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A Origem do aconselhamento

Segundo FORGHIERI, Y.C. (2006) Aconselhamento Terapêutico, também


denominado de Aconselhamento Psicológico, iniciando-o por uma busca de suas
origens e encontrando-as a partir de meados do ano 400 A.C. no filósofo Empédocles,
que empregava para aliviar os sofrimentos dos doentes o método por ele denominado de
“a cura pela palavra”. Depois de Empédocles, vários filósofos, tais como Protágoras
(480 - 410 A.C) Sócrates (470 - 399 A.C) Platão (427 - 327 A.C) e Aristóteles (384
-322 A.C), Demócrito (460 - 370 A.C) também recomendavam a conversação com a
pessoa doente. O tipo de conversação variava, de acordo com os sintomas dos doentes e
o posicionamento do filósofo ou do médico diante da doença. Podia ser um diálogo
amigável e acolhedor, com informações e esclarecimentos, conselhos e até normas a
serem rigorosamente seguidas (Alexander & Selesnick, 1968). Nessa época não havia
ainda distinção entre doenças físicas e mentais ou psicológicas, por isso esse método
passou a ser adotado para os doentes em geral.
O trabalho consistia em uma conversação entre o filosofo e o doente, com
variações no modo como esta era conduzida podendo variar desde um acolhimento e
compreensão, recomendações e conselhos, argumentação e discussão e até mesmo
imposições de normas a serem cumpridas dependendo do posicionamento e ideias do
filosofo. A partir do século XX, principalmente após a primeira e a segunda guerra
mundial houve um considerável aumento de pessoas com perturbações psicológicas,
diante de uma pequena quantidade de indivíduos considerados credenciados para tratá-
las; estes eram, apenas, os psiquiatras e os psicanalistas. A partir dessa ocasião, diversos
profissionais, principalmente as enfermeiras, os orientadores educacionais e os
psicólogos passaram, por força das circunstâncias, a prestar ajuda terapêutica àquelas
pessoas, no decorrer de suas funções específicas. Desse modo, o Aconselhamento teve
rápido e amplo desenvolvimento nas escolas, nos hospitais, assim como nas instituições
de orientação e treinamento profissional, de serviço social e de higiene mental.
O aconselhamento originou-se nos Estados Unidos com Frank Parsons, em
1909, com o objetivo de promover orientação infantil e juvenil, porém a técnica que
dominou entre as décadas de 20 e 60 foram as de psicodiagnósticos. Em 1937 o termo
“conselheiro” ainda soava estranho, firmou-se então a denominação de “orientador”
podendo ser psicológico, profissional e educacional.
Em 1959 o Aconselhamento Psicológico, ou Terapêutico, passou a ser
reconhecido pela American Psychological Association, como forma de ajuda
terapêutica, próxima, porém diferente da psicoterapia, desde então, e até o dia de hoje, o
Aconselhamento passou e continua a ser praticado por enfermeiras (os), orientadores
educacionais, psicólogos e por profissionais em cujas atividades seja necessário um
eficiente relacionamento interpessoal. No Brasil, o campo do Aconselhamento
Psicológico começou a se desenvolver somente por volta da década de 1970 e no
contexto escolar, houve uma tendência de se encarar o aconselhamento psicológico
como psicoterapia na escola, principalmente a psicoterapia Rogeriana. Outra confusão
corriqueira relacionada ao aconselhamento psicológico no contexto acadêmico se dá em
confundir este com orientação educacional. Embora não sejam a mesma coisa, são
assuntos que se relacionam, tendo em vista que o aconselhamento é uma das partes da
orientação educacional.
Podemos afirmar com segurança que a pratica do aconselhamento surgiu em
data anterior ao do surgimento da ciência chamada psicologia, desde a época do antigo
testamento encontram-se exemplos de aconselhamento. Estudos confirmam que o
aconselhamento religioso pode resultar altos escores de bem-estar, reabilitação e
redução do impacto de eventos estressores (LeFavi e Wessels, 2003; Josephson, 2004).

No que se refere ao Aconselhamento pastoral é uma forma de assistência


espiritual e psicológica, normalmente desempenhado por um pastor ou por pessoas mais
experientes da igreja, Collins, Gary R. (2004) afirma que o objetivo do aconselhamento
Cristão além de dar estímulo e orientação às pessoas que estão enfrentando perdas,
decisões difíceis ou desapontamentos, é levá-las a ter um relacionamento pessoal com
Jesus Cristo, melhorando dessa forma a qualidade de seus relacionamentos com outras
pessoas e consigo mesma.

