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SIMULAÇÃO EMPRESARIAL

Um enfoque voltado para o processo de tomada de decisões

(Inclui CD com software de Simulação Empresarial)

MARCUS MANOEL FOMM

2005
Simulação Empresarial – 2

SUMÁRIO
O Autor ______________________________________________________ 4

Prefácio _____________________________________________________ 5

Introdução ___________________________________________________ 6

A Importância das Decisões Empresariais ___________________________ 8

Informações para Utilização do Sistema de Simulação Empresarial ________9

Principais Decisões Inerentes ao Dia-a-Dia das Organizações ___________ 13

Conceitos ___________________________________________________ 28

Exercícios Resolvidos __________________________________________ 40

Exercícios Propostos ___________________________________________46

Análise Financeira da Empresa (CD Anexo) _________________________ 48

Bibliografia __________________________________________________ 62

ANEXO1

- Planilhas Originais do Sistema de Simulação Empresarial e Relatórios Gerenciais


Gerados

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – É proibida a reprodução total ou parcial, de


qualquer forma ou por qualquer meio. A violação dos direitos de autor (Lei nº 9.610/98)
é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal.
Depósito legal na Biblioteca Nacional conforme Decreto 1.825, de 20 de dezembro de
1907.
Registro: 392.992
03/11/2006
Simulação Empresarial – 3

Dedico este livro à minha esposa, Clélia Fernandes Fomm,


companheira dedicada, solidária e incentivadora das minhas
peripécias.

O Autor
Simulação Empresarial – 4

O AUTOR

MARCUS MANOEL FOMM é economista com pós-graduação em Mercado de Capitais


pela Escola de Pós-Graduação em Economia - EPGE da Fundação Getulio Vargas – RJ.
Possui diversos outros cursos nas áreas de administração e finanças.
Foi Gerente de Crédito e Mercadologia no Banco Lar Brasileiro e Gerente do
Departamento de Análise de Crédito no Banco Denasa de Investimento.
Atuou como Diretor Administrativo Financeiro de diversas empresas localizadas no Pólo
Petroquímico de Camaçari – BA.
Exerceu o cargo de economista sênior no Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico
e Social, tendo sido responsável pelo projeto de viabilidade econômica e financeira da
TELEMIG e TELESP destinado à captação de recursos, através da emissão de debêntures,
para atender a execução dos planos de expansão.
É autor de diversos artigos relacionados a assuntos financeiros para jornais, revistas,
apresentador de seminários, cursos e programas de treinamento.
Desenvolveu o sistema de Simulação Empresarial voltado à avaliação e à gestão de
decisões, tendo sido adotado como disciplina pelo Centro Universitário da Cidade do Rio
de Janeiro – UniverCidade da qual foi docente no período de 2003 a 2006.
Atualmente presta consultoria a pequenas e médias empresas, dedica-se a programas de
treinamento nas áreas financeiras e de gestão e assessora cafeicultores em projetos de
viabilidade.
É professor da Fundação Getulio Vargas – Rj para a disciplina de Gestão Empresarial nos
cursos de MBA’s.
Homenageado com Moção de Aplausos nº 051 / 98, concedida pela Câmara Municipal de
Patrocínio – MG, em decorrência de artigos publicados na imprensa local.
Recebeu ofício de agradecimento da Polícia Militar de Minas Gerais, 10º CPRM / 15º BPM,
de número 5.077/98 – P/5 – 15º BPM, subscrito pelo Comandante do 15º BPM, por
artigo publicado no jornal Correio de Patrocínio – MG.
É membro da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra e Conselheiro
Consultivo do Conselho Comunitário de Segurança Preventiva de Patrocínio – MG.
Simulação Empresarial – 5

PREFÁCIO

A prática da simulação como parte do processo de ensino-aprendizado em negócios pode


se mostrar bastante eficaz quando baseada na utilização de ferramentas informatizadas
bem-estruturadas.
A melhor demonstração são os jogos de negócios realizados a partir de softwares
aplicados que permitem aos usuários tomar decisões complexas, integrando diferentes
variáveis associadas a áreas distintas da gestão de empresas, e medir os seus impactos
sobre os resultados em termos financeiros.
Ferramentas de simulação como essas representam uma excelente oportunidade de
integração de abordagens teóricas com as práticas cotidianas das organizações.
Nesta obra, o Professor Marcus Fomm nos apresenta uma poderosa ferramenta de
aprendizagem de negócios, que se não se caracteriza exatamente como um jogo, em sua
definição mais clássica, se mostra muito adequada para a prática da simulação de
processos de tomada de decisão e de resolução de problemas em gestão.
Trata-se de uma oportunidade diferenciada para alunos e professores de cursos ligados à
área de negócios e para profissionais de gestão de empresas desenvolverem ainda mais
sua competência de saber fazer, fundamental para atender às demandas do mundo atual
do trabalho.
Saber tomar decisões e resolver problemas, amparado na análise de informações, é
decisivo para qualquer profissional construir uma carreira bem-sucedida em gestão de
negócios.
O Professor Marcus Fomm nos oferece um bom mapa para nos ajudar a trilhar esse
caminho.

ALEXANDRE CÉSAR MOTTA de CASTRO


Ex-Diretor da Escola de Negócios do Centro Universitário da Cidade do Rio de Janeiro -
UNIVERCIDADE.
Simulação Empresarial – 6

INTRODUÇÃO

O sistema de Simulação Empresarial é útil na elaboração de business plan, análise de


projetos de investimento, avaliação da capacidade de pagamento, demonstração do
potencial do empreendimento para atração de novos investidores, planejamento
estratégico, análise econômica e financeira de empresas, aprimoramento do processo
decisório e gerencial, projetos pedagógicos, entre outras utilizações.
Apresenta-se também como uma ferramenta importante no aprendizado de técnicas de
“boa gestão”.
Calcado em conceitos teóricos, no entanto, apresentados de forma prática, possibilita a
visualização, quantificação e análise dos impactos das principais decisões empresariais
inerentes ao dia-a-dia das organizações.
Contribui, dessa forma, para o exercício de decisões de negócios na condução e
gerenciamento de uma empresa virtual, permitindo o desenvolvimento de habilidades
gerenciais.
O software a partir da introdução e/ou modificações das variáveis previstas, gera
automaticamente uma série informações e relatórios, facilitando a interpretação das
ações adotadas. As informações, relatórios e planilhas estão disponibilizadas na pasta de
Simulação Empresarial constante do CD anexo.
Variáveis Previstas:

• Vendas anuais em unidades.


• Percentual de crescimento / redução das unidades vendidas anualmente.
• Mix de vendas – à vista e a prazo.
• Preço de custo do produto para pagamento na modalidade à vista.
• Markup.
• Taxas de juros acertadas com os fornecedores nas compras a prazo.
• Taxas de juros praticadas nas modalidades de vendas a prazo.
• Modalidades de comercialização a prazo, percentuais de vendas a prazo e prazos de vendas
concedidos aos clientes.
• Modalidades de compras de estoques e pagamentos aos fornecedores, percentuais de
compras à vista e a prazo e prazos de pagamento negociados com os fornecedores.
• Prazo Médio de Rotação dos Estoques.
• Taxas de depreciação referentes às imobilizações.
• Percentuais de comissões destinados à remuneração dos vendedores.
• Percentuais referentes às verbas alocadas a publicidade.
• Percentuais de impostos incidentes sobres às compras, vendas e lucros.
• Montante das imobilizações necessárias ao funcionamento do negócio.
Simulação Empresarial – 7

• Despesas referentes à estrutura operacional.


• Despesas referentes à estrutura funcional.
• Aporte de recursos próprios por parte dos sócios.
• Contratação de financiamentos de curto e longo prazo – taxas de juros e prazos
de pagamentos.
Informações Disponibilizadas:

• Movimentação dos estoques em quantidades.


• Valorização dos estoques sem a incidência dos impostos.
• Pagamentos aos fornecedores.
• Vendas à vista.
• Vendas a prazo.
• Vendas totais.
• Duplicatas a receber / vendas a prazo.
• Custo das mercadorias vendidas.
• Impostos nas compras e nas vendas.
• Balanço dos impostos.
• Recolhimento dos impostos.
• Saldo a pagar aos fornecedores.
• Montante dos pagamentos efetuados aos fornecedores.
• Montante das compras.
• Resumo das unidades vendidas.
• Valores parciais e totais das depreciações dos ativos imobilizados.
• Planilhas de amortização dos financiamentos de curto e longo prazo.
• Prazo médio de vendas a prazo.
• Prazo médio de recebimento das vendas.
• Prazo médio de pagamento aos fornecedores.
• Valores para pagamento do imposto de renda.

Relatórios Gerados:

• Despesas Operacionais e de Pessoal


• Fluxo de Caixa
• Balanços
• Demonstração de Resultado dos Exercícios.
• Demonstração dos Custos Fixos e Variáveis.
• Demonstrativo do Ponto de Equilíbrio.
• Demonstrativo da Necessidade Líquida de Capital de Giro.
• Ciclo Financeiro em Dias de Vendas.
Simulação Empresarial – 8

• Ciclo Financeiro em Prazos Médios.


• Demonstrativo da Tesouraria.
• Demonstrativo do Capital de Giro e do Capital Circulante Líquido.
• Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos.
• Índices Financeiros: liquidez, estrutura, rotação, posicionamento relativo de
vendas e compras a prazo, retorno, índices relacionados à dívida onerosa,
termômetro de insolvência e taxa de retorno do negócio.

Gráficos:

• Gráficos dos Balanços.


• Gráficos das Demonstrações de Resultados.

Assim, com prudente antecedência, decisões podem ser avaliadas e reformuladas no


sentido da maximização dos resultados e minimização dos riscos do negócio.
Diversas instituições de ensino vêm adotando essa técnica em seus cursos de graduação
e pós-graduação, bem como empreendedores atentos em verificar o desempenho de
seus negócios em variados cenários.

“O sistema de Simulação Empresarial foi desenvolvido considerando-se a


tributação na modalidade do lucro real e as principais operações inerentes às
empresas que atuam no ramo comercial”
(O software de simulação adota a comercialização de três produtos)

A IMPORTÂNCIA DAS DECISÕES EMPRESARIAIS

O processo decisório nas organizações constitui-se num importante fator de sucesso


quando bem delineado e trabalhado no sentido da maximização dos resultados a serem
alcançados.
Diminui o espaço para adoção de decisões calcadas apenas no “feeling”, embora muitos
empreendedores assim procedam, alcançando em alguns casos, resultados satisfatórios.
Ideal seria que o processo decisório fosse calcado em números representativos dos
impactos das decisões a serem adotadas.
Tal procedimento pode representar uma maior margem de acerto, bem como um
diferencial importante em relação aos concorrentes.
A aferição dos impactos das decisões mostra-se necessária, pois com mais freqüência do
que imaginamos, as ações adotadas podem afetar diversos segmentos da organização.
Nesse caso, somos partidários de que as decisões devam ser tomadas de forma
compartilhada, envolvendo todas as áreas que possam ser afetadas.
Simulação Empresarial – 9

Nas pequenas e médias empresas a mensuração dos impactos das decisões apresenta-se
como uma difícil tarefa devido à falta de instrumentos adequados, profissionais
preparados, registros contábeis confiáveis, banco de informações, entre outros.
Infelizmente a maioria dos pequenos e médios empreendedores desconhece os benefícios
que a contabilidade pode representar para o processo decisório.
De modo geral os registros contábeis estão sempre atrasados e, muitas vezes,
fraudados, apresentando pouca ou nenhuma utilidade no processo de adoção de
decisões.
Relatórios gerenciais que retratem a performance da empresa ao longo dos anos,
também são escassos, prejudicando o processo decisório.
As decisões empresariais devem ser norteadas por ações devidamente analisadas,
quantificadas e avaliadas quanto aos impactos que poderão causar.

INFORMAÇÕES PARA UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE SIMULAÇÃO EMPRESARIAL

(As planilhas encontram-se disponibilizadas no CD anexo)

As células marcadas com a cor verde são aquelas que deverão ser alimentadas
com as variáveis.
PREMISSAS
VENDAS TOTAIS EM UNIDADES
Nessa linha, a primeira célula do ano 1 deverá ser preenchida com as quantidades que se
espera comercializar nesse ano. O sistema repetirá o montante inserido nessa célula nos
anos seguintes, se não houver indicação de percentual de acréscimo ou decréscimo
informado na próxima linha.

INCREMENTO NAS VENDAS EM %


Nessa linha, a segunda, terceira e quarta células, respectivamente anos 2, 3 e 4 deverão
ser preenchidas com os percentuais esperados de crescimento ou diminuição das vendas,
em unidades. O cálculo será sempre efetuado em relação ao montante do ano anterior e
informado automaticamente na linha de vendas totais em unidades.

MIX DE VENDAS

% DE VENDAS À VISTA EM QUANTIDADES


Essas células deverão ser preenchidas, para todos os anos, com os percentuais
esperados de vendas à vista, em quantidades.
Simulação Empresarial – 10

% DE VENDAS A PRAZO EM QUANTIDADES


Não preencher essa linha, pois se trata de resultado informado pelo sistema a partir do
percentual de vendas à vista, registrado na linha anterior.

PREÇOS – CUSTO / VENDAS

PREÇO DE CUSTO À VISTA DO PRODUTO POR UNIDADE


Informar para todos os anos o preço de custo unitário, negociado com os fornecedores,
para pagamento na modalidade à vista.

MARKUP EM %
Informar os percentuais de marcação, para todos os anos, incidentes sobre o preço de
custo à vista do produto, por unidade.

PREÇO DE VENDA À VISTA POR UNIDADE


Não preencher essa linha, pois se trata de resultado informado pelo sistema. Refere-se
ao preço de custo à vista do produto acrescido do percentual de markup, representando
o preço de venda para pagamento, na modalidade à vista.

TAXAS DE JUROS

TAXA DE JUROS AO MÊS PARA COMPRAS A PRAZO


Preencher com as taxas de juros ao mês, negociadas com os fornecedores, para compras
a prazo.

TAXA DE JUROS AO MÊS PARA VENDAS A PRAZO


Preencher com as taxas de juros ao mês, praticadas nas vendas a prazo.

