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Introdução..........................................................................................................................2
Objectivos..........................................................................................................................2
Gerais.............................................................................................................................2
Específicos.....................................................................................................................2
Poder de decisão Unilateral...............................................................................................3
Actos Primários..............................................................................................................4
Actos Secundários..........................................................................................................6
Validade e eficácia do acto administrativo........................................................................7
Distinção entre validade e eficácia................................................................................7
Eficácia do acto administrativo.......................................................................................10
Vícios do acto administrativo..........................................................................................14
Ilegalidade do acto administrativo...............................................................................14
Ilegalidade orgânica.....................................................................................................14
Ilegalidade formal........................................................................................................16
Ilegalidade material......................................................................................................16
Sanação dos actos administrativos..................................................................................19
Sanção administrativa a pessoas físicas.......................................................................20
Sanção administrativa a pessoas jurídicas...................................................................20
Conclusão........................................................................................................................22
Bibliografia......................................................................................................................23
Introdução
No presente trabalho debruçaremos a cerca do direito administrativo no que tange ao
poder de decisão unilateral, espécies dos actos administrativos, validade e eficácia dos
actos administrativos e os respectivos vícios e sanções dos actos administrativos.
Objectivos
Gerais
Fazer análise de poder de decisão unilateral, validade e eficácia do acto
administrativo, vícios do acto administrativo e sanção dos actos administrativo.
Específicos
Descrever o poder de decisão unilateral;
Descrever a validade e eficácia do acto administrativo;
Identificar os vícios dos actos administrativos;
Identificar as sanções dos actos administrativos.
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Poder de decisão Unilateral
Segundo Jorge Rodrigues Simão (2010), enquanto no regulamento a Administração
Pública nos aparece a fazer normas gerais e abstractas, embora inferiores à lei, no poder
de decisão unilateral a Administração Pública aparece-nos a resolver casos concretos.
Pode a lei exigir, e muitas vezes exige, que os interessados sejam ouvidos pela
Administração antes de tomar a sua decisão final.
Para Albano Macie (2015) quanto a espécie, os actos administrativos podem ser
primários e secundários. Devemos salientar que a LPA não faz essa tipificação dos actos
administrativos, mas mostra-se de relevante interesse pela reprodução prática que
assume na vida burocrática administrativa.
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contenciosos, no momento da definição do regime jurídico aplicável a decisão
impugnada.
Actos Primários
Segundo Diogo Freitas do Amaral citado em Albano Macie (2015), são actos primários
aquelas que versa pela primeira vez sobre uma determinada situação da vida. Os actos
primários modificam o ordenamento jurídico preexistente pela primeira vez,
pronunciando-se a autoridade administrativa também sobre o caso concreto pela
primeira vez. Exemplo: a emissão de uma licença de condução.
1. Actos Impositivos
São os actos administrativos que impõem a adopção por alguém de uma certa conduta
ou que o sujeita a certas obrigações de natureza pública. São designadamente actos
impositivos os actos de comando, actos punitivos, actos ablativos e actos de juízo.
a) São actos de comando aqueles que impõem a adopção de uma conduta positiva
ou negativa a um particular. Sempre que se trata de uma conduta positiva diz se
ordem quer seja verbal ou escrita.
Tratando-se de conduta negativa diz se proibição.
b) São punitivos os actos administrativos que impõem sanções de natureza
administrativa ao administrados: a pessoas físicas e colectivas.
c) São ablativos os actos administrativos que extinguem, alteram ou modificam o
conteúdo de um direito preexistente, sujeitando ao destinatário um sacrifício.
d) São de juízo os actos administrativos pelos quais a entidade administrativa
normalmente competente, qualifica segundo critério de justiça ou técnicos e
objectivos, pessoas, coisas ou actos submetidos a sua apreciação,
independentemente da vontade dos destinatários (Albano Macie, 2015).
2. Actos Permissivos
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A autorização: acto pelo qual a administração publica permite a alguém
o exercício de um direito ou competência de um direito ou de uma
competência preexistente.
Na licença, o particular não tem nenhum direito preexistente, ele adquire-o a partir do
momento em que é titular da licença, daí a sua natureza constitutiva.
Actos Secundários
São os que incidem directamente sobre um acto primário anterior, regulando
reflexamente a situação subjacente ao acto primário sobre o qual versa.
a) A aprovação
b) O visto
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c) Acto confirmativo
d) Ratificação-confirmação
O valor negativo da validade é a invalidade, que consiste numa sanção imposta por lei
ao acto que tenha sido praticado com a ofensa à ordem jurídica, isto é, que não
obedeceu aos requisitos exigidos para a sua perfeição.
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O valor negativo da eficácia é a ineficácia, que consiste na privação da produção dos
efeitos do acto administrativo.
Segundo Albano Macie (2015) a matéria da validade é tratada nos artigos 118 a 123 da
Lei nº 14/2011 de 10 de Agosto. A validade do acto podem reportar-se ao elementos
essenciais e não essenciais e dizem respeito as exigências que a lei faz a cada um dos
elementos do acto administrativo para que este seja valido.