Com o tempo, o campo do aconselhamento se ampliou, passando a designar uma


relação de ajuda na qual o cliente, ou a pessoa em busca de atendimento, buscava alívio
para suas tensões, esclarecimentos para suas dúvidas ou acompanhamento terapêutico
em face de problemáticas enfrentadas em diversos domínios da vida, como o
educacional, o profissional e o emocional, não envolvendo apenas o fornecimento de
informações, a aplicação de testes psicológicos e a orientação considerada diretiva.

Foi o estudo de Carl Rogers (1942), especificamente a publicação da obra


Counseling and Psychotherapy, que promoveu essa ampliação no campo do
aconselhamento e a sua maior aproximação com a área da Psicologia Clínica e da
psicoterapia, que já tinha bastante tradição à época.

Segundo Shertzer & Stone (1974), é de impossível certeza determinar “o


primeiro” ou o “pai” na história do aconselhamento. Tal epíteto variará na proporção
direta da definição de aconselhamento. Assim, se assumirmos a definição genérica que
aconselhar é dar um conselho, teremos que marcar o início do aconselhamento no dia
em que o primeiro ser humano recebeu linguisticamente (verbal ou não verbal) ajuda ou
conselho de outrem.

Concluo Sintetizando o pensamento de Rogers (1961) e de Shertzer e Stone


(1974), uma relação de ajuda:

a) Tem significado, valorizado pelos participantes, pessoal, intima,


relevante e envolvendo a ideia de compromisso mútuo;
b) Tem o afeto como presença evidente, pois nessa experiência acontece o self
disclosure;
c) Tem a presença da integridade da pessoa;

d) Acontece por mútuo acordo e total disponibilidade dos participantes;


e) Acontece quando quem precisa de ajuda precisa de uma informação,
instrução, conselho, assistência, compreensão e/ou tratamento de outro;
f) É conduzida através da comunicação e interação;
g) Os papéis estão definidos: um pretende ajuda, outro pretende ajudar.
h) Carece de um esforço colaborativo.

Assim, aconselhamento não é só dar informação (embora informação possa ser


dada), não é dar soluções e conselhos (estes deverão ser reconhecidos enquanto tal e não
camuflados pelo termo aconselhamento), não é influenciar atitudes, crenças ou
comportamentos pela manipulação ou pela utilização de falácias e ameaças. A forma de
conceber, analisar, interpretar, diagnosticar e intervir na área do counseling (no que
concerne à definição, agentes, processos e resultados) é determinante para tematizar,
pensar, intervir e atuar com o ser humano.

Conceito de aconselhamento

O aconselhamento é um conjunto de habilidades, atitudes e técnicas para ajudar


as pessoas a se ajudar. Partindo do pressuposto de que o homem já tem em si os
recursos necessários, esse processo de interação entre o aconselhador e o aconselhando,
propõe-se a criar as condições para fazê-los emergir por meio de um colóquio centrado
sobre a pessoa, uma relação ativa e altamente pessoal. Aconselhar, paralelamente,
refere-se: ao processo de indicar ou prescrever caminhos, direções e procedimentos ou
de criar condições para que a pessoa faça, ela própria, o julgamento das alternativas e
formule suas opções.
O aconselhamento (counseling) é conceituado como
educativo, preventivo, situacional [...]. Lida com o material
consciente e enfatiza a normalidade [...] acompanhados de
ansiedade normal. [...] relaciona-se a apoio e a reeducação
para indivíduo de ego forte, porém tão afligido por
problemas situacionais ou para indivíduo de ego tão
enfraquecido que a psicoterapia não seria de utilidade. O
aconselhamento tem sido especificamente conceituado como
um meio de maximização da eficácia humana [...].
(SCHEFFER, 1979, p.17-18).

