signo viejo y nuevo

REVISTA DE POESIA

N°3 $ 15.000.-

horacio quiroga*barthes*HAIKUS*rivero*POESIA ESPACIA

santana* POESÍAMEDIEVAL*ferro*carrera*ESCRITURA ILEGIBIE
signo viejo y nuevo
REVISTA D E POESIA
N ° 3 diciembre de 1981 C O L A B O R A N EN ESTE NUMERO:
A r t u r o C a r r e r a , E m e t e r i o Cerro, Javier
C ó f r e c e s , R o b e r t o F e r r o , Miguel Gaya,
J o n i o G o n z á l e z , Marcela G r a d , Laura
M a c i e l , J . S. P e r e d n i k , Susana P o u j o l ,
S U M A R I O
A n g e l R i v e r o , N a h u e l Santana y Nora
Viater

Editorial 3 CONSEJO DE REDACCION:

R o b e r t o F e r r o , J . S. Perednik y Nahuel
Santana.
Poemas 4 Horacio Quiroga
D I S E Ñ O Y D I A G R A M A C I O N : J . S. P.
Una Poética Posible 7 Roberto Ferro
ILUSTRACIONES:
G r a f í a s de M i r t a D e r m i s a c h e .
El H a i k u 15 Roland Barthes
EDITOR:
Jorge Santiago Perednik.
El H a i k u J a p o n é s 21 Angel Rivero
R e g i s t r o de la p r o p i e d a d intelectual
e n el s i g l o XX Fernando Rodríguez Izquierdo en t r á m i t e . H e c h o el d e p ó s i t o que
m a r c a la L e y 1 1 . 7 2 3 . L o s a r t í c u l o s
f i r m a d o s s o n r e s p o n s a b i l i d a d de sus
Tejidos Esponjosos 29 A r t u r o Carrera a u t o r e s y no r e f l e j a n necesariamente
la o p i n i ó n de la revista. L o s a r t í c u l o s
no f i r m a d o s s o n escritos por el Conse-
Poemas 34 Susana P o u j o l j o de R e d a c c i ó n . Se p e r m i t e la repro-
d u c c i ó n de t e x t o s p o r c u a l q u i e r me-
d i o a c o n d i c i ó n de c i t a r el n o m b r e
Poemas 37 Emeterio Cerro
del a u t o r c o r r e s p o n d i e n t e y el de la
f u e n t e y e n v i a r dos ejemplares de la
publicación a X U L . Correspondencia,
Poesía M e d i e v a l 41 Nahuel Santana
cheques y giros a n o m b r e de Jorge
Galaico-Portuguesa S a n t i a g o P e r e d n i k / Casilla de Correo
1 7 9 , Sucursal 5 3 / ( 1 4 5 3 ) Buenos
A i r e s / A r g e n t i n a . C o m p o s i c i ó n en
La D a n z a del Ratón 48 f r í o : Ricardo Montiel - Tel. 244-8833.
I m p r e s i ó n : Gráfica Pinter - Talcahuano
281 - Capital.
Poemas 49 Javier Cófreces

O m i s i o n e s y E r r a t a s : en algunos ejem-
Poemas 50 Jonio González plares del No 2 se o m i t i ó m e n c i o n a r al
t r a d u c t o r d e los poemas de P. P. Paso-
l i n i : R o d o l f o A l o n s o . Por e r r o r dice
Poemas 50 Miguel Gaya H e r a l d o de C a m p o s e n lugar d e : H a r o l -
d o de C a m p o s .
Editorial
¿Qué quieres decir con éso? —dijo severamente
la Oruga— ¡Explícate!
C o m e n z a n d o el t e r c e r n ú m e r o , X U L cree que las 140 pági-
nas editadas p e r m i t e n algunas d e f i n i c i o n e s , m u y a m p l i a s t o d a -
vía.
X U L descree de las declaraciones estéticas r e v o l u c i o n a r i a s .
Si rechaza el signo viejo es sólo en c u a n t o se o p o n e a ser r e n o -
v a d o . Si p r o c u r a el signo nuevo es s ó l o en c u a n t o necesario.
X U L ha e l e g i d o llamarse Signo viejo y nuevo. En correspon-
dencia c o n la naturaleza del p o e m a (de la l e n g u a ) , viejo y nue-
v o a la vez.
X U L reniega de a d j u d i c a r s e una p o s i c i ó n de v a n g u a r d i a , n o
p o r rechazar las c o r r i e n t e s poéticas r e n o v a d o r a s , sino p o r las
c o n n o t a c i o n e s que esta palabra e n c i e r r a . X U L n o q u i e r e estar
d e l a n t e ( v a n g u a r d i a ) ni detrás (retaguardia) sino d e n t r o . Pre-
t e n d e c a m i n a r a d e l a n t e , y p o r lo t a n t o que los demás lo sigan,
además de ser falso y p r e s u n t u o s o , e n c u b r e una i d e o l o g í a de
d o m i n a c i ó n q u e X U L r e p u d i a e x p l í c i t a m e n t e . Por l o demás,
una r e v i s i ó n h i s t ó r i c a de la a c t i v i d a d p o é t i c a m u e s t r a q u e los
juegos de p o d e r e n t r e las d i s t i n t a s c o r r i e n t e s q u e se p r e t e n d i e -
r o n dueñas de la v e r d a d han sido i l u s o r i o s . E n poesía (en a r t e ) ,
m i e n t r a s d u r e la etapa h i s t ó r i c a , la meta está en el c a m i n o y
la v e r d a d t i e n e f o r m a de d i s c u s i ó n en la que p a r t i c i p a n quienes
renuevan los a r g u m e n t o s .
¡ A a a r g u m e n t o s ! — d i j o X U L . Y agregó: " h a y a r g u m e n t o s
y a r g u m e n t o s " t e n i e n d o la c o n v i c c i ó n de q u e , a ú n s i e n d o c o n -
t r a r i o a m u c h o s , la d i v e r s i d a d es la m a y o r de las riquezas y que
la u n i f o r m i d a d a n t i c i p a el r e i n o de la m u e r t e , quizás el ú l t i m o .
- ¿Qué quieres decir c o n éso?— d i j o severamente la O r u g a
— ¡Explícate!
G e n e r o s o para el t i e m p o de la d i s c u s i ó n p e r o reacio a d o b l e -
garse a n t e los vicios que la s i m u l a n o la c o a r t a n , X U L —con su
e s p í r i t u c a r n o s o al f r e n t e — m i r a a los o j o s del l e p i d ó p t e r o (a
ras del s u e l o , p o r s u p u e s t o ) y le m u e s t r a el o m b l i g o , n o c o n i n -
d i f e r e n c i a , sino c o m o gesto de c o r a j e .
- Eso n o está bien (. . . ) — d i j o la O r u g a .
— N o del t o d o b i e n , t e m o — d i j o t í m i d a m e n t e A l i c i a — algu-
nas palabras están c a m b i a d a s .
Está m a l desde el p r i n c i p i o hasta el f i n " - d i j o d e c i d i d a -
m e n t e la O r u g a . Y se h i z o el s i l e n c i o d u r a n t e a l g u n o s m i n u t o s .
L u e g o X U L m i r ó el c a m p o de la c u l t u r a .
- ¡Langostas y bicheras, t o d o j u n t o ! — d i j o a l a r m a d o , m i e n -
tras la c u m b r e r a se d e r r u m b a b a p o n i e n d o en riesgo su v i d a .
U n p e ó n sin b o m b a c h a s se le a r r i m ó .
- ¡ D o n X U L , han requisao hastal a g u a ! — d i j o . —En vista de
lo q u e se ve es d i f í c i l q u e lo c o n c h a b e n p o r a q u í . Y d i c e n p o r
lo q u e n o se ve q u e vamos q u e d a n d o p o c o s .
A l o í r el a l b o r o t o se acercó D o n N a s i f , el t u r c o d u e ñ o del
m e r c a d i t o n o m b r a d o ú l t i m a m e n t e Juez de Paz.
Ustedes h a b l a n de desolación — les r e c r i m i n ó — p e r o X U L
existe. Y no es el ú n i c o .
—Sí— d i j o M a r t í n F i e r r o , m i r a n d o hacia la p a r t i d a —en m e -
d i o de las r u i n a s t a m b i é n p u e d e crecer u n x u l , y éso n o niega el
derrumbe.
- ¿Qué quieres decir c o n é. . .?— N o t e r m i n ó de d e c i r la
O r u g a , q u e se c o n v i r t i ó en c r i s á l i d a .
3
HORACIO QUIROGA
Poemas

E l juglar triste

La c a m p a n a t o c a a m u e r t o
en las largas avenidas
y las largas avenidas
d e s p i e r t a n cosas d e m u e r t o s .

De los m a n z a n o s del h u e r t o
p e n d e n nucas de s u i c i d a s ,
y h a y sangre de las h e r i d a s
de u n p e r r o q u e h u y e d e l h u e r t o .

E n el p a b e l l ó n desierto
están las violas dormidas;
las violas están dormidas
en el p a b e l l ó n desierto!

Y las violas d o l o r i d a s
en el p a b e l l ó n d e s i e r t o ,
d o n d e c a n t a el d e s a c i e r t o
sus v i c t o r i a s más c u m p l i d a s ,
a b r e n mis viejas h e r i d a s ,
c o m o campanas de m u e r t o ,
las viejas violas d o r m i d a s
en el p a b e l l ó n d e s i e r t o .
4
Mi palacio de invierno

En casa h a b í a b e l l a d o n a
nuez v ó m i c a y p u l s a t i l l a ;
en f o r m a de v a r i l l a
c o n t e n í a l a s una r e d o m a .

Y esa manzana poma

había s i d o elogiada en la g a c e t i l l a
de u n d i a r i o . Y la g e n t e sencilla
reíase de esa p u e r i l p o m a .

Los e n f e r m o s , sin e m b a r g o , c o n esa d é b i l sonrisa

en q u e su voz de haber s i d o se e x t e r i o r i z a
c o m o una m e l a n c o l í a q u e alcanza a ser p l e g a r i a ,
saben el s e c r e t o d e la larga v i g i l i a s o l i t a r i a ,
en q u e el r e c u e r d o d e u n largo c o n t a c t o de r o d i l l a
vale m e n o s q u e u n a leve t o m a de p u l s a t i l l a .

Lemerre, Vanier y Ca.

Bajo la c u r v a , la n o c h e p l o m o ;
sobre el a l i e n t o , v a p o r de b r o m o
ata en el c u e l l o f i n o c a l a m b r e
con invisible, rígido alambre.
Por la v e n t a n a q u e está e n t r e a b i e r t a
la luna m u e s t r a su faz d e m u e r t a ,
d e s f i g u r a n d o , tras los c r i s t a l e s ,
algunas piedras f i l o s o f a l e s .
Se angustia el v i e n t r e de los crisoles
en la insistencia de los a l c o h o l e s ,
y g i m e en f i n o s r u i d o s d i s t a n t e s
como murmullos subcrepitantes.
S o b r e los b o r d e s de la c a m p a n a
suenan las c u a t r o de la m a ñ a n a .
L o s negros p e r r o s , e s t r e m e c i d o s ,
lanzan al aire largos a u l l i d o s .
C h i r r í a n los goznes d e m o d o a d u s t o
y a la v e n t a n a se asoma u n b u s t o :
c o m o los m u r o s —en l í n e a r e c t a -
la L u n a en n e g r o d i s c o p r o y e c t a
s o b r e la a l b u r a del m a c a d a m ,
c o m o un curvado, trágico escollo,
la calva f r e n t e d e C l a u d i o F r o l l o
b a j o la s o m b r a de N ô t r e - D a m e .
Colores

Era una rosa que t e n í a nueve colores, y el p r i m e r o de

éstos era un a g u i j ó n para los malos h o m b r e s .

Azul-Violado-Gris - Rojo-Verde-Oscuro-Blanco-Perla
-Lila.

No era menester que f u e r a . Dado que la p r i m e r a pala-

bra es en sí precisa, h u b i m o s de m e d i t a r t o d o aquel
largo día sobre nuestra p r e t é r i t a a s p i r a c i ó n , —siempre
esperado por ellos, buenos o i n t r a n q u i l o s — para una
dolencia que, en v e r d a d , supo ser i n m o t i v a d a , a una
hora en que las ojeras están f a t i g a d í s i m a s , por un an-
gosto valle de silogismos d o n d e no fuera sensato dete-
ner la m a r c h a .

Mis negras c u l e b r a s . . .

Mis negras culebras d o r m í a n sobre la a l f o m b r a ; y la

i n t r a n q u i l i d a d que de p r o n t o se a p o d e r ó de ellas lle-
gó a mis t r é m u l a s historietas, d o n d e el l l a n t o por
e m o c i o n e s pasadas consiguiera nuevos t r i u n f o s .

La a g i t a c i ó n de las finas bestias c o b r ó f a m a de un des-

v e l o ; la seda de sus pieles a q u i e t ó pausadamente el
nervioso m o a r é y , ya de rodillas ante ellas —en el si-
lencio de la gran sala— sus ojos de v i d r i o t r a s l u c i e r o n
el paisaje de su i n q u i e t u d , bajo la t i e n d a de un jefe de
rebeldes: —los espejismos crepusculares danzaban en
el h o r i z o n t e e x t r a ñ a s g e o m e t r í a s . Y una luna e n o r m e
surgía, t a m b a l e á n d o s e . Y sobre el i n s o m n i o de las ne-
gras culebras que no s u p i e r o n conservar t u m a n t o , el
silencio p u d o ser l l e n a d o c o n el chocar de t u cadenilla,
Salambó, Salambó!

Comenzé a escribir.

C o m e n c é a escribir y a d i b u j a r : —fue un pasaje del

año a n t e r i o r , u n é x o d o de sueño-ensueño que vagó,
f l o t ó , t r e m u l ó , llevando así en una carne de n o v i a ,
hostil y e n f e r m a , t o d a la negligencia de m i i n v e r o s i m i -
litud.
Fue una i n t u i c i ó n de g l o r i a : ¡ a r r o d í l l a t e !
Fue una d e s v e n t u r a : ¡no me olvides!

6
 Este t r a b a j o es una e l a b o r a c i ó n t e ó r i c a acerca de la p r o d u c -

Roberto Ferro c i ó n p o é t i c a de N a h u e l Santana y R o b e r t o F e r r o . El metadis-

curso se genera a p a r t i r de u n d o b l e espacio q u e debe ser es-
c i n d i d o a p r i o r i para d e f i n i r c l a r a m e n t e el lugar desde el que se
lo e m i t e . H a y u n p r i m e r m o v i m i e n t o q u e a p o y a y p r o v o c a la
p r o d u c c i ó n p o é t i c a : el p r o y e c t o , la i n v e s t i g a c i ó n , la búsqueda
que deviene en una serie de pautas d i s t i n t a s del o t r o : el c o r p u s

UNA p o é t i c o p r o d u c i d o ; e n t o n c e s a m b o s d e b e n ser d i f e r e n c i a d o s
c o m o procesos de o r d e n d i s t i n t o .

POETICA
C u a l q u i e r e s p e c u l a c i ó n acerca del discurso l i t e r a r i o debe
c o n s i d e r a r j u n t o a su o b j e t o la m e t o d o l o g í a a seguir para su
c o n o c i m i e n t o . Se t r a b a j a a p a r t i r de p r o d u c t o s d e f i n i t i v o s en

POSIBLE
t a n t o q u e o b j e t o s t e r m i n a d o s y en ellos se indagan los s í n t o -
mas q u e p e r m i t e n develar el sistema de p r o d u c c i ó n de s i g n i f i -
caciones, la m a t r i z desde la cual se p o n e en m o v i m i e n t o y f u n -
c i o n a la e s c r i t u r a . E n t o n c e s la m e t o d o l o g í a s u p o n e la c o n v e r -
gencia de ese d o b l e e s p a c i o : en d e f i n i t i v a desde el p r o y e c t o
p o é t i c o , desde esta p o é t i c a p o s i b l e q u e se irá m o s t r a n d o en el
d e s a r r o l l o del t r a b a j o se i n t e r r o g a n los t e x t o s .

El o b j e t o p r o p u e s t o son t e x t o s l i t e r a r i o s —caracterizados
c o m o poesía de a c u e r d o a la t i p o l o g í a t r a d i c i o n a l — y se los
c o n s i d e r a una p r o d u c c i ó n q u e surge de a c u e r d o a una r e a l i d a d
h i s t ó r i c a y bajo c o n s i d e r a c i o n e s q u e i m p o n e el n i v e l i d e o l ó g i c o
d o m i n a n t e de la f o r m a c i ó n social en q u e se genera. Esta d e f i -
n i c i ó n c o n t e m p l a a s i m i s m o el h e c h o de q u e estos t e x t o s están
i n t e g r a d o s en una t r a d i c i ó n l i t e r a r i a q u e c o d i f i c a una serie de
n o r m a s específicas y q u e además se i n s c r i b e n en u n c a m p o i n -
t e l e c t u a l q u e les sirve d e m a r c o c o n t e x t u a l i n m e d i a t o .

Las f o r m a s y p r o c e d i m i e n t o s q u e son p r o p i o s de la escritura

analizada s o n en m u c h o s casos similares a los m a n e j a d o s p o r
otras e x p r e s i o n e s poéticas actuales a u n q u e d e n t r o de líneas
c o n c e p t u a l e s d i s í m i l e s . La d i f e r e n c i a se da en q u e esas f o r m a s
y p r o c e d i m i e n t o s se a r t i c u l a n en o r d e n a una m a t r i z i d e o l ó g i c a
t o t a l m e n t e d i s t i n t a q u e a p u n t a a llevar a l í m i t e s de c o n t r a d i c -
c i ó n el sistema del q u e surgen c o m o p r o d u c t o s , hasta u n p u n t o
de f l e x i ó n t a l q u e p e r m i t a m a r c a r y a f l o j a r los esquemas q u e
han s e r v i d o de p a t r ó n a gran p a r t e de la p r o d u c c i ó n p o é t i c a
contemporánea.

El espacio p r o d u c i d o p o r esta escritura t i e n d e a m o s t r a r u n

d e s p l a z a m i e n t o q u e t i e n e c o m o v e c t o r i n i c i a l una c o n c e p c i ó n
m a t e r i a l i n c l u s o artesanal de la e s c r i t u r a , q u e se a p o y a en la
idea de posesión social del l e n g u a j e , c o n s i d e r a n d o el t r a b a j o
p o é t i c o c o m o una p r á c t i c a s o c i a l , e s p e c í f i c a m e n t e c o m o una
p r o d u c c i ó n de s i g n i f i c a c i o n e s .

T o d o e l l o se revela en el t r a t a m i e n t o de las palabras c o m o

o b j e t o s y en la especial t o p o g r a f í a q u e se c o m p o n e sobre la
hoja q u e se f u n d a en la r u p t u r a de la r e l a c i ó n s i g n i f i c a n t e -
s i g n i f i c a d o c o m o si el p r i m e r o fuese una t r a d u c c i ó n del segun-
d o , l l e v a n d o la p o l i s e m i a del d i s c u r s o p o é t i c o fuera de la red
de s i g n i f i c a c i o n e s q u e la i d e o l o g í a d o m i n a n t e organiza en la
lengua.

La t i p o g r a f í a del p o e m a se da a n t e los ojos c o m o u n a c o n -

t e c i m i e n t o a ver antes que a leer. L o d a d o en p r i m e r a i n s t a n -
cia n o es u n t e x t o pues hay una d i f e r e n c i a c o n s t i t u t i v a q u e n o
se lee sino q u e se ve, esta d i f e r e n c i a p r o v o c a s i g n i f i c a c i o n e s
7
antes de que las diversas partes del discurso f o r m e n frases legi-
bles, c o m o si u n espesor de o t r o o r d e n clausurase y abriera u n
espacio de s e n t i d o q u e no es del d i s c u r s o . El b l a n c o de la hoja
y las marcas de la t i p o g r a f í a c o n f o r m a n una f i g u r a visual cuan-
d o el discurso a ú n n o es t e x t o .

A pesar de que cada p o e m a es u n h e c h o ú n i c o en el q u e las

f o r m a c i o n e s visuales en la hoja d e p e n d e n de necesidades d i f í -
c i l m e n t e r e p e t i b l e s se p u e d e n d i s t i n g u i r algunas c o n s t a n t e s :
a) el c u e r p o del p o e m a o c u p a una d e t e r m i n a d a p o s i c i ó n en la
hoja que n o d e p e n d e de u n e n c u a d r e u n i f o r m e sino q u e básica-
m e n t e es una a c o n t e c i m i e n t o d i s t i n t o cada vez q u e se da a la
vista c o m o o b j e t o v i s u a l ;
b) las líneas se e x t i e n d e n o q u i e b r a n d a n d o paso a figuras f r a g -
m e n t a r i a s q u e c o n f o r m a n en su c o n j u n t o una e s t r u c t u r a d e f i n i -
da q u e surge del c o n t r a s t e e n t r e blancos y n e g r o s ;
c) las palabras d e s t r u y e n a m e n u d o los espacios c o n v e n c i o n a -
les alargándose o q u e d a n d o verticales o c r u z a d a s .

El p o e m a se o f r e c e a la m i r a d a c o m o u n o b j e t o visual antes
que u n t e x t o para la l e c t u r a , p r o v o c a n d o al o j o para q u e or-
ganice u n p u n t o de vista f r e n t e a una f i g u r a que n o es a ú n dis-
curso sino una c o m p o s i c i ó n que se c o n s t i t u y e en el espacio de
la h o j a .

C u a n d o el o j o r e c o n o c e las u n i d a d e s l i n g ü í s t i c a s , c u a n d o lee,
e x i s t e ya una carga de s i g n i f i c a c i ó n p r o d u c i d a . La m i r a d a inda-
ga el t e x t o , la p a l a b r a , el lenguaje a r t i c u l a d o en d i s c u r s o , y el
o b j e t o de esa i n d a g a c i ó n es una e x t e r i o r i z a c i ó n visible que se
m u e v e e n t r e dos f u n c i o n e s : significa c o m o o b j e t o c o n c r e t o en
t a n t o q u e f i g u r a y s i g n i f i c a c o m o e l e m e n t o d e n t r o del d i s c u r s o .
Esta escisión hecha e x p l í c i t a de manera t a n t a j a n t e lo es sólo a
los e f e c t o s del análisis pues la p r o d u c c i ó n de s i g n i f i c a c i o n e s se
da c o m o f u s i ó n de a m b o s aspectos.

La m a r c a , lo visible n o es sólo una r e p r e s e n t a c i ó n de apa-

riencias q u e t r a s l a d e n la l o c u c i ó n de o t r o sino algo más denso
que p r o v o c a s i g n i f i c a c i o n e s no sólo p o r t r á n s i t o a través de u n
código.

