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Centro de Ensino Superior de São

Gotardo
Faculdade de Ciências Gerenciais de São Gotardo
Recredenciamento: Portaria nº 221 de 08/04/2016 – DOU n.º 68,
de 11/04/2016
CURSO DE DIREITO
Reconhecimento: Portaria nº 16 de 27.01.2016 - D.O.U de
29/01/2016
PRÁTICA PENAL – PLATAFORMA MOODLE

Prof. Tutor Michel Jhonathan Rodrigues VII PERÍODO


DATA: 27/02/2020

Aluna: Keny de Melo


Souza

QUESTÕES ADICIONAIS

1 - Em termos de prosseguimento, levando em consideração a letra do Art. 302


do Código de Processo Penal e o conhecimento adquirido em sala de aula no
que toca à processualística penal, uma situação considerada “quase flagrante”
se enquadra em qual espécie de flagrância? Justifique.

Trata-se de flagrante impróprio ou imperfeito, art. 302, III, CPP; como versa
Guilherme de Souza Nucci, este ocorre quando o agente conclui a infração penal –
ou é interrompido pela chagada de terceiros – mas sem ser preso no local do delito,
pois consegue fugir, fazendo com que haja perseguição por parte da polícia, da
vítima ou de qualquer outra pessoa do povo. Como a lei faz uso da expressão “em
situação que faça presumir ser autor da infração”, embora não tenha sido preso no
ato do delito, pode dar evidência de tê-lo cometido, por exemplo, estar em punho
com a suposta arma do crime. (p. 699)

2 - Relate, sucintamente, o caráter e todos os dispositivos legais pertinentes


às outras variações de flagrante cunhadas pela dogmática jurídico penal, quais
sejam: flagrante preparado ou provocado; flagrante esperado; flagrante
forjado; flagrante retardado ou diferido (ação controlada). Paute-se acerca da
Lei de Drogas (lei n. 11.343/2006) e da Lei de Organizações Criminosas (lei n.
12.850/2013), indicando o posicionamento do legislador. Qual o método de
interpretação utilizado?

Flagrante preparado ou provocado


Nucci afirma que o flagrante preparado ou provocado “trata-se de um arremedo de
flagrante, ocorrendo quando um agente provocador induz ou instiga alguém a
cometer uma infração penal, somente assim para prendê-la. Trata-se de crime
impossível (art. 17, CP), pois é inviável sua consumação". Tema sumulado pelo
STF, súmula 145, “não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia torna
impossível a sua consumação. (p. 701).

Flagrante esperado
Essa é uma hipótese viável de autorizar a prisão em flagrante e a constituição válida
do crime, segundo afirma Nucci. “Não há agente provocador, mas simplesmente
chega à polícia a notícia de que um crime será, em breve, cometido. Deslocando
agentes para o local, aguarda-se a sua ocorrência, que pode ou não se dar da forma
como a notícia foi transmitida”. No entanto, há de se acautelar para não recair sobre
o art. 17, CP, figurando-se um crime impossível. (p.702)

Flagrante forjado
Para Nucci, “trata-se de um flagrante totalmente artificial, pois é integralmente
composto por terceiros. É fato atípico, tendo em vista que a pessoa presa jamais
pensou ou agiu para compor qualquer trecho da infração penal”. Neste caso, o
infrator é única e exclusivamente o forjador do flagrante. (p. 702)

Flagrante retardado ou diferido (ação controlada)


Nucci afirma que “é a possibilidade que a polícia possui de retardar a realização da
prisão em flagrante, para obter maiores dados e informações a respeito do
funcionamento, componentes e atuação de uma organização criminosa”. Os artigos
3° e 8° da Lei 12.850/2013 garantem em qualquer fase da persecução penal, sem
prejuízos previstos em lei, a obtenção de provas; bem como agir com a ação
controlada para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz à
obtenção de provas. (p. 702)
3 - O que se entende por audiência de custódia? A nova letra (lei n.
13.964/2019) do Art. 310 do Código de Processo Penal traz mudanças
significativas ao cenário contemporâneo processual? Se sim, quais seriam?
“As audiências de custódia consistem na rápida apresentação do preso a um juiz
nos casos de prisões em flagrante, em uma audiência onde também são ouvidas as
manifestações do Ministério Público, da Defensoria Pública ou do advogado do
preso.
O juiz analisa a prisão sob o aspecto da legalidade, da necessidade e da adequação
da continuidade da prisão ou da eventual concessão de liberdade, com ou sem a
imposição de outras medidas cautelares. Avalia, ainda, eventuais ocorrências de
tortura ou de maus-tratos, entre outras irregularidades”. (CNJ)
Com o advento da Lei 13.964/2019, conhecida como Pacote Anticrime, o art. 310,
CPP, ganha uma nova redação em seu caput:

“Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de


até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá
promover audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado
constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério
Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente: [...]”

Desta forma, atrelado aos seus parágrafos, o artigo supracitado apresenta um


Instituto de Audiências de Custódia com caráter garantista ao presos em flagrante
sob responsabilidade do Estado, uma vez que estes têm o direito de receber um
tratamento digno, justo e dentro dos princípios processuais legais vigentes.

REFERÊNCIA

JUSTIÇA, Cnj - Conselho Nacional de (Org.). Audiência de Custódia. 2020.


Disponível em: https://www.cnj.jus.br/sistema-carcerario/audiencia-de-custodia/.
Acesso em: 20 fev. 2020.

MADALOZZO, Piero Leandro Gamper. O artigo 310 do Código de Processo Penal


e a audiência de custódia. 2020. Jus Navegandi. Disponível em:
https://jus.com.br/artigos/79077/o-artigo-310-do-codigo-de-processo-penal-e-a-
audiencia-de-custodia. Acesso em: 20 fev. 2020.

NUCCI, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal: Comentado. 14. ed. Rio


de Janeiro: Forense, 2015.

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