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PROPOSTA DE REDAÇÃO

TEXTO 1: Uma rebelião com cinco horas de duração deixou 57 mortos nesta segunda-feira no Centro de
Recuperação Regional de Altamira, no Sudoeste do Pará. O massacre é o maior ocorrido em um mesmo
presídio desde o do Carandiru, em 1992, quando 111 detentos foram assassinados, e o quinto com alta
letalidade registrado no sistema prisional do país desde janeiro de 2017 — em dois anos e meio, o saldo é de
227 vítimas fatais. O mais recente ocorreu em unidades prisionais de Manaus, em maio, e deixou 55 mortos.
A chacina em Altamira teria sido motivada por uma briga entre as facções e ficou marcada pela brutalidade
das mortes. Ao menos 16 detentos foram decapitados. A violência extrema tem sido marca da disputa entre
facções nos presídios e serve como forma de intimidação entre os grupos criminosos. Segundo a
Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), presos de uma mesma facção criminosa
invadiram, às 7h, o anexo do presídio, onde estavam integrantes de um grupo rival, e atearam fogo no local.
A fumaça invadiu o anexo e alguns detentos morreram por asfixia. O motim só terminou por volta de 12h.
Dois agentes penitenciários chegaram a ser mantidos reféns por uma hora, mas foram liberados. O governo
do Pará determinou a transferência de 46 detentos suspeitos de participação no massacre . Desses, dez
líderes de facções irão para um presídio federal, em vagas oferecidas pelo ministro da Justiça e Segurança
Pública, Sergio Moro. Os demais serão distribuídos em unidades estaduais, no Pará. Moro convocou nesta
segunda-feira uma reunião de emergência sobre a situação no presídio. Segundo sua assessoria, o ministro
lamentou as mortes e determinou a intensificação das ações de inteligência e que a Força Nacional fique de
prontidão.
(Disponível em: https://oglobo.globo.com/brasil/com-57-mortos-chacina-em-prisao-do-para-a-maior-desde-carandiru-23841652.
Acessado em: 01/08/19).