El b l a n c o a c o m p a ñ a los t i p o s , las palabras, los signos, las

figuras. El b l a n c o es o b j e t o en c u a n t o que f o r m a parte de una
c o m p o s i c i ó n v i s u a l . Y el b l a n c o es el s i l e n c i o en el t e x t o . El si-
l e n c i o c o m o c o n t r a r i o del d i s c u r s o . El b l a n c o o c u p a los espa-
cios e n t r e las palabras s i t u á n d o l a s c o m o e n t i d a d e s separadas o
i n t e g r á n d o s e a ellas c u a n d o la l e c t u r a p r o d u c e sus s i g n i f i c a c i o -
nes. El b l a n c o , el s i l e n c i o , ese v a c í o , c o n s t i t u y e el p u n t o inicial
de la lengua, nos expresamos a p a r t i r de la separación que p r o -
v o c a m o s al d i s t i n g u i r u n o b j e t o de t o d o lo demás, sólo e n t o n -
ces s i g n i f i c a en t a n t o que e n t e a u t ó n o m o y es e n t o n c e s c u a n d o
se p o n e en m o v i m i e n t o el p r o b l e m a del c o n o c i m i e n t o a través
del lenguaje.

E n los t e x t o s p o é t i c o s analizados n o se a p u n t a a descubrir

la o p a c i d a d de la r e f e r e n c i a , del c o n t e n i d o d a d o p o r o t r o a
través del s i g n o , lo q u e i m p o r t a es que el s i g n o , la m a r c a es el
o b j e t o desde el q u e se p r o d u c i r á el c o n o c i m i e n t o , el saber p o r
el t r a b a j o de l e c t u r a .

E l l o n o i m p o r t a deslindar realidad y lengua, t o d o lo c o n t r a -

r i o , ya q u e la lengua se p r o d u c e en el seno de una f o r m a c i ó n

8
social y t o d o s sus s i g n i f i c a d o s d e p e n d e n de e l l a ; lo q u e busca
esta e s c r i t u r a es d e c o n s t r u i r el c i r c u i t o q u e i m p o n e significa-
ciones preestablecidas.
E n d e f i n i t i v a la p r o d u c c i ó n p o é t i c a q u e estamos a n a l i z a n d o
a p u n t a a q u e las s i g n i f i c a c i o n e s se d e n p o r c o n o c i m i e n t o y n o
c o m o r e c o n o c i m i e n t o de c o n t e n i d o s d e f i n i d o s a p r i o r i .
E n este t r a t a m i e n t o de las palabras p r i v i l e g i a n d o el s i g n i f i -
c a n t e c o m o tal y c o m o o b j e t o visual a la vez n o h a y descono-
c i m i e n t o de la carga semántica que arrastra cada una i n d i v i -
d u a l m e n t e ; sino que t e n i e n d o en c u e n t a q u e el p r o c e s o de p r o -
d u c c i ó n de s i g n i f i c a c i o n e s se o r g a n i z a de a c u e r d o a las direc-
ciones de las ideologías d o m i n a n t e s , q u e c r i s t a l i z a n o des-
plazan la red de sentidos a d e c u á n d o l o s a sus p r i o r i d a d e s , se
busca que la e s c r i t u r a p r o d u z c a una t r a n s f o r m a c i ó n q u e devele
ese proceso.
N i n g ú n s i g n i f i c a n t e solo p r o d u c e s i g n i f i c a c i ó n , su a r t i c u l a -
c i ó n es lo q u e p o n e en m o v i m i e n t o el s e n t i d o . N i n g u n a palabra
refiere u n d a t o o f e n ó m e n o s i n o una perspectiva acerca de
ellos. E n t o n c e s la r e l a c i ó n e n t r e el sistema s i g n i f i c a n t e y el
a r m a z ó n de s i g n i f i c a c i ó n aparece c o m o a r b i t r a r i o sólo en su
génesis, ya q u e de a c u e r d o a las d i r e c c i o n e s d o m i n a n t e s de la
f o r m a c i ó n social se establece la perspectiva del uso c o m ú n del
significado.
T o d o lo r e f e r i d o se a p o y a en la c o n c e p c i ó n de q u e una so-
c i e d a d u t i l i z a la lengua para c o m u n i c a r u n i f i c a n d o la expe-
riencia c o m ú n de los s u j e t o s ; p e r o la u n i f i c a e s t r a t i f i c á n d o l a
en o r d e n a una i d e o l o g í a . Por lo t a n t o , c o n la lengua n o se p r o -
d u c e s i g n i f i c a c i ó n más q u e r e m i t i e n d o de u n s i g n i f i c a d o a o t r o ,
t e j i e n d o una r e d s i g n i f i c a b l e q u e d e t e r m i n a los l í m i t e s de lo
que los i n v i d i d u o s q u e f o r m a n una sociedad p u e d e n s i g n i f i c a r
c o n esa lengua.
Es en este p u n t o de f l e x i ó n d o n d e la p r o d u c c i ó n p o é t i c a
analizada i n s c r i b e la necesidad de p r i v i l e g i a r las palabras c o m o
o b j e t o s , para m o v e r l o s en u n espacio d i s t i n t o y r o m p e r la es-
t r a t i f i c a c i ó n previa d e s p l a z a n d o esas remisiones hacia relacio-
nes q u e p r o v o q u e n la m u l t i p l i c a c i ó n de s e n t i d o s .
El d e s p l a z a m i e n t o se genera e n t o n c e s a p a r t i r de la t r a n s -
f o r m a c i ó n del discurso en o b j e t o , b u s c a n d o una c o n f i g u r a c i ó n
plástica sobre el b l a n c o de la hoja q u e p r o v o c a s i g n i f i c a c i o n e s
en t a n t o q u e o b j e t o c o n c r e t o m a n e j a d o c o m o un m a t e r i a l en
sí m i s m o y n o sólo c o m o e l e m e n t o de un discurso q u e es signo
de la l o c u c i ó n de o t r o . Este d e s c o n c e n t r a m i e n t o a p u n t a a la
r u p t u r a del c i r c u i t o p o é t i c o t r a d i c i o n a l . El t e x t o , las s i g n i f i -
caciones q u e se t e j e n a p a r t i r del discurso se d a r á n n o c o m o la
b ú s q u e d a de una s i g n i f i c a c i ó n d e f i n i d a o d e f i n i t i v a sino c o m o
algo i n q u i e t o y en c o n s t a n t e r e l a c i ó n c o n el c o n t e x t o social e
histórico.
De lo e x p u e s t o se d e d u c e u n rechazo al c o n c e p t o de la ex-
presión de s e n t i m i e n t o s a través de la e s c r i t u r a , y a la reduc-
c i ó n del d i s c u r s o p o é t i c o al n i v e l de la i n t e r c o m u n i c a c i ó n per-
sonal y s i g n i f i c a e s e n c i a l m e n t e f o r m a r c o n c i e n c i a de q u e la
idea del a u t o r c o m o d i o s o de la i n s p i r a c i ó n c o m o o r i g i n a r i a
en el e s p í r i t u , n o son más q u e d e t e r m i n a c i o n e s de una i d e o l o -
gía q u e p r i v i l e g i a el d i s c u r s o p o é t i c o a p a r t i r de q u e es " e l
discurso de u n a u t o r " , es decir u n o b j e t o q u e ha sido c r e a d o
p o r u n i n d i v i d u o ; y le o t o r g a la e s p e c i f i c a c i ó n p r i n c i p a l de que
es a l l í d o n d e se expresa m e j o r que en n i n g u n a p a r t e " l a p u r a
verdad i n t e r i o r " .
V e r d a d i n t e r i o r que aparece c o m o u n e n t e d i s t i n t o de la
lengua q u e lo t r a n s p o r t a y que además se desmerece c o n ese
c o m e r c i o , q u e t i e n e t í t u l o de p r o p i e d a d en t a n t o esos s e n t i -
m i e n t o s s o n del a u t o r que los hace residir en lo p r o f u n d o de
su ser o los recibe p o r algún d o n i n e f a b l e . S e n t i d o s q u e el lec-
t o r debe i n t e n t a r alcanzar, a u n q u e su búsqueda aparece siem-
pre c o m o i n c o n c l u s a .
P o s t u l a r q u e la p r o d u c c i ó n p o é t i c a es u n proceso q u e está
i n t e g r a d o d e n t r o del m a r c o de t o d a la p r o d u c c i ó n g l o b a l de
la sociedad q u e la g e n e r a ; p o s t u l a r además la p r o p i e d a d social
del lenguaje, negando a s i m i s m o al a u t o r c o m o s u j e t o p r o p i e -
t a r i o de los sentidos del discurso establece q u e las significa-
ciones de la escritura son p r o d u c i d a s p o r el l e c t o r en una a c t i -
v i d a d q u e p o d e m o s d e f i n i r c o m o t r a b a j o de l e c t u r a .
El t r a b a j o de lectura de u n t e x t o es la p r o d u c c i ó n de signi-
f i c a d o s q u e elabora u n l e c t o r p o r e l e c c i ó n de s e n t i d o s . Este
proceso es c o m p l e j o y para d e s c u b r i r l o es preciso a n a l i z a r l o en
dos a s p e c t o s :
I) El a s p e c t o q u e c o n s t i t u y e la r e l a c i ó n q u e se establece e n t r e
el l e c t o r y el t e x t o desde la p e r s p e c t i v a i n t e r n a del l e c t o r , dis-
t i n g u i é n d o s e tres niveles d i s t i n t o s :
a) i d e o l ó g i c o : c o n s i d e r a n d o la i d e o l o g í a c o m o la representa-
c i ó n de la r e l a c i ó n i m a g i n a r i a de los i n d i v i d u o s c o n sus c o n d i -
ciones de e x i s t e n c i a , su f u n c i ó n es la de e s t r u c t u r a r en el p l a n o
i m a g i n a r i o u n discurso r e l a t i v a m e n t e c o h e r e n t e q u e sirva de
soporte a lo vivido;
b) s i m b ó l i c o : es decir la r e l a c i ó n c o n o t r o s sistemas de repre-
s e n t a c i ó n , c o n s i d e r a n d o s i m b ó l i c a s a las f o r m a s expresivas y
c o m u n i c a t i v a s q u e son u t i l i z a d a s p o r el h o m b r e desde u n pasa-
do r e m o t o y presentes a ú n en m u c h o s aspectos de la vida c o t i -
diana. Se o r i g i n a n en s i t u a c i o n e s analógicas y p o r t r a n s f e r e n c i a
de hechos, de imágenes, de relaciones de los q u e son casi siem-
pre t r a n s c r i p c i ó n m e t a f ó r i c a y que se i n s c r i b e n en el i n c o n s -
c i e n t e m o v i é n d o s e en u n á m b i t o i r r a c i o n a l , h e c h o q u e nos
lleva a d i f e r e n c i a r l o de las f o r m u l a c i o n e s racionales c o m o las
que se t r a n s m i t e n en el lenguaje c o m ú n ; se los p u e d e t i p i f i c a r
c o m o representaciones a r q u e t í p i c a s ;
c) p s i c o l ó g i c o : nivel en el que se c o n s i d e r a la a c t i v i d a d cons-
c i e n t e y las m a n i f e s t a c i o n e s de o r d e n i n c o n s c i e n t e q u e se ge-
neran en la vida de r e l a c i ó n . Pasado i n d i v i d u a l , p e r s o n a l i d a d ,
e l e m e n t o s q u e s i g n i f i c a n el registro i n d i v i d u a l e i r r e p e t i b l e del
lector . 1
I I ) E l a s p e c t o c o n t e x t u a l q u e analiza la c i r c u n s t a n c i a en la
que el l e c t o r realiza el t r a b a j o de l e c t u r a , d i s t i n g u i é n d o s e dos
niveles d i f e r e n t e s :
a) r e l a c i o n a d o c o n la lengua;
a1) r e f e r i d o a la e x p e r i e n c i a del l e c t o r c o m o usuario del len-
guaje c o m ú n al t e x t o ;
a2) el q u e t i e n e q u e ver c o n su e x p e r i e n c i a c o n t e x t o s s i m i l a r e s ;
b) r e l a c i o n a d o c o n el á m b i t o social e h i s t ó r i c o ;
b1) q u e considera el c o n t e x t o h i s t ó r i c o del l e c t o r y su s i t u a -
c i ó n en é l ;
b ) q u e c o n s i d e r a la c i r c u n s t a n c i a h i s t ó r i c a de la s o c i e d a d en
2
la q u e está i n s c r i p t o el l e c t o r ;
9
 Las e l e c c i o n e s q u e g e n e r a el l e c t o r n o s o n e s t á t i c a s , p o r l o
t a n t o n o s o n d e t e r m i n a b l e s c a u s a l m e n t e , n i n g u n o d e l o s ele-
m e n t o s d e s c r i p t o s está a i s l a d o t o d o s e s t a b l e c e n e n t r e s í u n a
c o m p l e j a r e d d e r e l a c i o n e s . E l s e n t i d o es p r o d u c i d o p o r i n t e -
r a c c i ó n d i a l é c t i c a e n t r e l e c t o r y t e x t o p o r la s i t u a c i ó n h i s t ó r i -
ca y s o c i a l e n la q u e se d a la l e c t u r a . L o s n i v e l e s d e s c r i p t o s s o n
a b s t r a c c i o n e s a los f i n e s d e l a n á l i s i s p e r o n o se d a n s o l o s n i se
los p u e d e p e n s a r el u n o s i n el o t r o .

otro.

D e t e n e r s e e n la d e s c r i p c i ó n d e l p r o c e s o d e l e c t u r a t i e n e c o -
m o o b j e t i v o p l a n t e a r q u e la e s c r i t u r a a n a l i z a d a se p r o d u c e
a p u n t a n d o a ese p r o c e s o , d e s e c h a n d o d e p l a n o la p o s i b i l i d a d d e
c o n v e r t i r s e e n s i m p l e c o n d u c t o r de e m o c i o n e s o e x p r e s i ó n d e
c o n t e n i d o s separados del o b j e t i v o p r o d u c i d o .

P u e s t o s e n r e l a c i ó n estos e l e m e n t o s : la e s c r i t u r a c o m o o b j e -
t o p r o d u c i d o p o r u n s u j e t o q u e t r a b a j a c o n la l e n g u a q u e es
u n a p r o p i e d a d s o c i a l , s i n e s c a p a r a las d e t e r m i n a c i o n e s d e las
d e m á s p r o d u c c i o n e s d e la s o c i e d a d e n la q u e está i n s c r i p t o ; y
al l e c t o r c o m o s u j e t o q u e r e a l i z a e n la l e c t u r a la p r o d u c c i ó n d e
s i g n i f i c a c i o n e s —el c i r c u i t o h a b i t u a l es l l e v a d o a l í m i t e s d e c o n -
t r a d i c c i ó n q u e p e r m i t e n d e s e s t a b i l i z a r la m a t r i z i d e o l ó g i c a q u e
o c u l t a e n su f u n c i o n a m i e n t o u n a l ó g i c a d e base q u e se e n m a s -
cara a c e p t a n d o c a m b i o s y r u p t u r a s e n t a n t o y e n c u a n t o se
respete su u n i d a d e s e n c i a l q u e es la q u e se i n t e n t a d e s a r t i c u l a r .

Q u e d a p o r t r a t a r el r é g i m e n d e r e l a c i ó n q u e este c o r p u s p o é -
t i c o m a n t i e n e c o n su s i t u a c i ó n h i s t ó r i c a . E s t o s t e x t o s p o é t i c o s
se p r o p o n e n c o m o u n a t r a n s f o r m a c i ó n , c o m o u n d e s p l a z a -
m i e n t o d e las f u n c i o n e s q u e i n t e g r a el d i s c u r s o p o é t i c o t r a d i -
c i o n a l ; m á s allá d e las p o s i b l e s r e l a c i o n e s i n m e d i a t a s e n t r e he-
c h o s y t e x t o s está la idea d e r o m p e r c o n el c i r c u i t o d e i n t e g r a -
c i ó n i d e o l ó g i c a e n el q u e se m u e v e g r a n p a r t e d e la p r o d u c c i ó n
poética actual.

E n g e n e r a l , la p r o d u c c i ó n p o é t i c a d e N a h u e l S a n t a n a y R o -
b e r t o F e r r o sigue l í n e a s d e d e s a r r o l l o q u e c o n v e r g e n s o b r e l o
e x p u e s t o , p e r o m á s allá d e las f o r m a s y p r o c e d i m i e n t o s c o m u -
nes e x i s t e n a l g u n a s p a r t i c u l a r i d a d e s e x p r e s i v a s q u e d e f i n e n
gestos d i f e r e n t e s .

L o s t e x t o s a n a l i z a d o s e s t á n e n los a n t í p o d a s d e c u a l q u i e r
n e o r r o m a n t i c i s m o , t a m b i é n se h a l l a n lejos del s u r r e a l i s m o q u e
p o n e el m u n d o c o m o si f u e r a u n c r i p t o g r a m a q u e d e b e ser i n -
t e r p r e t a d o d e a c u e r d o a u n c ó d i g o e s o t é r i c o . Para estos t e x t o s
n o e x i s t e u n c o n j u n t o d e c o n t e n i d o s e t e r n o s a c o m u n i c a r , se
t r a t a a la e s c r i t u r a c o m o u n a p r o d u c c i ó n s o c i a l q u e se genera
e n el m a r c o d e u n a f o r m a c i ó n g l o b a l e s t r u c t u r a d a e n o r d e n a
u n m o d o d e p r o d u c c i ó n d e t e r m i n a d o ; ése es el n ú c l e o d e su
a r t i c u l a c i ó n c o n la r e a l i d a d m a t e r i a l e h i s t ó r i c a .

1. V e r n o t a s b i b l i o g r á f i c a s e n " A p u n t e s p a r a u n t r a b a j o d e l e c t u r a " , en
R e v i s t a Problemática y Difusión de la Nueva Literatura Argentina,
N ° 1 , Bs. A s . , 1979.
2. L o s t e x t o s q u e a c o m p a ñ a n este t r a b a i o p e r t e n e c e n al c o r p u s poético
e l e g i d o c o m o o b j e t o d e análisis q u e c o m p r e n d e p o r N.S. l o s libros
i n é d i t o s Barra 79, Letra Sol (—) o Letra y Hombre A( )-penas Hom-
bre. P o r R . F . a Trazos ( B o t e l l a al M a r , Bs. A s . , 1 9 7 8 ) , y p r o d u c c i ó n
poética posterior (inédita).

10
E l queda enmarañado. . . o- E n la / 7 9 , trabajador sobreviviente recuerda:
-preso
de la urdimbre
no podrá zafarse Salió del trabajo
de la intriga sin saber
tejida con palabras por dónde
y sus rasgos habría de entrar
multiplicando a este "free s h o p " del miedo
el t e x t o que algunos ven llegar
la textura y aprietan dentro s u y o :
la propia d e n s i d a d , el puño el ojo el p e n s a m i e n t o , y las palabras. . .
de estar presente, hasta que y a no e x i s t e n .
no escapa
la derrota Pero los más
ni este c o n f u s o rito que le a b r a z a . c o m o él
- sin d u d a s -
Ella, crecieron
sabe dejarle con los ojos
(' ) solo tan abiertos
manipular que las balas pasaron sin golpear
las líneas sus retinas
tesar fueron un cuadernario
los terminales los recuerdos:
mas (' ) el s u e r o de la madre
mas (' ) una mirilla
hasta. . . a(h)-presarse él m i s m o . abierta
por las noches
su mujer aguardaba
Escritura II cada espera
los h i j o s , s o l a m e n t e ,
reposaban
por ella
N a h u e l Santana aún regresa
la memoria del h o m b r e ,
el polvo detenido sobre el t i e m p o ;
porfiadamente vuelve
se detiene nos mira se sonríe
nos pregunta
y avanza-
con nosotros
por nos-
(y)
-otros
acerca la m a ñ a n a .

0 7 / 1 2 / 7 9 - 1 6 , 1 0 Hs.
Buenos A i r e s
N a h u e l Santana
H I

Sentir( )-lo i d o Sentir

en lo p r e v i o lo q u e m i e n t o
y el presente —Pedregullo-
que( ) hundiéndome. . .
ha sido ( ? ) . el z a p a t o .

En la u n i d a d Derecho.
(l'-)interna Estado.
noche Y modo
adentro: de saber
o r i f i c i o grieta gruta q u e ( ' )-mar
que r e c o r r e m o s caído
sin e n c o n t r a r quemado
adentro
- el f i n — . de u n o
u otro
El f i n - mismo
-al pervive.
presente Presente
" G a l l i n a de los huevos de o r o q u e se a d h i e r e
que c o m o (y)
f e b o se a s o m a " . no se q u i t a
Candente del c u e r p o
realidad
de la que nadie arriesga ni los o j o s .
s a b i e n d o el r e s u l t a d o
a ú n seguimos e s t a n d o - : Sin q u e ( ' )-
" S u b a n las barreras -dar
para q u e pase más
la parca que la t e n s i ó n
vibrante
y nadie v e a " . cuerda
que corona
U n o vuelve ( y abdica)
a sentirse o calla.
a sentarse
a saltarse
a soltarse
y no puede N a h u e l Santana
ni añorar
ni o l v i d a r
la r e a l i d a d
de lo que puede ser
vivido
desde a d e n t r o ,
decía NOMENCLADOR
- sin o l v i d a r los restos
que son s u m o s . H: Sentido
Nahuel Santana I: Sentimiento

12
 un
fragmento
el idilio entre
la mirada y la llanura

sombras que desnudan iluminaciones

repentinas apariciones simultáneas
bamboleantes enloquecidas volando
hacia
artesanos nuevos
distintos profundos

por el encuentro
repetido
cada
vez
en la piel del sentido
y el eco voluntario
de los ojos.

Roberto Ferro

L a sola permanencia ciega

apenas
repetiría
el disfraz ilusorio
canjearía la e f í m e r a parábola
del sonido
por una quieta representación
de maquillaje
sobre el plano
si
volviera la mirada
el juego perfecto
de la multiplicación
establecería
al fin la derrota
del t i e m p o
el estallido en mil pedazos
de la verdad establecida

fundar la poesía en la mirada

es
multiplicar el eco repetible
siempre distinto
cada vez.

Roberto Ferro

13
una grieta
ha cribillado
el desierto blanco
desafiando
su poder
que eslabona
los silencios
desde todos los confines
amenazando
estrangular
cada trazo
hasta ocultarlo

una tenaz p o r f í a
en la llanura

sólo la luz
acompaña
tamaño

atrevimiento

una delgada c o l u m n a de h o l l í n
batiéndose
a muerte
con un ejército bruñido de silencio
sólo la luz
detendrá
su aniquilación
su muerte por aplastamiento
en la b r u m a poderosa

sólo la luz
que en tus ojos
repite
el desafío.
Roberto Ferro

Pienso
en un pino
en la sombra de un pino erguido
en la mirada hacia la sombra de un pino erguido
y
escribo
una sombra de un pino
veo
que es una sombra de un pino
instalada en la hoja por los signos
pienso
que una sombra es lo inverso de la luz a través de
leo
una sombra de un pino
pienso
es la multiplicación iluminada
de todos los pinos
en todas las miradas
que se detienen en su s o m b r a .
Roberto Ferro

14
Roland Barthes La factura del sentido

El h a i k u t i e n e la p r o p i e d a d u n t a n t o q u i m é r i c a de p e r m i t i r

E L HAIKU que c u a l q u i e r a i m a g i n e p o d e r p r o d u c i r u n o f á c i l m e n t e . Se d i c e :
qué más accesible a la escritura espontánea q u e esto (de B u -
son):

Anochece, es otoño,
pienso solamente
en mis padres.