MODALIDADES DE COMERCIALIZAÇÃO A PRAZO

% DE VENDAS A PRAZO (Todos os Anos)


No “mix de vendas” foram estabelecidos os percentuais de vendas à vista e a prazo,
incidentes sobre as vendas previstas, em quantidades.
Nessa linha, de percentual de vendas a prazo, informar os percentuais de vendas a prazo
que serão comercializados, em função dos prazos de vendas concedidos aos clientes,
registrados na próxima linha.
Simulação Empresarial – 11

PRAZOS DE VENDAS CONCEDIDOS AOS CLIENTES – EM DIAS (Todos os Anos)


Informar os prazos de vendas concedidos aos clientes de acordo com o percentual de
vendas a prazo, registrados na linha anterior.

MODALIDADES DE COMPRAS DE ESTOQUES E PAGAMENTO AOS FORNECEDORES

COMPRAS EM % (Todos os Anos)


Em função das quantidades vendidas, em unidades, e também do nível dos estoques que
a empresa deseja manter, definido através do prazo médio de rotação dos estoques,
informar nessa linha os percentuais de compras que serão adquiridas na modalidade à
vista e a prazo.

PRAZOS DE PAGAMENTOS AOS FORNECEDORES – EM DIAS (Todos os Anos)


Informar os prazos de pagamentos negociados com os fornecedores de acordo com os
percentuais referentes às compras a prazo, discriminados na linha anterior.

PRAZO MÉDIO DE ROTAÇÃO DOS ESTOQUES


Nessa célula deverá ser informado o prazo médio de rotação dos estoques que o
empreendedor imagina adequado para o negócio.

TAXAS DE DEPRECIAÇÃO
Nesse quadro deverão ser informadas as taxas de depreciação referentes a cada item do
ativo permanente.

COMISSÕES SOBRE VENDAS EM %


Nessa linha deverão ser informadas as taxas de comissão, referentes à remuneração dos
vendedores.

PUBLICIDADE SOBRE VENDAS EM %


Informar as taxas que deverão ser aplicadas sobre as receitas para utilização em
publicidade e marketing.

IMPOSTOS
Os percentuais dos impostos incidentes sobre as compras e vendas das mercadorias
deverão ser informados nas células apropriadas.
Informar também as alíquotas dos impostos aplicados sobre os lucros.
Simulação Empresarial – 12

IMOBILIZAÇÕES
Nesse local deverão ser anotados os montantes dos bens a serem adquiridos, ano a ano,
destinados ao funcionamento do empreendimento.

DESPESAS OPERACIONAIS E DE PESSOAL

DESPESAS OPERACIONAIS
A planilha de Despesas Operacionais deverá ser preenchida com os valores mensais das
despesas necessárias ao funcionamento da empresa. Se for previsto um aumento dessas
despesas, a linha de Incremento em % deverá ser preenchida. O sistema calcula o
montante anual para todos os anos.

DESPESAS DE PESSOAL
Essa planilha deverá ser preenchida com os salários e número de funcionários de acordo
com cada cargo e percentual referente aos encargos sociais.
Caso seja previsto um aumento dos salários, preencher a linha de Incremento em %.

FLUXO DE CAIXA

APORTE DE CAPITAL ADICIONAL


Nessa linha, caso necessário, poderá ser registrado um aporte adicional de recursos, sob
a forma de capital social.

EMPRÉSTIMOS DE CURTO PRAZO


Caso ocorra a necessidade de contratação de financiamentos, as células indicadas nessa
linha deverão ser preenchidas com o montante dos empréstimos tomados para
pagamento em curto prazo. O sistema calcula o pagamento dos juros e a amortização do
principal.

EMPRÉSTIMOS DE LONGO PRAZO


Havendo a opção por financiamentos, de longo prazo, as células indicadas nessa linha
deverão ser preenchidas com o montante dos empréstimos contratados. O sistema
calcula o pagamento dos juros e a amortização do principal.

FINANCIAMENTOS

CURTO PRAZO
Deverão ser informadas as taxas de juros ao mês, negociadas com as instituições
financeiras para empréstimos de curto prazo.
Simulação Empresarial – 13

O número de meses de utilização do empréstimo, no ano da contratação e também para


o próximo ano, deverá ser informado.

LONGO PRAZO
Deverão ser informadas as taxas de juros ao ano, negociadas com as instituições
financeiras para empréstimos de longo prazo.
O número de anos de utilização do empréstimo deverá ser informado.

PRINCIPAIS DECISÕES INERENTES AO DIA-A-DIA DAS ORGANIZAÇÕES

Inúmeras são as decisões que o administrador tem que tomar no dia-a-dia de uma
empresa e também com relação a seus negócios.
Vamos relacionar as principais, comentando seus impactos sobre a situação econômica e
financeira.
Cabe ressaltar que as conseqüências dos impactos das decisões variam de empresa para
empresa, não ocorrendo de uma forma padronizada, pois dependem da conjugação de
diversos fatores.
O sistema de Simulação Empresarial ajuda o entendimento, pois permite a visualização e
a quantificação dos impactos das decisões.
As decisões podem ser tomadas em conjunto ou separadamente, mas, no presente caso,
no sentido de facilitar o entendimento, vamos adotá-las e analisa-las de forma
separada, isto é, uma por vez e com relação à somente um produto.
Consideramos também que uma vez adotada a decisão, as demais premissas
permanecerão inalteradas. Dessa forma, a visualização dos impactos das decisões
apresentar-se-á facilitada.
Os impactos comentados são válidos para o ano em que a decisão foi adotada.
No entanto, decisões adotadas em um determinado ano impactam anos futuros e, nesse
caso, os efeitos deverão ser observados, pois algumas decisões podem ser benéficas no
ano em que foram adotadas, porém prejudicar anos subseqüentes. O inverso também é
verdadeiro.
Registramos que alguns impactos podem não ocorrer ou apresentarem-se diferentes
daqueles informados se algumas premissas, no software, forem modificadas ou
suprimidas.
O leitor poderá adotar diversas decisões ao mesmo tempo, com relação aos três
produtos, mas, nesse caso, deverá ficar atento aos inter-relacionamentos e impactos das
mesmas.
Simulação Empresarial – 14

DECISÕES

AUMENTO DAS VENDAS EM QUANTIDADES


Qual empresário não deseja aumentar as vendas na esperança de obtenção de maiores
lucros? Certamente todos!
A decisão de incrementar as vendas implica numa série de ações por parte de diversas
áreas distintas da empresa.
No caso de uma empresa do segmento comercial, o administrador deverá estar atento se
os fornecedores têm capacidade de entregar maiores quantidades, se existe espaço físico
para armazenamento, se o caixa da empresa suporta o aumento das necessidades de
capital de giro, se haverá necessidade de contratação de financiamentos, se o quadro de
pessoal existente é suficiente para suportar o incremento esperado, se haverá
necessidade de maior investimento em publicidade e marketing, etc., etc..
Cabe ressaltar que nem sempre o aumento das receitas, proveniente de maiores
quantidades vendidas, significa que automaticamente o lucro será beneficiado ou o
prejuízo diminuído. No entanto, mantendo-se as demais premissas constantes, o
resultado final será sempre favorável à empresa.
Devido às implicações que a decisão de aumentar as vendas pode ocasionar, antes da
implementação, o empreendedor deve compartilhar tal ação com os diversos segmentos
da empresa que, de certa forma, possam estar envolvidos: áreas financeira,
administrativa, logística, de marketing, entre outras.

IMPACTOS POSSÍVEIS
• Aumento das receitas brutas, à vista e a prazo.
• Aumento das despesas com comissão, publicidade e impostos.
• Aumento do montante do custo das mercadorias vendidas.
• Maior volume de compras de produtos.
• Aumento dos pagamentos efetuados aos fornecedores.
• Possibilidade da necessidade de contratação de empréstimos.
• Possibilidade da necessidade de contratação de mão de obra adicional.
• Aumento das necessidades líquidas de capital de giro.
• Aumento do capital de giro próprio e do capital circulante líquido.
• Aumento do montante da margem de contribuição.
• Diminuição do nível do ponto de equilíbrio.
• Aumento do lucro líquido final ou redução do prejuízo.
• Aumento do saldo de caixa.

Obs: Em decorrência do aumento das quantidades vendidas, pode ocorrer que outras
despesas precisem ser incrementadas.
Simulação Empresarial – 15

Nesse caso, o aumento do lucro / redução do prejuízo, como já informamos, não está
garantido.
Caso ocorra uma diminuição das quantidades vendidas, efeitos e impactos contrários aos
mencionados, poderão acontecer.

MIX DE VENDAS
Entende-se por “mix de vendas” a proporcionalidade de vendas “em quantidades” que
será comercializada na modalidade à vista versus a prazo.
Respeitando-se as peculiaridades do mercado, a proporcionalidade ideal entre vendas na
modalidade à vista e a prazo deve ser aquela que proporcione maior entrada de recursos
no caixa e também à geração de resultados significativos.
O sistema de Simulação Empresarial deve ser utilizado para indicar o nível “ótimo” entre
vendas à vista e a prazo.

IMPACTOS POSSÍVEIS
Priorizar as vendas na modalidade à vista:
• Aumento da receita bruta referente às vendas, na modalidade à vista, e redução
daquela proveniente das vendas a prazo. Redução da receita bruta total. Nas
vendas à vista não são cobrados juros.
• Diminuição do montante das despesas de comissão, publicidade e impostos.
• Diminuição do prazo médio de recebimento das vendas e do ciclo financeiro.
• Volume de compras de produtos, inalterado.
• Pagamento efetuado aos fornecedores, inalterado.
• Diminuição das necessidades líquidas de capital de giro.
• Diminuição do capital de giro próprio e do capital circulante líquido.
• Diminuição da margem de contribuição.
• Aumento do nível do ponto de equilíbrio.
• Diminuição do lucro líquido final ou aumento do prejuízo.
• Diminuição do patrimônio líquido.
• Aumento do saldo de caixa do ano, no ano em que a decisão foi adotada, e
diminuição do saldo de caixa do ano, do ano seguinte.

Priorizar as vendas na modalidade a prazo:


• Aumento da receita bruta referente às vendas na modalidade a prazo e redução
daquela proveniente das vendas à vista. Aumento da receita total. Nas vendas a
prazo pode ocorrer a cobrança de juros.
• Aumento das despesas de comissão, publicidade e impostos. Essas contas variam
em função das vendas, que, no caso, aumentarão devido ao recebimento de mais
juros.
Simulação Empresarial – 16

• Volume de compras de produtos, inalterado.


• Pagamentos efetuados aos fornecedores, inalterados.
• Aumento das necessidades líquidas de capital de giro.
• Aumento do capital de giro próprio e do capital circulante líquido.
• Aumento da margem de contribuição.
• Aumento do prazo médio de recebimento das vendas e do ciclo financeiro.
• Diminuição do nível do ponto de equilíbrio.
• Aumento do lucro líquido final ou diminuição do prejuízo.
• Diminuição do saldo de caixa do ano, no ano em que a decisão foi adotada, e
aumento do saldo de caixa do ano, do ano seguinte.
Obs: Consideramos que a empresa quando vende, na modalidade a prazo, cobra juros
pelo período decorrido entre a venda e o efetivo recebimento. Caso a empresa não
pratique juros, na comercialização a prazo, a taxa de juros, no local apropriado da
planilha de premissas, poderá ser zerada. Nesse caso, os impactos serão alterados.

AUMENTO DO PREÇO DE CUSTO DO PRODUTO ADQUIRIDO PARA REVENDA


Quando os fornecedores aumentam o preço de custo das mercadorias fornecidas à
empresa, ocorrem duas possibilidades: a primeira seria da empresa repassar o aumento
para os consumidores, elevando os preços de vendas de seus produtos e, a segunda,
manter os mesmos preços praticados, assumindo, nesse caso, o aumento verificado.
Nem sempre quando ocorre um aumento de preço por parte dos fornecedores é possível
repassar para os clientes, pois a empresa não está, na maioria das vezes, sozinha no
mercado, pois existem concorrentes.
Devido a inflação estar contida, qualquer aumento dos preços de venda sofre sérias
restrições por parte dos consumidores.

MANTENDO-SE O MARKUP, COM CONSEQÜENTE AUMENTO DO PREÇO DE VENDA


PARA OS CLIENTES.

IMPACTOS POSSÍVEIS
• Aumento do preço de venda do produto para os clientes.
• Aumento da receita bruta proveniente das vendas na modalidade à vista e a
prazo.
• Aumento da margem de contribuição.
• Aumento das despesas de comissão, publicidade e impostos.
• Aumento do montante do custo das mercadorias vendidas.
• Diminuição do nível do ponto de equilíbrio.
• Aumento do saldo dos estoques.
Simulação Empresarial – 17

• Aumento do montante dos pagamentos efetuados aos fornecedores.


• Aumento do saldo a pagar aos fornecedores.
• Alteração das necessidades líquidas de capital de giro.
• Alteração dos valores do capital de giro próprio e capital circulante líquido.
• Aumento do lucro líquido final ou redução do prejuízo.
• Aumento do patrimônio líquido.
• Aumento do saldo de caixa.

REDUZINDO-SE O MARKUP, MANTENDO-SE O MESMO PREÇO DE VENDA PARA OS


CLIENTES.

IMPACTOS POSSÍVEIS
• Preço de venda, do produto, inalterado para os clientes.
• Receita bruta proveniente das vendas na modalidade à vista e a prazo, inalterada.
• Despesas de comissão, publicidade e impostos, inalteradas.
• Aumento do custo das mercadorias vendidas.
• Diminuição da margem de contribuição.
• Aumento do nível do ponto de equilíbrio.
• Aumento do saldo dos estoques.
• Aumento do montante dos pagamentos efetuados aos fornecedores.
• Aumento do saldo a pagar aos fornecedores.
• Alteração das necessidades líquidas de capital de giro.
• Alteração dos valores do capital de giro próprio e capital circulante líquido.
• Diminuição do lucro líquido final ou aumento do prejuízo.
• Diminuição do patrimônio líquido.
• Diminuição do saldo de caixa.

