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Primeiro Mandamento:
Se você comprar R$ 100,00 em ações e elas dobrarem, você ainda continuará pobre. O que precisamos fazer são apostas
assimétricas, ou seja, 1 para perder com 5 para ganhar, com 50% de chances para cada evento.
Invista R$ 100 mil, por exemplo, para perder a soma ou para ganhar R$ 20 milhões, mesmo que a chance de perder seja muito
maior do que a de ganhar. Faça a matemática e veja que vale a pena. Um exemplo que ilustra esse pay-off profile é quando se gasta
(digamos R$ 100 mil) em honorários advocatícios para comprar uma empresa em estado pré-falimentar por zero, promover um turnaround
no ativo e vendê-lo por uma pequena fortuna (digamos R$ 20 milhões).
Isso se chama expectativa assimétrica. Ou, como diria um banqueiro amigo meu:
“Prefiro apostar 1 centavo para ganhar 1 dólar, do que apostar 1 dólar para ganhar 1 centavo”.
Segundo Mandamento:
Não diversifique.
A diversificação é a estratégia de quem não sabe o que está fazendo. Não estamos tratando aqui da preservação do capital.
Se eu tenho US$ 5 bilhões e quero resguardar esses recursos em um mundo complexo, invisto em vários segmentos: ações, commodities,
fazendas, imóveis urbanos, obras de arte, vinhos, antiguidades, cinema, negócios em geral, etc.. É o que chamamos de “riqueza
aristocrática”. Esse sujeito está em todos os ramos, em todos os continentes, e independentemente de uma guerra nuclear ou uma
hecatombe econômico, não voltará a ser pobre.
Mas aqui, nesse artigo, queremos sair do zero e nos tornarmos ricos. Para tanto, não podemos nos dar ao luxo da
diversificação. A heurística é simples: concentre todos os seus esforços em uma única exposição e se quebrar, recomece.
Terceiro Mandamento:
Se você está dormindo direito, é sinal de que não está arriscando o suficiente.
Certo dia, pedi demissão. Disse ao meu chefe que estava estressado e que não dormia bem há meses. Ele não aceitou o
pedido e me promoveu: “quando você começar a dormir bem operando US$ 300 milhões em mercados emergentes é hora de te mandar
embora. Eu te pago para você dormir mal e eu dormir bem”.
Estar tranqüilo é não se aventurar (a não ser que você chame de aventura ir à Disney). Viver uma aventura é sempre
preocupante, pois há riscos intrínsecos neste processo. Há quem não queira transformar a vida e a profissão (não há distinção entre elas)
em turismo. O turista gosta de ter tudo programado, e é o anti-aventureiro. Turistificar a vida significa – em última ordem – morrer.
As preocupações são, por exemplo, parte integrante dos prazeres da vida. Assim é a paixão. Temos necessidade de aventura.
Você tem a esperança de tornar-se rico? Aceite as preocupações de braços abertos. Prepare-se para um estado permanente
de preocupações.
Use Rivotril. Beba duas taças de vinho à noite. Freqüente um psiquiatra e uma terapeuta. A sua vida não será fácil. Ou, como
nos lembra o título de um best seller, “o dia fácil foi ontem”.
Quarto Mandamento:
Quinto Mandamento:
Uma dos pontos mais sagrados em um investimento é monitorar a razão pela qual você decidiu assumir aquela exposição.
Você tem a obrigação de monitorar se essa motivação inicial remanesce, caso contrário, você precisa desmontar a posição.
Esse é um erro comum e fundamental.
Um sujeito compra uma ação de uma determinada companhia “porque vai dobrar de EBITDA em 18 meses”, e passado esse
tempo, o EBITDA não cresce mas ele remanesce na posição porque “especula-se que aconteça um fechamento de capital a um preço 50%
acima das condições correntes de mercado”. O fechamento de capital não acontece mas o cara permanece investido porque “as empresas
do setor são negociadas a múltiplos altíssimos na bolsa de Londres”. Auto-engano.