El h a i k u es e n v i d i a b l e : c u á n t o s lectores o c c i d e n t a l e s n o han
s o ñ a d o pasearse-por la v i d a , l i b r e t a en m a n o , a n o t a n d o a q u í y
allá " i m p r e s i o n e s " c u y a brevedad g a r a n t i z a r í a la p e r f e c c i ó n y
c u y a s i m p l i c i d a d a t e s t i g u a r í a p o r la p r o f u n d i d a d (en v i r t u d de
u n d o b l e m i t o , clásico en t a n t o hace de la c o n c i s i ó n una prue-
ba de a r t e , r o m á n t i c o en t a n t o a t r i b u y e u n p r e r r o g a t i v a de
v e r d a d a la i m p r o v i s a c i ó n ) . E n t e r a m e n t e i n t e l i g i b l e , el h a i k u
n o q u i e r e d e c i r nada, y es d e b i d o a esta d o b l e c o n d i c i ó n que
parece estar o f r e c i d o al s e n t i d o de una manera p a r t i c u l a r m e n t e
d i s p o n i b l e , servicial, al m o d o de u n g e n t i l a n f i t r i ó n q u e p e r m i -
t i e r a a a l g u n o instalarse l i b r e m e n t e en su casa, c o n sus h á b i t o s ,
sus valores, sus s í m b o l o s ; la " a u s e n c i a " del h a i k u ( c o m o se
dice t a m b i é n de u n e s p í r i t u irreal o de u n a n f i t r i ó n q u e se ha
i d o de viaje) llama a la c o d i c i a m a y o r , la del s e n t i d o . Este sen-
t i d o p r e c i o s o , v i t a l , deseable c o m o la f o r t u n a (azar y d i n e r o ) ,
parece sernos p r o v e í d o p r o f u s a m e n t e , a b u e n p r e c i o y sobre
p e d i d o , p o r el h a i k u , q u e se halla d e s e m b a r a z a d o de los cons-
t r e ñ i m i e n t o s m é t r i c o s (en las t r a d u c c i o n e s q u e t e n e m o s ) . En
el h a i k u , diríase, el s í m b o l o , la m e t á f o r a , la l e c c i ó n , n o cuestan
casi n a d a : apenas algunas palabras, una i m a g e n , u n s e n t i m i e n t o
- a h í d o n d e nuestra l i t e r a t u r a exige o r d i n a r i a m e n t e u n p o e m a ,
u n d e s a r r o l l o o, en el g é n e r o breve, u n p e n s a m i e n t o c i n c e l a d o :
en s u m a , u n a m p l i o t r a b a j o r e t ó r i c o . El h a i k u t a m b i é n parece
dar a O c c i d e n t e derechos q u e su l i t e r a t u r a le rehusa y c o m o d i -
dades q u e le regatea. U s t e d t i e n e el d e r e c h o , dice el h a i k u , de
ser t r i v i a l , breve, o r d i n a r i o ; e n c i e r r e lo q u e ve, lo q u e siente en
u n f i n o h o r i z o n t e de palabras y a p a s i o n a r á ; t i e n e d e r e c h o a
f u n d a r p o r usted m i s m o ( y a p a r t i r de usted m i s m o ) su p r o p i o
p r e s t i g i o ; su frase, c u a l q u i e r a q u e sea, e n u n c i a r á u n a l e c c i ó n , l i -
berará u n s í m b o l o ; será usted p r o f u n d o ; al m e n o r c o s t o , su
escritura será plena.

O c c i d e n t e h u m e d e c e c u a l q u i e r cosa de s e n t i d o , a la manera
de una r e l i g i ó n a u t o r i t a r i a q u e i m p o n e el b a u t i s m o a p o b l a c i o -
nes c o m p l e t a s . L o s o b j e t o s de lenguaje ( h e c h o s c o n el habla)
están e v i d e n t e m e n t e c o n v e r t i d o s p o r d e r e c h o : el s e n t i d o p r i -
m e r o de la lengua l l a m a , m e t o n í m i c a m e n t e , al segundo del
discurso, y este l l a m a d o t i e n e v a l o r de o b l i g a c i ó n u n i v e r s a l .
T e n e m o s dos m e d i o s para evitar la i n f a m i a del s i n - s e n t i d o en
el d i s c u r s o , y s o m e t e r n o s s i s t e m á t i c a m e n t e la e n u n c i a c i ó n
( c o n una s a t u r a c i ó n carente de c u a l q u i e r n u l i d a d que p u d i e r a
dejar ver el v a c í o del lenguaje) a una u o t r a de estas significa-
ciones ( o f a b r i c a c i o n e s activas de s i g n o s ) : el s í m b o l o y el ra-
z o n a m i e n t o , la m e t á f o r a y el s i l o g i s m o . El h a i k u , c u y a s p r o -
posiciones son s i e m p r e s i m p l e s , c o r r i e n t e s , en u n a palabra
aceptables ( c o m o se dice en l i n g ü í s t i c a ) , es a t r a í d o hacia u n o
u o t r o de estos dos i m p e r i o s del s e n t i d o . C o m o se t r a t a de u n

15
" p o e m a " , se le o r d e n a en esa sección del código general de
los s e n t i m i e n t o s q u e l l a m a m o s " l a e m o c i ó n p o é t i c a " (la Poesía
es para n o s o t r o s , c o m ú n m e n t e , el s i g n i f i c a n t e de lo " d i f u s o " ,
de lo " i n e f a b l e " , de lo " s e n s i b l e " , es la clase de i m p r e s i o n e s
i n c l a s i f i c a b l e s ) ; se h a b l a de u n instante p r i v i l e g i a d o " , y s o b r e
t o d o de " s i l e n c i o " (que es para n o s o t r o s signo de p l e n i t u d
del lenguaje). S i a l g u n o ( J o c o ) e s c r i b e :

¡Cuánta gente
ha pasado a través de la lluvia de otoño
sobre el puente de Seta!

se ve a h í la imagen del t i e m p o q u e h u y e . S i o t r o ( B a s h o )
escribe:

Llego por el sendero de la montaña

¡Ah, qué exquisito!
¡Una violeta!

significa que ha e n c o n t r a d o u n a e r m i t a b u d i s t a , " f l o r de

v i r t u d " ; y así s u b s e c u e n t e m e n t e . N o h a y u n s o l o t r a z o q u e
no sea i n v e s t i d o d e u n a carga simbólica por el c o m e n t a r i s t a
o c c i d e n t a l . O a ú n más, se quiere ver a c u a l q u i e r p r e c i o d e n -
tro del t e r c e r o del h a i k u (tres versos de c i n c o , siete y c i n c o
sílabas) u n diseño silogístico de tres t i e m p o s ( a s c e n s o , sus-
penso y conclusión):

La vieja charca:
una rana salta adentro,
¡oh!, el chasquido del agua.

(en este s i l o g i s m o singular se h a c e la inclusión por la f u e r z a :

es n e c e s a r i o , para c o n s i d e r a r l o c o m o tal, que la m e n o r salte
d e n t r o de la m a y o r ) . D e s d e luego, si se r e n u n c i a a la m e t á f o r a
o al s i l o g i s m o , el c o m e n t a r i o resultaría i m p o s i b l e : hablar del
h a i k u sería p u r a y s i m p l e m e n t e r e p e t i r l o . E s esto lo que h a c e
i n o c e n t e m e n t e un c o m e n t a r i s t a de B a s h o :

Son ya las cuatro. ..

Me he levantado nueve veces
para admirar la luna.

" L a luna está tan h e r m o s a , d i c e , q u e el poeta se levanta y

v u e l v e a levantarse sin cesar para c o n t e m p l a r l a desde su venta-
n a . " D e s c i f r a d o r a s , f o r m a l i z a n t e s o t a u t o l ó g i c a s , las vías de
i n t e r p r e t a c i ó n , destinadas entre n o s o t r o s a abrir paso al senti-
d o , es d e c i r a h a c e r l o entrar p o r u n a f r a c t u r a —y no a s a c u d i r -
lo, a h a c e r l o f r a c a s a r c o m o lo h a c e la m u e l a del r u m i a n t e de
a b s u r d o q u e d e b e ser el p r a c t i c a n t e Z e n c u a n d o se halla frente
a su koan no h a c e n e n t o n c e s más q u e perder el h a i k u , pues
el trabajo de l e c t u r a que éste c o n l l e v a c o n s i s t e en s u s p e n d e r el
lenguaje, no en p r o v o c a r l o , e m p r e s a de la q u e p r e c i s a m e n t e el
maestro del h a i k u , B a s h o , parece c o n o c e r bien la d i f i c u l t a d y
la n e c e s i d a d :

¡Qué admirable es
quien lo piensa: "La vida es efímera'
al ver un relámpago!
16
L a excención del sentido
El Z e n ejerce la guerra t o t a l c o n t r a la p r e v a r i c a c i ó n del sen-
t i d o . Se sabe q u e el b u d i s m o f r u s t r a la vía f a t a l de c u a l q u i e r
aseveración (o de c u a l q u i e r negación) al r e c o m e n d a r s e el n o
ser s o r p r e n d i d o jamás d e n t r o de las c u a t r o p r o p o s i c i o n e s si-
guientes: eso es A — eso no es A — eso es a la vez A y no A —
eso no es ni A ni no A. A h o r a b i e n , esta c u á d r u p l e p o s i b i l i d a d
c o r r e s p o n d e al p a r a d i g m a p e r f e c t o , t a l c o m o l o ha c o n s t r u í d o
la l i n g ü í s t i c a e s t r u c t u r a l : A - no A - ni A ni no A (grado ce-
ro) — A y no A (grado complejo). E n otras palabras, la vía
budista es p r e c i s a m e n t e aquélla del s e n t i d o o b s t r u í d o : el arca-
no m i s m o de la s i g n i f i c a c i ó n , a saber, el p a r a d i g m a , se vuelve
imposible, c u a n d o el S e x t o Patriarca 2
da sus i n s t r u c c i o n e s al
respecto del mondo, e j e r c i c i o de la p r e g u n t a - r e s p u e s t a , reco-
m i e n d a , para m e j o r desvanecer el f u n c i o n a m i e n t o p a r a d i g m á -
t i c o , q u e una vez q u e u n t é r m i n o se establezca, el i n t e r l o c u t o r
se desplace hacia el t é r m i n o adverso ("Si al interrogarte alguien
te pregunta por el ser, responde con el no ser. Si te pregunta
por el no ser, responde con el ser. Si te interroga por el hombre
común, responde hablándole del sabio, etc.") de m a n e r a q u e
se m u e s t r e lo i r r i s o r i o del d i s p o s i t i v o p a r a d i g m á t i c o y el carác-
ter m e c á n i c o del s e n t i d o . A q u e l l o q u e se busca ( c o n una t é c n i -
ca m e n t a l en la q u e la p r e c i s i ó n , la p a c i e n c i a , el r e f i n a m i e n t o
y el saber atestiguan hasta q u é p u n t o el p e n s a m i e n t o o r i e n t a l
t i e n e p o r d i f í c i l el a p r e m i o del s e n t i d o ) a q u e l l o que se busca
es el f u n d a m e n t o del s i g n o , a saber la c l a s i f i c a c i ó n (maya). Cons-
t r e ñ i d o al e n c l a s a m i e n t o p o r e x c e l e n c i a , el del lenguaje, el
h a i k u opera p o r lo m e n o s c o n el f i n de o b t e n e r u n lenguaje
p l a n o , q u e nada asiente ( c o m o sucede i r r e m i s i b l e m e n t e en
nuestra poesía) sobre los niveles s u p e r p u e s t o s del s e n t i d o , eso
que p o d r í ? llamarse el " h o j a l d r e " de los s í m b o l o s . C u a n d o se
nos dice q u e es el r u i d o de la rana lo q u e d e s p e r t ó a Basho a
la v e r d a d del Z e n , p u e d e e n t e n d e r s e ( a u n q u e se t r a t a t o d a v í a
de una m a n e r a d e m a s i a d o o c c i d e n t a l de h a b l a r ) que Basho
d e s c u b r i ó en ese s o n i d o n o c i e r t a m e n t e el m o t i v o de una " i l u -
m i n a c i ó n " , de una hiperestesis s i m b ó l i c a , sino más bien u n
a g o t a m i e n t o del l e n g u a j e : h a y u n m o m e n t o en el q u e el len-
guaje cesa ( m o m e n t o o b t e n i d o gracias a u n gran r e f u e r z o de
e j e r c i c i o s ) , y es este r e m a t e sin eco el q u e i n s t i t u y e a la vez la
v e r d a d del Z e n y la f o r m a , breve y v a c í a , del h a i k u . La nega-
c i ó n del " d e s a r r o l l o " es a q u í r a d i c a l , pues n o se t r a t a de dete-
ner el lenguaje s o b r e u n s i l e n c i o pesado, p l e n o , p r o f u n d o , ni
t a m p o c o s o b r e u n v a c í o del a l m a q u e se a b r i r í a a la c o m u n i c a -
c i ó n d i v i n a (el Z e n carece de D i o s ) ; lo q u e está e s t a b l e c i d o no
debe desarrollarse n i en el discurso ni al f i n a l del d i s c u r s o ; lo
que está e s t a b l e c i d o es mate, y lo ú n i c o que se p u e d e hacer es
r e p e t i r l o ; es esto lo q u e se le r e c o m i e n d a a u n p r a c t i c a n t e q u e
trabaja u n koan ( o a n é c d o t a q u e le es p r o p u e s t a p o r su maes-
t r o ) : no r e s o l v e r l o , c o m o si t u v i e r a u n s e n t i d o , t a m p o c o q u e
perciba su a b s u r d o ( q u e es t a m b i é n u n s e n t i d o ) sino r u m i a r l o
"hasta q u e la m u e l a c a i g a " . El Z e n , del q u e el h a i k u n o es más
que la rama l i t e r a r i a , aparece así c o m o una i n m e n s a p r á c t i c a
destinada a detener el lenguaje, a q u e b r a n t a r esa suerte de ra-
d i o f o n í a i n t e r i o r q u e e m i t e c o n t i n u a m e n t e d e n t r o de n o s o t r o s
hasta en n u e s t r o s u e ñ o (quizás p o r eso se i m p i d e a los p r a c t i -
cantes d o r m i r ) , a vaciar, a p a s m a r , a desecar la p a l a b r e r í a i n -
c o e r c i b l e del a l m a ; y t a l vez a q u e l l o que se l l a m a en el Z e n
s a t o r i y que los o c c i d e n t a l e s no p u e d e n t r a d u c i r más que c o n
palabras v a g a m e n t e cristianas (iluminación, revelación, intui-
ción) es sólo una suspensión pánica del lenguaje, del b l a n c o
q u e b o r r a en n o s o t r o s el r e i n o de los C ó d i g o s , el c o r t e de esa
r e c i t a c i ó n i n t e r n a que c o n s t i t u y e nuestra p e r s o n a ; y si este es-
t a d o de a-lenguaje es una l i b e r a c i ó n , es p o r q u e para la expe-
riencia b u d i s t a la p r o l i f e r a c i ó n de segundos p e n s a m i e n t o s (el
p e n s a m i e n t o del p e n s a m i e n t o ) , o si se p r e f i e r e el s u p l e m e n t o
i n f i n i t o de los s i g n i f i c a d o s s o b r e n u m e r a r i o s — c í r c u l o del cual
el lenguaje es el d e p o s i t a r i o m i s m o y el m o d e l o — aparece c o m o
u n b l o q u e o : es, p o r el c o n t r a r i o , la a b o l i c i ó n d e l segundo pen-
s a m i e n t o lo q u e r o m p e el i n f i n i t o v i c i o s o del lenguaje. E n t o -
das estas e x p e r i e n c i a s pareciera q u e n o se t r a t a de aplastar el
lenguaje b a j o el s i l e n c i o m í s t i c o de lo i n e f a b l e , sino de mesu-
rarlo, de d e t e n e r este t r o m p o verbal q u e arrastra en su g i r o el
j u e g o obsesivo de las s u s t i t u c i o n e s s i m b ó l i c a s . E n s u m a , es el
s í m b o l o c o m o o p e r a c i ó n semántica lo q u e se ataca.
E n el h a i k u , la l i m i t a c i ó n del lenguaje es el o b j e t o de u n
c u i d a d o q u e nos resulta i n c o n c e b i b l e p o r q u e n o se t r a t a de ser
c o n c i s o (es d e c i r , de abreviar el s i g n i f i c a n t e sin d i s m i n u i r la
d e n s i d a d del s i g n i f i c a d o ) s i n o , p o r el c o n t r a r i o , de a c t u a r sobre
la raíz m i s m a del s e n t i d o para lograr q u e ese s e n t i d o n o se d i -
f u n d a , no se i n t e r i o r i c e , n o se dé p o r i m p l í c i t o , n o se descuel-
gue, n o divague en el i n f i n i t o de las m e t á f o r a s , en las esferas
del s í m b o l o . La b r e v e d a d del h a i k u n o es f o r m a l ; el h a i k u no
es u n p e n s a m i e n t o r i c o r e d u c i d o a una f o r m a breve sino a u n
a c o n t e c i m i e n t o breve q u e e n c u e n t r a de g o l p e su f o r m a j u s t a .
La mesura del lenguaje es a q u e l l o para lo q u e el o c c i d e n t a l
está p o c o d i s p u e s t o ; n o es q u e lo haga d e m a s i a d o largo o d e m a -
siado c o r t o , sino q u e t o d a su r e t ó r i c a le exige d e s p r o p o r c i o n a r
el s i g n i f i c a n t e y el s i g n i f i c a d o , y a sea " d i s o l v i e n d o " el segundo
bajo la marea palabrera del p r i m e r o , y a sea " p r o f u n d i z a n d o " la
f o r m a hacia las regiones i m p l í c i t a s del c o n t e n i d o . La j u s t e z a
del h a i k u ( q u e en n i n g ú n m o m e n t o es p i n t u r a exacta de l o real
sino a d e c u a c i ó n del s i g n i f i c a n t e y el s i g n i f i c a d o , supresión de
los márgenes, rebabas o i n t e r s t i c i o s q u e c o m u n m e n t e e x c e d e n
u h o r a d a n la r e l a c i ó n s e m á n t i c a ) , esta justeza posee e v i d e n t e -
m e n t e algo de m u s i c a l ( m ú s i c a de los sentidos y n o f o r z o s a -
m e n t e de los s o n i d o s ) : el h a i k u t i e n e la p u r e z a , la e s f e r i c i d a d
y el v a c í o m i s m o de una n o t a m u s i c a l ; es q u i z á p o r eso q u e se
dice dos veces, en e c o . N o a r t i c u l a r más q u e una vez este habla
e x q u i s i t a , sería a d s c r i b i r u n s e n t i d o a la sopresa, a la agudeza,
a la i n s t a n t a n e i d a d de la p e r f e c c i ó n ; e n u n c i a r l a más veces sería
p o s t u l a r q u e el s e n t i d o está p o r d e s c u b r i r s e , s i m u l a r la p r o f u n -
d i d a d ; e n t r e los dos, n i singular n i p r o f u n d o , el e c o n o hace más
que t r a z a r u n rasgo sobre la n u l i d a d d e l s e n t i d o .
E l incidente
El arte o c c i d e n t a l t r a n s f o r m a la " i m p r e s i ó n en descripción".
El h a i k u n u n c a d e s c r i b e : su a r t e es c o n t r a d e s c r i p t i v o en la
m e d i d a en q u e t o d o estado de la cosa es i n m e d i a t a m e n t e , obs-
t i n a d a m e n t e , v i c t o r i o s a m e n t e c o n v e r t i d o en una esencial f r á g i l
de a p a r i c i ó n : m o m e n t o l i t e r a l m e n t e " i n s o s t e n i b l e " , e n el q u e
la cosa, q u e n o es ya sino lenguaje, va a d e v e n i r h a b l a , va a
pasar de u n lenguaje al o t r o y se c o n s t i t u y e c o m o r e c u e r d o de
ese f u t u r o q u e es, p o r lo m i s m o , a n t e r i o r . P o r q u e en el h a i k u
no es sólo el a c o n t e c i m i e n t o p r o p i a m e n t e d i c h o lo q u e p r e d o -
mina,
17

