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DIRETRIZ TÉCNICA - AB-RE/ES/TEE DT-AB-RE/ES/TEE-005

DATA: 20/12/2004
APERTO DE MONTAGEM DE LIGAÇÕES APARAFUSADAS EM REVISÃO: F
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ÍNDICE DE REVISÕES

REVISADO
REV. DATA POR
DESCRIÇÃO E/OU FOLHAS ATINGIDAS

0 20/12/04 Santini Emissão original


A 15/07/05 Santini Emissão como Diretriz Técnica
B 30/01/08 Santini Revisão com introdução das informações da REFAP SA
C 09/01/09 Santini Revisão com introdução das informações dos testes em
estojos da UN-REDUC
D 02/09/09 Santini Revisão com nova definição de ligações críticas
E 05/10/09 Santini Revisão complementando os itens 3.8 e 3.9.2
F 05/05/10 Santini Revisão complementando procedimentos especiais para
utilização de marreta.

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PADRÃO DE APERTO DE MONTAGEM DE DE LIGAÇÕES APARAFUSADAS DE


FLANGES DE EQUIPAMENTOS E DE TUBULAÇOES DO AB-RE

1 OBJETIVOS
Apresentar o formulário e as tabelas de cálculo de carga de aperto, tensões atuantes,
torque e alongamento, fornecendo informações necessárias e suficientes para o
correto aparafusamento, proporcionando o correto aperto de juntas flangeadas de
equipamentos e tubulações, evitando-se, assim, vazamentos e danos em flanges,
parafusos, porcas e juntas e maior segurança nos serviços de aperto de ligações
flangeadas.

Definir o método de aplicação de aperto mais conveniente na montagem e


desmontagem de Uniões Flangeadas de Tubulações Industriais e Equipamentos de
Processo.

O aperto de estojos deve ser feito com uso de ferramenta de torque manual, hidráulica
ou pneumática.

Na impossibilidade técnica do uso de tais ferramentas, só será permitido o uso de


ferramentas de impacto manuais (marretas e chaves de impacto) com autorização da
Fiscalização da Petrobras.

2 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
ASTM A193 Alloy-Steel and Stainless Steel Bolting Materials for High-Temperature
Service
ASME B16.5 Pipe Flanges and Flanged Fittings
ASME B16.47 Large Diameter Steel Flanges
ASME PCC-1-2000 Guidelines for pressure boundary Bolted flange joint assembly

3 DEFINIÇÕES E ESCLARECIMENTOS
3.1 Estojo
É o nome técnico do parafuso de barra de comprimento totalmente rosqueada.

3.2 Componentes de uma ligação flangeada


A ligação aparafusada de juntas flangeadas depende do desempenho dos seguintes
componentes:
• Força do aperto inicial ou de montagem;
• Flanges;
• Parafusos ou estojos, porcas e arruelas;
• Junta de vedação;
• Método de aperto;
• Ferramentas de aperto;
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• Qualificação do executante.

3.3 Força inicial de aperto


É a força de aperto capaz de introduzir tração e tensão elástica nos parafusos ou
estojos, suficientemente altas, para manter a vedação da junta flangeada, durante todo
o tempo de operação.

3.4 Força de assentamento da junta


É a força de compressão sobre a junta que responde pela selabilidade da ligação
flangeada, pois obriga que a junta preencha os defeitos da face dos flanges.

3.5 Força de selagem da junta


É a força residual de compressão mínima sobre a junta, após a entrada em operação,
que garante a vedação da junta flangeada.

3.6 Força de pressão


É a força de tração sobre os parafusos da junta flangeada, resultante da pressão
interna, que tende a reduzir a força de compressão sobre a junta.

3.7 Força mínima de aperto do parafuso ou estojo


É o somatório da “Força de pressão” devido à pressão interna + “Força de selagem”
necessário a garantir a compressão mínima sobre a junta de vedação, que manterá a
ligação estanque durante a operação.

3.8 Força ou carga de aperto de montagem dos parafusos ou estojos


É a força de aperto em cada parafuso a ser aplicada na montagem da ligação
aparafusada, que deve garantir em operação a estanqueidade da junta.
Normalmente esta força é proporcional (50% a 75%) à tensão de escoamento do
material do parafuso, a frio, para absorver a relaxação natural, que ocorre entre os fios
das roscas dos parafusos e porcas e da própria junta de vedação.

Os valores de tensão admissível para parafusos e estojos são especificados no


“Maximum allowable stress values for bolting – Table 3 ASME Section II Part D” e
usados no projeto para determinar a quantidade e o diâmetro de parafusos ou estojos.
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Porém, há uma distinção entre os valores das tensões de projeto e as tensões


realmente a serem consideradas na montagem dos parafusos.

O aperto inicial de montagem dos parafusos e estojos deve gerar tensões, adequadas
para impedir o vazamento na junta flangeada, em todas as condições de serviço e de
teste.

Durante o aperto, parte significante do torque aplicado é consumido no atrito entre as


roscas dos estojos x porcas e entre a porca e a face do flange, de modo que a força
de aperto residual no parafuso ou estojo não resulta na requerida pelo cálculo.

A 1ª condição importante a ser atendida é a necessidade de a junta flangeada ser


estanque no teste hidrostático. Para isso, uma tensão inicial acima do valor de projeto
deve ser aplicada, pois a pressão do teste hidrostático é maior que a de projeto.

A pressão do teste hidrostático é usualmente 1,5 vezes a pressão do projeto, assim à


primeira vista numa tensão 50% acima do admissível deveria ser suficiente.

Na realidade, considerando-se a relaxação das roscas entre os estojos e porcas e a


deflexão dos flanges, um valor ainda superior é necessário.

Portanto, é evidente que uma tensão inicial no estojo, maior que o valor admissível
usado no projeto, deve ser aplicado no aperto. O ASME reconhece esta situação e
permite, desde que se garanta contra a deformação dos flanges, escoamento dos
estojos e o esmagamento da junta de vedação.

Para as ligações flangeadas em serviços de alta temperatura há também de se verificar


se esta tensão atuante (nos parafusos ou estojos e no flange) não está na faixa da
fluência (“creep”), o que também resultará em relaxação e vazamento.

O cálculo da força de aperto do parafuso deve pois levar em consideração as seguintes


limitações:

a- A tensão de escoamento do material do parafuso na temperatura de trabalho;


b- A tensão de esmagamento da junta de vedação;
c- A tensão que acarreta a deformação dos flanges na temperatura de trabalho;
d- A tensão de tração correspondente à taxa de fluência do material do parafuso, na
temperatura de trabalho.

Por razões práticas, limita-se tensão máxima aplicada no aperto da montagem entre
50% e 75% da tensão do escoamento do material do parafuso ou estojo, na
temperatura ambiente.

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3.9 Métodos de aplicação do aperto inicial de ligações flangeadas aparafusadas:


torqueamente e tensionamento com procedimentos qualificados

3.9.1 Torqueamento
O torque é aplicado na porca do parafuso ou estojo, forçando-a a girar em torno de seu
eixo, através de uma força exercida em um braço de alavanca.
Ao aplicar o torque, se está alongando o parafuso ou estojo e induzindo uma tensão de
tração no regime de deformação elástica. Esta tensão se converte na força que o
parafuso faz permanentemente para voltar ao seu comprimento inicial e mantém a
ligação flangeada aparafusada apertada.
Como a força de aperto é aplicada através da torção da porca, ocorre a influência
direta do atrito entre as roscas e na superfície de assentamento da porca.

3.9.2 Tensionamento
No tensionamento a força é aplicada diretamente no parafuso ou estojo, alongando-o,
no regime elástico. Esta força aplicada é a mesma força que o parafuso faz
permanentemente para voltar ao seu comprimento inicial e mantém a ligação flangeada
aparafusada apertada.
No tensionamento, ao se aplicar a força de aperto diretamente no parafuso ou estojo,
não ocorre a influência do atrito entre as roscas e na superfície de assentamento da
porca.
Em ligações com estojos ou parafusos mais críticas e de maior responsabilidade, é
conveniente não se usar torquímetros, mas sim, máquina tensionadora que aplicam
diretamente nas extremidades do estojo a força de aperto calculada.
O propósito das máquinas tensionadoras ou os torquímetros (hydraulic bolting
machines), não é substituir inteiramente as chaves de impacto (impact wrenches).
As chaves de impacto devem ser usadas até a acomodação das porcas, combinando-
se então com as máquinas tensionadoras ou os torquímetros para o valor final do
aperto controlado.

3.9.3 Efeito do aperto


O aperto quando excessivo pode: espanar a rosca do parafuso; causar deformação
plástica, trincar ou quebrar o parafuso; empenar a aba do flange; esmagar a junta e
provocar vazamentos.
O aperto quando insuficiente pode permitir vazamentos.

3.10 Torque
Torque é o momento resultante de uma força aplicada em um braço de alavanca.
O Sistema Internacional define como unidade de medida o kilograma força x metro =
kgf.m.

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Medidas
SI Inglês Conversão
Comprimento mm in 1 mm = 0.0393 in
1 in = 25,4 mm
Área mm2 in2
1 mm² = 0.00155 in²
Força N kgf lbf 1 N = 0,225 lbf,
1 kgf = 2.205 lbf,
1 N = 0,102 kgf
Pressão kPa kgf/cm2 psi 1 kPa = 0,145 psi,
1 kgf/cm2 = 14.223 psi,
1 kgf/cm2 = 98,067 kPa
Tensão MPa kgf/cm2 ksi 1 MPa = 0,145 ksi,
1 kgf/cm2 = 0,014223 ksi,
1 MPa = 10,197 kgf/cm2
Temperatura ºC ºF
[ºC = (ºF – 32) /1,8]
Coeficiente de mm/m.ºC in/ft.ºF
dilatação térmica 1mm/m.ºC = 0,0216 in/ft.ºF
Momento ou N.m kgf.m lbf.ft 1 N.m = 0,7 lb.ft
torque 1 kgf.m = 7,23 lbf.ft
1 N.m = 0,1 kgf.m
1 kgf.m = 10 N.m
1 lb.ft = 1,4 N.m
1 lb.ft = 0,14 kgf.m

3.11 Métodos de torqueamento


a- Método sem controle: não é possível determinar o torque aplicado, como o método
da marreta, proibido nas UNs do AB-RE;
b- Método de torque controlado: obtém-se aperto preciso e uniforme com o uso de
máquinas de torque.

3.12 Torque controlado


É aplicação de aperto em parafusos ou estojos, com torque calculado e conhecido,
executado mediante procedimento e dispositivo pré-definidos, aplicado e medido por
profissionais qualificados.
Conforme o código ASME B31.3 nas seguintes situações deve ser aplicado o torque
controlado:
a- Serviços em temperaturas altas, baixas e cíclicas;
b- Condições que envolvem vibração ou fadiga.
c- Ver texto extraído do ASME 31.3.

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3.13 Relaxação da ligação aparafusada


Com a temperatura e ao longo do tempo, ocorre a acomodação natural entre as roscas
dos parafusos e das porcas e da junta de vedação, em que parte da deformação
elástica, introduzida no parafuso, se perde, reduzindo a força de compressão sobre a
junta.
Para o parafuso de material ASME A193 Gr. B7 temos o seguinte gráfico de relaxação.

PARAFUSOS B7
% Tresidual/Tinicial
100
350 ºC
400 ºC
90
450 ºC
80 500 ºC

70

60

50

40

30

20

10

0 h
1 10 100 1000 10000 100000

Para o parafuso de material ASME A193 Gr. B16 temos o seguinte gráfico de
relaxação.

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PARAFUSOS B16
% Tresidual/Tinicial
100
400 ºC
90 450 ºC

80 500 ºC

70

60

50

40

30

20

10

0 h

1 10 100 1000 10000 100000

Estas curvas são baseada nas informações da Norma BS-4882 Bolting for Flanges and
Pressure Containining Purposes.

A relaxação natural da ligação aparafusada é agravada pelas seguintes condições:


• Escoamento dos parafusos;
• Rotação dos flanges;
• Fluência (“creep”) dos parafusos em temperaturas elevadas;
• Queda da resiliência da junta causada pela temperatura elevada;
• Deformação permanente ou esmagamento da junta;
• Perda progressiva da selabilidade da junta devido à exposição a ciclos de
temperatura e a choques térmicos.

Força de aperto na montagem Redução da força de aperto Força de aperto mínima que
durante a operação garante a estanqueidade
durante a operação

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• Aperto inicial Tendência de vazamento devido A estanqueidade é mantida


(50 a 75% Sy a frio) à redução do aperto por: enquanto a força de aperto nos
• Relaxamento dos parafusos for igual ou superior a;
• Reaperto parafusos/porcas + • Força de assentamento da
(100% Aperto Inicial) • Relaxamento da junta + junta +
• Força de tração nos parafusos • Força residual de compressão
devido à pressão interna + sobre a junta
• Força de tração nos parafusos
devido à dilatação térmica
diferencial+
• Escoamento dos parafusos +
• Escoamento da junta +
• Fluência dos parafusos +
• Rotação dos flanges

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3.14 Relaxação da junta de vedação


A seguir estão as informações dos testes conduzidos pela TEADIT para a relaxação das juntas da sua linha de fabricação.

