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Professora: Alexandre
@alespiborghs
INTRODUÇÃO
Receita derivada – É aquela que advém do Poder coercitivo. O ente político está
se valendo do seu direito de império. Ele autoriza o Estado a exigir do cidadão uma
prestação pecuniária.
O direito tributário não estuda despesa, nem gestão, o direito tributário estuda a receita
derivada.
I. TRIBUTO
Art. 146, III da CF – Para fixar a definição do Tributo tem que ser por intermédio de
Lei Completar – O CTN (é recepcionado como Lei Complementar) – Surgiu no dia
25 de out. de 1966 como Lei Ordinária – mas atualmente tem força de lei
complementar, posto que foi recepcionado pela CF como tal – Portanto o CTN é
formalmente Lei ordinária, porém materialmente ele é Lei Complementar.
Cinco características:
a) Uma prestação pecuniária (em moeda) : O tributo é sempre uma obrigação de dar
(uma quantia em dinheiro ao Estado), nunca será obrigação de fazer ou de não
fazer. Ex: Não pode aceitar bem in natura como forma de pagamento, como é o
caso de entregar um carro. Exceção – Lei Complementar 104/01 acrescentou o
inciso XI no art. 156 do CTN – instituiu como forma de extinção do crédito tributário
por intermédio de dação em pagamento de bens imóveis.
e) Não constitui sanção por ato ilícito: O tributo não pode ser usado como uma
punição. Tributo é diferente de multa – o tributo sempre surge da prática de um
ato lícito (fato gerador), ao passo que a multa surge da prática de um ato ilícito
(infração). Ex: prestação de serviços (sujeito a pagar ISS); Aufere rende – (está
sujeito a pagar imposto de renda).
Princípio do pecunia non olit – Dinheiro não cheira – Não importa a origem do
dinheiro. Ex: Imagine que eu participei do jogo do bicho, mesmo sendo um ato ilegal
serei obrigado a pagar importo de renda, desde que o fato gerador do mesmo decorre
de auferir renda, e se eu auferi renda deverei pagar o imposto de renda.
Para determinar a natureza jurídica do tributo tem-se que observar o fato gerador. O
fato gerador pode ser:
Não vinculado – Aquele que não depende de nenhum tipo de atividade estatal.
São os impostos.
1 – IMPOSTOS
2 – TAXAS
Art. 77 do CTN
Lei Ordinária
Se o serviço for indivisível a taxa será inconstitucional. Ex: iluminação pública, não
pode haver taxa de iluminação pública.
Com relação as taxas o art. 145 § 2º da CF – As taxas não terão base de cálculo
própria de impostos. O STF reconheceu a constitucionalidade da taxa de lixo posto
que a mesma é calculada de acordo com a área já que tem fato gerador diverso do
IPTU. Súmula vinculante 19 e 29.
3 – CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
Art. 81 do CTN
Vinculados – porque depende de uma obra pública, que gere uma valorização
imobiliária decorrente desta obra.
Lei ordinária
Competência comum
São cobradas quando uma obra pública valoriza imóvel do contribuinte. Ex: Estação
do Metrô.
4 – EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
Art. 148 da CF (o que está previsto nesse artigo não representa fato gerador do
empréstimo compulsório. São apenas hipóteses que autorizam a União a instituir o
Tributo)
Empréstimo compulsório é de competência Federal (União)
A CF não define o Fato gerador dos Empréstimos compulsórios, ela apenas indica as
hipóteses em que o Tributo poderá ser instituído.
Fatos geradores do empréstimo compulsório? O empréstimo compulsório pode ter
um fato gerador qualquer. Mesmo que o fato gerador seja igual ao de imposto, ou de
taxa, ou de contribuição.
No caso do inciso I – não precisa observar o princípio da anterioridade. Não vai esperar
nem o exercício, nem os 90 dias, a cobrança será imediata.
