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INCIDÊNCIA DE ICMS:
venda e descarte de aves matrizes e aves poedeiras.
GUARAPUAVA
2010
MAYCON DANIEL TECACHUK DE OLIVEIRA
INCIDÊNCIA DE ICMS:
venda e descarte de aves matrizes e aves poedeiras.
GUARAPUAVA
2010
Nada é certo nesse mundo, exceto a
morte e os impostos.
Benjamim Franklin
RESUMO
This conclusion of course work seeks to find elements that can elucidate whether
there ICMS drop in sales of poultry and poultry manure matrices, which are treated
as machines and recorded as fixed assets. We always seek to put aside old feelings
of injustice demonstrated by all with respect to the imposition of taxation by the state,
because what we seek to understand the theme was proposed from legal aspects.
First, we keep to the presentation of concepts of Tax Law, as well as the
understanding of this branch of law. In the next moment we step into the study of the
ICMS, analyzing peculiarities and complexities, which makes it fascinating to study
these taxes. Finally, we present some accounting issues that we talked about fixed
assets and also bring some aspects of the poultry business in Brazil. In possession
of all these factors we believe are legally rational believing that there is incidence of
GST on the sale and disposal of poultry matrices hens.
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 08
2 DIREITO TRIBUTÁRIO....................................................................................... 09
2.1 TRIBUTOS....................................................................................................... 10
2.2 OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA............................................................................. 11
2.2.1 Hipótese de Incidência.................................................................................. 12
2.2.2 Fato Gerador................................................................................................. 13
2.3 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS......................................... 14
2.3.1 Princípio da Legalidade Tributária................................................................. 14
2.3.2 Princípio da Tipicidade Cerrada.................................................................... 15
2.3.3 Princípios da segurança jurídica, da confiança, da moralidade e da
razoabilidade aplicáveis a matéria tributária.......................................................... 16
2.4 FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO.............................................................. 17
2.4.1 Fontes Formais do Direito Tributário............................................................. 17
2.4.1.1 Fontes formais primarias do Direito Tributário........................................... 18
2.4.1.1.1 Constituição Federal................................................................................ 18
2.4.1.1.2 Tratados e as convenções internacionais............................................... 19
2.4.1.1.3 Resolução................................................................................................ 19
2.4.1.1.4 Lei ordinária e lei complementar............................................................. 19
2.4.1.1.5 Lei delegada............................................................................................ 20
2.4.1.1.6 Medida provisória.................................................................................... 21
2.4.1.1.7 Decreto legislativo e decreto regulamentar............................................. 21
2.4.1.2 Fontes formais secundárias do Direito Tributário....................................... 22
2.4.1.2.1 Atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas............... 22
2.4.1.2.2 Decisões com eficácia normativa............................................................ 22
2.4.1.2.3 Costumes................................................................................................ 23
2.4.1.2.4 Convênios................................................................................................ 23
2.5 VIGÊNCIA, APLICAÇÃO, INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA.................................................................................. 23
2.6 BREVE SÍNTESE............................................................................................. 27
3 ICMS.................................................................................................................... 28
3.1 COMPETÊNCIA............................................................................................... 29
3.2 O ICMS SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS NA CONSTITUIÇÃO... 30
3.3 LEI COMPLEMENTAR 87/96........................................................................... 31
3.4 FATO GERADOR DO ICMS............................................................................ 34
3.5 PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE....................................................... 36
3.6 CRÉDITOS DE ICMS RELATIVOS A BENS QUE SE DESTINAM A USO,
CONSUMO OU ATIVO PERMANENTE................................................................. 39
3.7 IMUNIDADE, ISENÇÃO E CASOS DE NÃO INCIDÊNCIA DO ICMS............. 40
3.8 SÍNTESE NECESSÁRIA.................................................................................. 42
4 AVES MATRIZES E AVES POEDEIRAS: ATIVO IMOBILIZADO E
MERCADORIA....................................................................................................... 44
4.1 CONTEXTUALIZAÇÃO: ATIVIDADE AVÍCOLA.............................................. 44
4.1.1 Matrizes e Poedeiras..................................................................................... 44
4.1.1.1 Potencial habitual de descarte de aves e sua destinação com mercado e
preço certos............................................................................................................ 46
4.2 ATIVO IMOBILIZADO....................................................................................... 47
4.3 NÃO-INCIDENCIA DE ICMS NA VENDA DE BEM DO ATIVO
IMOBILIZADO........................................................................................................ 48
4.3.1 Venda do ativo imobilizado nos tribunais superiores.................................... 51
4.4MERCADORIA.................................................................................................. 52
4.5 VENDA DE AVES DE DESCARTE.................................................................. 53
4.5.1 Operações de venda de aves de descarte segundo a visão das
autoridades fazendárias......................................................................................... 55
4.6 SÍNTESE DO CAPÍTULO................................................................................. 58
5 CONCLUSÃO..................................................................................................... 60
REFERÊNCIAS...................................................................................................... 63
8
1 INTRODUÇÃO
2 DIREITO TRIBUTÁRIO
A sua formulação atribuída a Ulpiano: Publicum ius est quod ad statum rei
romanae spectat; privatum quod ad singulorunt utilitateni pertinet (Direito
Público é o que se liga ao interesse do Estado romano; Privado, o que
corresponde à utilidade dos particulares).
