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DIREITO TRIBUTÁRIO – AULA 01 – 19/08/2011

Professora: Alexandre
@alespiborghs

INTRODUÇÃO

 Art. 3º da CF – Descreve os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil.


Devem ser buscados (os objetivos fundamentais) pelos entes: União, Estados, DF e
Municípios. Para que esses objetivos sejam alcançados é necessário os entes
investirem em políticas públicas, e para isso eles precisam de dinheiro (Receita).

 Três seguimentos do direito financeiro:


 Receita – Entrada de dinheiro nos cofres públicos
 Despesa – representa um objetivo. Você usa o dinheiro com um foco de atingir um
objetivo.
 Gestão – Controla a receita e a despesa

 São dois tipos de receita:

 Receita originária – Decorrente da exploração de bens públicos. Se dará


mediante a cobrança de preços público, como é o caso da tarifa (é o aluguel – o
preço pela exploração de um bem público). Receita originária não é algo do direito
tributário.

 Receita derivada – É aquela que advém do Poder coercitivo. O ente político está
se valendo do seu direito de império. Ele autoriza o Estado a exigir do cidadão uma
prestação pecuniária.

 O direito tributário não estuda despesa, nem gestão, o direito tributário estuda a receita
derivada.

I. TRIBUTO

1. Conceito – Art. 3º do CTN – Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em


moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

 Art. 146, III da CF – Para fixar a definição do Tributo tem que ser por intermédio de
Lei Completar – O CTN (é recepcionado como Lei Complementar) – Surgiu no dia
25 de out. de 1966 como Lei Ordinária – mas atualmente tem força de lei
complementar, posto que foi recepcionado pela CF como tal – Portanto o CTN é
formalmente Lei ordinária, porém materialmente ele é Lei Complementar.

 Atualmente qualquer modificação no CTN só será feita mediante Lei


complementar.

 Cinco características:

a) Uma prestação pecuniária (em moeda) : O tributo é sempre uma obrigação de dar
(uma quantia em dinheiro ao Estado), nunca será obrigação de fazer ou de não
fazer. Ex: Não pode aceitar bem in natura como forma de pagamento, como é o
caso de entregar um carro. Exceção – Lei Complementar 104/01 acrescentou o
inciso XI no art. 156 do CTN – instituiu como forma de extinção do crédito tributário
por intermédio de dação em pagamento de bens imóveis.

b) Tributo é uma obrigação compulsória: O pagamento é obrigatório, e não facultativo.


Todo Tributo é uma prestação compulsória, mas nem toda prestação compulsória
representa um tributo. Ex: O alistamento do homem de 18 anos se alistar – é uma
prestação compulsória mas não é tributo; O convite para ser mesário nas eleições
– é obrigatório, mas não é tributo.

c) Prestação pecuniária obrigatória instituída em Lei – Uma obrigação legal : O tributo


sempre surge da lei. Nunca surge do contrato. (as convenções particulares não
podem ser opostas a Fazenda Pública). Ex: contrato de locação, que “transfere” o
dever de pagar tributos para o inquilino não vale perante o fisco. O contrato não
possui efeitos tributários, mas possui efeito civil.

d) Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada – (O lançamento


– cobrança – é um ato administrativo vinculado): O pagamento é compulsório e a
cobrança também é compulsória. O lançamento não está sujeito aos critérios de
conveniência e oportunidade, ele ocorre na forma da Lei, ou seja, como e quando a
Lei autorizar.

e) Não constitui sanção por ato ilícito: O tributo não pode ser usado como uma
punição. Tributo é diferente de multa – o tributo sempre surge da prática de um
ato lícito (fato gerador), ao passo que a multa surge da prática de um ato ilícito
(infração). Ex: prestação de serviços (sujeito a pagar ISS); Aufere rende – (está
sujeito a pagar imposto de renda).

 Princípio do pecunia non olit – Dinheiro não cheira – Não importa a origem do
dinheiro. Ex: Imagine que eu participei do jogo do bicho, mesmo sendo um ato ilegal
serei obrigado a pagar importo de renda, desde que o fato gerador do mesmo decorre
de auferir renda, e se eu auferi renda deverei pagar o imposto de renda.

II. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

 TIPOS DE TRIBUTO, são cinco:

1- Impostos É o fato gerador que define o tributo, sendo


2- Taxas irrelevantes a denominação e a destinação do
3- Contribuições de melhoria dinheiro.
4- Empréstimos compulsórios
5- Contribuições especiais

 O CTN fala em três espécies (apenas Impostos, Taxas e Contribuição de Melhoria)

 Já a CF considera que são cinco as espécies tributárias: Impostos, taxas,


Contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais.

III. NATUREZA JURÍDICA DO TRIBUTO

 Para determinar a natureza jurídica do tributo tem-se que observar o fato gerador. O
fato gerador pode ser:

 Vinculado – Aquele que depende de uma atividade estatal. São as Taxas


(dependem de um serviço público) e Contribuições de Melhoria (depende de uma
obra pública).

 Não vinculado – Aquele que não depende de nenhum tipo de atividade estatal.
São os impostos.

