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Disciplina de Arqueologia
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Índic
1. Introdução....................................................................................................................................2
3. Metodologia.................................................................................................................................6
2. Desenvolvimento do Trabalho.....................................................................................................6
3.4.1. Fotogrametria.........................................................................................................................9
3.4.2. Espectroscopia.......................................................................................................................9
4.4.4. Fotointerpretação.................................................................................................................10
5. Considerações Finais.................................................................................................................11
6. Referências Bibliográficas.........................................................................................................12
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1. Introdução
Para a realização deste trabalho, partiu-se da ideia segundo a qual a arqueologia é a ciência que
estuda o antigo através dos vestígios materiais deixados pelo homem ao longo da história. De um
modo simplificado, a arqueologia é a ciência que estuda o antigo através dos vestígios materiais,
fazendo uso de técnicas apropriadas para todas as fases do trabalho arqueológico que inclui
pesquisa, recolha, descrição e estudo sistemático sobre a cultura material presente e, por fim, a
divulgação e preservação de toda esta informação.
Neste contexto, métodos tradicionais para cartografar a distribuição de espécies invasoras, como
levantamentos de campo, revisão de literatura e interpretação de mapas, não são eficazes, pois
consomem muito tempo e comportam custos elevados (Xie et al. 2008). Por sua vez, a “detecção
remota” e os “sistemas de informação geográfica” oferecem ferramentas com potencial para a
produção de cartografia e monitorização das áreas ocupadas com espécies exóticas invasoras,
assim como para a previsão de áreas susceptíveis de serem invadidas.
É com base a sua importância que, Encarnação (s.d), concebe a Detecção Remota como um
conjunto de técnicas utilizadas para a obtenção de informações, enquanto a fotointerpretação é o
ato em si de examinar as imagens com o objectivo de identificar objectos ou sítios.
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1.1. Construção do problema
As razões para a escolha do tema e a relevância da sua exploração remetem a diferentes factores
ligados ao contexto prático e teórico no que a questão da detecção remota se encontra inserida.
Deste modo, a explorar este tema estaremos a dar-nos a oportunidade de conhecer os actuais
contornos desta ferramenta, assim como a forma os desafios que a são colocados.
Sob ponto de vista teórico, a relevância encontra-se no facto de privilegiar-se, assim, outros
desenvolvimentos teóricos e métodos científicos, no domínio da Arqueologia, pelo que se torna
imperioso a procura de alternativas de análise, que também passam por processos de
sistematização do levantamento arqueológico, permitindo o estabelecimento de métodos
rigorosos na análise e na dedução do passado. O mesmo, podemos afirmar no que concerne ao
plano prático no qual verificamos que investigação arqueológica favorece a análise integrada
com informação de natureza ambiental ou ecológica, considerando a reconstituição do meio
ambiente e da paisagem de então, procurando compreender o equilíbrio existente entre o
homem e o meio ambiente.
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1.3. Objectivos geral e específicos do trabalho
No que concerne aos objectivos deste trabalho temos os seguintes. Como geral, buscamos
analisar aplicação das técnicas da detecção remota nas pesquisas arqueológicas. Especificamente,
procuramos sistematizar na literatura consultada referente teórica sobre a detecção remota;
identificar as tipologias da detecção remota nas pesquisas arqueológicas; e descrever as técnicas
de detecção remota das pesquisas arqueológicas.
O termo “Detecção Remota” apareceu pela primeira vez na literatura científica em 1960 (Novo e
Ponzoni 2001) e significava simplesmente a aquisição de informações sem contacto físico com
os objectos. Desde então o termo tem-se ligado com tecnologia e conhecimentos extremamente
complexos derivados de diferentes campos que vão desde a física até a botânica e desde a
engenharia electrotécnica até a cartografia.
A partir de 1960, a NASA pôs em órbita o primeiro satélite da série TIROS, com uma finalidade
de observação meteorológica. Paralelamente houve também a utilização de câmaras fotográficas
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para a aquisição de fotografias da superfície terrestre durante as missões tripuladas da série
Apolo, o qual constituiu a primeira utilização que obteve sucesso no que se refere a técnicas para
o reconhecimento destes parâmetros (Grancho, 2005).
