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Resumo
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Pós-graduando em Fisioterapia em Terapia Intensiva
² Orientador: Mestre em Bioética
3
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
A pesquisa foi baseada em artigos cujo tema abordam os benefícios da mobilização
precoce na Unidade de terapia intensiva. Para tanto serão revisados artigos obtidos em bases
de dados de Scielo, Lilacs, livros e revistas Eletrônicas de estudos publicados em língua
portuguesa e inglesa e todo e qualquer registro acadêmico e científicos a respeito da
mobilização precoce na UTI.
Foram usados como banco de dados trabalhos de publicação do ano de 2009 e alguns
mais antigos até os dias atuaias, foram avaliados 29 artigos científicos, dos quais após a
leitura, todos foram selecionados para utilização do trabalho. Contudo será possível perceber
se a terapêutica obtém resultados em um período de tempo.
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REVISÃO DE LITERATURA
Síndrome do Imobilismo trata-se de um conjunto de alterações sistêmicas que ocorrem no
indivíduo devido à inatividade prolongada.3 Essas alterações podem desencadear vários
efeitos negativos, comprometendo a funcionalidade do paciente como redução da
incapacidade funcional, descondicionamento físico, alterações na fisiologia de múltiplos
sistemas orgânicos afetando diretamente a qualidade de vida.4
Conforme nos orienta Neto, Pintarelli, Yamatto (2007, p.83).
DISCUSSÃO
A mobilização precoce é um tema bastante discutido na área de terapia intensiva, e com
o passar dos anos tem sido bastante explorado em discursões sobre seu efeito no repouso
prolongado. Alguns autores consideram uma resposta positiva sobre o efeito da Mobilização
precoce aplicado nos pacientes críticos internados na UTI, obtendo resultados satisfatórios na
redução dos efeitos deletérios causados pelo imobilismo.22
Estudo realizado por Dantas et al. (2012)7 onde utilizou ensaio clínico controlado e
randomizado para avaliar os efeitos de um protocolo de MP na musculatura periférica e
respiratória de pacientes críticos foram selecionados 59 pacientes de ambos os gêneros, em
ventilação mecânica. Os pacientes foram divididos em grupos, 14 foram para o grupo controle
que realizaram fisioterapia do setor e os outros 14 foram para o grupo mobilização precoce,
que receberam um protocolo sistemático de MP de duas vezes ao dia, todos os dias da
semana. Foi avaliada a força muscular a força muscular periférica por meio do Medical
Research Cuncil e a força respiratória dada por pressão inspiratória (Pimáx) e pressão
expiratória máxima (Pemáx) e mensurada pelo manovacuômetro unidirecional. A MP
sistemática foi realizada em cinco níveis, para os valores de Pimáx do Medical Research
Cuncil, foram encontrados ganho de força muscular inspiratória e periférica.
De acordo com estudo realizado por Murakami et al. (2015)24 que foi realizado na UTI
adulto do Hospital Sírio Libanês em São Paulo, em um estudo transversal retrospectivo,
avaliaram a evolução funcional dos pacientes graves submetidos a um protocolo de
reabilitação precoce, desde a admissão até a alta da UTI. Houve alta prevalência (93,3%) de
indivíduos considerados respondedores ao protocolo de reabilitação precoce. Dos 463
pacientes que foram submetidos ao protocolo, 83 (17,9%) responderam positivamente a
estratégia de intervenção proposta pelo protocolo apresentando melhora do plano de
intervenção na alta da UTI em relação a sua admissão. Enquanto os 349, ou seja, (75,4%) dos
pacientes apresentaram manutenção de plano de intervenção, prevenindo, assim, a perda. Por
fim, 31 (6,7%) apresentaram piora no plano de intervenção ao longo da internação na UTI.
Outro estudo que obteve resultados satisfatório foi um relato de caso realizado com um
paciente masculino de 18 anos usuário de crack e diagnosticado com (HIV), internado na UTI
por quadro progressivo de tosse purulenta, emagrecido febre, dispneia e diarreia há dois
meses e evoluindo com insuficiência respiratória aguda e foi submetido a VM prolongada por
apresentar piora em seu quadro clinico. Após a realização da traqueostomia, foi intensificado
a reabilitação motora a fim de reverter a polineuropatia. O tratamento fisioterapêutico
8
progrediu com exercícios ativos e contra resistidos para melhora da força periférica,
exercícios de controle de tronco, ortostase, sedestação, treino de marcha com auxilio durante a
fisioterapia deambulando por cerca de 20 metros, progredindo com exercícios com bola,
exercícios resistido para fortalecimento do tronco e melhora postural durante a marcha. O
paciente presentou melhora da coordenação motora, equilíbrio e maior tolerância ao treino de
marcha no dia da alta hospitalar o paciente apresentava grau de força 5 em todos os
movimentos de MMSS e MMII. A intervenção fisioterapêutica com a mobilização precoce
ainda na fase aguda mostrou resultados satisfatório na evolução do paciente.25
Estudo realizado por Pinheiro e Christofoletti (2012)4 e Ferreira et al., (2013)26 eles
observaram que a eletroestimulação aplicada tardiamente em pacientes mais críticos e
crônicos obtiveram resultados satisfatórios, visando o ganho de massa muscular. Em
contrapartida, foi avaliado também a eletroestimulação precoce, visando a prevenção da
hipotrofia muscular, e constatou-se que aplicação da eletroestimulação precocemente não
conseguiu prevenir a perda de massa muscular; isso acontece, pois, a imobilidade mesmo em
um curto período de tempo promove um estado catabólico para o musculo, que resulta em
perda de massa muscular e redução da força.
Outo pesquisa que obteve resultado satisfatório foi um estudo realizado por Lara
(2015)28 que através de uma revisão sistêmica de literatura comparando estudos encontrados
que abordava o uso do cicloergômetro no tratamento de pacientes críticos adultos. Após a
comparação dos estudos foi possível afirmar que o uso do cicloergômetro mostrou-se uma
pratica segura e eficaz na reabilitação de pacientes críticos tanto precocemente quanto
tardiamente promovendo melhora da força muscular periférica e respiratória e reduzindo a
sensação de fadiga e dispneia.
Pedrosa et al. (2010) em seu relato de caso, verificou dois pacientes do sexo feminino
submetidos a ventilação mecânica prolongada, estáveis hemodinamicamente, sem presença de
cardiopatia grave. Durante a intervenção fisioterapêutica realizou-se treino muscular em duas
fases. A primeira compreendia o período entre a internação e a fase de desmame
(mobilizações passivas nos MMSS e MMII), a segunda fase foi entre o fim do desmame e a
alta hospitalar (mobilizações passivas, ativos e ativos- assistidos), ambas com 10 repetições
por 30 minutos cada. Ao final do estudo observou melhora da força muscular e amplitude
articular, se fazendo importante o treino muscular em pacientes críticos.29
CONCLUSÃO
9
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jan- abr.2010. > Disponivel em: www.revista.ufpr.br >
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ANEXOS
PÓS GRADUAÇÕES
FACULDADE ...........
PÓS GRADUAÇÃO EM ...........
DECLARAÇÃO DE ORIENTAÇÃO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
DECLARAÇÃO
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Coordenador Pós Graduação