DIMINUIÇÃO DO PREÇO DE CUSTO DO PRODUTO ADQUIRIDO PARA REVENDA


Caso contrário, se ocorrer uma diminuição do preço de custo das mercadorias fornecidas
à empresa, ocorrem também duas possibilidades: a primeira seria da empresa beneficiar
os clientes diminuindo os preços de vendas de seus produtos e, a segunda, manter os
mesmos preços praticados, isto é, não repassar o desconto conseguido, mantendo os
preços de vendas inalterados.
Simulação Empresarial – 18

MANTENDO-SE O MARKUP, COM CONSEQÜENTE DIMINUIÇÃO DO PREÇO DE


VENDA PARA OS CLIENTES.

IMPACTOS POSSÍVEIS
• Preço de venda, do produto, mais baixo para os clientes.
• Diminuição da receita bruta proveniente das vendas na modalidade à vista e a
prazo.
• Despesas de comissão, publicidade e impostos, diminuem.
• Diminuição do custo das mercadorias vendidas.
• Diminuição da margem de contribuição.
• Aumento do nível do ponto de equilíbrio.
• Diminuição do saldo dos estoques.
• Diminuição do montante dos pagamentos efetuados aos fornecedores.
• Diminuição do saldo a pagar aos fornecedores.
• Diminuição das necessidades líquidas de capital de giro.
• Alteração dos valores do capital de giro próprio e capital circulante líquido.
• Diminuição do lucro líquido final ou aumento do prejuízo.
• Diminuição do patrimônio líquido.
• Diminuição do saldo de caixa.

AUMENTANDO-SE O MARKUP, MANTENDO-SE O MESMO PREÇO DE VENDA PARA


OS CLIENTES.

IMPACTOS POSSÍVEIS
• Preço de venda do produto, inalterado.
• Receita bruta proveniente das vendas na modalidade à vista e a prazo, inalterada.
• Despesas de comissão, publicidade e impostos, inalteradas.
• Diminuição do custo das mercadorias vendidas.
• Aumento da margem de contribuição.
• Diminuição do nível do ponto de equilíbrio.
• Diminuição do saldo dos estoques.
• Diminuição do montante dos pagamentos efetuados aos fornecedores.
• Diminuição do saldo a pagar aos fornecedores.
• Aumento das necessidades líquidas de capital de giro.
• Alteração dos valores do capital de giro próprio e capital circulante líquido.
• Aumento do lucro líquido final ou redução do prejuízo.
• Aumento do patrimônio líquido.
• Aumento do saldo de caixa.
Simulação Empresarial – 19

MARKUP
O markup é um percentual aplicado sobre o preço de custo da mercadoria, para
pagamento na modalidade à vista. Encontra-se, dessa forma, o preço de venda a ser
praticado para os clientes, na modalidade à vista.
Caso a empresa adquira uma parte das mercadorias destinadas a revenda, na
modalidade a prazo, se os fornecedores cobrarem juros, o custo das mercadorias será
aumentado pela incidência dos juros.
Nesse caso, o ideal seria aplicar o markup sobre o preço cheio.

AUMENTO DO MARKUP
Caso ocorra um aumento do markup, o preço de venda final para o consumidor irá ficar
maior.

IMPACTOS POSSÍVEIS
• Aumento do preço de venda do produto.
• Aumento da receita bruta proveniente das vendas na modalidade à vista e a
prazo.
• Aumento da margem de contribuição.
• Aumento das despesas de comissão, publicidade e impostos.
• Diminuição do nível do ponto de equilíbrio.
• Aumento das necessidades líquidas de capital de giro.
• Aumento do capital de giro próprio e do capital circulante líquido.
• Aumento do lucro líquido final ou redução do prejuízo.
• Aumento do patrimônio líquido.
• Aumento do saldo de caixa.

DIMINUIÇÃO DO MARKUP
Caso ocorra uma diminuição do markup, o preço de venda final para o consumidor irá
ficar menor.

IMPACTOS POSSÍVEIS
• Diminuição do preço de venda do produto.
• Diminuição da receita bruta proveniente das vendas na modalidade à vista e a
prazo.
• Diminuição da margem de contribuição.
• Diminuição das despesas de comissão, publicidade e impostos.
• Aumento do nível do ponto de equilíbrio.
• Diminuição das necessidades líquidas de capital de giro.
• Diminuição do capital de giro próprio e do capital circulante líquido.
Simulação Empresarial – 20

• Diminuição do lucro líquido final ou aumento do prejuízo.


• Diminuição do patrimônio líquido.
• Diminuição do saldo de caixa.

TAXAS DE JUROS AO MÊS PARA COMPRAS DE MERCADORIAS NA MODALIDADE A PRAZO


Os administradores devem se preocupar com possíveis aumentos das taxas de juros por
parte dos fornecedores, pois o custo das mercadorias vendidas será afetado.
Se os fornecedores aumentarem a taxa de juros, para compras na modalidade a prazo,
podem ocorrer os seguintes impactos:
• Aumento do custo das mercadorias vendidas.
• Aumento do montante pago aos fornecedores.
• Aumento do saldo a pagar aos fornecedores.
• Aumento do saldo dos estoques.
• Diminuição da margem de contribuição.
• Diminuição do capital de giro próprio e do capital circulante líquido.
• Aumento do nível do ponto de equilíbrio.
• Diminuição do lucro líquido final.
• Diminuição do saldo de caixa.

Caso os fornecedores diminuam a taxa de juros, para compras de mercadorias na


modalidade a prazo, os impactos acontecem exatamente ao contrário daqueles
informados anteriormente.

TAXAS DE JUROS AO MÊS PARA VENDAS A PRAZO


Nas vendas a prazo é normal a cobrança de juros, embora muitas empresas não
informem essa prática a seus clientes.
Existem empresas que auferem significativas receitas provenientes da cobrança de juros.
As taxas de juros praticadas devem ser compatíveis com aquelas usualmente adotadas
no mercado e pelos concorrentes.
Se a empresa aumentar a taxa de juros, para vendas praticadas na modalidade a prazo,
podem ocorrer os seguintes impactos:
• Aumento da receita bruta proveniente de um maior recebimento de juros por
conta das vendas a prazo.
• Aumento das despesas de comissão, publicidade e impostos.
• Aumento da margem de contribuição.
• Aumento das necessidades líquidas de capital de giro.
• Aumento do capital de giro próprio e capital circulante líquido.
• Diminuição do nível do ponto de equilíbrio.
• Aumento do lucro líquido final ou redução do prejuízo.
Simulação Empresarial – 21

• Aumento do saldo de caixa.

Se a empresa diminuir a taxa de juros, para vendas na modalidade a prazo, os impactos


ocorrerão exatamente ao contrário daqueles anteriormente citados.

MODALIDADES DE COMERCIALIZAÇÃO A PRAZO


Diversas são as decisões possíveis quanto às modalidades de comercialização a prazo.
Dependendo das decisões adotadas, significativos impactos acontecerão na situação
econômica e financeira da empresa.

AUMENTO DO PERCENTUAL DE QUANTIDADES VENDIDAS, NA MODALIDADE A


PRAZO, EM MAIORES PRAZOS DE VENDAS

Se a empresa adotar a decisão de concentrar um percentual maior de vendas, em


quantidades, em maiores prazos de vendas poderão ocorrer os seguintes impactos:
• Aumento da receita bruta por influência de um maior recebimento de juros
decorrentes da concentração de maiores quantidades de vendas, em unidades,
em prazos mais longos.
• Aumento da margem de contribuição.
• Aumento das despesas comissão, publicidade e impostos.
• Diminuição do nível do ponto de equilíbrio.
• Aumento das necessidades líquidas de capital de giro.
• Aumento do capital de giro próprio e do capital circulante líquido.
• Aumento do prazo médio de recebimento das vendas e do ciclo financeiro.
• Aumento do lucro líquido final ou redução do prejuízo.
• Aumento do patrimônio líquido.
• Diminuição do saldo de caixa do ano, no ano da adoção da decisão. No ano
posterior ao da decisão, o saldo de caixa do ano aumentará.

Se a empresa adotar a decisão de concentrar um percentual menor de vendas, em


quantidades, em maiores prazos de vendas poderão ocorrer os seguintes impactos:

• Diminuição da receita bruta por influência de um menor recebimento de juros


decorrentes da concentração de menores quantidades de vendas, em unidades,
em prazos mais longos.
• Diminuição da margem de contribuição.
• Diminuição das despesas de comissão, publicidade e impostos.
• Aumento do nível do ponto de equilíbrio.
• Diminuição das necessidades líquidas de capital de giro.
Simulação Empresarial – 22

• Diminuição do prazo médio de recebimento das vendas e do ciclo financeiro.


• Diminuição do capital de giro próprio e do capital circulante líquido.
• Diminuição do lucro líquido final ou aumento do prejuízo.
• Diminuição do patrimônio líquido.
• Aumento do saldo de caixa do ano, no ano da adoção da decisão. No ano posterior
ao da decisão, o saldo de caixa do ano diminui.

Obs: O sistema de Simulação Empresarial deverá ser utilizado para determinação do


nível ótimo do percentual de vendas a prazo, em quantidades, em função dos prazos de
vendas concedidos aos clientes.

PRAZOS DE COMERCIALIZAÇÃO – EM DIAS

Aumentando-se os prazos de vendas concedidos aos clientes e, considerando-se que a


empresa adota a prática de cobrar juros nas vendas a prazo, podem ocorrer os seguintes
impactos, entre outros:
• Aumento da receita bruta por influência de um maior recebimento de juros
decorrentes da concessão de um prazo de pagamento maior aos clientes. O valor
das receitas a prazo aumenta.
• Aumento da margem de contribuição.
• Aumento das despesas de comissão, publicidade e impostos.
• Diminuição do nível do ponto de equilíbrio.
• Aumento das necessidades líquidas de capital de giro.
• Aumento do capital de giro próprio e do capital circulante líquido.
• Aumento do prazo médio de recebimento das vendas e do ciclo financeiro.
• Aumento do lucro líquido final ou redução do prejuízo.
• Aumento do patrimônio líquido.
• Diminuição do saldo de caixa do ano, no ano da adoção da decisão. No ano
posterior ao da decisão, o saldo de caixa do ano aumenta.

Diminuindo-se os prazos de vendas concedidos aos clientes, ocorrem impactos contrários


aos mencionados anteriormente.
MODALIDADES DE COMPRAS DE ESTOQUE E PAGAMENTO AOS FORNECEDORES

CONCENTRAÇÃO DE UM PERCENTUAL “MAIOR” DE COMPRAS PARA PAGAMENTO


NA MODALIDADE À VISTA

Se a empresa adotar a decisão de concentrar um percentual maior de compras, na


modalidade à vista, verificam-se os seguintes impactos:
Simulação Empresarial – 23

• Redução do custo das mercadorias vendidas, em decorrência do não pagamento


de juros aos fornecedores, pois as compras são realizadas à vista.
• Aumento do montante pago aos fornecedores, no ano da decisão.
• Aumento da margem de contribuição.
• Diminuição do saldo dos estoques.
• Redução do saldo a pagar aos fornecedores.
• Aumento das necessidades líquidas de capital de giro.
• Aumento do capital de giro próprio e do capital circulante líquido.
• Diminuição do prazo médio de pagamento aos fornecedores.
• Aumento do ciclo financeiro.
• Diminuição do nível do ponto de equilíbrio.
• Aumento do lucro líquido final ou redução do prejuízo.
• Redução do saldo de caixa do ano, no ano da adoção da decisão. No ano posterior
ao da decisão, o saldo de caixa do ano aumenta.

CONCENTRAÇÃO DE UM PERCENTUAL “MENOR” DE COMPRAS PARA PAGAMENTO


NA MODALIDADE À VISTA

Se a empresa adotar a decisão de concentrar um percentual menor de compras, na


modalidade à vista, verificam-se os seguintes impactos:

• Aumento do custo das mercadorias vendidas em decorrência do pagamento de


mais de juros aos fornecedores em função de maiores compras a prazo .
• Diminuição do montante pago aos fornecedores no ano da decisão.
• Redução da margem de contribuição.
• Aumento do saldo dos estoques.
• Aumento do saldo a pagar aos fornecedores.
• Redução das necessidades líquidas de capital de giro.
• Redução do capital de giro próprio e do capital circulante líquido.
• Diminuição do ciclo financeiro.
• Aumento do nível do ponto de equilíbrio.
• Diminuição do lucro líquido final ou aumento do prejuízo.
• Aumento do saldo de caixa do ano, no ano da adoção da decisão. No ano posterior
ao da decisão, o saldo de caixa do ano, diminui.

AUMENTO DO PRAZO DE PAGAMENTO AOS FORNECEDORES

Ocorrendo um aumento do prazo de pagamento aos fornecedores verificam-se os


seguintes impactos:
Simulação Empresarial – 24

• Diminuição do montante pago aos fornecedores, no ano da decisão, em virtude da


postergação dos pagamentos.
• Aumento do saldo dos estoques.
• Aumento do saldo a pagar aos fornecedores.
• Aumento do custo das mercadorias vendidas.
• Diminuição da margem de contribuição.
• Aumento do nível do ponto de equilíbrio.
• Diminuição das necessidades de capital de giro.
• Diminuição do capital de giro próprio e do capital circulante líquido.
• Aumento do prazo médio de pagamento aos fornecedores.
• Diminuição do ciclo financeiro.
• Redução do lucro líquido final ou aumento do prejuízo.
• Aumento do saldo de caixa do ano, no ano em que a decisão foi adotada. Redução
do saldo de caixa do ano, no ano posterior ao da decisão.

Caso ocorra uma diminuição do prazo de pagamento aos fornecedores verificam-se os


seguintes impactos:

• Aumento do montante pago aos fornecedores, no ano da decisão, em virtude da


antecipação dos pagamentos.
• Diminuição do saldo dos estoques.
• Diminuição do saldo a pagar aos fornecedores.
• Diminuição do custo das mercadorias vendidas.
• Aumento da margem de contribuição.
• Diminuição do nível do ponto de equilíbrio.
• Aumento das necessidades de capital de giro.
• Aumento do capital de giro próprio e do capital circulante líquido.
• Diminuição do prazo médio de pagamento aos fornecedores.
• Aumento do ciclo financeiro.
• Aumento do lucro líquido final ou diminuição do prejuízo.
• Diminuição do saldo de caixa do ano, no ano em que a decisão foi adotada.
Aumento do saldo de caixa do ano, no ano posterior ao da decisão.

