos não corre nenhum
prazo de prescrição.
(...)
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com
prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais,
até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;
A alternativa (D) está incorreta, pois os prazos prescricionais podem sim ser
suspensos e também interrompidos. A decadência, por sua vez, não é suscetível
de interrupção ou suspensão.
SUM-451.
Fere o princípio da isonomia instituir vantagem mediante acordo coletivo ou
norma regulamentar que condiciona a percepção da parcela participação
nos lucros e resultados ao fato de estar o contrato de trabalho em vigor na
data prevista para a distribuição dos lucros. Assim, inclusive na rescisão
SÚMULA Nº 452.
Tratando-se de pedido de pagamento de diferenças salariais decorrentes da
inobservância dos critérios de promoção estabelecidos em Plano de Cargos
e Salários criado pela empresa, a prescrição aplicável é a parcial, pois a
lesão é sucessiva e se renova mês a mês.
44. (FCC_TRT23_TÉCNICO_JUDICIÁRIO_ÁREA_ADMINISTRATIVA_2016) No
tocante à prescrição, considere:
I. Tratando-se de pedido de diferença de gratificação semestral que teve seu
valor congelado, a prescrição aplicável é a parcial.
II. Respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição da ação
trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos,
contados da data do ajuizamento da reclamação e não às anteriores ao
quinquênio da data da extinção do contrato.
III. Tratando-se de ação que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente
de alteração do pactuado, a prescrição é parcial, exceto quando o direito à
parcela esteja também assegurado por preceito de lei.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I e III.
(B) I.
(C) I e II.
(D) II e III.
(E) III.
45. (FCC_TRT9_TÉCNICO_JUDICIÁRIO_ÁREA_ADMINISTRATIVA_2015) É
INCORRETO afirmar que a prescrição do direito de reclamar
(A) verbas rescisórias conta-se igualmente tanto para trabalhadores urbanos
quanto para os rurais.
(B) de horas extras prescreve após dois anos da cessação do contrato de
trabalho, podendo o trabalhador, urbano e rural, requerer apenas o período
abrangido pelos últimos cinco anos da data do ajuizamento da ação.
(C) da concessão das férias ou o pagamento da respectiva remuneração é
contada do término do período concessivo ou, se for o caso, da cessação do
contrato de trabalho.
(D) não corre contra os menores de 18 anos.
(E) da anotação da CTPS ou sua retificação para fins de prova junto à Previdência
Social se inicia da data do término do contrato de trabalho, cessando dois anos
depois.
57
No caso, a anotação do vínculo na CTPS poderá ser feito pela própria Secretaria da Vara do Tribunal:
CLT, art. 39, § 1º - Se não houver acordo, a Junta de Conciliação e Julgamento, em sua sentença ordenará que
a Secretaria efetue as devidas anotações uma vez transitada em julgado, e faça a comunicação à autoridade
competente para o fim de aplicar a multa cabível.
CLT, art. 440 - Contra os menores de 18 (dezoito) anos não corre nenhum
prazo de prescrição.
58
No caso, a anotação do vínculo na CTPS poderá ser feito pela própria Secretaria da Vara do Tribunal:
CLT, art. 39, § 1º - Se não houver acordo, a Junta de Conciliação e Julgamento, em sua sentença
ordenará que a Secretaria efetue as devidas anotações uma vez transitada em julgado, e faça a comunicação à
autoridade competente para o fim de aplicar a multa cabível.
I - em cinco anos para o trabalhador urbano, até o limite de dois anos após a
extinção do contrato;
CLT, art. 39, § 1º - Se não houver acordo, a Junta de Conciliação e Julgamento, em sua sentença
ordenará que a Secretaria efetue as devidas anotações uma vez transitada em julgado, e faça a comunicação à
autoridade competente para o fim de aplicar a multa cabível.
Nesse cenário, em junho de 2015, o TST reviu o teor da Súmula 362, para
a seguinte redação:
60 Lei 8.036/90 [Lei do FGTS], art. 23, § 1º, § 5º O processo de fiscalização, de autuação e de imposição
de multas reger-se-á pelo disposto no Título VII da CLT, respeitado o privilégio do FGTS à prescrição
trintenária.
