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Por exemplo, não é possível em Portugal continental fazer plantações de abacaxi, pois o
clima inviabiliza o seu cultivo. Poderia colocar-se a questão da sua produção em estufas, mas
será que esta corresponde à melhor aplicação a dar a esse solo? Será que conseguiríamos
cultivar abacaxis a preços idênticos aos praticados por outros países com clima tropical?
Os países, tal como as pessoas, apresentam características próprias, uma determinada localização
geográfica, um clima, um conjunto de recursos naturais e uma população. Estes aspectos, conjugados
entre si, propiciam níveis de produção mais elevados para certos uns e/ou para a prestação de certos
serviços. Assim como facilitam produção de certos bens, impedem ou dificultam a produção de certos
bens, o que conduz à produção em grandes quantidades de um em e à escassez de outros.
1 kg de batata 60 80
1 metro de tecido 70 90
Neste caso a decisão é tomada, não a partir das vantagens absolutas, mas
das vantagens relativas. Cada país deve especializar-se na produção para a
qual o preço relativo seja inferior ao outro país.
Digamos que Jordan pode aparar a relva do seu jardim em 2 horas. Nessas duas horas
poderá participar na gravação de um comercial de ténis para a televisão e ganhar 10 mil
dólares. Por outro lado, a sua vizinha Jennifer, poderá cortar a relva em 4 horas Nessas
mesmas 4 horas ela poderia trabalhar no McDonald's e ganhar 20 dólares. Jordan tem uma
Os ganhos de comércio neste caso são espectaculares. Em lugar de aparar a relva do seu
jardim, Jordan deve actuar no comercial e contratar Jennifer para cortar a relva. Enquanto ele
lhe pagar mais de 20 dólares e menos do que 10 mil dólares, ambos terão vantagem.
As importações englobam
• Entrada de bens
• A prestação de serviços ao país por partes de agentes económicos
residentes noutro país
• Por compensação dos dois anteriores, leva a saída de moeda para o
exterior
3 É muito raro uma Balança apresentar um saldo nulo, em geral apresentam um saldo
deficitário ou superavitário
Direitos de utilização
Viagens e turismo
• Transferências privadas
• Indemnizações de seguros
• Remessas de emigrantes/imigrantes
O comércio externo envolve a intervenção dos agentes económicos em dois mercados: o mercado de
bens e de serviços (efectuam compras e as vendas de bens ou de serviços) e o mercado de câmbio
(trocam a unidade monetária interna pela unidade monetária que necessitam para concretizar a
operação anterior).
Taxas de Câmbio:
• Taxas de Câmbio Flexível - Obtida pelo mercado, sem intervenção do
Estado no mercado cambial, ou seja, a taxa de câmbio é estabelecida
através da procura e oferta de moeda estrangeira.
No regime de câmbios flexíveis, a taxa de câmbio é flexível valor não é
definido oficialmente, mas determinado de acordo com a lei da oferta e a
procura da moeda no mercado de câmbios
No regime de câmbios flexíveis, os desequilíbrios nas transacções no
país com o Resto do Mundo são momentâneos, pois a taxa de os sofre as
alterações necessárias ao ajustamento e à reposição do equilíbrio
No regime de câmbios os flexíveis as alterações na taxa de câmbio
garantem o equilíbrio sistemático das contas externas
Exemplo do equilíbrio da balança comercial num regime de câmbios flexíveis
Suponhamos que a taxa de câmbio da moeda de um país, face real do Brasil, era de 3,2
u. m. por real, em 2002, e que existia equilibro das contas externas. Em 2003, as
exportações desse país, num determinado momento, foram superiores às importações, a
taxa de cambio dessa moeda nacional apreciou-se e assistimos à valorização dessa
moeda face ao real, que passou para 3,4 u. m. por real. Esta situação provocará o
aumento das importações, pois o país dará comprar mais mercadorias ao estrangeiro
com a mesma quantidade em moeda; as mercadorias estrangeiras tornaram-se mais
baratas. As exportações reduziram-se, uma vez que a mercadoria nacional colocada no
mercado externo passou a ter um preço superior em reais, em virtude da alteração dos
preços da moeda nacional. As contas externas deixaram de se apresentar equilibradas. O
país A importou mais mercadorias do que exportou, o que obriga a moeda do país A a
desvalorizar-se face ao real, isto é, a taxa de câmbio passa para 3,05 u. m. por real.
Após a desvalorização, verificamos que o importador checo não tem necessidade do mesmo
montante em coroas checas para obter um milhão de escudos. A taxa de câmbio passou a
ser de 5,8 coroas por escudo. O importador checo necessita apenas de 5,8 milhões de coroas
para comprar a mesma quantidade de cortiça a Portugal. A desvalorização contribuiu para a
redução do preço da cortiça em coroas checas, o que contribuirá para o aumento das
exportações. Processo inverso acontece com as importações realizadas pelas empresas
residentes em Portugal quando há desvalorização da moeda. O facto do escudo convertido
em coroas checas representar um menor valor vai originar o aumento dos preços dos bens
importados avaliados em moeda nacional e vai contribuir para a redução das quantidades
importadas desses bens.
A competitividade das diferentes economias está associada a vários
factores, entre eles a taxa de câmbio nominal e os preços internos e
externos.
Balança de Mercadorias
A Balança de Mercadorias ou Balança Comercial, como é por vezes
designada, regista os fluxos monetários relativos às transacções de
mercadorias entre um determinado país e o Resto do Mundo, isto é, as
transacções de bens de consumo final, de bens em curso de fabrico e de
matérias-primas e subsidiárias.