Espessura
Carga
Material da Junta da Junta Modelo TEADIT 25 100 150 200 240 270
MPa
(MM)
Papelão Hidráulico NBR/Fibra Aramida 1,6 50 NA1002 1,6 mm (50Mp) 0,702958614 8,606423557 14,62262233 22,97907115
Papelão Hidráulico NBR/Fibra Aramida 3,2 50 NA1002 3,2 mm (50Mp) 0,978651763 7,258735554 12,13987065 19,15555474
Papelão Hidráulico NBR/Fibra Carbono / Grafite 1,6 50 NA1100 1,6 mm (50Mp) 0,169123314 6,296767261 11,88251849 29,10020804
Papelão Hidráulico NBR/Fibra Carbono / Grafite 3,2 50 NA1100 3,2 mm (50Mp) 0,716953087 5,939446232 9,770284982 21,42779117
Espiralar Metálica 304/ Graflex 3,2 50 Metaflex 911 3,2 mm (50Mp) 0,24047302 3,831933552 7,378531053
Espiralar Metálica 304/ Graflex c/anel ext. e int. 4,45 50 Metaflex 913M 4,45 mm (50Mp) 0,027613817 1,92876063 4,806388516
Espiralar Metálica 304/ Graflex c/anel ext. e int. 4,45 207 Metaflex 913M 4,45 mm (207Mp) 0,130249005 1,026096578 3,749808018
Metálica Maciça Camprofile 304 c/Graflex 3,2 50 Camprofile 942 3,2 mm (50Mp) 0,310349369 0,386194458 0,860867552
Metálica Maciça Camprofile 304 c/Graflex 3,2 207 Camprofile 942 3,2 mm (207Mp) 0,187647749 0,0393275
Dupla Camisa c/enchimento de Graflex 3,2 50 Metalbest 923 3,2 mm (50Mp) 0,188253737 2,533325324 6,38845779
Dupla Camisa c/enchimento de Graflex 3,2 207 Metalbest 923 3,2 mm (207Mp) 0,292323997 1,529139952 5,070928211
Dupla Camisa c/recobr.Graflex c/ench.de Graflex 3,2 50 Metalbest 927 3,2 mm (50Mp) 0,211323883 3,353656633 4,9178758
Dupla Camisa c/recobr.Graflex c/ench.de Graflex 3,2 207 Metalbest 927 3,2 mm (207Mp) 0,306301354 1,186862844 3,464333856

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3.15 Tensão máxima admissível de aperto do ASME PPC-1 “Guidelines for


pressure boundary bolted flange joint assembly”
A prática constatou-se que a tensão máxima recomendada pelo ASME PCC-1/2000,
para o aperto do parafuso ou estojo, não é suficiente.
Assim, adota-se uma tensão proporcional (de 50% a 75%) à tensão de escoamento a
frio do material do parafuso ou estojo, dpendendo do tipo de constução de flange.
Este valor inclui um coeficiente de segurança, que leva em conta a torção e flexão que
ocorrem nos parafusos, durante o aperto de montagem e no reaperto na operação.

Tensão recomendada de aperto Padrão de construção do flange


inicial ou de montagem do
parafuso, em relação à tensão
de escoamento Sy
70 a 75% Sy Flanges calculados conforme código
ASME Sec. VIII Div. 1 Apêndice 2
50 a 60% Sy Flanges ASME B16.5 FR
40 a 50% Sy Flanges ASME B16.5 RTJ
40 a 50% Sy Flanges ASME B16.47 Tipo A FR
50 a 60% Sy Flanges ASME B16.47 Tipo B FR

3.16 Verificação da tensão de aperto do parafuso


Os flanges e os parafusos devem ser verificados para assegurar que não estão
supertensionados.
As seguintes limitações devem ser verificadas para tensão introduzida no aperto:
• tensão de escoamento do material do parafuso na temperatura de trabalho:
• tensão de esmagamento da junta de vedação;
• tensão que acarreta a deformação / rotação dos flanges nas temperaturas
ambiente e de trabalho;
• tensão de tração correspondente à taxa de fluência do material do parafuso e do
flange, na temperatura de trabalho.

O supertensionamento é comum ocorrer em parafusos de diâmetro até ¾” e em


flanges de classe de pressão menor ou igual a 300, com junta de vedação espiralada.
Os valores de aperto constantes nos itens 7.2.1 e 7.2,2 deste documento,
respectivamente para ligações aparafusadas, de juntas flangeadas de equipamentos e
de tubulações, já consideram essas limitações.

3.17 Aperto confiável


O segredo do aperto confiável é saber que as juntas de vedação não têm memória no
desaperto, ou seja, não recuperam a espessura inicial após sucessivos aquecimentos
e resfriamentos operacionais.
Necessitam, pois, serem comprimidas durante a montagem, ao limite máximo possível,
dado pelo escoamento do parafuso, esmagamento da junta e deformação por rotação

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dos flanges, de forma que quando relaxarem em operação, ainda haja aperto suficiente
sobre a junta, não ocorrendo o vazamento.

3.18 Vazamento pela junta da ligação flangeada


A origem do vazamento em uma ligação flangeada é devido as seguintes situações:
• Pressão de assentamento da junta insuficiente;
• Baixa compressão residual sobre a junta, quando em operação.

Os vazamentos ocorrem pela perda da força de compressão sobre a junta, seguindo-


se a abertura da união flangeada, pelos seguintes motivos, individuais ou em conjunto:
• Erros de montagem, tais como, alinhamento deficiente dos flanges, instalação
descentralizada da junta;
• Aperto não-uniforme ao longo da junta, criando regiões de superaperto e outras de
falta de aperto;
• Condições operacionais variáveis de aquecimento e resfriamento, choque térmico,
pressurização e despressurização;
• Dilatação térmica diferencial entre estojos e flanges, aumentando ou aliviando o
aperto;
• Aperto excessivo levando à rotação ou deformação dos flanges;
• Compressão excessiva da junta, chegando ao esmagamento;
• Redução do aperto por escoamento dos parafusos ou fluência, na temperatura de
operação;
• As juntas não apresentam “memória”, não recuperando a espessura inicial, após os
ciclos de aquecimento e resfriamento operacionais, flutuação da temperatura, choque
térmico, logo leva à perda de aperto da união flangeada;
• Defeitos tipo riscos, porosidades, mossas e protuberâncias nas faces dos flanges e
na junta;
• Destruição física da junta;
• Fenômeno da fluência ou “creep” dos parafusos, em temperatura elevada.
• Outros fatores como cargas externas, fadiga, corrosão, fragilização por H2 dos
parafusos, vibração; efeito das oscilações meteorológicas como vento, temperatura e
chuva.

3.19 Métodos de aperto de parafusos


A montagem de uma união flangeada pode ser realizada por vários métodos:
torque com chave de impacto manual, torque com torquímetro manual, máquina de
torque, máquina tensionadora.
Cada método tem sua precisão, entretanto mesmo utilizando o método mais preciso
não se consegue transformar todo o aperto em tensão nos parafusos.
No caso do torqueamento, a maior parte do torque é usada para superar as forças de
atrito entre os flanges e as porcas e entre as roscas.
Portanto, somente uma porcentagem do torque aplicado produz a tensão elástica nos
parafusos, que gera a carga de compressão sobre a junta da união flangeada
Já com a máquina tensionadora a eficiência do aperto é maior.
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3.19.1 Aperto Manual


a- Manual com marreta: “standard wrench” chave inglesa, chave de porca, chave
de impacto manual
Método obsoleto com uso de chave de boca, braço de alavanca e marreta.
Impreciso e sem qualquer controle do aperto aplicado.
De grande risco de acidentes.
Não mais utilizado, a não ser em condições especiais, por problemas de acesso e
impossibilidade de uso de outro método, após análise de risco.
Particularmente, para aperto de ligações flangeadas de tubulações, certas condições
de trabalho, a critério da Manutenção, ainda requerem o uso de marreta.
Quando estritamente necessário, deve haver uma APR (avaliação Preliminar de
Riscos) e PT (Permissão de Trabalho) específicas para o serviço.
Recomenda-se não permitir que as equipes de manutenção levem marretas para área,
a não ser com PT liberada.

b- Manual com chave de impacto pneumática


São ferramentas giratórias bidirecionais (apertar e afrouxar).
O mecanismo interno é composto de um martelete de percussão impulsionado por um
motor pneumático, que transmite a potência do impacto ao acionador quadrado no qual
se encaixa o soquete com a bitola da porca.
As Chaves de Impacto trabalham normalmente a uma pressão máxima de 6,2 Bar (90
lb/pol²).
O torque de referência para esta pressão é de aproximadamente 650 lb.ft, devendo ser
aferido com o medidor de torque.

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3.19.2 Aperto com torquímetro (“hand torque wrenches”)


A ferramenta denominada “torquímetro” é a utilizada para a aplicação do torque
especificado para o fechamento estanque da ligação flangeada aparafusada.
É normal um erro de 30% a 50% entre a força aplicada e a requerida por cálculo,
devido à incerteza do atrito entre as superfícies roscadas e da porca e a face do flange.
O desconhecimento do coeficiente de atrito real entre as faces do flange e da porca e
entre as roscas da porca e do parafuso, devido à:
• Variabilidade das propriedades do lubrificante;
• Roscas oxidadas;
• Faces do flange e da porca oxidadas;
• Parafusos e porcas reutilizados;
• Baixa eficiência da conversão do torque em força de tração;
• Espalhamento dos valores de aperto nos parafusos.

3.20 Tipos de torquímetros


3.21.1 Com acionamento manual
O acionamento é feito pelo usuário aplicando a força diretamente em sua
haste/alavanca.
Há várias bitolas de drive (quadrado ½ pol, ¾ pol, 1pol ....) para encaixe dos soquetes
sextavados ou estriados. A regulagem de aplicação de aperto é feita diretamente no
regulador localizado na haste.

Ex.: torquímetro de estalo com escala / sem escala; torquímetro de relógio;


torquímetro de relógio com ponteiro de arraste; torquímetro de escape ou giro livre;
torquímetro com cabeça intercambiável; torquímetro axial; torquímetro de vareta;
torquímetro tipo “T”; torquímetro digital.

3.20.2 Com máquina de torque de acionamento pneumático


O acionamento é feito por sistema de ar industrial.
A restrição deste tipo de equipamento é que a pressão do ar não pode ser inferior a 5
kgf/cm².
O dispositivo é uma combinação de controlador de pressão calibrado e a ferramenta
aferida.

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Para a regulagem do sistema de aperto, cada ferramenta apresenta com uma tabela
de pressão, convertendo a unidade de torque em unidade de pressão.

Ex.: torquímetros especiais para áreas médicas (esterilizáveis); torquímetros para


tampas de embalagens; transdutores de torque estáticos e rotativos.

3.20.3 Com máquina de torque de acionamento hidráulico


O acionamento é feito por um equipamento hidráulico acionado pneumaticamente. A
pressão é conduzida até a ferramenta que irá efetuar o aperto.
O dispositivo é uma combinação do controlador de pressão calibrado e a ferramenta
aferida. Para a regulagem do sistema de aperto, cada ferramenta vem com uma
tabela de regulagem de pressão convertendo a unidade de torque em unidade de
pressão.

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3.21 Aperto com torquímetro e controle de alongamento


O objetivo é se conseguir confiabilidade na conversão do torque aplicado para a
tração resultante no parafuso.
A solução é controlar o alongamento, através da medição precisa do comprimento do
parafuso, antes e após o aperto, para conhecer a força e a tensão realmente aplicadas.

3.22 Aperto com máquina tensionadora por tensionamento


O tensionamento é aplicado com ferramenta hidráulica chamada tensionador.
O tensionador é utilizado, particularmente em conexões críticas com histórico de
vazamentos, em conexões que operam com alta pressão e/ou alta temperatura, como
Hidrotratamento e Coqueamento Retardado, e em conexões com estojos de 2 ½” de
diâmetro e acima.
Este é o método de aplicação mais segura e com margem de erro desprezível.
A precisão permite se conseguir erro, entre o valor da força aplicada e a força
requerida por cálculo, inferior a 10%.
O uso desse método requer um trecho roscado no estojo, além da face externa da
porca, no mínimo igual ao diâmetro nominal do parafuso.
O aperto com tensionador deve ser aplicado, simultaneamente, ao menos a cada 4
(quatro) estojos.

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3.23 Eficiência esperada de cada método

Método de aperto Imprecisão da força


de tração resultante
Torque com chave manual ± 50%
de impacto
Torque controlado ± 30 a 50%

Com medição direta do ± 10% a 15%


alongamento

Tensionador ± 5% a 10%

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3.24 Controle do aperto ou aperto controlado


O objetivo do aperto controlado é aplicar a força de tração correta e uniforme em todos
os parafusos da ligação aparafusada, de modo que a força residual, após o aperto,
seja o valor calculado para o aperto.
A 1ª providência é calcular a força ou a tensão a ser aplicada no parafuso, para se
garantir a compressão requerida sobre a junta de vedação, durante a operação.
A seguir, se deve definir o método de aperto a ser aplicado, a ferramenta a utilizar e a
pressão, no caso de ferramenta pneumática ou hidráulica.
Para controle do aperto residual, medir a força ou tensão em cada parafuso, com
instrumento.

3.25 Ligação aparafusada crítica ou ligação crítica


3.25.1- Ligação aparafusada crítica de união flangeada de equipamento ou tubulação é
aquela em que, o vazamento do fluido de processo causa risco de incêndio, poluição
ou dano pessoal grave, enquadrada em um dos seguintes serviços:
a- Serviço H2;
b- Serviço H2S;
c- Serviço Tóxico ou Categoria “M” :H2S, Benzeno e compostos aromáticos, CO,
“VOC” – Volatile Organic Compound”;
d- Serviço geral de hidrocarboneto com pressão interna acima de 40 kgf/cm²;
e- Serviço geral de hidrocarboneto com temperatura acima de 350ºC;
f- Serviço com água ou vapor nas classes de pressão 600 e acima.

3.25.2- Nestas juntas flangeadas o aperto controlado é mandatório.

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3.25.3- Adicionalmente, as ligações críticas devem ter monitoramento ou verificação do


aperto durante a operação, se trabalharem em uma das situações seguintes:
a- Vibração;
b- Choque térmico;
c- Serviço cíclico ou variável de temperatura ou pressão (fadiga);
d- Ligação flangeada com flanges de materiais diferentes;
e- Ligação flangeada com isolamento térmico.

3.26 Sistema de gerenciamento da integridade de ligações aparafusadas, de


sistemas pressurizados: tubulações, válvulas, dutos, vasos de pressão, reatores,
torres, permutadores de calor
É o sistema de acompanhamento e monitoramento de ligações flangeadas críticas.
O objetivo principal é evitar e prevenir falhas e vazamentos de ligações aparafusadas,
com grande potencial de conseqüências catastróficas.
O acompanhamento deve ser aplicado durante a fabricação, durante a montagem e
construção, durante o comissionamento e durante a vida operacional.
O sistema deve ter as seguintes atribuições:
• Classificação das ligações aparafusadas; função da severidade do serviço, fluido,
pressão e temperatura variáveis, fadiga, choque térmico, vibração, cargas externas;
• Determinação do nível de monitoramento e inspeção em serviço, controle do aperto
inicial e controle do reaperto, dependendo da classificação;
• Escolha de ferramentas de aperto e de controle do aperto;
• Seleção e treinamento de executantes;
• Competências: cálculo do aperto, definição do serviço, escolha de ferramenta,
preparação das folhas de dados, execução do aperto;
• Emissão e divulgação de relatórios;
• Identificação e “tagueamento” da ligação flangeada crítica;
• Ações da inspeção em serviço.
• Tratamento de vazamentos; controle, ações de reparo, análise das causas.