Há diversas formas de definir o aconselhamento psicológico, desde a adoção de


referenciais generalistas que focam na explicitação do processo de aconselhamento sem
menção direta a abordagens psicológicas, até mesmo de posicionamentos que partem
exclusivamente de uma dada abordagem teórica para explicitar o que se concebe como
aconselhamento psicológico. Genericamente, trata-se de uma experiência que visa a
ajudar as pessoas a planejar, tomar decisões, lidar com a rotina de pressões e crescer,
com a finalidade de adquirir uma autoconfiança positiva. Pode ser considerada uma
relação de ajuda que envolve alguém que busca auxílio, alguém disposto a ajudar e apto
para essa tarefa, em uma situação que possibilite esse dar e receber apoio. Outra
definição clássica é de uma “relação face a face de duas pessoas, na qual uma delas é
ajudada a resolver dificuldades de ordem educacional, profissional, vital e a utilizar
melhor os seus recursos pessoais” (Scheeffer, 1980, p. 14).

Ainda em termos das abordagens genéricas acerca do aconselhamento, é como


um processo interativo, caracterizado por uma relação única entre conselheiro e cliente,
que leva este último a mudanças em uma ou mais das seguintes áreas: comportamento,
construtos pessoais, capacidade para ser bem-sucedido nas situações da vida ou
conhecimento e habilidade para a tomada de decisão. Para Corey (1983),
aconselhamento é o processo pelo qual se dá a oportunidade de os clientes explorarem
preocupações pessoais, ampliando a capacidade de tomar consciência e das
possibilidades de escolha. Em que pesem as definições mais diretamente relacionadas a
abordagens psicológicas específicas, Santos (1982, p. 6), um dos pioneiros do
aconselhamento psicológico no Brasil e cujo pensamento esteve fortemente alinhado à
abordagem centrada na pessoa, define a tarefa de aconselhar como o “processo de
indicar caminhos, direções e de procedimentos ou de criar condições para que a pessoa
faça, ela própria, o julgamento das alternativas e formule suas opções”.

Nesse sentido, o aconselhamento seria diferente da orientação e da psicoterapia,


embora guarde semelhanças com essas outras tarefas ligadas a uma relação de ajuda.
Esse mesmo autor, evocando as contribuições de Carl Rogers para o campo, afirma que
o aconselhamento pode ser compreendido como um método de assistência psicológica
destinada a restaurar no indivíduo suas condições de crescimento e de atualização,
habilitando-o a perceber, sem distorções, a realidade que o cerca e a agir, nessa
realidade, de forma a alcançar ampla satisfação pessoal e social” (Santos, 1982, P 6)

Em uma perspectiva fenomenológica, trata-se de uma relação entre duas pessoas


na qual a presença de um aconselhador torna-se existencialmente terapêutica para os
aconselhandos, motivo pelo qual o aconselhamento psicológico é também referido
como aconselhamento terapêutico nessa abordagem. Essa relação interpessoal requer “a
presença genuína do aconselhador, manifestada por ele mediante diferentes atuações”
(Forghieri, 2007a, p. 1), como fornecimento de informações, exame e reflexão sobre
situações conflitantes vivenciadas pelo cliente, o reconhecimento e a exploração de
recursos e capacidades pessoais do aconselhando.

O foco no indivíduo e a presença genuína do conselheiro é também um dos


elementos centrais no aconselhamento proposto por Rogers (1942) na abordagem
centrada na pessoa. Para esse autor, o objetivo do aconselhamento é facilitar o
crescimento do indivíduo, ao invés de resolver problemas específicos, ou seja, o
conselheiro seria um facilitador desse crescimento e da busca por maior autonomia e
liberdade por parte daquele que busca ajuda. Para Rogers o papel fundamental do
aconselhador na sua relação com o aconselhando: o que ambos constroem nesse
relacionamento pode ser potencialmente esclarecedor para a oferta de ajuda qualificada
e atenta ao humano, suas vicissitudes, demandas e possibilidades de percursos.

Para May (1996) difere o “dar conselho” de “aconselhamento psicológico”


indicando que o conselho são orientações superficiais que podem ser entendidas como
regras, normas que nunca contribuirão para mudanças - que a pessoa poderá assumir
sua nova forma, mudando sua estrutura, o aconselhamento genuíno e mais profundo
ocorre através da ação de ambos; aconselhador (terapeuta) e aconselhando (pessoa).

