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Aula 03

1000 Questões Comentadas - Leis Penais Extravagantes, Dir. Penal e Dir. Processual
Penal

Professor: Alexandre Herculano


Prof. Alexandre Herculano Aula 03

Aula 03 - Estatuto do Desarmamento (Lei n.º 10.826/03).


Do Crime. Imputabilidade. Extinção da punibilidade. Ação
Penal.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Apresentação 1
2. Questões propostas 2
3. Questões comentadas 35
3.1. Da Ação Penal. 35
3.2. Do Crime. Imputabilidade. Extinção da 60
punibilidade.
3.3. Estatuto do Desarmamento (Lei n.º 10.826/03). 77
4. Gabarito 118

Olá, meus amigos!

Hoje vou abordar questões sobre os seguintes tópicos: Estatuto do

Desarmamento (Lei n.º 10.826/03); Do Crime; Imputabilidade; Extinção

da Punibilidade; e Ação Penal.

Meus amigos, primeiramente, façam as questões e depois leiam os

comentários, mesmo que tenham acertado!

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Questões propostas

1) (2016 – FUNCAB - SEGEP-MA - Agente Penitenciário) Sobre a

ação penal, é correto afirmar que:

A) a ação pública condicionada exige a satisfação da condição de

procedibilidade no prazo de oito meses, a contar da data em que o

ofendido toma ciência da autoria do crime por ele sofrido.

B) a ação privada personalíssima pode ser oferecida pelo ofendido, ou,

em caso de óbito, por seu representante legal.

C) a ação privada subsidiária pressupõe inércia do Ministério Público ou

manifestação do órgão pelo arquivamento de inquérito policial.

D) quando a lei não específica o tipo de ação penal atinente a

determinado crime, esta é pública incondicionada.

E) a ação privada é oferecida através de notitia criminis.

2) (2015 – FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) No que se refere à

ação penal, é correto dizer que:

A) a ação penal nas contravenções poderá ser iniciada por meio de

portaria expedida pela autoridade judiciária.

B) no caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por

decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação

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passará ao Ministério Público, na qualidade de substituto processual

necessário.

C) será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for

intentada no prazo legal pelo Ministério Público, cabendo ao Ofendido, se

necessário, aditar a queixa, não podendo o MP retomar a ação como parte

principal.

D) a representação será irretratável, depois de recebida a denúncia.

E) a renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos

autores do crime, a todos se estenderá.

3) (2013 - CESPE - TJ-BA - Titular de Serviços de Notas e de

Registros) Com referência à ação penal, assinale a opção correta.

A) Em caso de falecimento do ofendido, o direito de oferecer queixa não

poderá ser exercido pelos cônjuges, ascendentes, descendentes ou

colaterais.

B) É de legitimidade exclusiva do MP, condicionada à representação do

ofendido, a ação penal por crime contra a honra de servidor público em

razão do exercício de suas funções, conforme entendimento sumulado do

STF.

C) O direito de queixa não poderá ser exercido quando dele o ofendido

tiver renunciado expressa ou tacitamente.

D) Na ação penal privada, é admissível o perdão mesmo depois de

transitada em julgado a sentença condenatória.

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E) Mesmo antes do oferecimento da denúncia, a representação do

ofendido, nos crimes de ação penal condicionada, não pode ser retratada.

4) (2012 - CESPE - TJ-AL - Analista Judiciário - Área Judiciária)

Com relação à representação, como condição de procedibilidade

da ação penal pública nos casos expressos em lei, no tocante à

prescrição e ao perdão, assinale a opção correta.

A) O perdão, nos crimes cuja ação é de iniciativa privada, seja expresso,

seja tácito, anterior ou posterior à instauração da ação penal, aproveita a

todos os querelados mesmo que concedido a somente um deles, mas, se

concedido por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos demais de

dar prosseguimento à ação penal.

B) O crime de injúria é passível de perdão do ofendido, mas a ele não se

aplica o perdão judicial.

C) A representação é irretratável depois de recebida a denúncia; a

requisição é sempre irretratável, mesmo antes de iniciada a ação penal.

D) O prazo prescricional, embora sujeito a causas interruptivas,

impeditivas ou suspensivas, é improrrogável, devendo ser contado do

mesmo modo como se conta o prazo de cumprimento da pena privativa

de liberdade.

E) São causas interruptivas do curso da prescrição, entre outras, a

decisão confirmatória da pronúncia, o acórdão confirmatório da

condenação prolatada em primeira instância, o início do cumprimento da

pena e a publicação da sentença condenatória.

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5) (2015 – FCC - TJ-GO - Juiz Substituto - adaptada) No tocante à

Ação Penal, Julgue o itens abaixo.

É admissível o perdão do ofendido mesmo depois que passa em julgado a

sentença condenatória.

6) (2015 – FCC - TJ-GO - Juiz Substituto - adaptada) No tocante à

ação penal, Julgue o itens abaixo.

Implica renúncia tácita do direito de queixa o fato de receber o ofendido a

indenização do dano causado pelo crime.

7) (2015 – FCC - TJ-GO - Juiz Substituto - adaptada) No tocante à

ação penal, Julgue o itens abaixo.

É admissível a renúncia tácita, mas o perdão do ofendido deve ser

expresso.

8) (2015 – FCC - TJ-GO - Juiz Substituto - adaptada) No tocante à

ação penal, Julgue o itens abaixo.

A renúncia constitui causa de extinção da punibilidade relativa às ações

penais privadas e públicas condicionadas.

9) (2015 – FCC - TJ-GO - Juiz Substituto - adaptada) No tocante à

ação penal, Julgue o itens abaixo.

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Concedido o perdão por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos

outros.

10) (2014 – FEPESE - Prefeitura de Florianópolis – SC - Auditor

Fiscal de Tributos Municipais - adaptada) No tocante à ação penal,

Julgue o itens abaixo.

A ação penal pública é promovida mediante queixa oferecida pelo

Ministério Público.

11) (2014 – FEPESE - Prefeitura de Florianópolis – SC - Auditor

Fiscal de Tributos Municipais - adaptada) No tocante à ação penal,

Julgue os itens abaixo.

A ação pública é promovida pelo Ministério Público, mediante

representação do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça.

12) (2014 – FEPESE - Prefeitura de Florianópolis – SC - Auditor

Fiscal de Tributos Municipais - adaptada) No tocante à ação penal,

Julgue os itens abaixo.

A ação de iniciativa privada pode ser utilizada nos crimes de ação pública,

se o Ministério Público não oferecer denúncia no prazo legal.

13) (2014 – FEPESE - Prefeitura de Florianópolis – SC - Auditor

Fiscal de Tributos Municipais - adaptada) No tocante à ação penal,

Julgue os itens abaixo.

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A vítima ou quem tenha qualidade para representá-la poderá intentar

ação penal privada mediante denúncia.

14) (2014 – FEPESE - Prefeitura de Florianópolis – SC - Auditor

Fiscal de Tributos Municipais - adaptada) No tocante à ação penal,

Julgue os itens abaixo.

No caso de morte do autor do crime, o ofendido tem o direito de oferecer

queixa ou de prosseguir na ação contra o cônjuge, ascendente,

descendente ou irmão do agressor.

15) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de

Registros - adaptada) No tocante à ação penal, Julgue os itens

abaixo.

Segundo estabelece o Código de Processo Penal o prazo para

oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado

da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do

inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No

último caso, mesmo que haja devolução do inquérito à autoridade policial

para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia,

contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público recebeu

pela primeira vez vista dos autos.

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16) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de

Registros - adaptada) No tocante à ação penal, Julgue os itens

abaixo.

A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá ser

aditada pelo Ministério Público, a quem caberá intervir em todos os

termos subsequentes do processo.

17) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de

Registros - adaptada) No tocante à ação penal, Julgue os itens

abaixo.

O prazo para o aditamento da queixa será de 3 dias, contado da data em

que o órgão do Ministério Público receber os autos, e, se este não se

pronunciar dentro do tríduo, entender-se-á que não tem o que aditar,

prosseguindo-se nos demais termos do processo.

18) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de

Registros - adaptada) No tocante à ação penal, Julgue os itens

abaixo.

A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores

do crime, a todos se estenderá.

19) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de

Registros - Remoção) No tocante à ação penal, Julgue os itens

abaixo.

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A representação será irretratável, depois de recebida a denúncia.

20) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de

Registros - Remoção) No tocante à ação penal, Julgue os itens

abaixo.

Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia,

requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de

informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões

invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao

procurador-geral, e este oferecerá a denúncia ou designará outro órgão

do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de

arquivamento, ao qual não será o juiz obrigado a atender.

21) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de

Registros - Remoção) No tocante à ação penal, Julgue os itens

abaixo.

Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá

intentar a ação privada. No caso de morte do ofendido ou quando

declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou

prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou

irmão.

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22) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de

Registros - Remoção) No tocante à ação penal, Julgue os itens

abaixo.

Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, terá

preferência o ascendente, e em seguida, o parente mais próximo na

seguinte ordem: cônjuge, descendente e irmão.

23) (FGV – 2013 – MPE-MS – Analista – Direito) As ações penais

podem ser classificadas como públicas incondicionadas, públicas

condicionadas à representação ou à requisição do Ministro da

Justiça ou ação penal privada. A respeito dessas modalidades,

julgue os itens abaixo.

A representação feita pelo ofendido é retratável até o momento do

recebimento da denúncia.

24) (FGV – 2013 – MPE-MS – Analista – Direito) As ações penais

podem ser classificadas como públicas incondicionadas, públicas

condicionadas à representação ou à requisição do Ministro da

Justiça ou ação penal privada. A respeito dessas modalidades,

julgue os itens abaixo.Seja qual for o crime, quando praticado em

detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado ou Município, a

ação penal será pública.

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25) (FGV – 2013 – MPE-MS – Analista – Direito) As ações penais

podem ser classificadas como públicas incondicionadas, públicas

condicionadas à representação ou à requisição do Ministro da

Justiça ou ação penal privada. A respeito dessas modalidades,

julgue os itens abaixo.

O direito de representação não possui uma forma predeterminada,

podendo ser exercido mediante declaração pessoal do ofendido ou de

procurador com poderes gerais, de maneira escrita ou oral, feita ao juiz,

ao órgão do Ministério Público ou à autoridade policial.

26) (FGV – 2013 – MPE-MS – Analista – Direito) As ações penais

podem ser classificadas como públicas incondicionadas, públicas

condicionadas à representação ou à requisição do Ministro da

Justiça ou ação penal privada. A respeito dessas modalidades,

julgue os itens abaixo.

No caso de morte do ofendido, se a ação penal de natureza privada não

for classificada como personalíssima, o direito de oferecer queixa ou

prosseguir na ação passará ao cônjuge, companheiro, ascendentes e

descendentes, mas não ao irmão.

27) (FGV – 2013 – MPE-MS – Analista – Direito) As ações penais

podem ser classificadas como públicas incondicionadas, públicas

condicionadas à representação ou à requisição do Ministro da

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Justiça ou ação penal privada. A respeito dessas modalidades,

julgue os itens abaixo.

O perdão independe de aceitação do querelado, tácita ou expressa.

28) (FGV – 2008 – PC-RJ – Oficial de Cartório - adaptada) Em

relação à ação penal, julgue os itens.

A requisição do Ministro da Justiça, nos crimes de ação pública em que a

lei assim o exige constitui condição de procedibilidade.

29) (CESPE – 2013 – TJ-RR – Titular de Serviços de Notas e de

Registros) A respeito da ação penal no direito processual

brasileiro, julgue os itens abaixo.

A ação penal é indisponível, vedada sua desistência pelo Ministério

Público.

30) (CESPE – 2013 – TJ-RR – Titular de Serviços de Notas e de

Registros) A respeito da ação penal no direito processual

brasileiro, julgue os itens abaixo.

Oferecida denúncia em ação penal pública condicionada à representação,

a retratação só poderá ocorrer antes do recebimento da denúncia.

31) (CESPE – 2013 – TJ-RR – Titular de Serviços de Notas e de

Registros) A respeito da ação penal no direito processual

brasileiro, julgue os itens abaixo.

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Tratando-se de crime de ação penal pública condicionada, a

representação poderá ser exercida por escrito, pessoalmente pelo

ofendido ou por procurador com poderes especiais, ou oralmente, caso

em que se exige ato personalíssimo do ofendido.

32) (CESPE – 2013 – TJ-RR – Titular de Serviços de Notas e de

Registros) A respeito da ação penal no direito processual

brasileiro, julgue os itens abaixo.

A capacidade postulatória perante a justiça criminal é exercida

exclusivamente pelos membros do MP, pelos defensores públicos e pelos

advogados, sejam esses últimos constituídos pela parte interessada ou

nomeados pelo juiz.

33) (CESPE – 2012 – TJ-RO – Analista Processual) Acerca da ação

penal e do inquérito policial, julgue os itens abaixo.

Somente a autoridade policial — delegados de polícia e delegados federais

— tem primazia e exclusividade na investigação de fatos alegadamente

criminosos, cabendo a estes, por força constitucional, promover atividade

pré-processual por meio do inquérito policial.

34) (CESPE – 2012 – TJ-RO – Analista Processual) Acerca da ação

penal e do inquérito policial, julgue os itens abaixo.

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Nos crimes de competência do juizado especial criminal, é obrigatória a

instauração do competente inquérito policial, antes da remessa do feito à

análise do Poder Judiciário.

35) (CESPE – 2012 – TJ-RO – Analista Processual) Acerca da ação

penal e do inquérito policial, julgue os itens abaixo.

É cabível a perempção na ação penal subsidiária da pública, no caso de

desídia do querelante

36) (CESPE – 2012 – TJ-RO – Analista Processual) Acerca da ação

penal e do inquérito policial, julgue os itens abaixo.

Nas ações penais privadas, o inquérito policial é peça indispensável e

necessária à fundamentação da queixa-crime.

37) (2016 - FAURGS - TJ-RS - Juiz de Direito Substituto - adptada)

Considere as afirmações abaixo, sobre extinção da punibilidade.

I - É taxativo o rol das causas de extinção da punibilidade previsto

no artigo 107 do Código Penal.

II - No caso de crimes conexos, a extinção da punibilidade de um

deles não impede, quanto aos outros, a agravação da pena

resultante da conexão, conforme dispõe o Código Penal.

Quais estão corretas?

A) Apenas I.

B) Apenas II.

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C) I e II.

D) Nenhum

38) (2016 - CAIP-IMES - Câmara Municipal de Atibaia - SP)

Assinale a alternativa incorreta. Extingue-se a punibilidade:

A) pela morte do agente; pela anistia, graça ou indulto.

B) pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como

criminoso.

C) pelo perdão judicial, concedido a critério da autoridade judicial ou, pelo

perdão, ainda que não aceito, nos crimes de ação privada nos casos

previstos em lei.