1 – IMPOSTOS

 São tributos não vinculados (o fato gerador independe de uma contraprestação


estatal). “A lei não pode vincular a receita de impostos a Órgão, Fundo ou despesa.”
Exceto: para gastos com saúde e ensino e da própria administração tributária.
 Art. 167, IV da CF – Para onde vai o dinheiro advindo da arrecadação dos impostos – A
CF fala que a arrecadação dos impostos não podem ter destinação específicas – A
arrecadação serve para abastecer os cofres públicos - “A lei não pode vincular a
receita de impostos a Órgão, Fundo ou despesa específica.” – Princípio da não
afetação. Exceto: para gastos com saúde e ensino e da própria administração
tributária.

CUIDADO: essa desvinculação também existe quanto a destinação da receita (principio da


não afetação, art. 167, IV da CF).

 A Lei Ordinária cria Tributo (imposto, taxa e a contribuição).

2 – TAXAS

 Art. 77 do CTN

 São tributos vinculados (porque o fato gerador depende de contraprestação estatal).

 A arrecadação pode ter destinação específica.

 Lei Ordinária

 Competência para as taxas é comum entre a União, Estados, Distrito Federal e


Municípios (quem presta o serviço é que cobra a taxa)

 As taxas são de 2 tipos:

a) Taxas de polícia – Tem por objetivo custear o exercício regular do poder de


polícia. Depende do exercício da atividade fiscalizatória. Paga a taxa de polícia
pela potencial atividade fiscalizatória, independente da visita do fiscal, posto que
tem a atividade fiscalizatória, mesmo que ela não funcione, você está sujeito a
pagar a taxa correspondente. Ex: taxa de fiscalização ambiental (TFA); TIS – A
taxa de Inspeção Sanitária.

b) Taxas de serviço – Tem por objetivo custear a utilização efetiva, ou potencial de


um serviço público ESPECÍFICO e DIVISÍVEL prestado ao contribuinte, ou
colocado a sua disposição. Ex: taxa de lixo e taxa judiciária.

 Se o serviço for indivisível a taxa será inconstitucional. Ex: iluminação pública, não
pode haver taxa de iluminação pública.

 O CTN fala no art. 79 a respeito do serviço público específico e divisível

 Específico – Diz respeito a identidade do contribuinte – Quando o ente político


tem condições de identificar o contribuinte.

 Divisível – Diz respeito a quantidade do serviço – Quando o ente política tem


condições de mensurar a quantidade do serviço.

 Com relação as taxas o art. 145 § 2º da CF – As taxas não terão base de cálculo
própria de impostos. O STF reconheceu a constitucionalidade da taxa de lixo posto
que a mesma é calculada de acordo com a área já que tem fato gerador diverso do
IPTU. Súmula vinculante 19 e 29.

Taxa de Lixo Taxa de Limpeza Pública


Custeia – Coleta de lixo residencial Custei – A limpeza de logradouros
públicos
Divisível Indivisível – Não pode ser custeado por
taxa – porque é um serviço que tem
que ser prestado a toda população
indistintamente.
Constitucional Inconstitucional

3 – CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA

 Art. 81 do CTN

 Vinculados – porque depende de uma obra pública, que gere uma valorização
imobiliária decorrente desta obra.

 Tributo indiretamente vinculado

 Os impostos custeiam as obras públicas – nós pagamos os impostos – a obra pública


vem em proveito da população – apesar de nós custearmos, mas alguns poucos se
beneficiam de tal obra, mas eles não pagaram mais que as outras pessoas pela obra,
para sanar essa injustiça que existe a contribuição de melhoria – Portanto a
contribuição de melhoria tem o objetivo de evitar o enriquecimento sem causa.

 Quem pode cobrar a contribuição de melhoria? O ente que fez a obra.

 Quando cobrar a contribuição de melhoria? Ao término da obra

 Quanto cobrar pela contribuição de melhoria? Art. 81 do CTN. Lembrar que


existem 2 limites que devem ser observados ao valor da contribuição de
melhoria:

a) Limite global ou total (custo da obra) – Somadas todas as contribuições de


melhoria o valor arrecadado não pode ser superior ao custo total da obra.

b) Limite individual (valorização do imóvel) – A contribuição de melhoria não pode ser


superior ao montante da valorização do imóvel.

 Lei ordinária

 Competência comum

 São cobradas quando uma obra pública valoriza imóvel do contribuinte. Ex: Estação
do Metrô.

4 – EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS

 Art. 148 da CF (o que está previsto nesse artigo não representa fato gerador do
empréstimo compulsório. São apenas hipóteses que autorizam a União a instituir o
Tributo)
 Empréstimo compulsório é de competência Federal (União)

 É instituído através de lei complementar

 Duas situações em que esse tributo pode ser instituído:

a) Despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, guerra externa ou sua


iminência.

b) Necessidade em realizar investimento público de caráter urgente e relevante interesse


nacional.

 A CF não define o Fato gerador dos Empréstimos compulsórios, ela apenas indica as
hipóteses em que o Tributo poderá ser instituído.
 Fatos geradores do empréstimo compulsório? O empréstimo compulsório pode ter
um fato gerador qualquer. Mesmo que o fato gerador seja igual ao de imposto, ou de
taxa, ou de contribuição.