TEXTO 2: “Quando um sistema não consegue enfrentar manifestações de dissenso e, ao mesmo tempo, é
incapaz de lidar com suas causas, surgem na cena, nestes períodos da história, não só figuras e soluções
ilusórias, mas também os ‘realistas’ da rejeição repressiva” (István Mészáros).
Quando 59 presos morreram carbonizados, decapitados e esquartejados no Complexo Penitenciário Anísio
Jobim (Compaj), em Manaus, o País despertou para a crise do sistema penitenciário. Apesar da insistência
de parte da mídia e do poder público em centrar fogo na “guerra entre as facções”, especialistas reafirmaram
que a preocupação deve ser com a estrutura do sistema penal, já que a lógica punitivista segue apinhando as
celas de pessoas que são torturadas noite e dia pelo Estado, garantidor da manutenção da precariedade das
penitenciárias. O Brasil alcançou, em 2016, a quarta posição entre os países que possuem a maior população
carcerária no mundo. Ao todo, 622 mil brasileiros estão encarcerados. Destes, 61,6% são negros e 75% só
estudaram até o ensino fundamental. Os dados foram divulgados em abril do ano passado pelo Ministério da
Justiça e Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen) e hoje, certamente, esse
contingente é ainda maior. De 2002 até 2016, a população carcerária brasileira cresceu 267,32%. O Brasil
chegou, portanto, ao espantoso número de 306 pessoas presas para cada 100 mil habitantes, o dobro da
média mundial, de 144 detentos para cada 100 mil habitantes. Em entrevista ao site Conjur, em novembro de
2015, o ministro aposentado da Suprema Corte da Argentina, Eugenio Raúl Zaffaroni, um dos mais fiéis
opositores do punitivismo no mundo, explica de que forma e porque tal prática é aderida:
“(O punitivismo) tem um pouco de terrorismo midiático e corresponde a um modelo de sociedade. Se
quisermos ter uma sociedade 30% incluída e 70% excluída, precisamos punir mais, para conter os 70% que
ficam de fora. Se nós pensarmos em uma sociedade mais ou menos inclusiva, com Estado de bem-estar
social, outro grau de punitivismo é aplicado”, explica Zaffaroni. No Brasil, a política de encarceramento
massivo dialoga com a teoria exposta por Zaffaroni. “Nós encarceramos para garantir o controle social.
Estão presos os negros, os jovens e os pobres. Estes, que estão excluídos dos privilégios e que podem
reivindicar sua dignidade, até então negada pelo Estado”, explica Vera Malaguti, professora de criminologia
da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e Secretária Executiva do Instituto Carioca de
Criminologia (ICC). A sanha por encarceramento no Brasil para controle dos resistentes vem dos tempos de
colonização, especialmente durante o período regencial, entre 1831 e 1840, quando o então imperador D.
Pedro I abdicou do trono para que seu filho, D. Pedro II, assumisse o poder. A década de vacância era o
tempo necessário para que o herdeiro alcançasse a maioridade. Durante o período de nove anos, houve
instabilidade e revoltas populares. Escravos se organizaram para lutar pela liberdade. A fim de controlar os
levantes dos insatisfeitos, os colonizadores portugueses encomendaram uma prisão, a primeira do Brasil, a
Casa de Correção da Corte, que só foi inaugurada em 1850. A prisão é considerada uma das “obras mais
úteis e necessárias ao País pela influência do sistema penitenciário sobre os hábitos e a moral dos presos”,
dizia o decreto que determinou a construção da Casa, construída por escravos e que serviu para encarcerar
escravos.
“A colonização brasileira era um empreendimento que perseguia os povos originários e depois os negros que
por aqui foram escravizados. O colonizador, para controlar a revolta desses povos, sempre quis puni-los e
torturá-los, para garantir que não o incomodasse”, explica a professora Vera Malaguti. Mais adiante, conta a
professora, já no final do período da ditadura militar, começa a política de “Guerra às Drogas” no Brasil.
“Copiamos o mesmo modelo americano. Neste momento, vai entrar em cena um personagem importante que
é a mídia. Ela vai colaborar com o punitivismo ao criar um modelo de inimigo a ser combatido: o negro,
jovem e morador de favela. Esse é o sujeito que a sociedade, educada pela rádio e a TV, irá exigir que seja
enclausurado pelo Estado. Até hoje, os programas policiais, de Wagner Montes a (José Luis) Datena,
cumprem esse papel social”, contextualiza. Dados do Infopen mostram que 28% da população carcerária
brasileira está presa por crime de tráfico de drogas. Os demais delitos da lista são: roubo (25%), furto (13%)
e homicídio (10%). “Lá atrás, nós dizimamos os índios porque eles eram animalizados. Depois,
exterminamos os negros porque eles não tinham alma. Hoje, consideramos que fomos estúpidos por isso. O
mundo moderno assim entende”, analisa padre Valdir João Silveira, há 27 anos membro da Pastoral
Carcerária e atual coordenador nacional da entidade. “Hoje, seguimos massacrando negros e jovens porque
eles cometem crimes ligados ao tráfico de drogas. Nós os enfiamos em caixa de ferro e os abandonamos à
própria sorte. As futuras gerações irão nos classificar como ‘pessoas cruéis’, nunca entenderão como fomos
tão estúpidos”, finaliza o religioso.
(Disponível em: https://www.google.com/search?q=fi%C3%A9is&oq=fi
%C3%A9is&aqs=chrome..69i57j0l5.1797j0j4&sourceid=chrome&ie=UTF-8. Acessado em: 01/08/19).

TEXTO 3:

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa
sobre o tema “A política do encarceramento no Brasil: solução ou agravamento da violência?”,
apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de
forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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