D) pela prescrição, decadência ou perempção; pela renúncia do direito de

queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada.

39) (2015 - FGV - DPE-RO - Analista da Defensoria Pública -

Analista em Psicologia) O Sr. Pedro, 88 anos, diagnosticado com

doença de Alzheimer, empurrou violentamente a cuidadora que

dava banho nele. Ela se desequilibrou e, na queda, bateu com a

cabeça no chão, vindo a falecer após uma semana no CTI. Do

ponto de vista penal, o Sr. Pedro é:

A) inimputável em decorrência da idade avançada;

B) semi-imputável em virtude da interdição civil;

C) inimputável em função de sua demência neurodegenerativa;

D) semi-imputável já que não houve intenção de matar;

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E) imputável por ser a vítima fatal do sexo feminino.

40) (2016 - FGV - MPE-RJ - Analista do Ministério Público -

Processual) Diz-se que o crime é doloso quando o agente quis o

resultado ou assumiu o risco de produzi-lo, e que o crime é

culposo, quando o agente deu causa a resultado previsível por

imprudência, negligência ou imperícia. Sobre o tema, é correto

afirmar que:

A) o dolo direto de segundo grau também é conhecido como dolo de

consequências necessárias;

B) para a teoria finalista da ação, o dolo e a culpa integram a

culpabilidade;

C) no crime culposo, a imprudência se caracteriza por uma conduta

negativa, enquanto a negligência, por um comportamento positivo;

D) o crime culposo admite como regra a forma tentada;

E) na culpa consciente, o agente prevê o resultado como possível, mas

com ele não se importa.

41) (2015 - CESPE - TJ-DF - Técnico Judiciário - Administrativa)

Acerca da imputabilidade penal, julgue o item a seguir.

A embriaguez completa, culposa por imprudência ou negligência — aquela

que resulta na perda da capacidade do agente de entender o caráter ilícito

de sua conduta —, no momento da prática delituosa, não afasta a

culpabilidade.

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42) (2015 - CESPE - TJ-DF - Técnico Judiciário - Administrativa)

Acerca da imputabilidade penal, julgue o item a seguir.

A doença mental e o desenvolvimento mental incompleto ou retardado,

por si só, afastam por completo a responsabilidade penal do agente.

43) (2015 - CESPE - TJ-DF - Técnico Judiciário - Administrativa) A

respeito do direito penal, julgue o item a seguir.

O erro de proibição pode ser direto — o autor erra sobre a existência ou

os limites da proposição permissiva —, indireto — o erro do agente recai

sobre o conteúdo proibitivo de uma norma penal — e mandamental —

quando incide sobre o mandamento referente aos crimes omissivos,

próprios ou impróprios.

44) (2015 - CESPE - TCE-RN - Assessor Técnico Jurídico) Com

relação à teoria do crime e culpabilidade penal, julgue o seguinte

item.

Se a preparação de flagrante pela polícia impedir a consumação do crime,

estará caracterizado crime impossível.

45) (2015 - CESPE - AGU - Advogado da União) Acerca da

aplicação da lei penal, do conceito analítico de crime, da exclusão

de ilicitude e da imputabilidade penal, julgue o item que se segue.

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Como a relação de causalidade constitui elemento do tipo penal no direito

brasileiro, foi adotada como regra, no CP, a teoria da causalidade

adequada, também conhecida como teoria da equivalência dos

antecedentes causais.

46) (2015 - CESPE - AGU - Advogado da União) Acerca da

aplicação da lei penal, do conceito analítico de crime, da exclusão

de ilicitude e da imputabilidade penal, julgue o item que se segue.

A legítima defesa é causa de exclusão da ilicitude da conduta, mas não é

aplicável caso o agente tenha tido a possibilidade de fugir da agressão

injusta e tenha optado livremente pelo seu enfrentamento.

47) (CESPE - 2009 - DPE-ES - Defensor Público) Com relação a

direito penal, julgue os seguintes itens.

A tentativa incruenta não é punível, pois considera-se que o agente não

iniciou a fase executória do iter criminis.

48) (Polícia Civil - 2014 - adaptada) Os elementos do fato típico

são conduta (ação e omissão), resultado, relação da causalidade e

tipicidade. Diante dessa constatação, julgue os itens.

Entende-se por iter criminis a trajetória do crime, dividida em cogitação,

atos preparatórios, atos de execução e consumação.

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49) (Aroeira - 2014 - PC-TO - Agente de Polícia - adaptada) Com

base na Lei Penal e nas principais jurisprudências, julgue os itens

abaixo.

É isento de pena o agente que, ao tempo da ação ou da omissão, era

inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de

determinar-se de acordo com esse entendimento, em virtude de

embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior.

50) (CONSULPLAN - 2013 - PM-TO - Soldado da Polícia Militar -

adaptada) Com base na Lei Penal e nas principais jurisprudências,

julgue os itens abaixo.

De acordo com a teoria do Direito Penal, a inimputabilidade exclui a

culpabilidade.

51) (FUNIVERSA - 2013 - PM-DF - Soldado da Polícia Militar -

Combatente) Um menor de dezesseis anos pegou uma arma de

fogo e atirou, com intenção de matar, contra outro menor,

conseguindo atingi-lo, mas não o matou. Julgue o item abaixo com

base no caso apresentado.

Há tipicidade no fato hipotético, mas não há culpabilidade, uma vez que o

menor é inimputável.

52) (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo -

Agente de Polícia Legislativa) Paulo e João foram surpreendidos

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nas dependências da Câmara dos Deputados quando subtraíam

carteiras e celulares dos casacos e bolsas de pessoas que ali

transitavam. Paulo tem dezessete anos e teve acesso ao local por

intermédio de João, que é servidor da Casa.

Com base nessa situação hipotética, julgue os itens a seguir.

O fato de Paulo ser inimputável impede que se reconheça o concurso de

pessoas no caso narrado.

53) (CESPE - 2013 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista

Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador) Acerca do crime e da

imputabilidade penal, julgue o item.

Na hipótese de desistência voluntária, em que o agente, por vontade

própria, desiste de prosseguir na execução do crime, a pena será reduzida

na proporção prevista em lei.

54) (2014 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz Federal - adaptada) Com base

na Lei Penal e nas principais jurisprudências, julgue os itens

abaixo.

O arrependimento posterior implica causa de diminuição da pena do

agente, e apenas é aplicável aos crimes praticados sem violência ou grave

ameaça à pessoa.

55) (2015 - FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) No que se refere ao

Estatuto do desarmamento, é correto afirmar que:

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A) o porte ilegal de arma de fogo de uso permitido é inafiançável, sendo

irrelevante o fato de a arma de fogo estar registrada em nome do agente.

B) o agente que importa ou exporta arma de fogo de uso permitido, sem

autorização da autoridade competente, comete o delito de contrabando.

C) a conduta de portar arma de uso permitido é equiparada a de portar

arma de uso restrito para efeito da aplicação da pena, quando a referida

arma estiver com a numeração, marca ou qualquer outro sinal de

identificação raspado, suprimido ou adulterado.

D) o crime de deixar de observar as cautelas necessárias para impedir

que menor se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse admite

tentativa.

E) será responsabilizado apenas administrativamente o proprietário ou

diretor de empresa de segurança que não registrar ocorrência policial e

não comunicar à Polícia Federal nas primeiras vinte e quatro horas depois

de ocorrido a perda, o furtou ou roubo de arma de fogo, acessório ou

munição, que estejam sob sua guarda.

56) (2016 - CESPE - TRE-PI - Analista Judiciário - Judiciária)

Acerca dos crimes em espécie, assinale a opção correta.

A) Em se tratando de crime ambiental, não se admite a incidência do

princípio da insignificância.

B) A apreensão de arma de fogo na posse do autor dias após o

cometimento de crime de roubo não constitui crime autônomo, sendo fato

impunível.

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C) A nulidade do exame pericial na arma de fogo descaracteriza o crime

de porte ilegal, mesmo diante de conjunto probatório idôneo, conforme

entendimento do Supremo Tribunal Federal.

D) O particular não pode responder pela prática do crime de abuso de

autoridade, nem mesmo como partícipe.

E) Conforme o entendimento do Supremo Tribunal Federal, é possível a

condenação de pessoa jurídica pela prática de crime ambiental, mesmo

que absolvidas as pessoas físicas ocupantes de cargos de presidência ou

direção.

57) (2016 - CESPE - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário

- Área Judiciária) No tocante à interpretação dos crimes de perigo

abstrato e dos crimes contra a organização do trabalho, contra a

administração pública e contra a dignidade sexual, consoante a

jurisprudência dos tribunais superiores, assinale a opção correta.

A) Por se tratar de delito de perigo abstrato, o abandono de incapaz

dispensa a prova do efetivo risco de dano à saúde da vítima.

B) O crime de porte ilegal de arma de fogo, classificado como delito de

perigo abstrato, não dispensa a prova pericial para estabelecer a sua

eficiência na realização de disparos, necessária para demonstrar o risco

potencial à incolumidade física das pessoas.

C) O agente que não é funcionário público não pode figurar como sujeito

ativo do crime de peculato.

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D) No crime de aliciamento para o fim de emigração, pune-se a conduta

de recrutar trabalhadores, mediante fraude, com o fim de levá-los para

território estrangeiro, como forma de se garantir a proteção à organização

do trabalho.

E) Para a caracterização do crime de concussão, a conduta do servidor

público deve consistir na exigência de vantagem indevida,

necessariamente em dinheiro, para si ou para outrem, em razão da

função que o servidor exerce.

58) (2015 - MPDFT - Promotor de Justiça Adjunto) Aponte a

alternativa CORRETA. O proprietário de um bar mantinha, sob sua

guarda, há semanas, no referido estabelecimento comercial, arma

de fogo de uso permitido, municiada e funcionando perfeitamente,

em desacordo com autorização legal e regulamentar. Para fazer

uma demonstração do funcionamento da arma a seus clientes, o

proprietário do bar a disparou em direção à via pública, situada do

lado de fora do bar, praticando, assim:

A) Crimes de posse irregular de arma de fogo de uso permitido e disparo

de arma de fogo, em concurso.

B) Crime de disparo de arma de fogo, sendo a manutenção da arma de

fogo considerada fato anterior impunível.

C) Crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e disparo de

arma de fogo, em concurso.

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D) Crime de posse irregular de arma de fogo, sendo o disparo de arma de

fogo considerado fato posterior impunível.

E) Crime de porte ilegal de arma de fogo, sendo o disparo de arma de

fogo considerado fato posterior impunível.

59) (CESPE - 2008 - PC-TO - Delegado de Polícia) Considere a

seguinte situação hipotética.

Alfredo, imputável, transportava em seu veículo um revólver de

calibre 38, quando foi abordado em uma operação policial de

trânsito. A diligência policial resultou na localização da arma,

desmuniciada, embaixo do banco do motorista. Em um dos bolsos

da mochila de Alfredo, foram localizados 5 projéteis do mesmo

calibre. Indagado a respeito, Alfredo declarou não possuir

autorização legal para o porte da arma nem o respectivo

certificado de registro. O fato foi apresentado à autoridade policial

competente.

Nessa situação, caberá à autoridade somente a apreensão da arma e das

munições e a imediata liberação de Alfredo, visto que, estando o

armamento desmuniciado, não se caracteriza o crime de porte ilegal de

arma de fogo.

60) (CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Oficial de Justiça

Avaliador) Com base nas disposições do Estatuto do

Desarmamento, da Lei Maria da Penha, do Estatuto da Criança e

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do Adolescente e do Estatuto do Idoso, julgue os itens

subsequentes.

De acordo com o Estatuto do Desarmamento, constitui circunstância

qualificadora do crime de posse ou porte de arma de fogo ou munição o

fato de ser o agente reincidente em crimes previstos nesse estatuto.

61) (IBFC - 2013 - PC-RJ - Oficial de Cartório - adaptada) No que

se refere ao Estatuto do Desarmamento (Lei n. 10.826/2003),

julgue os itens.

Comete crime cuja pena se equipara à do delito omissão de cautela o

proprietário de empresa de segurança e de transporte de valores que

deixa de registrar ocorrência policial e de comunicar a Polícia Federal furto

ou roubo de arma de fogo sob sua guarda, nas primeiras vinte e quatro

horas após o ocorrido.

62) (FCC - 2013 - TJ-PE – Juiz - adaptada) No que se refere ao

Estatuto do Desarmamento, julgue os itens.

Quem deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor

de 18 anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de

arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade,

comete o crime de omissão de cautela.

63) (CESPE– 2013 - PC-BA – Delegado de Polícia) Servidor público

alfandegário que, em serviço de fiscalização fronteiriça, permitir a

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determinado indivíduo penalmente imputável adentrar o território

nacional trazendo consigo, sem autorização do órgão competente e sem o

devido desembaraço, pistola de calibre 380 de fabricação estrangeira,

deverá responder pela prática do crime de facilitação de contrabando,

com infração do dever funcional excluída a hipótese de aplicação do

Estatuto do Desarmamento.

64) (CESPE - 2010 - MPU - Técnico de Apoio Especializado –

Segurança) No que se refere ao Sistema Nacional de Armas

(SINARM) e ao registro de armas, julgue os itens a seguir.

Compete ao SINARM informar às secretarias de segurança pública dos

estados e do Distrito Federal os registros e autorizações de porte de

armas de fogo nos respectivos territórios, bem como manter o cadastro

atualizado para consulta.

65) (CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivão de Polícia Civil - adaptada)

Em relação às disposições da Lei n.º 10.826/2003 (Estatuto do

Desarmamento), julgue os itens abaixo.

Será aplicada multa à empresa de produção ou comércio de armamentos

que realizar publicidade para venda, estimulando o uso indiscriminado de

armas de fogo, exceto nas publicações especializadas.

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66) (CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivão de Polícia Civil - adaptada)

Em relação às disposições da Lei n.º 10.826/2003 (Estatuto do

Desarmamento), julgue os itens abaixo.

Durante o prazo de que a população dispõe para entregá-la à Polícia

Federal, o delito de posse de arma de fogo foi claramente abolido pela

referida norma.

67) (CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivão de Polícia Civil - adaptada)

Em relação às disposições da Lei n.º 10.826/2003 (Estatuto do

Desarmamento), julgue os itens abaixo.

É amplamente admissível a consideração da arma desmuniciada como

majorante no delito de roubo, porquanto, ainda que desprovida de

potencialidade lesiva, sua utilização é capaz de produzir temor maior à

vítima.

68) (CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivão de Polícia Civil - adaptada)

Em relação às disposições da Lei n.º 10.826/2003 (Estatuto do

Desarmamento), julgue os itens abaixo.

A utilização de arma de brinquedo durante um assalto acarreta a

majoração, de um terço até metade, da pena eventualmente aplicada ao

criminoso.