 Ex: empréstimo compulsório sob os combustíveis no início da década de 80 devido a


escassez do petróleo. A crise do petróleo por volta de 85 e 86 chegou ao ápice, nessa
época viu-se a necessidade de um investimento público de caráter urgente, para
investir no programa Proálcool. Funcionava da seguinte forma, acrescentou-se um
percentual adicional na gasolina, para poder reverter o fundo para o programa
Proálcool e assim tentar dirimir a crise do petróleo. Nessa situação, o fato gerador é a
venda de gasolina, ou seja, a circulação de mercadoria, portanto fato gerador é igual
ao do ICMS, e como o empréstimo compulsório pode ter fato gerador idêntico ao de um
imposto, não há nenhuma restrição a cobrança de tal tributo (empréstimo compulsório).

 No caso do inciso I – não precisa observar o princípio da anterioridade. Não vai esperar
nem o exercício, nem os 90 dias, a cobrança será imediata.

 No caso do inciso II – Observará o princípio da anterioridade. Observará o início do


exercício seguinte e os 90 dias.

1.1. Tributação em caso de guerra:

 Só a União institui tributo em caso de guerra.

 Empréstimo compulsório de guerra ≠ Imposto extraordinário de guerra

Empréstimo Compulsório Imposto extraordinário de guerra


Tributo restituível Não é restituível
Instituído por Lei Complementar Instituído por Lei Ordinária – Cabe Medida
Provisória. É instituído sobre a édige do CTN
em seu art. 76.
Mesmo após celebrada a paz pode-se
continuar cobrando o imposto por mais 5
anos. Desde que essa cobrança seja
gradativamente reduzida.

 Quanto tempo a União tem para restituir o empréstimo compulsório? E qual é a


forma para essa restituição? O prazo e a forma de devolução desse dinheiro são
reservados a Lei complementar que instituir o Tributo.

5 – CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS

 Art. 149 da CF

 São 4 as espécies de Contribuições Especiais:

 Contribuições sociais
 CIDE - Contribuição de intervenção no domínio econômico
 Contribuições Coorporativas
 COSIPE/ CIP – Contribuição de Iluminação Pública

 As 3 primeiras contribuições são de competência da União

 Exceção: Art. 149, §1º da CF – Estados, DF e Municípios poderão cobrar


contribuições sociais – Porém só podem cobrar dos seus próprios servidores públicos e
para custear o regime previdenciário.

 Já a COSIPE é um tributo de Competência do Município e do Distrito Federal


 A COSIPE é a única contribuição que a União não põe a mão.

 As contribuições coorporativas e CIDE são apenas da União

 As contribuições sociais pagas pelos servidores públicos destinam-se a custear o seu


próprio regime previdenciário.

a) COSIPE

 Art. 149 – A, surgiu com o advento da EC 39/02

 Tributo de competência dos Municípios e Distrito Federal

 O parágrafo único desse artigo ressalta que esse tributo poderá ser cobrado através
da tarifa do consumo de energia elétrica (conta de luz).

 Não devemos confundir o tributo usado para custear a iluminação pública – não pode
ser custeada por taxa por ser indivisível – por isso eles criaram a COSIPE que é uma
contribuição. Súmula 670 do STF

b) CONTRIBUIÇÕES CORPORATIVAS

 São aquelas contribuições são arrecadadas no interesse das categorias


profissionais e econômicas.

 As contribuições corporativas são de natureza Federal, mas outras pessoas podem


arrecadar esse tributo, e sempre que isso ocorrer essas contribuições também podem
ser identificadas como contribuições parafiscais.

 Contribuições parafiscais – quando o Tributo passa a ser arrecadado por uma


pessoa diversa daquela que possui competência. Ex: Conselhos Profissionais de
Fiscalização – CRM, CREA, CRC etc.

 Muitos também chamam essas contribuições de profissionais e econômicas.

 Conselhos profissionais de fiscalização – CRM, CREA, CRECI.

 A OAB cobra anuidade e não contribuições corporativas. Segundo o STF a


anuidade da OAB não tem natureza tributária.

 Categorias econômicas: serviços sociais autônomos, cuidados por entidades


paraestatais. Ex: SESC (comércio), SENAC (comércio), SESI (indústria), SENAI
(indústria). Contribuições pertencentes ao sistema S (serviços sociais autônomos)

 O STF se posicionou no sentido de que essas contribuições seriam de natureza de


contribuições sociais, e não de Contribuições coorporativas.

 São entidades paraestatais sujeitos a regime de direito privado

c) CIDE

 Intervenção – é um tributo regulador, extrafiscal.

 Domínio econômico – controla o Domínio Econômico, caso a União observe que


determinado setor deixou de observar princípios da ordem econômica (art. 170 da CF)

 Não tem o objetivo de arrecadar – é um tributo regulatório – regular o domínio


econômico (aquele tenha necessidade de sofrer esse tipo de intervenção)
 Instituída por lei ordinária

 É um tributo temporário

 Todo dinheiro arrecadado com a CIDE deve retornar ao mesmo domínio econômico de
onde saiu.

 CIDE combustível – recai sobre o domínio econômico que, envolve petróleo e seus
derivados, gás natural e derivados, bem como, sobre o álcool combustível.