PRAZO MÉDIO DE ROTAÇÃO DOS ESTOQUES (PMRE)


Manter um volume maior ou menor de estoques implica em significativas influências no
nível dos recursos destinados ao capital de giro da empresa, entre outras conseqüências.

Se os empreendedores resolverem aumentar o PMRE ocorrerão os seguintes impactos,


entre outros:
Simulação Empresarial – 25

• Maiores compras com a elevação dos pagamentos efetuados aos fornecedores.


• Aumento do saldo dos estoques.
• Aumento do saldo a pagar aos fornecedores.
• Aumento das necessidades líquidas de capital de giro.
• Aumento do ciclo financeiro.
• Redução do saldo de caixa do ano, no ano da decisão e aumento do saldo de caixa
do ano, no próximo exercício.

Caso o PMRE seja diminuído, ocorrerão os seguintes impactos, entre outros:

• Menores compras com a diminuição dos pagamentos efetuados aos fornecedores.


• Diminuição do saldo dos estoques.
• Diminuição do saldo a pagar aos fornecedores.
• Diminuição das necessidades líquidas de capital de giro.
• Diminuição do ciclo financeiro.
• Aumento do saldo de caixa do ano, no ano da decisão. Diminuição do saldo de
caixa do ano, no ano após o da decisão.

Obs: Se não ocorrerem modificações no preço de custo da mercadoria, nas taxas de


juros praticadas pelos fornecedores, nos percentuais de compras à vista e a prazo, nas
condições de pagamentos aos fornecedores, não haverá alteração do custo da
mercadoria vendida e conseqüentemente do resultado final.

PERCENTUAL DE COMISSÃO INCIDENTE SOBRE AS VENDAS / RECEITAS


Ocorrendo um aumento do percentual de comissão incidente sobre as vendas/receitas
tem-se:

• Aumento do montante da despesa de comissão.


• Diminuição da margem de contribuição.
• Diminuição do capital de giro próprio e do capital circulante líquido, em função do
impacto negativo sobre o lucro.
• Aumento do nível do ponto de equilíbrio.
• Diminuição do lucro líquido final.
• Diminuição do saldo de caixa.

Obs: Caso seja possível uma diminuição do percentual de comissão, incidente sobre as
vendas, os impactos serão contrários aos anteriormente citados.
Simulação Empresarial – 26

PERCENTUAL DE PUBLICIDADE INCIDENTE SOBRE AS VENDAS / RECEITAS


Se houver um aumento do percentual de publicidade incidente sobre as vendas /
receitas, pode ocorrer:

• Aumento da despesa de publicidade.


• Diminuição da margem de contribuição.
• Diminuição do capital de giro próprio e do capital circulante líquido em função do
impacto negativo sobre o lucro.
• Aumento do nível do ponto de equilíbrio.
• Diminuição do lucro líquido final ou aumento do prejuízo.
• Diminuição do patrimônio líquido.
• Diminuição do saldo de caixa.

Obs: Caso ocorra uma diminuição do percentual de publicidade incidente sobres às


vendas / receitas os impactos serão contrários aqueles anteriormente mencionados.
No caso, consideramos que a empresa estabelece um percentual sobre as vendas /
receitas, para a verba a ser aplicada em publicidade e marketing. Algumas empresas
estabelecem um montante fixo para aplicação em publicidade e marketing.

TAXAS DE DEPRECIAÇÃO
Embora exista uma legislação que estabeleça os percentuais das taxas de depreciação a
serem aplicadas para cada tipo de imobilizado, o sistema de Simulação Empresarial pode
ser alimentado com taxas realistas para que reflita melhor o desgaste e perda de valor
dos bens adquiridos pela empresa.
Sabemos que determinados bens, quando submetidos a condições específicas de
utilização, se depreciam mais rapidamente.
Lembramos que os equipamentos de informática ficam obsoletos com vertiginosa
rapidez.
Nesse caso, se forem utilizadas taxas diferenciadas de depreciação, ajustes deverão
ocorrer na apuração do cálculo do imposto de renda a pagar.

IMOBILIZAÇÕES
As imobilizações - imóveis, máquinas, equipamentos, móveis e utensílios - entre outras,
são necessárias para que a empresa possa funcionar. Podem ser compradas, alugadas ou
utilizadas sob a modalidade de leasing.
Recomendamos a utilização do sistema de Simulação Empresarial para averiguação dos
impactos das decisões de comprar, alugar ou realizar um leasing.
Simulação Empresarial – 27

No caso do empresário optar pelo financiamento do bem a ser utilizado, deverá contratar
um empréstimo de médio / longo prazo, para não pressionar o fluxo de caixa da
empresa.

DESPESAS OPERACIONAIS
As despesas operacionais são aquelas necessárias à operação da empresa. São fixas,
pois independem do nível de atividade da empresa.
Se sofrerem aumento, apresentarão os seguintes impactos, entre outros:
• Aumento do nível do ponto de equilíbrio.
• Diminuição do lucro líquido final.
• Diminuição do saldo de caixa.

Obs: Caso as despesas operacionais diminuam, os efeitos funcionarão ao contrário dos


mencionados anteriormente.

As despesas operacionais deverão ser compatíveis com o volume dos negócios, bem
como com aquelas praticadas pelos concorrentes.

DESPESAS DE PESSOAL
Essas despesas referem-se aos dispêndios com os funcionários, encargos sociais, férias,
décimo terceiro salário, entre outras.
São consideradas fixas, pois independem também, até certo ponto, do nível de atividade
da empresa, embora algumas reduções sejam possíveis em caso de diminuição da
produção ou vendas.
Se sofrerem aumento, apresentarão os seguintes impactos:
• Aumento do nível do ponto de equilíbrio.
• Diminuição do lucro líquido final.
• Diminuição do saldo de caixa.
Obs: Caso essas despesas diminuam, os efeitos funcionarão ao contrário daqueles
mencionados anteriormente.
Importante que as despesas de pessoal sejam compatíveis com aquelas verificadas em
empresas concorrentes, de mesmo porte, e também com o volume dos negócios.

CAPITAL SOCIAL, EMPRÉSTIMOS DE CURTO E LONGO PRAZO


Na fundação de uma empresa, bem como na continuidade dos negócios do dia-a-dia são
necessários recursos, os quais podem ser supridos de diversas formas.
O sistema calcula automaticamente um valor mínimo sugerido para o capital social
inicial, no primeiro ano de funcionamento da empresa.
Simulação Empresarial – 28

Não devemos esquecer que os recursos dos pequenos e médios empreendedores, na


maioria das vezes, são escassos.
Recursos provenientes de empréstimos geram elevadas despesas financeiras.
Assim, visto as inúmeras possibilidades de combinações de recursos próprios e de
terceiros, recomendamos que o sistema de Simulação Empresarial seja utilizado para
verificação da proporcionalidade mais adequada.
Um negócio iniciado com forte dependência de financiamentos corre sérios riscos de
fracassar.

CONTRATAÇÃO DE FINANCIAMENTOS
O sistema de Simulação Empresarial admite a contratação de financiamentos de curto e
longo prazo. Montantes, taxas e prazos poderão ser estabelecidos.
As decisões quanto às modalidades escolhidas deverão ser pautadas em relação às
finalidades de aplicação dos recursos.
É raro encontrarmos um empreendimento que não utilize empréstimos para financiar
suas atividades.
A decisão de contratação de financiamentos pode ser benéfica à empresa se os
empréstimos forem realizados com taxas de juros adequadas a rentabilidade do negócio
e prazos compatíveis com sua capacidade de pagamento.
Um considerável número de empresas tem fracassado exatamente pelo fato de seus
administradores desprezarem esses aspectos.
O sistema de Simulação Empresarial pode ser útil para que o empreendedor decida,
entre as diversas modalidades de empréstimos, quais as mais vantajosas para seu
negócio em termos de taxas, prazos e também em função da capacidade de pagamento
do empreendimento.

CONCEITOS

ÍNDICES FINANCEIROS
Os índices financeiros têm por finalidade comparar grupos de contas das demonstrações
financeiras, visando permitir ao analista a comparação de quocientes ao longo dos anos e
também com aqueles verificados em outras empresas atuantes no mesmo segmento.
O estudo dos índices financeiros pode indicar tendências do que poderá vir acontecer no
futuro.
Os índices financeiros possibilitam uma idéia quantitativa, sem, no entanto, permitir uma
análise qualitativa das relações encontradas.
Simulação Empresarial – 29

ÍNDICES DE LIQUIDEZ
Os índices de liquidez fornecem uma visão da capacidade da empresa em saldar seus
compromissos. A análise pode ser efetuada em relação a uma situação de curto, médio e
longo prazo.
Na interpretação dos índices de liquidez a análise dos prazos de recebimentos e
pagamentos apresenta-se de fundamental importância.
Embora a avaliação dos índices de liquidez possa indicar uma situação confortável, a
diferença de prazos, entre recebimentos e pagamentos, pode ocasionar dificuldades para
a liquidação dos compromissos assumidos.
Essa é uma das limitações verificadas no estudo dos índices de liquidez.
O fluxo de caixa continua sendo o melhor demonstrativo para aferição da situação
financeira e capacidade de pagamento da empresa.

ÍNDICES DE LIQUIDEZ GERAL – ILG

Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo


ILG = ----------------------------------------------------
Passivo Circulante + Exigível a Longo prazo

Indica quanto a empresa pode dispor em dinheiro, bens e direitos realizáveis a curto e
longo prazo para pagar suas dívidas totais.

ÍNDICES DE LIQUIDEZ CORRENTE – ILC

Ativo Circulante
ILC = --------------------------
Passivo Circulante

Indica quanto a empresa pode dispor em dinheiro, bens e direitos realizáveis em até 360
dias (curto prazo), ou seja, no próximo exercício, para honrar seus compromissos no
mesmo período.

ÍNDICES DE LIQUIDEZ SECA – ILS

Ativo Circulante - Estoques


ILS = --------------------------------------
Passivo Circulante
Simulação Empresarial – 30

Indica quanto a empresa pode dispor em dinheiro, aplicações financeiras, duplicatas a


receber e outros créditos de curto prazo, exclusive estoques, para honrar seus
compromissos de curto prazo, isto é, aqueles constantes do passivo circulante.

ÍNDICES DE ESTRUTURA – IE
São aqueles que relacionam a composição de recursos próprios e de terceiros.
Avaliam os níveis de imobilização dos recursos.

PARTICIPAÇÃO DE CAPITAIS DE TERCEIROS – PCT

Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo


PCT = -------------------------------------------------------
Patrimônio Líquido

Mostra a relação entre os recursos de terceiros e os recursos próprios. Quanto maior o


valor encontrado, pior. No entanto, pode ocorrer que um maior endividamento propicie
algumas vantagens à empresa em termos de crescimento e melhor remuneração dos
recursos próprios investidos. Uma menor participação de recursos próprios, aplicados
pelos empreendedores, eleva o risco do negócio para terceiros que financiaram a
empresa.

PARTICIPAÇÃO DE FINANCIAMENTOS - PF

Financiamentos de Curto e Longo Prazo


PF = -------------------------------------------------
Patrimônio Líquido

Compara a relação entre os financiamentos, de curto e longo prazo, com os recursos


próprios, ou seja, o patrimônio líquido.
Quanto menor o resultado, melhor, pois indica que a empresa depende, em pequena
escala, de recursos onerosos.

IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO – IPL

Ativo Permanente
IPL = --------------------------
Patrimônio Líquido
Simulação Empresarial – 31

Essa relação mostra quanto do patrimônio líquido encontra-se comprometido com o ativo
permanente.
A avaliação é no sentido de que quanto menor a relação, melhor será.
De modo geral, o ativo permanente apresenta baixa liquidez e retorno em longo prazo.

ÍNDICES DE ROTAÇÃO – IR
Os índices de rotação mostram-se importantes na análise de crédito e indicam a
periodicidade com que determinadas contas se renovam.

PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DAS VENDAS A PRAZO - PMRVP

Duplicatas a Receber
PMRVP = ---------------------------------- x Dias do Período
Vendas a Prazo

Indica, em média, quantos dias a empresa leva para receber suas vendas realizadas na
modalidade a prazo.

PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DAS VENDAS - PMRV

Duplicatas a Receber
PMRV = ---------------------------------- x Dias do Período
Vendas Brutas
Indica, em média, quantos dias a empresa leva para receber suas vendas, realizadas nas
modalidades à vista e a prazo.

PRAZO MÉDIO DE ROTAÇÃO DOS ESTOQUES – PMRE

Saldo de Estoques
PMRE = ------------------------------------------ x Dias do período
Custo das Mercadorias Vendidas

O prazo médio de rotação dos estoques indica, quantos dias, em média, as mercadorias
ficam estocadas antes de serem vendidas.
Simulação Empresarial – 32

PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO DAS COMPRAS A PRAZO - PMPCP

Saldo a Pagar aos Fornecedores


PMPCP = ----------------------------------------- x Dias do Período
Compras a Prazo

Indica quantos dias, em média, a empresa leva para pagar suas compras, realizadas na
modalidade a prazo.

PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO DAS COMPRAS - PMPC

Saldo a Pagar aos Fornecedores


PMPC = ----------------------------------------- x Dias do Período
Compras Totais (à vista e a prazo)

Indica quantos dias, em média, a empresa leva para pagar as compras efetuadas.

QUOCIENTE DE POSICIONAMENTO RELATIVO – QPR

Prazo Médio de Recebimento das Vendas


QPR = ----------------------------------------------------
Prazo Médio de pagamento das Compras

O quociente de posicionamento relativo correlaciona o prazo médio de recebimento das


vendas com o prazo médio de pagamento das compras.
Se o resultado for superior a 1 significa que a empresa demora mais para receber suas
vendas do que para pagar suas compras.
Nesse caso, a necessidade de recursos para o giro dos negócios será maior.