3.26.1 Qualificação e certificação de mecânicos montadores de ligações


aparafusadas
Conforme o código ASME PCC 1 há os seguintes níveis de qualificação e certificação
dos profissionais que trabalhem com ligações aparafusadas:

3.26.2 Especialistas de aparafusamento


Profissional com curso básico, teórico e prático, de 3 dias, que tenha passado no
exame de avaliação, que demonstre competência em:
• Torqueamento e tensionamento de parafusos e estojos;
• Reconhecimento dos padrões, métodos e procedimentos seguros de aperto de
ligações aparafusadas.
• Conhecimento e prática com a operação de ferramenta manual de torqueamento, tipo
chave de impacto, máquina torquímetro e máquina tensionadora.

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3.26.3 Supervisor de aparafusamento


Profissional “Especialista de aparafusamento”, com 5 dias de treinamento teórico
e prático, que tenha sido aprovado em exame de avaliação, que demonstre
competência em:
• Fundamentos teóricos dos métodos de aperto de parafusos e estojos;
• Conhecimento sobre cálculo de torque de aperto de ligações aparafusadas;
• Conhecimento sobre cálculo da força de tensionamento de parafusos e estojos de
ligações aparafusadas;
• Conhecimento sobre cálculo mecânico de parafusos e estojos;
• Conhecimento sobre especificação técnica de parafusos, estojos e porcas;
• Conhecimento sobre especificação de lubrificantes de ligações aparafusadas;
• Conhecimento das práticas seguras de aperto de parafusos e estojos, com chave de
impacto, torquímetro e tensionador.

3.26.4 Instrutor de aparafusamento


Profissional que tenha as certificações de “Especialista e Supervisor de
aparafusamento”, com mais de 5 anos de trabalho com aparafusamento, que
demonstre competência didática e realize as auditorias de qualidade nos serviços de
aparafusamento.

3.27 Reaperto a quente


Segundo a experiência, a junta aparafusada flangeada apresenta perda significativa da
tensão de aperto, em função do relaxamento da junta e dos parafusos, durante o
aquecimento na partida da instalação.
O reaperto a quente deve ser executado durante o aquecimento da instalação, na
partida da unidade, e limitado a uma pressão de operação inferior a 10 kgf/cm² e
temperatura até 150ºC a 200ºC.
A execução de reaperto a quente, com equipamento operando acima de 200 Cº, torna
a tarefa de aplicação, com máquinas hidráulicas, praticamente inviável, pois os
equipamentos via de regra, não possuem vedação interna que suporte tais
temperaturas, vindo a vazar e perder a confiabilidade do valor de torque aplicado.

Ver item 5.1.2 desta DT.

3.28 Desmontagem ou abertura de ligação flangeada


Adotar o seguinte procedimento de trabalho seguro:
• Assegurar que o equipamento ou tubulação adjacente está despressurizado, drenado
e “ventado” para a atmosfera;
• Assegurar que a permissão de trabalho está atualizada;
• Coloque-se na posição da direção do vento;
• Não se coloque na posição frontal à junta flangeada;
• Afrouxe até 4 (quatro) parafusos, não seqüenciais, sem remover as porcas;
• Pode acontecer que a selagem da junta demore a abrir, portanto só remova as
porcas após a junta abrir, liberando a saída de líquido ou gás ainda residual;
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• A operação de "quebra de torque" com torqueadeira hidráulica, para abertura de


ligações flangeadas, em equipamentos e tubulações, deve ser limitado ao valor de até
10% superior ao torque de aperto de montagem.

3.29 Principais modos de falha dos parafusos

Serviço Modo de falha


Altas temperaturas Afrouxamento do parafuso por “creep” ou fluência

Vários ciclos de Afrouxamento do parafuso


temperatura ou de pressão Trincas por fadiga
Vibração Afrouxamento do parafuso
Trincas por fadiga
Choques térmicos Afrouxamento do parafuso
Fluidos corrosivos Corrosão generalizada
Materiais dissimilares Afrouxamento do parafuso
Corrosão galvânica
Dilatação térmica diferencial
Fluidos com cloretos Corrosão sob tensão Corrosão localizada
Corrosão por “pitting”
Fluidos com H2S Corrosão sob tensão Corrosão localizada

Revestimentos que Trincas por fragilização pelo Hidrogênio


liberam Hidrogênio

3.30 Temperaturas a considerar na ligação flangeada


Conforme a norma de projeto e construção de tubulações industriais, ASME B31.3
itens 301.3.2 (‘uninsulated componets”) e 301.3.3 (“externally insulated piping”):
a- Ligação flangeada não isolada termicamente:
Temperatura dos flanges: 90% da temperatura do fluido;
Temperatura do estojos e porcas: 80% da temperatura do fluido;
Temperatura da junta: 100 % temperatura do fluido.

b- Para ligação flangeada isolada termicamente:


Temperatura dos flanges: 100% da temperatura do fluido;
Temperatura do estojos e porcas: 100% da temperatura do fluido;
Temperatura da junta: 100 % temperatura do fluido.

Notas:
1- Para temperatura do fluido, adotar a temperatura de projeto.

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2- O ASME B31.3 permite adotar outros valores diferentes de temperatura, de ligações


flangeadas não isolados, se calculados por transferência de calor ou de medida
direta.
Por exemplo seguem os valores medidos por termografia de ligação flangeada de
tubos de catalisador de Forno Reformador de Hidrogênio: embora a temperatura de
projeto do fluído seja de 538ºC, a temperatura real de operação é 510ºC, a
temperatura real dos flanges é de aproximadamente 357ºC (70%) e dos parafusos de
aproximadamente 300ºC (59%).

3.31 Efeitos de temperaturas diferentes nos flanges e nos parafusos

Efeitos de temperaturas diferentes nos flanges e nos parafusos

Ocorrência Motivo Resultado Risco


Dilatações axiais diferentes • Se temperatura • Aumento da tensão • Vazamento por
entre o flange e os no flange for dos parafusos e escoamento do
parafusos, devido a maior, caso de sobre a junta parafuso e/ou
temperaturas diferentes ou a ligações esmagamento
materiais dissimilares flangeadas sem da junta.
(coeficientes de dilatação isolamento
térmica diferentes) térmico.
• Se temperatura • Redução da tensão • Vazamento por
nos parafusos for nos parafusos e compressão
maior, caso de sobre a junta sobre a junta
ligações inferior a
flangeadas com mínima.
isolamento
térmico
Dilatações radiais diferentes • O anel do flange • Redução da tensão • Vazamento por
ao longo do pescoço até o age como uma nos parafusos e na compressão
anel do flange aleta, reduzindo a junta, devido à sobre a junta
temperatura, tendência de rotação inferior a
do flange mínima.
Dilatações radiais diferentes • Temperaturas • Movimentação radial • Vazamento por
entre os flanges de uma diferentes, em entre os flanges e destruição da
ligação flangeada. cada flange, ou cisalhamento da junta.
materiais junta.
dissimilares
(coeficientes de
dilatação térmica
diferentes).

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Dilatação Térmica
12

10

8
x 10-6 in/in/ºF

aço carbono
2 aço inox austenítico
aço inox ferrítico - 17Cr
aço inox ferrítico - 27Cr
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
50
50
50
50
50
70
15
25
35
45
55
65
75
85
95
10
11
12
13
14

ºF

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3.32 Classificação dos Serviços de Tubulações


Com relação à criticidade, os serviços, conforme o código ASME B31.3, classificam-se em:

Serviços Características Produtos enquadrados


ASME B31.3
Geral Serviços com baixo potencial de risco, sob o ponto de vista de Fluidos não inflamáveis e não tóxicos
ou segurança, continuidade operacional e meio ambiente, em caso de Ar de serviço
Categoria ocorrer vazamento. Ar de instrumentos
D Exemplos de sistemas que geralmente são de baixo risco, mas não Água de mancais
limitados a estes, estão a seguir: Água de resfriamento
a- Fluido não inflamável, não tóxico, não nocivo ao homem e ao Água potável
ambiente, com pressão de projeto inferior a 10 kgf/cm² man e Água de incêndio
temperatura de projeto inferior a 85ºC; Água industrial
b – Águas em geral (de incêndio mancal, industrial, resfriamento e Água desmineralizada
potável); Espuma de combate a inc6endio
c - Vapor de baixa e média pressão; Condensado de baixa pressão
d - Condensado de baixa e média pressão; Condensado de média pressão
e- Ar de serviço e instrumentação. Vapor de baixa pressão Classe 150
Vapor de média pressão Classe 300
DEA abaixo de 80ºC
Óleo lubrificante e óleo hidráulico

Serviço Serviços com médio potencial de risco, sob o ponto de vista de Resíduo de vácuo (RV) abaixo de 230ºC
Normal segurança, continuidade operacional e meio ambiente, se ocorrer Resíduo atmosférico (RAT) abaixo de 230ºC
vazamento. Gasóleo de circulação (GOC) abaixo de 230ºC
Exemplos de sistemas que geralmente são de médio risco, mas não Óleo clarificado (OCLA) abaixo de 230ºC
limitados a estes, estão a seguir: Demais hidrocarbonetos, exceto óleo hidráulico e
a - Hidrocarbonetos com temperatura menor que 250ºC, localizados lubrificante
dentro ou entre unidades de processo. DEA acima de 80ºC
b - Água e vapor d’água que operem em pressões até 50 kgf/cm2 m.
Água residual não tratada
c - Produtos químicos: soda cáustica, DEA e ácido sulfúrico.
Produtos químicos: soda, inibidores, ácidos

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Serviço Serviços com alto potencial de risco, sob o ponto de vista de segurança, Resíduo de vácuo (RV) acima de 230ºC
Crítico continuidade operacional e meio ambiente, se ocorrer vazamento. Resíduo atmosférico (RAT) acima de 230 ºC
Exemplos de sistemas que geralmente são de alto risco, mas não Gasóleo de circulação (GOC) acima de 230ºC
limitados a estes, estão a seguir: Óleo clarificado (OCLA) acima de 230ºC
a - Gases inflamáveis que são auto-refrigerantes e podem causar Gás combustível tratado e não tratado
fratura frágil em caso de vazamentos ou produtos voláteis que podem GLP tratado e não tratado
causar nuvens tóxicas ou poluentes; GNL
b- Hidrocarbonetos cujo ponto de ebulição está acima da temperatura Produtos tóxicos com “VOC”
ambiente, como por exemplo C2, C3 e C4; Vapor de alta pressão Classe 600 e acima
c - Produtos que apresentam H2S com teor maior que 3% em peso;
d - Produtos com temperatura maior que 250ºC;
e - Produtos que apresentem pressão parcial de H2 superior a 4,5 bar;
f - Produtos tóxicos ou letais;
g- Produtos em pressão acima de 50 kgf/cm² man;
h- Vapor d’água de classe de pressão 600 e acima;
i- Gás inflamável: gás residual de processo, GLP, gás combustível, gás
natural e gás para tocha;
j- Produto tóxico “categoria M” da norma ASME B31.3;
k- Linhas ligadas a máquinas rotativas;
l- Linhas com escoamento de fluxo bi-fásico;
m- Linhas de hidrocarbonetos e produtos químicos com elevado nível
de vibração;
n- Produtos poluentes VOCs “Volatile Organic Compounds”, como
aromáticos e benzeno.

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4 PREMISSAS BÁSICAS PARA O APERTO INICIAL OU DE MONTAGEM


4.1 Validade
Este procedimento é valido para parafusos novos ou usados, limpos por meio da ação
de escovamento e lubrificados com MOLYKOTE (Dissulfeto de Molibdênio).

4.2 Reutilização de parafusos, estojos e porcas


A reutilização de estojos que já trabalharam é possível mediante autorização da
fiscalização.
Os parafusos ou estojos a serem reutilizados devem ser limpos, bem escovados para
estarem livres de oxidações, carepas, permitindo a inspeção visual.
Os parafusos ou estojos devem ser substituídos sempre que apresentarem na
inspeção visual, após escovamento rigoroso, um dos seguintes problemas:
• Marcas ou poros de oxidação ou corrosão;
• Filetes de rosca amassados, partidos ou com falta de filetes;
• Redução de área transversal do estojo;
• Trincas ou entalhes;
• Falta de verticalidade.
Os parafusos e estojos de pequeno diâmetro até ¾”, que apresentam a tendência de
deterioração mais rápida, é preferível que seja totalmente substituídos por novos.

Os parafusos e estojos que serão reaproveitados, devem ser armazenados em caixas


específicas para a sua conservação e transporte.

Nas ligações críticas, em que o aperto deve ser controlado e há histórico de


vazamentos, devem ser utilizados parafusos, estojos e porcas novos, em cada parada
de manutenção, pelos seguintes motivos:
• Na utilização de estojos e/ou porcas oxidados, há estudos que demonstram que o
torque efetivo transferido a parafusos jé em torno de 30% do torque que seria
transferido com estojos novos e lubrificados.
• O acabamento superficial dos estojos e porcas tem influência direta na integridade da
ligação flangeada.
• Estojos e/ou porcas com trincas internas e superficiais de modo algum podem ser
reutilizados.
• Normalmente, os estojos reaproveitados acumulam deformação plástica, que pode
estar comprometendo a área de raiz.
• A mixagem de estojos novos com reaproveitados reduz a confiabilidade da ligação
flangeada, pois os mesmos não apresentam um aperto uniforme ao longo de toda
periferia do flange.

4.3- Uso de arruelas


Usar arruelas endurecidas em ligações de alta pressão e ou temperatura, para se
prevenir o “embutimento” da porca na face do flange.