 Poderá recair na comercialização e importação destes produtos.

d) Art. 177, §4º, I alínea b da CF – A modificação de alíquotas da CIDE combustível –


pode ser realizada por decreto – uma vez as alíquotas sendo majoradas não precisam
observar o exercício financeiro seguinte, obedece apenas os 90 dias subseqüentes. A
CIDE combustível é uma clara exceção a legalidade e a anterioridade.

CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

 Tem por objetivo angariar recursos para custear a ordem social. Ex: saúde,
assistência social; previdência social; desporto; educação.

 Dois tipos:

 Específicas – São aquelas destinadas a custear a seguridade social (art. 194 – a


seguridade social comporta: a saúde, a assistência social e a previdência social). Ex:
PIS, COFINS, contribuições previdenciárias.

 Genéricas – São todas aquelas que não são específicas. Quando o dinheiro não é
encaminhado a nenhum seguimento da seguridade social. Ex: contribuição que se
destina a custear a educação (salário educação § 5º do art. 212 da CF)

 Diferença entre as contribuições específicas e genéricas, as contribuições


sociais específicas aguardam apenas os 90 dias para serem instituídas, já as
genéricas obedecem as duas regras da anterioridade, ou seja, tanto o início do
exercício seguinte, assim como os 90 dias.

DIREITO TRIBUTÁRIO – AULA 02 – 23/08/2011


Professora: Alexandre Mazza
www.sitedomazza.com.br

COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

 É a aptidão para criar tributos por meio de Lei.


 Somente a Lei pode criar Tributo no Brasil
 Competência Tributária é diferente de capacidade tributária ativa

COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA


É a aptidão para criar tributos É a aptidão para cobrar tributos
Feita pelo Legislador Feita pelo Executivo
Ela não pode ser delegada Pode ser delegada – Art. 7º do CTN –
parafiscalidade. Ex de parafiscalidade:
 Contribuições sindicais
 Anuidade cobrada pelos conselhos de
classe. Ex: OAB; CRM; CREA.
Cuidado: Não confundir com
extrafiscalidade (uso do tributo sem
finalidade arrecadatória). Ex: ITR (Imposto
Territorial Rural) progressivo para
desestimular latifúndios improdutivos.

 São características da competência tributária:


a) Indelegabilidade
b) Privatividade
c) Facultatividade
d) Irrenunciabilidade
e) Incaducabilidade
f) Inampliabilidade

PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS

 A CF/88 prevê dois tipos de limitações constitucionais ao poder de tributar:

 Princípios
 Imunidades

 Os dois (princípios e imunidades) são regras que restringem a atuação do


fisco, ou seja, eles cumprem a mesma função.
 Garantias fundamentais do contribuinte. E por isso constituem cláusulas
pétreas na CF. Uma emenda Constitucional pode diminuir ou extinguir
princípios ou imunidades.

1. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
 Art. 150, I da CF
 Art. 97 do CTN

Criação
Aumento Sempre depende de
Redução De tributo
Lei – em regra Lei
Extinção
ordinária
 Exceções: Somente quatro tributos são criados por lei complementar:

a) Empréstimos Compulsórios
b) IGF – Imposto sobre grandes fortunas
Temas de LC não admitem MP
c) Impostos residuais
d) Novas fontes de custeio da seguridade

 MP – podem tratar de todos os assuntos próprios de Lei ordinária, mas se a MP criar


ou majorar imposto só poderá ser exigido no ano seguinte a conversão da MP em Lei.

 Se o Tributo não for um imposto a cobrança ocorrerá no exercício seguinte ao da


edição da MP.

 Exceções ao princípio da legalidade:

 Seis tributos podem ter alíquotas (percentual do tributo) modificadas por ato do
Executivo (decreto, portaria ou medida provisória). A alteração por base de cálculo
só pode ser feita por Lei. Os Tributos que podem ter alíquota modificada por ato do
executivo são:
a) IOF
b) IPI
c) II
d) IE
e) CIDE combustível
f) ICMS combustível
 Atenção: A definição da data para pagamento do Tributo não depende de Lei (O STF
considera taxativo o rol do art. 97 do CTN).

 Atenção: A atualização monetária da base de cálculo (atualização monetária é o


aumento dentro do índice de inflação) não é aumento real de tributo, razão pela qual
não se sujeita a legalidade e a anterioridade.

2. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE

 Art. 150, III, b e c da CF


 A anualidade não existe no Brasil – Esse princípio sofreu uma mudança na Emenda
42/2003.
 Tributo – Criado ou majorado em um Exercício (ano – que vai de 1º de janeiro a 31 de
dezembro)

 Só pode ser exigido o Tributo no ano seguinte (no exercício seguinte) –


Anterioridade anual – Anterioridade Nonagesimal.

 Respeitado o intervalo mínimo de 90 dias

 As duas anterioridades hoje atuam combinadas.

 Regras:

a) É proibido a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal cobrarem


tributos no mesmo exercício financeiro em que eles foram instituídos ou
majorados.

b) É proibido cobrar tributos antes de 90 dias contados da data da publicação da lei,


que os instituiu ou majorou.

 Dá um prazo de preparo para o contribuinte começar a pagar esse tributo.

 Objetivo: É garantir ao contribuinte um prazo mínimo (exercício financeiro e 90 dias)


para que ele se prepare para uma nova carga tributária.

