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SADCC

A Conferência de Coordenação para o Desenvolvimento da África Austral


(SADCC) foi criada no dia 1 de Abril de 1980, em Lusaka, Zâmbia, numa reunião dos
chefes de Estado e de Governo dos Estados da Linha da Frente. No final do encontro, os
representantes de Botswana, Angola, Lesoto, Malawi, Moçambique, Suazilândia,
Tanzânia, Zimbabwe e Zâmbia assinaram a declaração intitulada Southern Africa:
Towards Economic Liberation, (África Austral: Rumo à independência econômica),
conhecida posteriormente como declaração de Lusaka. 1

A SADCC foi estabelecida num momento em que os Estados-membros


enfrentavam problemas económicos a vários níveis, bem como o factor de grande
dependência económica desses mesmos relattivamente à África do Sul, que ostentava
melhores condições económicas na região, portanto, buscaram com a criação da
SADCC reduzir essa depedência e através de trabalho conjunto, adoptar estratégia para
o crescimento de suas próprias economia.

Objectivos da SADCC

A declaração de Lusaka, instrumento jurídico-base da SADCC, os Estados


signatários, pelo facto da África do Sul assumir a maioria do fluxo comercial escoado
pelo sistema de transporte Sul africano definiram os seguintes objectivos da
organização:

 Reduzir a dependência do mundo exterior e, em particular, da África do


Sul;
 Promover a auto-confiança colectiva dos Estados membros;
 Promover e coordenar a cooperação económica por meio de umprojecto
e de uma abordagem orientada por sector;
 Promover uma acção conjunta para garantir a compreensão internacional
e seu apoio prático para a estratégia da SADCC.2

Embora os objectivos explicitos da SADCC fossem económicos, a forte


identidade política e militar dos ELF influenciou esta nova organização, razão pela qual
a SADCC não deixou de definir entre os seus objectivos ainda que tacitamente, o apoio
1
ANTÓNIO, Pincha Morais, Integração Regional, 1ª edição, Instituto Superior Munitor, Maputo,2012,
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2
Idem. Pág. 36
à luta de libertação na Namíbia e o fim do Apartheid na África do Sul. Para os Estados-
membros da SADCC, o desenvovimento da região estava condicionado à eliminação do
apartheid e à independência da Namíbia.3

Para materialização dos seus objectivos, a SADCC apostava no trabalho


conjunton e máxima coodernação dos Estados-membros. Neste contexto, cada Estado-
membro assumiu a responsabilidade de coordenar um ou mais sectores de actividades.
Esta coordenação envolvia a elaboração de propostas de políticas sectoriais, definição
de estratégia para serem discutidas aprovadas pela organização, monitorização de
progressos, bem como a elaboração de relatórios destinados ao Conselho de Ministros.4

Tendo em conta esta ordem de ideias, as responsabilidades sectoriais da SADCC


eram as seguintes:

Sector Estado-membro
coordenador
Energia Angola
Pesquisa agrícola, produção de animais e controle de Botswana
doenças de animais
Turismo, administração da terra e água Lesoto
Pesca, floresta e vida selvagem Malawi
Transporte e comunicação Moçambique
Desenvolvimento de recursos humanos Suazilândia
Indústria e comércio Tanzânia
Emprego, trabalho e mineração Zâmbia
Produção agrícola, alimentação, recusrsos agrícolas e Zimbabué
naturais

A responsabilidade para angariação de financiamento para implementação dos


projectos nos vários sectores pertencia ao Estado-membro cujo território se localizasse o
projecto. O papel da SADCC era o de mobilização de recursos, junto aos parceiros
internacionais e assegurar que a implementação e o desenvolvimento do projecto
estariam de acordo com os objectivos regionais. O ambiente político-económico
regional e internacional permitiu que a SADCC obtivesse um apoio massivo por parte
de doadores internacionais para os seus projectos, com particular atenção dada pelos

3
ANTÓNIO, Pincha Morais, Integração Regional, 1ª edição, Instituto Superior Munitor, Maputo,2012,
pág. 36
4
Idem
Estados nórdicos, para além do apoio massivo vindo do Ocidente, especificamente da
CEE e dos EUA.5

ESTRUTURA DA SADCC

A SADCC foi uma conferência com os objectivos de coordenação das


actividades dos Estados-membros. De acordo com Margarida Salema as conferências
internacionais constituem reuniões ou encontros internacionais de plenipotenciários ou
representantes, que funcionam durante certo período de tempo para discussão e
resolução de assuntos internacionais relativos, designadamente, a questões de natureza
política ou matérias de carácter económico, social legal ou técnico.