Gabarito (D).
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite
de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;
Se, por exemplo, um empregado deixou de receber verba a que faria jus 06
anos atrás, mesmo mantendo o vínculo empregatício não poderá reaver a verba
na via judicial, pois ocorreu a prescrição quinquenal.
A presente questão teve seu enunciado mal redigido (em minha opinião),
tendo o gabarito preliminar sido (E) e, após recursos, alterado para (D).
CLT, art. 11, § 1º O disposto neste artigo [prescrição] não se aplica às ações que
tenham por objeto anotações para fins de prova junto à Previdência Social.
CLT, art. 440 - Contra os menores de 18 (dezoito) anos não corre nenhum prazo
de prescrição.
Nesse cenário, em junho de 2015, o TST reviu o teor da Súmula 362, para
a seguinte redação:
O gabarito é (A).
5.1. Férias
1. (FCC_TRF3_ANALISTA_JUDICIÁRIO_ÁREA_ADMINISTRATIVA_2016) Joana,
brasileira, casada, nascida em 01/03/1959, foi contratada pela empresa Mix
Eventos Ltda., em 10/10/2010, na função de Auxiliar Administrativo.
Em julho de 2012, a empresa concedeu 30 dias de férias a Joana, relativas ao
período aquisitivo de 2010/2011. As férias + 1/3 foram pagas de forma simples,
no dia seguinte em que Joana retornou do gozo das férias.
Em 2013, a empresa concedeu férias de 20 dias a Joana, em julho, e mais 10
dias de férias em setembro, relativas ao período aquisitivo de 2011/2012,
efetuando o pagamento das férias + 1/3 de forma simples, dois dias antes do
início do gozo de cada período.
Por fim, em 2014, a empresa concedeu férias a Joana no período 15/09/2014 a
15/10/2014, relativas ao período aquisitivo de 2012/2013. As férias + 1/3 foram
pagas de forma simples, dois dias antes do início do gozo.
Em dezembro de 2014, Joana foi dispensada sem justa causa, sendo quitadas as
férias vencidas + 1/3, relativas ao período aquisitivo de 2013/2014; as férias
proporcionais + 1/3; além das demais verbas rescisórias devidas.
Considerando a situação fática acima descrita:
(A) as férias dos anos de 2012, 2013 e 2014 não foram concedidas de forma
regular.
(B) as férias dos anos de 2012, 2013 e 2014 foram corretamente observadas pela
empresa, eis que concedidas dentro dos períodos concessivos e pagas em época
própria.
(C) existe irregularidade apenas em relação às férias concedidas em julho de
2012, eis que foram quitadas fora do prazo legal, sendo devido o pagamento em
dobro da remuneração total das férias, incluindo o terço constitucional.
(D) há irregularidade apenas em relação às férias concedidas em 2014, pois o
período concessivo não foi observado, sendo devido o pagamento em dobro da
remuneração total das férias, incluindo o terço constitucional.
(E) apenas as férias do ano de 2013 estão corretas, eis que concedidas dentro do
período concessivo, fracionadas de forma correta e pagas dentro do prazo legal.
2. (Cespe_TRT8_ANALISTA_JUDICIÁRIO_ÁREA_JUDICIÁRIA_OJAF_2016)
Acerca do descanso legal do trabalhador, assinale a opção correta.
A As faltas decorrentes do acidente de trabalho são consideradas para efeito de
duração de férias.
B As férias podem ser concedidas em três períodos, se cada período não for
inferior a dez dias, salvo no caso do menor de dezoito anos de idade e dos
maiores de cinquenta anos de idade, caso em que serão sempre concedidas de
uma só vez.
C O adicional de horas extras, o adicional noturno e o adicional de insalubridade
ou periculosidade não integram a base de cálculo da remuneração das férias.
D Na hipótese de cessação do trabalho por culpa recíproca, o empregado tem
direito a 50% do aviso prévio e do décimo terceiro, sendo devida a integralidade
das férias proporcionais.
