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A ruptura do Estado de Direito e a derrota da democracia no Brasil

A primeira tarefa do alto escalão militar foi escolher o presidente do País.


O instrumento legal para isso foi o Ato Institucional n o 1 (AI-1), que estabelecia
eleições indiretas para o Executivo, atribuindo ao Congresso a função de Colégio
Eleitoral para escolher o novo presidente, e previa a suspensão e a cassação de
alguns mandatos de políticos no âmbito federal, estadual e municipal, por até dez
anos. Os parlamentares que não tiveram os seus direitos suspensos ou cassados
referendaram a escolha do nome do marechal Humberto de Alencar Castello Branco para
presidente do Brasil.
Os atos institucionais
Os atos institucionais representaram o instrumento jurídico de que as Forças
Armadas precisavam para reformar a estrutura do Estado e o sistema político
brasileiro. O novo regime pretendia mudar as instituições do País, centralizando
cada vez mais o poder nas mãos do Executivo e limitando a força do Congresso, de
modo a impedir que as reformas defendidas pelos setores da esquerda, por melhores
condições de trabalho e melhor distribuição da riqueza no País, fossem realizadas.
Logo após a promulgação do AI-2, as eleições indiretas foram instituídas e
passaram a ser realizadas por voto nominal e com aprovação de maioria absoluta do
Congresso Nacional. A medida mais significativa representou um golpe para a
pluralidade partidária dissolução dos partidos políticos existentes no Brasil e a
implantação do bipartidarismo. Dois novos partidos políticos foram criados em 1965
e extintos em 1979: a Aliança Renovadora Nacional (Arena), que passou a apoiar o
governo, e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que aos poucos se
caracterizaria como o partido de oposição.
Com o AI-3, aprovado em 1966, a eleição dos governadores e dos prefeitos de
capitais passou a ser indireta, por meio das Assembleias Legislativas de cada
Estado. Castello Branco convocou novamente o Congresso em 1967, para aprovar uma
nova Constituição que incorporava toda a legislação dos atos aprovados antes dessa
data.
13 de dezembro de 1968, promulgação do Ato Institucional n o 5 (AI-5)
Em 1967, com a posse do marechal “linha-dura” Arthur da Costa e Silva, que
sucedeu Castello Branco, houve maior endurecimento do regime militar. Ao mesmo
tempo, no ano seguinte, cresceram também as manifestações que exigiam a abertura
política. Destacaram-se nesse período a Marcha dos Cem Mil, que reuniu artistas,
intelectuais, estudantes, jornalistas e trabalhadores, todos empunhando faixas
contra a ditadura, além das duas grandes greves, em Contagem (MG) e Osasco (SP).
Outro incidente foi a tentativa da realização do Congresso da União Nacional
dos Estudantes (UNE). A entidade estava na clandestinidade desde 1964 e, em outubro
de 1968, resolveu reunir-se em Ibiúna (SP). O Congresso, no entanto, foi cercado
pelos militares e centenas de estudantes foram presos, incluindo as principais
lideranças do movimento estudantil, com o objetivo de desarticulá-lo.
Em 13 de dezembro de 1968, o governo fechou o Congresso Nacional e outras
casas legislativas e promulgou o AI-5. Foram nomeados interventores – governadores
e prefeitos – escolhidos diretamente pelo governo militar. O AI-5 suspendeu o
habeas corpus – que é o direito de ir e vir sem ser preso –, decretou estado de
sítio e instituiu a censura prévia a jornais e programas de rádio e televisão.
Nesse período, professores universitários e funcionários públicos foram demitidos e
aposentados compulsoriamente.
A partir da promulgação desse ato, um forte aparelho repressivo foi montado
nos Estados para identificar e prender aqueles que ainda realizavam atividades
consideradas subversivas no País (isto é, todas aquelas que contestavam o governo
ou o sistema econômico e político existente). Lideranças de vários setores que
questionavam a ditadura acabaram no exílio ou na luta armada. Muitos foram presos e
morreram nos porões da ditadura, após sofrerem torturas.

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