Nesta Ordem das ideias, com a SADCC, os Estados-membros não criaram


instituições com poderes supranacionais, ou seja, instituições com a competência de
tornar directamente vinculativas as tomadas de decisão aos Estados-membros e os seus
nacionais - a base do sucesso dos objectivos traçados pelos Estados singnatarios da
Declaração de Lusaka dependia do seu grande envolvimento de compremetimento.

De acordo com o Memorando de Entendimento adoptado na cimeira de Julho de


1981 em Harare, Zimbabue a SADCC apresentavaa seguinte estrutura:

 Cimeira de chefes de Estado e do Governo dos Estados-membros – o órgão


responsável pela orientação da política da orgnização, reunindo ordinariamente
uma vez por ano. O presidente da cimeira é eleito por acordo de rotação de três
anos.
 Conselho de Ministros – constituído por pelo menos, um Ministro de cada
Esado membro, é o órgão responsável perante a cimeira pela execução e
supervisão das actividades da SADCC.
 Comité permanente de representantes – constituído por um corpo de
assistência ao Conselho de Ministros, com subcomités que se reunem
regularmente com cada Estado, afim de avaliarem os fresultados no seu sector.
 Comissões sectoriais – tem a função de supervisionar os programas prioritários.
Estas condições são estabelecidas através de convenções ratificadas pelos

5
Estados-membros. Foram criados no âmbito da SADCC duas comissões: a
SADCC com sede em Mputo e a SACCAR, COM SEDE EM Gaberone.
 Secretariado – é dirigido por um secretário executivo, que é igualmente chefe
executivo da organição. De entre as suas atribuições, é responsável pela
elaboração do relatório anual e representava a organização na comunidade
internacional.

Todas as decisões a nível dos órgãos da SADCC eram tomadas por consenso,
detendo cada um dos Estados-membros o poder de vetar decisões que não lhes
seriam favoráveis.

Necessidade de um novo modelo institucional – SADC

A SADCC era uma conferência que servia de plataforma de debates sobre


cooperação político-económica entre os Estados membros. A forte identidade
política e militar dos ELF, influenciou a SADCC a ter um carisma político que
económico, razão pela qual os Estados participantes acordaram em 1992, a sua
transformação em SADC.6

Nos finais da década de 1980, ambiente político-económico internacional e


regional, apresentou alterações importantes que se tornaram decisivas para a
transformação da SADCC em SADC, nomzeadamente:

O fim da Guerra Fria e a independência da Namíbia, no início da década de


1990; o progressivo isolamento diplomático e económico da África do Sul, a
pacificação em Moçambique, e o fim da guerra civil em Angola, acompanhada da
implantação de sistemas multipartidários, em Moçambique (1992) e Angola (1991).7

Ao mesmo tempo em que o governo sul-africano operava mudanças tendo em


vista o desmantelando do apartheid, o governo reconhece a legalidade do ANC.
Neste mesmo período, as leis raciais são abolidas e diálogo com os partidos, outrora
considerados ilegais, se estabelece. Estas mudanças culminaram, a nível interno da
África do Sul, com as eleições multirraciais e que levaram Nelson Mandela ao
poder.8

8
Com o decorrer dos acontecimentos acima mencionados, os dirigentes do
SADCC sentiram a necessidade de realizar alterações no sentido de dar maior
consistência aos seus objectivos de cooperação económica e, ao mesmo tempo,
criarem condições para que, quando a África do Sul deixasse de ser governada pela
minoria branca, entrasse para a organização, como membro com plenos direitos e
deveres.

Restauração das instituições da SADC

A SADC herdou as instituições e os métodos de funcionamento da SADCC


quando foi criada. Pouco depois da sua criação, a SADC iniciou um processo de
reflexão que a levaria a fazer opções sobre os mecanismos institucionais e metódos
de trabalho mais adequados para cumprir com sua agenda rumo a integração
regional. Estas reflexoes foram realizadas a nivel de seminarios com a participacao
do governo.ONGs e outros parceiros e mais formalmente a nivel de comite de
peritos, do conselho de ministros e da cimeira.