E A remuneração das férias do tarefeiro deve ser calculada com base na média da
produção do período aquisitivo, aplicando-se-lhe a tarifa da data da concessão.
3. (Cespe_TRT8_ANALISTA_JUDICIÁRIO_ÁREA ADMINISTRATIVA_2016)
Quanto ao período de descanso, ao adicional noturno, férias, à estabilidade da
gestante e à licença maternidade, assinale a opção correta.
A Empregado que incorrer em vinte faltas injustificadas no decorrer do período
aquisitivo terá direito a apenas dezoito dias corridos para o gozo de férias.
B O nascimento de filhos gêmeos ou parto múltiplo assegura à mulher
necessariamente a concessão de licença maternidade em dobro.
C A garantia de emprego da gestante desde a confirmação da gravidez até cinco
meses após o parto foi estendida à adotante, nos termos da lei federal.
D Nos trabalhos contínuos cuja duração exceda seis horas, é obrigatória a
concessão de intervalo de duas horas para descanso e alimentação; caso a
duração do trabalho não exceda seis horas, o intervalo obrigatório será de quinze
minutos.
E O vigia noturno não tem direito ao recebimento do adicional noturno por ser o
labor no período da noite característica essencial de seu trabalho.
6. (FCC_TRT23_TÉCNICO_JUDICIÁRIO_ÁREA_ADMINISTRATIVA_2016) No
tocante às férias, considere:
(D) o pagamento do abono de férias deve ser feito até cinco dias antes do início
do período de férias.
(E) não se aplica aos empregados sob o regime de tempo parcial.
(E) terá direito de gozar oito dias corridos de férias e Pedro terá direito de gozar
doze dias corridos de férias.
(A) O empregado estudante menor de dezoito anos de idade terá direito a fazer
coincidir suas férias com as férias escolares.
(B) Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou viagem, o
pagamento das férias deverá ser calculado com base no salário do último mês
que preceder a concessão das férias.
(C) As férias serão concedidas por ato do empregador, necessariamente em um
só período, nos doze meses subsequentes à data em que o empregado tiver
adquirido o direito.
(D) Aos menores de dezoito anos e aos maiores de sessenta anos de idade, as
férias serão concedidas de uma só vez.
(E) A concessão de férias terá de ser participada, por escrito, ao empregado, com
antecedência de, no mínimo, sessenta dias.
44. (FCC_TRT23_TÉCNICO_JUDICIÁRIO_ÁREA_ADMINISTRATIVA_2016) No
tocante à prescrição, considere:
I. Tratando-se de pedido de diferença de gratificação semestral que teve seu
valor congelado, a prescrição aplicável é a parcial.
II. Respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição da ação
trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos,
contados da data do ajuizamento da reclamação e não às anteriores ao
quinquênio da data da extinção do contrato.
III. Tratando-se de ação que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente
de alteração do pactuado, a prescrição é parcial, exceto quando o direito à
parcela esteja também assegurado por preceito de lei.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I e III.
(B) I.
(C) I e II.
(D) II e III.
(E) III.
45. (FCC_TRT9_TÉCNICO_JUDICIÁRIO_ÁREA_ADMINISTRATIVA_2015) É
INCORRETO afirmar que a prescrição do direito de reclamar
(A) verbas rescisórias conta-se igualmente tanto para trabalhadores urbanos
quanto para os rurais.
(B) de horas extras prescreve após dois anos da cessação do contrato de
trabalho, podendo o trabalhador, urbano e rural, requerer apenas o período
abrangido pelos últimos cinco anos da data do ajuizamento da ação.
(C) da concessão das férias ou o pagamento da respectiva remuneração é
contada do término do período concessivo ou, se for o caso, da cessação do
contrato de trabalho.
(D) não corre contra os menores de 18 anos.
(E) da anotação da CTPS ou sua retificação para fins de prova junto à Previdência
Social se inicia da data do término do contrato de trabalho, cessando dois anos
depois.