No final, perde-se dinheiro, invariavelmente.
Você não pode deixar de saber o motivo pelo qual está investido. Não deve profanar esse motivo, adaptá-lo ou ajustar o
racional. Isso faz parte do wishful thinking, que será visto mais à frente.
Sexto Mandamento:
Sétimo Mandamento:
Se você ganhar, não conte a ninguém. Se perder, também mantenha-se calado. Suas idéias de investimentos são formadas a
partir de insights, visões, estudos, relacionamentos e inclinações individuais, e por isso não podem ser validadas por terceiros.
Uma vez realizado o investimento, não busque confirmar suas idéias com amigos ou parentes, ou mesmo com profissional.
Fatalmente você acabará fraquejando e desistindo da exposição, diante das dúvidas alheias.
Aqui lhes conto algo que aconteceu comigo: em 2002 comprei ações ordinárias de TCOC (Tele Centro Oeste) na expectativa
que a empresa fosse englobada por alguma gigante do setor. Eu era um analista reputado do setor de telecomunicações e havia ganho
vários prêmio (AE/Ibmec) pelo meu desempenho. Não obstante, passei compulsivamente a discutir a minha posição em TCOC3
abertamente entre gestores. Eu as havia comprado a um preço médio de R$ 4,00 e permaneci inabalado, mesmo com dezenas de
argumentos plausíveis contrários à exposição.
Eis que um dia, ao ser questionado por mim, um dos maiores gestores do país afirmou ser “loucura montar um case de M&A
em 2002, com um Lula à beira da presidência”. Me fitou severamente e disparou: “não vai haver transação este ano, estamos todos
paralisados até o próximo”. Aquela bala de prata me atingiu. Fazia sentido. Comecei a passar mal porque àquela altura realizaria um prejuízo
de R$ 800 mil. Realizei.
Três semanas depois da desmontagem da posição, foi anunciado que a Telesp Celular havia comprado a TCOC. As ações
ordinárias do grupo controlado pelos Beldi voou até R$ 18,00/ação e, se eu tivesse mantido o meu lote, teria ganho uns R$ 20 milhões.
Perdi R$ 800 mil, depois de muito estudo e diligência. Poderia ter ganho R$ 20 milhões se soubesse o momento de parar de
estudar.
Inconsolável, fui ter uma conversa com um tutor meu, banqueiro, bilionário, Midas. Ele me disse algo que ficou cravado em
minha mente:
“Marcos, a diferença entre nós é apenas uma: eu não dou satisfação para ninguém sobre meus investimentos. Nem para
minha filha, nem para minha mulher, nem para Deus. Eu nunca vi alguém ficar rico buscando confirmar as próprias idéias com os outros.
Fatalmente, você será dissuadido, seja por inveja ou por falta de inteligência”.
Lição de ouro aprendida (às duras custas).
Oitavo Mandamento:
É impossível fazer previsões. E ponto. Quem as vende é charlatão. Quem as usa, perde dinheiro. Baseie-se no presente pois
descrevê-lo já é desafio suficiente.
A grande verdade é que ninguém tem a menor idéia do que vai acontecer no próximo ano, na semana próxima ou mesmo
amanhã. Os analistas financeiros criaram um subterfúgio para isso: revêem suas projeções – as expectativas elaboradas em junho são
revistas em setembro e reavaliadas em novembro, e depois em dezembro, ou sempre que surgir algum fato novo. Ficar dando atenção aos
profetas e aos gurus não dá lucro para ninguém.
Obviamente há campos em que a previsão pode ser feita: na astronomia, conseguimos prever a passagem de um cometa
daqui a mil anos com precisão de um segundo. Sabemos a que horas o sol se levantará a cada manhã, conseguimos calcular as tábuas das
marés com meses de antecedência, antecipamos as fases da lua, etc..