O saldo da Balança de Mercadorias resulta da diferença entre as
exportações (créditos) e as importações (débitos).
Análise da Balança de Mercadorias Portuguesa4
• A Irlanda, a Holanda e a Alemanha são três dos países da UE que
apresentam saldos positivos na Balança de Mercadorias
(superavit).O valor das exportações excedeu o valor das importações
de mercadorias possibilitando ao país a entrada de divisas
• Portugal, conjuntamente com a maioria dos países da UE, apresenta um
saldo negativo na balança de mercadorias (défice). O valor das
exportações foi inferior ao valor das importações, o que representa uma
situação desfavorável para o nosso país, uma vez que saíram mais
divisas do as que entraram no país
• A Balança de Mercadorias em Portugal tem registado nos últimos anos
saldos negativos e de valor absoluto crescente. O agravamento do défice
da Balança Comercial entre 1999 e 2000 resultou do aumento dos
preços da energia, com especial incidência do petróleo, da deterioração
dos termos de troca nos mercados externos e do menor crescimento das
exportações.
• A ligeira redução do défice da Balança de Mercadorias, entre 2002 e
2003, resulta da melhoria registada nos termos de troca, do aumento
4 ver: F3 e Q6, página 86, T10 da página 88, gráfico da página 80 ver F4 e Q7 da página 87, F5 da
página 89 e gráfico da página 91
O valor deste serviço regista, por vezes, flutuações acentuadas devido aos
períodos de recessão ou de crescimento económico. Em períodos de forte
expansão económica, a tendência é para aumento das receitas do turismo.
Para além do desempenho e económico dos diferentes países, também a
existência de paz e de segurança a nível mundial favorece o turismo,
possibilitando o aumento das receitas do mesmo.
Balança de Rendimentos
A Balança de Rendimentos regista os fluxos de rendimentos do trabalho
e do investimento.
Balança de Transferências Correntes
A Balança de Transferências Correntes regista fluxos sem retorno, isto é,
sem qualquer contrapartida de mercadorias, de serviços ou mesmo de
aplicações financeiras e de investimentos.
A Balança de Transferências Correntes regista:
• As remessas de emigrantes e de imigrantes;
• As pensões e as reformas dos migrantes que regressam definitivamente
ao seu país;
• Algumas das transferências correntes com a União Europeia;
• Os fluxos financeiros associados à cooperação com outros Estados,
• As dádivas (doações) e as indemnizações.
Balança Corrente
A Balança Corrente portuguesa registou nos últimos anos saldos negativos,
o que significa que o total dos créditos foi inferior ao total dos débitos. O
país, para financiar esses défices, teve de utilizar as divisas ou contrair
empréstimos externos para efectuar o pagamento do excesso de
importações relativamente às exportações.
T13 Balança Corrente página 94
O saldo da Balança Corrente é o mais significativo da Balança de
Pagamentos e traduz, mais do que qualquer outro, a situação de uma economia
perante o Resto do Mundo. Este saldo é fundamental porque nos dá a forma
como a actividade anual da economia se desenvolve face ao Resto do
Mundo. Um saldo positivo significa que a actividade corrente é suficiente
para gerar receitas que cobrem os encargos face ao exterior dessa
actividade.
10.2.2 A Balança de Capital
Proteccionismo e livre-cambismo
O comércio livre / livre-cambismo, beneficia as
sociedades como um todo, mas existem em cada
sociedade grupos que ganham com a realização
do comércio externo, enquanto outros perdem
com a realização do mesmo. Os governos, ao
criarem entraves à entrada de bens e de serviços
provenientes do Resto do Mundo, respondem aos
desejos dos grupos da sociedade, que perdem
com o comércio externo.
Consideremos a seguinte situação, representada pelas curvas da procura e da oferta
agregadas de telemóveis em Portugal, e situemos o preço no mercado externo ao preço
mundial de 80€.
Com a abertura da economia portuguesa ao comércio, passamos de uma situação de
equilíbrio E (preço de 120€ e quantidade de 80 unidades) para uma situação de excesso de
procura interna (qD qS), a qual vai ser satisfeita pela importação (oferta mundial) de
telemóveis (70 telemóveis).
Barreiras alfandegarias
Os governos, para responderem aos interesses de algumas empresas nacionais e de grupos
sociais, aplicam impostos sobre a importação de mercadorias ou estabelecem a
contingentação das importações. Também através da sua acção os governos limitam o
comércio externo.
E claro que este impressionante crescimento das trocas não foi homogéneo. Os países
desenvolvidos, em especial o Japão, beneficiaram de ritmos de expansão muito mais
favoráveis do que o Terceiro Mundo. O mundo industrializado realiza mais de 70% do
comércio mundial contra cerca de um quarto dos países em desenvolvimento, enquanto os
países da antiga Europa de Leste viram a sua participação passar de 10% para 3% em 1992.
Portugal durante anos definiu, a exemplo da União Europeia, limites à entrada de automóveis
japoneses Os países tradicionais entre produtores e exportadores de têxteis devido à forte
concorrência dos Novos Países Industrializados forçaram as barreiras não tarifárias. T18,
página 104
A OMC coopera com outros organismos das Nações Unidas, como Banco
Mundial e o Fundo Monetário internacional, na construção de uma política
económica global.