6. Gabaritos
1. A 19. E 37. D
2. E 20. E 38. A
3. A 21. E 39. E
4. B 22. D 40. B
5. B 23. D 41. A
6. B 24. C 42. C
7. D 25. A 43. D
8. B 26. A 44. C
9. A 27. C 45. E
10. D 28. A 46. A
11. B 29. E 47. B
12. C 30. A 48. E
13. C 31. C 49. E
14. A 32. A 50. B
15. D 33. A 51. D
16. B 34. E 52. C
17. A 35. E 53. C
18. D 36. A 54. A
7. Conclusão
Bom pessoal,
CF/88
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem
à melhoria de sua condição social:
(...)
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do
que o salário normal;
(...)
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de
dois anos após a extinção do contrato de trabalho;
CLT
§ 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo
de serviço.
III - quatorze dias, para a duração do trabalho semanal superior a quinze horas,
até vinte horas;
IV - doze dias, para a duração do trabalho semanal superior a dez horas, até
quinze horas;
V - dez dias, para a duração do trabalho semanal superior a cinco horas, até dez
horas;
VI - oito dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a cinco horas.
Art. 131 - Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo
anterior, a ausência do empregado:
VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do inciso III do
art. 133.
Art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período
aquisitivo:
III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) dias,
em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; e
Art. 135 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado,
com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o
interessado dará recibo.
§ 1º - O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que apresente ao
empregador sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, para que nela seja
anotada a respectiva concessão.
Art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte os
interesses do empregador.
Art. 138 - Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a outro
empregador, salvo se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de
trabalho regularmente mantido com aquele.
Art. 139 - Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma
empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa.
Art. 142 - O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe for
devida na data da sua concessão.
§ 1º - Quando o salário for pago por hora com jornadas variáveis, apurar-se-á a
média do período aquisitivo, aplicando-se o valor do salário na data da concessão
das férias.
§ 2º - Quando o salário for pago por tarefa tomar-se-á por base a media da
produção no período aquisitivo do direito a férias, aplicando-se o valor da
remuneração da tarefa na data da concessão das férias.
Art. 144. O abono de férias de que trata o artigo anterior, bem como o concedido
em virtude de cláusula do contrato de trabalho, do regulamento da empresa, de
convenção ou acordo coletivo, desde que não excedente de vinte dias do salário,
não integrarão a remuneração do empregado para os efeitos da legislação do
trabalho.
Art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa,
será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso,
correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido.
Art. 147 - O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo contrato de
trabalho se extinguir em prazo predeterminado, antes de completar 12 (doze)
meses de serviço, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de
férias, de conformidade com o disposto no artigo anterior.
Art. 148 - A remuneração das férias, ainda quando devida após a cessação do
contrato de trabalho, terá natureza salarial, para os efeitos do art. 449.
Art. 440 - Contra os menores de 18 (dezoito) anos não corre nenhum prazo de
prescrição.
Legislação específica
(...)
(...)
(...)
Lei 10.406/02, art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer
uma vez, dar-se-á:
TST
SUM-7 FÉRIAS
SUM-81 FÉRIAS
SUM-138 READMISSÃO
A remuneração das férias do tarefeiro deve ser calculada com base na média da
SÚMULA Nº 450.
(conversão da Orientação Jurisprudencial nº 386 da SBDI-1)
É devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o terço
constitucional, com base no art. 137 da CLT, quando, ainda que gozadas na
época própria, o empregador tenha descumprido o prazo previsto no art. 145 do
mesmo diploma legal.
SUM-138 READMISSÃO
SUM-381 do TST
O pagamento dos salários até o 5º dia útil do mês subseqüente ao vencido não
está sujeito à correção monetária. Se essa data limite for ultrapassada, incidirá o
índice da correção monetária do mês subseqüente ao da prestação dos serviços,
a partir do dia 1º. (ex-OJ nº 124 da SBDI-1 - inserida em 20.04.1998)
STF
SÚMULA Nº 327
O direito trabalhista admite a prescrição intercorrente.
SÚMULA Nº 403
É de decadência o prazo de trinta dias para instauração do inquérito judicial, a
contar da suspensão, por falta grave, de empregado estável.