ÍNDICES DE RETORNO – IR
Os índices de retorno medem a lucratividade do empreendimento através da comparação
dos lucros gerados com diversos grupos de contas.
Dessa forma, é possível aferir-se o percentual da performance do empreendimento num
determinado período.
Simulação Empresarial – 33

RETORNO SOBRE VENDAS –ROS (Return on Sales)

Lucro Líquido
Fórmula = -------------------------
Vendas Líquidas

Esse índice mede o retorno do lucro líquido sobre as vendas líquidas. Quanto maior o
resultado, melhor.

LUCRO BRUTO SOBRE VENDAS LÍQUIDAS

Lucro Bruto
Fórmula = -------------------------
Vendas Líquidas

Esse índice mede o retorno do lucro bruto sobre as vendas líquidas. Quanto maior o
resultado, melhor.

RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO –ROI (Return on Investment)

Lucro Líquido
Fórmula = ----------------------
Ativo Total

Indica a rentabilidade que a empresa está conseguindo em relação ao seu investimento


total. Quanto maior o resultado, melhor.

RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO –ROE (Return on Equity)

Lucro Líquido
Fórmula = ---------------------------
Patrimônio Líquido

O índice de retorno sobre o patrimônio líquido mostra quanto os proprietários da


empresa estão ganhando em relação aos seus investimentos na empresa. Quanto maior
o resultado, melhor.
Simulação Empresarial – 34

GIRO DO ATIVO – GA

Vendas Líquidas
GA = -----------------------
Ativos Totais

O giro do ativo indica o nível de eficiência da utilização dos investimentos realizados no


empreendimento. Quanto maior o resultado, melhor. Quanto maior o giro, mais chance
de geração de lucro.

ÍNDICES RELACIONADOS A DÍVIDA ONEROSA

São índices que estão diretamente relacionados com a dívida onerosa, proveniente de
empréstimos.

ENDIVIDAMENTO ONEROSO SOBRE O ATIVO TOTAL

Passivo Circulante Oneroso + Exigível a Longo Prazo Oneroso


Fórmula = --------------------------------------------------------------------------
Ativo Total

Esse índice mostra o percentual da participação da dívida onerosa no financiamento do


ativo total. Indica a dependência da empresa por capitais de terceiros, para financiar seu
ativo total. Quanto maior o resultado, pior.

ÍNDICE DE COBERTURA DE JUROS

Lucro antes do imposto de renda + despesas financeiras + depreciações


Fórmula = -----------------------------------------------------------------------------------
Despesas Financeiras

Esse índice mostra a capacidade da empresa em gerar recursos para pagar as despesas
financeiras. A interpretação é de que o resultado quanto maior, melhor.

TERMÔMETRO DE INSOLVÊNCIA
O termômetro de insolvência foi desenvolvido por Stephen C. Kanitz e é destinado a
medir a probabilidade de uma empresa passar por dificuldades, podendo inclusive chegar
à falência.
Simulação Empresarial – 35

Analisando os dados de diversas empresas que faliram, criou uma metodologia que, por
meio da soma e subtração de alguns coeficientes, com pesos diferenciados, indica o fator
de insolvência. Prevê uma zona de solvência, penumbra e insolvência, assim
discriminada:

Valores Faixa
0a7 Solvência
0 a –3 Penumbra
-3 a –7 Insolvência

TAXA INTERNA DE RETORNO – TIR


A metodologia da taxa interna de retorno serve para a avaliação da rentabilidade de um
investimento.
A TIR é uma taxa de desconto que anula o valor presente líquido de um investimento.
No nosso caso, comparamos o valor dos aportes de recursos, por parte dos sócios, ao
longo dos anos, com o valor do patrimônio líquido no último ano, o qual incorpora os
lucros ou prejuízos do período.
Aplicando-se o método da taxa interna de retorno, podemos verificar se a rentabilidade
propiciada está dentro da expectativa que os sócios esperam para suas aplicações.
Os leitores deverão adotar as decisões permitidas pelo sistema de Simulação Empresarial
no sentido de maximizar os resultados e conseqüentemente a taxa interna de retorno.

ANÁLISE VERTICAL
O sistema de Simulação Empresarial realiza os cálculos para esse tipo de análise no
demonstrativo do balanço e demonstração de resultado do exercício.
São relacionados os percentuais entre as diversas contas das demonstrações financeiras
citadas.
Dessa forma, é possível verificar a importância ou o peso de determinadas contas, ou
grupo de contas, nos subtotais ou totais tomados como base.

CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO – CGP


Capital de giro próprio é o resultado da diferença entre o patrimônio líquido e o ativo
permanente acrescido do realizável a longo prazo.
A parcela que sobrar do patrimônio líquido será destinada ao financiamento do ativo
circulante. CGP = PL – (AP + RLP)
Simulação Empresarial – 36

CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO – CCL


Trata-se da diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante.
Se subtrairmos do total do capital circulante líquido o exigível a longo prazo
encontraremos o capital de giro próprio.

NECESSIDADE LÍQUIDA DE CAPITAL DE GIRO - NLDCG


A necessidade líquida de capital de giro é a diferença entre as contas do ativo e passivo
circulante, representativas de aplicações e fontes de recursos, relacionadas com o nível
de atividade da empresa.
As principais contas classificadas como “aplicações” e “fontes” de recursos são:
Aplicações:
• Duplicatas a receber
• Estoques
• Despesas antecipadas
Fontes:
• Fornecedores
• Salários e encargos
• Obrigações fiscais

Caso as aplicações sejam superiores às fontes, tem-se a indicação de que a organização


necessita de recursos para financiar o giro dos negócios.
Se as fontes forem superiores às aplicações, a empresa dispõe de fontes de recursos,
inclusive para financiar outras aplicações.
A necessidade líquida de capital de giro é função das duplicatas a receber, dos níveis de
estoques e dos compromissos a pagar.
O montante das duplicatas a receber pode ser fortemente influenciado através dos
percentuais de vendas a prazo, prazos de vendas concedidos aos clientes e preços de
venda praticados.
O montante dos níveis de estoques é função dos prazos médios de rotação dos estoques.
O valor dos estoques pode ser influenciado pelo preço de aquisição das mercadorias e
condições de pagamento, principalmente se as compras ocorrerem na modalidade a
prazo, com a elevação do preço final dos produtos pela prática de juros por parte dos
fornecedores. Estoques elevados podem representar recursos empatados
desnecessariamente. Nesse caso, a pressão sobre a necessidade líquida de capital de giro
aumentará.
O montante de contas a pagar aos fornecedores deriva do volume comprado, dos
percentuais de compras a prazo e dos prazos de pagamentos negociados.
Simulação Empresarial – 37

A correta administração dos prazos de pagamentos aos fornecedores mostra-se


importante para que o caixa não seja pressionado.

CICLO FINANCEIRO – CF
O ciclo financeiro de uma empresa comercial compreende as seguintes fases:
• Compra de mercadorias a serem revendidas e estocagem, representando o “prazo
médio de rotação dos estoques” - PMRE.
• Compra de mercadorias e os pagamentos aos fornecedores, caracterizando o
“prazo médio de pagamento aos fornecedores” - PMPF.
• Venda das mercadorias e os respectivos recebimentos das mesmas, representado
o “prazo médio de recebimento das vendas” – PMRV.

O ciclo financeiro pode ser definido como o período compreendido entre o desembolso
pelo pagamento aos fornecedores e o recebimento dos clientes, pelas vendas efetuadas.

CICLO FINANCEIRO ORIGINAL

DIMINUIÇÃO DO PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO AOS FORNECEDORES


Caso o prazo médio de pagamento aos fornecedores seja diminuído, o ciclo financeiro
aumentará:
Simulação Empresarial – 38

AUMENTO DO PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO AOS FORNECEDORES


Aumentando-se o prazo médio de pagamento aos fornecedores, o ciclo financeiro
diminuirá:

DIMINUIÇÃO DO PRAZO MÉDIO DE ROTAÇÃO DOS ESTOQUES


Se o prazo médio de rotação dos estoques diminuir, o ciclo financeiro diminuirá:

AUMENTO DO PRAZO MÉDIO DE ROTAÇÃO DOS ESTOQUES


O prazo médio de rotação dos estoques aumentando, o ciclo financeiro aumentará:

DIMINUIÇÃO DO PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS


Diminuindo-se o prazo médio de recebimento de vendas, o ciclo financeiro diminuirá:
Simulação Empresarial – 39

AUMENTO DO PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS


Aumentando-se o prazo médio de recebimento de vendas, o ciclo financeiro aumentará:

Verifica-se que diversas decisões podem aumentar ou diminuir o ciclo financeiro e, nesse
caso, o sistema de simulação empresarial deve ser utilizado, pois quantifica e indica os
impactos sobre a situação econômica e financeira da empresa. No exemplo adotado no
CD de simulação prevê-se o pagamento de juros nas compras a prazo e recebimento de
juros pelas vendas a prazo, influenciando os resultados da empresa caso o ciclo
financeiro seja aumentado ou diminuído. O nível de caixa também é afetado diretamente
pelas variações do ciclo financeiro.

CUSTOS VARIÁVEIS – CV
Custos variáveis são aqueles que aumentam ou diminuem de forma proporcional ao
montante das vendas ou ao nível de produção.
Exemplos: produto destinado à revenda, matérias primas destinadas à produção,
impostos, comissões, entre outros.

CUSTOS FIXOS – CF
Custos fixos são aqueles que não variam em função de aumento ou diminuição das
vendas ou do nível de produção.
Periodicamente podem sofrer modificações em decorrência de ajustes na estrutura de
pessoal, encargos sociais, despesas operacionais, prestadores de serviços, despesas
financeiras, entre outras.

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO – MC
Margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda e os custos variáveis.
Através da análise da margem de contribuição podemos verificar quais produtos devem
ser mantidos, alterados ou eliminados da comercialização.
Para que a empresa apresente lucro é necessário que a margem de contribuição seja
maior do que o total dos custos fixos.
Simulação Empresarial – 40

PONTO DE EQUILÍBRIO – PE
Define-se o ponto de equilíbrio como aquele ponto no qual o montante das vendas /
receitas é igual ao somatório dos custos fixos e variáveis.
A técnica do ponto de equilíbrio pode ser importante para corroborar decisões por um
novo produto, alterações de preços, avaliação da relação custo-volume-lucro, entre
outras.
O sistema de Simulação Empresarial deverá ser utilizado para verificar as decisões que
possam afetar o ponto de equilíbrio.

EXERCÍCIOS

Todos os exercícios, resolvidos e propostos, foram formulados a partir dos


dados constantes do CD de simulação empresarial original. No caso dos
exercícios resolvidos a análise dos impactos das ações e decisões refere-se
apenas ao ano em que ocorreram as modificações. Evidentemente que decisões
adotadas em determinado ano, impactam anos posteriores.
Neste caso, os impactos ocorridos em anos subseqüentes podem ser vistos e
analisados com o auxílio do sistema de simulação.

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1 - Devido a quebra de um concorrente, a empresa, no ano 3, ao invés do crescimento


programado de 5%, referente ao produto A, teve suas vendas, em quantidades,
aumentadas para 10%. No ano seguinte o crescimento ocorreu conforme o programado.
A estrutura operacional e de pessoal suportou o aumento verificado das quantidades
vendidas. As demais condições permaneceram inalteradas.
Verificar alguns impactos desse novo cenário na estrutura financeira e econômica da
organização.
ANÁLISE
SITUAÇÃO FINANCEIRA
• Aumento da entrada de recursos, no fluxo de caixa de R$ 83.057,00, proveniente
da venda de um percentual maior, 10% ao invés de 5%, representando 4.594
unidades a mais.
• Em função do número maior de quantidades vendidas do produto A, mantido o
mesmo prazo médio de rotação dos estoques, ocorreu um aumento no pagamento
aos fornecedores de R$ 53.043,00.
Simulação Empresarial – 41

• Os pagamentos de impostos e outras despesas, incidentes sobre as compras e


vendas, também variaram. Os respectivos impactos das mesmas podem ser
vistos nas planilhas geradas pelo sistema de simulação.
• No ano da ocorrência do fato, o saldo de caixa do ano que era negativo em R$
76.028,00 ficou menos negativo passando para R$ 66.453,00, também negativo,
representando uma melhoria de apenas R$ 9.575,00.

SITUAÇÃO ECONÔMICA
• As vendas líquidas, excluídas dos impostos, R$ 4.606.898,00, aumentaram para
R$ 4.670.720,00, indicando um crescimento de R$ 63.822,00.
• O lucro líquido final, depois de impostos, passou de R$ 80.564,00 para R$
91.556,00 indicando um aumento de R$ 10.993,00.

OUTROS IMPACTOS
BALANÇO
ATIVO
• O saldo de duplicatas a receber aumentou de R$ 98.095,00 para R$ 102.766,00.
• O saldo do estoque aumentou em R$ 8.995,00.
• O ativo circulante aumentou em R$ 23.241,00.

PASSIVO
• O saldo a pagar aos fornecedores aumentou em R$ 8.777,00.
• O passivo circulante aumentou em R$ 12.249,00.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO
• Aumentou em R$ 10.993,00, valor esse correspondente ao crescimento do lucro
líquido final.

CONSIDERAÇÕES
O aumento das quantidades vendidas, no ano 3, ocasionou um crescimento do saldo de
caixa e também do lucro, embora em valores não significativos.
Evidentemente os resultados alcançados e outros impactos ocorridos, no ano 3, se
refletirão no próximo ano, podendo ser avaliados nas planilhas geradas pelo sistema de
simulação empresarial.

(Exercício Envolvendo Duas Decisões)


2 - Os empreendedores a partir do ano 2, adotaram a decisão de priorizar as vendas na
modalidade a prazo do produto A.
Simulação Empresarial – 42

Nesse caso, desenvolveram esforços e aumentaram as vendas a prazo, para: 25% no


ano 2, 30% no ano 3 e 40% no ano 4. (Mix de Vendas)
Para que o objetivo fosse conseguido reduziram progressivamente as taxas de juros
cobradas para vendas a prazo de 5,50% ao mês para 5,25% no ano 2, 5,00% no ano 3 e
4,75% no ano 4. As demais condições permaneceram inalteradas.
Verificar e analisar os impactos dessa decisão.
ANÁLISE
Obs: A análise dos impactos deve ser procedida ano a ano, mas, para facilitar, vamos
verificar as conseqüências no último ano, ou seja, ano 4.

