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A Velha Democracia e o Novo Terrorismo:

notas em torno de uma tese e de alguns cenários

Bruno P. W. Reis
UFMG, Departamento de Ciência Política

Ao Sérgio Costa, cujo trabalho melhorou muito este.

O enorme crime perpetrado em 11 de setembro nos Estados Unidos, em que a


ação direta de pouco mais de uma dúzia de pessoas produziu a morte imediata de
milhares, só encontra paralelo em sua capacidade destrutiva em situações de guerra, e
merece, sem um segundo de hesitação, a condenação mais veemente e indignada de
qualquer pessoa que cultive o mais remoto apreço por qualquer valor humanístico.
Sobre isso, dificilmente poderia caber argumentação adicional, e qualquer elaboração
seria redundante com os mais comezinhos valores em que são socializadas as pessoas
em qualquer sociedade.
Por outro lado, visto exclusivamente sob o prisma de sua brutalidade, deve-se
admitir que este novo episódio poderia ser situado pelos mais desesperançados
simplesmente como a culminação (provisória) de uma série de ações de terror, que
castigam a humanidade desde os seus primórdios, com crescente capacidade técnica de
destruição em massa. Assim os nova-iorquinos seriam apenas as mais recentes vítimas
de um tipo de evento que atormenta recorrentemente a nossa espécie. Seriam apenas
os mais recentes imolados no grande matadouro da história da humanidade, onde
recorrentemente figuram palestinos e israelenses, europeus de numerosas tribos,
congoleses, afegãos etc. Integrantes de uma longa lista onde já figuraram no passado os
judeus do Holocausto, e, na mesma guerra, os habitantes de Dresden e Colônia, os de
Hiroshima e Nagasaki, os de Stalingrado e tantas outras cidades soviéticas; os aldeões
vietnamitas; os armênios dos pogroms do início do século XX; os indígenas da
América; os africanos seqüestrados e embarcados em navios para o cativeiro ou (para
muitos) a morte imediata; os huguenotes da França; e incontáveis outros, além de
tantas populações de cidades helênicas de cuja dizimação (ou expulsão em massa)
Aristóteles nos dá notícia no tom mais corriqueiramente banal.
Visto de qualquer destes ângulos, é difícil aquilatar com precisão a importância
peculiar da tragédia ocorrida. Pois, embora inove em vários aspectos importantes (por
exemplo, foi o maior ataque já efetuado contra alvos civis em território norte-
americano; a primeira vez em que aviões de passageiros foram deliberadamente
atirados contra um alvo; e a primeira vez em que um atentado terrorista alcança a casa
dos milhares de mortos), o acontecido é “apenas” a última (por enquanto) de uma
infindável série de crimes hediondos que pontilham a história humana. Porém o que
quero perseguir aqui são algumas implicações mais ou menos tópicas de uma tese
específica, que diz respeito à dimensão mais especificamente política do episódio. A
tese é a seguinte:
“A mera persistência prolongada da possibilidade de que ações
terroristas espetaculares, com o número de vítimas na casa dos
milhares, venham a ocorrer ocasionalmente, será mortal para a
existência da democracia no planeta.”
As razões desta conjectura se prendem a uma série de considerações, mais ou
menos simples. A democracia é um “acordo de cavalheiros”. Ainda que não exija
propriamente moralidade (o que seria absurdo), ou orientação coletiva para o bem
2
comum ou mesmo para a obtenção de consenso em matéria substantiva (o que seria
irrealista), exige uma considerável disseminação de uma atitude, digamos, de fair play,
de um consenso básico sobre normas elementares, que se materializa nos fundamentais
princípios universais de tolerância, presunção de inocência, liberdade de expressão, de
organização etc. E a materialização deste conjunto de atitudes impõe certas exigências
ao contexto onde se movem as pessoas – como bem sabemos nós brasileiros, que
tentamos a duras penas implementar este conjunto de procedimentos políticos de
inspiração universalista num ambiente de desigualdades que são sobretudo meramente
econômicas.