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4.4 Aperto dos parafusos


Os parafusos são projetados para resistirem à força de tração, devido à pressão
interna na região da junta, e manter a compressão sobre a junta, necessária para a
selagem da junta flangeada.
Condições que afetam a força de tração residual no parafuso, após o aperto de
montagem:

4.4.1 Na montagem
• Atrito efetivo entre parafuso x porca e entre porca x flange;
• Qualidade das roscas;
• Tolerâncias dimensionais dos parafusos, porcas, junta de vedação e flange;
• Competência do executante;
• Precisão da ferramenta;
• Calibração da ferramenta;
• Qualidade do lubrificante;
• Perda de aperto por:
o Interação elástica entre parafusos vizinhos, durante uma seqüência
indevida de aperto;
o Relaxação das porcas, devido à flexão dos filetes de rosca;
o Relaxação da junta de vedação após a seqüência de apertos sucessivos;
Nota: Para a compensação da soma das perdas de aperto, a força inicial
de tração em cada parafuso deve ser aumentada, até o limite admissível
em relação à tensão de escoamento do parafuso ou esmagamento da
junta.

4.4.2 Em operação
• Escoamento de parafusos e estojos;
• “Creep” ou fluência dos parafusos e estojos e da própria junta de vedação;
• Relaxação continuada dos estojos e/ou junta de vedação;
• Rotação/flexão dos flanges;
• Variações das condições de operação.

Os valores de torque, apresentados nas tabelas deste procedimento, são aplicáveis


exclusivamente aos parafusos ou estojos de material conforme norma ASME SA193
Grau B7, Grau B16 e Grau B8, utilizados em flanges padronizados conforme ASME
B16.5 ou ASME B16.47 e a flanges calculados conforme ASME Sec VIII Div 1 App. 2.

A área crítica da vedação é a face de selagem dos flanges, onde a junta se assenta, e
deve ser protegida de dano, sendo proibido o uso de graxa ou revestimento.

4.5 Princípios da montagem e desmontagem corretas de ligações aparafusadas


Os itens a seguir devem ser, rigorosamente, respeitados.

4.5.1 Identificação dos componentes


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• Flanges: tipo, diâmetro, material e classe de pressão;


• Grau de acabamento da face do flange;
• Parafusos: diâmetro, material, rosca e comprimento corretos, para o flange e
conforme o método de aperto;
• Porcas: diâmetro, material e rosca;
• Lubrificante: coeficiente de atrito conhecido;
• Junta de vedação: tipo, diâmetro, material.
Nota: É obrigatória a identificação do material e do fabricante estampadas no
parafuso, porca, arruela e junta de vedação.

4.5.2 Inspeção dos componentes


• Flanges; faces limpas, sem danos, e acabamento conforme junta de vedação;
• Porcas e parafusos: limpos e sem danos;
• Junta de vedação: limpa e sem danos.

4.5.3 Montagem dos componentes


• Parafusos e porcas lubrificados nas roscas;
• Porcas lubrificadas na face em contato com o flange;
• Colocação correta dos parafusos, que assegure a projeção requerida além da face da
porca;
• Junta de vedação centralizada na face de assentamento.
o colar a junta na sede com o produto 3M 77;
o usar o lubrificante Jet Lub 550 0u Chesterton 772.

4.5.4 Alinhamento das faces de flanges


• Tolerância no diâmetro externo: ±1 mm;
• Tolerância na verticalidade da face, medida no diâmetro: 0,5 mm para cada 200 mm;
• Alinhamento entre os parafusos; ± 3 mm.

4.5.5 Calibração da ferramenta e do manômetro, no caso de máquinas ou


ferramentas pneumáticas ou hidráulicas
• Periodicidade de calibração da ferramenta, ao menos anual;
• Periodicidade de calibração do manômetro, sempre que for utilizá-lo.

4.6 Métodos de aperto


O aperto deve tracionar o parafuso no regime elástico, que como uma mola, tentando
retornar ao seu comprimento original, exerce uma força de compressão sobre a junta
de vedação.

• Torqueamento
É o método mais usado e o de menor custo.
São usadas as chaves de impacto, manuais e hidráulicas, que aplicando uma força
de torção sobre a porca, geram uma força de tração no parafuso.

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• Tensionamento
São usados os tensionadores hidráulicos que aplicam uma força de tração
diretamente no parafuso, que é mantida com o giro manual da porca até encostar na
face do flange.

4.7 Identificação por “tagueamento” de juntas flangeadas críticas


• Identificação “tag”;
• Localização;
• Desenho ou norma de referência;
• Tipo de flange, Diâmetro e classe de pressão;
• Material do flange e dos parafusos;
• Tipo e material da junta de vedação;
• Torque ou força de aperto do parafuso;
• Método de aperto dos parafusos;
• Ferramenta e pressão de aperto;
• Lubrificante a utilizar.

Exemplo da etiqueta recomendada pelo ASME PCC 1

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Providências para o início do trabalho de aperto de ligações flangeadas e


aparafusadas

Com relação ao local:


a- Conhecer os procedimentos de segurança do local de serviços:
b- Portar todos os EPIs apropriados para a execução do serviço: uniforme, capacete,
botas, luvas, óculos de segurança com ampla visão, protetores auriculares, máscara de
fuga;
c- Preparar todas as ferramentas necessárias: chaves fixas, torquímetro manual
calibrado, máquina de aplicação do torque controlado, soquetes, mangueiras de alta
pressão, escova de aço, lubrificantes para parafuso, porca e arruela;
d- Preparar o local de trabalho: ambiente limpo e bem iluminado;
e- verificar e colocar nas válvulas de bloqueio das linhas envolvidas, etiqueta com os
dizres “não abra, equipamento em manutenção”;
f- Sempre aguardar a liberação da equipe de segurança para o início dos trabalhos;

Com relação aos flanges, parafusos e estojos:


a- Certificar-se da inexistência de material estranho e sujeira nas superfícies de
vedação, nos parafusos, estojos ou prisioneiros, porcas e arruelas;
b- Examinar possíveis defeitos nos parafusos, estojos, porcas e arruelas, tais como:
rebarbas, ou trincas,
c- Conferir se os parafusos e estojos devem ser de mesmo material e dimensões;
d- Examinar a superfície dos flanges á procura de empenamentos, riscos, marcas de
ferramentas, mossas, ou qualquer ocorrência que prejudique o assentamento
apropriado da junta;
e- Verificar o grau de acabamento – rugosidade - da superfície dos flanges.
f- Verificar o alinhamento dos flanges e dos respectivos furos, sem aplicação de força
excessiva.
Nota: A tolerância máxima é de 0,5 mm para cada 200 mm de diâmetro do flange, e de
3 mm entre as furações dos parafusos e estojos.
g- Numerar os parafusos e estojos ou os furos com “marca tudo”, seguindo a
seqüência do desenho,
i- Instalar cada um dos parafusos e estojos com suas respectivas porcas e arruelas, e
com a mão movimentar as porcas até que encostem nos flanges.
j- Cada parafuso ou estojos deve ultrapassar a porca em pelo menos 2 fios de rosca.

Com relação à junta de vedação:


a- Verificar se a junta instalada é a adequada ao serviço;
b- Assegurar que a junta é de material e dimensões do projeto;
c- Verificar se a junta está sem defeitos;
d- Certificar de que a junta está centralizada entre os flanges;
e- Para colar a junta, utilizar a cola spray adesivo 3M Super 77;
f- Aproximar os flanges verificando se a junta será mordida ou danificada.

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Com relação ao lubrificante:


a- Utilizar apenas os lubrificantes indicados no projeto;
b- Aplicar o lubrificante me abundância uniformemente, nas rosca e nas superfícies de
aperto dos parafusos, porcas e arruelas.
c- Assegurar que o lubrificante não contamine a junta ou a superfície de contato do
flange.

Com relação à máquina de aperto:


a- Instalar a ferramenta de torque controlado,
b- Regular a pressão há máquina para a obtenção do torque desejado.

5 PADRÃO DE APERTO DE INICIAL OU DE MONTAGEM

5.1 CONDIÇÕES GERAIS

5.1.1 Condições para o aperto inicial e reaperto a quente dos parafusos


• Lubrificação dos parafusos e porcas.

• A face de contato entre porca e flange deve ser limpa e de acabamento liso.

• Lubrificar a superfície de apoio da porca, somente do lado em que o torque de


aperto será aplicado. O 1º aperto é com as mãos. Se o controle de elongação por
Ultrassom for usado, fazer a medida do comprimento de cada estojo. Fazer nova
medição, a cada 8 estojos e reapertar, se necessário.

• Uso de arruelas temperadas (endurecidas) de atrito reduzido e conhecido, entre as


porcas e a superfície da face do flange, nas ligações críticas;
Nota: O uso de arruela endurecida, entre a porca e o flange, melhora o
atrito e reduz a tensão de flexão associada ao torqueamento, devido à
reação no apoio contra o parafuso adjacente.

• O aperto deve ser repassado, em seqüência preestabelecida, de forma a obter


valores uniformes.

• Deixar após cada porca, no mínimo, 3 (três) filetes de rosca do estojo, no caso de
uso de torquímetro. Quando o tensionador hidráulico é usado, este comprimento
deve ser no mínimo igual ao diâmetro do parafuso.

• Na montagem da junta de vedação a sede do flange deve estar limpa de poeira,


óleo, graxa e qualquer substância. Uma fina camada de óleo, não mais viscoso que
o querosene pode ser aplicado, se necessário, para auxílio na fixação da junta.

• Na prática, o aperto inicial sofre uma redução significativa na partida da unidade e


ao longo da operação, em função do relaxamento da junta e dos parafusos.
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Nas ligações críticas, para o controle da tensão atuante na junta, durante a


partida, na temperatura em torno de 150 - 200 °C verificar o aperto das ligações
flangeadas e executar o reaperto de partida, nas ligações que acusarem torque
abaixo do nominal.

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5.1.2 Esquema de funcionamento em operação da ligação aparafusada de junta flangeada

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5.1.3 Seleção do método de aperto


DN: diâmetro nominal da junta flangeada
Método de aperto Aplicação em ligações flangeadas
DN: diâmetro nominal do flange
Chave de impacto DN ≤ 6”
pneumática Condições de pressão e temperatura
correspondentes às classes 150 e 300
Máquina de torque hidráulico DN ≤ 6”
Condições de pressão e temperatura
correspondentes à classe 600;
DN ≥ 8”
Condições de pressão e temperatura
correspondentes às classes 150, 300 e 600
Máquina de torque hidráulico Todos DN
com controle de Condições de pressão e temperatura
alongamento correspondentes às classes 900, 1500 e 2500
Máquina tensionadora ou Em ligações críticas de equipamentos e em
tensionador parafusos de diâmetro nominal ≥ 2 ½”.

5.2 PADRÃO PARA USO EM EQUIPAMENTOS


Adotar para equipamentos o padrão conforme Tabela acima aperto de parafusos com
torque controlado.

5.3 PADRÃO PARA USO EM TUBULAÇÕES


Para as tubulações, o método para aperto deve ser selecionado conforme a tabela a
seguir, a partir do Serviço da Tubulação, definido conforme item 3.32 Tabela
Classificação dos Serviços de Tubulações.
.

Serviço Método de aperto


Serviço geral Montagem manual com chave de impacto pneumática, sem controle
ou Categoria do alongamento.
D Aplicável até parafuso com diâmetro nominal menor ou igual a ¾”.

Serviço Máquina de torque ou torquímetro sem controle do alongamento.


Normal
Serviço Crítico Máquina de torque ou torquímetro com controle do alongamento.
Em parafuso acima de 3” de diâmetro nominal usar máquina
tensionadora.

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6 PROCEDIMENTO DE APLICAÇÃO DO APERTO INICIAL OU DE MONTAGEM EM


UNIÕES APARAFUSADAS DE LIGAÇÕES FLANGEADAS DE EQUIPAMENTOS E
TUBULAÇÕES

6.1 Limpeza e lubrificação


6.1.1 Limpeza de estojos, parafusos e porcas
Exemplo de estojo encontrado na área pronto para ser utilizado no equipamento.
Neste estado, o atrito entre porca e estojo é da ordem de 0,5, reduzindo muito a força de
aperto realmente presente no estojo, após a aplicação do torque.

O coeficiente de atrito, em função das condições físicas dos estojos, é muito influenciado
pelo grau de limpeza e a lubrificação.

Limpeza e lubrificação são essenciais para garantir que o torque aplicado seja
efetivamente transmitido ao estojo e não perdido por atrito elevado.

Coeficiente de Atrito
Coef.Atrito

0,7 usado/sujo sem


lubrificante
0,6
novo/limpo sem
0,5 lubrificante
0,4 novo/limpo com
lubrificante
0,3
usado/escovado
0,2 sem lubrificante
0,1 usado/escovado
com lubrificante
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Parafuso 36/72
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Lubrificante entre Porca/Parafuso Coeficiente


de atrito
Graxa Dissulfeto de Molibdênio 0,100
Graxa Molibdênio, Óxido Chumbo e Grafite 0,125
Graxa com base em Cobre e Grafite 0,140
Graxa com base em Niquel e Grafite 0,150
API SA2 0,157
Aço Inoxidável com superfície polida sem 0,170
lubrificante
Óleo de Máquina 0,200
Aço Galvanizado sem lubrificante 0,300
Aço Liga/Carbono sem lubrificante 0,440

Lubrificante entre Porca/Flange/Arruela Coeficiente


de atrito
Graxa Dissulfeto de Molibdênio 0,100
Graxa Molibdênio, Óxido Chumbo e Grafite 0,125
Graxa com base em Cobre e Grafite 0,140
Graxa com base em Niquel e Grafite 0,150
API SA2 0,157
Aço Inoxidável com superfície polida sem 0,170
lubrificante
Óleo de Máquina 0,200
Aço Galvanizado sem lubrificante 0,300
Aço Liga/Carbono sem lubrificante 0,440

6.1.2 Lubrificação
O lubrificante deve ser aplicado nas superfícies que terão atrito (filetes ou roscas) dos
parafusos e das porcas, superfície de apoio da porca (superfície do flange ou arruela),
exceto para as porcas do lado oposto ao do aperto.
Não aplicar lubrificante na junta de vedação ou nas superfícies de contato da junta.

Na escolha do lubrificante, este deve ser quimicamente compatível com o material do


parafuso e das porcas, resistir à temperatura de operação, em particular não causar
corrosão sob tensão ou propiciar o ataque por H2.

