POLO SIDEÚRGICO E INDUSTRIAL DA ILHA DE SÃO LUÍS-MARANÃO
DICIPLINA: ÉTICA SOCIAL E AMBIENTAL
PROFESSOR: MARCO MALAGODI
INTEGRANTES:
RODRIGO RIBEIRO
ALEXANDRE RIBEIRO
ANDERSON LIMA
CAMPOS DOS GOYTACAZES, 07 DE JUNHO DE 2010
RESUMO O projeto foi iniciado a partir da assinatura de um termo de intenções entre o governo do estado do Maranhão e a Companhia Vale do Rio Doce (VALE). O Projeto implicaria na remoção de 14 400 pessoas. Foram realizadas audiências públicas com a participação de 4400 pessoas. A consulta à população foi feita sem que a mesma soubesse dos riscos do empreendimento. O empreendimento causaria danos sócio-ambietais através de emissão de 1,5 toneladas de dióxido de carbono por tonelada de aço produzido, emissão de 2,4 mil litros de vapor d’água por segundo, carregando resíduos sólidos; ampliação da violência, saturação dos serviços e equipamentos disponíveis no município. O pólo iria somar-se aos empreendimentos já instalados na Ilha de São Luís, agravando mais ainda os problemas sócio-ambientais. Situação Da ilha de São Luís- Maranhão O projeto teve início em 2001 a partir da assinatura de um termo de intenções entre o governo do estado do maranhão e a Companhia Vale Do Rio Doce. O governo municipal trabalhou para aprovar a mudança de zoneamento da região. Com isso, não respeitando o planejamento democrático necessário, uma vez que tal área possui potencial econômico, social, cultural e ambiental abriga e sustenta a anos milhares de pessoas. Apesar de acontecerem treze audiências públicas, foram poucas as pessoas que participaram, e não sabiam dos ricos sócio-ambietais que o empreendimento causaria na região. Em 2003, a comunidade do Taim, com apoio de algumas associações demandou ao IBAMA, que desse início ao processo de criação da Reserva Extrativista do Taim. Em 2006 é concluído um laudo socioeconômico e biológico para criação da reserva extrativista do Taim. A instalação do Pólo Siderúrgico na região é estratégica, pois o primeiro está situado próximo ao porto de itaqui, e localizado entorno dos ramais finais das ferrovias que ligam as minas do interior do Pará e Maranhão. Os responsáveis pelo projeto ocultaram os problemas sócio-ambientais que a instalação do Pólo poderia causar: Aumento do consumo d’água, emissão de vapor d’água, emissão de dióxido de carbono, alterações climáticas significativas, ameaça de destruição de 10 mil hectares de manguezais, aumento desordenado da população, ampliação da violência, saturação dos serviços e equipamentos disponível no município. Isso se somaria aos impactos de outros empreendimentos já instalados na região. O sistema hídrico da região é bastante afetado. Existem vazamentos de rejeitos que caem nos lagos, empresas como a Coca Cola são acusadas de despejar rejeitos químicos; que acarreta na contaminação de peixes. Por conseguinte, há redução de peixes, moluscos e crustáceos, que são à base de renda e sustento das famílias. Parte da população da Ilha de São Luís reivindica a condição de “população tradicional”, por praticarem e viverem ancestralmente na região, constituindo um modo de vida, cultura própria, numa relação sustentável com os recursos ambientais e mediante formas próprias de organização comunitária. Ouve redução da área depois de mobilizações da sociedade, entretanto continuava atingindo um grande contingente populacional. Por sua vez, a proposta da criação da reserva extrativista seria o meio para preservar os recursos naturais da região (manguezais, igarapés, rios e matas de babaçu), para garantir o sustento das populações que tradicionalmente exploram esses recursos de maneira sustentável. Percebeu-se que o Pólo siderúrgico, no local planejado, não cumpriria a função social alguma e traria sério impacto a áreas bastante relevantes para preservação. O processo de implantação da reserva extrativista do Taim ainda não foi concluído.