Pois bem: a idéia de que acontecimentos como os de 11 de setembro em Nova
York e Washington possam se repetir de tempos em tempos lança uma sombra que me
parece incontornável sobre os padrões esperáveis da coexistência entre estranhos no
mundo moderno. Se ao sair de casa para o trabalho num dia corriqueiro, em tempos de
paz, sob plena vigência de instituições políticas democráticas, somos vítimas potenciais
não de um crime isolado, mas de um morticínio em massa que pode alcançar milhares,
não há tolerância ou fair play que resista por muito tempo. A paranóia coletiva que
tenderá a se apossar das pessoas que simplesmente desejam que seus filhos vivam
constituirá um trunfo eleitoral formidável nas mãos dos demagogos que se dispuserem
a vocalizar “soluções simples” violentas, intolerantes, sectárias, belicosas, racistas etc. O
medo coletivo pode certamente ser um cimento político poderoso. Mas não produzirá
uma democracia.
Mas que cenário absurdo é esse, o de um colapso da democracia? Alguém pode
imaginar os americanos rasgando a constituição de seus founding fathers e correndo
atrás de algum general golpista? Certamente que não. Mas a intolerância pode vicejar
sob variados aparatos institucionais, e os próprios EUA já experimentaram, sob
condições talvez menos dramáticas, suas épocas de autoritarismo intolerante, como o
rápido mas traumático surto anticomunista vivido nos anos 50 sob a onda macartista,
ou a longa vigência (quase um século) de legislação racialmente segregacionista no
território de vários estados confederados da Guerra Civil. Em termos mais abstratos,
Robert Dahl já nos demonstrou há quase meio século que um aparato institucional não
pode – por si só – impedir a tirania.
Mas, alguém dirá, morticínios em massa nunca deixaram de se fazer presentes
sobre a face da Terra. Para mencionar apenas as últimas décadas, o que dizer das
atrocidades cometidas na extinta Iugoslávia, em Angola, em Ruanda e Burundi, na
Libéria e na Somália, contra curdos no Iraque e chechenos (e russos) na Rússia? Por
que algo tão disseminado como a destruição em larga escala pode parecer tão
alarmante quando se dá em Nova York, e inconseqüente – ainda que deplorável –
quando se dá na periferia do sistema internacional? A resposta pode parecer cínica –
mas não é: estas coisas simplesmente não podem ser possíveis no centro do sistema,
sem que o próprio sistema desmorone (e com ele a escala de valores em que se assenta).
Qualquer que seja nossa orientação ideológica, o que pensamos diante de problemas
públicos são invariavelmente recomendações político-institucionais. Revolucionários
ou conservadores, pensamos numa estratégia que resulte na implementação de um
ordenamento político específico que organize pacificamente a coexistência das pessoas.
Afinal, é para isso que uma ordem política presumivelmente serve, não? Para que as
pessoas não se matem em massa. Assim, imaginamos que, se as pessoas que habitam
certo território se acertarem politicamente, os principais conflitos encontrarem uma
solução de compromisso, regras básicas obtiverem adesão mais ou menos consensual,
então tudo estará bem, e, apesar das pequenas e inevitáveis tragédias dos destinos
individuais, uma população poderá viver orgulhosamente sua história, e enfrentar em
relativa paz as vicissitudes de sua existência sobre a Terra. Mas se se torna
continuadamente possível que uma população, mesmo sob plena vigência rotineira de
suas instituições políticas, em período de paz e prosperidade econômica, se veja
confrontada com o assassinato em larga escala – então essas instituições se vêem
dramaticamente ameaçadas em sua funcionalidade, e o próprio sistema de valores
sobre o qual elas se apóiam encontra-se em xeque.
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Da validez desta tese decorre uma série extensa de implicações, que passo a
enumerar.
1.