SITUAÇÃO FINANCEIRA
• Diminuição do recebimento das vendas, inclusive considerando o saldo de
duplicatas a receber, em R$ 8.286,00.
• O saldo de caixa acumulado, no ano 4, diminuiu de R$ 524.695,00 para R$
465.358,00 em virtude de menores entradas de recursos provenientes de maiores
percentuais de vendas a prazo e também diminuição das taxas de juros
praticadas nas vendas a prazo.
• Os pagamentos de impostos e outras despesas, incidentes sobre as compras e
vendas, também variaram. Os respectivos impactos das mesmas podem ser
vistos nas planilhas geradas pelo sistema de simulação.

COMENTÁRIOS:
As decisões adotadas não beneficiaram a situação financeira da empresa, pois ocorreram
menores entradas de recursos no fluxo de caixa, bem como o saldo de caixa acumulado
diminuiu em R$ 59.337,00, no ano 4.

SITUAÇÃO ECONÔMICA
• As vendas brutas acumuladas, no período do ano 2 ao ano 4, passaram de R$
19.019.585,00 para R$ 19.094.536,00, representando um aumento de R$
74.952,00.
• O lucro líquido o exercício, ano 4, passou de R$ 119.517,00 para R$ 138.341,00.
• O lucro líquido final acumulado, no ano 4, passou de R$ 384.833,00 para R$
417.587,00.

COMENTÁRIOS:
As decisões adotadas prejudicaram o caixa da empresa, conforme menção anterior, mas
influenciaram positivamente a geração de lucros.
Simulação Empresarial – 43

OUTROS IMPACTOS
NECESSIDADE LÍQUIDA DE CAPITAL DE GIRO
• Pelo fato da empresa ter incrementado as vendas na modalidade a prazo, a
necessidade líquida de capital de giro, no ano 4, aumentou de R$ 681.894,00
para R$ 779.930,00, ou seja, R$ 98.036,00.
• O ciclo financeiro, no ano 4, aumentou em 5,13 dias.

TAXA INTERNA DE RETORNO – TIR


• A TIR, tendo em vista a geração de maior lucro, passou de 10,07% para 10,82%
mostrando o acerto das decisões adotadas, embora o aumento verificado seja
insignificante.

CONSIDERAÇÕES
As decisões adotadas prejudicaram a situação financeira e beneficiaram a situação
econômica, ressalvando-se, no entanto, em montantes poucos significativos.

3 - A partir do ano 3 os fornecedores aumentaram o preço da mercadoria, referente ao


produto A, em 10%, passando assim o custo de R$ 10,00 por unidade para R$ 11,00.
Os empresários não conseguiram aplicar o mesmo markup sobre o novo preço de custo
praticado pelo fornecedor. Assim assumiram o preço de custo maior e mantiveram o
mesmo preço de venda para os clientes, ou seja, foram obrigados a reduzir o markup de
85,00% para 68,1818%.
Verificar e comentar os impactos dessa situação e adotar algumas decisões capazes de
anular os efeitos negativos verificados.
ANÁLISE
SITUAÇÃO FINANCEIRA
• O pagamento efetuado ao fornecedor, no ano 3, aumentou em R$ 90.174,00 e R$
111.758,00 no ano 4.
• Os pagamentos de impostos, incidentes sobre as compras e vendas, também
variaram. Os respectivos impactos podem ser vistos nas planilhas geradas pelo
sistema de simulação.
• Os saldos de caixa acumulados, nos anos 3 e 4, diminuíram respectivamente de
R$ 252.795,00 para R$ 191.260,00 e de R$ 524.695,00 para R$ 395.567,00.
COMENTÁRIOS;
Esse fato ocasionou que a empresa tivesse um aumento do custo do produto A, sem a
possibilidade de repasse do aumento a seus clientes. Assim, foi obrigada a pagar uma
quantia maior aos fornecedores diminuindo os saldos de caixa do ano e aqueles
acumulados.
Simulação Empresarial – 44

SITUAÇÃO ECONÔMICA
• Com o aumento do preço de custo por parte do fornecedor o custo da mercadoria
vendida aumentou em R$ 61.165,00 no ano 3 e R$ 75.206,00 no ano 4.
• O lucro líquido final dos anos 3 e 4 diminuíram substancialmente, influenciando
negativamente os índices de lucratividade e retorno.

OUTROS IMPACTOS
• O sistema de simulação deverá ser utilizado para a verificação de outros impactos
dessa situação imposta pelo fornecedor do produto A.

DECISÕES CAPAZES DE REVERTER A SITUAÇÃO


• Os administradores reviram a necessidade de manter os prazos médios de rotação
dos estoques em 90 dias, concluindo ser possível diminuí-los para 60 dias nos
anos 3 e 4. Nesse caso, menores compras seriam efetuadas favorecendo os
saldos de caixa que poderiam ser utilizados para que as aquisições das
mercadorias ocorressem somente na modalidade à vista.

• Não comprando na modalidade a prazo a empresa deixa de pagar juros de 4,50%


ao mês para o fornecedor, diminuindo nesse caso o custo da mercadoria vendida
que foi afetada negativamente pelo aumento de preço imposto pelo fornecedor do
produto A.

• Visando aumentar o percentual de vendas a prazo, modalidade na qual a empresa


se beneficia pela prática de juros, resolveram, os administradores, diminuírem a
taxa de juros de 5,50% ao mês para 5,25% ao mês no ano 3 e 5,00% ao mês no
ano 4. Assim, as vendas a prazo aumentaram de 20% para 30% no ano 3 e 40%
no ano 4.

CONSIDERAÇÕES
Com as decisões anteriormente mencionadas, foi possível a empresa reverter, em parte,
os impactos negativos do aumento de custo imposto pelo fornecedor. Os maiores saldos
de caixa foram aproveitados em benefício da lucratividade da empresa.

4 - Devido a entrada de um novo concorrente no mercado a empresa foi obrigada, do


ano 2 em diante, a reduzir a taxa de juros praticada, nas vendas na modalidade a prazo,
do produto B, de 4,75% ao mês para 1,75% ao mês.
Avaliar os impactos dessa decisão e adotar ações capazes de restabelecer as margens de
rentabilidade anteriormente verificadas.
Simulação Empresarial – 45

ANÁLISE
SITUAÇÃO FINANCEIRA
• Tendo a taxa de juros ter caído de 4,75% para 1,75% ao mês, para vendas na
modalidade a prazo, a partir do ano 2, o montante dos recebimentos provenientes
das vendas a vista e a prazo, no fluxo de caixa, no período do ano 2 ao ano 4,
passou de R$ 18.956.770,00 para R$ 18.930.739,00, ou seja, menos R$
26.031,00.
Embora a taxa de juros tenha caído 3,00%, essa pequena diferença em reais
deve-se ao fato da empresa concentrar suas vendas, do produto B, na proporção
de 90% à vista e apenas 10% a prazo. Se a proporcionalidade das vendas a prazo
fosse maior, o impacto teria sido mais significativo.
• O impacto desfavorável no saldo de caixa acumulado do ano 4, foi de apenas R$
11.944,00.

SITUAÇÃO ECONÔMICA
• Com a diminuição da taxa de juros de 4,75% para 1,75% ao mês, o montante das
receitas provenientes das vendas a prazo, no período do ano 2 ao ano 4, reduziu-
se em apenas R$ 27.271,00.
• O lucro líquido final no ano 2 decresceu em R$ 3.374,00, no ano 3, em R$
4.531,00 e no ano 4 e em R$ 4.012,00, representando no período, R$ 11.918,00.
• Face ao volume dos negócios e dos lucros verificados, na situação original, os
impactos não foram significativos.
• A taxa interna de retorno decresceu de 10,07% para 9,80%.

OUTROS IMPACTOS
O sistema de simulação deverá ser utilizado para a verificação de outros impactos dessa
situação imposta pelo fornecedor do produto B.

DECISÕES CAPAZES DE REVERTER A SITUAÇÃO


• A empresa, visto dispor de saldo da caixa suficiente nos anos 2, 3 e 4 pode
comprar um percentual maior, na modalidade à vista, deixando, no caso, de
pagar juros ao fornecedor, diminuindo o custo das mercadorias vendidas
restabelecendo, nesse caso, os lucros verificados na situação original.

CONSIDERAÇÕES
Os impactos não foram relevantes, pois, como já informamos, a empresa concentra a
maior parte de suas vendas, desse produto, na modalidade à vista.
Simulação Empresarial – 46

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1 - Os empreendedores resolveram comprar, em todos os anos, os produtos A, B e C,


somente na modalidade à vista. A projeção do fluxo de caixa indicou que os saldos de
caixa, exceção no ano 1, aumentaram substancialmente. Esse fato intrigou os
empresários, pois estavam esperando que realizando os pagamentos à vista, os saldos
de caixa diminuíssem.
Comentar os impactos das decisões sobre a situação econômica e financeira e explicar o
fato dos saldos de caixa terem aumentado, embora os pagamentos aos fornecedores
tenham sido realizados na modalidade a vista.

2 - Tendo em vista a entrada de mais um concorrente no mercado, a empresa foi


obrigada, a partir do ano 2, a aumentar os prazos de vendas concedidos aos clientes, do
produto B, de 10, 30 e 60 dias para 30, 60 e 90 dias.
Verificar os impactos dessa alteração na situação econômica e financeira da empresa.

3 - No ano 2 verifica-se que a empresa contratou financiamentos de curto prazo no valor


de R$ 80.000,00 e R$ 40.000,00 em longo prazo.
Caso os empresários resolvam inverter os empréstimos de curto prazo pelos de longo
prazo, nos mesmos montantes, verificar se essa decisão será benéfica para a empresa.
Analisar e avaliar os impactos sobre o caixa e resultados.

4 - A empresa no ano 1, situação original, apresentou, no fluxo de caixa, uma estrutura


de recursos de R$ 755.031,00 de capital próprio, R$ 50.000,00 de empréstimo de curto
prazo e R$ 120.000,00 de financiamentos de longo prazo, implicando em recursos totais
da ordem de R$ 925.031,00.
Ao final do mesmo ano, o lucro líquido final foi de R$ 116.354,00 representando uma
rentabilidade sobre o patrimônio líquido (ROE) de 15,41%.
Qual deverá ser o “mix” ideal entre recursos próprios e de terceiros no sentido de
maximizar a rentabilidade sobre o patrimônio liquido, ROE? O montante de recursos, R$
925.031,00, não deve ser alterado. Comentar e justificar os impactos sobre a situação
econômica e financeira da empresa.

5 - Adotar decisões capazes de:


- Aumentar o saldo de caixa no ano 4.
- Reduzir o montante de pagamento aos fornecedores no ano 3.
- Reduzir o CMV no ano 2.
- Reduzir o saldo dos estoques no ano 2.
- Reduzir o montante das despesas financeiras no ano 3.
Simulação Empresarial – 47

- Reduzir o montante dos custos variáveis no ano 4.


- Fazer com que a empresa atinja o ponto de equilíbrio num patamar mais baixo
do que aquele verificado no ano 1.
- Aumentar a margem de contribuição, no ano 2.
- Diminuir o ciclo financeiro no ano 3.
- Diminuir as NLDCG no ano 2.
- Modificar o mix de vendas no sentido de propiciar maiores receitas para a
empresa no ano 4.
- Aumentar o índice de liquidez corrente no ano 3.
- Aumentar o montante do patrimônio líquido no ano 4.
- Diminuir o montante do passivo circulante no ano 2.
- Diminuir o saldo de duplicatas a receber no ano 4.
- Aumentar o retorno sobre o patrimônio líquido no ano 3.

6 - Analisar a relação entre NLDCG e ciclo financeiro. Adotar duas decisões, no ano 4, no
sentido de fazer com que o montante da NLDCG fique próximo daquele verificado no ano
1.

7 - Aumentar os prazos médios de vendas concedidos aos clientes, no ano 1, do produto


A, de 30,60 e 120 dias para 120, 180 e 210 dias.
Nesse caso o ciclo financeiro aumenta consideravelmente.
Adotar decisões, em outras variáveis, capazes de fazer com que o ciclo financeiro retorne
para o patamar original.

8 - A empresa trabalha com três produtos, A, B e C os quais apresentam, no ano 2, as


margens de contribuição de 15,95%, 18,50% e 19,70% respectivamente.
Avaliar qual deles deverá ser cortado no sentido de que a rentabilidade da empresa,
avaliada pela relação lucro líquido sobre vendas líquidas, seja aumentada.

9 - No ano 3 a empresa atinge o ponto de equilíbrio com um volume de receitas de R$


5.894.936,00, representando 93,09% das vendas conseguidas. Adotar e fundamentar
algumas decisões capazes de fazer com que o ponto de equilíbrio seja atingido num
patamar menor.

10 - Adotar e fundamentar algumas decisões capazes de reduzir o quociente de


posicionamento relativo verificado no ano 4.
Simulação Empresarial – 48

ANÁLISE FINANCEIRA DA EMPRESA, DADOS CONSTANTES DAS


PLANILHAS E DEMONSTRATIVOS NO CD

Para que possamos realizar a análise financeira de uma empresa faz-se necessário
calcularmos os diversos índices citados, no presente texto, bem como outros tantos
disponíveis em livros específicos que tratam do assunto com maior profundidade.
Chamamos a atenção para o processo de análise financeira que pode e deve ser
direcionado para determinados fins específicos.
Vários são os motivos para se analisar uma empresa, entre os quais destacamos:
• Os administradores necessitam conhecer o desempenho da própria organização
para que decisões possam ser adotadas com segurança.
• Investidores analisam os demonstrativos financeiros para conhecer a
performance e solidez da empresa no caso de possíveis investimentos na
compra de ações.
• Os bancos representam o principal grupo de interessados na análise e
interpretação das demonstrações financeiras, pois concedem crédito e, nesse
caso, estão preocupados com a capacidade de pagamento da empresa. Além da
análise das demonstrações financeiras de exercícios já encerrados, o processo
de projeção de resultados futuros vem sendo largamente empregado.
• Fornecedores têm interesse também em conhecer o desempenho passado e
perspectivas futuras para a análise da viabilidade de concessão de crédito.
• Órgãos e associações de classe interessam-se pelos demonstrativos das
empresas para que análises setoriais possam ser elaboradas no sentido da
aferição do desempenho do segmento em que atuam.
• Mais recentemente, funcionários também se interessam em conhecer, através
da análise dos demonstrativos financeiros, a performance das empresas em
que trabalham.
• Diversas outras finalidades poderiam ser listadas, mas acreditamos serem as
mencionadas, as principais.