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Decidam reclamação ou recurso;
Decidam em contrário da pretensão ou oposição formulada pelo interessado;
Decidam em sentido inverso de parecer, informação ou proposta final.
b) Acto de fundamentação dispensável
Nos termos do n.º1 do art. 122 da LPA a fundamentação deve ser expressa, através de
resumida exposição dos fundamentos de facto e de direito da decisão, podendo
consistir em simples declaração de concordância com fundamentos de anteriores
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pareceres, informações ou propostas que constituem, neste caso, parte integrante do
respectivo acto. Assim deve concluir-se o seguinte sobre o regime da fundamentação:
O artigo 123 trata desta matéria e reúne-se no seguinte. Os actos administrativos que,
eventualmente, afectem direitos subjectivos e interesses legalmente protegidos dos
particulares que seguem orais devem constar das actas, com a devida fundamentação.
Todavia, a falta de requerimento não sana o vício do acto por falta de fundamentação.
A falta de fundamentação de um acto administrativo que seja imposto por lei, nos
termos do artigo 121 da LPA, conduz à nulidade do mesmo acto (alínea b) do n.º2 do
artigo 129 da LPA).
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Eficácia do acto administrativo
Inicio de eficácia
Para Albano Macie (2015) em regra geral, na ordem jurídica moçambicana o acto
administrativo começa a produzir os seus efeitos ou torna-se operacional a partir da data
da sua prática (n.º1 do art.124 da LPA). O acto considera-se praticado desde o momento
em que os seus elementos essenciais e acessórios intrínsecos se encontram preenchidos,
sem prejuízo de se questionar, eventualmente, e a posteriori a sua validade.
A excepção consiste no que existem actos que, por lei ou por vontade da Administração,
a produção dos seus efeitos se verifique de forma retroactiva ou deferida.
Diz-se eficácia retroactiva, quando o acto começa a produzir seus efeitos no momento
anterior ou precedente da sua prática, isto é, produz efeitos a partir do passado.
A segunda, é a eficácia deferida ou futura, (cfr. Art. 126 da LPA), quando os efeitos se
produzem ad futurem, nomeadamente, nos casos de actos sujeitos à aprovação de outros
órgãos (exemplo, actos das autarquias sujeitas à aprovação tutelar), actos sujeitos à
fiscalização prévia dos tribunais administrativos (exemplo, as nomeações de
funcionários), os actos sujeitos à condição ou termo suspensivo, ou quando os seus
efeitos, pela natureza do acto ou por qualquer disposição legal, dependerem da
verificação de qualquer requisito que não respeite à validade do próprio acto.
Requisitos de eficácia
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São os requisitos da eficácia as condições ou exigências que a lei faz a cada acto para
que possa ser operacionalizada ou produzir efeitos. A LPA indica as seguintes
condições de eficácia: a publicidade ou a notificação dos actos aos seus destinatários.
A publicidade através do Boletim da Republica só existe nos casos em que o legislador
não determinou forma especial, o que induz o conclusão geral de que a publicação no
BR, 2.ª Serie, é a regra geral.
Por recurso à Lei n.º 7/97, de 31 de Maio, Lei de Tutela administrativa das autarquias
locais, acrescentamos como condição de eficácia a aprovação do órgão tutelar das
decisões das autarquias locais.
Podemos ainda acrescer, por força da Lei n.º 26/2009, de 29 de Setembro, como
condição de eficácia de certos actos o visto dos tribunais administrativos, bem assim,
pode-se falar nos termos do EGFAE da posse do funcionário no cargo público para que
a nomeação seja eficaz.
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A eficácia do acto administrativo pode ser suspensa em parte ou no todo. A suspensão
de eficácia quer significar a paralisação dos efeitos do acto administrativo perante o seu
destinatário.
O texto da decisão;
Os fundamentos do acto;
O tipo legal do acto;
As normas aplicáveis;
Os princípios gerais do Direito Administrativo.
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a) Pelo autor do acto ou melhor pela administração: emanando actos
interpretativos ou aclarações confirmativas (quando confirma o conteúdo do acto
interpretado), aclarações revogatórias (quando extingue os efeitos do acto
interpretado) e aclarações modificativas (quando altera o conteúdo do acto
administrativo);
b) Pelos tribunais administrativos: é uma interpretação externa e ultima, isto é, os
tribunais dão a ultima palavra. A interpretação feita pelos tribunais
administrativos pode resultar de um recurso contencioso, momento em que o
tribunal assacara das devidas consequências, anulando ou declarando nulo o
acto, ou pelo contrário negando provimento ao recurso, momento em que
confirma o conteúdo do acto recorrido. É preciso chamar atenção de que a
interpretação do acto no caso do recurso contencioso não é o ser do recurso, é
um meio para o cumprimento da função do recurso.
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Ilegalidade formal: que engloba o vicio de forma;
Ilegalidade material: que inclui a violação da lei e o desvio de poder.
Ilegalidade orgânica
São formas de ilegalidade orgânica a usurpação de poder e a incompetência.
a) Usurpação de poder
b) Incompetência
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administrativo através dos seus poderes funcionais pratica um acto estranho as
atribuições do respectivo Ministério ou pessoa colectiva.