6.1.3 Montagem das Porcas


As porcas deverão estar rodando livres (com a mão).

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6.1.4 Seleção do lubrificante


Usar lubrificantes de baixo atrito e não corrosivos.
Para as aplicações correntes, até temperatura da ordem de 400ºC, utilizar o lubrificante
à base dissulfeto de molibdênio (Molikote 1000 ou Molikote 37P).
Acima de 400 ºC empregar lubrificante à base de Níquel.

6.1.5 Fatores de atrito a serem adotados


Condições do estojo e da porca Fator de atrito a
considerar
Usados, oxidados e sujos 0,50
Usados, limpos por escovamento e lubrificados 0,16
Novos não lubrificados 0,20
Novos e lubrificados (Molikote 1000 ou Molikote 37P) 0,12

6.2 Mapeamento da furação do flange


6,2.1 Uma seqüência numérica, dos parafusos e estojos, crescente em sentido horário
deve ser marcada no flange, com marcador industrial ou outro meio indelével, antes do
inicio dos trabalhos.

6.2.2 Deverão ser marcados no mínimo 4 pontos, defasados em 90°, para a medição de
paralelismo.

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6.3 Seqüência de aperto cruzado do código ASME PCC 001/2000


Independente do método utilizado no aperto, a seguinte seqüência, conhecida como
“padrão cruzado”, em que são apertados simultaneamente estojos diametralmente
opostos é utilizada.

A prática mostra que a tensão aplicada em um estojo reduz após o aperto de estojos
vizinhos, daí a recomendação é o uso de máquina hidráulica para aperto simultâneo e
cruzado, de pelo menos 4 estojos vizinhos de cada vez.

A aplicação do Torque deverá obedecer a uma seqüência lógica, que começa pelo
primeiro furo marcado no mapeamento e segue conforme tabela.

Os flanges com mais de 32 furos devem ser apertados em grupos conforme tabela.

Tabela: Seqüência do aperto cruzado

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Nº Furos Seqüência de Aperto


04 1-3-2-4
08 1-5-3-7 2-6-4-8
12 1-7-4-10 2-8-5-11 3-6-9-12

Aperto individual
16 1-9-5-13 3-11-7-15 2-10-6-14 4-12-8-16
20 1-11-6-16 3-13-8-18 5-15-10-20 2-12-7-17 4-14-9-19
1-13-7-19 4-16-10-22 2-14-8-20 5-17-11-23 3-15-9-21
24
6-18-12-24
1-15-8-22 4-18-11-25 6-20-13-27 2-16-9-23 5-19-12-26
28
7-21-14-28 3-17-10-24
1-17-9-25 5-21-13-29 3-19-11-27 7-23-15-31 2-18-10-26
32
6-22-14-30 4-20-12-28 8-24-16-32
1-2-3- 19-20-21 10-11-12 28-29-30 4-5-6
36 22-23-24 13-14-15 31-32-33 7-8-9 25-26-27
16-17-18 34-35-36
1-2-3-4 21-22-23-24 13-14-15-16 33-34-35-36 5-6-7-8
40
25-26-27-28 17-18-19-20 37-38-39-40 9-10-11-12 29-30-31-32
1-2-3-4 25-26-27-28 13-14-15-16 37-38-39-40 5-6-7-8
44 29-30-31-32 17-18-19-20 41-42-43-44 9-10-11-12 33-34-35-36
21-22-23-24 45-46-47-48
1-2-3-4 25-26-27-28 13-14-15-16 37-38-39-40 5-6-7-8-
48 29-30-31-32 17-18-19-20 41-42-43-44 9-10-11-12 33-34-35-36
21-22-23-24 45-46-47-48
1-2-3-4 29-30-31-32 13-14-15-16 41-42-43-44 5-6-7-8
Aperto em Grupo

52 33-34-35-36 17-18-19-20 45-46-47-48 21-22-23-24 49-50-51-52


25-26-27-28 9-10-11-12 37-38-39-40
1-2-3-4 29-30-31-32 13-14-15-16 41-42-43-44 21-22-23-24
56 49-50-51-52 9-10-11-12 37-38-39-40 25-26-27-28 53-54-55-56
17-18-19-20 45-46-47-48 5-6-7-8- 33-34-35-36
1-2-3-4 29-30-31-32 45-46-47-48 13-14-15-16 5-6-7-8
60 37-38-39-40 21-22-23-24 53-54-55-56 9-10-11-12 33-34-35-36
49-50-51-52 17-18-19-20 41-42-43-44 57-58-59-60 25-26-27-28
1-2-3-4 33-34-35-36 17-18-19-20 49-50-51-52 9-10-11-12
41-42-43-44 25-26-27-26 57-58-59-60 5-6-7-8 37-38-39-40
64
21-22-23-24 53-54-55-56 13-14-15-16 45-46-47-48 29-30-31-32
61-62-63-64
1-2-3-4 37-38-39-40 21-22-23-24 53-54-55-56 9-10-11-12
45-46-47-48 29-30-31-32 61-62-63-64 17-18-19-20 57-58-59-60
68
33-34-35-36 5-6-7-8 41-42-43-44 13-14-15-16 49-50-51-52
25-26-27-28 65-66-67-68
6.3.1 Etapas de instalação e aperto dos parafusos e estojos
6.3.1.1 Primeira Etapa (1º Passo - Encosto)
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Dar o primeiro aperto em todas as porcas manualmente, ou com auxílio de ferramenta


manual (Chave de Boca), seguindo toda a seqüência cruzada.
Parafusos de maior diâmetro podem requerer a utilização ferramenta pneumática. Para
tanto deve-se confirmar que o torque aplicado não exceda 20% do valor do torque final.
Após o encosto, assegurar que os flanges estejam alinhados e paralelos medindo o
espaçamento entre eles em, no mínimo, quatro pontos espaçados em 90° (Valores
conforme Tabela do item 6.7 deste procedimento).

6.3.1.2 Segunda Etapa (2º Passo – 30% do Torque)


Apertar cada porca até aproximadamente 30% do Torque final especificado, seguindo a
seqüência cruzada.
Após o aperto, assegurar que os flanges estejam alinhados e paralelos medindo o
espaçamento entre eles em, no mínimo, quatro pontos espaçados em 90° (Valores
conforme Tabela do item 6.7 deste procedimento).
Em caso de desalinhamento ou falta de paralelismo, efetuar a correção afrouxando os
estojos e retomando esta etapa do princípio, reapertando com 30% do torque final.

6.3.1.3 Terceira Etapa (3º Passo – 60% do Torque)


Apertar cada porca até aproximadamente 60% do Torque final especificado, seguindo a
seqüência cruzada.
Assegurar que os flanges estejam alinhados e paralelos medindo o espaçamento entre
eles em, no mínimo, quatro pontos espaçados em 90°. (Valores conforme Tabela do item
6.7 deste procedimento).

6.3.1.4 Quarta Etapa (4º Passo – 110% do Torque)


Apertar cada porca até atingir o torque final especificado, seguindo a seqüência cruzada.

6.3.1.5 Quinta Etapa (5º Passo – 100% do Torque)


Aplicar o torque final em todas as porcas sequencialmente, no sentido horário até que
não haja mais rotação das porcas.

6.3.1.6 Reaperto a quente


No reaperto a quente aplicar as etapas quarta e quinta.

O reaperto a quente deve ser aplicado quando a temperatura do flange está na faixa de
temperaturas de 150ºC a 200ºC.

6.4 Seqüência alternativa de aperto conforme Procedimento de aperto de estojos


baseado na norma japonesa HPIS Z 103 TR

Passo Procedimento
Preparação Escovar manualmente a rosca dos estojos e das porcas com

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escova de aço.
Aplicar e verificar a perfeita lubrificação dos estojos e porcas
em todo o curso previsto das porcas sobre os estojos e em toda
a altura da porca. Utilizar somente o tipo e marca da graxa
especificada pela fiscalização da Petrobras. Não misturar
graxas diferentes na mesma rosca.

Instalação Apertar com a mão todos os estojos.


Depois apertar 4 ou 8 estojos igualmente espaçados aplicando
torque de aperto progressivo e gradual até atingir 100% do
torque final*, usando a seqüência de torqueamento cruzada.
Nesse ponto, verificar o paralelismo e a uniformidade da
distância entre os flanges em toda a circunferência.
Aperto Apertar todos os estojos com torque de aperto de 100% do
torque final* usando o esquema de torqueamento seqüencial
horário para o número de passes especificado pela fiscalização
da Petrobras (a princípio são seis passes para flanges maiores
que 10 polegadas de diâmetro e quatro passes para diâmetros
menores). Se necessário, continuar o processo até que não
ocorra rotação em nenhuma porca (apertando todos os estojos
com o esquema seqüencial. Não é para apertar somente a
porca que apresentou giro).
Reaperto a frio Esperar doze horas (no mínimo quatro horas) e aplicar um ou
dois passes de reaperto, seguindo o mesmo esquema do passo
anterior (Aperto).
• Torque final = Torque de projeto acrescido de 10 %

6.4.1 Exemplo de Aplicação dessa seqüência em um permutador de calor, da


RPBC, com medição do tempo gasto no trabalho
(Colaboração do engº CT Nelson Pedrão da RPBC)

Equipamento: Permutador P-22313 - 07 B


Diâmetro dos parafusos: ø2.1/4"
Qtd parafusos: 40
Torque aplicado em
100%: 5800 Lbf.ft
Ferramenta utilizada: 1 chave Hytorc 14 XLCT e 1 Bomba pneumática Enerpac
Obs.: Na aplicação do torque cruzado foram utilizados dois operadores, ficando um
em cada lado do equipamento, para reduzir o tempo de deslocamento do operador.

Procedimento de Aperto
O aperto foi executado em cinco passos
Aplicação de 30% do torque final, através de aperto cruzado, na
PASSO 1 - seqüência A;
PASSO 2 - Repete passo 1 com 70% do torque;
PASSO 3 - Repete passo 1 com 100% do torque;
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PASSO 4 - Aplicação de 100 % de torque em todos os parafusos seqüência B;


Aplicação de 110 % de torque em todos os parafusos seqüência B,
PASSO 5 - repetindo
até que não tenha mais nenhuma porca
girando
Considerando uma numeração horária e seqüencial de 1 a 40 na
furação do flange:
Seqüência A: 1-21 / 11-31 /16-36 / 6-26
1-2-3 ... até 40 no sentido
Seqüência B: horário

Tempos medidos:
Total de 47 minutos / média de 3 minutos de máquina operando por
PASSO 1 - parafuso
Total de 51 minutos / média de 3 minutos de máquina operando por
PASSO 2 - parafuso
Total de 1:05 h / média de 5 minutos de máquina operando por
PASSO 3 - parafuso
PASSO 4 - Total de 1:50 h
PASSO 5 - Total de 50 min

Tempo total = 5:25 h.

6.4.2 Seqüência de reaperto


A mesma seqüência aplicada no aperto inicial ou de montagem deve também ser
aplicada no reaperto. .

O reaperto deve ser aplicado quando a temperatura do flange está na faixa de 150ºC a
200ºC.

6.5 Informações a serem compiladas na Folha de Dados de cada junta flangeada, a


ser entregue para o executante do serviço

• Lubrificante a ser aplicado


É importante que seja especificado um lubrificante único a ser usado, de boa
qualidade, não corrosivo, resistente à temperatura e de coeficiente de atrito conhecido.
O lubrificante deve ser aplicado nas superfícies de trabalho, ou seja, roscas de
parafusos e porcas, face do flange de contato com as porcas.
• Valor do aperto a ser aplicado
O aperto, independentemente, do método, deve ser aplicado na seqüência cruzado e
em etapas, 30%, 60% e 100% do aperto calculado.
Atingidos os 100%, se deve aplicar na seqüência dos ponteiros do relógio, agora 110%
do aperto em todos os parafusos.
• Ferramenta a utilizar
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Ferramenta calibrada como torquímetro de acionamento manual é aceitável para


parafuso de diâmetro menor que 1”.
Para parafusos de diâmetro 1” e acima usar máquina de torque hidráulico.
• Uso de ferramentas tipo máquina de torque de múltiplo aperto
O aperto múltiplo, isto é, o aperto simultâneo de no mínimo 4 parafusos cruzados, é
mais rápido e eficiente, pois mantém o paralelismo das faces dos flanges e reduz o
efeito da iteração elástica, que provoca a redução da tensão do parafuso vizinho ao
parafuso sendo apertado, durante a seqüência de aperto.
• Uso de máquina tensionadora ou tensionador hidráulico
O tensionador hidráulico deve ser de múltiplo aperto. Além das mesmas vantagens do
torqueamento múltiplo, o método de tensionamento permite aplicar 100% de aperto de
uma única operação, tracionando cada parafuso em etapas (50% e 100%).

6.6 “Tagueamento” da junta flangeada


Após o aperto de montagem a ligação flangeada deve ser “tagueada” com as seguintes
informações: data do aperto, valor do aperto, executante, ferramenta utilizada, pressão
utilizada.

6.7 Alinhamento e paralelismo


Assegurar que os flanges estejam alinhados e paralelos medindo o espaçamento entre
eles em, no mínimo, quatro pontos espaçados em 90° (Conforme a marcação feita).

Exemplo de gabarito para conferir o paralelismo entre os flanges de uma ligação


flangeada, desenvolvido pelo engº Chien da REPLAN/MI/EE:

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6.8 Verificação da largura mínima da junta


A largura da junta deve ser maior que o seguinte valor calculado, para se evitar o
esmagamento:
N≥ Ab.Sa . (unidades coerentes)
2. 3,14. y. G
Ab: área total de parafusos;
As: tensão de aperto do parafuso;
Y: fator “y” do ASME;
G: diâmetro efetivo da junta.

7 MÉTODOS DE APERTO

7.1 Método do aperto manual com chave de impacto (n]ao é considerado torque de
valor controlado)
É um método ainda utilizado para o serviço geral sem maior importância.
O aperto manual previsto com o uso de chave de impacto, conforme ASME VIII 1
Appendix S “Design Consideration for Bolted Flange Connections”, também atende ao
ASME PCC1 - 2000 “Guidelines for pressure boundary bolted flange joint assembly”, até
o limite de parafuso de diâmetro nominal ¾” .