(Vi la primera nieve.
Esta mañana olvidé
lavarme la cara.)
sino t a m b i é n eso q u e nos parecería t e n e r v o c a c i ó n de p i n t u r a ,
de m i n a t u r a — c o m o h a y t a n t a s en el a r t e j a p o n é s — ; así este
h a i k u de S h i k i :
Llevando un toro abordo,
un barquito atraviesa el río
a través de la lluvia del atardecer.
llega a ser o n o es más q u e una especie de a c e n t o a b s o l u t o
( c o m o se acoge c u a l q u i e r cosa, f ú t i l o n o , en el Z e n ) , u n plie-
gue ligero en el q u e se a t r a p a , de u n g o l p e s ú b i t o , la página de
la v i d a , la seda del l e n g u a j e . La d e s c r i p c i ó n , g é n e r o o c c i d e n t a l ,
t i e n e su c o r r e s p o n d i e n t e e s p i r i t u a l en la c o n t e m p l a c i ó n , i n v e n -
t a r i o m e t ó d i c o de f o r m a s a t r i b u t i v a s de la d i v i n i d a d o de los
e p i s o d i o s del r e l a t o e v a n g é l i c o (en I g n a c i o de L o y o l a , el ejerci-
c i o de la c o n t e m p l a c i ó n es e s e n c i a l m e n t e d e s c r i p t i v o ) ; el h a i k u ,
p o r el c o n t r a r i o , a r t i c u l a d o sobre una m e t a f í s i c a sin s u j e t o y
3 dad exagerada, se v u e l v e n , e n t r e los japoneses, s i m p l e s maneras
sin D i o s , c o r r e s p o n d e al Mu b u d i s t a , al s a t o r i Z e n q u e n o es,
en n i n g ú n m o m e n t o , descenso i l u m i n a t i v o de D i o s , sino " d e s -
p e r t a r a n t e el h e c h o " , a p r e h e n s i ó n de la cosa c o m o a c o n t e c i -
m i e n t o y n o c o m o sustancia, alcance de la o r i l l a a n t e r i o r del
lenguaje, c o n t i g u a a la o p a c i d a d ( p o r o t r a p a r t e c o m p l e t a m e n -
t e r e t r o s p e c t i v a , r e c o n s t i t u i d a ) de la a v e n t u r a ( a q u e l l o que le
sucede al l e n g u a j e , a ú n más que al s u j e t o ) .
El n ú m e r o , la d i s p e r s i ó n de los h a i k u , p o r una p a r t e , y la bre-
v e d a d , la i n t e g r i d a d de cada u n o de e l l o s , p o r la o t r a , parecen
d i v i d i r , c l a s i f i c a r el m u n d o al i n f i n i t o , c o n s t i t u i r u n espacio de
p u r o s f r a g m e n t o s , u n p o l v o de a c o n t e c i m i e n t o s q u e , p o r una
suerte de desherencia de la s i g n i f i c a c i ó n , n o p u e d e n i debe
coagular, c o n s t r u i r , d i r i g i r , t e r m i n a r nada. Esto se debe a q u e
el t i e m p o del h a i k u carece de s u j e t o : la l e c t u r a n o t i e n e o t r o
yo q u e la t o t a l i d a d de los h a i k u , de los cuales este yo, p o r re-
f r a c c i ó n i n f i n i t a , n o es n u n c a más que el s i t i o de la l e c t u r a .
Según una imagen p r o p u e s t a p o r la d o c t r i n a H u a - Y e n , p o d r í a
decirse q u e el c u e r p o c o l e c t i v o de los h a i k u es una red de alha-
jas en la cual cada j o y a refleja a t o d a s las demás y así, sin i n -
t e r r u p c i ó n , al i n f i n i t o , sin q u e h a y a jamás u n c e n t r o del cual
asirse, u n n ú c l e o p r i m e r o de i r r a d i a c i ó n (para n o s o t r o s , la i m a -
gen más exacta de esta r e v e r b e r a c i ó n sin m o t o r n i l í m i t e , de
este j u e g o de f u l g o r e s sin o r i g e n , sería la del d i c c i o n a r i o , en el
cual la palabra no p u e d e d e f i n i r s e más q u e p o r o t r a s palabras).
En O c c i d e n t e , el espejo es un o b j e t o e s e n c i a l m e n t e narcisista:
el h o m b r e no piensa en el espejo más q u e para verse: p e r o en
O r i e n t e , según parece, el espejo está v a c í o ; es el s í m b o l o del
v a c í o m i s m o de los s í m b o l o s ("El espíritu del hombre perfec-
4
to, dice u n m a e s t r o del T a o , es como un espejo. No toma pero
tampoco repele nada. Recibe pero no conserva."-, el espejo no
capta más q u e o t r o s espejos, y esta r e f l e x i ó n i n f i n i t a es el va-
c í o — q u e , se sabe, es la f o r m a ) . A s í , el h a i k u nos hace recor-
dar a q u e l l o q u e j a m á s nos ha s u c e d i d o ; en él r e c o n o c e m o s una
r e p e t i c i ó n sin o r i g e n , u n a c o n t e c i m i e n t o sin causa, una m e m o -
ria sin persona, u n habla sin amarras.
L o que d i g o a q u í sobre el h a i k u , p o d r í a d e c i r l o t a m b i é n de
t o d o lo q u e acontece c u a n d o se viaja p o r ese país q u e se llama
18
a q u í el J a p ó n . Pues a l l í , en la calle, e n u n bar, en una t i e n d a ,
en u n t r e n , acontece s i e m p r e a l g o . Ese algo — q u e , e t i m o l ó g i c a -
m e n t e , es una a v e n t u r a — es de o r d e n i n f i n i t e s i m a l : es una i n -
c o n g r u e n c i a de r o p a j e , u n a n a c r o n i s m o de c u l t u r a , una l i b e r t a d
de c o m p o r t a m i e n t o , u n i l o g i s m o de i t i n e r a r i o , e t c . e n u m e r a r
estos a c o n t e c i m i e n t o s sería u n a empresa c o m o la de S í s i f o ; pues
sólo b r i l l a n en el m o m e n t o en q u e se los lee, en la escritura
viva de la calle, y el o c c i d e n t a l n o p o d r í a d e c i r l o s espontánea-
m e n t e más q u e a t r i b u y é n d o l e s el s e n t i d o m i s m o de su distan-
c i a : necesitaría hacer p r e c i s a m e n t e h a i k u s , u n lenguaje que
nos está v e d a d o . L o q u e p o d e m o s a ñ a d i r es q u e esas aventuras
í n f i m a s ( c u y a a c u m u l a c i ó n a l o largo de u n día p r o v o c a una
especie de e m b r i a g u e z e r ó t i c a ) n u n c a t i e n e n nada de p i n t o r e s -
co (el p i n t o r e s q u i s m o j a p o n é s nos es i n d i f e r e n t e , pues se halla
d e s v i n c u l a d o de l o q u e c o n s t i t u y e la e s p e c i a l i d a d m i s m a del
J a p ó n , su m o d e r n i d a d ) , ni de novelesco (sin prestarse para na-
da a la p a l a b r e r í a q u e h a r í a c o n ellas r e l a t o s o d e s c r i p c i o n e s ) .
L o q u e esas a v e n t u r a s dan a leer (allá soy l e c t o r , n o v i s i t a n t e ) ,
es la r e c t i t u d del t r a z o , sin estelas, sin m a r g e n , sin v i b r a c i ó n ;
t a n t o s c o m p o r t a m i e n t o s p e q u e ñ o s (de la v e s t i m e n t a a la son-
risa) q u e e n t r e n o s o t r o s , y a c o n s e c u e n c i a del n a r c i s i s m o inve-
t e r a d o del o c c i d e n t a l , n o s o n más q u e los signos de una seguri-
de pasar, de t r a z a r a l g ú n i m p r e v i s t o en la c a l l e : pues la seguri-
dad y la i n d e p e n d e n c i a del gesto n o r e m i t e n ya más a una afir-
m a c i ó n del y o (a una " s u f i c i e n c i a " ) s i n o s o l a m e n t e a u n m o d o
g r á f i c o de e x i s t i r ; de m a n e r a q u e el e s p e c t á c u l o de la calle j a p o -
nesa (más en general d e l l u g a r p ú b l i c o ) , e x c i t a n t e c o m o el p r o -
d u c t o de una estética secular de la cual t o d a v u l g a r i d a d se ha
d e c a n t a d o , n u n c a d e p e n d e de una t e a t r a l i d a d (de una histeria)
de los c u e r p o s , s i n o , una vez más, de esta e s c r i t u r a alla prima
en la que el e s b o z o y el a r r e p e n t i m i e n t o , la m a n i o b r a y la
c o r r e c c i ó n s o n i g u a l m e n t e i m p o s i b l e s , p o r q u e el t r a z o , libera-
d o de la i m a g e n ventajosa q u e el e s c r i b i e n t e q u e r r í a dar de sí
m i s m o , n o expresa s i n o hace e x i s t i r s i m p l e m e n t e . "Cuando ca-
mines, dice u n m a e s t r o Z e n , conténtate con caminar. Cuando
estés sentado, conténtate con estar sentado. Pero, sobre todo,
¡no vaciles!"-, esto es lo q u e parece d e c i r m e a su manera el
j o v e n ciclista q u e lleva en su b r a z o a l z a d o una c h a r o l a de arci-
l l a ; o la m u c h a c h a q u e se i n c l i n a c o n u n gesto t a n p r o f u n d o ,
t a n r i t u a l i z a d o que p i e r d e t o d o s e r v i l i s m o , f r e n t e a los clientes
de una e n o r m e t i e n d a q u e se han l a n z a d o al asalto de una
escalera e l é c t r i c a ; o el j u g a d o r de P a c h i n k o 5
introduciendo,
l a n z a n d o y r e c i b i e n d o sus bolas en tres gestos c u y a c o o r d i n a -
c i ó n m i s m a es u n d i b u j o ; o el d a n d y q u e , en el c a f é , hace saltar
c o n u n g o l p e r i t u a l (seco y v a r o n i l ) la e n v o l u t a de p l á s t i c o de
la t o a l l i t a c a l i e n t e c o n la q u e se l i m p i a r á las m a n o s antes de
beber su c o c a - c o l a : t o d o s estos i n c i d e n t e s son la m a t e r i a mis-
ma del h a i k u .
El q u e h a c e r del h a i k u es q u e la e x e n c i ó n del s e n t i d o se lleve
a c a b o a través de u n d i s c u r s o p e r f e c t a m e n t e legible ( c o n t r a -
d i c c i ó n denegada al a r t e o c c i d e n t a l , q u e n o sabe o p o n e r s e al
s e n t i d o más q u e v o l v i e n d o su d i s c u r s o i n c o m p r e n s i b l e ) , de
manera q u e el h a i k u n o es, a n u e s t r o s o j o s , n i e x c é n t r i c o ni
f a m i l i a r , se asemeja a nada y a t o d o : l e g i b l e , l o c o n s i d e r a m o s
s i m p l e , p r ó x i m o , c o n o c i d o , d e l i c i o s o , d e l i c a d o , " p o é t i c o " , en
una palabra o f r e c i d o a t o d o u n j u e g o de p r e d i c a d o s c o n f o r t a n -
tes; i n s i g n i f i c a n t e s , sin e m b a r g o , nos resiste, p i e r d e f i n a l m e n t e
los a d j e t i v o s q u e u n m o m e n t o antes se le c o n c e d í a n y e n t r a en
esa suspensión del s e n t i d o q u e nos resulta la cosa más e x t r a ñ a
p u e s t o que vuelve i m p o s i b l e el e j e r c i c i o más c o r r i e n t e de nues-
t r o h a b l a , q u e es el c o m e n t a r i o . Qué d e c i r de e s t o :

Brisa primaveral:
el barquero muerde su pipa.

o de e s t o :

Luna llena
y sobre las esteras
la sombra de un pino.

o de e s t o :

En la casa del pescador

el olor del pescado seco
y el calor.

o a ú n ( p e r o n o p o r ú l t i m o , pues los e j e m p l o s serían i n n u m e -

rables) de e s t o :

El viento de invierno sopla,

los ojos de los gatos
parpadean.

C o n tales trazos (esta palabra c o n v i e n e al h a i k u , especie de

navajazo ligero t r a z a d o en el t i e m p o ) instalan l o que se ha p o -
d i d o l l a m a r " l a v i s i ó n sin c o m e n t a r i o " . Esta v i s i ó n (la palabra
es a ú n d e m a s i a d o o c c i d e n t a l ) es en el f o n d o c o m p l e t a m e n t e
p r i v a t i v a ; lo q u e se ha a b o l i d o n o es el s e n t i d o , es c u a l q u i e r
idea de f i n a l i d a d : el h a i k u n o sirve a n i n g u n o de los usos (ellos
m i s m o s g r a t u i t o s , sin e m b a r g o ) c o n c e d i d o s a la l i t e r a r u r a : i n -
s i g n i f i c a n t e ( p o r una t é c n i c a de d e t e n c i ó n del s e n t i d o ) , ¿ c ó m o
p o d r í a i n s t r u i r , e x p r e s a r , distraer? De igual m a n e r a , m i e n t r a s
ciertas escuelas Z e n c o n c i b e n la m e d i t a c i ó n c o m o una p r á c t i c a
destinada a o b t e n e r el estado de b u d a , otras rehusan i n c l u s o
esa f i n a l i d a d (sin e m b a r g o a p a r e n t e m e n t e e s e n c i a l ) : h a y q u e
p e r m a n e c e r sentados " s ó l o para p e r m a n e c e r s e n t a d o s " . El hai-
k u ( c o m o los i n n u m e r a b l e s gestos g r á f i c o s q u e m a r c a n la más
m o d e r n a , la más social de las vidas japonesas) ¿no p e r t e n e c e a
esa especie escrita " s ó l o para e s c r i b i r " ?

L o q u e desaparece en el h a i k u son las d o s f u n c i o n e s f u n d a -

m e n t a l e s de nuestra e s c r i t u r a clásica ( m i l e n a r i a ) : p o r u n l a d o ,
la d e s c r i p c i ó n (la pipa del b a r q u e r o , la s o m b r a del p i n o , el o l o r
del pescado, el v i e n t o de i n v i e r n o , n o s o n d e s c r i t o s , es d e c i r or-
nados de s i g n i f i c a c i o n e s , de l e c c i o n e s , c o m p r o m e t i d o s a t í t u l o
de índices en la r e v e l a c i ó n de una v e r d a d o d e u n s e n t i m i e n t o :
se le rehusa el s e n t i d o a lo r e a l ; y a ú n m á s : lo real n o d i s p o n e
más del s e n t i d o m i s m o de l o r e a l ) , y del o t r o l a d o la d e f i n i c i ó n ;
la d e f i n i c i ó n n o es s o l a m e n t e t r a n s f e r i d a al gesto, a u n q u e sea
g r á f i c o , s i n o t a m b i é n es derivada hacia una suerte de f l o r e c i -
m i e n t o inesencial — e x c é n t r i c o — del o b j e t o , c o m o b i e n l o dice
una a n é c d o t a Z e n en la q u e se ve al m a e s t r o o t o r g a r la e x c l u s i -
v i d a d de la d e f i n i c i ó n (¿qué es un abanico?) s i n o a la i n v e n -
c i ó n de una cadena de acciones a b e r r a n t e s (cerrar el abanico,
rascar el cuello volver a abrirlo, poner encima un pastel y ofre-
cerlo al maestro). Sin d e s c r i b i r n i d e f i n i r , el h a i k u ( l l a m o así f i -

19
nalmente a cualquier trazo discontinuo, a cualquier aconteci-
m i e n t o de la v i d a j a p o n e s a , tal y c o m o se o f r e c e a m i l e c t u r a ) , se
adelgaza hasta la sola y p u r a d e s i g n a c i ó n . Es esto, es así, d i c e
el h a i k u , es tal. O m e j o r t o d a v í a : ¡Tal!, d i c e , d e u n a p i n c e l a d a
t a n i n s t a n t á n e a y b r e v e (sin v i b r a c i ó n n i r e a n u d a c i ó n ) q u e la
c ó p u l a v e r b a l a p a r e c e a u n c o m o u n e x c e s o , c o m o el r e m o r d i -
m i e n t o d e u n a d e f i n i c i ó n p r o h i b i d a , para s i e m p r e a l a r g a d a . El
s e n t i d o n o es a h í más q u e u n f u l g o r , u n r a s g u ñ o d e l u z : When
the light of sense goes out, but with a light that has revealed
6
the invisible world , e s c r i b í a S h a k e s p e a r e ; p e r o el f u l g o r
i n s t a n t á n e o d e l h a i k u n o a l u m b r a , n o revela n a d a , es el de u n a
f o t o g r a f í a q u e u n o t o m a r í a m u y c u i d a d o s a m e n t e (a la m a n e r a
j a p o n e s a ) , p e r o h a b i e n d o e v i t a d o c a r g a r la c á m a r a c o n u n a pe-
l í c u l a . O t a m b i é n : el h a i k u (el trazo) r e p r o d u c e el g e s t o desig-
n a d o r d e l n i ñ o q u e a p u n t a c o n el d e d o l o q u e sea (el h a i k u n o
h a c e a c e p c i ó n del s u j e t o ) d i c i e n d o s o l a m e n t e : ¡eso! c o n u n
m o v i m i e n t o t a n i n m e d i a t o ( t a n p r i v a d o de c u a l q u i e r m e d i t a -
c i ó n : la del saber, la d e l n o m b r e o i n c l u s o la d e la p o s e s i ó n )
q u e lo q u e se d e s i g n a es la i n a n i d a d m i s m a d e t o d a c l a s i f i c a -
c i ó n del o b j e t o : nada en especial, d i c e el h a i k u , e n c o n f o r -
m i d a d c o n el e s p í r i t u d e l Z e n : el a c o n t e c i m i e n t o n o es n o m -
b r a b l e d e a c u e r d o a n i n g u n a e s p e c i e , se c o r t a su e s p e c i f i c i d a d ;
c o m o u n r i z o g r a c i o s o , el h a i k u se e n r o l l a s o b r e s í m i s m o , la
estela del s i g n o q u e p a r e c í a h a b e r s i d o t r a z a d a se b o r r a : nada
ha s i d o a d q u i r i d o ; la p i e d r a d e la p a l a b r a ha s i d o a r r o j a d a p a r a
n a d a : ni olas n i c o r r i e n t e s d e l s e n t i d o .

(Traducción de Javier Sicilia y Jaime Moreno Villarreal)

1. V . i n f r a , L a s i g u i e n t e a n é c d o t a es u n e j e m p l o : se c u e n t a q u e u n m o n -
je p i d i ó a su m a e s t r o le e n s e ñ a r a el C a m i n o . - P o d r á s h a l l a r l o d e t r á s
d e a q u e l á r b o l — , le r e p l i c ó éste. El m o n j e i n s i s t i ó en q u e q u e r í a c o -
n o c e r el C a m i n o R e a l . — ¡ A h ! Ese va a T o k i o — f u e la r e s p u e s t a d e l
maestro. (N. de T.).
2. Se r e f i e r e a E n ó , s e x t o e n la l í n e a p a t r i a r c a l q u e se i n i c i a c o n B u d d h a
y c o n t i n ú a c o n Kasayapa, B o d h i d h a r m a , Eká y J i n s h ú . ( N . de T . ) .
3. L i t e r a l m e n t e , el V a c í o . ( N . de T . ) .
4. R e c o r d e m o s q u e el b u d i s m o Z e n se d e s a r r o l l ó e n C h i n a , d o n d e r e c i -
bió un fuerte i n f l u j o taoista. ( N . de T . ) .
5. El P a c h i n k o es u n j u e g o e l e c t r ó n i c o p a r e c i d o al pinball, muy popu-
lar en el J a p ó n . B. B. le d e d i c a u n c a p í t u l o d e L'empire des signes.
(N.deT).
6. " C u a n d o la l u z d e l s e n t i d o se a p a g a , mas c o n u n a l u z q u e ha r e v e l a -
d o el m u n d o i n v i s i b l e . " ( N . d e T . ) .

20
 1

E L HAIKU EN Tras la m u e r t e de Issa, a p r i n c i p i o s d e l siglo X I X , la p r o d u c -

E L SIGLO XX
c i ó n de h a i k u s pareció fosilizarse. La a r t i f i c i a l i d a d y la r e p e t i -
c i ó n se c o n v i r t i e r o n en lugar c o m ú n y m u c h o s poetas j a p o n e -
ses, c o n s i d e r á n d o l a una f o r m a gastada e i n e p t a , a b a n d o n a r o n
su p r á c t i c a . El h a i k u se v i o así e n f r e n t a d o a u n d i l e m a : o salía
de su e s t a n c a m i e n t o o desaparecía.

Introducción de E n t r e las causas del r e s u r g i m i e n t o p r o d u c i d o hacia el siglo

X X h a y q u e t e n e r en c u e n t a , en p r i m e r í s i m o lugar, la presencia
Angel Rivero del o c c i d e n t e . En el a ñ o 1 8 6 8 c o m e n z ó en J a p ó n , c o n la era
M e i j i , u n proceso o f i c i a l de a p e r t u r a a t o d a clase de i n f l u e n c i a s
e x t r a n j e r a s . Los poetas e x p e r i m e n t a r o n de p r o n t o la p o s i b i l i -
d a d de expresarse l i b r e m e n t e — m e j o r d i c h o , libres de los m o l -
des japoneses, p o r q u e desde una perspectiva t r a d i c i o n a l se p o -
d r í a a f i r m a r q u e a d o p t a r o n los o c c i d e n t a l e s — y e l l o a f e c t ó al
p o e m a en su aspecto f o r m a l , su t e m á t i c a y su lenguaje.

Versiones y notas de Las p r i m e r a s en dejar sentir su e f e c t o f u e r o n las t r a d u c c i o -

Fernando nes. Hacia 1 8 8 2 apareció una a n t o l o g í a c o n el n o m b r e de Shin-

taishi-shoo (selección de poemas en el n u e v o e s t i l o ) q u e i n c l u í a

Rodríguez-Izquierdo la versión de 1 4 t e x t o s ingleses y n o r t e a m e r i c a n o s . M a y o r i m -

p o r t a n c i a t u v o la realizada p o r B i n Ueda y p u b l i c a d a en 1 9 0 5
— c o n t e n í a a poetas parnasianos y s i m b o l i s t a s franceses c o m o
B a u d e l a i r e , V e r l a i n e , M a l l a r m é y o t r o s — p o r la r e p e r c u s i ó n q u e
p r o v o c ó su c o n o c i m i e n t o . Dada la avidez e x i s t e n t e , las t r a d u c -
ciones se m u l t i p l i c a r o n y e x t e n d i e r o n a las p r i n c i p a l e s lenguas.
Por a q u e l e n t o n c e s la a d h e s i ó n de los poetas japoneses a las
nuevas f o r m a s era vasta: se p u e d e f i j a r el c o m i e n z o de la poe-
sía l i b r e japonesa en el a ñ o 1 8 9 7 , c o n la p u b l i c a c i ó n de Waka-
bas huu, de T o s o n S h i m a z a k i , c u y o s poemas estaban i n s p i r a -
dos en el r o m a n t i c i s m o inglés del siglo X I X .

A la r e v o l u c i ó n de las f o r m a s poéticas m u y p r o n t o su s u m ó
una r e n o v a c i ó n en el lenguaje. En 1 9 1 0 , p o r i n f l u e n c i a de la
novela rusa, surgió el Koogoshi o p o e m a en lengua h a b l a d a ,
q u e no t i e n e en c u e n t a el n ú m e r o de sílabas o de versos y está
escrita en el i d i o m a de t o d o s los d í a s . Esta n o v e d a d p r o d u j o
una brecha en las n o r m a s t r a d i c i o n a l e s que d e t e r m i n a b a n cuáles
palaras t e n í a n cabida en el lenguaje p o é t i c o y cuáles n o . B i e n
p r o n t o esta a p e r t u r a de la poesía hacia la lengua hablada se
t r a s l a d a r í a al h a i k u .