A incompetência absoluta conduz a nulidade do respectivo acto (alínea c do nº2
do art.12 da LPA).
Incompetência relativa: resulta da prática por um órgão administrativo de actos
administrativos estranhos as respectivas competências. Isto é, o órgão
administrativo invade competências pertencentes a outro órgão administrativo,
mas dentro da mesma pessoa colectiva pública.
O acto eivado de vício de incompetência relativa é anulável produzindo efeito
ab initio.
Ilegalidade formal
Haverá sempre que o acto for emanado, violando-se a forma de exteriorização imposta
pela lei.
Consiste na não observância pelo órgão administrativo das formalidades impostas pela
lei para a prática do acto ou anteriores a sua prática. Esta modalidade de vício pode
consistir em: preterição de formalidades essenciais anteriores a pratica do acto e na
preterição de formalidades essenciais impostas no momento da pratica do acto.
c) Falta de fundamentação
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Ilegalidade material
a) Violação da lei
b) Desvio do poder
Apurar qual o fim visado pela lei ao conferir a certo órgão administrativo um
determinado poder discricionário (fim legal);
Averiguar qual motivo principalmente determinante da prática do acto
administrativo em causa (fim real);
Determinar se este motivo principalmente condiz ou não com aquele fim
legalmente estabelecido: se houver coincidência o acto será legal portanto
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válido; se não houver coincidência o acto será ilegal por desvio do poder
portanto ilegal.
A ilicitude é um juiz de desvalor que incide sobre o acto administrativo praticado, com
ofensa de valores decorrentes do princípio da unidade de ordem jurídica. Portanto, a
ilicitude é um vício generalizado para toda ordem jurídica. A ilicitude é mais ampla que
legalidade, sendo por isso, que em regra, a ilicitude do acto administrativo coincide com
a ilegalidade.
Vícios de vontade
Mas diga-se para o registo que estes vícios não têm autonomia suficiente para invalidar
o acto administrativo em particular vinculado, salvo o caso de dolo ou coação física ou
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moral provocado por um particular, enganando definitivamente o órgão de
administração pública a tomar uma certa decisão ao seu favor.
a) Erro de facto
Haverá erro de facto quando o órgão administrativo acreditou em vão que se verificam
os factos de natureza a constituir a circunstância em vista da qual a competência foi
prevista. Neste sentido a administração publica toma em consideração uma situação de
facto sobre a qual esta mal informada.
b) Dolo
Para que seja causa de invalidade do acto administrativo há que apelar ao princípio da
unidade do sistema jurídico ou da ordem jurídica e com recurso aos princípios gerais
que n9os di8zem como devemos reagir, concluir que o particular utilizou um artifício ou
expediente malicioso para induzir a órgão da administração pública a uma falsa noção
da realidade de modo a decidir num sentido prejudicial do interesse público visado por
lei em benefício do particular ou de terceiros, ou pura simplesmente prejudicando
interesse público.
A coação pode ser físico (vis absoluta), quando o particular usa a forca brutal ou pressão
física que limita a vontade de órgão administrativa e serão coação moral (vis
compulsiva), quando a pressão ilegítima é exercida sobre órgão administrativa no
intuito de coagi-lo a pratica de um acto administrativo.
d) Incapacidade acidental
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A incapacidade acidental está regulada no artigo 257 do Código Civil, existe quando no
momento da prática do acto administrativo haja por parte de órgão administrativo
incapacidade de entender o sentido e o conteúdo do acto administrativo ou falte o livre
exercício da vontade desde que tal incapacidade natural seja notória ou conhecida.
O servidor que não cumpre com os seus deveres pode ser punido de seis maneiras:
Advertência;
Suspensão;
Demissão;
Cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
Destituição de cargo em comissão;
Destituição de função comissionada.
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Sanção administrativa a pessoas jurídicas
São punições a empresas privadas contratadas (geralmente por processo de licitação)
que deixam de cumprir as obrigações previstas em contrato público, como deixar de
fornecer energia eléctrica ou entregar uma obra com qualidade inferior.
Advertência;
Multa;
Suspensão temporária;
Declaração de inidoneidade.
Nesse caso, a empresa fica sujeita às punições previstas no contrato assinado com a
Administração Pública, que pode prever diferentes penalidades em cada caso. No
entanto, especialistas dizem que deve ser seguido o conceito da "proporcionalidade", ou
seja, a pena tem que estar de acordo com a gravidade do acto. Uma infracção sem dano
pode ser punida com uma simples advertência.
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Conclusão
E por fim sobre os vícios, ele afectam os elementos essências que podem invalidade os
actos administrativos, e como consequência a nulidade do acto. O acto administrativo
viciado pode ser anulado pela Administração Pública ou pelo Poder Judicial. A sanção
administrativa é o instrumento usado para penalizar infractores que praticam actos que
não estão de acordo com as normas previstas. Actos que fogem do principal objectivo
da administração publica (servir ao cidadão e proteger o interesse publico).
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Bibliografia
AMARAL, Diogo Freitas do. Curso de Direito Administrativo (Vol. I). 3ª ed.,
ALMEIDA, Lisboa, 2006
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