5 – CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
Art. 149 da CF
Contribuições sociais
CIDE - Contribuição de intervenção no domínio econômico
Contribuições Coorporativas
COSIPE/ CIP – Contribuição de Iluminação Pública
a) COSIPE
O parágrafo único desse artigo ressalta que esse tributo poderá ser cobrado através
da tarifa do consumo de energia elétrica (conta de luz).
Não devemos confundir o tributo usado para custear a iluminação pública – não pode
ser custeada por taxa por ser indivisível – por isso eles criaram a COSIPE que é uma
contribuição. Súmula 670 do STF
b) CONTRIBUIÇÕES CORPORATIVAS
c) CIDE
É um tributo temporário
Todo dinheiro arrecadado com a CIDE deve retornar ao mesmo domínio econômico de
onde saiu.
CIDE combustível – recai sobre o domínio econômico que, envolve petróleo e seus
derivados, gás natural e derivados, bem como, sobre o álcool combustível.
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
Tem por objetivo angariar recursos para custear a ordem social. Ex: saúde,
assistência social; previdência social; desporto; educação.
Dois tipos:
Genéricas – São todas aquelas que não são específicas. Quando o dinheiro não é
encaminhado a nenhum seguimento da seguridade social. Ex: contribuição que se
destina a custear a educação (salário educação § 5º do art. 212 da CF)
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
Princípios
Imunidades
1. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Art. 150, I da CF
Art. 97 do CTN
Criação
Aumento Sempre depende de
Redução De tributo
Lei – em regra Lei
Extinção
ordinária
Exceções: Somente quatro tributos são criados por lei complementar:
a) Empréstimos Compulsórios
b) IGF – Imposto sobre grandes fortunas
Temas de LC não admitem MP
c) Impostos residuais
d) Novas fontes de custeio da seguridade
Seis tributos podem ter alíquotas (percentual do tributo) modificadas por ato do
Executivo (decreto, portaria ou medida provisória). A alteração por base de cálculo
só pode ser feita por Lei. Os Tributos que podem ter alíquota modificada por ato do
executivo são:
a) IOF
b) IPI
c) II
d) IE
e) CIDE combustível
f) ICMS combustível
Atenção: A definição da data para pagamento do Tributo não depende de Lei (O STF
considera taxativo o rol do art. 97 do CTN).
2. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
Regras:
O STF diz que as duas práticas são aplicadas. Mas se você pensar bem, uma regra vai
se sobressair a outra. Ex: imagine que um tributo vai ser instituído hoje, dia 4 de julho
de 2011 já tem se passado os 90 dias, mas o tributo só poderá ser cobrado em 01 de
janeiro de 2012 (início do exercício seguinte). Portanto, nesse caso se sobressaiu a
parte do princípio atrelada ao início do exercício seguinte. Ex: Se o tributo for majorado
em 4 de dezembro de 2011, em 1 de janeiro de 2012 já teria iniciado o exercício
seguinte, mas ainda não teriam passado os 90 dias, portanto, nesse caso o tributo só
poderá ser cobrado a partir do dia 4 de março de 2012, prevalecendo a regra dos 90
dias.
Qual regra prevalece? Prevalece a regra que oferecer ao contribuinte um prazo mais
longo, para que então o tributo seja cobrado.
Observação: As Contribuições sociais para se encaixarem nesse roll, tem que ser aquelas
que servem para custeio da seguridade social (contribuições sociais específicas).
Observação: Para IPVA e IPTU, apenas quando houver modificação na sua base de
cálculo.
Art. 150 IV da CF
O Tributo não pode ser usado para retirar todos os bens do contribuinte, ou inviabilizar
atividade econômica. É uma restrição a alíquotas tributárias muito elevadas.
Proíbe também que o fisco apreenda mercadorias como forma coercitiva para
forçar o pagamento do tributo.
Multa para o STF pode ter efeito confiscatório? Segundo o STF não podem ter efeito
confiscatório.
Art. 150, II da CF
O fisco não pode dar tratamento desigual a contribuintes em situação equivalente.