T a m b i é n es f u n d a m e n t a l , e n t r e las causas de esta renova-

c i ó n , la a p a r i c i ó n en el año 1 8 9 3 , de la f i g u r a de S h i k i . S i e n d o
él e s t u d i a n t e , p u b l i c a en d i c h o a ñ o su a r t í c u l o Conversacio-
nes sobre el haiku, d o n d e ataca el p r e j u i c i o de alabar lo a n t i -
guo p o r el m e r o h e c h o de serlo y c r i t i c a a B a s h o o a f i r m a n d o
que si a l g u n o s de sus h a i k u s son magistrales, las c u a t r o q u i n t a s
partes de su o b r a son d e c i d i d a m e n t e d e f i c i e n t e s . Esto causó
e s t u p o r , p o r q u e Bashoo era c o n s i d e r a d o el gran p o e t a del hai-
k u , p e r o , p o r o t r o l a d o , h i z o q u e se a r r i m a r a n a S h i k i j ó v e n e s
poetas q u e t a m p o c o estaban de a c u e r d o c o n las n o r m a s t r a d i -
cionales y c r e í a n necesaria una r e n o v a c i ó n . A s í , la presencia en
el escenario p o é t i c o de S h i k i c o n s t i t u y ó la p r i m e r a p r á c t i c a es-
p e c í f i c a de r u p t u r a en la p r o d u c c i ó n de h a i k u s . F r e n t e a B a s h o o
e Issa, c o n s i d e r a d o s poetas s u b j e t i v o s , S h i k i a f i r m ó la s u p e r i o -
r i d a d de B u s s o n , que se o c u p a del m u n d o e x t e r i o r . Su estilo

21
fue l l a m a d o "escuela d e s c r i p t i v a " o "escuela q u e d i b u j a la na-
t u r a l e z a " . E n este c a m i n o de o b s e r v a c i ó n de lo real, S h i k i , p o r
su p o s i c i ó n a g n ó s t i c a , d e j ó a u n lado t o d a p o s i b l e c o n n o t a c i ó n
religiosa o m í s t i c a , y t a m b i é n t o d o s e n t i m e n t a l i s m o , a f i r m a n -
do la i m p o r t a n c i a del t r a b a j o f o r m a l . R e a l i z ó una i m p o r t a n t e
tarea de d i f u s i ó n a través de su revista de h a i k u s Hototogisu
y c o m o h i s t o r i a d o r se le debe una nueva v i s i ó n de la h i s t o r i a de
esta f o r m a p o é t i c a . A d e m á s bajo su i n f l u e n c i a se c o m e n z ó a
d i f u n d i r la d e n o m i n a c i ó n de h a i k u para designar lo q u e antes
había s i d o la p r i m e r a e s t r o f a de una cadena de h a i k a i . S h i k i
m u r i ó en 1 9 0 2 a los 35 años.
3 seguir siendo c o n s i d e r a d o tal? A p a r t i r de 1 9 2 6 el t e m a p r o v o -
El esquema f o r m a l del h a i k u que m a n t e n í a la t r a d i c i ó n era
r i g u r o s o . Constaba de tres versos y una p a u t a i n m u t a b l e de 5-
7-5 sílabas. Hacia 1 9 1 0 , a p a r t i r de la r e f o r m a de la escuela lla-
mada Shinkeikoo (nueva t e n d e n c i a ) , se p r e f i e r e establecer cua-
t r o versos en lugar de tres, c o n u n n ú m e r o variable de sílabas
en cada u n o . La c o r r i e n t e q u e e n c a b e z ó H e k i g o d o o ( 1 8 7 3 -
1 9 3 7 , d i s c í p u l o de S h i k i ) —una de las dos grandes figuras del
c í r c u l o S h i n k e i k o o — p r e f i r i ó , p o r c o n s i d e r a r l a la m e j o r , la pau-
ta de 5-5-3-5 sílabas, c o n una pausa de p e n s a m i e n t o e n t r e el
segundo y el tercer verso ( 5 - 5 - p a u s a - 3 - 5 ) . E n c a m b i o Seisensui
( n . 1 8 8 7 ) , la o t r a gran f i g u r a , a f i r m ó la necesidad de liberar al
h a i k u de t o d a pauta silábica f i j a , en pos de una m e j o r adecua-
c i ó n a las c a m b i a n t e s necesidades expresivas. Este p u n t o lo lle-
v ó a separarse f i n a l m e n t e del S h i n k e i k o o , a c u s á n d o l o de esta-
blecer u n n u e v o esquema f o r m a l , para f u n d a r su p r o p i a escuela,
llamada Jiyuuritsu Haiku ( h a i k u de r i t m o l i b r e ) , y de la cual
f o r m a r a p a r t e t a m b i é n su d i s c í p u l o S a n t o o k a ( 1 8 8 2 - 1 9 4 0 ) , que
a b r a z ó el B u d i s m o Z e n y se h i z o p o e t a - m e n d i g o . T a l es el c a m -
b i o f o r m a l en esta ú l t i m a t e n d e n c i a , q u e f u e c u e s t i o n a d o si se
p o d í a seguir l l a m a n d o a sus t e x t o s h a i k u s . Según el c r í t i c o
c o n t e m p o r á n e o K u r i b a y a s h i , " s i c o n s i d e r a m o s la f o r m a a n t i -
gua 5-7-5 c o m o de tres lados, es d e c i r , t r i a n g u l a r , la f o r m a de
la escuela S h i n k i k o o p u e d e considerarse c o m p u e s t a de dos
t r i á n g u l o s , es d e c i r , c u a d r a n g u l a r si c o n s i d e r a m o s la f o r m a
t r i a n g u l a r c o m o d o t a d a de u n c e n t r o , la r e c t a n g u l a r t e n d r á dos
centros".
4 de p e r f e c t a o b j e t i v i d a d velaba una v i s i ó n s u b j e t i v a . L o s dos
T r a d i c i o n a l m e n t e el h a i k u c o m o f o r m a p o é t i c a e x i g í a dos
r e q u i s i t o s : la pauta silábica y t e m a de e s t a c i ó n . L o s a n t i g u o s
poetas del h a i k u c r e í a n que la e x p e r i e n c i a c o m ú n de los h o m -
bres, base de t o d a e x p e r i e n c i a i n d i v i d u a l , estaba en las estacio-
nes; así el s e n t i d o de estación se c o n s t i t u y ó en u n o de los ejes
del h a i k u , según Bashoo el más i m p o r t a n t e . Representaba la
idea de una r e l a c i ó n í n t i m a e n t r e la naturaleza de las estacio-
nes y la d e las cosas vinculadas c o n ellas y los poetas japoneses
se a c o s t u m b r a r o n a p e r c i b i r la estación en cada f e n ó m e n o na-
t u r a l , en cada p l a n t a , a n i m a l o a c t i v i d a d h u m a n a . Es así c o m o ,
c o n el t i e m p o , las palabras q u e los designaban se h i c i e r o n c o n -
vencionales y a d q u i r i e r o n el carácter de s í m b o l o s ; se las l l a m ó
" p a l a b r a s de e s t a c i ó n " : la l i b é l u l a i m p l i c ó el v e r a n o , la l u n a , el
o t o ñ o , e t c . E n el t r i á n g u l o de que hablaba K u r i b a y a s h i , el
c e n t r o m e n c i o n a d o sería el t e m a de e s t a c i ó n . " P u e s t o q u e la
f o r m a t r i a n g u l a r se d i s p o n e c o n t e m a de e s t a c i ó n c o m o c e n t r o ,
t i e n d e a caer en u n interés f o r m a l i s t a p o r é l . S i n e m b a r g o , en
una f o r m a r e c t a n g u l a r e l l o n o es necesario. A s í p o d e m o s libe-
22
rarnos de u n interés t a n f o r m a l i s t a en el t e m a de estación y
describir el a m b i e n t e y sus m a t i c e s c o n t o d a l i b e r t a d . " El c í r c u -
lo de S h i n k e i k o , c o n su f o r m a c u a d r a n g u l a r , d e j ó a u n l a d o d i -
c h o t e m a . E n vez de u n c ó d i g o de palabras en clave q u e r e m i -
t e n a o t r a casa ( d e t e r m i n a d a e s t a c i ó n ) , las palabras o su c o n -
j u n t o , para el S h i n k e i k o , pasan a s i g n i f i c a r lo q u e e x p r e s a n .
G r a n parte de la p r o d u c c i ó n p o é t i c a p o s t e r i o r a c e p t ó la no-
vedad.
5
D e r r i b a d o s sus dos e l e m e n t o s c o n s t i t u t i v o s , el h a i k u ¿ p o d í a
c ó una ardua p o l é m i c a . D e h e c h o , la escuela de S h i n k e i k o si-
g u i ó u t i l i z a n d o el n o m b r e de h a i k u , a u n q u e varios de sus m i e m -
bros r e c o n o c i e r o n q u e sus c o m p o s i c i o n e s t e n í a n una base d i f e -
rente (lo q u e era c i e r t o en s e n t i d o t r a d i c i o n a l ) m a n i f e s t a n d o
i n d i f e r e n c i a p o r el p r o b l e m a de la d e n o m i n a c i ó n . Por la negati-
va a c o n s i d e r a r l o s h a i k u s se p r o n u n c i ó K y o s h i ( 1 8 7 4 - 1 9 5 9 ) ,
t a m b i é n d i s c í p u l o de S h i k i y su c o n t i n u a d o r al f r e n t e de la re-
vista H o t o t o g i s u . S o s t u v o d u r o s a l t e r c a d o s c o n H e i k i g o d o o y
Seisensui o p o n i é n d o s e a t o d a c o r r i e n t e r e n o v a d o r a y p r o p i -
c i a n d o u n r e t o r n o al h a i k u c l á s i c o . D e f e n d i ó la pauta silábica
t r a d i c i o n a l a r g u m e n t a n d o q u e en ella c a b í a n t o d o s los temas
y rechazó la idea del a b a n d o n o de la palabra de e s t a c i ó n . D i j o :
" l o s q u e se a t r e v i e r e n a v i o l a r la f o r m a c o r r e c t a o la regla de la
palabra de e s t a c i ó n d e s t r u i r á n el m u n d o del h a i k u y , p o r lo
t a n t o , d e b e n ser desterrados de é l " . A s í , tras el r e n a c i m i e n t o
o p e r a d o c o n S h i k i en las p o s t r i m e r í a s del siglo X I X , surgen de
sus d i s c í p u l o s en el siglo X X dos t e n d e n c i a s q u e p r o p u g n a n
r e s p e c t i v a m e n t e la r e n o v a c i ó n y el regreso a la t r a d i c i ó n c o m o
polos e n f r e n t a d o s .
6
E n t r e a m b o s p o l o s se u b i c a n otras t e n d e n c i a s . Hacia 1 9 2 5
c o m e n z ó una época q u e se d i o l l a m a r de " l a s c u a t r o S " por
considerarse c o m o los h a i k i s t a s más i m p o r t a n t e s a S h u u o o s h i
( n . 1 8 9 2 ) , Sheishi ( n . 1 9 0 1 ) , S h i h o ( n . 1 8 9 9 ) y S u j u u ( n . 1 8 9 3 ) .
T o d o s ellos a c e p t a r o n la palabra de e s t a c i ó n ; su e s t i l o f u e lla-
m a d o " o b j e t i v o - l í r i c o " p o r q u e se c o n s i d e r ó q u e la apariencia
p r i m e r o s i n a u g u r a r o n la t e n d e n c i a del Shinkoo Haiku (haiku
n u e v o ) , q u e e s c r i b i ó , según el p r o p i o S h e i s h i , " v e r s o s c o n ma-
teriales nuevos, p e r o p r o f u n d a m e n t e c o n c e b i d o s " . Es carac-
t e r í s t i c a la i n c o r p o r a c i ó n t e m á t i c a del p r o g r e s o y la m o d e r -
n i d a d . S u j u u p o r su p a r t e , d i s c í p u l o de K y o s h i , f o r m ó una es-
cuela d e s c r i p t i v a q u e p r e g o n ó la o b s e r v a c i ó n m i n u c i o s a y la
p l a s m a c i ó n en los t e x t o s del d e t a l l e .
7
Hay que mencionar t a m b i é n a Kusatao ( n . 1901) y H a k y o o ,
que hacia fines de la década del 3 0 f o r m a r o n p a r t e de u n g r u p o
q u e se e n f r e n t ó a la t e n d e n c i a del S h i n k o o H a i k u y a s i m i s m o a
t o d a s las t e n d e n c i a s esteticistas en boga p o r a q u e l l o s años. Sos-
t e n í a n q u e en vez de o c u p a r s e de p e n s a m i e n t o s e ideas q u e no
c a b í a n en los estrechos l í m i t e s d e l h a i k u o de la n a t u r a l e z a , ha-
bía q u e ocuparse de los h o m b r e s y su c o n d i c i ó n . T r a s los ho-
rrores de la segunda guerra m u n d i a l , esta t e n d e n c i a h u m a n i s t a
c o b r ó numerosos adherentes.
8 un barquito
E n 1 9 4 6 T a k e o K u w a b a r a p u b l i c ó un a r t í c u l o r e v u l s i v o pa-
ra el m u n d o d e l h a i k u , en q u e sentó la tesis de q u e la d i f e r e n -
cia e n t r e u n h a i k u c o m p u e s t o p o r u n gran m a e s t r o y u n o c o m -
puesto p o r u n m e c á n i c o o u n e m p l e a d o de b a n c o era apenas
p e r c e p t i b l e . Para p r o b a r l o p i d i ó a u n g r u p o de profesores u n i -
versitarios que e v a l u a r a n un c o n j u n t o de h a i k u s a n ó n i m o s es-
c r i t o s p o r maestros y a f i c i o n a d o s . L o s resultados m o s t r a r o n u n
d e s c o n c i e r t o c r í t i c o . K u w a b a r a s i n t i ó q u e su t e o r í a acerca de
que se juzga al h a i k u p o r el n o m b r e del a u t o r más que p o r el
t e x t o m i s m o estaba p r o b a d a . Y p a r t i e n d o de q u e en el p o e m a
largo o en la n a r r a c i ó n no pasaba lo m i s m o , c o n c l u y ó q u e el
h a i k u era u n g é n e r o m e n o r , un e n t r e t e n i m i e n t o al alcance de
t o d o s . El a r t í c u l o f u e seguido de una gran c o n t r o v e r s i a e h i z o
q u e m u c h o s j ó v e n e s poetas se a p a r t a r a n de su p r á c t i c a .
9 E u r o p a a p r i n c i p i o s de siglo c o n alguna de las llamadas vanguar-
El e n s a y o de B a r t h e s , l ú c i d o en más de u n a s p e c t o , t i e n e
t a m b i é n sus p u n t o s c o n t r o v e r t i b l e s . La asociación í n t i m a q u e
hace e n t r e h a i k u y B u d i s m o Z e n es seguramente' una generali-
z a c i ó n excesiva. E n J a p ó n el h a i k u es una f o r m a de escritura
p o p u l a r p r a c t i c a d a p o r t o d o s , sin d i f e r e n c i a de e d a d ni c o n d i -
c i ó n social o creencias religiosas. La p r o d u c c i ó n anual se c u e n -
ta p o r m i l l o n e s y m u c h o s diarios y revistas c u e n t a n c o n una
sección p e r m a n e n t e de h a i k u s . S h i k i , por e j e m p l o , en c i e r t o
m o d o el p a d r e del h a i k u a c t u a l , era agnóstico y rechazaba t o -
do m i s t i c i s m o o r e l i g i o s i d a d , a c t i t u d que es c o m p a r t i d a p o r
buena p a r t e de las c o r r i e n t e s actuales. Si es c i e r t o q u e para el
Zen el h a i k u es u n o de sus c a m i n o s , t a m b i é n lo es q u e para el
h a i k u los c a m i n o s son m ú l t i p l e s y sólo u n o de ellos pasa por
el Z e n .
A f i r m a B a r t h e s : " E l h a i k u n u n c a d e s c r i b e : su arte es c o n -
t r a d e s c r i p t i v o " , y s o b r e esta tesis basa una p a r t e de su e n s a y o .
La d e s c r i p c i ó n , sin e m b a r g o , f u e r e c o n o c i d a por los p r o p i o s
poetas japoneses c o m o f u n d a m e n t a l en su arte. A l g u n a s co-
rrientes o b j e t i v i s t a s i n c l u s o se l l a m a r o n a sí mismas " d e s c r i p -
t i v a s " . El e j e m p l o a que Barthes r e c u r r e para a f i r m a r la " c o n -
t r a d e s c r i p t i v i d a d " del h a i k u " —Llevando un toro a bordo, / lencias e x i s t e n t e s .
Hiza / t o / hiza / ni
t s u k i / ga / s a s h i t a r u
suzushisa / y o
Rodilla con rodilla. . .
la luna b r i l l a b a
¡qué f r e s c o r !
Hekigodoo
atraviesa el río / a través de la lluvia del atarde-
cer, sería c o n s i d e r a d o por los japoneses c o m o a l t o e j e m p l o de
" d e s c r i p t i v i d a d " . En e f e c t o , no sólo el t o n o general es des-
c r i p t i v o , sino q u e la d e s c r i p c i ó n alcanza una síntesis n o t a b l e :
se m e n c i o n a n el m o m e n t o del d í a , las c o n d i c i o n e s c l i m á t i c a s ,
el lugar, el s u j e t o , la a c c i ó n (las m ú l t i p l e s acciones) y el detalle
del t o r o a b o r d o .
T a m p o c o la tesis de la e x c e n s i ó n del s e n t i d o q u e ve Barthes
c o m o una de las claves del h a i k u sería c o m p a r t i d a p o r los a u t o -
res japoneses. Quizás sea una i l u s i ó n p r o v o c a d a p o r la d i f e r e n t e
ó p t i c a : en o c c i d e n t e el s e n t i d o es " l i t e r a r i o " , es d e c i r , i n y e c t a -
d o desde el e x t e r i o r : es el a u t o r q u i e n p r e t e n d e ser el d o n a n t e
de s e n t i d o . Es de n o t a r , además, q u e el h a i k u c o m o f o r m a care-
ce de e q u i v a l e n c i a en nuestra r e t ó r i c a ; el h e c h o de que las f o r -
mas t i e n e n su s e n t i d o , y su ausencia en nuestra p r á c t i c a , e x p l i -
can t a m b i é n la i l u s i ó n de la e x c e n s i ó n . ( L o m i s m o s u c e d i ó en
dias.)
Para Barthes O r i e n t e es la diferencia. C o m o sucede d e n t r o
del h a i k u , más b i e n parece haber en J a p ó n una t e n s i ó n no re-
suelta e n t r e la t r a d i c i ó n q u e p r e t e n d e m a n t e n e r s e —y m a n t e -
ner la d i f e r e n c i a — y la r e n o v a c i ó n q u e q u i e r e b o r r a r l a . J a p ó n
le ha a b i e r t o sus puertas a o c c i d e n t e y n o para r e c r e a r l o ; de he-
c h o lo m e j o r a . O c c i d e n t e ha p e n e t r a d o : hay signos del t r a b a j o
de e r o s i ó n : el desgaste de las señales d i s t i n t i v a s . ¿Y q u é es oc-
c i d e n t e ? Una c u l t u r a c o n v o c a c i ó n i m p e r i a l que e x t i e n d e su
discurso a s p i r a n d o a ser el universo.
10
El e x t e n s o t r a b a j o de e s t u d i o y t r a d u c c i ó n de h a i k u s reali-
zado p o r F e r n a n d o R o d r í g u e z - I z q u i e r d o — a q u í se p u b l i c a n ú n i -
c a m e n t e los r e l a t i v o s a los m o v i m i e n t o s del siglo X X — f u e pa-
t r o c i n a d o p o r la F u n d a c i ó n J u a n M a r c h y p u b l i c a d o en M a d r i d ,
en 1 9 7 2 . Para la t r a n s l i t e r a c i ó n el a u t o r ha r e c u r r i d o al sistema
Roomaji, q u e u t i l i z a sólo signos a l f a b é t i c o s l a t i n o s . La barra
(/) no i n d i c a pausa s i n o una s e g m e n t a c i ó n e s t a b l e c i d a , a p r o x i -
m a d a m e n t e , a nivel de p a l a b r a , para p o d e r a p r e c i a r las e q u i v a -
1 : E n el p r i m e r verso no h a y n i n g ú n v e r b o . L o s t i r i t o n e s del f r í o
se m a n i f i e s t a n en ese " r o d i l l a c o n r o d i l l a " , e q u i v a l e n t e a n u e s t r o
"diente con d i e n t e " .
" S a s h i t a r u " es una f o r m a c u l t a , c o n t e r m i n a c i ó n de pasado y
de a t r i b u t i v o . D i c h o s e n t i d o c o m u n i c a u n m a t i z p e c u l i a r al h a i k u ,
algo así c o m o " E l frescor i l u m i n a d o p o r la l u n a " , c o n c i e r t a sineste-
sia. El p r i m e r verso es más i n d e p e n d i e n t e s i n t á c t i c a m e n t e .
" Y o " es una marca de e x c l a m a c i ó n v e r b a l .
23
M i m o o z a / no 2 : E s t e es u n h a i k u r e v o l u c i o n a r i o e n v a r i o s a s p e c t o s . E n p r i m e r
s a k u / k o r o / ni l u g a r , su d i s p o s i c i ó n s i l á b i c a es a p r o x i m a d a m e n t e d e 5 - 7 - 5 - 3 s í l a b a s ,
kita / m i m o o z a / w o / ikeru v e i n t e e n t o t a l . P o r o t r o l a d o , " m i m o o z a " es u n n e o l o g i s m o q u e n o
a p a r e c í a e n los v i e j o s d i c c i o n a r i o s d e t e m a s d e e s t a c i ó n de h a i k u ;
En el t i e m p o de las mimosas j u n t o a la e s t r i d e n c i a d e esta p a l a b r a e n la l e n g u a j a p o n e s a , está su
hago un arreglo f l o r a l aspecto n e u t r o en c u a n t o a t e m a de e s t a c i ó n .
con la m i m o s a recién v e n i d a . S i n e m b a r g o , el h a i k u es j a p o n é s , y la c o s t u m b r e d e l a r r e g l o
f l o r a l es s u m a m e n t e t í p i c a d e l a m b i e n t e n a c i o n a l d e l J a p ó n .
" I k e r u " es e l v e r b o q u e d e n o t a la a c c i ó n de a r r e g l a r las f l o r e s ;
Hekigodoo e n t r a e n la p a l a b r a " I k e b a n a " ( = a r r e g l o f l o r a l ) .

3 : Es u n c u a d r o e n el q u e se r e c r e a r í a el R o m a n t i c i s m o . H e k i g o d o o
K o n o g o r o / tsuma / naki / yaova
ha e l e g i d o la p a u t a s i l á b i c a q u e ha e s t i m a d o más o p o r t u n a , c o n u n
na / w o / t s u m u
t o t a l de 2 6 sílabas.
aruji / msume
El v e r d u l e r o , d u e ñ o d e la t i e n d a — i n s i s t e el o r i g i n a l m e d i a n t e la
p a l a b r a " a r u j i " — y su h i j a , " m u s u m e " , q u e a p a r e c e e n a p o s i c i ó n s i n -
M u e r t a r e c i e n t e m e n t e su esposa,
t á c t i c a j u n t o a " a r u j i " , h a c e n a h o r a la l a b o r d e cargar el c a r r o , l a b o r
el v e r d u l e r o y su hija cargan las verduras, e n la q u e h a b i t u a l m e n t e a c t u a b a n el v e r d u l e r o y su esposa. L a l o n g i -
cargan las cebollas. t u d del h a i k u s u g i e r e t a l vez la l e n t i t u d de la o p e r a c i ó n m i s m a d e s c r i t a .
" T s u m a n a k i y a o y a " es u n a e x p r e s i ó n e l í p t i c a y l i t e r a r i a p o r
Hekigodoo " t s u m a n o nai y a o y a " .