Não há método que consiga prever o resultado das interações humanas. A economia e as finanças estão no quarto quadrante,
descrito por Nassim Nicholas Taleb.
O especulador de sucesso não baseia suas jogadas no que vai acontecer; ele reage ao que realmente acontece. Essa diferença
é visceral.
Nono Mandamento:
Décimo Mandamento:
A memória humana funciona a partir de narrativas, de histórias. Para memorizar, buscamos desenvolver um enredo, mesmo
que as relações entre causa e efeito fiquem comprometidas.
Nossa memória funciona assim, engendrando acontecimentos através do fio de uma história: é apenas um artifício
neurológico. As causas – de fato – disparadoras de um determinado processo ou ciclo não estão – necessariamente – apontadas de forma
correta em nossas histórias.
Há que se ter cuidado com a memória ou mesmo com a história escrita. Podemos nos iludir com uma bela narrativa para
fazermos inferências sobre o futuro, ou mesmo sobre o presente.
“Uma boa história soa mais verdadeira do que a própria verdade”. E isso é uma armadilha.
O último grande contador de histórias no mercado nacional foi o Márcio Mello da HRT. Ele é um PhD, empreendedor
brilhante, conhecedor profundo de geologia e grande orador. Com isso ele “vendeu” um case de petróleo na Namíbia. Tudo “fazia sentido”,
e ele tinha uma resposta contundente para tudo, mas o fato é que a HRT não achou petróleo na África e as ações virarão poeira cósmica.
Aliás, cuidado com as pessoas muito inteligentes (como Daniel Dantas) ou muito sedutoras (como o FHC). Contra eles, não
temos defesas.
À época em que comandava as operações de corretagem para pessoa física no Banco Nacional de Paris, convivia com um
cliente que havia perdido uma fortuna com ações da então chamada Globo Cabo. Hoje é a NET, que fechou capital. Para descontrairmos,
apelidamos o ativo de “Globo Nabo”.
O mais interessante é que ele queria recuperar os US$ 5 milhões perdidos em Globo Cabo operando somente essas ações. É
como se fosse uma vingança, ou um desafio idiota, ou como se a ação devesse algo a ele. Propúnhamos uma lista de outras ações com
grande potencial de apreciação, mas ele colocou na cabeça que iria recuperar o capital só com as Globo Nabo. Nenhuma das outras 300
ações listadas em bolsa interessavam. Ele havia se tornado um especialista em perder dinheiro investindo em uma única companhia.
Um dia, perdi a paciência, e lhe chamei a atenção:
Pare com isso! Compre Weg, Ultrapar, AmBev, Guararapes, Embraer, qualquer outra coisa. US$ 5 milhões valem a mesma
coisa, independentemente de terem sido feitos a partir da estratégia A ou da B. Este é um erro comuníssimo. Óbvio e fácil de corrigir.
Desapegue-se das suas “ações prediletas”. Parta para a próxima! Muitos bons gestores já acabaram com suas carreiras porque “encanaram”
com alguma ação.
E se um negócio melhor aparecer na sua frente, não tenha dúvidas em abandonar o atual.
Há quem esconda os erros. Quem não errou, não fez. Seus erros são suas credenciais e demonstram sua experiência e
aprendizado.
Releia o sexto mandamento (Fail Fast):
Há quem diga ainda que o importante é acertar mais do que errar. Ou seja, ter um bom hit rate. Estou convicto de que essa
é uma afirmação falsa. Você pode errar quanto quiser, contanto que erre rapidamente e perca pouco, e quando acertar – mesmo que
tenha sido uma vez na vida, que o faça de forma grandiosa. Essa é a história do hoje festejadíssimo Jorge Paulo Lemann e sua turma:
erraram muito mais do que acertaram e acertaram uma única vez, na AmBev.
