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Regimental
Aula 4
Rito Especial da
Medida Provisória
Professor Senado Federal
Luciano Henrique da Silva Oliveira Complexo Arquitetônico do Senado
Consultor Legislativo do Senado Federal Federal, Via N2. Bloco de apoio nº 12.
CEP | 70165-900
Ajuste / Descrição
Cláudio Cunha de Oliveira
Júnia Cláudia Gondim Melo
Produção
Tv Justiça
TV Justiça
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Distribuição:
saberes.senado.leg.br
[...] Música
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Antigamente, as medidas provisórias, após passarem por uma
comissão mista eram submetidas à sessão conjunta do Con-
gresso Nacional. Mas isso mudou em 2001. Hoje o rito inclui a
análise por uma única comissão mista. É uma comissão mista
temporária, comissão especial de uma provisória que analisa
então a matéria. E depois ela vai às sessões separadas. Primei-
ro na Câmara dos Deputados que ficaria como casa iniciadora
e depois ao Senado Federal como casa revisora.
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provisória, ela se extingue. Caso o Congresso Nacional não
analise a medida no prazo total de 120 dias, ela também
perde a sua eficácia e se extingue. Por isso que ela chamada
de medida provisória.
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A medida provisória uma vez publicada pelo presidente da
república tem imediata vigência, mas é submetida de imedia-
to ao Congresso Nacional. Quando ela chega ao Congresso
Nacional, o presidente do Congresso ele designa uma comis-
são mista para analisar essa matéria.
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vaga no Senado, para compor a comissão mista. Então no
final, a comissão mista acaba tendo 12 mais um Senadores
e 12 mais um deputados, 13 e 13. Essa vaga adicional em ro-
dízio, preenchida pelos partidos pequenos, aqueles partidos
considerados nanicos que não conseguem atingir a conta de
uma vaga pela proporcionalidade partidária.
Na comissão mista, os líderes dos blocos e partidos indicam
os nomes para o presidente do Congresso. De posse desses
nomes, o presidente do Congresso então designa formal-
mente esses nomes para comporem a comissão mista. Caso
os partidos não indiquem os membros, o presidente passa a
ter a prerrogativa de ele mesmo indicar quais são os mem-
bros e designá-los para a comissão mista, sendo que essa
escolha do presidente deve recair sobre os blocos e partidos,
conforme também a proporcionalidade partidária.
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cação da matéria. Então é um prazo bastante exíguo. Uma
vez publicada a medida provisória no Diário Oficial, qualquer
congressista pode apresentar na comissão mista, emendas
para alterar a medida provisória. Então a comissão mista é
que recebe essas emendas nos seis primeiros dias da publi-
cação da medida provisória.
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assim, tem pertinência temática com o tema da matéria. En-
tão são as chamadas, emenda sobre matéria estranha ou
jabutis no, jargão legislativo, que são emendas que não tem
a ver com o assunto da medida provisória e portanto devem
ser inadmitidos pelo relator.
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da sociedade de maneira que é muito comum a realização
de audiências públicas para instruir a medida provisória e
ouvir a sociedade civil.
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ra não precisa concordar com o parecer da comissão mista
porque o parecer é opinativo. Ela pode aprovar o texto como
veio da comissão mista, ou então, opinar por aprovar outro
texto, com outras emendas, outras sugestões certo? Então
isso é uma coisa que vai acontecer é uma posição do plenário.
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Vamos ver.
A letra A está errada porque o presidente da comissão e o
relator devem ser de casas diversas : um do Senado e um
da Câmara.
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Por isso é que a letra C está errada. Porque a letra C fala em
seis dias úteis, muita atenção essa pegadinha.
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Além disso, a medida provisória tem uma vigência de até
120 dias. Vamos supor que o projeto de lei de conversão
altere substancialmente o texto. Nós teremos no caso, após
a conversão da medida provisória numa lei ordinária, um
determinado texto que vigorou enquanto era uma medida
provisória e um texto diferente nos termos do projeto de lei
de conversão que vai vigorar a partir daquele momento certo.