69) (CESPE – 2012 – Escrivão – Polícia Civil/AL) A posse de arma de

brinquedo ou a utilização de qualquer outro instrumento simulador de

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arma de fogo configura, segundo expressamente previsto na norma de

regência, crime de porte de arma.

70) (CESPE – 2012 - Técnico Judiciário) Considere a seguinte

situação hipotética.

Antônio, penalmente capaz, foi abordado por policiais militares, que o

flagraram portando três cartuchos intactos de munição de calibre 40, de

uso restrito das forças policiais. Indagado a respeito de sua conduta,

Antônio informou não possuir autorização para portar as munições,

alegando, no entanto, não possuir arma de fogo de qualquer calibre.

Nessa situação, a conduta de Antônio é atípica, pois a munição, por si só,

não oferece qualquer potencial lesivo.

71) (CESPE - 2011 - PC-ES - Escrivão de Polícia) Com relação à

legislação especial, julgue o item que se segue.

De acordo com entendimento do Superior Tribunal de Justiça, o simples

fato de portar arma de fogo de uso permitido com numeração raspada

viola o previsto no art. 16, da Lei n.º 10.826/2003, por se tratar de delito

de mera conduta ou de perigo abstrato, cujo objeto imediato é a

segurança coletiva.

72) (CESPE - 2011 - PC-ES - Escrivão de Polícia) Com relação à

legislação especial, julgue o item que se segue.

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As armas de fogo apreendidas após a elaboração do laudo pericial e sua

juntada aos autos, quando não mais interessarem à persecução penal,

serão encaminhadas pelo juiz competente à Secretaria de Segurança

Pública do respectivo estado, no prazo máximo de 48 horas, para

destruição ou doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças

Armadas, na forma da lei.

73) (CESPE – 2012 - Analista – TJ RR) Jonas, policial militar em

serviço velado no interior de uma viatura descaracterizada em

estacionamento público próximo a uma casa de eventos, onde

ocorria grande espetáculo de música, percebeu a presença de

Mauro, com vinte e quatro anos de idade, que já ostentava

condenação transitada em julgado por crime de receptação. Na

oportunidade, Jonas viu que Mauro usou um pequeno canivete

para abrir um automóvel e neste ingressou rapidamente. Fábio,

com dezessete anos de idade, e que acompanhava Mauro, entrou

pela porta direita do passageiro e sentou-se no banco. Mauro usou

o mesmo canivete para dar partida na ignição do motor e se

evadir do local na condução do veículo. Jonas informou sobre o

fato a outros agentes em viaturas policiais, os quais, em

diligências, localizaram o veículo conduzido por Mauro e

prenderam-no cerca de dez minutos depois da abordagem. Em

revista pessoal realizada por policiais militares em Mauro, foi

apreendida arma de fogo que se encontrava em sua cintura: um

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revólver de calibre 38, municiado com dois projéteis, do qual o

portador não tinha qualquer registro ou porte legalmente válido

em seu nome. O canivete foi encontrado na posse de Fábio.

Com referência à situação hipotética acima relatada, julgue os

itens que se seguem.

Mauro cometeu crime de posse irregular de arma de fogo de uso

permitido, previsto na lei que dispõe sobre o registro, a posse e a

comercialização de armas de fogo e munição.

74) (CESPE – Polícia Civil) Comete o crime de disparo de arma de fogo

(artigo 15 da Lei nº. 10.826/2003), o agente que disparar arma de fogo

ou aciona munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via

pública ou em direção a ela, independentemente dessa conduta ter como

finalidade a prática de outro crime.

75) (CESPE – Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do

Desarmamento, julgue os itens.

A fim de verificar a classificação e a definição de armas de fogo, deve-se

consultar a parte final do Estatuto do Desarmamento, eis que, em suas

Disposições Gerais, consta o rol de armamentos restritos, permitidos e

proibidos.

76) (CESPE – Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do

Desarmamento, julgue os itens.

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O Estatuto do Desarmamento não prevê a criminalização da posse de

arma de fogo de uso permitido, desde que no interior de residência.

77) (CESPE – Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do

Desarmamento, julgue os itens.

O crime de posse irregular de arma de fogo (art. 12 da Lei nº 10.826/03)

não distingue, no seu apenamento, se a arma, acessório ou munição são

de uso permitido ou restrito.

78) (CESPE – Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do

Desarmamento, julgue os itens.

O Estatuto do Desarmamento equipara a conduta de porte de arma de

fogo de uso restrito à de porte de arma de fogo de uso permitido que

tenha seus sinais identificadores suprimidos ou alterados.

79) (CESPE – Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do

Desarmamento, julgue os itens.

Segundo a Lei nº 10.826/03, o porte ilegal de arma de fogo de uso

permitido é punível com penas mais graves que as cominadas para a

posse de munição destinada a arma de fogo de uso permitido.

80) (CESPE – Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do

Desarmamento, julgue os itens.

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O agente que mantém em sua residência arma de fogo de uso permitido,

sem o devido registro em seu nome, incorre no delito de porte ilegal de

arma, previsto no art. 14 da Lei n. 10.826, de 22 dezembro de 2003.

81) (CESPE – Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do

Desarmamento, julgue os itens.

A lei expressamente consagra a proibição deporte de arma de fogo em

todo o território nacional, ressalvadas algumas hipóteses específicas,

como os integrantes das Forças Armadas e as empresas de segurança

privada e de transporte de valores, os quais poderão portar armas de

fogo, desde que obedecidos os requisitos legais e regulamentares.

82) (CESPE – Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do

Desarmamento, julgue os itens.

Constitui figura equiparada ao crime de posse ou porte ilegal de arma de

fogo de uso restrito e, portanto, com as mesmas penas, a conduta de

portar arma de fogo com numeração adulterada, independentemente do

agente ter sido, ou não, também o responsável pela mencionada

alteração.

83) (CESPE – Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do

Desarmamento, julgue os itens.

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Constitui causa de aumento de pena, nos crimes de disparo de arma de

fogo e porte ilegal de arma de fogo, sua prática por parte de integrantes

das empresas de segurança privada e de transporte de valores.

84) (CESPE – Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do

Desarmamento, julgue os itens.

A Lei nº 10.826/03 prevê a criminalização da posse irregular de arma de

fogo em residência, desde que se trate de arma de uso privativo das

Forças Armadas.

85) (CESPE – Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do

Desarmamento, julgue os itens.

Com o advento da Lei nº 10.826/03, a contravenção de porte ilegal de

arma, prevista no art. 19 da Lei das Contravenções Penais, passou a ter

como objeto apenas munições em geral e armas brancas.

86) (CESPE - 2010 - MPU - Técnico de Apoio Especializado –

Segurança) No que se refere ao Sistema Nacional de Armas

(SINARM) e ao registro de armas, julgue os itens a seguir.

As armas de fogo de uso restrito devem ser registradas no Comando do

Exército.

87) (CESPE – Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do

Desarmamento, julgue os itens.

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Ceder, gratuitamente, arma de fogo, acessório ou munição, de uso

permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou

regulamentar, não tipifica a conduta penal de que trata o art. 14 do

Estatuto do Desarmamento.

88) (2014 – FUNCAB - PC-RO - Delegado de Polícia Civil) De

acordo com a Lei n° 10.826/2003, Estatuto do Desarmamento,

aquele que, em via pública, porta arma de fogo de uso permitido

com numeração suprimida responde:

A) como incurso nas penas do crime de porte ilegal de arma de fogo de

uso permitido, disposto no artigo 14 do referido Estatuto.

B) como incurso nas penas do crime de posse ou porte ilegal de arma de

fogo de uso restrito, disposto no artigo 16 do referido estatuto.

C) como incurso nas penas do crime de posse irregular de arma de fogo

de uso permitido, disposto no artigo 12 do referido Estatuto.

D) como incurso nas penas do crime de disparo de arma de fogo, disposto

no artigo 15 do referido Estatuto.

E) como incurso nas penas do crime de omissão de cautela, disposto no

artigo 13 do referido Estatuto.

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Questões comentadas

Da Ação Penal

1) (2016 – FUNCAB - SEGEP-MA - Agente Penitenciário) Sobre a

ação penal, é correto afirmar que:

A) a ação pública condicionada exige a satisfação da condição de

procedibilidade no prazo de oito meses, a contar da data em que o

ofendido toma ciência da autoria do crime por ele sofrido.

B) a ação privada personalíssima pode ser oferecida pelo ofendido, ou,

em caso de óbito, por seu representante legal.

C) a ação privada subsidiária pressupõe inércia do Ministério Público ou

manifestação do órgão pelo arquivamento de inquérito policial.

D) quando a lei não específica o tipo de ação penal atinente a

determinado crime, esta é pública incondicionada.

E) a ação privada é oferecida através de notitia criminis.

Comentários:

Na letra “B”, o examinador cita prazo de 8 meses. Nada a ver! Tem que

respeitar os prazos prescricionais. Vejamos alguns conceitos para

entendermos os erros das outras opções e o acerto da letra “D”.

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A Ação Penal Privada é a ação titularizada pela vítima ou por seu

representante legal, na condição de substitutos processuais, já que atuam

em nome próprio pleiteando direito alheio, qual seja, o dever de punir do

Estado. A Ação Privada Personalíssima é privativamente exercida pela

vítima. Não há intervenção do representante legal, nem sucessão por

morte ou ausência. Restringe-se, atualmente, ao crime de induzimento a

erro essencial e ocultação de impedimento ao casamento.

A Ação Penal Pública pode ser Condicionada e Incondicionada. No

primeiro caso, é preciso saber que aquela ação é titularizada pelo

Ministério Público e depende, todavia, de uma manifestação de vontade

do legítimo interessado para que seja iniciada, até mesmo, a persecução

penal. A Ação Penal Pública Incondicionada é aquela a ser exercida ex

officio pelo Ministério Público, sem a necessidade de manifestação de

vontade de terceiros. É a regra geral, salvo quando a lei dispuser

expressamente em sentido contrário, exigindo autorização para o

exercício da ação pública, ou conferindo o direito de ação à própria vítima

(ações ele iniciativa privada).

Gabarito: D.

2) (2015 – FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) No que se refere à

ação penal, é correto dizer que:

A) a ação penal nas contravenções poderá ser iniciada por meio de

portaria expedida pela autoridade judiciária.

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B) no caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por

decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação

passará ao Ministério Público, na qualidade de substituto processual

necessário.

C) será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for

intentada no prazo legal pelo Ministério Público, cabendo ao Ofendido, se

necessário, aditar a queixa, não podendo o MP retomar a ação como parte

principal.

D) a representação será irretratável, depois de recebida a denúncia.

E) a renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos

autores do crime, a todos se estenderá.

Comentários:

Na letra “A”, a pesar de seguir o art. 26 do CPP, a Constituição Federal

não recepcionou este texto. Na letra “B”, no caso de morte do

ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de

oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente,

descendente ou irmão. Na letra “C”, será admitida ação privada nos

crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo

ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia

substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos

de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do

querelante, retomar a ação como parte principal. Na letra “D”, a

representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. E na

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letra “E”, segundo as disposições do Código de Processo Penal relativas à

ação penal, a renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um

dos autores do crime, a todos se estenderá.

Gabarito: E.

3) (2013 - CESPE - TJ-BA - Titular de Serviços de Notas e de

Registros) Com referência à ação penal, assinale a opção correta.

A) Em caso de falecimento do ofendido, o direito de oferecer queixa não

poderá ser exercido pelos cônjuges, ascendentes, descendentes ou

colaterais.

B) É de legitimidade exclusiva do MP, condicionada à representação do

ofendido, a ação penal por crime contra a honra de servidor público em

razão do exercício de suas funções, conforme entendimento sumulado do

STF.

C) O direito de queixa não poderá ser exercido quando dele o ofendido

tiver renunciado expressa ou tacitamente.

D) Na ação penal privada, é admissível o perdão mesmo depois de

transitada em julgado a sentença condenatória.

E) Mesmo antes do oferecimento da denúncia, a representação do

ofendido, nos crimes de ação penal condicionada, não pode ser retratada.

Comentários:

Na letra "A", o art. 31 do CPP menciona que no caso de morte do

ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de

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oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente,

descendente ou irmão. Já na letra "B", temos a Súmula 714 do STF: "é

concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do Ministério

Público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por

crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas

funções". Na letra "D", não é admissível o perdão depois que passa em

julgado a sentença condenatória. E para fechar, a letra "E", está errada

,também, pois a representação será irretratável depois de oferecida a

denúncia.

Gabarito: C.

4) (2012 - CESPE - TJ-AL - Analista Judiciário - Área Judiciária)

Com relação à representação, como condição de procedibilidade

da ação penal pública nos casos expressos em lei, no tocante à

prescrição e ao perdão, assinale a opção correta.

A) O perdão, nos crimes cuja ação é de iniciativa privada, seja expresso,

seja tácito, anterior ou posterior à instauração da ação penal, aproveita a

todos os querelados mesmo que concedido a somente um deles, mas, se

concedido por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos demais de

dar prosseguimento à ação penal.

B) O crime de injúria é passível de perdão do ofendido, mas a ele não se

aplica o perdão judicial.

C) A representação é irretratável depois de recebida a denúncia; a

requisição é sempre irretratável, mesmo antes de iniciada a ação penal.

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D) O prazo prescricional, embora sujeito a causas interruptivas,

impeditivas ou suspensivas, é improrrogável, devendo ser contado do

mesmo modo como se conta o prazo de cumprimento da pena privativa

de liberdade.

E) São causas interruptivas do curso da prescrição, entre outras, a

decisão confirmatória da pronúncia, o acórdão confirmatório da

condenação prolatada em primeira instância, o início do cumprimento da

pena e a publicação da sentença condenatória.

Comentários:

Segundo o art. 106, o perdão, no processo ou fora dele, expresso ou

tácito:

 se concedido a qualquer dos querelados, a todos aproveita;

 se concedido por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos

outros;

 se o querelado o recusa, não produz efeito.

Seguindo, no crime de injúria (art. 140 do CP), o juiz pode deixar de

aplicar a pena: quando o ofendido, de forma reprovável, provocou

diretamente a injúria; e no caso de retorsão imediata, que consista em

outra injúria. Na letra "C", a representação será irretratável depois de

oferecida a denúncia. E para fechar, é preciso saber os casos que

interrompem a prescrição. Vejamos:

 pelo recebimento da denúncia ou da queixa;

 pela pronúncia;

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 pela decisão confirmatória da pronúncia;

 pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis;

 pelo início ou continuação do cumprimento da pena;

 pela reincidência.

Gabarito: D.

5) (2015 – FCC - TJ-GO - Juiz Substituto - adaptada) No tocante à

Ação Penal, Julgue o itens abaixo.

É admissível o perdão do ofendido mesmo depois que passa em julgado a

sentença condenatória.