Partindo de um ponto de vista que preze a democracia como um valor, é muito
difícil exagerar a gravidade do momento por que estamos passando, e a imensa
importância política, para a humanidade, das decisões que estão sendo tomadas nestes
dias. É absolutamente míope quem quer acreditar que este é um assunto que diz
respeito apenas aos americanos e a seus inimigos diretos. Independentemente da
opinião que se tenha sobre a política externa americana (sobretudo a parcialidade no
mínimo irresponsável de sua política para o Oriente Médio), a ameaça que uma “maré
vazante” de valores democráticos nos Estados Unidos representa para a democracia em
todo o resto do planeta não deve ser subestimada, e nos deve advertir contra qualquer
tentação de uma euforia sadicamente revanchista contra a potência hegemônica do
momento.
2.
Para a sobrevivência da democracia, será muito importante uma vitória cabal
sobre o terrorismo. E uma vitória de tal magnitude que chegue mesmo a inviabilizar a
execução de ações de largo alcance como esta última. No que toca ao problema de como
lidar com a atual situação, há três cenários teoricamente concebíveis.
O primeiro, já superado pelos fatos e praticamente inimaginável em se tratando
de uma potência, envolveria certa abdicação à busca desta vitória, e poderia ser descrito
como a “tática do avestruz”: investigações conduzidas em um âmbito estritamente
doméstico, encaminhamento de protestos protocolares à apreciação das Nações
Unidas, polidas solicitações de extradição encaminhadas pelos procedimentos
rotineiros, sem brandir ameaças militares ou diplomáticas. Civilizada que seja (parece-
me ser o único cenário em que se observam estritamente os ditames do direito
internacional), é patente que esta opção nos conduziria a assistir a uma escalada do
terror. Talvez lenta, mas firme (nem que seja pela mera lógica de emulação que ações
terroristas ensejam), e sem perspectivas de regressão. A democracia, ainda que não
vivesse o risco de um colapso súbito, definharia certamente, à medida que se
incrustasse o medo na rotina das pessoas.
O segundo cenário, ainda preocupantemente possível, é seguramente o pior de
todos, e acho que poderíamos chamá-lo de “tática brucutu”: confiando em sua
superioridade bélica, obcecados por uma satisfação rápida ao clamor interno e
procurando capitalizar a crise para cristalizar uma hegemonia militar unilateral de
alcance global, os EUA resolvem absurdamente acreditar que poderão desarticular o
terrorismo pelo medo e partem resoluta e irrefletidamente para o ataque, de maneira
maciça, indiscriminada e pouco criteriosa, atacando países, bombardeando cidades,
virando rapidamente o jogo no que se refere às baixas civis, e transformando todo o
episódio numa questão estritamente militar. Esta me parece ser de fato a armadilha
que o terror preparou para o governo americano. Se morderem a isca e produzirem a
impressão (bastará a impressão) de que travam uma guerra particular contra o Islã, os
Estados Unidos estarão produzindo uma grave desestabilização de todos os governos
de países muçulmanos, associada a um brutal fortalecimento do sentimento anti-
ocidental e do fundamentalismo islâmico no Oriente Médio. A probabilidade de novas
ações terroristas (de renovada brutalidade, e não apenas nos EUA) crescerá
vertiginosamente, e quase todos os países do mundo passarão, num segundo momento,
a experimentar graves incertezas político-institucionais. Seria esperável uma reversão
relativamente abrupta da “onda” democrática em curso nas últimas décadas, com o
colapso de vários processos recentes de democratização, e um sensível
“endurecimento” político em democracias mais consolidadas (que se resumem
basicamente à União Européia, à insignificante Suíça e aos países anglo-saxões).