A tensão desenvolvida no parafuso, quando apertado manualmente, com chave de boca,


é, aproximadamente, calculada conforme o ASME VIII ! App. S com a expressão:

d: diâmetro nominal do parafuso em pol.


S (psi) = 45000
d

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φ (pol) S (psi) Tensão S/Sy para estojo B7


resultante no estojo φ < 2 ½”
(Sy = 105.000 psi)
1/2 63650 0,600

5/8 56960 0,542


3/4 51960 0,495

7.2 Método do aperto por torqueamento ou máquina de torque ou torquímetro


Primeiramente, com chave manual de impacto ou comum, aperta-se a porca até a
condição de montagem sem folga.
A seguir aplicar o torque previamente estipulado conforme a seqüência de aperto
adotada.

7.2.1 Valores de aperto de ligações aparafusadas de corpo de


equipamentos, vasos, torres, reatores e permutadores de calor, pelo
método de torqueamento

a- Em juntas flangeadas não isoladas, com temperaturas do fluido até 400ºC.

b- Válido para os seguintes materiais de parafusos e estojos:


Parafuso SA193 Gr. B7 / porcas SA194 Gr. 2H até DN 4” máx.;
Parafuso SA320 GrL7 / porcas SA194 Gr4 ou Gr7 até DN 2 ½” máx.;
Parafuso SA193 GrB16 / porcas SA194 Gr4 até DN 4” máx.;
Parafuso SA193 Gr8 Cl2 / porcas SA194 Gr8TA até DN 1” máx. aplicar
deflator de 0,75.
DN: diâmetro nominal do parafuso ou estojo

c- Para o lubrificante Molikote 1000 ou P-37 (fator de atrito 0,16), adotar um


fator de correção de 0,80, sobre o valor de torque tabelado

Diâmetro nominal Tensão de tração Torque de montagem (lb-ft)


do parafuso (pol) do aperto (ksi) Fator de atrito: 0.20

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½” 13UNC 81.00 85
5/8” 11UNC 83.00 175
¾” 10UNC 79.50 300
7/8” 9UNC 81.70 500
1” 8UNC 73.50 675

1 1/8” UNC 50.00 750


1 ¼” 8UNC 50.00 1050
1 3/8” UNC 50.00 1,400
1 ½” 8UNC 50.00 1,800
1 5/8” UNC 50.00 2,350
1 ¾” 8UNC 50.00 2,950
1 7/8” UNC 50.00 3,650
2” 8UNC 50.00 4.500

2 ¼” 8UNC 50.00 6,500


2 ½” 8UNC 50.00 9.000
2 5/8” UNC 50.00 10.500
2 ¾” 8UNC 50.00 12,000
3” 8UNC 50.00 15,700

3 ¼” 8UNC 50.00 20,100


3 ½” 8UNC 50.00 25,300
3 ¾” 50.00 31.200
4” 50.00 38.000

2.5 Temperature Considerations


2.5.1 General
Use of flanged joints at either high or low temperatures shall take into consideration the
risk of joint leakage due to forces and moments developed in the connected piping or
equipment.
Provisions in paras. 2.5.2 and 2.5.3 are included as advisory with the aim of lessening
these risks.

2.5.2 High Temperature.


Application at temperatures in the creep range will result in decreasing bolt loads as
relaxation of flanges, bolts, and gaskets takes place.
Flanged joints subjected to thermal gradients may likewise be subject to decreasing bolt
loads.
Decreased bolt loads diminish the capacity of the flanged joint to sustain loads effectively
without leakage.

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At temperatures above 200°C (400°F) for Class 150 a nd above 400°C (750°F) for other
class designations, flanged joints may develop leakage problems unless care is taken to
avoid imposing severe external loads, severe thermal gradients, or both.

2.5.3 Low Temperature.


Some of the materials notably some carbon steels, may undergo a decrease in ductility
when used at low temperatures to such an extent as to be unable to safely resist shock
loading, sudden changes of stress, or high stress concentration.
Some codes or regulations may require impact testing for applications even where
temperatures are higher than −29°C (−20°F).
When such requirements apply, it is the responsibility of the user to ensure these
requirements are communicated to the manufacturer prior to the time of purchase.

7.2.2 Valores de aperto de ligações aparafusadas de tubulações com o


método de torqueamento
A ser aplicado em ligações flangeadas de tubulações e de bocais e bocas de visita
de vasos, torres, reatores e permutadores de calor.

a- Em juntas flangeadas não isoladas, com temperaturas do fluido até 400ºC.

b- Válido para os seguintes materiais de parafusos e estojos:


Parafuso SA193 Gr. B7 / porcas SA194 Gr. 2H até DN 4” máx.;
Parafuso SA320 GrL7 / porcas SA194 Gr4 ou Gr7 até DN 2 ½” máx.;
Parafuso SA193 GrB16 / porcas SA194 Gr4 até DN 4” máx.;
Parafuso SA193 Gr8 Cl2 / porcas SA194 Gr8TA até DN 1” máx. aplicar
deflator de 0,75.
DN: diâmetro nominal do parafuso ou estojo

Diam. Classe Quant. Parafuso Torque- (Lb.ft)


Medida da chave
Flange Pressão Furos (Lubrificado)
Cruzado Cruzado Cruzado Seqüencial
(A-193/B7 ou
Polegadas Milímetros 30% 60% Final Final
B16)

150# 4 1/2 7/8 22,23 18 36 60 60


300# 4 1/2 7/8 22,23 18 36 60 60
1/2" 600# 4 1/2 7/8 22,23 18 36 60 60
900# 4 3/4 1 1/4 31,75 63 126 210 210
1500# 4 3/4 1 1/4 31,75 63 126 210 210
3/4" 150# 4 1/2 7/8 22,23 18 36 60 60
300# 4 5/8 1 1/16 26,99 36 72 120 120
600# 4 5/8 1 1/16 26,99 36 72 120 120

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900# 4 3/4 1 1/4 31,75 63 126 210 210


1500# 4 3/4 1 1/4 31,75 63 126 210 210
150# 4 1/2 7/8 22,23 18 36 60 60
300# 4 5/8 1 1/16 26,99 36 72 120 120
1" 600# 4 5/8 1 1/16 26,99 36 72 120 120
900# 4 7/8 1 7/16 36,51 105 210 350 350
1500# 4 7/8 1 7/16 36,51 105 210 350 350
150# 4 1/2 7/8 22,23 18 36 60 60
300# 4 5/8 1 1/16 26,99 36 72 120 120
1.1/4" 600# 4 5/8 1 1/16 26,99 36 72 120 120
900# 4 7/8 1 7/16 36,51 105 210 350 350
1500# 4 7/8 1 7/16 36,51 105 210 350 350
150# 4 1/2 7/8 22,23 18 36 60 60
300# 4 3/4 1 1/4 31,75 63 126 210 210
1.1/2" 600# 4 3/4 1 1/4 31,75 63 126 210 210
900# 4 1 1 5/8 41,28 150 300 500 500
1500# 4 1 1 5/8 41,28 150 300 500 500
150# 4 5/8 1 1/16 26,99 36 72 120 120
300# 8 5/8 1 1/16 26,99 36 72 120 120
2" 600# 8 5/8 1 1/16 26,99 36 72 120 120
900# 8 7/8 1 7/16 36,51 105 210 350 350
1500# 8 7/8 1 7/16 36,51 105 210 350 350
150# 4 5/8 1 1/16 26,99 36 72 120 120
300# 8 3/4 1 1/4 31,75 63 126 210 210
2.1/2" 600# 8 3/4 1 1/4 31,75 63 126 210 210
900# 8 1 1 5/8 41,28 150 300 500 500
1500# 8 1 1 5/8 41,28 150 300 500 500
150# 4 5/8 1 1/16 26,99 36 72 120 120
300# 8 3/4 1 1/4 31,75 63 126 210 210
3" 600# 8 3/4 1 1/4 31,75 63 126 210 210
900# 8 7/8 1 7/16 36,51 105 210 350 350
1500# 8 1 1/8 1 13/16 46,04 225 450 750 750
150# 8 5/8 1 1/16 26,99 36 72 120 120
3.1/2" 300# 8 3/4 1 1/4 31,75 63 126 210 210
600# 8 7/8 1 7/16 36,51 105 210 350 350
4" 150# 8 5/8 1 1/16 26,99 36 72 120 120
300# 8 3/4 1 1/4 31,75 63 126 210 210
600# 8 7/8 1 7/16 36,51 105 210 350 350

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900# 8 1 1/8 1 13/16 46,04 225 450 750 750


1500# 8 1 1/4 2 50,80 315 630 1050 1050
150# 8 3/4 1 1/4 31,75 63 126 210 210
300# 8 3/4 1 1/4 31,75 63 126 210 210
5"
600# 8 1 1 5/8 41,28 150 300 500 500
900# 8 1 1/4 2 50,80 315 630 1050 1050
150# 8 3/4 1 1/4 31,75 63 126 210 210
300# 12 3/4 1 1/4 31,75 63 126 210 210
600# 12 1 1 5/8 41,28 150 300 500 500
6''
900# 12 1 1/8 1 13/16 46,04 225 450 750 750
1500# 12 1 3/8 2 3/16 55,56 420 840 1400 1400
2500# 8 2 3 1/8 79,38 1350 2700 4500 4500
150# 8 3/4 1 1/4 31,75 63 126 210 210
300# 12 7/8 1 7/16 36,51 105 210 350 350
8"
600# 12 1 1/8 1 13/16 46,04 225 450 750 750
900# 12 1 3/8 2 3/16 55,56 420 840 1400 1400
150# 12 7/8 1 7/16 36,51 105 210 350 350
300# 16 1 1 5/8 41,28 150 300 500 500
10"
600# 16 1 1/4 2 50,80 315 630 1050 1050
900# 16 1 3/8 2 3/16 55,56 420 840 1400 1400
150# 12 7/8 1 7/16 36,51 105 210 350 350
300# 16 1 1/8 1 13/16 46,04 225 450 750 750
12"
600# 20 1 1/4 2 50,80 315 630 1050 1050
900# 20 1 3/8 2 3/16 55,56 420 840 1400 1400
150# 12 1 1 5/8 41,28 150 300 500 500
300# 20 1 1/8 1 13/16 46,04 225 450 750 750
14"
600# 20 1 3/8 2 3/16 55,56 420 840 1400 1400
900# 20 1 1/2 2 3/8 60,35 540 1080 1800 1800
150# 16 1 1 5/8 41,28 150 300 500 500
300# 20 1 1/4 2 50,80 315 630 1050 1050
16"
600# 20 1 1/2 2 3/8 60,35 540 1080 1800 1800
900# 20 1 5/8 2 9/16 65,09 705 1410 2350 2350
150# 16 1 1/8 1 13/16 46,04 225 450 750 750
300# 24 1 1/4 2 50,80 315 630 1050 1050
18"
600# 20 1 5/8 2 9/16 65,09 705 1410 2350 2350
900# 20 1 7/8 2 15/16 74,61 1095 2190 3650 3650
20" 150# 20 1 1/8 1 13/16 46,04 225 450 750 750
300# 24 1 1/4 2 50,80 315 630 1050 1050

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600# 24 1 5/8 2 9/16 65,09 705 1410 2350 2350


900# 20 2 3 1/8 79,38 1350 2700 4500 4500
150# 20 1 1/4 2 50,80 315 630 1050 1050
300# 24 1 1/2 2 3/8 60,35 540 1080 1800 1800
24"
600# 24 1 7/8 2 15/16 74,61 1095 2190 3650 3650
900# 24 2 1/2 3 7/8 98,43 2700 5400 9000 9000
150 A 24 1 1/4 2 50,80 315 630 1050 1050
150 B 36 3/4 1 1/4 31,75 63 126 210 210
26 300 A 28 1 5/8 2 9/16 65,09 705 1410 2350 2350
300 B 32 1 1/4 2 50,80 315 630 1050 1050
400 B 28 1 3/8 2 3/16 55,56 420 840 1400 1400
150 A 28 1 1/4 2 50,80 315 630 1050 1050
150 B 40 3/4 1 1/4 31,75 63 126 210 210
28 300 A 28 1 5/8 2 9/16 65,09 705 1410 2350 2350
300 B 36 1 1/4 2 50,80 315 630 1050 1050
400 B 24 1 1/2 2 3/8 60,35 540 1080 1800 1800
150 A 28 1 1/4 2 50,80 315 630 1050 1050
150 B 44 3/4 1 1/4 31,75 63 126 210 210
30 300 A 28 1 3/4 2 3/4 69,85 885 1770 2950 2950
300 B 36 1 3/8 2 3/16 55,56 420 840 1400 1400
400 B 28 1 1/2 2 3/8 60,35 540 1080 1800 1800
150 A 28 1 1/2 2 3/8 60,35 540 1080 1800 1800
150 B 48 3/4 1 1/4 31,75 63 126 210 210
32 300 A 28 1 7/8 2 15/16 74,61 1095 2190 3650 3650
300 B 32 1 1/2 2 3/8 60,35 540 1080 1800 1800
400 B 28 1 5/8 2 9/16 65,09 705 1410 2350 2350
150 A 32 1 1/2 2 3/8 60,35 540 1080 1800 1800
150 B 40 7/8 1 7/16 36,51 105 210 350 350
34 300 A 28 1 7/8 2 15/16 74,61 1095 2190 3650 3650
300 B 36 1 1/2 2 3/8 60,35 540 1080 1800 1800
400 B 32 1 5/8 2 9/16 65,09 705 1410 2350 2350
150 A 32 1 1/2 2 3/8 60,35 540 1080 1800 1800
150 B 44 7/8 1 7/16 36,51 105 210 350 350
36 300 A 32 2 3 1/8 79,38 1350 2700 4500 4500
300 B 32 1 5/8 2 9/16 65,09 705 1410 2350 2350
400 B 28 1 3/4 2 3/4 69,85 885 1770 2950 2950
150 A 32 1 1/2 2 3/8 60,35 540 1080 1800 1800
150 B 40 1 1 5/8 41,28 150 300 500 500
38
300 A 32 1 1/2 2 3/8 60,35 540 1080 1800 1800
300 B 36 1 5/8 2 9/16 65,09 705 1410 2350 2350
150 A 36 1 1/2 2 3/8 60,35 540 1080 1800 1800
150 B 44 1 1 5/8 41,28 150 300 500 500
40
300 A 32 1 5/8 2 9/16 65,09 705 1410 2350 2350
300 B 40 1 5/8 2 9/16 65,09 705 1410 2350 2350
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150 A 36 1 1/2 2 3/8 60,35 540 1080 1800 1800