Comentários:

Trata-se de ato extintivo do processo criminal. Ocorre depois do

recebimento da ação penal privada exclusiva. Equivale à desistência da

ação e, ao contrário da renúncia, caracteriza-se pela bilateralidade, já que

exige aceitação (mesmo tácita) do querelado, a qual poderá ser realizada

por meio de procurador com poderes especiais, advogado ou não. Pode

ser concedido a qualquer tempo, desde que antes do trânsito em julgado

da sentença condenatória.

Gabarito: E.

6) (2015 – FCC - TJ-GO - Juiz Substituto - adaptada) No tocante à

ação penal, Julgue o itens abaixo.

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Implica renúncia tácita do direito de queixa o fato de receber o ofendido a

indenização do dano causado pelo crime.

Comentários:

A renúncia classifica-se em expressa e tácita. Diz-se expressa quando

constar de declaração assinada pelo ofendido, seu representante legal ou

procurador com poderes especiais. É, por outro lado, tácita quando o

ofendido:

 Deixa de dar curso ao prazo decadencial sem ajuizar a queixa-

crime;

 Sendo instado a aditar a inicial para a inclusão de coautores ou

partícipes, mantém-se inerte;

 Realiza a composição dos danos cíveis da infração penal com o

autor do fato no âmbito dos juizados especiais criminais mediante

acordo judicialmente homologado;

 Promove atos, fatos e circunstâncias que revelem a ausência de

seu interesse em promover a responsabilização penal do ofensor.

Gabarito: E.

7) (2015 – FCC - TJ-GO - Juiz Substituto - adaptada) No tocante à

ação penal, Julgue o itens abaixo.

É admissível a renúncia tácita, mas o perdão do ofendido deve ser

expresso.

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Comentários:

O perdão pode ser expresso ou tácito. Será expresso quando constar de

declaração nos autos ou termo assinados pelo ofendido ou por procurador

com poderes especiais. Será tácito quando atos patrocinados pelo

querelante forem incompatíveis com o desejo de prosseguir na ação

penal.

Gabarito: E.

8) (2015 – FCC - TJ-GO - Juiz Substituto - adaptada) No tocante à

ação penal, Julgue o itens abaixo.

A renúncia constitui causa de extinção da punibilidade relativa às ações

penais privadas e públicas condicionadas.

Comentários:

Como decorrência do princípio da indivisibilidade da ação penal privada,

se o ofendido renunciar ao exercício da ação penal contra qualquer dos

ofensores, todos os demais serão alcançados pela extinção da

punibilidade, conforme reza o art. 49 do CPP.

Gabarito: E.

9) (2015 – FCC - TJ-GO - Juiz Substituto - adaptada) No tocante à

ação penal, Julgue o itens abaixo.

Concedido o perdão por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos

outros.

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Comentários:

Como consequência do princípio da indivisibilidade da ação penal privada,

expressa o art. 51 do CPP que o perdão concedido a um dos querelados

aproveitará a todos, não produzindo efeitos apenas àquele que o recusar.

Gabarito: C.

10) (2014 – FEPESE - Prefeitura de Florianópolis – SC - Auditor

Fiscal de Tributos Municipais - adaptada) No tocante à ação penal,

Julgue o itens abaixo.

A ação penal pública é promovida mediante queixa oferecida pelo

Ministério Público.

Comentários:

A ação penal pública incondicionada é iniciada mediante denúncia do

Ministério Público para apuração de infrações penais que interferem

diretamente no interesse geral da sociedade. Todavia, ao contrário do que

ocorre na ação penal pública incondicionada, nos crimes de ação penal

pública condicionada vincula-se o Ministério Público à existência prévia de

representação. Queixa é para ação privada!

Gabarito: E.

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11) (2014 – FEPESE - Prefeitura de Florianópolis – SC - Auditor

Fiscal de Tributos Municipais - adaptada) No tocante à ação penal,

Julgue os itens abaixo.

A ação pública é promovida pelo Ministério Público, mediante

representação do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça.

Comentários:

Nos crimes de ação penal pública condicionada vincula-se o Ministério

Público à existência prévia de representação.

Gabarito: E.

12) (2014 – FEPESE - Prefeitura de Florianópolis – SC - Auditor

Fiscal de Tributos Municipais - adaptada) No tocante à ação penal,

Julgue os itens abaixo.

A ação de iniciativa privada pode ser utilizada nos crimes de ação pública,

se o Ministério Público não oferecer denúncia no prazo legal.

Comentários:

Trata-se da ação penal privada subsidiária da pública, que corresponde a

uma ação penal privada ajuizada em relação a crime de ação pública,

quando esgotado o prazo do Ministério Público, e este não ofereceu a

denúncia.

Gabarito: C.

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13) (2014 – FEPESE - Prefeitura de Florianópolis – SC - Auditor

Fiscal de Tributos Municipais - adaptada) No tocante à ação penal,

Julgue os itens abaixo.

A vítima ou quem tenha qualidade para representá-la poderá intentar

ação penal privada mediante denúncia.

Comentários:

Vimos que ação privada é queixa!

Gabarito: E.

14) (2014 – FEPESE - Prefeitura de Florianópolis – SC - Auditor

Fiscal de Tributos Municipais - adaptada) No tocante à ação penal,

Julgue os itens abaixo.

No caso de morte do autor do crime, o ofendido tem o direito de oferecer

queixa ou de prosseguir na ação contra o cônjuge, ascendente,

descendente ou irmão do agressor.

Comentários:

Pessoal, nesse caso será extinta a punibilidade!

Gabarito: E.

15) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de

Registros - adaptada) No tocante à ação penal, Julgue os itens

abaixo.

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Segundo estabelece o Código de Processo Penal o prazo para

oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado

da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do

inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No

último caso, mesmo que haja devolução do inquérito à autoridade policial

para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia,

contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público recebeu

pela primeira vez vista dos autos.

Comentários:

O erro na assertiva está quando diz que o prazo para o oferecimento da

denúncia em caso devolução do inquérito à autoridade policial será

contado a partir da data em que o órgão do MP recebeu pela primeira vez

a vista dos autos. O art. 46 do CPP menciona que em caso de devolução

do IP ao delegado de polícia será o prazo contado a partir de quando o MP

receber novamente os autos.

Gabarito: E.

16) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de

Registros - adaptada) No tocante à ação penal, Julgue os itens

abaixo.

A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá ser

aditada pelo Ministério Público, a quem caberá intervir em todos os

termos subsequentes do processo.

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Comentários:

O art. 45 do CPP prevê que “a queixa poderá ser aditada pelo Ministério

Público ainda quando a ação penal for privativa do ofendido”. Na mesma

linha, o art. 46, § 2.º, do CPP dispõe que o Ministério Público terá o prazo

de três dias para o aditamento da queixa-crime e o art. 48 do CPP refere

que o parquet velará pela indivisibilidade da ação penal.

Gabarito: C.

17) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de

Registros - adaptada) No tocante à ação penal, Julgue os itens

abaixo.

O prazo para o aditamento da queixa será de 3 dias, contado da data em

que o órgão do Ministério Público receber os autos, e, se este não se

pronunciar dentro do tríduo, entender-se-á que não tem o que aditar,

prosseguindo-se nos demais termos do processo.

Comentários:

Isso! O CPP dispõe que o Ministério Público terá o prazo de três dias para

o aditamento da queixa-crime e o art. 48 do CPP refere que o parquet

velará pela indivisibilidade da ação penal.

Gabarito: C.

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18) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de

Registros - adaptada) No tocante à ação penal, Julgue os itens

abaixo.

A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores

do crime, a todos se estenderá.

Comentários:

A renúncia ao direito de queixa é o ato impeditivo do processo criminal;

caracteriza-se pela unilateralidade; ocorre antes do recebimento da

inicial; pode ser expresso ou tácito; operada quanto a um dos ofensores,

será aproveitada a todos.

Gabarito: C.

19) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de

Registros - Remoção) No tocante à ação penal, Julgue os itens

abaixo.

A representação será irretratável, depois de recebida a denúncia.

Comentários:

A pegadinha da banca da sua prova foi querer te confundir ao ler rápido

colocando que a retratação será irretratável depois de recebida a

denúncia, porém será esta irretratável depois de oferecida a denúncia.

Gabarito: E.

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20) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de

Registros - Remoção) No tocante à ação penal, Julgue os itens

abaixo.

Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia,

requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de

informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões

invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao

procurador-geral, e este oferecerá a denúncia ou designará outro órgão

do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de

arquivamento, ao qual não será o juiz obrigado a atender.

Comentários:

Caso o PGJ insista no pedido de arquivamento, o juiz será obrigado a

atender, como diz o art.28 do CPP.

“Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a

denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer

peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as

razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao

procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do

Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento,

ao qual só então estará o juiz obrigado a atender”.

Gabarito: E.

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21) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de

Registros - Remoção) No tocante à ação penal, Julgue os itens

abaixo.

Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá

intentar a ação privada. No caso de morte do ofendido ou quando

declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou

prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou

irmão.

Comentários:

Isso mesmo! Aqui temos o §1º do art. 24 do CPP. “No caso de morte do

ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de

representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.”

Gabarito: C.

22) (IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de

Registros - Remoção) No tocante à ação penal, Julgue os itens

abaixo.

Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, terá

preferência o ascendente, e em seguida, o parente mais próximo na

seguinte ordem: cônjuge, descendente e irmão.

Comentários:

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Comparecendo mais de uma pessoa com direito de queixa terá a

preferência o cônjuge e em seguida o parente mais próximo na

seguinte ordem: ascendente descendente ou irmão.

Gabarito: E.

23) (FGV – 2013 – MPE-MS – Analista – Direito) As ações penais

podem ser classificadas como públicas incondicionadas, públicas

condicionadas à representação ou à requisição do Ministro da

Justiça ou ação penal privada. A respeito dessas modalidades,

julgue os itens abaixo.

A representação feita pelo ofendido é retratável até o momento do

recebimento da denúncia.

Comentários:

A representação será irretratável após o oferecimento da denúncia, nos

termos do art. 25 do CPP. Contrario sensu, será retratável até este

momento.

Gabarito: E.

24) (FGV – 2013 – MPE-MS – Analista – Direito) As ações penais

podem ser classificadas como públicas incondicionadas, públicas

condicionadas à representação ou à requisição do Ministro da

Justiça ou ação penal privada. A respeito dessas modalidades,

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julgue os itens abaixo.Seja qual for o crime, quando praticado em

detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado ou Município, a

ação penal será pública.

Comentários:

Já vimos anteriormente que a representação será retratável até o

momento do oferecimento da denúncia.

Gabarito: C.

25) (FGV – 2013 – MPE-MS – Analista – Direito) As ações penais

podem ser classificadas como públicas incondicionadas, públicas

condicionadas à representação ou à requisição do Ministro da

Justiça ou ação penal privada. A respeito dessas modalidades,

julgue os itens abaixo.

O direito de representação não possui uma forma predeterminada,

podendo ser exercido mediante declaração pessoal do ofendido ou de

procurador com poderes gerais, de maneira escrita ou oral, feita ao juiz,

ao órgão do Ministério Público ou à autoridade policial.

Comentários:

O direito de representação poderá ser exercido pessoalmente ou por

procurador com poderes especiais e não gerais mediante declaração

escrita ou oral, como diz o art. 39 do CPP.

Gabarito: E.

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26) (FGV – 2013 – MPE-MS – Analista – Direito) As ações penais

podem ser classificadas como públicas incondicionadas, públicas

condicionadas à representação ou à requisição do Ministro da

Justiça ou ação penal privada. A respeito dessas modalidades,

julgue os itens abaixo.

No caso de morte do ofendido, se a ação penal de natureza privada não

for classificada como personalíssima, o direito de oferecer queixa ou

prosseguir na ação passará ao cônjuge, companheiro, ascendentes e

descendentes, mas não ao irmão.

Comentários:

O direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação em caso de morte do

ofendido passará ao cônjuge, ascendente, descendente e inclusive

também irmão.

Gabarito: E.

27) (FGV – 2013 – MPE-MS – Analista – Direito) As ações penais

podem ser classificadas como públicas incondicionadas, públicas

condicionadas à representação ou à requisição do Ministro da

Justiça ou ação penal privada. A respeito dessas modalidades,

julgue os itens abaixo.

O perdão independe de aceitação do querelado, tácita ou expressa.

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Comentários:

O perdão apenas produzirá efeitos àquele que o aceitar conforme dispõe o

art. 51 do CPP.

Gabarito: E.

28) (FGV – 2008 – PC-RJ – Oficial de Cartório - adaptada) Em

relação à ação penal, julgue os itens.

A requisição do Ministro da Justiça, nos crimes de ação pública em que a

lei assim o exige constitui condição de procedibilidade.

Comentários:

A condição de fato que deve estar presente para que o processo possa ser

iniciado. Sem essa condição, a requisição do Ministro da Justiça, não

poderá a ação iniciar por não estar presente a condição específica para o

devido ajuizamento.

Gabarito: C.

29) (CESPE – 2013 – TJ-RR – Titular de Serviços de Notas e de

Registros) A respeito da ação penal no direito processual

brasileiro, julgue os itens abaixo.

A ação penal é indisponível, vedada sua desistência pelo Ministério

Público.

Comentários:

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Não são todas ações penais tem possuem o princípio da indisponibilidade,

sendo esse aplicado na ação pública. Na ação penal privada a ação

penal é disponível podendo o ofendido desistir da ação.

Gabarito: E.

30) (CESPE – 2013 – TJ-RR – Titular de Serviços de Notas e de

Registros) A respeito da ação penal no direito processual

brasileiro, julgue os itens abaixo.

Oferecida denúncia em ação penal pública condicionada à representação,

a retratação só poderá ocorrer antes do recebimento da denúncia.

Comentários:

Já vimos também que a retratação na ação penal pública condicionada à

representação só poderá ocorrer antes de oferecida a denúncia!

Gabarito: E.

31) (CESPE – 2013 – TJ-RR – Titular de Serviços de Notas e de

Registros) A respeito da ação penal no direito processual

brasileiro, julgue os itens abaixo.

Tratando-se de crime de ação penal pública condicionada, a

representação poderá ser exercida por escrito, pessoalmente pelo

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ofendido ou por procurador com poderes especiais, ou oralmente, caso

em que se exige ato personalíssimo do ofendido.

Comentários:

A banca quis te confundir acerca do texto legal, onde diz que a

representação oral é ato personalíssimo do ofendido, porém o

procurador com poderes especiais poderá fazer a representação,

mediante declaração escrita ou oral ao juiz, ao MP ou ao delegado de

polícia.

Gabarito: E.

32) (CESPE – 2013 – TJ-RR – Titular de Serviços de Notas e de

Registros) A respeito da ação penal no direito processual

brasileiro, julgue os itens abaixo.

A capacidade postulatória perante a justiça criminal é exercida

exclusivamente pelos membros do MP, pelos defensores públicos e pelos

advogados, sejam esses últimos constituídos pela parte interessada ou

nomeados pelo juiz.