Patterson (1959) é de opinião que o aconselhamento pode ser focalizado em


termos de áreas de problemas (educacionais, vocacionais, conjugais, etc.), assim como
em termos de ajustamento pessoal ou mesmo terapêutico. Segundo esse mesmo autor, o
aconselhamento não se limita a pessoas normais; aplica-se ao excepcional, ao anormal
ou ao desajustado; manipula as tendências adaptativas do indivíduo a fim de que este
possa usá-los efetivamente.

Santos (1982) explicita então que, a partir de uma revisão teórica acerca do
aconselhamento, atrelada as suas experiências, é possível compreender que a orientação,
o aconselhamento psicológico e a psicoterapia não consistem em simples procedimentos
operacionais ou técnicos. Isto porque se entende que tanto no psicoterapeuta, no
conselheiro ou nas pessoas a quem suas práticas são dirigidas, opera-se uma rede de
posições filosóficas, o que constitui uma importante diferença entre a psicologia e
outras ciências humanas. Compreende-se também que perpassa por três premissas o
posicionamento conceitual dos profissionais mencionados, sendo a primeira a de que o
homem resulta principalmente do social, em que possui impulsos que necessitam ser
dirigidos para uma sociedade na qual se localiza e pode sobreviver. A segunda se refere
ao conceito de que, desde que sejam fornecidas as condições apropriadas, o homem tem
a capacidade suficiente para tomar as próprias decisões e as ações mais adequadas. Já a
terceira premissa é a de que a ideia é autodeterminação é utópica, visto que o ser
humano é o resultado de diversas variáveis.

Destaco ainda várias definições (tantas quantos autores e épocas históricas) do


termo aconselhamento:
a) Processo no qual o conselheiro assiste um consultante a fazer
interpretações de factos relacionados com uma escolha, plano ou
ajustamentos que ele necessite de realizar (Smith, 1955); b)

b) Processo no qual a estrutura do self encontra uma relação segura com


o terapeuta, onde as experiências anteriormente negadas são
percebidas e integradas no self (Rogers, 1952);

c) Uma interação na qual 1) ocorre entre dois indivíduos chamado


conselheiro e cliente; 2) ocorre num setting profissional 3) É iniciado
e mantido como meio de facilitar alterações no comportamento do
cliente (Pepinsky & Pepinsky, 1954);

d) Processo que envolve relações interpessoais entre um terapeuta e um


ou mais clientes, no qual o terapeuta utiliza métodos psicológicos
baseados em conhecimentos sobre a personalidade humana na
tentativa de melhorar a saúde mental do cliente (Patterson, 1959);

e) Processo no qual uma pessoa com alguma espécie de problema (o


cliente) é auxiliada a sentir-se e a comportar-se de uma forma mais
satisfatória para si, através de uma relação com uma pessoa que não
está com ela envolvida (o conselheiro), que providencia informação e
reações que estimulam o cliente a desenvolver comportamentos que o
irão capacitar a relacionar-se melhor consigo e com o seu ambiente
(Lewis, 1970)

No campo das profissões de ajuda, essa contribuição se traduz em uma passagem


fundamental de uma atitude de piedade, caridade e assistencialismo, a uma atitude de
colaboração, corresponsabilidade e coparticipação. A capacidade de estabelecer relações
de comunicação eficaz, a ponto de colocar-se autenticamente em relação com o outro,
para além do trabalho funcional está se tornando um pressuposto sempre mais
importante em diversos contextos profissionais. Presença escuta e empatia, nos dois
âmbitos, intra e interpessoal, são os principais instrumentos de trabalho do counseling,
uma das profissões emergentes da sociedade contemporânea, para fornecer aos
indivíduos estrutura e preparação necessária para desenvolver capacidade de atenção,
interação, compreensão e diálogo com a realidade interna e externa de uma sociedade
cada vez mais desafiadora e em pujante transformação.
2. Teorias e Métodos de aconselhamento

A concepção da natureza humana que baseia a Terapia Centrada no Cliente é de


que o ser humano é, em sua natureza, basicamente positivo, social, progressista,
racional e realista (Rogers,1953, p.56 apud Scheeffer, 1976, p.46); Todo ser humano
tem uma capacidade latente ou manifesta de se autocompreender e de resolver seus
próprios problemas. Todo homem exibe, também, uma tendência natural para exercer
essa capacidade, ou seja, uma tendência para se realizar, atualizar as suas
potencialidades, no sentido de crescimento, ajustamento, socialização, independência,
autonomia e saúde. (Scheeffer, 1976, p.46). Esta tendência existe sempre, e o
movimento que vem dela é contínuo, mesmo que o crescimento seja, às vezes, doloroso.

