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[Freud, 1884e], que atraíra atenção de Karl Koller para as propriedades anestésicas da cocaína.

Eu mesmo havia indicado essa aplicação do alcalóide em meu artigo publicado, mas não fora
suficientemente rigoroso para levar o assunto adiante. Isso me fez lembrar que, na manhã do dia
após o sonho - não tivera tempo de interpretá-lo senão à noite - eu havia pensado na cocaína,
numa espécie de devaneio. Se algum dia tivessa glaucoma, pensei, iria até Berlim e me faria
operar, incógnito, na casa de meu amigo [Fliess], por um cirurgião recomendado por ele. O
cirurgião que me operasse, que não teria nenhuma idéia de minha identidade, vangloriar-se-ia
mais uma vez das facilidades com que essas operações podiam ser realizadas desde a introdução
da cocaína, e eu não daria a menor indicação de que eu próprio tivera participação na descoberta.
Essa fantasia me levara a reflexões de como é difícil para um médico, no final das contas, procurar
tratamento para si próprio com seus colegas de profissão. O cirurgião oftalmologista de Berlim não
me conheceria, e eu poderia pagar seus honorários como qualquer outra pessoa. Só depois de me
haver lembrado desse devaneio foi que compreendi que a lembrança de um evento específico jaz
por trás do mesmo. Logo após a descoberta de Koller, meu pai fora na verdade atacado de
glaucoma; um amigo meu, o Dr. Konigstein, cirurgião oftalmologista, o havia operado, enquanto o
Dr. Koller se encarregara da anestesia de cocaína e comentara o fato de que esse caso reunira
todos os três homens que haviam participado da introdução da cocaína.
Meus pensamentos prosseguiram então até o momento em que eu me lembrara pela
última vez dessa questão da cocaína. Fora alguns dias antes,quando eu examinava um exemplar
de um Festchrift em que alunos reconhecidos tinham celebrado o jubileu de seu professor e diretor
do laboratório. Entre as pretensões de dinstinção do laboratório enumeradas nesse livro vira uma
menção do fato de que Koller ali fizera sua descoberta das propriedades anestésicas da cocaína.
Percebi então, subitamente, que meu sonho estava ligado a um acontecimento da noite anterior.
Eu voltara para casa a pé justamente com o Dr. Konigstein e conversara com ele sobre um assunto
que nunca deixa de provocar minhas emoções sempre que é levantado. Enquanto conversava com
ele no saguão de entrada, o Professor Gartner [Jardineiro] e a esposa vieram juntar-se a nós, e
não pude deixar de felicitar ambos por sua aparência florescente. Mas o Professor Gartner era um
dos autores do Festschrift que acabo de mencionar, e é bem possível que me tenha feito lembrar
dele. Além disso, a Sra. L., cujo desapontamento no aniversário descrevi anteriormente, foi
mencionada - embora, é verdade, apenas em relação a outro assunto - em minha conversa com o
Dr. Konigstein.
Faria uma tentativa de interpretar também os outros determinantes do conteúdo do
sonho. Havia um espécime seco da planta incluído na monografia, como se ela fosse um herbário.
Isso me levou a uma recordação de minha escola secundária. Nosso diretor, certa vez, reuniu os
meninos das classes mais adiantadas e confiou-lhes o herbário da escola para ser examinado e
limpo. Alguns vermezinhos - traças de livros - tinham penetrado nele. Parece que o diretor não
confiava muito em minha ajuda, pois entregou-me apenas algumas folhas. Estas, como ainda me
lembro, compreendiam algumas Crucíferas. Eu nunca tivera o contato especialmente íntimo com a

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