Comentários:

A capacidade postulatória perante a justiça criminal não é exclusiva do

MP, defensores e advogados, constituídos estes últimos pela parte

interessada ou nomeado pelo juiz. Exemplo disso é o habeas corpus que

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pode ser impetrado por qualquer do povo sem mesmo a necessidade de

ser assistido por advogado.

Gabarito: E.

33) (CESPE – 2012 – TJ-RO – Analista Processual) Acerca da ação

penal e do inquérito policial, julgue os itens abaixo.

Somente a autoridade policial — delegados de polícia e delegados federais

— tem primazia e exclusividade na investigação de fatos alegadamente

criminosos, cabendo a estes, por força constitucional, promover atividade

pré-processual por meio do inquérito policial.

Comentários:

No art.4º, P.U do CPP menciona que existem outros procedimentos de

investigação criminal extrapolicial que se destinam à apuração de

infrações penais ocasionando a propositura da ação penal.

Gabarito: E.

34) (CESPE – 2012 – TJ-RO – Analista Processual) Acerca da ação

penal e do inquérito policial, julgue os itens abaixo.

Nos crimes de competência do juizado especial criminal, é obrigatória a

instauração do competente inquérito policial, antes da remessa do feito à

análise do Poder Judiciário.

Comentários:

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Nos crimes de competência do juizado especial criminal não é obrigatória

a instauração de IP, mas sim a sua substituição pelo termo

circunstanciado.

Gabarito: E.

35) (CESPE – 2012 – TJ-RO – Analista Processual) Acerca da ação

penal e do inquérito policial, julgue os itens abaixo.

É cabível a perempção na ação penal subsidiária da pública, no caso de

desídia do querelante

Comentários:

A ação penal subsidiária vislumbra o princípio da indivisibilidade e caso o

querelante seja desidioso tentando com isso acarretar a perempção

assumirá em seu lugar o MP dando prosseguimento à ação.

Gabarito: E.

36) (CESPE – 2012 – TJ-RO – Analista Processual) Acerca da ação

penal e do inquérito policial, julgue os itens abaixo.

Nas ações penais privadas, o inquérito policial é peça indispensável e

necessária à fundamentação da queixa-crime

Comentários:

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como já sabemos que o inquérito policial não é indispensável poderá a

ação privada ser ajuizada com base em elementos de prova produzidas

sem a necessidade do IP.

Gabarito: E.

Do Crime, imputabilidade e extinção da punibilidade

37) (2016 - FAURGS - TJ-RS - Juiz de Direito Substituto - adptada)

Considere as afirmações abaixo, sobre extinção da punibilidade.

I - É taxativo o rol das causas de extinção da punibilidade previsto

no artigo 107 do Código Penal.

II - No caso de crimes conexos, a extinção da punibilidade de um

deles não impede, quanto aos outros, a agravação da pena

resultante da conexão, conforme dispõe o Código Penal.

Quais estão corretas?

A) Apenas I.

B) Apenas II.

C) I e II.

D) Nenhum

Comentários:

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Pessoal, no item I, está errado afirmar que o rol das causas de extinção

da punibilidade é taxativo, pois, trata-se de rol exemplificativo. Existem

outras normas que podem dispor sobre a extinção da punibilidade. Bem

tranquilo o item II, pois trata-se de literalidade do CP. O art. 108

menciona que "a extinção da punibilidade de crime que é pressuposto,

elemento constitutivo ou circunstância agravante de outro não se estende

a este. Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles não

impede, quanto aos outros, a agravação da pena resultante da conexão."

Gabarito: B.

38) (2016 - CAIP-IMES - Câmara Municipal de Atibaia - SP)

Assinale a alternativa incorreta. Extingue-se a punibilidade:

A) pela morte do agente; pela anistia, graça ou indulto.

B) pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como

criminoso.

C) pelo perdão judicial, concedido a critério da autoridade judicial ou, pelo

perdão, ainda que não aceito, nos crimes de ação privada nos casos

previstos em lei.

D) pela prescrição, decadência ou perempção; pela renúncia do direito de

queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada.

Comentários:

O rol do art. 107 do CP é muito importante, mas fiquem atentos, pois se

trata de um rol exemplificativo. Vejamos:

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"Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº

7.209, de 11.7.1984)

I - pela morte do agente;

II - pela anistia, graça ou indulto;

III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como

criminoso;

IV - pela prescrição, decadência ou perempção;

V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos

crimes de ação privada;

VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;

VII - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)

IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei."

Gabarito: C.

39) (2015 - FGV - DPE-RO - Analista da Defensoria Pública -

Analista em Psicologia) O Sr. Pedro, 88 anos, diagnosticado com

doença de Alzheimer, empurrou violentamente a cuidadora que

dava banho nele. Ela se desequilibrou e, na queda, bateu com a

cabeça no chão, vindo a falecer após uma semana no CTI. Do

ponto de vista penal, o Sr. Pedro é:

A) inimputável em decorrência da idade avançada;

B) semi-imputável em virtude da interdição civil;

C) inimputável em função de sua demência neurodegenerativa;

D) semi-imputável já que não houve intenção de matar;

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E) imputável por ser a vítima fatal do sexo feminino.

Comentários:

O art. 26 do CP menciona que "é isento de pena o agente que, por

doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou

retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente

incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se

de acordo com esse entendimento."

Gabarito: C.

40) (2016 - FGV - MPE-RJ - Analista do Ministério Público -

Processual) Diz-se que o crime é doloso quando o agente quis o

resultado ou assumiu o risco de produzi-lo, e que o crime é

culposo, quando o agente deu causa a resultado previsível por

imprudência, negligência ou imperícia. Sobre o tema, é correto

afirmar que:

A) o dolo direto de segundo grau também é conhecido como dolo de

consequências necessárias;

B) para a teoria finalista da ação, o dolo e a culpa integram a

culpabilidade;

C) no crime culposo, a imprudência se caracteriza por uma conduta

negativa, enquanto a negligência, por um comportamento positivo;

D) o crime culposo admite como regra a forma tentada;

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E) na culpa consciente, o agente prevê o resultado como possível, mas

com ele não se importa.

Comentários:

O dolo de primeiro grau consiste na vontade do agente, direcionada a

determinado resultado, efetivamente perseguido, englobando os meios

necessários para tanto. Há a intenção de atingir um único bem jurídico. Já

no dolo de segundo grau ou de consequências necessárias é a

vontade do agente dirigida a determinado resultado, efetivamente

desejado, em que a utilização dos meios para alcançá-lo inclui,

obrigatoriamente, efeitos colaterais de verificação praticamente certa.

Gabarito: A.

41) (2015 - CESPE - TJ-DF - Técnico Judiciário - Administrativa)

Acerca da imputabilidade penal, julgue o item a seguir.

A embriaguez completa, culposa por imprudência ou negligência — aquela

que resulta na perda da capacidade do agente de entender o caráter ilícito

de sua conduta —, no momento da prática delituosa, não afasta a

culpabilidade.

Comentários:

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De acordo com o Código Penal, a única embriaguez que caracteriza uma

excludente de culpabilidade é a embriaguez involuntária completa. Ou

seja, o sujeito se embriagou sem saber que estava se embriagando, na

ocasião de caso fortuito ou de força maior. Em todos os demais casos não

há excludente de culpabilidade por conta da embriaguez.

Gabarito: C.

42) (2015 - CESPE - TJ-DF - Técnico Judiciário - Administrativa)

Acerca da imputabilidade penal, julgue o item a seguir.

A doença mental e o desenvolvimento mental incompleto ou retardado,

por si só, afastam por completo a responsabilidade penal do agente.

Comentários:

É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento

mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da

omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou

de determinar-se de acordo com esse entendimento.

Gabarito: E.

43) (2015 - CESPE - TJ-DF - Técnico Judiciário - Administrativa) A

respeito do direito penal, julgue o item a seguir.

O erro de proibição pode ser direto — o autor erra sobre a existência ou

os limites da proposição permissiva —, indireto — o erro do agente recai

sobre o conteúdo proibitivo de uma norma penal — e mandamental —

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quando incide sobre o mandamento referente aos crimes omissivos,

próprios ou impróprios.

Comentários:

O erro de proibição está disciplinado no art. 21 do CP, que o chama de

“erro sobre a ilicitude do fato”. Funciona como causa de exclusão da

culpabilidade, quando escusável, ou como causa de diminuição da pena,

quando inescusável. O erro de proibição pode ser definido como a falsa

percepção do agente acerca do caráter ilícito do fato por ele praticado. O

sujeito conhece a existência da lei penal, mas desconhece ou interpreta

mal seu conteúdo, ou seja, não compreende adequadamente seu caráter

ilícito.

Alguns doutrinadores mencionam que o erro de proibição comporta três

espécies:

 Erro de proibição direto – o agente erra quanto ao conteúdo da

norma proibitiva, seja porque desconhece a existência do tipo penal

incriminador ou porque não compreende seu âmbito de incidência;

 Erro de proibição indireto – ocorre quando o agente atua

conhecendo a tipicidade de sua conduta, porém supõe estar ela

acobertada por alguma excludente da ilicitude;

 Erro mandamental – o erro recai sobre uma norma mandamental.

Uma norma que determina que o agente realize uma conduta

positiva e este, por desconhecer o dever de agir, acaba ficando

inerte e infringindo o tipo penal.

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Gabarito: E.

44) (2015 - CESPE - TCE-RN - Assessor Técnico Jurídico) Com

relação à teoria do crime e culpabilidade penal, julgue o seguinte

item.

Se a preparação de flagrante pela polícia impedir a consumação do crime,

estará caracterizado crime impossível.

Comentários:

Isso mesmo! Súmula 145 do STF, "não há crime, quando a preparação do

flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação".

Gabarito: C.

45) (2015 - CESPE - AGU - Advogado da União) Acerca da

aplicação da lei penal, do conceito analítico de crime, da exclusão

de ilicitude e da imputabilidade penal, julgue o item que se segue.

Como a relação de causalidade constitui elemento do tipo penal no direito

brasileiro, foi adotada como regra, no CP, a teoria da causalidade

adequada, também conhecida como teoria da equivalência dos

antecedentes causais.

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Comentários:

O Código Penal adota a teoria da equivalência dos antecedentes

causais, em que toda e qualquer conduta que, de algum modo, tiver

contribuído para a produção do resultado deve ser considerada sua causa.

A teoria da causalidade adequada busca o antecedente imprescindível à

existência do dano que guarde, com ele, concomitantemente, a mais

estreita relação.

Gabarito: E.

46) (2015 - CESPE - AGU - Advogado da União) Acerca da

aplicação da lei penal, do conceito analítico de crime, da exclusão

de ilicitude e da imputabilidade penal, julgue o item que se segue.

A legítima defesa é causa de exclusão da ilicitude da conduta, mas não é

aplicável caso o agente tenha tido a possibilidade de fugir da agressão

injusta e tenha optado livremente pelo seu enfrentamento.

Comentários:

Segundo inciso II do art. 23 do CP, a legítima defesa é uma típica causa

de exclusão da ilicitude da conduta. Entretanto, para a sua verificação

acima, faz-se necessário o preenchimento de algumas condições, as quais

podem ser melhor entendidas com a leitura do art. 25 do CP: "entende-se

em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios

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necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou

de outrem."

Deve-se considerar as circunstâncias em que a agressão se fez - sua

gravidade e os meios de que o agente podia dispor. Aqui não há fuga,

isso não modifica.

Gabarito: E.

47) (CESPE - 2009 - DPE-ES - Defensor Público) Com relação a

direito penal, julgue os seguintes itens.

A tentativa incruenta não é punível, pois considera-se que o agente não

iniciou a fase executória do iter criminis.

Comentários:

Vejamos as classificações:

Tentativa branca ou incruenta - nesta espécie de tentativa, o objeto

material não é atingido pela conduta delituosa. Recebe essa denominação

ao relacionar-se com a tentativa de homicídio, por exemplo, em que não

se produzem ferimentos na vítima, não acarretando no derramamento de

sangue, logo, como vimos a fase executória é punível.

Tentativa cruenta ou vermelha - nesta espécie de tentativa, o objeto

material é alcançado pela atuação do agente.

Tentativa perfeita, acabada ou crime falho - na tentativa perfeita, o

agente esgota todos os meios executórios que estavam à sua disposição,

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e mesmo assim não sobrevém a consumação por circunstâncias alheias à

sua vontade. Pode ser cruenta ou incruenta.

Tentativa imperfeita, inacabada ou tentativa propriamente dita - na

tentativa imperfeita, o agente inicia a execução sem, contudo, utilizar

todos os meios que tinha ao seu alcance, e o crime não se consuma por

circunstâncias alheias à sua vontade.

Gabarito: E.

48) (Polícia Civil - 2014 - adaptada) Os elementos do fato típico

são conduta (ação e omissão), resultado, relação da causalidade e

tipicidade. Diante dessa constatação, julgue os itens.

Entende-se por iter criminis a trajetória do crime, dividida em cogitação,

atos preparatórios, atos de execução e consumação.

Comentários:

O iter criminis corresponde às etapas percorridas pelo agente para a

prática de um fato previsto em lei como ilícito penal. Segundo a doutrina

possui duas fases: uma interna e outra externa. A primeira é

representada pela cogitação. Já a segunda se divide em outras três:

preparação, execução e consumação. Fiquem atentos pois o

exaurimento não integra o iter criminis.

Gabarito: C.

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49) (Aroeira - 2014 - PC-TO - Agente de Polícia - adaptada) Com

base na Lei Penal e nas principais jurisprudências, julgue os itens

abaixo.

É isento de pena o agente que, ao tempo da ação ou da omissão, era

inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de

determinar-se de acordo com esse entendimento, em virtude de

embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior.

Comentários:

Vejamos o esquema abaixo. Trata-se de embriaguez acidental:

Gabaritos: C.

50) (CONSULPLAN - 2013 - PM-TO - Soldado da Polícia Militar -

adaptada) Com base na Lei Penal e nas principais jurisprudências,

julgue os itens abaixo.

De acordo com a teoria do Direito Penal, a inimputabilidade exclui a

culpabilidade.

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Comentários:

O Código Penal prevê causas que excluem a culpabilidade pela

ausência de um de seus elementos, ficando o sujeito isento de pena,

ainda que tenha praticado um fato típico e antijurídico. Vejamos um

resumo abaixo:

 inimputabilidade:

 doença mental, desenvolvimento mental incompleto ou

retardado (art. 26);

 desenvolvimento mental incompleto por presunção legal, do

menor de 18 anos (art. 27);

 embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força

maior (art. 28, § 1º).

 inexigibilidade de conduta diversa:

 coação moral irresistível (art. 22, 1ª parte);

 obediência hierárquica (art. 22, 2ª parte).

 inexistência da possibilidade de conhecimento da ilicitude:

 erro de proibição (art. 21).