3. Metodologia
Todo o trabalho científico desenvolvido seja no plano teórico, seja no plano empírico carece de
caminhos e ferramentas a partir dos quais é desenvolvido de modo a alcançar os objectivos
definidos. Para a realização deste trabalho temos como método básico o qualitativo, visto que, a
discussão desenvolvida tem como base o conteúdo de trabalhos desenvolvido, que é relacionado
com o contexto actual no qual se encontra a arqueologia, o que implica a análise de conteúdo.
Para a recolha dos dados recorremos ao levantamento bibliográfico. De acordo com Severino
(2002), a técnica bibliográfica consiste na obtenção de informações sobre livros, artigos
científicos e de mais trabalhos existentes sobre um determinado assunto, dentro da área de saber
de interesse do investigador. Deste modo, para a realização deste trabalho recorremos a um
conjunto de livros e artigos científicos desenvolvidos em torno da detecção remota. As fontes
utilizadas têm origem em diferentes contextos, tanto na nacional, assim como internacional.
A aplicação desta seguiu os seguintes procedimentos: numa primeira fase, foram seleccionados
um conjunto de estudos realizados em torno da detecção remota em diferentes contextos; numa
segunda fase os estudos foram triados que mostraram-se relevantes para a discussão que
levantamos; na fase seguinte analisamos conteúdo de cada obra colocando-os em discussão e
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tomando posição crítica dos argumentos que melhor auxiliam na defesa do argumento que
defendemos neste trabalho, resolução do problema construído e dos objectivos pré-definidos.
2. Desenvolvimento do Trabalho
Introduzimos agora a discussão dos dados dos dados recolhidos nos trabalhos seleccionados para
este trabalho. Esta secção está organizada em quatro subcapítulos. No primeiro discutimos os
conceitos de detecção remota, no segundo os objectivos da detecção remota, no terceiro os
sistemas de detecção remota e no quarto as técnicas de detecção remota nas pesquisas
arqueológicas.
Para entendermos este conceito, partimos da ideia de Sampaio (2007), ao afirmar que a Detecção
Remota é o conjunto de técnicas que se utilizam para aquisição de informação sobre um objecto,
área ou fenómeno usando um sensor que não está em contacto físico directo com este. Contudo,
esta definição torna-se polémica ao colocar a dúvida se o olho humano será, ou não, um sensor
de detecção remota pois ele recolhe informação sobre objectos que lhe estão afastados. Assim, a
definição evoluiu e é mais correcta afirmar-se que:
Em contra partida encontramos Rocha (2002), que concebe a Detecção Remota como sendo a
ciência, o conjunto de tecnologias e a arte, que permite obter informação sobre objectos, áreas ou
fenómenos, através da análise de informação adquirida por aparelhos de informação (sensores)
sem contacto com o objecto, área, ou fenómeno em estudo.
Autores como Encarnação, (s.d); Meneses et al., (2012); Richards et al., (1999), afirmam que a
Detecção Remota é o processo para a aquisição da informação, através de sensores remotos,
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sobre fenómenos ou objectos que ocorrem na superfície da terra. Sendo estas informações
conseguidas através de um sensor de radiação electromagnético colocado acima desta superfície.
Neste contexto, encontramos a definição de Rabaça (2001), que considera a detecção remota
como um conjunto de técnicas de aquisição, processamento e análise de imagens da superfície do
planeta, captadas por sistemas de satélite ou meios aéreos. Assim, as imagens possuem
informação captada sob a forma de energia ou radiação electromagnética reflectida ou emitida
pela superfície terrestre ou pelos objectos nelas existentes, codificada por sensores que detectam
variações naquela radiação, em diferentes zonas do espectro electromagnético.