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No entanto, se a comissão mista não oferece o projeto de de-
creto legislativo, a constituição dá uma solução. As matérias,
as relações jurídicas exigidas pela medida provisória, naquele
período de 120 dias, continuam sendo regidas pela medida
provisória. E as que acontecerem depois que a medida pro-
visória virar lei passam a ser regidos pela nova lei ordinária.
De qualquer maneira quando a comissão mista conclui no
seu parecer pela modificação de qualquer trecho da medida
provisória, ela oferece um projeto de lei de conversão.
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votar essa emenda que não foi acatada na comissão mista
para que ela seja inserida no projeto de lei de conversão. E
e isso é possível. Então o que acontece é que normalmente
sai um projeto de lei de conversão da comissão mista e a
matéria vai à Câmara dos Deputados. A Câmara dos Depu-
tados pode até fazer mais algumas alterações ao texto final
e depois disso a matéria vai ao Senado Federal.
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texto, que veio da Câmara, como se fosse uma supressão e
pode destacar uma emenda que foi apresentada lá no co-
meço e não foi acatada nem pela comissão mista nem pela
Câmara e tentar incorporar essa emenda ao texto. Então não
é uma nova emenda que é apresentada na fase de plenário.
É uma emenda que, já foi apresentada antes, mas não foi
acolhida e agora ela é retomada ressuscitada pelo Senado
Federal neste caso.
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pensos. E depois de agosto ao final de dezembro segundo
período da sessão legislativa. E novamente há um recesso
no finalzinho de dezembro até o final do mês de janeiro. Du-
rante os períodos de recesso, o prazo de 120 dias da medida
provisória também fica suspenso. Então é possível que uma
medida provisória, expedida no primeiro semestre e que se
prolonga até o segundo semestre, ela dure mais de 120 dias.
Ela tenha, na verdade, mais de 120 dias para ser convertida
em lei porque no período de recesso o prazo fica suspenso.
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da república. No entanto, o regimento comum na resolução
n. 1 de 2002 diz que quando o Congresso Nacional aprova
uma medida provisória na íntegra, não há necessidade da
fase de deliberação executiva, ou seja, não há necessidade de
sanção ou veto do presidente da república. Em outras pala-
vras, se o Congresso Nacional aprova uma medida provisória
na íntegra, a matéria pode ser, após a aprovação do Sena-
do, promulgada diretamente pelo presidente do Congresso
Nacional, sem necessidade da fase de sanção ou veto. E aí
o próprio presidente do Senado Federal, que é o presidente
do Congresso Nacional, manda publicar a medida provisória
no Diário Oficial.
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aspectos de constitucionalidade e adequação orçamentária e
financeira, de que em conjunto com o que nós chamamos de
admissibilidade da matéria. Nos aspectos constitucionais, a
casa analisa inicialmente os requisitos de relevância e urgên-
cia, ou seja, se a matéria é realmente relevante. Se a matéria
é realmente urgente como relevância.
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Quando o plenário da Câmara, o plenário do Senado concluiu
pela inconstitucionalidade ou pela inadequação orçamentá-
ria financeiro da medida provisória, é considerado inadmi-
tida. É considerada rejeitada e arquivada. Isso mesmo que
a comissão mista tenha considerado constitucional e ade-
quado financeira e orçamentariamente a matéria, objeto da
medida provisória.
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deral Federal Federal entendeu que é obrigatória a emissão
do parecer da comissão mista, antes da matéria ser enviada
à Câmara. Então o que acontece hoje? Ainda que a comissão
mista demore muito para emitir seu parecer, ela não pode
enviar o projeto à Câmara e isso pode gerar alguns proble-
mas na prática.
Veja a medida provisória tem 120 dias para ser votada, antes
de expirar. Digamos, que por um grande atraso, a comissão
mista acabe ficando com a matéria quase esses 120 dias
totalmente. Isso pode gerar um problema no plenário das
casas que ficará com quase nenhum tempo para poder deli-
berar a analisar com a propriedade sobre a matéria. No en-
tanto, se a comissão mista não emite parecer, a matéria não
pode ir à Câmara dos Deputados, pois foi assim que decidiu
o Supremo Tribunal Federal Federal Federal. Nesse caso, a
matéria pode expirar. A medida provisória pode perder sua
validade antes mesmo de ser mandada à Câmara na comis-
são mista. Mas é importante porque é obrigatória a emissão
do parecer hoje em dia.