A legislação penal apresenta como causas de inimputabilidade:

 menoridade (art. 27);

 doença mental (art. 26, caput);

 desenvolvimento mental incompleto (arts. 26, caput, e 27);

 desenvolvimento mental retardado (art. 26, caput); e

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 embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior

(art. 28, § 1.º).

Gabarito: C.

51) (FUNIVERSA - 2013 - PM-DF - Soldado da Polícia Militar -

Combatente) Um menor de dezesseis anos pegou uma arma de

fogo e atirou, com intenção de matar, contra outro menor,

conseguindo atingi-lo, mas não o matou. Julgue o item abaixo com

base no caso apresentado.

Há tipicidade no fato hipotético, mas não há culpabilidade, uma vez que o

menor é inimputável.

Comentários:

A imputabilidade penal é um dos elementos da culpabilidade. Esta é a

capacidade mental, inerente ao ser humano de, ao tempo da ação ou da

omissão, entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo

com esse entendimento.

Ao completar 18 anos de idade todo ser humano presume-se imputável.

Essa presunção, todavia, é relativa (iuris tantum), pois admite prova em

contrário. E para a aferição da inimputabilidade existem três sistemas ou

critérios:

 Biológico: basta, para a inimputabilidade, a presença de um

problema mental, representado por uma doença mental, ou então

por desenvolvimento mental incompleto ou retardado. Não importa

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que tenha o sujeito, no caso concreto, se mostrado lúcido ao tempo

da prática da infração penal para entender o caráter ilícito do fato e

determinar-se de acordo com esse entendimento. O decisivo é o

fator biológico, a formação e o desenvolvimento mental do ser

humano;

 Psicológico: para esse sistema pouco importa se o indivíduo

apresenta ou não alguma deficiência mental. Será inimputável ao

se mostrar incapacitado de entender o caráter ilícito do fato ou de

determinar-se de acordo com esse entendimento;

 Biopsicológico: resulta da fusão dos dois anteriores: é

inimputável quem, ao tempo da conduta, apresenta um problema

mental, e, em razão disso, não possui capacidade para entender o

caráter ilícito do fato ou determinar-se de acordo com esse

entendimento. Esse sistema conjuga as atuações do magistrado e

do perito.

Nosso Código Penal, em seu art. 26, caput, acolheu como regra o

sistema biopsicológico, ao estabelecer que:

"Art. 26. É isento de pena o agente que, por doença mental

ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao

tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de

entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de

acordo com esse entendimento."

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Excepcionalmente foi adotado o sistema biológico no tocante aos

menores de 18 anos, bem como o sistema psicológico, em relação à

embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior.

Gabarito: C.

52) (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo -

Agente de Polícia Legislativa) Paulo e João foram surpreendidos

nas dependências da Câmara dos Deputados quando subtraíam

carteiras e celulares dos casacos e bolsas de pessoas que ali

transitavam. Paulo tem dezessete anos e teve acesso ao local por

intermédio de João, que é servidor da Casa.

Com base nessa situação hipotética, julgue os itens a seguir.

O fato de Paulo ser inimputável impede que se reconheça o concurso de

pessoas no caso narrado.

Comentários:

Pessoal, não impede! O concurso de pessoas é o cometimento da infração

penal por mais de um pessoa. Tal cooperação da prática da conduta

delitiva pode se dar por meio da coautoria, participação, concurso de

delinquentes ou de agentes, entre outras formas.

Veja parte de um julgado do STJ: "...Ademais, o fato de o crime de roubo

ter sido supostamente praticado na companhia de inimputável não

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impede o reconhecimento da causa de aumento do concurso de

agentes...".

Gabarito: E.

53) (CESPE - 2013 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista

Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador) Acerca do crime e da

imputabilidade penal, julgue o item.

Na hipótese de desistência voluntária, em que o agente, por vontade

própria, desiste de prosseguir na execução do crime, a pena será reduzida

na proporção prevista em lei.

Comentários:

Não é redução, responderá pelos atos praticados!

Gabarito: E.

54) (2014 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz Federal - adaptada) Com base

na Lei Penal e nas principais jurisprudências, julgue os itens

abaixo.

O arrependimento posterior implica causa de diminuição da pena do

agente, e apenas é aplicável aos crimes praticados sem violência ou grave

ameaça à pessoa.

Comentários:

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O arrependimento posterior é a causa pessoal e obrigatória de diminuição

da pena que ocorre quando o responsável pelo crime praticado sem

violência à pessoa ou grave ameaça, voluntariamente e até o recebimento

da denúncia ou queixa, restitui a coisa ou repara o dano provocado por

sua conduta.

Gabarito: C.

Estatuto do Desarmamento (Lei n.º 10.826/03)

55) (2015 - FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) No que se refere ao

Estatuto do desarmamento, é correto afirmar que:

A) o porte ilegal de arma de fogo de uso permitido é inafiançável, sendo

irrelevante o fato de a arma de fogo estar registrada em nome do agente.

B) o agente que importa ou exporta arma de fogo de uso permitido, sem

autorização da autoridade competente, comete o delito de contrabando.

C) a conduta de portar arma de uso permitido é equiparada a de portar

arma de uso restrito para efeito da aplicação da pena, quando a referida

arma estiver com a numeração, marca ou qualquer outro sinal de

identificação raspado, suprimido ou adulterado.

D) o crime de deixar de observar as cautelas necessárias para impedir

que menor se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse admite

tentativa.

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E) será responsabilizado apenas administrativamente o proprietário ou

diretor de empresa de segurança que não registrar ocorrência policial e

não comunicar à Polícia Federal nas primeiras vinte e quatro horas depois

de ocorrido a perda, o furtou ou roubo de arma de fogo, acessório ou

munição, que estejam sob sua guarda.

Comentários:

Na letra "A", já está mais do que batido que o STF declarou a

inconstitucional a redação do P.U do art. 14. No caso da letra "B", o

agente comete o crime do art. 18 do Estatuto (tráfico internacional de

arma de fogo), pois, aplica-se o princípio da especialidade e não o crime

de contrabando, tipificado no CP. Na letra "D", temos crime omissivo

próprio, dessa forma não cabe a tentativa. Já na letra "E", o proprietário

responderá criminalmente, assim menciona o P.U do art. 13.

Gabarito: C.

56) (2016 - CESPE - TRE-PI - Analista Judiciário - Judiciária)

Acerca dos crimes em espécie, assinale a opção correta.

A) Em se tratando de crime ambiental, não se admite a incidência do

princípio da insignificância.

B) A apreensão de arma de fogo na posse do autor dias após o

cometimento de crime de roubo não constitui crime autônomo, sendo fato

impunível.

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C) A nulidade do exame pericial na arma de fogo descaracteriza o crime

de porte ilegal, mesmo diante de conjunto probatório idôneo, conforme

entendimento do Supremo Tribunal Federal.

D) O particular não pode responder pela prática do crime de abuso de

autoridade, nem mesmo como partícipe.

E) Conforme o entendimento do Supremo Tribunal Federal, é possível a

condenação de pessoa jurídica pela prática de crime ambiental, mesmo

que absolvidas as pessoas físicas ocupantes de cargos de presidência ou

direção.

Comentários:

Na letra "A", temos uma decisão STF afirmando ser possível a aplicação

do princípio da insignificância nos crimes ambientais. Na letra "B",

segundo o STJ, poderá haver condenação pelo crime de porte em

concurso material com o roubo se ficar provado nos autos que o agente

portava ilegalmente a arma de fogo em outras oportunidades antes

ou depois do crime de roubo e que ele não se utilizou da arma tão

somente para cometer o crime patrimonial. Na letra "C", é preciso saber

que o crime de porte ilegal de munição de uso permitido, assim como o

crime de porte ilegal de armas é, conforme se tem entendido, de mera

conduta e de perigo abstrato, que independe da ocorrência de qualquer

prejuízo efetivo para a sociedade, sendo suficiente para a caracterização

da conduta elencada no artigo 14 da Lei nº 10.826 /2003, o simples fato

de portar arma, munição ou acessórios de uso permitido sem autorização

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A probabilidade de vir a ocorrer algum dano, pelo mau uso do artefato, é

presumida pelo próprio tipo penal, não sendo necessário que se

demonstre eventual perigo concreto para que o crime reste configurado.

A ausência de laudo pericial não descaracteriza o crime de porte irregular

de munição de uso permitido. Na letra "D", o particular pode responder

por abuso de autoridade desde que cometa o crime juntamente com uma

autoridade e, desde que, saiba da qualidade de autoridade do comparsa.

E na letra "E", temos uma decisão do STJ, pois a jurisprudência não mais

adota a chamada teoria da "dupla imputação".

Gabarito: E.

57) (2016 - CESPE - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário

- Área Judiciária) No tocante à interpretação dos crimes de perigo

abstrato e dos crimes contra a organização do trabalho, contra a

administração pública e contra a dignidade sexual, consoante a

jurisprudência dos tribunais superiores, assinale a opção correta.

A) Por se tratar de delito de perigo abstrato, o abandono de incapaz

dispensa a prova do efetivo risco de dano à saúde da vítima.

B) O crime de porte ilegal de arma de fogo, classificado como delito de

perigo abstrato, não dispensa a prova pericial para estabelecer a sua

eficiência na realização de disparos, necessária para demonstrar o risco

potencial à incolumidade física das pessoas.

C) O agente que não é funcionário público não pode figurar como sujeito

ativo do crime de peculato.

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D) No crime de aliciamento para o fim de emigração, pune-se a conduta

de recrutar trabalhadores, mediante fraude, com o fim de levá-los para

território estrangeiro, como forma de se garantir a proteção à organização

do trabalho.

E) Para a caracterização do crime de concussão, a conduta do servidor

público deve consistir na exigência de vantagem indevida,

necessariamente em dinheiro, para si ou para outrem, em razão da

função que o servidor exerce.

Comentários:

Na letra "A", trata-se de crime de perigo concreto. Na letra "B", não é

necessária a perícia para configurar o crime. Na letra "C", o particular

pode cometer o crime de peculato, desde que a condição pessoal do autor

ingresse na esfera do seu conhecimento. Na letra "E", para configurar o

crime de concussão, pode ser qualquer vantagem, não apenas em

dinheiro.

Gabarito: D.

58) (2015 - MPDFT - Promotor de Justiça Adjunto) Aponte a

alternativa CORRETA. O proprietário de um bar mantinha, sob sua

guarda, há semanas, no referido estabelecimento comercial, arma

de fogo de uso permitido, municiada e funcionando perfeitamente,

em desacordo com autorização legal e regulamentar. Para fazer

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uma demonstração do funcionamento da arma a seus clientes, o

proprietário do bar a disparou em direção à via pública, situada do

lado de fora do bar, praticando, assim:

A) Crimes de posse irregular de arma de fogo de uso permitido e disparo

de arma de fogo, em concurso.

B) Crime de disparo de arma de fogo, sendo a manutenção da arma de

fogo considerada fato anterior impunível.

C) Crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e disparo de

arma de fogo, em concurso.

D) Crime de posse irregular de arma de fogo, sendo o disparo de arma de

fogo considerado fato posterior impunível.

E) Crime de porte ilegal de arma de fogo, sendo o disparo de arma de

fogo considerado fato posterior impunível.

Comentários:

Não há um julgado dos tribunais superiores sobre o assunto abordado. O

que temos é uma decisão do TJDF aplicando o concurso num caso

parecido a este. Por ter uma arma em desacordo com a autorização legal,

o comerciante irá responder pela posse ilegal (art. 12). Muito cuidado

aqui, pois não há que se falar em porte, ok? Na sequência ocorre o

disparo, assim, responderá, também, pelo crime de disparo (art. 15), pois

foi em direção da via pública. Dessa forma, responderá pelos crimes em

concurso material.

Gabarito: A.

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59) (CESPE - 2008 - PC-TO - Delegado de Polícia) Considere a

seguinte situação hipotética.

Alfredo, imputável, transportava em seu veículo um revólver de

calibre 38, quando foi abordado em uma operação policial de

trânsito. A diligência policial resultou na localização da arma,

desmuniciada, embaixo do banco do motorista. Em um dos bolsos

da mochila de Alfredo, foram localizados 5 projéteis do mesmo

calibre. Indagado a respeito, Alfredo declarou não possuir

autorização legal para o porte da arma nem o respectivo

certificado de registro. O fato foi apresentado à autoridade policial

competente.

Nessa situação, caberá à autoridade somente a apreensão da arma e das

munições e a imediata liberação de Alfredo, visto que, estando o

armamento desmuniciado, não se caracteriza o crime de porte ilegal de

arma de fogo.

Comentários:

Então, meus caros, para responder essa questão faz-se necessário o

conhecimento das decisões do STF. O STF já se posicionou pela

ocorrência de crime mesmo quando a arma está sem munição. Além

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disso, o simples porte de munição, também, caracteriza o delito de porte

ilegal. Mas, não é pacífico esse entendimento, ok? Vejamos:

“Arma desmuniciada: no caso da arma desmuniciada (STF, HC

81.057-SP, rel. Min. Sepúlveda Pertence) não há que se

falar em delito (de posse ou de porte de arma) porque, sem

munição, não conta ela com potencialidade lesiva real. Nesse

mesmo sentido, confira RHC 90.197-DF, Primeira Turma do

STF e, agora, também o HC 97.811.”

Assim, essa questão dos crimes de posse ou porte ilegal de arma

desmuniciada ainda gera inúmeras discussões no âmbito do Pretório

Excelso. Divergem ambas as Turmas sobre a tipicidade da conduta,

havendo precedentes tanto a favor quanto contra o reconhecimento

da atipicidade.

Gabarito: E.

60) (CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Oficial de Justiça

Avaliador) Com base nas disposições do Estatuto do

Desarmamento, da Lei Maria da Penha, do Estatuto da Criança e

do Adolescente e do Estatuto do Idoso, julgue os itens

subsequentes.

De acordo com o Estatuto do Desarmamento, constitui circunstância

qualificadora do crime de posse ou porte de arma de fogo ou munição o

fato de ser o agente reincidente em crimes previstos nesse estatuto.

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Comentários:

Pessoal, o Estatuto não faz menção sobre essa qualificadora. O que temos

é um aumento de pena no caso de os crimes de porte, posse não, quando

praticados por integrante dos órgãos e empresas elencadas nos artigos

6o, 7o e 8o do Estatuto.

“Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo,

acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com

determinação legal ou regulamentar, no interior de sua

residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de

trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do

estabelecimento ou empresa:

Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.

Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em

depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,

emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar

arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem

autorização e em desacordo com determinação legal ou

regulamentar:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável,

salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do

agente. (Vide Adin 3.112-1)

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Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a

pena é aumentada da metade se forem praticados por

integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6o, 7o e

8 o desta Lei.”

Gabarito: E.

61) (IBFC - 2013 - PC-RJ - Oficial de Cartório - adaptada) No que

se refere ao Estatuto do Desarmamento (Lei n. 10.826/2003),

julgue os itens.