Na cimeira realizada em maputo,a 17 de agosto de 1999, os chefes do Estado e


do Governo da SADC decidiram mandatar o Conselho de Ministros da organizacao
para , no prazo de um ano , apresentar uma proposta de restruturacao da organizacao
, incluindo o seu orgao para a coperacao nas areas de politica, defesa e seguranca,
para adequalos aos novos desafios advindos com a sua missao principal : integracao
regional, paz e estabilidade.

Princípios da SADC

Conforme o art. 4º da Resolução nº 3/93 de 1 de Junho a SADC e os seus


Estados Membros actuam em conformidade com os princípios da:

 igual soberania de todos os Estados Membros;


 Solidariedade, paz e segurança;
 Direitos humanos, democracia e o respeito pela lei;
 Equidade, equilíbrio e benefício mútuo;
 Resolução pacífica de diferendo.

Objectivos da SADC
 Promover o crescimento económico sustentável e equitativo, desenvolvimento
socioeconómico que irá garantir o alívio da pobreza com o objectivo final da sua
erradicação, melhorar o padrão e a qualidade de vida dos povos da África
Austral e apoiar os socialmente desfavorecidos através da integração regional;
 Promover os valores políticos comuns, sistemas e outros valores que são
transmitidos através de instituições que são demovráticas, legítimas e eficazes;
 Consolidar, defender e manter a democracia, a paz, a segurança e a estabilidade;
 Promover o desenvolvimento auto-sustentado com base na auto-suficiência
colectiva e a interdependência dos Estados membros;
 Atingir a complementaridade entre as estratégias nacionais e regionais e os
respectivos programas;
 Promover e maximizar o emprego produtivo e utilizaçao dos recursos da região;
 Atingir a utilização sustentável dos recursos naturais e a proteção eficaz do
ambiente;
 Reforçar e consolidar as longas afinidades históricas, sociais e culturais e as
relações entre os povos da região;
 Combater o HIV/AIDS e outras doenças transmissíveis ou mortais;
 Assegurar a erradicação da pobreza é uma abordagem em todas a s actividades e
programas da SADC; e
 Integrar o genéro no processo de construção da comunidade.

Para alcançar esses objectivos , o tratado requer que os estados membros da SADC:

1- Harmonizem as politicas e planos politicos e socioeconomicos dos estados


membros.,
2- Encoragem os povos da regiao e suas instituicoes a tomar iniciativas para
desenvolver laços economicos, socias e culturais por toda a região e participar
plenamente na implementação de programas e projectos da SADC;
3- Criem instituições e mecanismos apripriados para mobilização dos recursos
necessários a implementação dos programas da SADC e suas instituições;
4- Desenvovam políticas que objectivem a progressiva eliminação de obstáculos a
livre movimentação de capital e trabalho, bens e serviços, e povos da região
entre os Estados Membros;
5- Melhorem a administração e o desempenho económico por meio da cooperação
regional;
6- Promovam o desenvolvimento, a transmissão e o dominio da tecnologia;
7- Promovam a coordenação e a harmonização de relações internacionais dos
Estados Membros;
8- Garantam entendimento, cooperação e apoio internacional e mobilizem o influxo
de recursos públicos e privados na região;
9- Desenvolvam outras actividades que os Estados-membros decidam avançar, em
apoio a esse tratado.

Desenho institucional da SADC

O tratado da SADC, no seu art. 9, estabelece as seguintes instituições:

 Cimeira de Chefes de Estado ou Governo: conforme o art. 10 do tratado


da SADC, a Cimeira é constituida pelos Chefes de Estados ou Governos de
todos os Estados Membros.
A Cimeira constitui a instância máxima da organização. A Cimeira é a
instituição que desenvolve as políticas, com a responsabilidade de orientar a
sua concretização e controlar as actividades desenvolvidas pela comunidade.
Reúne-se ordinariamente uma vez por ano durante a Cimeira, o Presidente
cessante passa o poder ao Vice-presidente, e um novo Vice-presidente é
eleito para dirigir no ano seguinte;9
 O conselho: conforme o art. 11 do tratado da SADC, o conselho é
constituído por um Ministro de cada Estado Membro, preferencialmente um
Ministro responsável pela planificação económica ou finanças.
O Conselho é responsável pela supervisão e monitorização das funções e
desenvolvimento da SADC e ainda assegurar que as políticas sejam
devidamente implementadas. Cabe-lhe também fazer recomendações à
Cimeira dos Chefes do Estado. O conselho reúne-se antes da Cimeira e, pelo
menos numa outra oportunidade durante o ano, é presidido pelo país que
detém a presidência da SADC;10
 Comissões: conforme o art. 12 do Tratado da SADC. As comissões são
constituídas com o objectivo de diigir e coordenar políticas e programas de
9