150 B 48 1 1 5/8 41,28 150 300 500 500
42 300 A 32 1 5/8 2 9/16 65,09 705 1410 2350 2350
300 B 36 1 3/4 2 3/4 69,85 885 1770 2950 2950
600 A 28 2 1/2 3 7/8 98,42 2700 5400 9000 9000
150 A 40 1 1/2 2 3/8 60,35 540 1080 1800 1800
150 B 52 1 1 5/8 41,28 150 300 500 500
44
300 A 32 1 3/4 2 3/4 69,85 885 1770 2950 2950
300 B 40 1 3/4 2 3/4 69,85 885 1770 2950 2950
150 A 40 1 1/2 2 3/8 60,35 540 1080 1800 1800
150 B 40 1 1/8 1 13/16 46,04 225 450 750 750
46
300 A 28 1 7/8 2 15/16 74,61 1095 2190 3650 3650
300 B 36 1 7/8 2 15/16 74,61 1095 2190 3650 3650
150 A 44 1 1/2 2 3/8 60,35 540 1080 1800 1800
150 B 44 1 1/8 1 13/16 46,04 225 450 750 750
48
300 A 32 1 7/8 2 15/16 74,61 1095 2190 3650 3650
300 B 40 1 7/8 2 15/16 74,61 1095 2190 3650 3650
150 A 44 1 3/4 2 3/4 69,85 885 1770 2950 2950
150 B 48 1 1/8 1 13/16 46,04 225 450 750 750
50
300 A 32 2 3 1/8 79,38 1350 2700 4500 4500
300 B 44 1 7/8 2 15/16 74,61 1095 2190 3650 3650
150 A 44 1 3/4 2 3/4 69,85 885 1770 2950 2950
150 B 52 1 1/8 1 13/16 46,04 225 450 750 750
52
300 A 32 2 3 1/8 79,38 1350 2700 4500 4500
300 B 48 1 7/8 2 15/16 74,61 1095 2190 3650 3650
150 A 44 1 3/4 2 3/4 69,85 885 1770 2950 2950
150 B 56 1 1/8 1 13/16 46,04 225 450 750 750
54
300 A 28 2 1/4 3 1/2 88,90 1950 3900 6500 6500
300 B 48 1 7/8 2 15/16 74,61 1095 2190 3650 3650
150 A 48 1 3/4 2 3/4 69,85 885 1770 2950 2950
150 B 60 1 1/8 1 13/16 46,04 225 450 750 750
56
300 A 28 2 1/4 3 1/2 88,90 1950 3900 6500 6500
300 B 36 2 1/4 3 1/2 88,90 1950 3900 6500 6500
150 A 48 1 3/4 2 3/4 69,85 885 1770 2950 2950
150 B 48 1 1/4 2 50,80 315 630 1050 1050
58
300 A 32 2 1/4 3 1/2 88,90 1950 3900 6500 6500
300 B 40 2 1/4 3 1/2 88,90 1950 3900 6500 6500
150 A 52 1 3/4 2 3/4 69,85 885 1770 2950 2950
150 B 52 1 1/4 2 50,80 315 630 1050 1050
60
300 A 32 2 1/4 3 1/2 88,90 1950 3900 6500 6500
300 B 40 2 1/4 3 1/2 88,90 1950 3900 6500 6500
1 3/4 2 3/4 69,85 885 1770 2950 2950
2 1/4 3 1/2 88,90 1950 3900 6500 6500
2 3/4 4 1/4 107,95 3600 7200 12000 12000

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3 4 5/8 117,46 4710 9420 15700 15700


3 1/4 5 127,00 6030 12060 20100 20100
3 1/2 5 3/8 136,52 7590 15180 25300 25300
3 3/4 5 3/4 146,05 9360 18720 31200 31200
4 6 1/8 155,58 11400 22800 38000 38000

Nota: Cortesia da REFAP SA

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7.2.3 Fórmula para cálculo do valor de torque a aplicar


No caso de outros coeficientes de atrito ou outros materiais utilizar o método a seguir.
CALCULATION OF TARGET TORQUE FOR BOLTS (ASME PCC-1 )

Nota: Empregar o valor de 75% Sy para o cálculo da força de aperto (“target


force”).

7.3 Método do aperto por tensionamento: máquina tensionadora ou tensionador


Aplicável em ligações críticas ou em parafusos com diâmetro nominal acima de 2”.
Primeiramente, com chave manual de impacto, aperta-se a porca até a condição de
montagem sem folga.
Em seguida, com o tensionador aplicar o alongamento previamente calculado, conforme
seqüência recomendada.

7.3.1 Cálculo do alongamento a aplicar


O valor do alongamento a aplicar no parafuso deve ser calculado como a seguir.
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7.3.2 Cuidados no aperto de ligações críticas

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a- Aperto dos parafusos com máquina tensionadora ou com máquina de torque e


medição de alongamento dos estojos, para minimizar o erro introduzido no torque e a
variação do aperto ao longo da periferia do flange.

b- Verificação periódica (a cada 14 a 16 meses) dos parafusos, devido a vibração que


ocorre nas válvulas.

c- Uso de parafusos fabricados por “rolagem”e não usinados, pois são mais resistentes.

d- Usinagem para acabamento da face das porcas e da face dos flanges, para melhor
contacto e redução do atrito.

e- Uso de lubrificante de qualidade assegurada nas roscas do parafuso e da porca e


ainda entre a porca e a face do flange.

f- É importante que a ligação flangeada permaneça sem isolamento térmico, para permitir
o “check” periódico dos parafusos.

g- Fazer o controle do aperto de montagem dos parafusos, verificando o alongamento


necessário com o aparelho de ultra-som.

8 DISPOSITIVOS PARA MEDIÇÃO E CONTROLE DO APERTO APLICADO

Independentemente do método utilizado no aperto, manual, torque ou alongamento, ele


será satisfatório, se for utilizado em conjunto com uma técnica que permita medir
diretamente o alongamento. A medição do alongamento permite calcular a tensão e a
força aplicada, para comparação com o aperto especificado.

Isto é necessário devido às incertezas do aperto:


• Coeficiente de Atrito desconhecido entre a face da porca e o flange
• Coeficiente de Atrito desconhecido entre a porca e a rosca do parafuso
• Desconhecimento da especificação do lubrificante utilizado
• Margem de erro de + ou – 3% no torqueamento
• Rosca do parafuso pintada ou oxidada
• Oxidação da face do flange ou face da porca
• Parafusos reutilizados mais de uma vez (deformações plásticas)
• Temperatura de projeto do flange não compensada
• Tensão de tração resultante do parafuso desconhecida.

Como referência para as medidas de comprimento antes e depois do aperto, as


extremidades dos estojos devem ser usinadas para assegurar paralelismo, ou, mais
praticamente, pontear com solda as extremidades.

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8.1 Método do micrômetro


Para controle da elongação residual, com a medição do comprimento do estojo antes e
após a aplicação do aperto.
No método do micrômetro, se deve medir antecipadamente o comprimento total de cada
parafuso (L).

Determinar o alongamento (∆L) do parafuso sujeito à força de aperto inicial ou de


montagem (Fi) com a seguinte expressão:

∆L = Fi . L (unidades coerentes)
A.E
A= área nominal do parafuso
E= módulo de elasticidade a frio do material do parafuso.

O aperto é aplicado até que o parafuso alongar da quantidade ∆L calculada.

8.2 Método da rotação da porca


É um método também de simples aplicação.

Nesse método calcula-se o ângulo de giro da porca necessário ao alongamento ∆L


calculado para o parafuso.

Primeiramente, com chave manual de impacto ou comum, apertar a porca até a condição
de montagem sem folga.

Marcar com sinal, na porca e no flange, a posição de instalação da porca.

O ângulo de giro da porca é calculado com a expressão:

Ângulo = ∆L. 360º (unidades coerentes)


p
p = passo da rosca do parafuso.

8.3 Método do pino indicador


O controle da elongação do estojo é feito com a técnica do pino encravado no núcleo do
estojo.
Ilustração: Pino indicador de aperto conforme a norma ASME PCC-1
Fornecedor: ROTABOLT Pre-load Control System

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Pino de Pino de controle é


controle encravado no núcleo do
parafuso

Durante o aperto o
parafuso é alongado,
enquanto o pino se
mantém, eliminando-se o
“gap”, que tem a dimensão
do alongamento calculado.

8.4 Método da arruela calibrada


A arruela já vem calibrada para se deformar quando sujeita à força de aperto
Fornecedor: FASTORQ Direct Tension Indicators

8.5 Método do aparelho de medição do alongamento por ultra-som


São aparelhos medidores do alongamento e da tensão resultante no estojo após o
aperto, por ultra-som.
O aparelho de medição de tensão em parafusos trabalha medindo por ultra som
o comprimento do parafuso antes do aperto e após o aperto.
A partir da comparação dessas medidas, o aparelho calcula o alongamento que ocorreu
e a tensão real aplicada.

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O aparelho deve ser previamente calibrado, considerando a norma, material e diâmetro


nominal do parafuso.
Fornecedores:
• HYDRATIGHT BoltScope II
• FASTORQ BoltMike III
• CONTINENTAL

Comparação entre os medidores de alongamento existentes no mercado:

APARELHOS DE MEDIÇÃO DE TENSÃO PLICADA EM PARAFUSOS ESTOJOS


Aparelho da Aparelho da Continental
Características HYDRATIGHT / FASTORQ /
CIAGERAL BRASILCO BoltMike III
BOLTSCOPE II
Portátil Sim Sim Sim

Medição por Ultra-som Sim Sim Sim


“pulse echo technique”
Dimensões 190 x 140 x 58 190 x 140 x 56 mm 63,5 x 165 x 31,5 mm
mm
Peso 1,14 kgf com as 1,1,4 kgf com as 180 gramas com
baterias baterias baterias
Medições: força de Sim Sim Sim
aperto, alongamento Sim Sim
tensão de aperto Sim Sim
Software próprio para Sim Sim Sim
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análise e relatórios de Stress ware Windows


dados PC IBM
Display High resolution High resolution LCD 1/8” VGA escala de
LCD ¼ VGA cinza (240 x 160 x
¼ VGA pixels) área visível -62x
45,7 mm
Compensação Sim Sim Sim
automática de Opera de –10 a Opera de –10 a 50ºc Opera -10ºC A 60ºC
temperatura 80ºC
Comprimento máximo Até 6,4 m 2,44 m de fuso
do parafuso
Preço (Nov/2004) 9850,00 Libras R$ 68380,00 R$ 63.000,00 cada
inglesas cada cada
Treinamento Grátis para a 5 funcionários durante
compra de 10 5 dias, nas instalações
unidades da Continental
Capacidade de 12 materiais 12 materiais mais 2.000 leituras
arquivamento mais comuns comuns até 10000
até 10000 parafusos
parafusos
Baterias 5 “AA” Alkaline 5 “AA” Alkaline 3 x « AA » Alkaline ou
ou Ni Card ou Ni Card NiCad AA
Duração das baterias 40 horas 40 horas 150 horas com Alkaline
e 100 horas com
NiCad, carregador
incluso
Garantia 2 anos 2 anos 1 ano

8.6 Método dos extensômetros (“strain gages”)


O controle da tensão é realizado através do uso de extensômetros (“strain gages” )
acoplados em cada estojo. È um método aplicado para casos específicos de pesquisa ou
de laboratório.

8.7 Método das molas-prato (“Belleville springs”)


É o uso de mola prato em cada estojo, calculadas e calibradas, para manter o aperto
aplicado em cada parafuso, durante a operação, compensando a dilatação térmica
diferente entre o flange e os estojos.
Ou seja, mantém força constante sobre a junta, acima do mínimo necessário à selagem,
a despeito da variação da temperatura.

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Quando usadas em série dobra-se a capacidade de carga, mantendo a deflexão unitária.


Quando usadas em paralelo dobra-se a deflexão, mantendo a capacidade de carga
unitária.
O aperto deve corresponder a 75% da deflexão total da mola, pois é a carga que se
controla, acima ou abaixo não se tem controle da carga.
Na compra das molas prato se deve também comprar os serviços de instalação das
molas e aperto da ligação aparafusada.
Fornecedores: TEADIT e CHESTERTON.

9 FERRAMENTAS (Cortesia da REFAP SA)


9.1 Chaves de impacto pneumáticas
São ferramentas giratórias bidirecionais (apertar e afrouxar).
O mecanismo interno é composto de um Martelete de percussão impulsionado por um
motor pneumático, que transmite a potência do impacto ao acionador quadrado no qual
se encaixa o soquete com a bitola da Porca.
As Chaves de Impacto pneumático deverão obrigatoriamente, ser utilizadas em conjunto
com a Unidade de Filtração de ar.
As mangueiras para uso com Chaves de Impacto estarão montadas fixas a elas. Seu
comprimento nunca deve ser maior que 5 metros.
Os Soquetes e Acessórios para uso com Chaves de Impacto obrigatoriamente deverão
ser Soquetes e Acessórios para Impacto (Geralmente de acabamento Oxidado Preto).
As Chaves de Impacto trabalham normalmente a uma pressão máxima de 6,2 Bar (90
Lb/pol²). O Torque de Referência para esta pressão é de aproximadamente 650 Lb.ft
para os Modelos IR-2141, usados na REFAP. Outros modelos deverão ser aferidos com
o medidor de Torque.
Para uma redução do torque é necessário consultar a Fiscalização REFAP para a
definição da Pressão a ser utilizada no regulador.

9.1.1 Recomendações de Segurança no uso


Antes de colocar em uso a ferramenta verificar:

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O estado de conservação das mangueiras, verificando se existem defeitos na cobertura


de borracha (Furos e rasgados).
Se as conexões estão bem fixadas à mangueira.
Os Soquetes e acessórios de Impacto são providos de furo para pino de segurança e
alojamento para anel de trava, que são de uso obrigatório para a execução dos serviços.
Verificar se o anel de trava está na posição correta.
Sempre empunhar a máquina pelo corpo, para evitar contato com a parte rotativa.
Solicitar sempre Permissão para Trabalho a quente, pois o mecanismo de impacto da
ferramenta pode gerar centelhamento.