Comete crime cuja pena se equipara à do delito omissão de cautela o

proprietário de empresa de segurança e de transporte de valores que

deixa de registrar ocorrência policial e de comunicar a Polícia Federal furto

ou roubo de arma de fogo sob sua guarda, nas primeiras vinte e quatro

horas após o ocorrido.

Comentários:

No crime de omissão de cautela, temos um crime próprio, já que exige

uma condição (ser proprietário empresa de transporte de valor) especial

de ser. Nesse delito, o sujeito passivo é o Estado. No tipo penal temos

dois casos: aquele que deixar de registrar a ocorrência; e aquele que não

comunicar o órgão de segurança competente. Logo, se faltar qualquer um

dos casos acima, o indivíduo estará cometendo o crime. Outra informação

importante é que os objetos desse crime são armas, munições e

acessórios, ainda que de uso restrito. Lembrando que esse crime só pode

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ser consumado depois de 24h, logo, antes desse tempo, não há o crime e

exige, nesse caso, a forma dolosa.

Outra informação é que as armas de fogo utilizadas pelos empregados

das empresas de segurança privada e de transporte de valores,

constituídas na forma da lei, serão de propriedade, responsabilidade

e guarda das respectivas empresas, somente podendo ser utilizadas

quando em serviço, devendo essas observar as condições de uso e de

armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo o certificado

de registro e a autorização de porte expedidos pela Polícia Federal em

nome da empresa.

Meus caros, os empregados das empresas de segurança privada e de

transporte de valores responderão criminalmente pelo abuso que

cometerem ao utilizarem arma. Os diretores e gerentes devem

requerer o certificado de registro, a autorização de porte à Polícia Federal,

juntando cópia do contrato empresarial firmado entre a empresa

prestadora e as empresas para as quais prestará o serviço de segurança e

de transporte de valores.

A empresa de segurança e de transporte de valores deverá apresentar

documentação comprobatória do preenchimento dos requisitos, os quais

elencamos no início da aula, quanto aos empregados que portarão arma

de fogo. A listagem dos empregados das empresas deverá ser

atualizada semestralmente junto ao Sinarm.

Gabarito: C.

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62) (FCC - 2013 - TJ-PE – Juiz - adaptada) No que se refere ao

Estatuto do Desarmamento, julgue os itens.

Quem deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor

de 18 anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de

arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade,

comete o crime de omissão de cautela.

Comentários:

Isso mesmo! O possuidor de arma de fogo deve ser muito cauteloso na

sua guarda, pois a quebra do dever de cuidado pode permitir que menor

de idade ou pessoa com doença mental se apodere da arma de fogo.

Trata-se, portanto, de crime culposo tipificado no art. 13 da Lei

10.826/2003.

Gabarito: C.

63) (CESPE– 2013 - PC-BA – Delegado de Polícia) Servidor público

alfandegário que, em serviço de fiscalização fronteiriça, permitir a

determinado indivíduo penalmente imputável adentrar o território

nacional trazendo consigo, sem autorização do órgão competente e sem o

devido desembaraço, pistola de calibre 380 de fabricação estrangeira,

deverá responder pela prática do crime de facilitação de contrabando,

com infração do dever funcional excluída a hipótese de aplicação do

Estatuto do Desarmamento.

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Comentários:

Meus amigos, no caso acima cabe a aplicação do Estatuto. O crime de

tráfico internacional de armas de fogo prevê, também, a conduta de

facilitar a entrada ou saída das armas de fogo do território nacional

sem autorização. Vejamos a literalidade:

“Tráfico internacional de arma de fogo

Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída

do território nacional, a qualquer título, de arma de fogo,

acessório ou munição, sem autorização da autoridade

competente:

Pena – reclusão de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.”

Gabarito: E.

64) (CESPE - 2010 - MPU - Técnico de Apoio Especializado –

Segurança) No que se refere ao Sistema Nacional de Armas

(SINARM) e ao registro de armas, julgue os itens a seguir.

Compete ao SINARM informar às secretarias de segurança pública dos

estados e do Distrito Federal os registros e autorizações de porte de

armas de fogo nos respectivos territórios, bem como manter o cadastro

atualizado para consulta.

Comentários:

Opa! Vejamos as competências do Sinarm:

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“Art.2o. Ao Sinarm compete:

I – identificar as características e a propriedade de

armas de fogo, mediante cadastro;

II – cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas

e vendidas no País;

III – cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo

e as renovações expedidas pela Polícia Federal;

IV – cadastrar as transferências de propriedade,

extravio, furto, roubo e outras ocorrências suscetíveis de

alterar os dados cadastrais, inclusive as decorrentes de

fechamento de empresas de segurança privada e de

transporte de valores;

V – identificar as modificações que alterem as

características ou o funcionamento de arma de fogo;

VI – integrar no cadastro os acervos policiais já

existentes;

VII – cadastrar as apreensões de armas de fogo,

inclusive as vinculadas a procedimentos policiais e judiciais;

VIII – cadastrar os armeiros em atividade no País, bem

como conceder licença para exercer a atividade;

IX – cadastrar mediante registro os produtores,

atacadistas, varejistas, exportadores e importadores

autorizados de armas de fogo, acessórios e munições;

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X – cadastrar a identificação do cano da arma, as

características das impressões de raiamento e de

microestriamento de projétil disparado, conforme marcação e

testes obrigatoriamente realizados pelo fabricante;

XI – informar às Secretarias de Segurança Pública

dos Estados e do Distrito Federal os registros e

autorizações de porte de armas de fogo nos respectivos

territórios, bem como manter o cadastro atualizado

para consulta.

Parágrafo único. As disposições deste artigo não

alcançam as armas de fogo das Forças Armadas e Auxiliares,

bem como as demais que constem dos seus registros

próprios.”

Gabarito: C.

65) (CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivão de Polícia Civil - adaptada)

Em relação às disposições da Lei n.º 10.826/2003 (Estatuto do

Desarmamento), julgue os itens abaixo.

Será aplicada multa à empresa de produção ou comércio de armamentos

que realizar publicidade para venda, estimulando o uso indiscriminado de

armas de fogo, exceto nas publicações especializadas.

Comentários:

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Então, viram o que o examinador cobrou? Fica comprovado que vocês não

podem descartar nenhuma informação no Estatuto, sei que muitos só

estudam os crimes, mas as bancas estão cobrando tudo, ok? Vejamos a

literalidade:

“Art. 33. Será aplicada multa de R$ 100.000,00 (cem mil

reais) a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), conforme

especificar o regulamento desta Lei:

I – à empresa de transporte aéreo, rodoviário,

ferroviário, marítimo, fluvial ou lacustre que deliberadamente,

por qualquer meio, faça, promova, facilite ou permita o

transporte de arma ou munição sem a devida autorização ou

com inobservância das normas de segurança;

II – à empresa de produção ou comércio de

armamentos que realize publicidade para venda,

estimulando o uso indiscriminado de armas de fogo,

exceto nas publicações especializadas.

Art. 34. Os promotores de eventos em locais fechados, com

aglomeração superior a 1000 (um mil) pessoas, adotarão, sob

pena de responsabilidade, as providências necessárias para

evitar o ingresso de pessoas armadas, ressalvados os eventos

garantidos pelo inciso VI do art. 5o da Constituição Federal.”

Parágrafo único. As empresas responsáveis pela

prestação dos serviços de transporte internacional e

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interestadual de passageiros adotarão as providências

necessárias para evitar o embarque de passageiros armados.

Gabarito: C.

66) (CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivão de Polícia Civil - adaptada)

Em relação às disposições da Lei n.º 10.826/2003 (Estatuto do

Desarmamento), julgue os itens abaixo.

Durante o prazo de que a população dispõe para entregá-la à Polícia

Federal, o delito de posse de arma de fogo foi claramente abolido pela

referida norma.

Comentários:

Está errado o que afirmou o examinador, pois não foi abolido, mas sim

permitido “a posse” transitória, após realizado os devidos procedimentos.

Gabarito: E.

67) (CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivão de Polícia Civil - adaptada)

Em relação às disposições da Lei n.º 10.826/2003 (Estatuto do

Desarmamento), julgue os itens abaixo.

É amplamente admissível a consideração da arma desmuniciada como

majorante no delito de roubo, porquanto, ainda que desprovida de

potencialidade lesiva, sua utilização é capaz de produzir temor maior à

vítima.

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Comentários:

Não há a majorante! A utilização de arma desmuniciada, como forma de

intimidar a vítima do delito de roubo, caracteriza o emprego de violência,

porém, não permite o reconhecimento da majorante de pena, já que esta

está vinculada ao potencial lesivo do instrumento, pericialmente

comprovado como ausente no caso, dada a sua ineficácia para a

realização de disparos. Assim, etende o STJ.

Entretanto, a posse ou o porte de arma de fogo desmuniciada configura

crime da Lei nº 10.826/03!

Trata-se, atualmente, de posição pacífica tanto no STF como no STJ.

Para a jurisprudência, a simples posse ou porte de arma, munição ou

acessório de uso permitido — sem autorização e em desacordo com

determinação legal ou regulamentar — configura os crimes previstos nos

arts. 12 ou 14 da Lei nº 10.826/2003. Isso porque, por serem delitos de

perigo abstrato, é irrelevante o fato de a arma apreendida estar

desacompanhada de munição, já que o bem jurídico tutelado é a

segurança pública e a paz social.

STJ. 3ª Seção. AgRg nos EAREsp 260.556/SC, Rel. Min. Sebastião Reis

Júnior, julgado em 26/03/2014.

STF. 2ª Turma. HC 95073/MS, red. p/ o acórdão Min. Teori Zavascki,

19/3/2013 (Info 699).

Gabarito: E.

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68) (CESPE - 2009 - PC-RN - Escrivão de Polícia Civil - adaptada)

Em relação às disposições da Lei n.º 10.826/2003 (Estatuto do

Desarmamento), julgue os itens abaixo.

A utilização de arma de brinquedo durante um assalto acarreta a

majoração, de um terço até metade, da pena eventualmente aplicada ao

criminoso.

Comentários:

O erro está em afirmar essa majorante, já que a súmula 174 foi

cancelada. Assim, não cabe esse aumento. Vejamos o julgado do STJ:

“Em que pese o cancelamento da Súmula no 174, do Superior

Tribunal de Justiça, que preconizava a possibilidade de

aumento de pena na hipótese de intimidação com arma de

brinquedo, ou ainda que se discuta a potencialidade ofensiva

do instrumento utilizado para a realização do crime de roubo,

cabe à Defesa comprovar que a causa especial de aumento da

pena não restou configurada, pois a potencialidade ofensiva

da arma utilizada no roubo é presumida.

Precedente do STF. (STJ - HC 128383 / RJ – Órgão Julgador:

Quinta Turma - Relatora Min. Laurita Vaz – Data do

Julgamento: 05/05/2009). ROUBO PRATICADO MEDIANTE

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CONCURSO DE AGENTES E EMPREGO DE ARMA DE

BRINQUEDO. INCIDÊNCIA DA CAUSA ESPECIAL DE AUMENTO

DE PENA DE 3/8. IMPOSSIBILIDADE. CANCELAMENTO DA

SÚMULA Nº 174 DESTA CORTE. (STJ - HC 30638 /SP –

Relator Min. PAULO GALLOTTI – Órgão Julgador: Sexta Turma

– Data de Julgamento: 23/03/2004 – DJE 08/06/2009).”

Gabarito: E.

69) (CESPE – 2012 – Escrivão – Polícia Civil/AL) A posse de arma de

brinquedo ou a utilização de qualquer outro instrumento simulador de

arma de fogo configura, segundo expressamente previsto na norma de

regência, crime de porte de arma.

Comentários:

O Estatuto do Desarmamento veda a fabricação, a venda, a

comercialização e a importação de brinquedos, réplicas e simulacros de

armas de fogo, que com estas possam se confundir. Todavia, não há

tipificação penal de tais de condutas e muito menos podemos falar na

posse de arma de brinquedo.

Gabarito: E.

70) (CESPE – 2012 - Técnico Judiciário) Considere a seguinte

situação hipotética.

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Antônio, penalmente capaz, foi abordado por policiais militares, que o

flagraram portando três cartuchos intactos de munição de calibre 40, de

uso restrito das forças policiais. Indagado a respeito de sua conduta,

Antônio informou não possuir autorização para portar as munições,

alegando, no entanto, não possuir arma de fogo de qualquer calibre.

Nessa situação, a conduta de Antônio é atípica, pois a munição, por si só,

não oferece qualquer potencial lesivo.

Comentários:

O porte de munição é apenado da mesma forma que o porte da arma de

fogo. Vejamos a literalidade:

“Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em

depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,

emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar

arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem

autorização e em desacordo com determinação legal ou

regulamentar:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

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Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é

inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver registrada

em nome do agente.”

Gabarito: E.

71) (CESPE - 2011 - PC-ES - Escrivão de Polícia) Com relação à

legislação especial, julgue o item que se segue.

De acordo com entendimento do Superior Tribunal de Justiça, o simples

fato de portar arma de fogo de uso permitido com numeração raspada

viola o previsto no art. 16, da Lei n.º 10.826/2003, por se tratar de delito

de mera conduta ou de perigo abstrato, cujo objeto imediato é a

segurança coletiva.

Comentários:

Perfeito, meus amigos (as)! Aqui, você tem que perceber que mesmo

sendo de uso permitido, enquadra-se nos crimes do parágrafo único do

artigo 16, pois assim decidiu o STJ.

“Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter

em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,

emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou

ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido

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ou restrito, sem autorização e em desacordo com

determinação legal ou regulamentar:

Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:

I – suprimir ou alterar marca, numeração ou

qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou

artefato;

II – modificar as características de arma de fogo, de

forma a torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido

ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo

induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz;

III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato

explosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo

com determinação legal ou regulamentar;

IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer

arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal

de identificação raspado, suprimido ou adulterado;

V – vender, entregar ou fornecer, ainda que

gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo

a criança ou adolescente; e

VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização

legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou

explosivo.”

Gabarito: C.

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72) (CESPE - 2011 - PC-ES - Escrivão de Polícia) Com relação à

legislação especial, julgue o item que se segue.

As armas de fogo apreendidas após a elaboração do laudo pericial e sua

juntada aos autos, quando não mais interessarem à persecução penal,

serão encaminhadas pelo juiz competente à Secretaria de Segurança

Pública do respectivo estado, no prazo máximo de 48 horas, para

destruição ou doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças

Armadas, na forma da lei.

Comentários:

Secretaria de segurança? Vejamos: “serão encaminhadas pelo juiz

competente ao Comando do Exército”.

“Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do

laudo pericial e sua juntada aos autos, quando não mais

interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo

juiz competente ao Comando do Exército, no prazo máximo

de 48 (quarenta e oito) horas, para destruição ou doação aos

órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas, na forma

do regulamento desta Lei.”