Outro ponto importante: um trader não tem um “ramo de atuação” e seu leque de possibilidades é amplo: hoje você pode
plantar soja em Rondonópolis, ontem ter operado dólar no BTG e amanhã vender lingerie pela internet. O trader quer comprar barato e
vender caro, ou como dizia Samuel Klein, “o negócio das Casas Bahia é comprar por $1 e vender por $2”. Não há incoerência em mudar de
ramo. O Banco Garantia “virou uma cervejaria”, o restante faliu e foi vendido por R$ 1,00 ao Credit Suisse.
Décimo Sexto Mandamento:
Suponhamos que você tenha comprado um imóvel na Vila Leopoldina, sob a óptica de investidor. Você supõe que a área se
valorize. Você deseja que isso aconteça e esse desejo passa a contaminar seu raciocínio.
“Um amigo me deu uma ótima notícia: o Safra está interessadíssimo em fazer um retrofit em todo o bairro, e deve comprar
muitos imóveis na região, fazendo o preço subir!”.
Pergunta-se:
Esse seu amigo detém imóveis na região? A opinião dele é enviesada?
Faz sentido a família Safra, que está investindo em imóveis em Londres e Portugal, comprar a Vila Leopoldina? Quais os planos
do Safra para isso? Qual é a fonte da informação.
Na verdade, você não quer se questionar: essa “notícia” te fez “ganhar o dia” e agora você a enfeita ainda mais, conta aos
amigos, imprime um tom de urgência na voz sugerindo que todos tenham um quinhão desse bairro. Você também vira os olhos para as
más notícias e não quer saber daquele terreno que foi vendido a preço de banana há alguns dias na região, ou dos inúmeros imóveis vagos.
Você está em wishful thinking. Deve volver à racionalidade. Entenda que o wishful thinking é diferente de uma visão. É um
dom ser visionário e não há nada de errado nisso. Ruim é fantasiar em cima do comportamento de outrem.
Muitas vezes eu incorri nesse erro e invariavelmente perdi dinheiro. Há uma diferença enorme entre o que o controlador de
uma empresa poderia fazer e o que ele – de fato – vai fazer.
Sobre Inepar ou HRT, desenvolvi teses economicamente interessantes e que poderiam ser perseguidas pelas empresas, mas
ao conversar com o Atilano ou com o Márcio, notava que eles não estavam “alinhados” com meu plano. A cabeça deles era outra e isso
que valia. A minha tese de investimentos era um plano, platônico, que estava na minha cabeça, e que não seria implementado. Não
obstante, mantive meus investimentos por conta desse potencial de apreciação caso “meu plano” fosse implementado.
A suposição:
“Se a empresa tem condições de fazer, ela fará”;
É ingenuidade e beira a loucura. Entretanto, o wishful thinking é um fenômeno bastante comum entre investidores, um dos
erros mais recorrentes. É fatal.
Tenho um amigo que é rabino e que, à época em que me procurou, não sabia lidar com investimentos em ações. Mas ele
queria que eu lhe sugerisse um portfólio. Recomendei que investisse em um dos nossos fundos, com bom track record e com gestão ativa,
dinâmica. Ele não quis, e como temos muita intimidade, me revelou o motivo: achava caro pagar 2% em taxas de administração, além de
um fee de sucesso. Eu não gosto de sugerir carteiras, mesmo que repliquem os fundos, porque ajustamos, desinvestimos de posições e
trazemos cases novos. Acontece que, ao simplesmente “aconselhar”, a cesta de ativos constituída fica estática e não acompanha esses
ajustes. Geralmente essa turma do free lunch acaba perdendo.