“Não faz sentido proceder-se a análise financeira de uma organização sem que
possamos comparar os índices encontrados, com aqueles representativos das
empresas do segmento de sua atuação”.

Em outras palavras, comparar indicadores de uma empresa do ramo alimentício com


aqueles de uma outra, por exemplo, do segmento de transporte, nada representa.
Simulação Empresarial – 49

Por outro lado, no processo de análise de uma empresa, outros fatores, deverão ser
considerados, tais como:
• Mercado de atuação.
• Número e porte dos concorrentes.
• Fatores que influenciam na demanda e no seu crescimento.
• Aspectos de natureza macroeconômica.
• Endividamento médio das empresas participantes do setor de sua atuação.
• Grau de tecnologia empregado.
• Grau de informatização dos concorrentes.
• Disponibilidade de fontes de financiamento.
• Necessidade de mão de obra especializada.
• Outros.

“Os dados apresentados nas planilhas e relatórios gerados pelo sistema de


Simulação Empresaria, CD, referem-se a uma empresa fictícia, apenas para
demonstração da importância dos impactos das decisões e, nesse caso, os
produtos A, B e C não foram caracterizados, bem como o segmento de atuação
da empresa. Assim, não dispomos de padrões de comparação para emissão de
julgamento. Procuraremos apenas indicar alguns pontos que julgamos
importantes na avaliação de um caso real, bem como fornecer um roteiro,
restrito, é verdade, em função dos comentários realizados anteriormente”.

ANÁLISE DAS VENDAS E PROCESSO DE COMERCIALIZAÇÃO

A empresa comercializa três produtos, A, B e C sendo que o crescimento de cada um


deles, em termos de unidades e percentuais, no período do ano 1 ao ano 4, está assim
representado: (planilha de premissas)
Em Unidades Em %
Produto A 13.792 15,76
Produto B 12.416 19,10
Produto C 12.226 12,48

A participação de cada um deles, vendas à vista e a prazo, em reais e percentuais, na


formação das receitas totais está assim discriminada: (planilha do ponto de equilíbrio)
Simulação Empresarial – 50

Ano 1 Ano 2 Ano 3


Em R$ Em % Em R$ Em % Em R$ Em %
Produto A 1.678.997 29 1.759.822 29 1.842.288 29
Produto B 2.111.641 37 2.237.630 37 2.375.319 38
Produto C 1.960.034 34 2.014.726 34 2.114.898 33
Total 5.750.672 100 6.012.178 100 6.332.505 100

Ano 4
Em R$ Em %
Produto A 1.934.402 29
Produto B 2.514.999 38
Produto C 2.225.501 33
Total 6.674.901 100

Verifica-se que os três produtos, ao longo dos anos, mantiveram, em média, os mesmos
percentuais na formação das receitas totais, embora o crescimento, em unidades, tenha
apresentado evolução distinta.

Registre-se que o produto B, nos anos 3 e 4, aumentou em 1% a participação nas


receitas totais enquanto que o produto C perdeu 1%.

Em termos de preço final para comercialização, na modalidade à vista, nos quatro anos,
temos: (planilha de premissas)

Preço à vista em R$

Produto A 18,50
Produto B 32,30
Produto C 19,00

O produto B destaca-se como aquele que apresenta o maior preço de comercialização na


modalidade à vista.

Avaliando-se as margens de contribuição (MC) dos três produtos, em %, temos:


(planilha do ponto de equilíbrio)
Simulação Empresarial – 51

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4


Produto A 15,51 15,95 16,36 17,11
Produto B 18,82 18,50 18,61 18,79
Produto C 20,20 19,70 19,98 20,46

A MC do produto A evoluiu em todos os anos e a do produto B sofreu variações


decrescendo nos anos 2, 3 e 4 em relação ao ano 1, porém em percentuais
insignificantes.
As MC do produto C decresceram nos anos 2 e 3 e aumentou no ano 4, em relação ao
ano 1. Registre-se que embora não seja o produto que apresenta o maior preço unitário
de venda é o que apresenta a maior MC entre os três produtos, em todos os anos.

Nesse caso, faz-se necessário uma análise dos prazos médios de recebimento das vendas
a prazo, (PMRVP), pois quando a empresa comercializa na modalidade a prazo, cobra
juros pelo prazo concedido aos clientes. (planilhas de premissas e de índices)

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4


Juros PMRVP Juros PMRVP Juros PMRVP Juros PMRVP
% Dias % Dias % Dias % Dias

Produto A 5,50 97 5,50 93 5,50 85 5,50 85


Produto B 4,75 37 4,75 35 4,75 43 4,75 37
Produto C 5,50 79 5,50 76 5,50 90 5,50 93

A análise anterior nos conduz a verificação da proporcionalidade das vendas praticadas


nas modalidades à vista e a prazo – mix de vendas – em unidades, ao longo dos anos:
(planilha de premissas)

• O produto A foi comercializado, 80% na modalidade à vista e 20% na modalidade


a prazo.
• O produto B, 90% na modalidade à vista e 10% na modalidade a prazo.
• O produto C, 65% na modalidade à vista e 35% na modalidade a prazo.

Nota-se que a empresa vem priorizando as vendas na modalidade à vista, mas, o


produto C, foi aquele que apresentou uma proporcionalidade maior de vendas na
modalidade a prazo. Foi o produto que apresentou o maior percentual de MC e também
aquele que a empresa, anos 3 e 4, concedeu maior prazo de pagamento para seus
clientes, beneficiando-se, nesse caso, com o recebimento de juros.
Simulação Empresarial – 52

Embora os prazos médios de vendas a prazo sejam elevados, para os três produtos, em
todos os anos, os prazos médios de recebimentos das vendas (considerando-se vendas à
vista mais vendas a prazo) são curtos, visto uma maior concentração de vendas na
modalidade á vista. (planilha de índices)

Comparando-se os preços à vista com aqueles praticados a prazo, temos: (planilhas de


premissas e de índices)

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4


Preços Preços Preços Preços

À vista Médio À vista Médio À vista Médio À vista Médio


Produto A 18,50 19,19 18,50 19,15 18,50 19,10 18,50 19,10
Produto B 32,30 32,49 32,30 32,48 32,30 32,52 32,30 32,49
Produto C 19,00 20,00 19,00 19,96 19,00 20,15 19,00 20,19

Embora o produto C não seja aquele que não apresente o maior preço de venda final, na
modalidade à vista, já comentado anteriormente, é o que possui a maior diferença
favorável entre o preço à vista e o preço médio e também a maior rentabilidade aferida
através da MC.
Note-se também que o produto C é aquele que tem uma maior concentração de vendas
na modalidade a prazo, 35%.
Os prazos de vendas, a prazo, concedidos aos clientes, em todos os anos, estão assim
discriminados: (planilha de premissas)

Produto A: 30/60/120 dias


Produto B: 10/30/60 dias
Produto C: 60/90/120 dias

A análise dos prazos de vendas concedidos aos clientes indica que o produto C como
aquele comercializado em maiores prazos, agregando, nesse caso, maior parcela de juros
influenciando na maior rentabilidade percebida.

Os percentuais de vendas a prazo, em função dos prazos de vendas concedidos aos


clientes também deverão ser analisados, pois percentuais maiores de vendas em maiores
prazos concedidos, possibilitam o recebimento de um maior montante de juros. (planilha
de premissas)
Simulação Empresarial – 53

ANÁLISE DAS ENTRADAS DE RECURSOS, NO FLUXO DE CAIXA, PROVENIENTES


DAS VENDAS

As entradas de recursos, no fluxo de caixa, estão assim dispostas: (planilha do fluxo de


caixa)

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4

Entradas de Recursos 5.460.239 5.724.381 6.000.008 6.321.653


Duplicatas a Receber 290.433 287.796 332.498
Total 5.460.239 6.014.814 6.287.804 6.654.151

Em decorrência de a empresa priorizar as vendas na modalidade à vista, o prazo médio


de recebimento das vendas foi baixo, em média de 18 dias, fato esse que influenciou no
pequeno montante das duplicatas a receber.
Se esse fato foi positivo para o fluxo de caixa, mas, tendo em vista que a empresa
pratica juros nas vendas a prazo, deixou de obter uma receita adicional por conta do
recebimento dos juros, influenciando negativamente a geração dos lucros.
Em termos de percentuais, os saldos das duplicatas a receber, provenientes das vendas a
prazo, em relação às vendas totais, representam apenas 5,05% no ano 1, 4,79% no ano
2, 5,25% no ano 3 e 5,29% no ano 4.
Vendendo mais na modalidade à vista, certamente a empresa reduz suas necessidades
de capital de giro.

ANÁLISE DAS MODALIDADES DE COMPRAS E PAGAMENTOS AOS FORNECEDORES

Analisando-se as modalidades de compras de estoque e pagamentos efetuados aos


fornecedores temos a observar: (planilha de premissas)

1 – A empresa possui a opção de comprar as mercadorias destinadas à revenda na


modalidade à vista e a prazo.

2 – Se optar por compras na modalidade a prazo, os fornecedores praticam taxas de


juros, em todos os anos, nos seguintes percentuais: 4,50% ao mês para o produto A,
3,75% ao mês para o produto B e 3,50% ao mês para o produto C.
Simulação Empresarial – 54

3 – As opções de pagamentos nas modalidades à vista e a prazo estão assim


discriminadas em função dos prazos de pagamentos negociados com os fornecedores:

Ano 1
Produto A
À vista A prazo
Compras em % 10 10 20 60
Prazos de pagamentos 30 60 90

Nesse caso, a empresa adquiriu apenas 10% pagando na modalidade à vista, preferindo,
concentrar 90% de suas compras na modalidade a prazo.
Registre-se que preferiu concentrar o percentual de 60% das compras, no maior prazo,
90 dias, incorrendo em maiores juros pagos aos fornecedores, encarecendo assim o
custo da mercadoria a ser vendida e, conseqüentemente, reduzindo a margem de
contribuição.

Ano 2
Produto A
À vista A prazo
Compras em % 15 15 30 40
Prazos de pagamentos 30 60 90

Ocorreu um aumento das compras na modalidade à vista e uma diminuição do


percentual de 60% para 40% nas compras a prazo, no prazo de 90 dias.
Este fato apresenta-se positivo, pois ocasiona menores juros pagos aos fornecedores,
reduzindo, no caso, um pouco o custo da mercadoria a ser comercializada, influenciando
numa maior rentabilidade.
A MC do produto em análise, também em decorrência desse fato, aumentou de 15,51%
no ano 1 para 15,95 no ano 2.

A tendência da empresa nos anos 3 e 4 foi de aumentar as compras na modalidade à


vista, sem juros, e concentrar menores percentuais de compras em maiores prazos
conseguindo dessa forma uma redução progressiva do custo da mercadoria vendida. Mais
uma vez detecta-se a tendência de aumento da rentabilidade através da MC que passou
de 15,51% no ano 1 para 17,11% no ano 4.

OBS: Análise semelhante deverá ser procedida para o produto A anos 3 e 4 e também
para os produtos B e C em todos os anos.
Simulação Empresarial – 55

ANÁLISE DOS IMPACTOS DA MANUTENÇÃO DE ELEVADOS NÍVEIS DE ESTOQUES

Os prazos médios de rotação dos estoques sejam em unidades ou em reais, que a


empresa imagina adequados, em função das vendas realizadas no ano foram de 90 dias
para o produto A, 60 dias para o produto B e de 90 dias para o produto C, em todos os
anos. (planilha de premissas)
“Desconhecendo-se peculiaridades específicas de fornecimento, tais como
prazos, distâncias, lotes econômicos de compras, níveis dos estoques mantidos
por concorrentes, segmento de atuação da empresa, natureza do produto, entre
outras, a análise se torna difícil e prejudicada, pois não se dispõem de
informações que permitam comparações e julgamento”.
Supondo-se, apenas para efeito de chamar a atenção dos leitores para a investigação
desse ponto, vamos arriscar inferir que os níveis verificados apresentam-se elevados.
No caso, a política de estocagem adotada, pressiona as necessidades de capital de giro, o
fluxo de caixa da empresa e estende o ciclo financeiro.
Nesse caso, a empresa empata recursos desnecessariamente nos estoques elevando
inclusive os custos de manutenção dos mesmos, pagamento de prêmio de seguro mais
elevado, possibilidade de roubos e deterioração das mercadorias estocadas, entre outros
prejuízos.