Gabarito: E.

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73) (CESPE – 2012 - Analista – TJ RR) Jonas, policial militar em

serviço velado no interior de uma viatura descaracterizada em

estacionamento público próximo a uma casa de eventos, onde

ocorria grande espetáculo de música, percebeu a presença de

Mauro, com vinte e quatro anos de idade, que já ostentava

condenação transitada em julgado por crime de receptação. Na

oportunidade, Jonas viu que Mauro usou um pequeno canivete

para abrir um automóvel e neste ingressou rapidamente. Fábio,

com dezessete anos de idade, e que acompanhava Mauro, entrou

pela porta direita do passageiro e sentou-se no banco. Mauro usou

o mesmo canivete para dar partida na ignição do motor e se

evadir do local na condução do veículo. Jonas informou sobre o

fato a outros agentes em viaturas policiais, os quais, em

diligências, localizaram o veículo conduzido por Mauro e

prenderam-no cerca de dez minutos depois da abordagem. Em

revista pessoal realizada por policiais militares em Mauro, foi

apreendida arma de fogo que se encontrava em sua cintura: um

revólver de calibre 38, municiado com dois projéteis, do qual o

portador não tinha qualquer registro ou porte legalmente válido

em seu nome. O canivete foi encontrado na posse de Fábio.

Com referência à situação hipotética acima relatada, julgue os

itens que se seguem.

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Mauro cometeu crime de posse irregular de arma de fogo de uso

permitido, previsto na lei que dispõe sobre o registro, a posse e a

comercialização de armas de fogo e munição.

Comentários:

Uma questão enorme para confundir a cabeça do candidato, assim,

atenta-se para um pequeno detalhe: o crime cometido foi o de porte

ilegal.

Gabarito: E.

74) (CESPE – Polícia Civil) Comete o crime de disparo de arma de fogo

(artigo 15 da Lei nº. 10.826/2003), o agente que disparar arma de fogo

ou aciona munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via

pública ou em direção a ela, independentemente dessa conduta ter como

finalidade a prática de outro crime.

Comentários:

Segundo o Estatuto do Desarmamento, em seu art. 15, constitui crime

disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas

adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta

não tenha como finalidade a prática de outro crime.

“Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar

habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em

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direção a ela, desde que essa conduta não tenha como

finalidade a prática de outro crime:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.”

Gabarito: E.

75) (CESPE – Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do

Desarmamento, julgue os itens.

A fim de verificar a classificação e a definição de armas de fogo, deve-se

consultar a parte final do Estatuto do Desarmamento, eis que, em suas

Disposições Gerais, consta o rol de armamentos restritos, permitidos e

proibidos.

Comentários:

Não é comum esse tipo de questão. Perceba que para acertar é

necessário que o candidato tenha lido TODA a lei. Mais uma vez fica

notório que é preciso ler todo o Estatuto.

"Art. 23. A classificação legal, técnica e geral bem como a

definição das armas de fogo e demais produtos controlados,

de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de

valor histórico serão disciplinadas em ato do chefe do Poder

Executivo Federal, mediante proposta do Comando do

Exército."

Gabarito: E.

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76) (CESPE – Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do

Desarmamento, julgue os itens.

O Estatuto do Desarmamento não prevê a criminalização da posse de

arma de fogo de uso permitido, desde que no interior de residência.

Comentários:

Tal conduta é caracterizada como típica no art. 12 do Estatuto do

Desarmamento. Vejamos:

“Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo,

acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com

determinação legal ou regulamentar, no interior de sua

residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de

trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do

estabelecimento ou empresa:

Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.”

Gabarito: E.

77) (CESPE – Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do

Desarmamento, julgue os itens.

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O crime de posse irregular de arma de fogo (art. 12 da Lei nº 10.826/03)

não distingue, no seu apenamento, se a arma, acessório ou munição são

de uso permitido ou restrito.

Comentários:

No Estatuto do desarmamento, há distinção e as penalizações são

diferentes, vejamos:

"Art. 12 - Posse irregular de arma de fogo de uso permitido

(detenção de um a três anos);

Art. 16 - Porte ou posse ilegal de arma de fogo de uso restrito

(reclusão de três a seis anos)."

Gabarito: E.

78) (CESPE – Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do

Desarmamento, julgue os itens.

O Estatuto do Desarmamento equipara a conduta de porte de arma de

fogo de uso restrito à de porte de arma de fogo de uso permitido que

tenha seus sinais identificadores suprimidos ou alterados.

Comentários:

O art. 16 do Estatuto do Desarmamento, ao utilizar a expressão "nas

mesmas penas incorre", equipara as condutas.

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Gabarito: C.

79) (CESPE – Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do

Desarmamento, julgue os itens.

Segundo a Lei nº 10.826/03, o porte ilegal de arma de fogo de uso

permitido é punível com penas mais graves que as cominadas para a

posse de munição destinada a arma de fogo de uso permitido.

Comentários:

Questão que quando aparece em prova ocasiona muita confusão aos

candidatos. No caso, o crime do art. 14 tem pena superior ao delito do

art. 12. Vejamos:

Gabarito: C.

80) (CESPE – Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do

Desarmamento, julgue os itens.

O agente que mantém em sua residência arma de fogo de uso permitido,

sem o devido registro em seu nome, incorre no delito de porte ilegal de

arma, previsto no art. 14 da Lei n. 10.826, de 22 dezembro de 2003.

Comentários:

Negativo, já vimos bastante isso, incorre no delito de POSSE irregular de

arma de fogo de uso permitido (art. 12).

Gabarito: E.

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81) (CESPE – Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do

Desarmamento, julgue os itens.

A lei expressamente consagra a proibição deporte de arma de fogo em

todo o território nacional, ressalvadas algumas hipóteses específicas,

como os integrantes das Forças Armadas e as empresas de segurança

privada e de transporte de valores, os quais poderão portar armas de

fogo, desde que obedecidos os requisitos legais e regulamentares.

Comentários:

A questão está de acordo com o art. 6º do Estatuto do Desarmamento.

Vejamos a literalidade, a qual destaquei pontos importantes:

“Art. 6o É proibido o porte de arma de fogo em todo o

território nacional, salvo para os casos previstos em

legislação própria e para:

I – os integrantes das Forças Armadas;

II – os integrantes de órgãos referidos nos incisos do

caput do art. 144 da Constituição Federal (Polícia Civil,

Federal, Rodoviária Federal, Ferroviária Federal, Polícia Militar,

Bombeiros);

III – os integrantes das guardas municipais das

capitais dos Estados e dos Municípios com mais de 500.000

(quinhentos mil) habitantes, nas condições estabelecidas no

regulamento desta Lei;

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IV - os integrantes das guardas municipais dos

Municípios com mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos

de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em

serviço; (Redação dada pela Lei nº 10.867, de 2004)

V – os agentes operacionais da Agência Brasileira de

Inteligência e os agentes do Departamento de Segurança

do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência

da República;

VI – os integrantes dos órgãos policiais referidos

no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da Constituição Federal

(Polícia do Senado e da Câmara do Deputados);

VII – os integrantes do quadro efetivo dos agentes e

guardas prisionais, os integrantes das escoltas de presos e

as guardas portuárias;

VIII – as empresas de segurança privada e de

transporte de valores constituídas, nos termos desta Lei;

IX – para os integrantes das entidades de desporto

legalmente constituídas, cujas atividades esportivas

demandem o uso de armas de fogo, na forma do

regulamento desta Lei, observando-se, no que couber, a

legislação ambiental.

X - integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita

Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho,

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cargos de Auditor-Fiscal e Analista Tributário. (Redação

dada pela Lei nº 11.501, de 2007)

XI - os tribunais do Poder Judiciário descritos no art.

92 da Constituição Federal e os Ministérios Públicos da

União e dos Estados, para uso exclusivo de servidores de

seus quadros pessoais que efetivamente estejam no exercício

de funções de segurança, na forma de regulamento a ser

emitido pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ e pelo

Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP. (Incluído

pela Lei nº 12.694, de 2012)

§ 1o As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI do

caput deste artigo terão direito de portar arma de fogo de

propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação

ou instituição, mesmo fora de serviço, nos termos do

regulamento desta Lei, com validade em âmbito nacional para

aquelas constantes dos incisos I, II, V e VI. (Redação dada

pela Lei nº 11.706, de 2008)

§ 1o-A (Revogado pela Lei nº 11.706, de 2008)

§ 2o A autorização para o porte de arma de fogo aos

integrantes das instituições descritas nos incisos V, VI, VII e X

do caput deste artigo está condicionada à comprovação do

requisito a que se refere o inciso III do caput do art. 4o desta

Lei nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei.

(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)

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§ 3o A autorização para o porte de arma de fogo das

guardas municipais está condicionada à formação funcional de

seus integrantes em estabelecimentos de ensino de atividade

policial e à existência de mecanismos de fiscalização e de

controle interno, nas condições estabelecidas no regulamento

desta Lei, observada a supervisão do Comando do Exército.

(Redação dada pela Lei nº 10.867, de 2004)

§ 4o Os integrantes das Forças Armadas, das polícias

federais e estaduais e do Distrito Federal, bem como os

militares dos Estados e do Distrito Federal, ao exercerem o

direito descrito no art. 4o, ficam dispensados do cumprimento

do disposto nos incisos I, II e III do mesmo artigo, na forma

do regulamento desta Lei.

§ 5o Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25

(vinte e cinco) anos que comprovem depender do emprego de

arma de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar

será concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo,

na categoria caçador para subsistência, de uma arma de uso

permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de

alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde

que o interessado comprove a efetiva necessidade em

requerimento ao qual deverão ser anexados os seguintes

documentos: (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)

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I - documento de identificação pessoal; (Incluído pela

Lei nº 11.706, de 2008)

II - comprovante de residência em área rural; e

(Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)

III - atestado de bons antecedentes. (Incluído pela Lei

nº 11.706, de 2008)

§ 6o O caçador para subsistência que der outro uso à

sua arma de fogo, independentemente de outras tipificações

penais, responderá, conforme o caso, por porte ilegal ou por

disparo de arma de fogo de uso permitido. (Redação dada

pela Lei nº 11.706, de 2008)

§ 7o Aos integrantes das guardas municipais dos

Municípios que integram regiões metropolitanas será

autorizado porte de arma de fogo, quando em serviço.

(Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)”

Gabarito: C.

82) (CESPE – Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do

Desarmamento, julgue os itens.

Constitui figura equiparada ao crime de posse ou porte ilegal de arma de

fogo de uso restrito e, portanto, com as mesmas penas, a conduta de

portar arma de fogo com numeração adulterada, independentemente do

agente ter sido, ou não, também o responsável pela mencionada

alteração.

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Comentários:

A questão exige o conhecimento do art. 16 e seus incisos. Veja:

“Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber,

ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,

emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou

ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido

ou restrito, sem autorização e em desacordo com

determinação legal ou regulamentar:

Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:

I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer

sinal de identificação de arma de fogo ou artefato;”

Gabarito: C.

83) (CESPE – Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do

Desarmamento, julgue os itens.

Constitui causa de aumento de pena, nos crimes de disparo de arma de

fogo e porte ilegal de arma de fogo, sua prática por parte de integrantes

das empresas de segurança privada e de transporte de valores.

Comentários:

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Questão que exige o conhecimento dos arts. 6o, 14 e 15. Pessoal, muita

atenção aqui, no caso do crime de posse (art. 12) não cabe esse

aumento, ok? Digo isso, pois é comum o examinado trocar na prova porte

por posse, e na maioria das vezes o candidato escorrega.

Gabarito: C.

84) (CESPE – Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do

Desarmamento, julgue os itens.

A Lei nº 10.826/03 prevê a criminalização da posse irregular de arma de

fogo em residência, desde que se trate de arma de uso privativo das

Forças Armadas.

Comentários:

Bem tranquila essa! As armas de uso permitido também caracterizam o

crime.

Gabarito: E.

85) (CESPE – Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do

Desarmamento, julgue os itens.

Com o advento da Lei nº 10.826/03, a contravenção de porte ilegal de

arma, prevista no art. 19 da Lei das Contravenções Penais, passou a ter

como objeto apenas munições em geral e armas brancas.

Comentários:

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O porte de munições também é previsto como crime nos art. 14 e 16 do

estatuto do desarmamento. Com relação ao porte de armas brancas

(facas, canivetes etc.), há divergência se tal conduta continua sendo

contravenção penal ou se configura conduta atípica.

Gabarito: E.

86) (CESPE - 2010 - MPU - Técnico de Apoio Especializado –

Segurança) No que se refere ao Sistema Nacional de Armas

(SINARM) e ao registro de armas, julgue os itens a seguir.

As armas de fogo de uso restrito devem ser registradas no Comando do

Exército.

Comentários:

Isso mesmo pessoal, vejamos:

“Art. 3o. É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão

competente.

Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão

registradas no Comando do Exército, na forma do

regulamento desta Lei.”

Gabarito: C.

87) (CESPE – Polícia Civil) Com relação ao Estatuto do

Desarmamento, julgue os itens.

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Ceder, gratuitamente, arma de fogo, acessório ou munição, de uso

permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou

regulamentar, não tipifica a conduta penal de que trata o art. 14 do

Estatuto do Desarmamento.

Comentários:

A conduta descrita encontra previsão no art. 14 do Estatuto do

Desarmamento. Vejamos:

“Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em

depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,

emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar

arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem

autorização e em desacordo com determinação legal ou

regulamentar:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.”

Gabarito: E.

88) (2014 – FUNCAB - PC-RO - Delegado de Polícia Civil) De

acordo com a Lei n° 10.826/2003, Estatuto do Desarmamento,

aquele que, em via pública, porta arma de fogo de uso permitido

com numeração suprimida responde:

A) como incurso nas penas do crime de porte ilegal de arma de fogo de

uso permitido, disposto no artigo 14 do referido Estatuto.

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B) como incurso nas penas do crime de posse ou porte ilegal de arma de

fogo de uso restrito, disposto no artigo 16 do referido estatuto.

C) como incurso nas penas do crime de posse irregular de arma de fogo

de uso permitido, disposto no artigo 12 do referido Estatuto.

D) como incurso nas penas do crime de disparo de arma de fogo, disposto

no artigo 15 do referido Estatuto.

E) como incurso nas penas do crime de omissão de cautela, disposto no

artigo 13 do referido Estatuto.

Comentários:

O parágrafo único do art. 16 é muito importante. É aplicado, também, no

caso de arma de uso permitido! Vejamos:

“Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:

I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de

identificação de arma de fogo ou artefato;

II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-

la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para

fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade

policial, perito ou juiz;

III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou

incendiário, sem autorização ou em desacordo com determinação

legal ou regulamentar;

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IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma

de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de

identificação raspado, suprimido ou adulterado;

V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma

de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente;

VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou

adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo.”

Gabarito: B.

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