Na perspectiva de Silva e Sousa (2011), a Detecção Remota é uma técnica que nos permite obter
informação sobre um objecto ou fenómeno pela análise de dados recolhidos por um dispositivo
que não está em contacto com o objecto ou fenómeno, ou seja sem contacto mecânico. Mas
obviamente, esta definição é muito generalista, porque também cobre campos das técnicas de
comunicação e das percepções sensoriais. Afirmam ainda os autores que, para além disso, a
detecção remota não só inclui o processo de registo da imagem, mas também as actividades
subsequentes relacionadas com a distribuição, comercialização, processamento e interpretação da
imagem, até à entrega do produto final (mapa do uso do solo).
Em suma, a detecção remota podia ser definida como o uso de sensores digitais a bordo de
plataformas espaciais e/ou satélites com vista a colecção periódica de dados sinópticos da Terra,
e o subsequente processamento e análise desta informação (imagens).
São inúmeros os objectivos da Detecção Remota, entre os quais se podem referir: levantamento e
registo de dados; classificação; avaliação; elaboração de inventários e protecção da paisagem.
Para carvalho (2002), em Arqueologia, o seu interesse recai sobretudo na elaboração de
cartografia, tanto arqueológica como temática, ou seja, cartografia base para interpretação dos
recursos da terra e planeamento ou ordenamento do território, através da sua associação com um
Sistema de Informação Geográfica.
A radiação electromagnética registada em sensores pode ser: i) proveniente do sol (ou de outras
fontes de radiação); ii) reflectida pela superfície e iii) emitida pelos objectos à superfície.
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2.3. Sistema de Detecção Remota
Pode compreender-se como funciona um sistema de Detecção Remota (DR). Como emissores de
radiação podem ter-se, os naturais (sol, terra) e/ou os artificiais (radares). Por sua vez, a
superfície terrestre interage com a radiação e o capta e regista a energia emitida e reflectida.
Nesta secção procedemos com a discussão em torno das técnicas de detecção remota.
Geralmente destaca-se as seguintes: Fotogrametria, Espectroscopia, Fotografia Aérea e
fotointerpretação.
3.4.1. Fotogrametria
Esta técnica mede geometricamente a dimensão e a posição dos objectos visíveis a partir de um
modelo virtual em três dimensões. A Fotogrametria recorre actualmente às mais modernas
tecnologias informáticas e faz todo o processamento de imagens digitais, o que permite uma
grande evolução e maior celeridade na aquisição de dados geográficos.
3.4.2. Espectroscopia
Entende-se por fotografia aérea toda a foto obtida por um meio de captação que se encontra
acima do solo, e que permite captar imagens verticais ou oblíquas. "A utilidade principal e mais
evidente da fotografia aérea é a de explorar as grandes superfícies e de descobrir,
simultaneamente, múltiplos tipos de fenómenos existentes no solo e na paisagem que, de outro
modo, não seriam perceptíveis, em especial quando a distância entre o observador e o objecto é
reduzida (Rua, 2005, p.5)"
As imagens aéreas são utilizadas para as mais variadas áreas e finalidades. Uma de suas
aplicações é a de permitir compreender a evolução de determinados sítios ao longo dos tempos.
4.4.4. Fotointerpretação
Esta técnica é de um modo geral visto de forma empírica, apesar de haver duas formas de
interpretação, sendo uma o método directo, onde se analisa apenas os objectos que se encontram
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visíveis, e outra o método correlativo, que trabalha com objectos não visíveis, ou seja, supõe-se o
que se pode estar em determinado território com base no conhecimento local e na paisagem
existente (Anderson, 1982).
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5. Considerações Finais
Como jeito de conclusão, ficou claro que a Detecção Remota (DR) não é mais do que uma forma
de obter informação fiável acerca de um objecto, sem estar em contacto físico com ele. Através
da observação de um objecto realizada por um dispositivo, separado do objecto por alguma
distância, utilizam‐se respostas características dos diferentes objectos às emissões de energia
electromagnética, medidas num determinado número de bandas espectrais com o objectivo de
identificar o objecto.
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6. Referências Bibliográficas
Rocha, L. (2012). O Tempo das Pedras. Carta Arqueológica de Mora. Mora: Câmara
Municipal.
Severino, A. J. (2002). Metodologia do trabalho científico. 22a ed. São Paulo, Cortez Editora.
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