Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
2. Não obstante a parte autora ter sido considerada inapta, após aprovação
em concurso público, na fase admissional de exames de saúde levada a
cabo pelo Município de Belo Horizonte/MG, forçoso reconhecer que a perícia
judicial, ao atestar sua plena habilitação para o exercício das funções de
professor, tem o condão de ensejar a antecipação dos efeitos da tutela
recursal, de modo a compelir a Administração a franquear sua imediata
nomeação para o cargo.
1
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
ACÓRDÃO
RELATOR.
VOTO
2
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
I - DO OBJETO DO RECURSO
A Lei Municipal nº 7.169/96, em seu art. 7º, III, prevê que o ingresso no
quadro de pessoal da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte será feito de
acordo com as normas constitucionais, e estabelece, dentre as condições
para o ingresso, a exigência de boa saúde física e mental (art. 7º, III).
3
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
84/85, verifica-se que a autora foi eliminada do certame, regido pelo Edital nº
01/2009 (f. 28/45), em razão de ter sido diagnosticada com histórico de
oscilações de humor, quadro de depressão recorrente e traços de
personalidade histriônica, que, por terem levado a servidora a se afastar por
alguns períodos do cargo de auxiliar de biblioteca, sugeririam vulnerabilidade
incompatível com a regência de classe, ambiente estressante.
(...)
VIII - CONCLUSÃO
IX - QUESITOS DA AUTORA
(...)
4
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
Resposta: Sim
Resposta: Não.
(...)
X - QUESITOS DO RÉU
5
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
Resposta: Sim
(...)
(...)
Em que pese, à primeira vista, possa se pensar que a tese seja capaz de
erigir óbice à pretensão deduzida, há de se dimensionar que o pano de fundo
do julgamento em questão consistia em averiguar a possibilidade ou não de
submissão a novo teste psicológico/psicotécnico, quando previsto como
etapa eliminatória do
6
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
7
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
8
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
Cumpre registrar, ainda, que esta 1ª Câmara Cível, sob minha relatoria,
já teve a oportunidade de reconhecer a ilegalidade do ato administrativo que,
ao longo do certame para Provimento de Vagas ao Curso Técnico em
Segurança Pública da Polícia Militar de Minas Gerais, importou na eliminação
do candidato por ter sido diagnosticado como portador de hipertensão arterial
ao longo do certame, com base em perícia judicial que apontou sua plena
aptidão física1.
9
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
II - CONCLUSÃO
Sem custas.
É como voto.
Senhor Presidente,
Peço vênia ao ilustre Relator para dele divergir, pelos fundamentos que
passo a expor.
10
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
11
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
fixou a tese de que "O Poder Judiciário não pode anular o ato administrativo
de reprovação do candidato em exame psicológico legalmente realizado,
como base em laudo pericial novo, produzido judicialmente; mas pode ser
realizada perícia, judicialmente, que fique restrita à reavaliação psicológica
do candidato no momento da realização do exame oficial, limitada ao exame
das fichas técnicas para detectar vícios interpretativos ou legais":
12
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
13
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
É como voto.
Peço vênia ao em. Primeiro Vogal para acompanhar o em. Relator que, a
meu aviso, bem promoveu o "distinguish" entre o paradigma do IRDR e o
caso presente, no qual a parte autora já não mais disputava com nenhum
outro candidato vaga, por exemplo, em curso de formação, senão que tinha
que ter sua higidez física e mental devidamente apurada
administrativamente, o que não se revelou, conforme prova pericial produzida
sob o crivo do contraditório.
SESSÃO DE 11/02/2020
VOTO
QUESTÃO DE ORDEM
14
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
É como voto.
15
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
---------------
16
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
------------------------------------------------------------
---------------
------------------------------------------------------------
17