 O STF diz que as duas práticas são aplicadas. Mas se você pensar bem, uma regra vai
se sobressair a outra. Ex: imagine que um tributo vai ser instituído hoje, dia 4 de julho
de 2011 já tem se passado os 90 dias, mas o tributo só poderá ser cobrado em 01 de
janeiro de 2012 (início do exercício seguinte). Portanto, nesse caso se sobressaiu a
parte do princípio atrelada ao início do exercício seguinte. Ex: Se o tributo for majorado
em 4 de dezembro de 2011, em 1 de janeiro de 2012 já teria iniciado o exercício
seguinte, mas ainda não teriam passado os 90 dias, portanto, nesse caso o tributo só
poderá ser cobrado a partir do dia 4 de março de 2012, prevalecendo a regra dos 90
dias.

 Qual regra prevalece? Prevalece a regra que oferecer ao contribuinte um prazo mais
longo, para que então o tributo seja cobrado.

 Anterioridade é aplicada todas as vezes que o tributo é instituído, criado ou majorado.

 Quando há diminuição na carga tributária, observa ou não a anterioridade? Não,


posto que, quem pode mais, pode menos. Nessa hipótese não há necessidade de
observação ao princípio da anterioridade.

 Observação: Quando há a concessão de uma isenção não há necessidade de


observância ao princípio da anterioridade. Já quando houver a revogação da isenção,
segundo o CTN deverá obedecer a anterioridade (art. 104, III da CTN), porém o
segundo o STF, quando houver a revogação, não há necessidade de observância a
anterioridade, portanto o tributo poderá ser cobrado imediatamente.

 Exceções ao princípio da anterioridade:

 A cobrança poderá ser imediata – II, IE, IOF, EC (Empréstimo Compulsório de


calamidade pública ou guerra) e IEG

Observação: O Empréstimo compulsório para ser exigido imediatamente, só nos casos em


que tiver sido instituído por conta de guerra ou calamidade pública.

 Respeitam a anterioridade nonagesimal - Tributos que não precisam esperar o


exercício, mas tem que esperar os 90 dias para serem exigidos: IPI, Contribuições
Sociais, CIDE Combustível e o ICMS Combustível.

Observação: As Contribuições sociais para se encaixarem nesse roll, tem que ser aquelas
que servem para custeio da seguridade social (contribuições sociais específicas).

 Respeitam a anterioridade anual - Tributos que não precisam esperar os 90 dias,


porém precisam esperar o exercício financeiro subseqüente, são três: IR (Imposto de
Renda), e alterações na base de cálculo do IPVA (Imposto sobre Propriedade de
Veículos Automotores) e do IPTU (Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial
Urbana).

Observação: Para IPVA e IPTU, apenas quando houver modificação na sua base de
cálculo.

 No caso de instituição por Medida provisória, o tributo tem que respeitar a


anterioridade? Apesar da Medida Provisória segundo a CF só caber em situações de
relevância e urgência. Mesmo assim, tem que observar o princípio da anterioridade,
ressalvada as exceções explanadas acima.

 A partir de quando inicia a contagem do prazo? Medida Provisória (60 dias,


prorrogável por mais 60 dias, para ela ser convertida em Lei). Segundo o art. 62, § 2º
da CF, deve-se observar o exercício financeiro posterior a data em que a medida
provisória foi convertida em lei. Para o STF os 90 dias só começam a contar a parti da
publicação da Medida Provisória. Ex: As contribuições sociais majoradas por Medida
Provisória, que começará a contar os 90 dias a partir da publicação da Medida
Provisória.

3. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO AO CONFISCO (NÃO CONFISCO)

 Art. 150 IV da CF
 O Tributo não pode ser usado para retirar todos os bens do contribuinte, ou inviabilizar
atividade econômica. É uma restrição a alíquotas tributárias muito elevadas.

 Proíbe também que o fisco apreenda mercadorias como forma coercitiva para
forçar o pagamento do tributo.

 Segundo o STF a vedação do confisco proíbe também exagero no valor de alíquotas


da multas tributárias.

 Regra: É vedado cobrar tributos com efeito confiscatório.

 Multa para o STF pode ter efeito confiscatório? Segundo o STF não podem ter efeito
confiscatório.

 O STF admite exceções: são os chamados tributos extrafiscais – não precisam


observar o princípio da vedação ao confisco – Desde que observado o princípio da
razoabilidade, a alíquota tem que ser proporcional ao fim a qual ela se destina.
4. PRINCÍPIO DA ISONOMIA TRIBUTÁRIA

 Art. 150, II da CF
 O fisco não pode dar tratamento desigual a contribuintes em situação equivalente.
 Existem duas regras:

a) “non olet” (sem cheiro) – Para o Direito Tributário não importa a origem do
dinheiro do contribuinte, nem se a atividade tributada é lícita. Ex: Traficante de
drogas também deve imposto de renda. Ex: Casa de prostituição também paga
IPTU.

b) A incapacidade civil é irrelevante para o Direito tributário. Ex: Criança também


paga tributo – o caso de criança com 12 dias herda imóvel urbano – paga IPTU.
Ex: Empresa sem registro na junta comercial também paga tributo (empresa
irregularmente constituída).

5. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

 Art. 145 §1º da CF


 Os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade
econômica do contribuinte.
 “Na CF de 1988, só três impostos são progressivos:”
a) IR
b) ITR
c) IPTU
 O IPTVA não é progressivo
6. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE

 A Lei tributária não se aplica a fatos geradores anteriores a data de sua publicação.
 Exceções: A lei tributária retroage quando for interpretativa ou mais benéfica em
matéria de infração.

7. PRINCÍPIO DA CELETIVIDADE

 As alíquotas do ICMS e do IPI serão graduadas conforme a ESSENCIALIDADE do


produto ou do serviço.
 Quando o produto ou o serviço forem muito essenciais a alíquota é maior.

8. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA

 Os impostos da União terão a mesma alíquota em todo o território nacional


 Exceção: Admite-se a concessão de incentivos fiscais para estimular certa região. Ex:
Zona franca de Manaus

9. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO

 Os tributos não podem restringir o trânsito de pessoas e bens no território nacional


 Exceção: Admite-se a cobrança de pedágio

10. PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE

 Evita a tributação em cascata

DIREITO TRIBUTÁRIO – AULA 03– 26/08/2011


Professora: Alessandro Spilborghs

FALAMOS SOBRE
 Poder de Tributar
 Princípios
 Imunidades
 Repartição de Receitas

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

 Art. 96 a 112 do CTN

 O que é Legislação tributária?

 Lei
 Tratados e Convenções Internacionais
 Decretos
 Normas complementares – servem justamente para complementar o que está
prevista na Lei, nos Tratados e convenções internacionais e nos decretos – Serve
para preencher lacunas. Ex: Art. 100 do CTN – São exemplos de normas
complementares:

 Atos normativos (instrução normativa)


 Decisões administrativas
 Convênios
 Práticas reiteradas da autoridade administrativa (costumes)

 O tributo tem que ser instituído em regra por Lei ordinária, apenas alguns poucos são
instituídos por Lei complementar (Empréstimo Compulsório, IGF, Impostos e
contribuições residuais)

FUNÇÕES DA LEI COMPLEMENTAR

 Art. 146 da CF
 Cabe a Lei complementar:

 Dispor sobre conflitos de competência

 Regular as limitações ao poder de tributar:


 Princípios
 Imunidades

 Os Princípios e Imunidades estão na Constituição. A lei complementar


regula os Princípios e Imunidades. Ex: Para que algumas pessoas
estejam imunes elas devem observar alguns requisitos estabelecidos
em Lei. A Lei complementar é que vai estabelecer esses requisitos, no
momento em que ela fixa esses requisitos ela está regulando as
limitações ao poder de tributar.

 Dispor sobre normas gerais de direito tributário:


 Definição de Tributo
 Espécies
 Impostos – quanto a impostos a lei complementar tem uma atenção especial.
Para os impostos é coisa de lei complementar fixar:

 Fato Gerador
 Base de Cálculo
 Contribuintes

 Obrigação Tributária

 Lançamento
 Decadência e prescrição – são consideradas como normas gerais de direito
tributário, logo, é matéria de lei complementar (Súmula Vinculante nº 8)

FORMAS DE INTEGRAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

 Na falta de legislação tributária expressa, usa-se as formas de integração da legislação


tributária.

 Art. 108 do CTN

 São formas de integração da legislação tributária:

1. Analogia – Não cria tributo – porque todo tributo depende de Lei.


2. Princípios Gerais de Direito Tributário
3. Princípios gerais de Direito Público
4. Equidade – busca a essência da lei – o equilíbrio da lei – A equidade não pode chegar
ao ponto de dispensar o pagamento de tributo – Para dispensar o pagamento do
tributo, só através de Lei.

FORMAS DE APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

 A Legislação tributária só pode ser aplicada aos fatos geradores praticados após a sua
entrada em vigor.

 Exceção: Art. 106 do CTN – Quando a Legislação poderá “retroagir” – em duas


situações:
a) Quando se tratar de legislação tributária expressa e interpretativa.
b) Quando se tratar de infrações não definitivamente julgadas.

FORMAS DE INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

 São duas modalidades:


a) Interpretação literal (art. 111 do CTN):
 Outorga de isenção
 Formas de exclusão e suspensão do crédito tributário
 Dispensa das obrigações acessórias

b) Interpretação mais benéfica – só acontece em casos de infrações – mas não é


sempre as infrações são interpretadas de forma mais benéfica para o contribuinte -
Na dúvida quanto as infrações, que se utilizará da interpretação mais benéfica para
o contribuinte (art. 112 do CTN).

OBRIGAÇAO TRIBUTÁRIA

 Art. 113 do CTN

 A obrigação tributária decorre da prática do fato gerador.

 É subdividida em duas modalidades:


 Obrigação tributária principal
 Obrigação tributária acessória

 No direito tributário a obrigação acessória independe da obrigação principal.

OBRIGAÇÃO PRINCIPAL OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA


Consiste numa prestação de dar Consiste numa prestação de fazer ou de não
fazer.
É representada pelo pagamento – Ela Não é representada pelo pagamento – São
representa uma atitude que está vinculada ao importantes para auxiliar as atividades de
pagamento. fiscalização e arrecadação.
Sempre depende de Lei Pode vir por decreto por exemplo
Exemplo: Pagamento de qualquer tributo Exemplo: Emissão de nota fiscal

 Art. 113, §3º do CTN – Uma vez descumprida a obrigação acessória, esta será
convertida em obrigação principal, em relação a penalidade pecuniária - Isso
significa que quando você fala em pagar – tributo ou multa – sempre será uma
obrigação principal.