10
cooperação e de integração em áreas sectoriaisdesignadas. Estas comissões
subordinam-se e prestam contas ao Conselho e trabalharão em intíma ligação
com o secretariado.
 Comité Permanente de Peritos: conforme o art. 13 do Tratado da SADC,
este é constituido por um director nacional ou um responsável de estatuto
equiparado oriundo de cada Estado Membro, preferencialmente de um
ministério responsável pela planificação económica ou finanças. Este Comité
subordina-se e presta contas ao conselho.
 O secretariado: conforme o art.14 do Tratado da SADC, esta é a principal
instituição executiva da SADC.
Esta é responsável pelo planeamento estratégico, coordenação e gestão dos
programas da SADC, e ainda da implementação do plano estratégico
regional. O secretariado organiza e administra as reuniões da SADC e é
responsável pela administração geral e financeira Da comunidade, tendo a
sua sede em Gaborone, Botswuana.11
 O secretariado executivo: conforme o art. 15 do Tratado da SADC, este
articula-se estreitamente com os comissões e outras instituições, e orient, apoia e
controla o desempenho da SADC nos vários sectores a fim de assegurar
conformidade e harmonia relativamente a políticas, estratégias, programas e
projectos acordados;
 O tribunal: conforme o art. 16 do Tratdo da SADC, este é criado para garantir a
observância e interpretação adequada das disposições deste tratado e de outros
instrumentos subordinados, e para deliberar sobre diferendos a ele submetido.
Cabe-lhe também arbitrar as disputas entre os Estados Membros, quando
trazidas ao organismo;12

Personalidade jurídica e capacidade jurídica

Personalidade juridica é a susceptibilidade de ser titular de direitos e cumpridor de


deveres.

11

12
Capacidade jurídica

Protocolo das Trocas Comerciais

Reconhecendo a necessidade de reforçar a coopeeração na área adoaneira e no


combate ao comércio legal dentro da região, os Chefes de estados Membros assinaram o
protocolo sobre trocas comerciais em Masero, Reino de Lesotho, aos 24 de Agosto de
1996.13

Este protocolo estabelece como objectivos mais altos a liberalização do comercio


intraregional em bens e serviços, e o estabelecimento da area de comercio livre na
região da SADC. Para o efeito, as barreiras ao comercio deverão ser eliminadas (tarifas
sobre importações e importações, barreiras não tarifárias e as restrições quantitavas às
importações e exportações entre países membros).14

O mesmo protocolo reconhece também as particularidades de diferentes economias


da região, derivadas das desigualidades do desenvolvimento entre os países, pelo que
também estabele que os países que tenham sida ou possam ser negativamente afectados
pela eliminação dessas barreiras ao comércio podem solicitar, e ser garantidos, um
periodo de graça para se prepararem para os ajustamentos económicos necessários para
a eliminação da barreira ao comércio.15

O protocolo sobre trocas comerciais é base para integração económica da SADC.

O Processo de Integração Economica da SADC ate 2018

O projecto de integração da SADC, segundo o Plano Estratégica Indicativo de


Desenvolvimento Regional ( RISDP), envolve a concretização de metas
estabelecidas para a liberalização do comércio na região, a saber:

 A criação de zona de comércio livre, marcada para 2008, ano em que se


concretizou;
 A criação de uma União Aduaneira, agendada para 2010 mas adiada, nesse
ano, sine die;

13
Universidade Augostinho neto, Centro de estudos de Direito público, Angola.
14
CASTE-BRANCO, Carlos Nuno, Implicações do protocolo comercial da SADC para camponesa de
Moçambique, Manica,2005.
15
Idem.
 O estabelecimento do Mercado Comum do SADC, agendado para 2015 mas
que, em virtude do sucedido com a União Aduaneira;
 A União Monetária e introdução de uma moeda única, para 2018;

Estas metas ambiciosas da Organização, apesar de económicas, obrigam a


definição de um sitema de normas comuns entres países membros, nomeadamente a
partir do momento em que se define uma pauta aduaneira comum, na fase em que se
atinge a União Aduaneira.16

16
ANTÓNIO, Pincha Morais, Integração Regional, 1ª edição, Instituto Superior Munitor, Maputo,2012,
pág. 44.-

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