Existem duas regras:
a) “non olet” (sem cheiro) – Para o Direito Tributário não importa a origem do
dinheiro do contribuinte, nem se a atividade tributada é lícita. Ex: Traficante de
drogas também deve imposto de renda. Ex: Casa de prostituição também paga
IPTU.
A Lei tributária não se aplica a fatos geradores anteriores a data de sua publicação.
Exceções: A lei tributária retroage quando for interpretativa ou mais benéfica em
matéria de infração.
7. PRINCÍPIO DA CELETIVIDADE
FALAMOS SOBRE
Poder de Tributar
Princípios
Imunidades
Repartição de Receitas
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
Lei
Tratados e Convenções Internacionais
Decretos
Normas complementares – servem justamente para complementar o que está
prevista na Lei, nos Tratados e convenções internacionais e nos decretos – Serve
para preencher lacunas. Ex: Art. 100 do CTN – São exemplos de normas
complementares:
O tributo tem que ser instituído em regra por Lei ordinária, apenas alguns poucos são
instituídos por Lei complementar (Empréstimo Compulsório, IGF, Impostos e
contribuições residuais)
Art. 146 da CF
Cabe a Lei complementar:
Fato Gerador
Base de Cálculo
Contribuintes
Obrigação Tributária
Lançamento
Decadência e prescrição – são consideradas como normas gerais de direito
tributário, logo, é matéria de lei complementar (Súmula Vinculante nº 8)
A Legislação tributária só pode ser aplicada aos fatos geradores praticados após a sua
entrada em vigor.
OBRIGAÇAO TRIBUTÁRIA
Art. 113, §3º do CTN – Uma vez descumprida a obrigação acessória, esta será
convertida em obrigação principal, em relação a penalidade pecuniária - Isso
significa que quando você fala em pagar – tributo ou multa – sempre será uma
obrigação principal.
Para que serve uma OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA? Obrigação tributária nada mais é
que, um vínculo jurídico fixado por Lei envolvendo um credor e um devedor.
SUJEITO ATIVO
Art. 119 a 120 do CTN
SUJEITO PASSIVO
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Pode ser:
a) Solidária – art. 124 e 125 do CTN – ela poder ser solidária:
Em virtude de lei
Em razão de interesse comum – diz respeito a mais de um proprietário de um
mesmo patrimônio.
II. Vendo um bar para um adquirente – Devo ICMS – mas continuo a explorar uma
atividade empresarial – Nessa situação o fisco cobrará o ICNS primeiro do antigo
dono – e se eu (antigo dono) não pagar – esgotando todo o meu patrimônio – o
fisco cobrará depois do adquirente.
c) Por substituição
1. 100% do imposto de renda (IR – imposto federal) retido na fonte (pagadora) sobre
a remuneração de servidores Estaduais e Distritais
Atenção: Se o servidor tiver outra fonte de renda, o valor do IR sobre ela fica com
a União.
3. 25% do ICMS
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
LINHA DO TEMPO
Crédito
Tributário
Cobrança Judicial do
Tributo
Crédito
Tributário
Cobra judicialmente o que não foi pago
administrativamente
Cobrança Administrativa
do Tributo Dívida Ativa Inscrição
Se a cobrança for frustrada
(não houve o pagamento)
CDA – Título de certidão de dívida ativa
Execução Fiscal
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO
Quando ocorre o fato gerador e nasce uma obrigação, ela nasce sem um valor
definido. É necessário que o fisco pratique um ato administrativo que defina o valor
devido, esse ato administrativo é o lançamento tributário.
Prazos de lançamento
FG – Fato gerador
L – Lançamento
EF – Execução Fiscal
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
DÍVIDA ATIVA
A CDA é ao mesmo tempo título executivo e petição inicial da execução. Cumpre uma
dupla função.
EXECUÇÃO FISCAL
Lei 6.830/80
O contribuinte tem prazos de 5 dias para garantir o juízo e 30 dias para embargar a
execução.