ANÁLISE DOS IMPACTOS DOS PAGAMENTOS AOS FORNECEDORES NO FLUXO DE CAIXA

A análise dos montantes de pagamentos efetuados aos fornecedores, se comparados


com as entradas provenientes das receitas, apresentam proporções que julgamos
elevadas: 63% no ano 1, 58% nos anos 2, 3 e 4. (planilha do fluxo de caixa)
Esse fato decorre, considerando as ressalvas que fizemos no item anterior, da
manutenção de elevados níveis de estoques.
Pode constituir-se numa das razões para a empresa apresentar “saldo operacional”
negativo no ano 1, e, em pequenos montantes, até o ano 4.
Como fato positivo destacamos que o quociente de posicionamento relativo situa-se
abaixo de 1, indicando que os prazos médios de recebimentos das vendas são menores
que aqueles registrados em relação aos pagamentos aos fornecedores. (planilha de
índices)

CICLO FINANCEIRO / NECESSIDADES LÍQUIDAS DE CAPITAL DE GIRO

Visto as alterações, ao longo do período, das modalidades de comercialização, prazos e


percentuais, níveis dos estoques e condições de compras à vista e a prazo, bem como
Simulação Empresarial – 56

modalidades de pagamento aos fornecedores, verifica-se que o ciclo financeiro sofreu, no


ano 4, em relação ao ano 1, um aumento de 11 dias.
Não só pelos fatos citados anteriormente, mas também em decorrência das vendas virem
aumentando ano a ano, as necessidades de capital de giro aumentaram, passando de R$
421.992,00 no ano 1, para R$ 681.894,00 no ano 4. (planilhas de NLDCG)
Os incrementos das necessidades líquidas de capital de giro ao longo do período vêm,
basicamente, sendo financiadas com a geração dos lucros gerados. (planilha de NLDCG)

ANÁLISE DOS IMPACTOS DA CONTRATAÇÃO DE FINANCIAMENTOS, NO FLUXO DE CAIXA

Os “saldos operacionais líquidos” após a compra das imobilizações, amortização dos


empréstimos e pagamento dos juros apresentam-se negativos nos anos 1, 2 e 3.
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Saldo Operacional (159.895) 158.329 147.520 142.515
Imobilizações/amortizações/juros 513.628 241.015 223.548 50.615
Saldo Operacional Líquido (673.522) (82.686) (76.028) 91.900
Aporte de Capital 755.031 40.000 180.000
Empréstimos 170.000 120.000
Saldo Caixa Ano 251.509 77.314 (76.028) 271.900
Saldo Caixa Acumulado 251.509 328.823 252.795 524.695

Caso a empresa deixe de recorrer a empréstimos, com conseqüentes amortizações de


principal e pagamentos de juros os “saldos operacionais líquidos” passam a ser de:

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4


Saldo Operacional (159.895) 148.969 133.502 131.845
Imobilizações 450.000 110.000 110.000
Saldo Operacional Líquido (609.895) 38.969 23.502 131.845
Aporte de Capital 755.031 40.000 180.000
Empréstimos
Saldo Caixa Ano 145.136 78.969 23.502 311.845
Saldo Caixa Acumulado 145.136 224.105 247.607 559.452

Esta análise demonstra ser totalmente desnecessária a contratação de empréstimos,


tanto de curto como de longo prazo. Sem a tomada de financiamentos o saldo de caixa
acumulado no ano 4 aumentou de R$ 524.695,00 para R$ 559.452,00, ou seja, mais R$
34.757,00.
Simulação Empresarial – 57

É verdade que os saldos acumulados de caixa acumulados nos anos 1, 2 e 3 diminuíram,


mas em valores insignificantes. Se não houver um motivo justificado para a contratação
de empréstimos a empresa perde rentabilidade com a geração de despesas financeiras
desnecessárias.
Analisando-se os aportes de recursos, por parte dos sócios, sob a forma de capital social.
verifica-se que o valor de R$ 180.000,00 no ano 4 mostra-se totalmente desnecessário,
diminuindo a rentabilidade sobre o patrimônio líquido.
“As empresas devem procurar manter um “caixa mínimo” destinado a suportar
possíveis defasagens nos recebimentos e pagamentos de seus compromissos.
Receitas que não ocorrem conforme o previsto, recebimentos de clientes com
atraso, perdas nos recebíveis, bem como pagamentos não previstos, podem
causar dificuldades de caixa”.
No entanto, a contratação de empréstimos ou aportes de capital, na suposição de que
tais fatos possam ocorrer, prejudicaram a performance da empresa.
No presente caso, verifica-se que tais fatos não ocorreram e, nesse caso, reforça a
observação da contratação de financiamentos e aportes de recursos de forma inoportuna.

ANÁLISE DOS IMPACTOS DAS DESPESAS FINANCEIRAS NA GERAÇÃO DE LUCROS E


RENTABILIDADE

No sentido de reforçar nossas observações, vamos calcular a geração de lucros e a


rentabilidade, “com” e “sem” as despesas financeiras.
DRE, situação original, com despesas financeiras: (planilha da DRE)
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Lucro Operacional 192.097 148.408 150.463 188.179
DF de curto prazo 9.000 20.400 9.600
DF de longo prazo 30.000 38.010 34.859 30.919
Lucro Líquido 153.097 89.998 106.005 157.260
CSSL 13.779 8.100 9.540 14.153
Lucro liquido após CSSL 139.318 81.898 96.464 143.106
IR 22.965 13.500 15.901 23.589
Lucro Líquido Final 116.354 68.399 80.564 119.517
Lucro Líquido Final Acumulado 384.833
Simulação Empresarial – 58

DRE, situação original, sem despesas financeiras: (planilha da DRE)

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4


Lucro Operacional 192.097 148.408 150.463 188.179
DF de curto prazo
DF de longo prazo
Lucro Líquido 192.097 148.408 150.463 188.179
CSSL 17.289 13.357 13.542 16.936
Lucro liquido após CSSL 174.808 135.051 136.921 171.243
IR 28.815 22.261 22.569 28.227
Lucro Líquido Final 145.993 112.790 114.352 143.016
Lucro Líquido Final Acumulado 516.152

Incremento do Lucro 29.640 44.391 33.788 23.499


Incremento Lucro Acumulado 131.318

A comparação do ROE com e sem despesas financeiras apresentou os seguintes


desempenhos:
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
ROE com DF 15,41% 7,50% 8,22% 9,64%
ROE sem DF 19,34% 11,99% 10,85% 10,61%

A Taxa Interna de Retorno – TIR – que compara os aportes de recursos próprios dos
sócios, ao longo do período, com o valor do patrimônio líquido no ano 4 foi de 10,07%
considerando que a empresa se utiliza de financiamentos e de 12,98% sem a contratação
de empréstimos. Caso não ocorresse o aporte de R$ 180.000,00 no ano 4 a TIR seria de
13,49%.
Caso os sócios não tivessem aportado, no ano 4, R$ 180.000,00 o ROE teria a seguinte
performance:

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4


ROE com DF 15,41% 7,50% 8,22% 9,64%
ROE sem aporte 11,27%
ROE sem DF e aporte 19,34% 11,99% 10,85% 12,24%

Note-se que o ROE, ano 4, sem os empréstimos é de 10,61% enquanto que sem os
financiamentos e também sem o aporte sobe para 12,24%.
Simulação Empresarial – 59

Aportes de recursos e contratação de financiamentos, sem a devida utilização, influi


negativamente na taxa de retorno e rentabilidade da empresa.

CUSTO MÉDIO PONDERADO DO CAPITAL / ROE


O demonstrativo dos balanços indica que, ao término dos diversos exercícios, a empresa
utilizava recursos onerosos oriundos de financiamentos nos seguintes montantes:
(planilha do Balanço)

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4


Empréstimos de CP 33.333 53.000
Empréstimos de LP 112.039 139.434 123.678 103.983
Total 145.372 192.767 123.678 103.983

Os custos dos empréstimos são de 36% ao ano para os financiamentos de curto prazo e
25% ao ano para aqueles de longo prazo.
Os sócios desejam uma remuneração de 20% sobre os recursos próprios.
Calculando-se o Custo Médio Ponderado do Capital – CMPC – e, comparando com a ROE,
temos: (planilha da DRE para ao ROE)

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4


CMPC 20,55% 20,67% 20,14% 20,10%
ROE 15,41% 7,50% 8,22% 9,64%

Depreende-se que o ROE situa-se bem abaixo do CMPC indicando uma situação
desfavorável a empresa.
Caso a empresa não tivesse utilizado recursos de financiamentos verifica-se uma sensível
melhoria, mas que ainda não atende aos objetivos de remuneração dos sócios. O ROE
que mais se aproxima da taxa desejada refere-se aquela do ano 1.

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4


CMPC 20,00% 20,00% 20,00% 20,00%
ROE 19,34% 11,99% 10,85% 10,61%

VALOR PRESENTE LÍQUIDO

Os sócios, ao longo dos quatro anos, investiram na empresa o montante de R$


975.031,00, assim distribuídos: (planilha do fluxo de caixa)
Simulação Empresarial – 60

Período 0 = R$ 755.031,00
Período 1 = R$ 40.000,00
Período 2 = Zero
Período 3 = R$ 180.000,00
Total = R$ 975.031,00

Ao final do ano 4 verifica-se que o patrimônio líquido da empresa, ou seja, os recursos


aportados sob a forma de capital social acrescido dos lucros gerados foi de R$
1.359.864,00.
Utilizando-se a metodologia do VPL e, considerando-se uma taxa mínima de atratividade
requerida pelos sócios de 20%, encontra-se um VPL negativo de R$ 236.732,39.
Poderíamos também utilizar como taxa de desconto a taxa do CMPC.
Nesse caso, significa que o retorno apresentado pela empresa está abaixo daquele
esperado pelos sócios, para remuneração dos recursos aportados.

TAXA INTERNA DE RETORNO

A TIR encontrada foi de 10,07%, fato esse que vem comprovar que os sócios não estão
obtendo a remuneração desejada. (planilha de memória de cálculo)

CONSIDERAÇÕES E OBSERVAÇÕES

1 – No sentido de melhorar a rentabilidade, a empresa necessita aumentar o incremento


das vendas, pois as receitas indicadas pelo ponto de equilíbrio encontram-se muito
próximas daquelas obtidas.

Deveria priorizar e aumentar, se possível, as vendas do produto C, o qual apresenta


maior rentabilidade, verificada através da margem de contribuição.

2 – Os empréstimos tomados não serviram para alavancar operações que pudessem


beneficiar o caixa e a geração de lucros. Pelo contrário diminuíram a rentabilidade da
empresa.
Criticamos a decisão da contratação de financiamentos de longo prazo, 7 anos, pois esta
fonte de recursos não se mostrou compatível com as aplicações realizadas.
Não foi percebida nenhuma vantagem na contratação dos financiamentos, os quais só
serviram para a geração de despesas financeiras.
Simulação Empresarial – 61

3 – A empresa deveria utilizar seu caixa para operações que lhe propiciassem vantagens,
tais como priorizar compras na modalidade à vista (sem juros), diminuição dos prazos de
pagamentos aos fornecedores (menos juros pagos), incentivar a venda de um maior
percentual a prazo (mais juros recebidos), estender os prazos de pagamentos para os
clientes (mais juros recebidos), conseguir menores preços junto aos fornecedores.

4 – A política de manutenção dos estoques, nos níveis detectados, deveria ser revista,
pois atualmente está a requerer elevados recursos do giro e também pressionando o
caixa, conforme foi verificado através dos montantes pagos aos fornecedores.

5 – Os sócios deveriam reavaliar a real necessidade dos aportes adicionais de recursos,


pois a análise mostra que não contribuíram para a melhoria da situação econômica. Os
recursos deveriam ser melhores aproveitados para que as recomendações constantes do
item 3 pudessem ser implementadas.

6 – A empresa deveria estudar a viabilidade da substituição dos financiamentos, por


parte dos fornecedores, por empréstimos de curto prazo, que tem um custo menor do
que aqueles praticados pelos fornecedores.

7 – Nota-se um descompasso entre os prazos de recebimentos das vendas a prazo e


aqueles referentes aos pagamentos a prazo, aos fornecedores.
Esse descompasso, no entanto, foi minimizado pelo aspecto da empresa concentrar um
elevado percentual de suas vendas na modalidade à vista.

8 – No ano 4, a variação das necessidades líquidas de capital de giro aumentou


substancialmente em relação aquelas verificadas nos anos 2 e 3 não só em função dos
crescimento das vendas, mas principalmente por maiores percentuais de compras à vista
e menores prazos de pagamentos aos fornecedores. Nesse caso, nota-se um aumento do
ciclo financeiro de 15 dias no ano 4, em relação ao ano 2.

9 – As receitas alcançadas, provenientes da venda dos três produtos, estão muito


próximas daquelas que representam o atingimento do ponto de equilíbrio – break even –
fato esse, responsável pela baixa rentabilidade verificada.

10 – A análise da tesouraria mostra uma situação confortável, pois os saldos de caixa, ao


longo do período analisado, cobrem com folga os compromissos de curto prazo, bancos e
impostos. No entanto, acreditamos que estes saldos poderiam ser aproveitados em
investimentos internos que pudessem melhorar os resultados.
Simulação Empresarial – 62

11 – O VPL negativo encontrado através da comparação dos aportes de recursos ao


longo dos anos com o patrimônio líquido do ano 4, descontados a uma taxa de 20% ao
ano, indica que a geração de lucros no período não foi suficiente para remunerar os
sócios, na taxa desejada.

12 – O custo do capital da empresa, mix dos recursos próprios e de financiamentos, foi


de 20,55%, 20,67%, 20,14% e 20,10% ao longo dos anos 1, 2, 3 e 4 respectivamente,
superior portanto, a remuneração que os sócios imaginaram para seus aportes.

Outras análises poderiam ser realizadas a respeito de diversos pontos diferentes.


Acreditamos, no entanto, ter fornecido um roteiro importante dos pontos a serem
avaliados, bem como sugerido ações que, se adotadas, poderão contribuir para a
melhoria da situação econômica e financeira da empresa.

BIBLIOGRAFIA

• FILHO, Armando de Santi – OLINQUEVITCH, José Leônidas – Análise de Balanços


Para Controle Gerencial – Editora Atlas SA.
• ASSEF, Roberto – Formação de Preços – Editora Campus.
• SANAMEZ, Carlos Patrício – Matemática Financeira – Pearson Education do Brasil.
• SILVA, José Pereira da – Análise Financeira das Empresas - Editora Atlas SA.
• IUDÍCIBUS, Sérgio de – MARION, José Carlos – Curso de Contabilidade Para Não
Contadores - Editora Atlas SA.
• PUCCINI, Abelardo de Lima – Matemática Financeira, Objetiva e Aplicada, LTC
Editora
• FILHO, Ademar Campos – Demonstração Dos Fluxos De Caixa - Editora Atlas SA.
• DROMS, William G. – PROCIANOY, Jairo L. – Finanças Para Executivos Não
Financeiros – Bookman

• IUDÍCIBUS, Sérgio de – Contabilidade Gerencial - Editora Atlas SA.

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