 “PAGAR” – É exemplo claro de obrigação de dar – e obrigação de dar sempre


será obrigação principal.

OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA – decorre da prática do fato gerador

 Para que serve uma OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA? Obrigação tributária nada mais é
que, um vínculo jurídico fixado por Lei envolvendo um credor e um devedor.

 O credor – é o sujeito ativo – quem tem o direito de receber

 Devedor – sujeito passivo – quem tem o dever de pagar

SUJEITO ATIVO
 Art. 119 a 120 do CTN

 É a pessoa Jurídica de Direito Público titular de competência tributária (União/Estados/


Distrito Federal e Municípios).

SUJEITO PASSIVO

 Art. 121 do CTN

 Tem duas pessoas:

 Contribuinte – Está ligado diretamente a prática do fato gerador – é o sujeito que


pratica o fato gerador. Ex: quem aufere renda; quem pratica o serviço etc.
 Responsável – está ligado de forma indireta ao fato gerador – Quem não pratica o
fato gerador, mas que ainda assim fica obrigado de pagar o tributo em virtude de
Lei.

RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA

 Art. 128 até o art. 138 do CTN

1. Responsabilidade pelo pagamento – responsabilidade pelo pagamento do tributo


(art. 128 ao 135 do CTN).

2. Responsabilidade pelas infrações – responsabilidade pelo pagamento das multas


(art. 136 ao 138 do CTN).

1. Responsabilidade pelo pagamento

 Pode ser:
a) Solidária – art. 124 e 125 do CTN – ela poder ser solidária:
 Em virtude de lei
 Em razão de interesse comum – diz respeito a mais de um proprietário de um
mesmo patrimônio.

 Se a responsabilidade é solidária – vale ressaltar que a solidariedade não


comporta o benefício de ordem. Ex: pode cobrar toda a dívida de apenas um dos
devedores.
b) Por transferência
 Em se tratando de bens imóveis – Art. 130 do CTN – Ex: se eu tenho um
imóvel – e o imóvel é alienado – e eu não tendo pagado todos os tributos
(IPTU; ITBI; taxa de Lixo etc.) – de acordo com o CTN a responsabilidade para
pagar os tributos será pessoal do adquirente.

 Em se tratando de bens móveis – Art. 131 do CTN – Ex: Eu tenho um carro – e


alieno o carro – e não paguei todos os tributos do veículo – a responsabilidade
do pagamento dos tributos passa a ser do adquirente.

 É possível excluir a responsabilidade pelo pagamento do tributo?


Resp.: É possível excluir essa responsabilidade em se tratando de bens imóveis.
Há duas formas de isso acontecer:
 Se ao comprar o imóvel você solicitou e foi apresentada uma certidão negativa
de débitos. Quem extrai a certidão é a própria Fazenda Pública. Se
futuramente a Fazenda Pública averiguar que houve um débito – nesse caso a
Fazenda Pública não cobrará do adquirente, portanto a Fazenda Pública
cobrará do antigo proprietário.
 Se você adquire um imóvel em Leilão Judicial (art. 130, parágrafo único do
CTN) – O Arrematante recebe o bem livre de quaisquer ônus.
Para os bens móveis o CTN não prevê a exclusão da responsabilidade.

 Responsabilidade por transferência em se tratando de SUCESSÃO


EMPRESARIAL (art. 132 e 133 do CTN)
 Cisão – Você tem uma empresa que sofre um corte no seu Capital Social –
Uma Cisão total – A empresa A cede parte do seu capital para uma empresa B
e outra parte para uma empresa C
 Fusão – A empresa A e B se unem, formando a empresa C
 Incorporação – A empresa A incorpora a empresa B

 Os tributos são de responsabilidade das novas empresas resultantes da


cisão, incorporação ou fusão.

 Art. 133 do CTN

I. Vendo de um bar para um adquirente – Eu devo ICMS – e depois de vender o bar


encerro minhas atividades empresariais e me aposento – o fisco cobrará a dívida
do adquirente

II. Vendo um bar para um adquirente – Devo ICMS – mas continuo a explorar uma
atividade empresarial – Nessa situação o fisco cobrará o ICNS primeiro do antigo
dono – e se eu (antigo dono) não pagar – esgotando todo o meu patrimônio – o
fisco cobrará depois do adquirente.

 Se ocorrer esse caso – eu volto a explorar uma atividade empresarial –


Para isso, nesse segundo caso é necessário que da data da alienação da
empresa (do meu bar) até a abertura de uma nova empresa NÃO TENHA
TRANSCORRIDO mais que 6 meses.

c) Por substituição

FALTA FALAR (PRÓXIMA AULA):


REPARTIÇÃO DE RECEITAS
RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO
RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS
RESPONSABILIDADE PELA INFRAÇÕES

DIREITO TRIBUTÁRIO – AULA 04 – 29/08/2011


Professora: Mazza
REPARTIÇÃO DE RECEITAS TRIBUTÁRIAS

 Art. 157 e 158 da CF

 São normas constitucionais que distribuem o montante arrecadado com determinados


tributos.