O homem, para Rogers, revela tendência para desenvolver relacionamentos


interpessoais, que são importantes para a sua própria socialização. (Scheeffer, 1976) O
homem é dotado de um conhecimento reflexivo, ou seja, ele sabe que sabe. Isso permite
a autovalorização e autocorreção; Essa compreensão é ativa, voltada para a ação, e por
isso permite continuação produtiva do processo de solução de problemas, o que marca o
crescimento em direção à maturidade (Scheeffer, 1976), Embora o homem seja dotado
da capacidade de se desenvolver sozinho, e guiado por tal capacidade, é necessário que
as condições ambientais sejam favoráveis. Scheeffer (1976) nos diz que o ambiente
deve oferecer relações humanas favoráveis, sem ameaças psicológicas e restrições que
impeçam a emergência de atributos pessoais autênticos (positivos) e de um autoconceito
(conceito de “self”, como a pessoa se vê, como julga a sua experiência; imagem que a
pessoa tem de si mesma); Manifestações destrutivas, desajustadas e anti-sociais são os
mecanismos de defesa contra o ambiente percebido como desintegrante e ameaçador.

O comportamento humano é distintamente


racional (Rogers, 1961 apud Scheeffer, 1976,);

No homem predomina a subjetividade. Ele vive essencialmente seu mundo


subjetivo e pessoal. Só pode ser compreendido sob esse aspecto (o homem como fonte
de conhecimento de suas experiências - ponto de vista da fenomenologia); (Scheeffer,
1976). Para Rogers, a clínica (portanto aconselhamento e psicoterapia) seria somente
um relacionamento particular entre todos os outros vividos pela pessoa, não havendo
necessidade ou possibilidade de distinção entre estes dois conceitos. Desta forma, pode-
se dizer que a teoria de Rogers se apresenta como uma teoria dos relacionamentos
humanos, e não uma teoria especialmente clínica, voltada à psicoterapia. O
aconselhamento psicológico, abordagem centrada no cliente, não difere, portanto, da
psicoterapia, uma vez que se considera que qualquer relacionamento humano que tenha
uma atmosfera favorável ao desenvolvimento das potencialidades de uma pessoa (sem
julgamentos, sem avaliações, com empatia e compreensão do outro) tem os mesmo
efeitos benéficos. (Scheeffer, 1976).

O objetivo esperado com o aconselhamento psicológico, abordagem centrada no


cliente, é o funcionamento do aconselhando como pessoa completa. Escreve Scheeffer
que este processo envolve “o desenvolvimento de suas tendências atualizantes e a
capacidade de realização, o preenchimento de suas necessidades de consideração
positiva (...) a obtenção de congruência interna, que permita ao indivíduo autoaceitar-se
na sua autenticidade e ser aquilo que realmente é.” (Scheeffer, 1976, p.53); Pode-se
dizer, então, que o objetivo do aconselhamento é o processo de reorganização do “self”,
processo que resulta, para o aconselhando, em ser o que ele é realmente, em “tornar-se
pessoa”.

De acordo com Santos (1982), há casos em que está se confundindo os métodos


de aconselhamento e orientação com os de terapia. Denota então que atualmente, há
uma tendência em fazer esta distinção de psicoterapia com aconselhamento a partir do
grau ao invés das formas de atuação. Uma das conceituações e descrições mais
explicitas acerca do Aconselhamento Psicológico é a de Jordaan, segundo Santos
(1982), em que para aquele autor, o conselheiro atua em diferentes áreas da vida social,
como escolas, consultórios, hospitais entre outros. Afirma que muitos especialistas
descreve o psicólogo-conselheiro como aquele que trabalha com técnicas psicoterápicas
e outros recursos como testes, informações, experiências exploratórias, entre outros. Em
relação a atuação assistencial, profilática, terapêutica ou corretiva, Santos (1982)
exemplifica estas atuações a partir de métodos para a orientação, o aconselhamento e a
psicoterapia, divididos em métodos centrados no contexto sóciocultural, métodos
centrados no contexto pessoal e métodos mistos e métodos centrados no problema.

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