Nesse sentido, pode-se dizer que por se ocupar das relações entre
fisco e contribuintes, o direito tributário possui normas de instituição arrecadação e
fiscalização de tributos. Proveitoso é, ainda, dizer que dentre suas normas estão
também as que limitam o poder do fisco, salvaguardando direitos do contribuinte.
Celso Ribeiro Bastos (1995, p. 95) entende que "o Direito Tributário
é um conjunto de normas e princípios enucleados pelo conceito de tributo".
A fim de contemporizar o presente estudo se faz relevante pontuar
os ensinamentos de Aliomar Baleeiro (1991, p. 26-29), acerca da autonomia do
direito tributário. Baleeiro consagra que a autonomia do direito tributário se revela
quando nos deparamos com a complexidade das relações do fisco com os
10
2.1 TRIBUTOS
Desse modo, adequado seria dizer que fato gerador e fato imponível
são expressões sinônimas, e que se referem a ocorrência de um comportamento
passível de tributação, pois tal comportamento da maneira como ocorre se amolda a
um tipo tributário previsto em lei, assim a ocorrência do fato imponível da ensejo ao
nascimento obrigacional, podendo essa obrigação ser principal ou acessória, como
já visto anteriormente.
Posto isso, e como tudo precisa necessariamente de um controle,
com o direito tributário não é diferente, assim passamos a analises de alguns dos
princípios constitucionais tributários norteadores deste ramo do direito.
14
120-121).
2.4.1.1.3 Resolução
2.4.1.2.3 Costumes
2.4.1.2.4 Convênios
A empresa Beta, no ultimo dia do prazo para pagar o ICM, emitiu o cheque
e mandou o contador adjunto pagar. No caminho, o funcionário é
atropelado. Ao entrar na ambulância pede aos circulantes que avisem à sua
empresa o ocorrido. Entre eles estava um fiscal de rendas, que, no dia
27
3 ICMS
3.1 COMPETÊNCIA
seletivo em função da essencialidade das mercadorias no seu art. 155, § 2°, inciso
III :
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
[...]
§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
[...]
III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias
e dos serviços; (BRASIL, 1988)
Posto isso vejamos o que diz a doutrina acerca dos fatos passiveis
de serem tributados pelo imposto sobre circulação de mercadorias.
mercadoria essa que é vendida ao atravessador pelo preço de R$ 1,00 (um real) o
quilo, então nessa transferência de um quilo de feijão é devido ICMS no importe de
R$ 0,12 (doze centavos). Após a compra o atravessador vende o seu quilo de feijão
a uma empresa que empacota a mercadoria dando sua marca, nessa operação o
quilo de feijão foi vendido ao preço de R$ 1,50 (um real e cinqüenta centavos),
sendo então devido R$ 0,18 (dezoito centavos) a titulo de ICMS.
Até aqui temos a realização em concreto de duas hipóteses de
incidência do ICMS, de modo que pelo princípio da não-cumulatividade mesmo
tendo a incidência R$ 0,12 (doze centavos) na primeira transferência e de R$ 0,18
(dezoito centavos) na segunda, não podemos dizer que até este momento foram
pagos R$ 0,30 (trinta centavos) de ICMS, pois sob a égide do referido princípio o
imposto pago em fases anteriores é atenuado no devido na operação atual, o que se
denomina de crédito.
A não-cumulatividade encontra algumas restrições, as quais estão
elencadas nas alíneas do inciso II, do parágrafo 2°, do art. 155 da Constituição de
1988.
87/96, veja-se:
De aves matrizes
A criação de aves matrizes caracteriza-se basicamente pela presença de
aves machos e fêmeas no alojamento. [...]
[...] por volta do 6º mês [...] as aves começam a botar os primeiros ovos.
[...]
Ao surgirem os primeiros ovos inicia a fase de produção, que se
estende por cerca de 40 semanas (mais ou menos 10 meses), ao final
da qual (por volta da 66ª semana de idade) as aves devem ser
descartadas [...].
No final da fase de produção as aves matrizes fêmeas pesam entre 3,5kg e
4,5kg e as machos atingem até 6,5kg.