O terceiro é um cenário intermediário. Infelizmente, tampouco envolve garantia
de sucesso, mas, diferentemente dos dois primeiros, não resulta irremediavelmente em
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fracasso – e constitui, portanto, o único caminho que vale a pena tentar trilhar. Ele
difere da tática do avestruz ao supor um comportamento muito mais agressivo do
governo americano. E se distingue da tática brucutu por conferir prioridade a ações
diplomáticas e de inteligência, a cujas conveniências se subordinaria o recurso
ocasional ao tacape militar. Neste cenário, os EUA, sabendo que precisam agir, mas
tendo também aprendido amargamente que têm uma retaguarda exposta na segurança
dos seus 280 milhões de habitantes, partem para uma agressiva ofensiva diplomática
contra o terrorismo, de caráter precipuamente internacional, visando a desmantelar
seu apoio logístico e congelar suas movimentações financeiras, de maneira a
inviabilizar sua operação em redes internacionais de longo alcance. Isto tomará anos, e
requererá – além de estreita colaboração com vários governos estrangeiros,
tradicionais aliados ou não, em matérias eventualmente sensíveis, como inteligência,
informações sigilosas, investigações policiais etc. – também a disposição de atuar
(clandestina ou ostensivamente, conforme as circunstâncias) em território alheio, de
países que se mostrem não-cooperativos com o esforço internacional de repressão às
redes terroristas. Para tanto, os EUA e seus aliados mais próximos deverão estar
preparados para fazer concessões, mas também para eventualmente impor a
colaboração estrangeira por intermédio de um variado repertório de instrumentos, que
vão desde o congelamento de ativos sob jurisdição americana até ameaças militares.
Este cenário ainda admite, embora talvez não requeira, uma ampla mobilização militar
prévia, com o propósito de respaldar a agressividade que se fará necessária no campo
diplomático. Devemos nos lembrar de que falar em diplomacia, neste contexto, não
quer dizer apenas acordos de cavalheiros em luvas de pelica, mas talvez sobretudo a
mão dura de uma potência que sabe que pode impor danos a seus rivais mesmo sem
ação militar, e não hesitará em fazê-lo se assim parecer ditar o cumprimento de seus
objetivos. Um último atributo do “melhor” cenário: mesmo que tudo corra da melhor
maneira possível e as redes de apoio a ações terroristas se vejam ao fim e ao cabo
desmanteladas e sem condições de operar (o que de maneira nenhuma é certo), parece
inevitável que – antes que se alcance este ponto – o mundo tenha de atravessar uma
temporária intensificação da magnitude e da freqüência de atentados terroristas contra
variados pontos do globo. Ou seja: todos os cenários que consigo imaginar indicam um
aumento das atividades terroristas no planeta a curto prazo – principalmente no
Ocidente.
3.
Não é difícil constatar que mesmo o cenário intermediário, o único promissor,
não é muito “santo” no que toca à estrita observância dos princípios básicos do direito
internacional. E aqui cabe buscar um paralelo com a Guerra do Golfo. No caso da
invasão do Kuwait pelo Iraque em 1990, foi bastante fácil para os EUA invocarem uma
flagrante violação do direito internacional, e portanto agirem o tempo todo amparados
em mandato das Nações Unidas. Agora, a situação me parece um tanto diferente:
atacados em seu território, por criminosos estrangeiros, mas que desferiram o ataque
de dentro do território americano, os EUA se arrogam o direito de ir em busca das
conexões internacionais dos agressores, onde quer que se encontrem, num
compreensível afã de “cortar o mal pela raiz”. Compreensível, mas ilegal, segundo me
parece. Não sou especialista em direito internacional, mas receio que somente a “tática
do avestruz” acima aludida permitiria aos EUA manterem-se estritamente no plano da
legalidade. A conclusão que me permito extrair é que a mudança de escala inaugurada
nas ações terroristas pelo presente episódio nos coloca face a face com um aspecto
particularmente brutal e complexo da globalização: o seu aspecto militar, implicado em
algo que poderíamos descrever como a globalização da segurança.
Temos um problema novo e explosivo aqui. Se o raciocínio aqui seguido faz
sentido, então seria altamente desejável que a ONU mostrasse a necessária agilidade e
conseguisse produzir algum enquadramento normativo sobre o comportamento a ser
adotado pela comunidade internacional em casos futuros da ações análogas – que
certamente virão. Caso contrário, os EUA estarão (como já estão), livremente, abrindo
precedentes, “firmando jurisprudência” nesta matéria nova, que é a reação a atos
5
criminosos privados (e não atos de guerra) que todavia parecem requerer ação
agressiva – eventualmente em larga escala – fora das fronteiras nacionais.