Kodama 4 . : Es éste u n h a i k u t o t a l m e n t e i n u s i t a d o . E n p r i m e r l u g a r t i e n e u n
" O o i " / t o / s a b i s h i i / hito t í t u l o , h e c h o q u e es u n a c l a r a i n n o v a c i ó n e n la p a u t a d e l h a i k u . C o n s -
" O o i " / t o / sabishii / y a m a t a a d e m á s d e d o s ú n i c o s v e r s o s , t o t a l m e n t e iguales s a l v o en la ú l t i m a
p a l a b r a , q u e p o r c i e r t o es e n a m b o s casos de d o s s í l a b a s . T e n e m o s
Eco pues d o s versos d e d i e z s í l a b a s , c o n u n a t i t u l a c i ó n de t r e s .
" ¡Eh. y ! " , llama el h o m b r e solo N o h a y v e r b o s . E n la t r a d u c c i ó n n o s h a n p a r e c i d o i n e l u d i b l e s .
" ¡Eh. L a o p o s i c i ó n " l l a m a - r e s p o n d e " nos p a r e c e estar s u g e r i d a en el p a r a -
y ! " , responde la sola m o n t a ñ a .
l e l i s m o de los d o s versos d e l o r i g i n a l .
Nos e n c o n t r a m o s c i e r t a m e n t e ante una c o m p o s i c i ó n ingeniosa,
Seisensui p e r o d u d o s a e n c u a n t o a su í n d o l e d e h a i k u .

H i b a r i / t e n j o o / de / n a k i 5 : Es o t r o e j e m p l o de " n u e v o h a i k u " , i r r e g u l a r e n su e s q u e m a silá-

daichi / de / naki b i c o ( 9 - 6 - 8 ) . Es c u e s t i o n a b l e si h e m o s d e e n j u i c i a r este p o e m a c o m o
nakinagara / n o b o r i h a i k u , pues su d e s e q u i l i b r i o s i l á b i c o (el v e r s o i n t e r m e d i o es el más
c o r t o ) lo aleja b a s t a n t e d e la p a u t a d e l h a i k u . C o n t o d o es u n a b o n i t a
Canta en los cielos la a l o n d r a , pieza p o é t i c a . H a y e n ella u n e s l a b o n a m i e n t o s u c e s i v o d e los versos
canta en la tierra p o r o b r a del v e r b o " n a k i " , q u e está a d e m á s e n su f o r m a más n o m i n a l
r e m o n t á n d o s e al cantar. y de e n l a c e . L a t r i p l e r e p e t i c i ó n de " n a k i " s u g i e r e p o r r i t m o i m i t a t i -
v o el m i s m o c a n t o i n s i s t e n t e de la a l o n d r a . L a m e n c i ó n d e l c i e l o y la
t i e r r a parece q u e r e r c o m p e n d i a r t o d a la c r e a c i ó n . " N a g a r a " es c o m o
Seisensui u n a d v e r b i o , q u e s i g n i f i c a " m i e n t r a s " . E l f i n a l d e l p o e m a en " n o b o r i " ,
t a m b i é n en f o r m a n o m i n a l y d e e n l a c e , e q u i v a l e a d e j a r el verso abier-
t o al i n t e r m i n a b l e m o v i m i e n t o a s c e n s i o n a l d e la a l o n d r a , y a q u e u n
f i n a l más t a j a n t e m e n t e c o n c l u s i v o s e r í a " n o b o r u " .

24
 6 : L i b e r a d o de los c á n o n e s d e l h a i k u , S e i s e n s u i n o s da a q u í t a m -
Higurashi / nakeba / nakeba
b i é n u n a b e l l a y o r i g i n a l c o m p o s i c i ó n . E l " h i g u r a s h i " (= o s c u r e c e d o r
higurashi / nakitsure
del d í a , e t i m o l ó g i c a m e n t e ) es u n a e s p e c i e d e c i g a r r a q u e c a n t a a p r i -
higururu
m e r a s h o r a s de la t a r d e o d e la m a ñ a n a . L a r e i t e r a c i ó n de las p a l a b r a s
llega a q u í hasta el l í m i t e de sus p o s i b i l i d a d e s .
C u a n d o canta el h i g u r a s h i ,
E n los d o s p r i m e r o s versos t e n e m o s d o s p a l a b r a s r e p e t i d a s c o n -
cuando c a n t a , céntricamente: higurashi-nakeba-nakeba-higurashi; y a continuación
canta en c o r o u n p a r de p a l a b r a s c o m p u e s t a s a c u a l más o r i g i n a l . L a p r i m e r a es u n a
y el sol m u e r e . p l a s m a c i ó n de la p l u r a l i d a d q u e y a se v e n í a s i n t i e n d o e n el s u j e t o
" h i g u r a s h i " : " n a k i t s u r e " , q u e es u n a f o r m a c i ó n n o m i n a l ( = c a n t a r
g r u p o , a la l e t r a ) a n a l ó g i c a a o t r a q u e e x i s t e e n j a p o n é s : " f u t a r i - z u r e "
Seisensui ( = g r u p o d e d o s p e r s o n a s ) . " H i g u r u r u " es u n j u e g o d e p a l a b r a s c o n
" h i g u r a s h i " , y c o m p e n d i a u n s e g m e n t o más largo en lengua o r d i n a -
r i a : " h i ga k u r e r u " . " N a k e b a " es u n a f o r m a c o n d i c i o n a l o de c i r c u n s -
tancia t e m p o r a l no especificada.
E n este p o e m a se m e z c l a n pues la b r e v e d a d , la r e i t e r a c i ó n y el
juego verbal.

7: E s t e p r e t e n d i d o h a i k u p u e d e h a b e r s i d o p e r f e c t a m e n t e u n a f r a s e
Kasa / m o
c o l o q u i a l q u e e n u n d í a de l l u v i a o y ó el p o e t a a a l g ú n t r a n s e ú n t e .
m o r i d a s h i t a / ka
S o n n u e v e s í l a b a s , q u e a d m i t e n u n a c e s u r a d e s p u é s de la t e r c e r a .
¿También m i paraguas El p o s e s i v o e s p a ñ o l " m i " es d e la t r a d u c c i ó n . E n j a p o n é s n o se
usan t a n t o los p o s e s i v o s . El " v e r s o " c o m e n t a d o p a r e c e ser u n a f r a s e
c o m e n z ó a calarse? de a d m i r a c i ó n d e a l g u i e n al c o m p r o b a r q u e p a r a c o l m o de m a l e s su
paraguas c o m i e n z a a h a c e r a g u a .
Santooka " M o r i d a s h i t a " es f o r m a c o l o q u i a l , p o r la m á s l i t e r a r i a " m o r i s a -
shimashita".

Kare-kitta / kawa / w o 8 : Es n o t a b l e la b r e v e d a d e x p r e s i v a d e S a n t o o k a , q u e a q u í c i t a m o s
wataru c o m o e j e m p l o d e l e x t r e m o de d e s n u d e z f o r m a l a la q u e t a m b i é n ha
l l e g a d o el h a i k u .
Cruzar El s u f i j o " - k i t t a " i n d i c a a c c i ó n p e r f e c t a m e n t e c o n s u m a d a . " W a -
el lecho seco de u n r í o . t a r u " es el v e r b o e n i n f i n i t i v o , d e s p o s e í d o d e f l e x i o n e s de t i e m p o y
persona.

Santooka

9 : La f o r m a d e este h a i k u es t o t a l m e n t e o r t o d o x a e n l o q u e respec-
Ragubii / no ta a n ú m e r o de s í l a b a s . L o q u e nos a s o m b r a e n él es la a u d a c i a de
tazei / o k u r e t e S e i s h i , q u e ha l l e v a d o la m i n i a t u r a p o é t i c a d e l h a i k u al t o r b e l l i n o de
kakeri / k u r u s u d o r y p o l v o q u e es el c a m p o d e r u g b y . C i e r t a m e n t e la p a l a b r a q u e
a b r e el h a i k u n o es p o é t i c a . Por lo d e m á s c i e r t o s e n t i d o d e e s t a c i ó n
h a y desde l u e g o , ya q u e se s u p o n e q u e la t e m p o r a d a d e r u g b y n o
Rugby: un p e l o t ó n de jugadores
d u r a t o d o el a ñ o . S e r í a u n n u e v o c o n c e p t o d e e s t a c i ó n .
llega c o r r i e n d o
Y n o estará de m á s o b s e r v a r q u e b a s t a r í a c o n c a m b i a r la p a l a b r a
algo retrasado. " r a g u b i i " p o r o t r a s u p u e s t a m e n t e más p o é t i c a — p o r e j e m p l o , " b u s h i -
d o m o " (— los g u e r r e r o s o s a m u r a i s ) q u e t i e n e el m i s m o n ú m e r o d e
Seishi sílabas— para q u e se r e s t a b l e c i e r a el l e s i o n a d o s e n t i d o l í r i c o .

25
Natsu-kusa / ni
kikansha / no / sharin
kite / tomaru
En el p r a d o , en verano
las ruedas de la l o c o m o t o r a
al llegar se d e t i e n e n .
1 0 : V a l e para este h a i k u u n c o m e n t a r i o a n á l o g o al del a n t e r i o r . S i -
l á b i c a m e n t e es regular. S u e l e m e n t o de m o d e r n i d a d es la l o c o m o t o r a .
L a estación no p u e d e estar más m a r c a d a . N o deja de ser p o é t i c o el
h e c h o de q u e la l o c o m o t o r a se detenga para c o n t e m p l a r el verdor de
la h i e r b a en v e r a n o .
L a p a r t í c u l a " n i " da idea del s i t i o p r e c i s o en q u e la l o c o m o t o r a
f r e n a . S i t ú a la c i r c u n s t a n c i a de lugar c o n más e x a c t i t u d q u e la otra
p a r t í c u l a local " d e " .

Seishi

P i s u t o r u / ga
p u u r u / no / k a t a k i
m e n / ni h i b i k i
R e t u m b a la pistola de salida
en la d u r a s u p e r f i c i e
de la piscina.
Seishi
1 1 : S e i s h i ha i n t r o d u c i d o a q u í d o s a n g l i c i s m o s o a m e r i c a n i s m o s : " p i -
s u t o r u " , d e r i v a d o de " p i s t o l " , y " p u u r u " , de " s w i m m i n g - p o o ! " . E s -
te h a i k u h u b i e r a a s o m b r a d o a B a s h o o por su l é x i c o y por su a m b i e n -
te. S i n e m b a r g o , si ha d e e x i s t i r u n a poesía del c e m e n t o y las c o m p e -
t i c i o n e s d e p o r t i v a s , c o m o la h u b o a n t i g u a m e n t e de las balsas por el
r í o , el h a i k u q u e e l e g i m o s n o es d e s a p r o p i a d o . L a i n t u i c i ó n q u e lo ha
o r i g i n a d o es la a u d i t i v a , y c r e e m o s q u e la a l i t e r a c i ó n de los d o s ú l t i -
m o s versos en -ki "kataki, h i b i k i " , e x p r e s a bien la d u r a r e s o n a n c i a
del d i s p a r o de p i s t o l a .
" K a t a k i " es además u n a f o r m a c u l t a y literaria para este h a i k u .
L a c o l o q u i a l es " k a t a i " . " H i b i k i " es la f o r m a n o m i n a l y de e n l a c e de
" h i b i k u " , q u e , aparte de s u t r i p l e a l i t e r a c i ó n de la palatal aguda / i / ,
deja a b i e r t o el s e n t i d o a la r e s o n a n c i a del t i r o de p i s t o l a .

1 2 : " P a t o " es de la t r a d u c c i ó n , p u e s el original sólo n o s da " p á j a r o

M i z u o / hiite
de a g u a " . E s n o t a b l e la f o r m a c i ó n n o m i n a l de p a l a b r a s , p r o d i g i o de
hanaruru / hitotsu
concisión: " m i z u o " ( = agua-cola) " u k i - n e - d o r i " (formas nominales y
ukinedori
de e n l a c e de los v e r b o s f l o t a r y d o r m i r + p á j a r o ) .
" H a n a r u r u " es f o r m a c u l t a , por " h a n a r e r u " . T a m b i é n es n o t a b l e
U n o de los p a t o s , d o r m i d o , la palabra " h i t o t s u " ( = u n o , i n d i f e r e n c i a d o ) q u e resulta a n t i n o r m a -
y f l o t a n d o a la d e r i v a , tiva, frente a " i c h i - w a " ( = un pájaro).
traza una estela en el agua. C o m p á r e s e el original c o n la t r a d u c c i ó n de B l y t h , para c o n s t a t a r
la b r e v e d a d de este h a i k u q u e e s , por lo d e m á s , t í p i c a :
Sujuu
The water-birds, afloat, asleep;
One draws a line on the water,
Separating itself from the others.

S h i r o k i / te / n o 1 3 : E n este h a i k u , q u e se perfila s o b r e el f o n d o de la g u e r r a , pode-

byoosha / bakari / no m o s d e s c u b r i r u n a t i s b o d e c o m p a r a c i ó n i n t e r n a e n t r e los e n f e r m o s
ochiba / taki y las h o j a s caídas.
" S h i r o k i " es la f o r m a c u l t a a t r i b u t i v a , por el c o l o q u i a l " s h i r o i " .
Blancas m a n o s , L a c o n s t r u c c i ó n de este h a i k u , a base de c o m p l e m e n t o s adjetivos
todas de e n f e r m o s , ligados por el m o r f e m a " n o " ( = d e ) , h a c e del f u e g o el e l e m e n t o
p r i n c i p a l , s o b r e el q u e i n c i d e n los s i n t a g m a s a n t e r i o r e s ; y de éstos, el
sobre el f u e g o de hojas caídas. p r i m e r o a s u vez i n c i d e s o b r e el s e g u n d o . E l h a i k u sería pues en es-
q u e m a : " e l f u e g o de e n f e r m o s de b l a n c a s m a n o s " . N o e x i s t e ningún
Hakyoo verbo.

26
K a r e - g i k u / no 1 4 : V o l v e m o s al h a i k u clásico en su f o r m a y e n su i n s p i r a c i ó n . L a in-
ne / ni / s a m a z a m a / no t u i c i ó n de este h a i k u es de d e s o l a c i ó n ; es u n a visión de la t r a n s i t o r i e -
ochiba / kana dad de la vida e n u n a s f l o r e s secas de c r i s a n t e m o .
H e m o s elegido el a r t í c u l o d e t e r m i n a d o para " s e c o c r i s a n t e m o " ,
J u n t o a la raíz p o r q u e p a r e c e que así se c o n c r e t a la visión a u n c r i s a n t e m o .
del seco c r i s a n t e m o , S o b r e la f u e r z a e x p r e s i v a de " n i " , c f . ( h k . 1 0 ) .
diversas hojas secas. " S a m a z a m a " es u n a palabra c o n s t r u i d a p o r r e i t e r a c i ó n , c o m o
h a y m u c h a s e n j a p o n é s , m u y e x p r e s i v a para i n d i c a r " v a r i a s c l a s e s " ,
y a que e q u i v a l e a p r o x i m a d a m e n t e a " c l a s e - c l a s e " .
Kyoshi

1 5 : " O o " es un prefijo que s i g n i f i c a " g r a n d e " . L a palabra " s o r a "

O o z o r a / ni
nobi- / k a t a m u k e r u
fuyuki / kana
Crece i n c l i n á n d o s e
al cielo i n m e n s o ,
á r b o l de i n v i e r n o .
Kyoshi
( = c i e l o ) , e n esta c o m p o s i c i ó n s o n o r i z a su p r i m e r a c o n s o n a n t e , c o -
m o m a r c a de s u t u r a .
" N o b i - k a t a m u k e t u " es u n a bella f o r m a c i ó n verbal q u e o c u p a to-
do u n verso de siete sílabas. S u longitud es c o m o el m i s m o c r e c i m i e n -
to del árbol q u e se c a n t a .
" F u y u k i " t a m b i é n es un b o n i t o c o m p u e s t o , m u y a t o n o c o n la
concisión poética del h a i k u . H e m o s elegido u n singular genérico para
la t r a d u c c i ó n .

K o k i / hikage 1 6 : " K o k i " por " k o i " . C f . " s h i r o k i " ( h k . 1 3 ) .

hiite / a s o b e r u
tokage / k a n a
A r r a s t r a n d o sus densas sombras,
juguetean los lagartos.
" A s o b e r u " e q u i v a l e al a c t u a l " a s o b u " . D a u n t o n o c u l t o y litera-
rio a este h a i k u . L a t r a d u c c i ó n inglesa de B l y t h es a q u í s u m a m e n t e
d e s c r i p t i v a : " . . .are d a r t i n g to a n d f r o " .
" H i k a g e " y " t o k a g e " están e m p a r e n t a d o s f o n é t i c a m e n t e , c o m o
lo están r e a l m e n t e el lagarto y su s o m b r a . E s un logro más de este
h a i k u d e s c r i p t i v o , m o d e l o de observación y de p l a s m a c i ó n v e r b a l .

Kyoshi

1 7 : E l n e x o " n o " ( = de) está a q u í a p r o v e c h a d o hasta sus ú l t i m a s

S a n k a k u / no p o s i b i l i d a d e s e x p r e s i v a s . E n su p r i m e r a a p a r i c i ó n d e n o t a u n a a t r i b u -
tokage / no / k a o / no c i ó n a d j e t i v a : c a r a de t r i á n g u l o , o t r i a n g u l a r . E n el s e g u n d o c a s o , po-
sukoshi / nobu / k a sesión: c a r a del lagarto. E n su ú l t i m a i n s t a n c i a , " n o " desempeña el
papel de señalar el t ó p i c o o s u j e t o del v e r b o " n o b u " (a s a b e r , " k a o " ) .
La cara t r i a n g u l a r E l verbo " n o b u " ha a p a r e c i d o r e c i e n t e m e n t e e n o t r o h a i k u de
del lagarto, K y o s h i ( h k . 1 ) . A q u í está en su f o r m a c o r t a , que lo c o n v i e r t e e n c o -
l o q u i a l , c o n el m o r f e m a s e g m e n t a b l e i n t e r r o g a t i v o " - k a " , en a p o s i -
crece l i g e r a m e n t e . . .?
ción.
E s t e h a i k u n o s revela t a m b i é n el e s p í r i t u d e observación n a t u r a l
Kyoshi de K y o s h i , e n la l í n e a t r a d i c i o n a l de B u s o n .

27
Haku / botan 1 8 : " B o t a n " , cf. ( h k . 5 1 ) . " H a k u " c o m o p r e f i j o para " b l a n c o " es
t o / iu / t o / i e d o m o l e c t u r a c h i n a . L a l e c t u r a j a p o n e s a del c a r á c t e r es " s h i r o - " . Y a h e m o s
beni / h o n o k a i n d i c a d o q u e , p o r c o n t r a s t e c o n el t a n k a , el h a i k u i n t r o d u c e a veces
palabras chinas.
"Blanca peonía" " T o iu t o " es u n a e x p r e s i ó n p r e c i o s a , a l t a m e n t e c o l o q u i a l , " l e -
—decimos, y c o n t o d o d o m o " es la f o r m a c o n c e s i v a d e l v e r b o " i u " s e g u i d a d e l s u f i j o adver-
es vagamente r o j a . s a t i v o " - d o m o " . T o d o el s e g u n d o v e r s o , c o n la a l t e r n a n c i a d e " t o " y
las dos a p a r i c i o n e s del v e r b o " i u " t i e n e u n r i t m o o n d u l a n t e , q u e re-
f l e j a la v a g u e d a d d e l c o l o r r o j o d e la p e o n í a , la i n s i g n i f i c a n c i a de t o -
Kyoshi do lo sensible.

Haru-kaze / ya
1 9 : E l j a p o n é s l u c h a c o n la n a t u r a l e z a , n o c o n t r a e l l a . Y a h e m o s i n -
tooshi / w o / dakite
d i c a d o a p r o p ó s i t o d e B a s h o o q u e el p o e t a t i e n e q u e s u f r i r el f r í o y
oka / ni / tatsu
el a z o t e del v i e n t o para c o m u l g a r c o n la n a t u r a l e z a . L o m i s m o le o c u -
r r e al m o n j e b u d i s t a .
V i e n t o de p r i m a v e r a : " H a r u - k a z e " es u n c o m p u e s t o , a base de l e c t u r a s j a p o n e s a s ( h k .
c o n t o d o m i coraje, 2 0 ) . " T o o s h i " , sin e m b a r g o , es u n c o m p u e s t o c h i n o . Esta es u n a o c a -
e r g u i d o en la c o l i n a . s i ó n más de c o n s t a t a r el c o s m o p o l i t i s m o m e n t a l y l i n g ü í s t i c o del
haiku.
" O k a n i t a t s u " es u n s i n t a g m a b r e v e , t o d o l o b r e v e q u e p u e d e
Kyoshi
ser. El v e r b o " t a t s u " está e n su f o r m a a b r e v i a d a , c o l o q u i a l .

A k i - k a z e / ya
k o k o r o / no / naka / no 2 0 : El a r r a n q u e l í r i c o de este h a i k u n o s r e c u e r d a los m á s f i n o s p o e -
iku /sanga mas de J u a n R a m ó n J i m é n e z . E l paisaje está d e n t r o del p o e t a , en su
" k o k o r o " , p a l a b r a q u e e q u i v a l e a p r o x i m a d a m e n t e a la " m e n s " l a t i n a .
Viento otoñal; " A k i - k a z e " : v i e n t o de o t o ñ o .
¡cuántos m o n t e s , c u á n t o s r í o s , " I k u " es c o m o u n p r e f i j o , a d j e t i v o i n d e f i n i d o de c a n t i d a d . Se
en lo más í n t i m o de m í ! le ha a g r e g a d o el c o m p u e s t o c h i n o , b r e v e (las l e c t u r a s c h i n a s s u e l e n
ser más breves q u e las j a p o n e s a s ) : " s a n g a " ; el e q u i v a l e n t e e n l e c t u r a s
j a p o n e s a s sería y a m a - k a w a . E l v e r s o f i n a l r e s u l t a así g r a t a m e n t e b r e -
Kyoshi ve, c o m o u n b r o c h e de c o n c i s i ó n y e x a c t i t u d .

Sooshun / no
niwa / w o / megurite
m o n / w o / idezu
En la t e m p r a n a primavera
paseo alrededor del j a r d í n
y sin salir del p o r t ó n .
2 1 : " S o o s h u n " es u n c o m p u e s t o c h i n o y e q u i v a l e a " p r i m a v e r a r á p i -
da".
" M e g u r i t e " es u n a f o r m a c u l t a , p o r el c o l o q u i a l " m e g u t t e " . Esta
c o n s t r u c c i ó n c u l t a del g e r u n d i o es m u y f r e c u e n t e e n p o e s í a .
L a p r i m e r a p e r s o n a es d e la t r a d u c c i ó n ; n o s ha p a r e c i d o q u e
t r a n s m i t e m e j o r la idea d e e x p e r i e n c i a i n m e d i a t a .

