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Resumo
INTRODUÇÃO
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Assistente Pedagógica da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. Doutora em Teoria da
Literatura pela Pontifícia Universidade Católica – PUC – RS. E-mail: eloisa.moura@unisul.br.
espécie, geração, leva-nos a compreender que os gêneros são modelos absolutos,
entidades normativas se deve submeter a criação artística.
Aristóteles primeiramente estudou os gêneros e agrupando-os, conforme
características semelhantes designaram-nos: gênero épico, gênero lírico e gênero
dramático. A questão é controversa, segundo Moisés (1984, p. 45) e depende da
posição tomada pelo estudioso, se historiográfica ou filosófica.
Horácio retomou Aristóteles, agregando seu estudo à cultura romana, o
que resultou na concepção do credo clássico: “Os gêneros literários são modelos
absolutos, entidades normativas às quais se deve submeter à criação artística em
termos de literatura” (PIRES, 1980, p. 65).
Se consideradas as características dos gêneros literários, poder-se-ia
destacar o que segue:
a) a imutabilidade: cada obra obedece sempre ao paradigma do seu gênero;
b) a fixidez: a criação poética só pode ser lírica, épica ou dramática;
c) a unidade de emoção: cada obra deve encerrar somente um tipo de
emoção;
d) a hierarquia artística: há gêneros nobres (tragédia, epopéia) e gêneros
plebeus (comédia).
CONCEITO DE CRÔNICA
A crônica transita entre estes dois pólos, entre ser no jornal e para o jornal.
Diferencia-se do texto jornalístico, por não visar à informação, pois seu
objetivo (declarado ou não) é ultrapassar o mero comentário diário, a
banalidade dos acontecimentos humanos, e atingir a universalização,
mesmo que sua temática se utilize do fait divers e do que se costuma
considerar trivial.
A LINGUAGEM DA CRÔNICA
A TIPOLOGIA DA CRÔNICA
Por outro lado, Afrânio Coutinho (1988) propõe uma classificação dos
cronistas brasileiros distribuindo-os em “cinco categorias”. As categorias seriam as
seguintes: crônica do tipo narrativo, crônica do tipo informativo, crônica de inclinação
filosófica e a crônica poema – em – prosa, contudo o autor nos adverte que a
classificação não é estanque, sendo possível uma tendência a mistura dos tipos.
Cada cronista trabalha a linguagem buscando, antes de tudo, a
literariedade, a criação e uma expressão de mundo apropriada.
REFERÊNCIAS
FARINA, Sérgio. Quando o texto é uma crônica. Revista Palavra Como Vida, ano
3, n. 19, maio 1994.
MEYER, Marlise. Folhetim: uma história. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.