4.
Se a segurança de todos os povos do mundo é, agora mais que nunca, um
assunto global, então este episódio explicita dramaticamente um grau sem precedentes
de interdependência política entre todos os povos do planeta. Fundamentalmente, a
mensagem que os atentados de Nova York e Washington transmitem para o mundo
hoje, e que se projeta intensificada para o futuro, é que nenhuma população civil está
em segurança na face da Terra enquanto prosperar – em algum ponto do globo – o
caldo de cultura que engendra o terrorismo.
Torna-se inadmissível, portanto, não apenas sob um ponto de vista estritamente
humanitário, mas agora também sob o ponto de vista da segurança da população de
qualquer potência hegemônica, a perpetuação – em qualquer parte do mundo – de
conflitos que se arrastem por gerações, gerando rancores que tornem plausível a
coordenação em escala ampla de atos extremos como ações terroristas suicidas. De
agora em diante, sob a vigência de quadros como esses, torna-se flagrantemente
arriscada para uma potência hegemônica até mesmo uma política de não-
envolvimento, pois um interessado particularmente decidido pode tornar-lhe
impossível não se envolver.
5.
Se (numa conjectura improvável) tudo sair da melhor maneira possível, e o
terrorismo se vir efetivamente neutralizado, a democracia que resultará imediatamente
desse embate contra o terror já estará bastante distante de alguns de nossos melhores
sonhos, e ainda mais próxima do que hoje de algumas contra-utopias de tipo
orwelliano: vigilância policial onipresente, padronização e disciplinamento crescente de
rotinas variadas em nossas vidas, bisbilhotice estatal generalizada da vida do cidadão,
expansão da importância dos serviços secretos nos orçamentos dos estados. Mas nem
por isso podemos fazer pouco caso do processo que agora começa a se desenrolar em
reação aos atentados deste mês nos EUA. Pois, se ele der errado, temo que nossa
geração (como a que a antecedeu em um século) terá a oportunidade de presenciar uma
cruel reversão de expectativas sobre o padrão histórico esperado de evolução das
instituições políticas em nossa época.
Só poderemos voltar a esperar a realização de algo mais próximo à democracia
com que todos sonhamos quando olharmos em volta e, por todo o planeta, só
encontrarmos democracias. Seja à maneira ocidental ou qualquer outra, de inspiração
islâmica, judaica ou num “consenso sobreposto” que abarque tudo e todos,
precisaremos fazer com que – no mundo inteiro – os conflitos se mantenham
circunscritos a marcos institucionais consensualmente acatados, e a princípios de
tolerância, presunção de inocência, liberdades diversas etc. etc. etc.
Minha única esperança de que esta não seja uma expectativa
enlouquecidamente irrealista é que (se estiver correto o argumento de Abram De
Swaan)1 o próprio welfare state somente se viabilizou – ainda que aos trancos e
barrancos, e por enquanto apenas no plano doméstico de alguns poucos estados
nacionais tomados isoladamente – quando a pobreza dos pobres passou a produzir
problemas dos quais os ricos não conseguiam mais se proteger individualmente, e a
imposição coletiva de uma proteção material mínima se viabilizou. Talvez – quem
sabe? – algo análogo possa se dar no mais fundamental e árduo plano constitucional da
vida política, no encaminhamento de soluções institucionais para conflitos periféricos
mundo afora, sob o patrocínio de potências que já não conseguem mais se proteger dos
efeitos desses conflitos no interior de suas próprias fronteiras.
Façam suas apostas: quantos séculos serão necessários?

1
De Swaan, A.. In Care of the State: Health Care, Education and Welfare in Europe
and the USA in the Modern Era (Cambridge: Polity Press, 1988).
6

(Belo Horizonte, 16 a 23 de setembro de 2001.)

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