Kyoshi
28
Arturo Carrera D e l a u t o r al l e c t o r : o a q u i e n l e y e r e estas l í n e a s : esto es u n
h u m i l d e y h u m i l l a n t e i n f o r m e ; p e r o a d e m á s : es un artefacto
que no funciona. Y a q u í cabe t r a n s m i t i r o s u n a anécdota p o u n -
d i n a r e f e r i d a p o r H a r o l d o d e C a m p o s e n su a f e c t u o s o Metalin-
guagem: " d e s p u é s d e leer u n f a m o s o t r a t a d o d e e s t é t i c a q u e le

TEJIDOS h a b í a p r e s t a d o u n a m i g o , E z r a P o u n d , e n su p e c u l i a r i t a l i a n o ,
r e s u m i ó sus i m p r e s i o n e s e x c l a m a n d o : " T u t t o b e l l i s s i m o , m a

ESPONJOSOS non fonctiona".

El t e m a e s c o g i d o p a r a este " i n f o r m e " es la e v o l u c i ó n —o

r e v o l u c i ó n o r e v u e l t a , p o c o i m p o r t a — d e la c o n c r e t u d . Y , para
los b u c e a d o r e s d e m a l a s h i s t o r i o g r a f í a s l i t e r a r i a s a r g e n t i n a s : la
" n o v í s i m a p o e s í a p l a t e n s e " y la " e s c r i t u r a i l e g i b l e " d e M i r t a
Dermisache.

S i n d u d a a l g u n a , p a r a A m é r i c a L a t i n a , la p o e s í a c o n c r e t a
e x t i e n d e sus r a i c i l l a s a d v e n t i c i a s h a c i a e l e s c r u p u l o s o t r a b a j o
de A l f o n s o R e y e s : " L a s J i t a n j á f o r a s " . Q u e , d e s p u é s d e ser
" l e í d o " p o r S e v e r o S a r d u y v í a C i n t i o V i t i e r , se h a t r a n s f o r m a -
do en una "riqueza celeste".

P e r o h a y o t r o s a n t e c e d e n t e s . E n n o v i e m b r e d e 1 8 9 7 , desde
V a l v i n s , S t é p h a n e M a l l a r m é a u t o r i z a al a r g e n t i n o L e o p o l d o
D í a z , a t r a d u c i r a l g u n o s d e sus p o e m a s . H a c i a 1 9 3 8 , A l f o n s o
R e y e s hace u n a d e l i c i o s a c o n j e t u r a : " ¿ s o s p e c h a b a M a l l a r m é
q u e sus o b r a s l l e g a r í a n a ser o b j e t o d e c u l t o c a r i ñ o s o e n esta
o b r a A m é r i c a q u e él y a n o a l c a n z ó a s a l u d a r ? " .

E n 1 9 2 9 , e n su a r t í c u l o " L a s J i t a n j á f o r a s " , p u b l i c a d o e n la
r e v i s t r a Libra, e n B u e n o s A i r e s , el m i s m o R e y e s señala e n su
c a t á l o g o j i t a n j a f ó r i c o v a r i a s a p r e c i a c i o n e s a r g e n t i n a s . Créase o
n o , esas a p r e c i a c i o n e s q u e s e ñ a l a r é m á s a d e l a n t e y el r u m o r
h i s t é r i c o - p e t r i f i c a n t e d e unas niñas a cuerda, tienden u n arco
iris c a l i g r á f i c o s o b r e las e s p e r a n z a s " m o d e r n í s i m a s " d e la f u -
tura poesía concreta a r g e n t i n a .

E n p o c a s p a l a b r a s , d i e r o n c a b i d a al a p e l a t i v o " j i t a n j á f o r a s " ,
además del o n d u l a n t e silabeo d e : " F i l i f l a m a alabe c u n d r e / A l a
o l a l ú n e a a l í f e r a / a l v e o l e a j i t a n j á f o r a . . . " , la e c o l a l i a e n l o q u e -
c e d o r a a u n t i e m p o sedante, d e unas M e n i n a s Parisinas q u e al
s o n d e l r u i d o e n los m o ñ o s v o l a d o s , s e p a r a b a n la f o r m a d e l
c o n t e n i d o , el s i g n i f i c a n t e d e l s i g n i f i c a d o , e n las a d o r m e c i d a s
y b u r g u e s a s t e s t a s d e los c o n t e r t u l i o s d e M a r i a n o B r u l l , p o r
esos a ñ o s — 3 0 c r e e m o s — , y — c o m o a m e n i z a S a r d u y c o n sus
r o c o c o e s : " e n esa escena d e e x i l i o a f e l p a d o " d e la d i p l o m a c i a
c u b a n a e n P a r í s . Se t r a t a b a de las p r e c i o s a s n i ñ a s d e l " e x i l a d o "
y d e sus í n f u l a s p o r " r e n o v a r los g é n e r o s m a n i d o s " .

Esas n i ñ a s q u e n a c i e r o n p e i n a d a s r e c i t a b a n " e s o " . Y esos

POEMA M A T E M A T I C O FALLIDO
c h i l l i d o s p e n t a t ó n i c o s d e s o b r e m e s a , f a v o r e c i e r o n el diverti-
mento p o l i f ó n i c o d e los p o e t a s d e l p o r v e n i r . T a m b i é n d i e r o n
p i e al d e r r o c h e d e t i l i n g u e r í a s p l a c e r a s e i n c o n g r u e n c i a s e r ó t i -
cas, d i g n a s d e u n m a m b e a d o l e n g u a r a z d e L u c i o V . M a n s i l l a .
¿Pero p o r q u é a b r i r , c o m o f u e g o , u n j u i c i o q u e es c a l d o de
c u l t i v o c o n t r a la t e o r í a d e los goces? Pues d e b e m o s a c e p t a r
q u e t a n t a e m o c i ó n y t a n t o g a l i m a t í a s f o n é t i c o se h u n d i ó en
u n a a l e g r í a s o m b r í a . D i c e R e y e s e n el m i s m o a r t í c u l o : " M e
asegura B o r g e s q u e e n t r e estos i n t e n t o s d e p o e s í a a b s o l u t a
hay algo d e m a l d i c i ó n b í b l i c a o de amenaza a n t i g u a . . . " Y a
VIGO e m p e z a b a n los i n t e n t o s d e a t a q u e s c o n t r a t o d a u n a e s t é t i c a

29
de f u m i s t a s y de poetas q u e — c o m o t o d o s los poetas— se d i -
v e r t í a n . ¿Y p o r q u é no? ¿En n o m b r e de una " m a l a f a c t u r a " ?
¿O es que acaso ya h a b í a n l e í d o El Uruguayo, de C o p i ? ¿Cuál
era el " p r e c i o de la e s c r i t u r a " ? Si A r i s t ó f a n e s se p e r m i t i ó re-
pasar en la arena h ú m e d a las huellas o n o m a t o p é y i c a s de los
ciuffolotti y de las crestadas aves, ¿por q u é n o p o d í a n atacar,
estos " f a l s o s " poetas, la m i m i d u p l i c a c i ó n de o t r o s " r u i d o s " o
la m i m i - a c i ó n de u n i d i o l e c t o b á r b a r o ?
Pero m i d e b e r , según c r e o , escolar, p o r e x c e l e n c i a , es c i t a r
de la t a b l a de Reyes, r e c i t a r los Adelantos de la Jitanjáfora en
Tierras Argentinas: L u i s Cané habla en sus p o e m a s de la " v a c í a
j i t a n j á f o r a " . A r t u r o C a p d e v i l a , en su Gay Saber ( L a Plata,
1 9 3 7 ) , considera la j i t a n j á f o r a " u n e s f u e r z o hacia la s a l u d " , y
la l l a m a " D e m o n i o de E s c u l a p i o " . R i c a r d o G ü i r a l d e s hace
c o n t e s t a r a u n o de sus personajes " c o n estos r u i d o s " : " H M ,
M. . . H M " . A r t u r o Uslar Pietri en Las lanzas coloradas le hace
e m i t i r al p l a n e o de los caballos u n " ¡ Z U A J ! " . L u g o n e s se
d i v e r t í a c o n D a r í o y R i c a r d o J a i m e s F r e i r e , r e c o p i l a n d o son-
sonetes: " U n i l l o , d o s i l l o , t r e s i l l o , c u a r t a n a , o l o r a m a n z a n a "
. . . Berta S i n g e r m a n recitaba el " C H I V I T O " . E t c . Según Sar-
d u y , para una h i s t o r i a c o h e r e n t e de la l i t e r a t u r a , p o c o t i e n e
q u e ver esta " o l v i d a b l e y b e n i g n a f a r s a " de las J i t a n j á f o r a s , c o n
el p o s t e r i o r r i g o r a n t e el azar de los c o n c r e t i s t a s brasileros. N o
o b s t a n t e , en esta a n é c d o t a desplegada c o n t a n t o s detalles p o r
A . R., se m e o c u r r e q u e h a y una t e n s i ó n y u n a c o m p a c i d a d de
m i t o l o g í a " a d a p t a b l e " a la h i s t o r i a " c o h e r e n t e " de la l i t e r a -
2
tura .
De estas irresponsables j i t a n j á f o r a s se p u e d e pasar f á c i l m e n -
te t r a s p o n i e n d o s ó l o el u m b r a l de una i d e o l o g í a q u e r e i v i n d i -
ca el goce de la e s c r i t u r a , o su d i c h a i n q u i s i t i v a t a n m a l r e c u -
perada— al t e x t o : a u n r e g o d e o f ó n i c o r u n d a n t e para nuestra
escritura. ¿Girondo?
Girondjáforas
A p o g e o de las j i t a n j á f o r a s , los ú l t i m o s p o e m a s de G i r o n d o ,
En la masmédula, se v u e l c a n hacia uns s o t e r r a d a b ú s q u e d a del
a m o r : del c o n t e n i d o o b l i t e r a d o m e d i a n t e una t r a b a z ó n s i l á b i c a :
la p a u l a t i n a y exagerada m i x t u r a de e n j a m b r e s t í m b r i c o s . Fu-
ror fónico.
M a t r i z " a n t r o p o f á g i c a " de la s i g n i f i c a c i ó n , el contenido en
G i r o n d o es una M a d r e de la I n v e n c i ó n : una m á q u i n a f o n o f á g i -
ca, d e v o r a d o r a de s e n t i d o y s o n i d o . El m e c a n i s m o es más e r ó -
t i c o a m e d i d a q u e nos apegamos a u n r e f e r e n t e ya c a í d o en la
r a n u r a d e l t r a g a f o n e m a s . E l cospel se d i r i g e , c o m o u n i s ó t o p o
r a d i a c t i v o , a n u e s t r a m é d u l a : a t o d o s n u e s t r o s sistemas v u l n e -
rables de i n t e r c a m b i o de deseo. La m á s - m é d u l a es el espacio
c o r ( p o r ) a l de u n a s i g n i f i c a c i ó n " c o n s u m i d a " p o r una h i s t o r i a
(vieja) de la l i t e r a t u r a : es el e s t a l l i d o c a r b ó n i c o y o s c u r o y
t r i u n f a l del s e n t i d o .
Estar en la m a s m é d u l a es p e r m a n e c e r en la u t o p í a de u n
e s t r e m e c i m i e n t o h i p e r f ó n i c o : u n r u i d o hiperestelar en el nivel
del t e x t o . Y a h í cabe a q u e l l a sentencia c h i n a : " n u e s t r o c i e l o es
la masa de n u e s t r o p u e b l o y nuestra e s c r i t u r a " .
30
G i r o n d o buscó el s i l e n c i o de u n a a l g a r a b í a , de u n b u l l i c i o
v e r t e b r a l : los ideogramas q u e nos sirven c o m o c o l u m n a e irra-
d i a c i ó n de u n a l f a b e t o p u l s i o n a l : es la e s c r i t u r a . S a l t ó en la
m a s m é d u l a la queja de u n s i g n i f i c a n t e c o n q u i s t a d o y u l t r a j a d o
p o r el lenguaje.
Su p o s i c i ó n f r e n t e a " n u e s t r a " e s c r i t u r a es f u n d a n t e : su
" n h u e v o " n o es c o l o n i a l ; es el n h u e v o r e p r o c h e de la " l i t e r a -
t u r a " a la " e s c r i t u r a " . R e c i t e m o s q u e la " l i t e r a t u r a " representa
u n m u n d o i n f i n i t o y el " t e x t o " figura lo i n f i n i t o del lenguaje
sin saber, sin r a z ó n y sin i n t e l i g e n c i a .
G i r o n d o c r e y ó en la n o v e d a d . E n la " f u n c i o n a l i d a d " , en el
s e n t i d o p o u n d i a n o del t é r m i n o , de la poesía. E n pocas palabras:
c r e y ó en el s e n t i d o . Y hasta — d e s o r g a n i z á n d o l o e n i g m á t i c a -
mente— f u n d ó u n s e n t i d o . L o inventó.
L a diagonal cero
El valor —siempre " r e s i d u a l " — de esta v a n g u a r d i a poética
a r g e n t i n a —aparecida a p a r t i r del N r o . 2 0 de la revista D I A G O -
N A L C E R O , en La Plata, Bs. A s . , 1 9 6 6 — , reside en su p u l s i ó n
de " i n t e g r a c i ó n al a r t e " moderno y a la b ú s q u e d a m i m é t i c a , en
el s e n t i d o más moderno del t é r m i n o , de una h e t e r o t o p í a (el
p o p - a r t , el c i n e , la nueva a r q u i t e c t u r a , las h i s t o r i e t a s , las cien-
cias m a t e m á t i c a s , el f o l k l o r e u r b a n o , la t e l e v i s i ó n ) a costa de
la masacre i n v e n t o r a : " c u a l q u i e r t é c n i c a y su p o d e r n o i n t e n -
c i o n a l t i e n e d o s f i n a l i d a d e s : la d e s t r u c c i ó n y la a m p l i a c i ó n
pero u n solo deseo: la a v e n t u r a . S o b r e las m i l evocaciones de
una palabra emerge a q u e l l a q u e era i n s o s p e c h a b l e p o r destruc-
c i ó n de las 9 9 9 restantes.
" ( . . .) El p o e m a debe ser deshuesado de t o d o c o n t e x t o l i t e
r a r i o " . ( E x t r a c t o d e l a r t í c u l o de J u l i e n B l a i n e , a p a r e c i d o en D.
C. N r o . 2 1 ) .
E n Los Huevos del Plata, U r u g u a y , 1 9 6 8 , E d g a r d o A n t o n i o
V i g o e s c r i b e : " A t o d o esto ¿qué pasaba c o n la poesía a c t u a l en
la A r g e n t i n a ?
" L i b r o s r o m á n t i c o s y sociólogos del m e t r o , cantaban con
f u e r z a " s u r r e a l i s t a " las cosas c o m u n e s q u e p o r r e p e t i c i ó n se
t o r n a b a n baladíes. U n a serie de t é r m i n o s de la " a l t a p o e s í a "
ya n o se e n t r o n c a b a n c o n el real l a t i r de esta segunda m i t a d del
siglo X X d o m i n a d a p o r la I M A G E N .
" L a s revistas l i t e r a r i a s se r e g o d e a b a n en p u b l i c a r el " m e t r o
l i b r e " c o m o el ú l t i m o g r i t o de la m o d a , p e r o se d e l a t a b a n c o n
u n p r e c i o s i s m o t i p o g r á f i c o q u e buscaba a r r a n c a r el b l o q u e de
las letras para p r e t e n d e r hacer la c o m p o s i c i ó n más d i n á m i c a en
el p l a n o - p a p e l . "
El N r o . 2 0 de D.C. nos e n f r e n t a c o n los F O N E T I C - P O P -
P O E M A S , de L u i s Pazos, los I B M de O m a r G a n c e d o y la POE
S I A M A T E M A T I C A de V i g o . Q u e en sus P O E M A S M A T E M A
T I C O S B A R R O C O S ( E d . C o n t e x t e , París, 1 9 6 7 ) , c o r t a , pliega,
agujerea e i m p r i m e s o b r e tres p l a n o s , tres f o n d o s i n t e r c a m b i a -
bles de c o l o r e s d i f e r e n t e s .

La poesía es un hecho que sucede en el mundo exterior.
Su materia son los anuncios de neón, los bocinazos, el
parloteo de la gente, los escaparates. (. . .) Es un hecho
que sucede en la ciudad, a cada instante y a cualquiera.
Mis PHONETIC POP SOUND son imágenes sonoras ex-
traídas de esa fuente inagotable de creación que es la
realidad cotidiana. Pero como esa realidad es infinita,
me he limitado a reunir algunas partes tales como so-
nido roto, pirámide, acumulación, imagen sonora de
montaje seriado, sonido luminoso, doble sonido, enu-
meración, paisaje sonoro y algunas incursiones en el rea-
lismo narrativo como "El Beso", "La Pelea", "El Suceso",
etc. Uds. pueden reunir muchas más.
L u i s Pazos
Más t a r d e se agregan al g r u p o : J o r g e de L u x a n G u t i é r r e z y
Carlos R a ú l G i n s b u r g . Este ú l t i m o e s c r i b e : " L a poesía visual
es u n lenguaje y n o una lengua. Mis p o e m a s n o son s o p o r t e del
s u b c o n c i e n t e , la e m o c i ó n , e t c . ; son una m a t e r i a l i n g ü í s t i c a
t r a b a j a d a v i s u a l m e n t e ; la a u t o e x p r e s i ó n es del lenguaje-grafis-
m o , n o del p o e t a " . ( 1 9 6 8 )
G u t i é r r e z escribe: " f u e n t e s de la c r e a c i ó n p o é t i c a : el f o l k l o -
re u r b a n o , la p u b l i c i d a d , e t c . " . Es d e c i r , la m á x i m a o b j e t i v i d a d
p o s i b l e en c o n t r a p o s i c i ó n a la poesía t r a d i c i o n a l q u e p a r t e del
Y o c o m o f u e n t e de c r e a c i ó n .
" C o m o la palabra poesía es i n s u f i c i e n t e para abarcar t o d o
m i c o n t e n i d o e x p r e s i v o la r e e m p l a z o p o r el t é r m i n o p r o p u e s t o
por O t t o H a h n : A C T U A L I D A D . "
Pazos e s c r i b e : " M i poesía f o n é t i c a se basa en seis s u p u e s t o s :
1) -El m u n d o e x t e r i o r c o m o f u e n t e de la c r e a c i ó n l i t e r a r i a ( o b -
j e t i v i d a d ) ; 2) -La o n o m a t o p e y a c o m o a r q u e t i p o s e m á n t i c o (ba-
sada en la o b s e r v a c i ó n de las h i s t o r i e t a s ) ; 3 ) - L a i m a g e n POP
c o m o t e o r í a de la f o r m a ; 4 ) -El j u e g o ( s e n t i d o del h u m o r c o m o
t e m p l e p o é t i c o ) ; 5) -El o b j e t o ú t i l (en r e e m p l a z o del l i b r o t r a -
d i c i o n a l ) c o m o m e d i o de c o m u n i c a c i ó n ; 6 ) - U n a a x i o l o g í a q u e
t i e n e a la l i b e r t a d c o m o f u e n t e de los valores y al c a m b i o c o m o
m á x i m o valor.
O m a r Gancedo escribe: " L o s equipos electrónicos mecani-
zados r e p r e s e n t a n en sí m i s m o s u n p o d e r o s o p o e m a . P a r t i e n d o
de esta premisa he r e a l i z a d o esta e x p e r i e n c i a p o é t i c a u s a n d o :
Una perforadora m o d e l o 534
Tarjetas I . B . M .
Una Card Intérprete.
" M i s poemas n o son u n t r a b a j o t é c n i c o , sino nuevos ele-
m e n t o s t é c n i c o s usados en la a m b i c i ó n del m u n d o p o é t i c o " .
Me he l i m i t a d o a t r a s c r i b i r , escueta y d e s o r g a n i z a d a m e n t e ,
los p o s t u l a d o s de una p o é t i c a p e r s i s t e n t e : " e n t o d a persisten-
cia h a y una m e m o r i a del j u e g o y de la p o e s í a " . R e c i b o p e r i ó d i -
c a m e n t e los t r a b a j o s de V i g o : o b j e t o s p l u r i d i m e n s i o n a l e s , v i -
s u a l m e n t e s i e m p r e b a r r o c o s , o r g a n i z a d o s s i e m p r e para desorga-
nizar las p e r c e p c i o n e s de su p r i m e r l e c t o r : el " p o e t a " .
E n g e n e r a l , t e ó r i c a m e n t e , la poesía de Diagonal Cero recrea
los p o s t u l a d o s de u n c i c l o p o é t i c o q u e va de la poesía visual a
la poesía " v e r b i v o c o v i s u a l " y f ó n i c a : M a l l a r m é , P o u n d , J o y c e ,
C u m m i n g s . T o d o s los a c o n t e c i m i e n t o s t e ó r i c o - c r í t i c o s deriva-
dos de este c i c l o f u e r o n r e t o m a d o s l u e g o p o r el g r u p o brasilero
Noigandres y f i g u r a n t a m b i é n c o m o s o p o r t e c r í t i c o de Diago-
nal Cero. Eso nos a d v i e r t e sobre el g r a d o de avidez i n t e l e c t u a l
y capacidad integradora del g r u p o .
En un manifiesto que acompaña un objeto M A I L A R T -
W O R K , el p o e t a E d g a r d o A n t o n i o V i g o e s c r i b e : " é p o c a de
crisis, el tembladeral generalizado m u e v e las e s t r u c t u r a s del
ayer f i r m e . La r e a l i d a d c r í t i c a evidencia u n m u n d o en c a m b i o .
Sin e m b a r g o , c o m o desviada c o n t r a d i c c i ó n , en el c a m p o de la
m a r g i n a l i d a d el revival de la "nostalgia" ha n a c i d o . L o c e r t i -
f i c a n : e x p o s i c i o n e s , h o m e n a j e s , búsquedas de p a t e r n i d a d e s y
31
 Al perforar las tarjetas se usaron combinaciones auto-
máticas de acto "reflejo" traduciendo estados emotivos
y ubicación visual.
Las tarjetas perforadas fueron leídas
por la máquina interpretadora.
Para estas lecturas se usa-
ron paneles de controles con programación al azar.
Siguien-
do el desarrollo programado determinadas palabras re-
presentan el apoyo emotivo para la captación del mis-
mo.
La experiencia realizada funciona como un gran cir-
cuito, perfectamente determinado, el cual deberá ser
recorrido por el lector, poniendo su propia capacidad de
creación para poder llegar a determinar lo que ha reco-
rrido íntegramente.