De qualquer forma, me vi em uma “saia justa”e dei algumas idéias de investimentos ao rabino. Algumas semanas depois, ele
marca uma nova reunião, desta vez em caráter de urgência. Atendo-o:
Marcos, perdi em poucos dias mais de 10% do meu capital. AB, meu caro, o mercado pesou por conta do SARS na Ásia. Isso
é assim mesmo. Mantenha a sua posição, posto que continua em bons cases, com investment rationale preservado. Não posso, estou
sofrendo muito, e não sei o que dizer à minha esposa! Não diga nada, não dê satisfação. Marcão, acho que Deus está me castigando por
ter sido ganancioso. AB, você então é mais importante do que Deus, porque Ele fez com que todos os mercados globais caíssem para te
dar um castigo. Ele caiu em si, ajustou o chapéu de volta à cabeça, e foi embora. Saiu pensativo embora ainda contrariado. Manteve a
posição, mesmo suportando a pressão familiar, e fez três vezes o capital investido em pouco menos de dois anos.
Deus não tem nada a ver com seu sucesso ou fracasso profissional ou econômico. Ele se ocupa de coisas mais importantes,
como criar mundos e se divertir com isso.
Da mesma forma, o grande tenista André Agassi não gostava de Michael Chang, e por um simples motivo: quando o sino-
americano ganhava uma partida, ajoelhava e agradecia a Deus. Agassi pensava: “o que Deus tem com a nossa partida? E por que Deus
preferiria que ele ganhasse e eu perdesse?”. Chang mostrava uma atitude tão estúpida que causava ojeriza a André.
Deixe Deus de lado. Ele criou uma benção, que é o mercado. Saímos da selva por conta desse advento humano-divino. Ou se
preferir, no que tange aos investimentos, funciona a máxima de Friedrich Nietzsche:
Gott ist tot. Deus está morto.
Muitos preferem as boas notícias. Mas as boas notícias podem esperar. As más notícias nos demandam uma ação: temos que
nos defender ou atacar. Treine-se para ter as más notícias o quanto antes.
Eu sempre peço a todos que me cercam as más notícias imediatamente, e fico irritado se sou poupado disso. É injusto porque
eu tenho o direito de agir ou de elaborar minha estratégia, ao invés de ter um bom final de semana.
Vigésimo e último Mandamento:
O que pensa a maioria está no preço, por definição. Essa afirmação pode ser provada matematicamente.
Em alguns super ciclos, a “maré sobe e leva consigo todos os barcos”. O barbeiro e o taxista também ganham. Mesmo assim,
geralmente participam do “final da festa”:
A bolsa nacional viveu um desses ciclos generosos entre 2003 e 2007. Mesmo para este período, os maiores ganhos foram
auferidos em 2003, com o Ibovespa subindo 100%, e em 2004, com as siderúrgicas se valorizando acima dos 70% (bastasse se concentrar
em mining & metals para repetir 2003). A maioria, entretanto, entrou em 2006, e especialmente em 2007 e 2008, ano da grande crise
mundial, deflagrada pela queda da Lehman Brothers.
Seja um market contrarian, como Warren Buffett, Jim Rogers ou Marc Faber:
https://en.wikipedia.org/wiki/Contrarian_investing
Ou fique fora do mercado.
Em conclusão:
O Clube Safardi opera até hoje. Os três fundadores estão na Forbes 1000 richest. Todos começaram do zero, pedindo
pequenos empréstimos a amigos e honrando-os generosamente. Cuide do seu crédito diligentemente.
Vejo, no Brasil de hoje, um momento excepcional para aderirmos aos mandamentos desse clube como uma religião, isso
porque tudo o que precisamos é acertar um bom ciclo de mercado. Para isso precisamos entrar no momento de piores condições. Hoje
estamos “na lona” e isso é uma ótima notícia.
É a roda do mercado!
Os fundadores do Clube Safardi acreditam na Cabala do Dinheiro:
http://www.niltonbonder.com.br/port/jornal/dinheiro.htm
Acreditamos nos ciclos longos de retorno.
Temos sido muito prósperos.
E você, como anda? Marcos Eduardo Elias é um empresário, investidor-anjo, financista e gestor de fundos brasileiros. Ficou
amplamente conhecido por ser reestruturador de empresas e pioneiro em gestão de fundos quantitativos no Brasil.