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Então a resposta é letra D. Qualquer sugestão que seja pro-
movida no parecer da comissão mista, a comissão mista deve
oferecer ao final do parecer um projeto de lei de conversão,
que funciona como se fosse um substitutivo à medida pro-
visória original. A medida provisória, que é rejeitada ou que
não é convertida em lei pelo Congresso Nacional, ou seja,
que não é analisada nos 120 dias e portanto perde a eficá-
cia, ela não pode ser reeditada na mesma sessão legislati-
va, ou seja, a matéria dessa medida provisória só pode ser
objeto de nova medida provisória, editada pelo presidente
da república, na sessão legislativa seguinte. É o princípio da
irrepetibilidade aplicado às medidas provisórias. Está lá no
artigo 62 da constituição.
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não havia iniciado na nova sessão legislativa certo.
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algumas que estão em vigor desde 2001 e podem ou con-
tinuar com uma medida provisória para sempre, vigorando
como se fosse uma lei permanente, ou em algum momento
o Congresso Nacional pode resolver votá-las para aprová-las
ou para rejeitá-las. Mas neste caso, em sessão conjunta do
Congresso Nacional. As sessões separadas passaram a ser
utilizados para a medida provisória apenas para aquelas que
foram editadas após a emenda constitucional 32 de 2001.
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aí a matéria vai ao Senado. O Senado pode entender que
aquela matéria é inconstitucional porque o Supremo Tribunal
Federal já decidiu que a matéria estranha não pode vir por
emenda à medida provisória. E impugnar aquela matéria.
Retirar do texto antes de votar o texto principal da medida
provisória. Nesse caso não se trata de emenda supressiva.
Trata-se de emenda de impugnação à matéria estranha E
matéria não precisa necessariamente retornar à Câmara dos
Deputados.
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orçamentários são abertos por medida provisória para dar
maior celeridade ao projeto, ao processo, uma vez que a
medida provisória vigora, desde a sua edição.
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Qual o erro das outras... Na letra. A verdade não é essa. Essa
C é a falsa. Viu como é importante prestar atenção. As outras
estão todas corretas.
Veja a letra A.
Qualquer alteração do texto à comissão mista tem que ofere-
cer em seu parecer tanto o projeto de lei de conversão, que
a gente viu no curso anterior, como também o projeto de de-
creto legislativo, esse decreto legislativo, após aprovado, ele
vai dizer como é que ficam as relações jurídicas decorrentes
da vigência da parte da medida provisória, que foi alterada,
foi suprimida no projeto de lei de conversão. Normalmente
a solução jurídica proposta que as relações jurídicas ficam
regidas pela medida provisória naquele período de vigência
da medida provisória e depois passa a ser regida pela lei
ordinária decorrente da medida provisória, certo?
E a letra B?
A letra B também está certa porque qualquer modificação
que o Senado faça como casa revisora, a matéria tem que
votar à casa iniciadora para análise da modificação.
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A medida provisória como ela tem vigência desde a sua edi-
ção, ela não pode ser posteriormente retirada pelo presiden-
te da república. Assim decidiu o Supremo Tribunal Federal. A
retirada de uma proposição é algo a um incidente processual
regimental, matéria inclusive vamos ver na próxima aula,
referente à situação e que o autor da matéria desiste do seu
projeto e resolve retirar a proposição de tramitação. Isso
ocorre com projeto de lei. Pode ocorrer com o PEC, com o
projeto de resolução de decreto legislativo. No caso da me-
dida provisória, o STF entendeu que o presidente não pode
retirar a medida provisória de tramitação pelo fato de ela já
ser norma jurídica em vigor. E não uma mera proposição que
só terá vigência após convertido em lei. Então não se admite
a retirada da medida provisória pelo presidente da república.
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Será que aconteceria uma repristinação da medida provisó-
ria? Na verdade, não. Porque seria uma repristinação tácita:
um instituto que, em regra, não é admitido no nosso or-
denamento salvo quando expressamente previsto, quando
expressamente declarado.
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CONTATOS
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