De aves poedeiras
A criação de poedeiras se caracteriza basicamente pela inexistência de
aves machos no alojamento, pela precocidade das primeiras posturas e
pelo maior período de produção.
[...] por volta da 19ª semana de idade, [...] inicia a fase de produção que se
estende por mais ou menos 64 semanas (cerca de 15 meses). [...]
Mais ou menos com 85 semanas de idade, quando atinge peso de
aproximadamente 2,3kg, a ave é descarta [...]. (destaques nossos)
da carne das aves de descarte, sua aceitação no mercado, e ainda seu preço certo,
o que dispensa maiores comentários.
Curial ressaltar que o Paraná é líder nacional na produção avícola,
seguido por Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais, nesta
ordem. (UOL – CANAL EXECUTIVO).
palavras aduz que no ativo imobilizado devem ser classificados os direitos que
tenham por objeto bens destinados à manutenção das atividades da empresa, ou
exercidos com essa finalidade, inclusive os bens de propriedade industrial ou
comercial.
Dessarte, notório é que máquinas são bens classificados no ativo
imobilizados, logo as aves matrizes e aves poedeiras são classificadas no ativo
imobilizado, pois vimos anteriormente que estas são máquinas destinadas a
manutenção das atividades do estabelecimento.
Devemos nos atentar para uma das características do ativo
imobilizado, que é a perca do valor com o transcorrer do tempo, primeiramente, pois
em se tratando de prédios, móveis, máquinas, equipamentos, veículos e
computadores por exemplo, ocorre desgaste pelo uso, o que causa redução no seu
valor, e ressalte-se que peculiarmente quando se trata de máquinas, equipamentos,
veículos e computadores, o imobilizado fica obsoleto. O desgaste e a obsolência são
chamados de depreciação. (SÁ, 2005, p. 65)
quando tal operação não era tributada pelo ICMS, e quando se tratar de venda de
bem objeto de contrato de arrendamento mercantil findado, quando o arrendatário
optar por comprar o referido bem.
4.4 MERCADORIA
Acordão.....: 726/1999
Câmara.... .: 2ª Câmara
PAF............: 71259145
Relator.......: Maximiano T. Ishida
Julgamento: 26/08/1999
Publicação.: 04/02/2000, DOE: 5675, Circulação: 04/02/2000.
E também:
Acordão......: 598/2000
Câmara.......: 2ª Câmara
PAF.............: 61581049
Relator........: Homero A. Córdova
Julgamento.: 25/09/2000
Publicação..: 29/12/2000, DOE: 5895, Circulação: 29/12/2000.
Acórdão.....: 301/2001
Câmara......: 3ª Câmara
PAF............: 61922652
Relator.......: Edson L. Garbin
Julgamento: 13/08/2001
Publicação.: 05/11/2001, DOE: 6105, Circulação: 07/11/2001.
Temos ainda:
Acórdão.....: 338/2000
Câmara......: 1ª Câmara
PAF............: 61581030
Relator.......: Sérgio S. Pereira
57
Julgamento: 12/07/2000
Publicação.: 31/08/2000, DOE: 5818, Circulação: 31/08/2000.
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro. 12. ed. rev. e atual. - São Paulo:
Saraiva, 2006. 512 p.
BALEEIRO, Aliomar. Direito tributário brasileiro. 10ª ed. Revista e atualizada por
Flávio Bauer Novelli. – Rio de Janeiro: Forense, 1991. 667p.
30 set. 2010.
CASSONE, Vitório. Direito tributário. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
CARRAZZA, Roque Antonio. ICMS. 9ª ed. São Paulo: Malheiros, 2003. 495 p.
65
DIFINI, Luiz Felipe Silveira. Manual de Direito Tributário. 4. ed. São Paulo:
Saraiva, 2008. 373 p. ISBN 978-85-02-06916-9.
FILHO, Luis Alberto Pereira. Taxas e Preços. 2ª ed. Curitiba. Juruá. 2009. 236 p.
FABRETTI, Láudio Camargo. Código Tributário Nacional Comentado. 5ª. ed. São
Paulo: Atlas, 2005. 314 p.
ICHIHARA, Yoshiaki. Direito Tributário. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2002. 321 p.
________, Yoshiaki. Direito Tributário. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2004. 325 p.
JARDIM, Eduardo Marcial Ferreira. Dicionário Jurídico Tributário. 5ª. ed. São
Paulo: Dialética, 2005. 303 p.
MALVAZZI, Gilberto. Avicultura: Manual Prático. São Paulo. Nobel, 1999. 156 p.
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 25. ed. São Paulo:
Malheiros, 2004. 526 p. ISBN 85-7420-608-3.
66
NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 27ª. ed. Rio de Janeiro: Forense,
2006. 450 p.