 Temos dois grupos de regras:

 Pertencem aos Estados e DF

1. 100% do imposto de renda (IR – imposto federal) retido na fonte (pagadora) sobre
a remuneração de servidores Estaduais e Distritais
Atenção: Se o servidor tiver outra fonte de renda, o valor do IR sobre ela fica com
a União.

2. 20% dos impostos residuais (impostos novos)

 Pertencem aos Municípios

1. 100% do imposto de renda retido na fonte sobre a remuneração de servidores


municipais.

2. 50% do IPVA – fica no município onde o veículo é registrado.

3. 25% do ICMS

4. 50% do ITR (Imposto Territorial Rural) – Facultado ao Município ficar com a


totalidade do imposto se celebrar convênio (contrato administrativo) com a União.

 Sujeitam-se também a regra de repartição de receitas

 O IPI, a CIDE combustível e o IOF sobre o ouro (Imposto sobre Operações


Financeiras).

RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA

 Esse assunto está inserido no CTN

 O Direito Tributário no Brasil possui um devido processo legal para a cobrança de


tributos

 Esse devido processo legal inclui uma linha do tempo.

LINHA DO TEMPO

Hipóteses de incidência Fato gerador Lançamento

Crédito
Tributário

Cobrança Judicial do
Tributo
Crédito
Tributário
Cobra judicialmente o que não foi pago
administrativamente
Cobrança Administrativa
do Tributo Dívida Ativa Inscrição
Se a cobrança for frustrada
(não houve o pagamento)
CDA – Título de certidão de dívida ativa

Execução Fiscal

OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

 A obrigação tributária tem o pólo ativo (credor) e um pólo passivo (devedor)

 No CTN temos dois tipos de devedor: o contribuinte e o responsável tributário

 Outros casos de responsabilidade:

a) Sócios gerente e administradores só respondem por dívidas da pessoa jurídica


se o fisco provar excesso de poder ou infração (é a desconsideração da
personalidade jurídica no Direito Tributário).

 Art. 135 do CTN – Segundo o STJ o mero inadimplemento da obrig.ação é


insuficiente para autorizar o redirecionamento da execução contra os sócios.

b) Pessoa que adquiriu de outra, estabelecimento ou fundo de comércio


(trespasse) só responde por dívidas da empresa anterior se mantiver o mesmo
ramo comercial. Porém, se a aquisição do estabelecimento ocorrer em processo de
falência ou recuperação judicial o adquirente nunca responde, ainda que se
mantenha no mesmo ramo.

LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO

 Quando ocorre o fato gerador e nasce uma obrigação, ela nasce sem um valor
definido. É necessário que o fisco pratique um ato administrativo que defina o valor
devido, esse ato administrativo é o lançamento tributário.

 O lançamento tributário é o ato administrativo privativo do fisco, que confere


liquidez ao valor devido.

 O lançamento é ato vinculado declaratório do fato gerador e constitutivo do crédito


tributário.

 Prazos de lançamento

FG  5 anos (prazo de decadência)  L 5 anos (prazo de prescrição)  EF

FG – Fato gerador
L – Lançamento
EF – Execução Fiscal

 Existem no CTN três modalidades de lançamento:

1. Direto ou de ofício – É aquele feito pelo fisco sem participação do contribuinte.


Ex: IPVA; IPTU; Auto de Infração e Imposição de multa (AIIM)
2. Misto ou por declaração – É aquele feito com base em informações prestadas
pelo devedor. Não tem exemplo, pois não existe mais essa modalidade de
lançamento no Brasil.

3. Autolançamento ou por homologação – É aquele lançamento em que ocorre


antecipação do pagamento. Ex: ICMS; IR.

 O autolançamento ou por homologação - É a regra geral no direito


brasileiro

 Atenção: Depois que o tributo é lançado o contribuinte é notificado para pagar, e


tem o prazo de 30 dias para pagar (art. 160 do CTN), SALVO disposição em
contrário de Lei.
 Se pagar – causa a extinção do débito tributário
 Se não pagar – o nome vai para a dívida ativa

CRÉDITO TRIBUTÁRIO

 Causas de exclusão, suspensão e extinção do Crédito Tributário


a) Causas de Exclusão (AI!)
Anistia
Isenção

b) Causas de Suspensão do crédito tributário (MODERECOPA)


Moratória
Depósito integral
Recursos
Concessão de liminar e tutela antecipada
Parcelamento

c) Causas de Extinção – Todas as outras são causas de extinção

DÍVIDA ATIVA

 Inscrição do nome do contribuinte em um rol de devedores.

 Importante: A partir da inscrição presume-se fraudulenta a alienação de bens do


devedor.

CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA (CDA)

 É o ato administrativo que declara a inscrição, tendo presunção relativa de liquidez e


certeza.

 A CDA é ao mesmo tempo título executivo e petição inicial da execução. Cumpre uma
dupla função.

EXECUÇÃO FISCAL

 Lei 6.830/80

 O contribuinte tem prazos de 5 dias para garantir o juízo e 30 dias para embargar a
execução.

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