9.2 Torquímetro de estalo


Torquímetro é um instrumento de aplicação e verificação de torque e deve ser tratado
com o mesmo cuidado que os instrumentos de medição como os micrômetros e
paquímetros:
Sobrecargas, quedas ou choques violentos sofridos pelo torquímetro, devem ser
comunicados ao supervisor para providenciar a calibração do equipamento.
Guardá-lo separadamente das outras ferramentas
Mantê-lo Limpo externamente, sem o uso de desengraxantes ou lubrificantes.
Nunca utilizar torquímetros de estalo para soltar parafusos, pois isto causa danos ao
mecanismo interno do equipamento.
Nunca utilize abaixo de 20% ou acima de 80% do valor total da escala.
O torque deve ser aplicado sempre perpendicularmente ao eixo do parafuso;
Evite tanto quanto possível o uso de extensão, redução, pois isso pode introduzir erro na
aplicação do torque.
Para maior vida útil da ferramenta, o soquete deve estar corretamente encaixado ao
quadrado do torquímetro.

9.3 Multiplicador de torque


Os Multiplicadores de Torque são equipamentos que permitem a utilização de
Torquimetros de Estalo para valores até 2000 LbFt (No caso dos modelos da REFAP).
Utilizam um sistema de engrenagens planetárias que permitem produzir uma relação de
ampliação de 3,7:1 (No caso dos modelos da REFAP)

9.4 Máquinas de Torque Hidráulico


São ferramentas hidráulicas especiais para a aplicação de Torque controlado, que
utilizam a pressão gerada por uma Bomba Hidráulica de Alta Pressão, para aplicar o
valor de Torque desejado.

9.4.1 Bomba Hidráulica


As bombas hidráulicas para acionamento das máquinas de torque hidráulicas, operam
em uma faixa de pressão regulável de 500 a 10.000 PSI. São acionadas por motor
Elétrico ou Pneumático, dependendo do modelo escolhido.

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9.4.1.1 Antes de usar qualquer Bomba


Verificar se o reservatório está com completo com o nível de óleo.
Se o tampão de enchimento de óleo está no lugar.
Certificar-se de que todos acessórios hidráulicos são adequados para pressão de
operação de 10.000 PSI.
Certificar-se que os engates rápidos estão bem conectados.
As conexões roscadas devem estar limpas, bem apertadas e sem vazamentos.
Os engates rápidos somente devem ser apertados manualmente.
Nunca entrar em contato com um vazamento de pressão hidráulica, o óleo que escapa a
alta pressão e pode penetrar na pele e provocar lesões.

a. Bomba Pneumática
Verificar se existe pressão (100 PSI ou 6,9 Bar) e vazão (50 CFM) de ar suficiente no
local de trabalho.
Antes de conectar a alimentação de ar no conjunto Lubrificador do Filtro de Ar, certificar-
se de que a válvula de Bloqueio da entrada de Ar está na posição fechada.

b. Bomba Elétrica
Assegurar que a bomba está devidamente aterrada e que a tensão da rede é a
apropriada.
Não usar um cabo ou extensão danificado ou com fios expostos.

c. Mangueiras
Inspecionar a mangueira quanto ao seu desgaste antes de cada uso.
Não expor a mangueira a arestas agudas, calor extremo ou impactos pesados.
Não permitir dobras e torções da mangueira.
Nunca carregar a ferramenta pela mangueira

9.4.2 Ferramenta de Torque


É o cabeçote onde está o dispositivo, geralmente sextavado, que executa o aperto do
conjunto porca e estojo. Pode ser para uso com Soquete sextavado e Braço de reação,
ou com catraca sextavada, onde a reação é feita sobre o corpo da máquina.

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Modelo Hytorc XLT – Com braço de Reação.

Modelo Hytorc Stealth – Com catraca sextavada e sem Braço de Reação

9.4.2.1 Dimensionamento da ferramenta


Verificar qual o diâmetro e material de parafuso a ser torqueado.
Os valores do Torque estão descritos para os flanges de tubulação, no item 7.2.2, e para
os flanges principais de equipamentos, no item 7.2.1.
Como regra geral o torque máximo permitido para o caso de remoção do parafuso é de
ate’2 a 3 vezes o valor do torque de aperto, para as porcas ‘grimpadas’. Caso a porca
inda assim não ceda, deverá ser removida com o artifício do furo central na extremidade
do estojo..
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A partir da identificação da ferramenta e do valor de torque a aplicar, verificar qual a


pressão que aplicada na bomba conforme a orientação do fabricante da ferramenta de
torqueamento a utilizar.

9.4.3 Recomendações de Segurança no uso


Considerar o ambiente da área de trabalho, bombas elétricas não podem ser usadas em
atmosferas com explosividade, portanto deve-se solicitar PT - Permissão para Trabalho a
quente.
Em áreas classificadas, usar a bomba pneumática.
O controle remoto da bomba deve ser acionado somente por um operador designado que
observará a posição antes do acionamento, para manter a comunicação com o outro
profissional que está posicionando a ferramenta, evitando assim, possíveis acidentes ou
esmagamento de mãos, ou outras partes do corpo.
Ficar afastado da ferramenta durante a operação e jamais segurar a ferramenta durante
a operação.
Nunca dobrar as mangueiras.
Inspecionar e substituir se avariadas.
Todas as ferramentas são equipadas com proteções e/ou tampas para evitar contato com
as partes móveis internas. Não usar ferramentas sem essas proteções de segurança.
Antes da operação, assegurar que todas as conexões hidráulicas estão conectadas com
segurança.
No caso de ferramentas com soquetes, utilizar sempre o pino trava e o anel de borracha
para retenção.
Antes de colocar a ferramenta em operação, localizar um ponto de reação sólido e
seguro.
Certificar-se que o braço de reação está bem fixado e posicionado na mesma direção do
acionamento.
Manter-se afastado do braço de reação durante a operação, e nunca colocar qualquer
parte do corpo entre o braço de reação e a superfície da reação.
Verificar o estado das ferramentas e materiais a serem utilizados, e caso haja qualquer
tipo de avaria solicite a substituição.
Atenção quanto à postura devido à localização onde será realizado o serviço, caso haja
necessidade solicite a instalação ou adequação de andaime.
Atentar quanto à movimentação de peso excessivo, caso haja necessidade solicite apoio
de movimentação de carga.

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FOLHA DE DADOS PARA O SERVIÇO DE


TORQUEAMENTO DE LIGAÇÕES FLANGEADAS

FOLHA DE DADOS DE TORQUEAMENTO Rev.:


Data:
UN: UNIDADE:
SERVIÇO: TAG:
IDENTIFICAÇÃO DO FLANGE:
RESPONSÁVEL: SETOR:

DADOS DE ENTRADA

FLUIDO: MATERIAL DOS PARAF/ESTOJOS:


NORMA DE CONSTRUÇÃO DO FLANGE: Nº DE PARAFUSOS/ESTOJOS:
MATERIAL DO FLANGE: DIÂMETRO DOS PARAF/ESTOJOS:
DIÂMETRO NOMINAL DO FLANGE: COMPRIMENTO DOS PARAF/ESTOJOS
CLASSE DE PRESSÃO: MATERIAL DA PORCA:
PRESSÃO DE PROJETO: DIÂMETRO EXT DA PORCA:
PRESSÃO DE TESTE: ALTURA DA PORCA:
TEMPERATURA DE PROJETO: LUBRIFICANTE:
NORMA DA JUNTA: COEFICIENTE DE ATRITO:
TIPO DE JUNTA:
MATERIAL DA JUNTA:

RESULTADOS
TORQUE MÍNIMO: (fornecer em duas
PRESSÃO DE ÓLEO: (fornecer em duas unidades)
unidades)
TORQUE MÁXIMO : (fornecer em duas
MÁQUINA DE TORQUE:
unidades)

PROCEDIMENTO DE TORQUEAMENTO

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RECOMENDAÇÕES:
- Verificar se o material da junta é igual ao especificado.
- Verificar se a junta não tem defeitos ou contaminações.
- Inspecionar a face de vedação do flange. Certificar-se que está limpa e sem marcas que
possam prejudicar a vedação.
- Não lubrificar a face de vedação do flange.
- É importante verificar o alinhamento e paralelismo dos flanges.
- Lubrificar os parafusos/estojos com o lubrificante indicado acima.
- Lubrificar face de contato porca/flange

SEQUÊNCIA DE APERTO E INCREMENTOS DE TORQUE

(DE ACORDO COM O Nº DE PARAFUSOS APARECERÁ UMA


NOVA FIGURA)

1-7-4-10  2-8-5-11  3-9-6-12

1º PASSE – 25% do Torque requerido (inserir valor) usando a


seqüência de aperto determinada;
2º PASSE – 60% do Torque requerido (inserir valor) usando a
seqüência de aperto determinada;
3º PASSE – 100% do Torque requerido (inserir valor) usando a seqüência de aperto
determinada;
4° PASSE – 100% do Torque requerido (inserir valor) no sentido horário até que não haja mais
movimento da porca.

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BOLTRIGHT RESULTS SUMMARY


and
TIGHTENING PROCEDURE

TAG of Flanged Joint :


Name of Service Co:
Date:

Flange and Gasket Details


Flange Standard: Flange Class:
Flange Nominal Size: Operating Temperature:
Design Pressure: Test Pressure:
Number of Bolts in Flange: Bolt Thread Size:
Bolt Material: Bolt Minimum Yield Strength:
Gasket Type: Gasket Material:
Gasket m Factor: Gasket y Factor:
Effective Gasket Seating Width: Gasket Load Reaction Diameter:

Torque Tightening Details

Torque Requirement: Nm Lbf-ft

Clamp Force Provided per Bolt: kN Lbf

Bolt Elongation (max and min): in mm

Tightening Procedure
This tightening procedure is a guide and may be needed to be adapted to suit the specific situation and
circumstances.

Prerequisites
All personnel involved in implementing this procedure are competent in the use of the tightening
equipment and joint tightening procedures.
Pre-Bolting Inspection
Gasket. Make sure the material is as specified, look for any possible defects or damage in the gasket
such
as folds or creases.

Flange. Inspect the gasket seating surfaces. Check for corrosion pitting, cracks, and tool marks. Any
radial tool marks can directly lead to leakage regardless of the gasket material or the amount of bolt
tightening. Make sure that the gasket seating surface is appropriate for the type of gasket being used.
Check the areas on the flange where the nuts will seat. These should be flat and free from pitting and
excessive wear.

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Flange Alignment. It is important that the flange faces are parallel and aligned. The flange bolt holes
should be lined up so that the bolts will not be bent when tightened.

Bolts. The bolt material specified is __________ and the thread size is _______ . Check each bolt to
ensure that this is the case and that each bolt, nut and washer (if used) do not shown signs of corrosion,
damage or excessive paint.

Prior to their installation, lubricate all thread contact areas and nut facings.

The specified lubrication condition upon which the bolt torque was established is Molykote Cu-7439 plus
corrosion protective grease paste .

Note: Any defects noted during the inspection must be rectified prior to starting the tightening
procedure.

Tightening Procedure
Bolt Numbering. Insert the bolts into the flange holes and number them consecutively 1,2,3 etc.
starting with the top most bolt.

Square up the Flanges. Using torque wrenches, hand tighten the bolts to square up the joint.

Ensure that the flange faces are kept parallel to each other by partially tightening the bolts so that there
is metal to metal contact around the full periphery of the joint.

Tightening sequence. The ____ bolts in the flange should be tightened in the cross sequence and
applying the following torque.

Note: To be informed the tool and required pressure.

25% Pass. Tighten the bolts to 25% of the overall torque, that is tighten each bolt to ____________.

50% Pass. Tighten the bolts to 50% of the overall torque, that is tighten each bolt to __________.

100% Pass. Apply the full tightening torque of __________.

Checking Pass. Working in a clockwise or anti-clockwise) direction, make a final pass around the flange
(i.e. tightening bolt 1, 2, 3 etc.) applying the full torque value of _________.

Final Check. As a final check, use a hammer to "ring" each bolt to ensure that none are slack.

On high-pressure and/or high-temperature applications, the flanges shall be retightened to the required
stress after 24 hours at operating pressures and temperatures to compensate for any relaxation or creep
that may have occurred.

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Documento Interno do Sistema Petrobras - DIP


Rio de Janeiro, 24/11/2005

AB-RE/ES/TEE 52/2005

Para: REMAN/MI, LUBNOR/MI, FAFEN/MI-SE, FAFEN/MI-BA, RLAM/MI, REGAP/MI,


REDUC/MI, REPLAN/MI, REVAP/MI, RPBC/MI, RECAP/MI, REPAR/MI, SIX/MI,
REFAP/DT/MECANICA

Assunto: Utilização de chaves de impacto nas UNs do AB-RE

As seguintes instruções sobre a restrição da utilização de chaves de impacto nas


UNs do AB-RE devem ser obedecidas.

A Abertura e fechamento de flanges de vasos de pressão, bocas de visitas,


bocais; desmontagem e montagem de componentes de permutadores de calor;
e outras uniões aparafusadas, só poderá ser feita com uso de ferramenta tipo
máquina torquímetro ou extensora manual, hidráulica ou pneumática.
Na impossibilidade técnica do uso de tais ferramentas, só será permitido o uso
de ferramentas de impacto manuais, marretas e chaves de impacto, desde que
autorizado pela FISCALIZAÇÃO PETROBRAS.

2. Esta instrução deve constar dos procedimentos de execução de serviços, por


pessoal próprio ou contratado, em rotina ou em parada.

O valor do torque ou aperto a ser aplicado nos parafusos ou estojos e a seqüência de


aperto deverão estar definidos nas instruções de montagem.

Para referência deve ser empregada a Diretriz Técnica do AB-RE/ES/TEE nº 005 em


anexo.

Atenciosamente,

João Bosco Santini Pereira


p/Gerente de Tecnologia de Equipamentos Estáticos
Abastecimento - Refino

C/C: AB-RE/ES, AB-RE/ES/CN, AB-RE/ES/EN, AB-RE/EM

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