Mirta Dermisache
Omar Gancedo

32
antecedendes de " l o n o v í s i m o " . Esto ú l t i m o , en u n i n t e n t o de
a u t o j u s t i f i c a c i ó n del f u n d a m e n t a l / f u n d a m e n t o del " s a l t o al
v a c í o " que representa t o d a n o v e d a d . (. . .) E n la m a r g i n a l i d a d
no e x i s t e n a n t e c e d e n t e s p r i m e r o s , ni popes e n t r o n i z a d o s , s i m -
p l e m e n t e c o e x i s t e n seres creativos que a m p l í a n , en base a sus
i n t e r c a m b i o s , u n c í r c u l o q u e debe, i m p e r i o s a m e n t e , crear sus
propias f o r m a s y n o u t i l i z a r las p e r i m i d a s de la c u l t u r a o f i c i a l .
N o es el h e c h o c r e a t i v o en sí lo i m p o r t a n t e . S i n o lo es, la ac-
titud del q u e p r a c t i c a la t e n d e n c i a . Si ésta supera el r e s u l t a d o
de la respuesta c r e a t i v a , es b u e n s í n t o m a , p o r q u e esa a c t i t u d
asumida i m p l i c a b a el r e c h a z o de t o d o d e s v í o , m a n t e n i e n d o
una p o s i c i ó n de " r o m p i m i e n t o r e a l " y n o de " r e m o v e d o r
e s m e r a d o " . El e n l a z a m i e n t o de los p r a c t i c a n t e s dará c o m o
f r u t o u n g r u p o en s o c i e d a d , su d e s p e r d i g a m i e n t o , m a n t e n d r á
el estado de a n a r q u í a c r e a t i v a . El p r i m e r o c o r r e r á el c a m i n o ,
ya t r a n s i t a d o , de c a m b i a r para n o c a m b i a r ; el s e g u n d o , será
p a r a l e l o , de e x i s t e n c i a de i m p r o b a b l e c o m p r o b a c i ó n , y guar-
dará ese e x t r a ñ o m i s t e r i o q u e se q u i e b r a , c u a n d o el q u e recibe
está en estado de oir la propuesta".
N o c i ó n de l í m i t e para los herederos del s e n t i d o , la poesía es
la r e d i s t r i b u c i ó n de una m e t á f o r a p e r p e t u a : aquella q u e le de-
vuelve a la n o v e d a d su carácter de p o t l a t c h . Pero sólo en el
s e n t i d o q u e le i n v e n t ó Georges Bataille en su Teoría de los
potlatchs: ambigüedad y contradicción. La c o n t r a d i c c i ó n del
p o t l a t c h no se revela en t o d a la h i s t o r i a , sino más p r o f u n d a -
m e n t e en las o p e r a c i o n e s del p e n s a m i e n t o . La p o s t u l a c i ó n y
el p r o c e d i m i e n t o de la n o v e d a d del t r a b a j o p o é t i c o a f r o n t a
nuestra r i q u e z a a esa t r a b a z ó n , a esa p é r d i d a . La n o v e d a d ,
c o m o la p o e s í a , c o m o el p o t l a t c h , es la búsqueda incensante
de la " i n t i m i d a d d e la p a s i ó n " .
T o d a poesía es e x p e r i m e n t a l : me r e f i e r o a la a u t é n t i c a
poesía de p a s i ó n : n o a a q u e l l a de los b u r ó c r a t a s l i t e r a r i o s
que se e s f u e r z a n p o r i m p o n e r u n e s p l e n d o r d e c e p t i v o del
t r a b a j o p o é t i c o . Es el d e s e q u i l i b r i o que alcanza la lógica de
la m e d i o c r i d a d : la a t a r a x i a dé la p a s i ó n . Suelen excusarse:
"esos c h i c o s v u e l c a n ideas viejas en f o r m a s a p a r e n t e m e n t e
n u e v a s " . L ó g i c a — t a m b i é n — de e x c u s a d o .
La escritura ilegible de Mirta Dermisache
Una casa z e n , a p a r e n t e m e n t e vacía, la voz r e t u m b a , los
gestos f o r z a d o s e n el espacio d i á f a n o dejan en el aire u n
r u m o r de cigarral en la n o c h e del verano. Una mesa b l a n c a ,
de madera p u l i d a , y s o b r e las vetas lucientes, las páginas de
los l i b r o s c o l m a d o s de grafías v i o l e n t a m e n t e m i m é t i c a s en u n
p r i n c i p i o ; después, c o m o los m a n u s c r i t o s de Santa Teresa,
p r o v o c a d o r a s de u n v é r t i g o escritural - c o n el p e r d ó n de la
p a l a b r a - : q u i s e d e c i r : de u n a e x q u i s i t a sensación de escri-
tura.
G r a f o s v o l u m i n o s o s . N e g r o sobre b l a n c o o b l a n c o sobre
b l a n c o , esta e s c r i t u r a s e r e n a m e n t e ilegible r e m i t e a una " f o r -
m a " de p e n s a m i e n t o " v i s i b l e " ; su silencio e s p o n j o s o nos f u e r z a
hacia el e s t a l l i d o i n i c i a l de u n c o n c e p t o —la escritura m i s m a — ;
su estado estable es s e c r e t o .
Barthes, a p r o p ó s i t o de los grafos de M i r t a D e r m i s a c h e , se-
ñala la d i f i c u l t a d de u n p i n t o r c h i n o que r e t o m a b a cada n o c h e
el e j e r c i c i o i n v i s i b l e del t r a z a d o de u n c í r c u l o . U n c í r c u l o per-
f e c t o : " l a esencia de c í r c u l o ; la f o r m a q u e se revierte sobre su
nombre".
B a r t h e s , m a e s t r o , t a m b i é n nos i n d i c a c ó m o M i r t a Dermisa-
c h e , c o n sus " g r a f o s " , nos a p r o x i m a a los p r o b l e m a s t e ó r i c o s
de la e s c r i t u r a . C ó m o l l a m ó nuestra a t e n c i ó n sobre la m a n i
p u l a c i ó n de la m a t e r i a m i s m a de la e s c r i t u r a ; m a e s t r í a —o gesto
sin l í m i t e s , o " k o a n " — de alguien q u e e m p r e n d e la tarea de
avanzar p o r la c o n t i n g e n c i a del deseo. M a n i p u l ó la e s c r i t u r a
a l i n e á n d o l a f u e r a del saber. Sus grafos nada d i c e n , y lo " d i c e n "
t o d o : son la c a l i g r a f í a m i s m a y sus salpicaduras de o r o . I m p e n -
sable ( o ilegible) desde c i e r t o p u n t o en la escala del saber. Le-
g i b l e en t a n t o p r á c t i c a que se d e s e n t i e n d e del saber: ilegible
3
en t a n t o " p r e c i p i t a d o de v i s i b i l i d a d " del p e n s a m i e n t o .
C u a n d o a Barthes se le p r e g u n t ó u n día p o r sus p r o p i a s
g r a f í a s , p u b l i c a d a s p o r p r i m e r a vez en la revista Luna Park,
r e s p o n d i ó : " s i mis grafías son ilegibles, es p r e c i s a m e n t e para
4
d e c i r n o al c o m e n t a r i o " .
Carlos D o n n e l l y señala que la o b r a de M . D . d e b e r í a l l a m a r s e :
5
" a c t o o r i g i n a l , y si no i n é d i t o , a n c e s t r a l " .
E d g a r d o C o z a r i n s k y f u e u n o de los p r i m e r o s a s o m b r a d o s
lectores de esta o b r a " a n c e s t r a l : lo q u e g u a r d a n esas páginas
es el t e s t i m o n i o de una empresa ú n i c a , c u y o s e n t i d o es c u a l -
q u i e r p l a n t e o a c t u a l de las relaciones e n t r e e s c r i t u r a y semán-
tica" . é
Pero además, esta e s c r i t u r a i l e g i b l e , lejos de su e s p o n t a n e i -
d a d , t a m b i é n parece d e c i r n o s , c o m o el Diario de N i j i n s k y : " s o y
la c a r t a , y la p l u m a y el p a p e l " . S o y la esencia y la d i v i n i d a d
de la e s c r i t u r a . Pero se t r a t a , t a l vez, de una d i v i n i d a d e s q u i -
z o f r é n i c a : la d i v i n i d a d q u e d e t e r m i n a el paso del s u j e t o p o r
t o d o s los p r e d i c a d o s p o s i b l e s . Es la escritura m i s m a p e r o " n o
e x i s t e nada de o r i g i n a r i o " .
S o y T h o t h , no s o y T h o t h , soy el g r a f o soy el c u e r p o soy el
l i b r o s o y el deseo. S o y D e r m i s a c h e : " n a d a de p r o b l e m a de sen-
t i d o , s i n o t a n s o l o de uso. Nada de o r i g i n a r i o n i de d e r i v a d o ,
s i n o una d e r i v a c i ó n g e n e r a l i z a d a " 7.
1. Cf.: Alfonso Reyes, La experiencia literaria, Losada, Bs. As., 1969,
pág. 182.
2. Cf.: Severo Sarduy, "Hacia la concretud", en Blanco, otoño 1979,
pág. 13.
3. Cf.: César Aira, Senta em cima, producciones críticas, 1978, inédito.
4. Cf.: Roland Barthes, en Luna Park 2, Transédition, Bruselas, 1976,
págs. sin numerar.
5. Cf.: Carlos Donnelly, " M i r t a Dermisache y la Invención de una Es-
c r i t u r a " , en ARTINF nro. 19, Bs. As., 1972.
6. Cf.: Edgardo Cozarinsky, " U n grado cero de la escritura", en Pano-
rama, Bs. As., abril 2 1 , 1970.
7. Cf.: Gilíes Deleuze y Félix Guattari, El antiedipo, Barral Ed., Bar-
celona, 1972, pág. 38.
33
SUSANA POUJOL
Poemas

Destino

Solemos decidir
con probada impaciencia
dice Artemisa la casta de m i r a d a p e r t u r b a d o r a /
el aire
n o se a q u e j a
de i n f o r t u n i o s
sí
nuestro corazón
dice Dafne ( u n laurel que rodea la f r e n t e de A p o l o ) :
el a m o r
se e s t r a t i f i c a
en el p e r i s t i l o del t e m p l o
lámparas votivas
para V e s t a y
los siglos
se c o n s u m e n
en el f u e g o /
una m i r a d a
de m á r m o l
dice A f r o d i t a : n o o y e el beso
(es m u y a n t i g u o
y se p e r d i ó )
la S i b i l a
desea p r o f e t i z a r
lo sé
q u e ( ' ) sobre-vendrá
q u e ( ' ) sobre-vivirá
viejas pasiones
re-corporizadas
Vieja Rueda
de la F o r t u n a
decidir
sabemos
en v a n o
34
 ya que la Historia es siempre y ante todo una elección y los límites de esa elección.
R o l a n d Barthes
una verdad-era palabra
torpes cantos
al f i n a l d e la n o c h e
cuando(no) existen
m a r i p o s a s elegidas
(calcar sus alas
bajo tenue luz):
brillo atmos-fe(e')rico
s o b r e la p i e l
estridencia de las m a n o s
abiertas crucificadas
en s i l e n c i o sin saber
del m a d e r o ni de la r a z ó n
de la n o c h e al f i n a l
cantos torpes verdadera
palabra una
Elección

C o m o Paolo y F r a n c e s c a (versión)

la s e p a r a c i ó n de los c u e r p o s es
caprichosa la de los e s p í r i t u s t a m b i é n
s o b r e las aguas
dos tréboles
hojas jugosas
h a s t i a d a s / de sus n e r v a d u r a s
se d i v i d e n :
resta u n a Iínea seca
una e c u a c i ó n
f a l l i d a (o e r r ó n e a )
:los e s p í r i t u s
c o n las carnes
se d i s u e l v e n
transitan
alargándose
alrededor
del f u e g o c o m o fantasmas
c o m o hojas
en el d e s i e r t o e x p r i m e n el j u g o
q u e les q u e d a
navegan-sé
en el aire
duele hueles
a infierno
 Subleva(sé) c o t i d i a n a m e n t e
el t i e m p o
la p r e g u n t a
reclinado
s o b r e su h o m b r o
un payaso
mueve/esa cara-mueca
de h a r i n a :
la f i c c i ó n t i e n d e
la r e d
se c a e r á n / s e g u r a -
(mente)
del t r a p e c i o
los
ángeles d e s v a n e c i d o s
creen
en alas
todavía/
p e r o el v i e n t o
dispersa
las p l u m a s :
en r e a l i d a d
n o creen
Ultimo trazo A c t o de fe
La c u r v a de la i m a g e n
era Fra A n g e l i c o
los c o l o r e s p u r o s beatífico
era la a r m o n í a d e l c o s m o s
c o n la clave
de a q u e l l o s n ú m e r o s a b b e l i a n o s i n f i n i t o s
p e r o se d e t i e n e
la m ú s i c a de las esferas:
los s o n i d o s g a l o p a n / e n l o q u e c e n / c a o t i z a n
la m a t e r i a
los astros g i r a r á n
(dicen)
en otras direcciones
nada sabemos a ú n la n o t i c i a t a r d a
es demasiado peligroso
estar parado
sin saber q u é hacer

Hace falta
un refugio
p u e d e ser
la M a d o n n a
dice
Fra A n g e l i c o
36
EMETERIO CERRO
La Barrosa (fragmentos)

la Barrosa abate fue

quien la r a m a novia
h i r i e n t e sed Diablo fue
vierte muerde Roma
cabalgante
quien Diablo gritona
tonsurada espacio montaña tranqueras
mano espanta redondas
desrizan la plaza marcaron
polen Diablo mordida
quien
abotonadas granito lloraba
cuchillas canela
boga espina el pavo
ay! Diablo tabaca
desgarra pico asustado colmillos
arcángela furiosos
herida espuelas
puja v u e l o mira sureñas
ay Diablo tira
sonrosada onda buche el p a v o
puñal Diablo amado
mordisco punza resbala
del canela paisanas
Diablo Lebrel elpavo gallinas
ay! la indiada
ay! historia
placientes plagas palidecen
que el d i e n t e engaño
enfanga l e n t o
la Barrosa del
velo inspira
estos h e r m a n o s
eros letargos
espacia ella
escasos sueños
emboscada alga
del dios p u d e n d o s
cuelgan r e t o ñ o s
p u d e n d o s los ojos
retoños otoños
los ojos volantes

briosos palacios que ruedan

priores y lustros que vengan
dioses e m p o r i o s que sueldan
briosos palacios que ruedan
biliosos bustos q u e va
prisiones tierras
briosos
sion plata
ata pan
dan f r í o s
t r í o s sus
suspiros
pirros
el Dios
píos de A r g e l
leves d i o
v i o pieles
mieles son
d o n suerte
D i a b l o Lebrel m u e r t e Dios
frente
tiara
risa
silva
vino
nimbo
vierte
La Barrosa e n f u n d a d a tiza
báscula r e n c o r hierve
e n f u n d a d a en su nieve
rencor e x p a n d e vestal
nieve del v i e n t r e sol
vestal c o l u m n a
sol
38
la Barrosa E T E R N A
sus lazos E T E R N A
ETERNA
ETERNA
hiende E T E R N A
la Barrosa E T E R N A
e m b r i a g a n t e s están
embozada de enormes hembras
e m b o b a n t e hedor
encantos

M O R T A L E S ojos turbas
ahuman su t o s c u r v a
g u t u r a l e s los m u r o s
n ú m e n e s los susurros
n u n c i o s los b r a v o s b l a n c o s
p u n c i o n a n vastos f l a n c o s
ahuman
s u
Luz Barrosa L u z
t u g u r i a estela
suma u n t u o s a
urticante Luz
L u z Barrosa L u z
furia humana
cuna arpista
muerta arma Luz
L u z Barrosa L u z
f u m a venganza
luna la lanza
mustios ojos Luz
L u z Barrosa L u z
t u g u r i a estela
suma u n t u o s a
urticante Luz

S o y Barrosa E t e r n a idilio muerte

b u r l a d o r a del D i o s impostergable
del h o m b r e m i r a d a historia veloz
al sol a m a d a histriona mi voz
derramo pierna cansancio m u e r t e

a b a l d o n a d a v e l l u d a a p e l o t o n a el iris insano y h u m a n o c a n d o r , m i r a a b a l a n z a n d o su abadesa c o p a B a r r o s a , m i r a ,

t r i u n f a l y i m p e r i o s a al a b a n d e r a d o b a s t i ó n a D i o s a m a ñ a d o t r i s t e b o r r i c o h i n c h a d o , m i r a a b i g a r r a d a cara abanica
bálsamos p o r s u m a r b a r r i d o h i j o i n c i e r t o , m i r a , a m i l a n a d a ceja m a n c e b a p o r su m a r b a r r i d o h i j o , m a n c e b a de la
b a l b u c i e n t e h e r i d a i n d i a I f i g e n i a i n c u b a n t e del D i a b l o L e b r e l , m i r a , m i r a i m p á v i d a i n d i g e n t e , m i r a , m i r a m a l ,
maldita.

a b a l d o n a d o el p e n s a m i e n t o a q u e l a r r e , del v i e n t o
del v i e n t o a q u e l a r r e , derrumba
el v i e n t o , el d e l a t o r i n v e n t o a m a r r a su t u m b a
t a l ó n y a m b r o s í a , a l u n a la B a r r o s a , su roja m o z a
salón a b e t o y , la luz p í a l u n a , e s t r u e n d o s a t o g a
avejona hila l u z , t í a p l u m a e s p l e n d o r o s a voga
t a l ó n ave d o m a , a m b r o s í a a l u n a la Barrosa su roja

39
salada Barrosa su l o m o m a j e s t u o s o r e m o n t a e s p l e n d e
Barrosa los m a g a l l a n e s j u n c o s sotanas q u e
los m a g a l l a n e s d i g e r í a n i n m e n s a
digerían carroza
carroza

Su l o m o m a j e s t u o s o r e m o n t a e s p l e n d e p a ñ o l e t a l a b i o
majestuoso altar que aspirando herencias
a l t a r del a b i s a g r a d o d e s t i n o
posa la b a r r o s a a b a t i d a i n s e n s a t a m e n t e j o v e n d e s p e i n a v i r g i n a l e s d e l i n c u e n t e s m a n o s
La Barrosa a b i g a r r a d a paja e m b a r b a sus m u s l o s
los b a r b i j o s e c l i p s a d o s e m b a r r a n c a d a la t i e r r a ,
E t e r n a , d i f u s a s lenguas t r a í a n serafines
drenantes pecados, E t e r n a , miraba
e s t a m b r e , E t e r n a , d e diosa a n i d a n d o m a n o
d e l i n c u e n t e m e n t e las b o c a s , E t e r n a , r o í a n
e m b r e a n d o los n u d o s o j i v o s , E t e r n a , ella e x p e l e
los b r a z o s d e s a t a d o s
soleados m o n t e s e u c a l i p t o s
e r a n c r i s t o s meses
veces
soleados m o n t e s e u c a l i p t o s
eran cristos estremecidos
enardecidos zorrinos

soleados m o n t e s d o n o s o s
eran vuelos escamados fosos

La B a r r o s a reposa
m o z a lengua vela
breve esposa
colosa bobada
porosa
porosa
porosa
está
olvidada
diosa
ola

diosa
ola

diosa
ola

mi

cruz
40
POESIA
Si b i e n n o es n o v e d o s o señalar q u e la E d a d M e d i a en la Pe-
n í n s u l a Ibérica f u e u n c o n s t a n t e i n t e r a c t u a r de i n f l u e n c i a s
raciales y c u l t u r a l e s , parece i n t e r e s a n t e ver a través del can-

MEDIEVAL
c i o n e r o g a l a i c o - p o r t u g u é s algo de esa d i n á m i c a , además de
otras c a r a c t e r í s t i c a s .

GALAICO La c a n t i g a , o cantiga en el decir a r c a i c o , c o m o f o r m a de

c o m p o s i c i ó n p o é t i c a f u n d a m e n t a l del m e d i o e v o g a l l e g o - p o r t u -
gués, t u v o c u a t r o d i f e r e n t e s m o d o s : cantigas de escarnio y de

PORTUGUESA maldecir - - d e f o n d o s a t í r i c o e i n s u l t a n t e — , y cantigas de amor

y de amigo —de naturaleza l í r i c a , y d o n d e resulta más clara su
ascendencia e x t r a p e n i n s u l a r - . D e c i m o s apenas " e x t r a p e n i n -
s u l a r " , p o r q u e su o r i g e n preciso a ú n está s i e n d o d i s c u t i d o . Se
a f i r m a q u e las cantigas de amor y de amigo h a b r í a n s i d o i n t r o -
ducidas p o r los árabes, m e d i a n t e sus j a r c h a s (palabra q u e e t i -
m o l ó g i c a m e n t e significa salida, y designa a u n t i p o de e s t r o f a
Introducción y versiones en lengua m o z á r a b e v u l g a r ) . E n e f e c t o , e s c r i t a s — e n su v e r s i ó n
o r i g i n a l — en lengua r o m a n c e , c o n a b u n d a n t e i n c l u s i ó n de vo-

de Nahuel Santana cablos árabes; D á m a s o A l o n s o las l l a m ó cancioncillas

mozárabes. Textos N° 1 y N° 2. Las j a r c h a s recién descubier-
de amigo

tas p o r el hebraísta S. M . S t e r n , en 1 9 4 8 , serían recogidas en

p u b l i c a c i ó n c i n c o años después (Les Chansons Mozárabes, Ed.
de la U n i v e r s i d a d de P a l e r m o , I t a l i a , 1 9 5 3 ) .

A u n q u e las fechas de n a c i m i e n t o de los posibles a u t o r e s de

los Textos N° 1 y N° 2 no dejan lugar a dudas en c u a n t o al
carácter p r e c u r s o r de los m i s m o s , t a m b i é n se suele señalar (he
a q u í la referencia a u n p o s i b l e o r i g e n g e r m á n i c o ) q u e el p r o p i o
C a r l o m a g n o ( 7 4 7 - 8 1 4 ) m a n d ó p r o h i b i r a las abadesas q u e es-
cribiesen y / o m a n d a s e n winileodos, t é r m i n o q u e significa pre-
c i s a m e n t e cantares de amigo. E n c o n t r a de esta p r e s u n c i ó n , el
h e c h o de q u e la m ú s i c a que c o r r e s p o n d e a las cantigas sea de
e v i d e n t e o r i g e n árabe ( c o m o los a c o m p a ñ a m i e n t o s musicales
t r a n s c r i p t o s sobre la p r i m e r a c o p l a o estrofa de las cantigas de
Sancta María, de A l f o n s o X el Sabio) lo t o r n a más e l o c u e n t e .

Del p r o b a b l e o r i g e n c a r o l i n g i o , pasando p o r los evidentes

t e x t o s m o z á r a b e s , c l a r a m e n t e d e f i n i b l e s c o m o cantigas de ami-
go, llegamos a una c o m p o s i c i ó n p r e c u r s o r a de la poesía m e d i e -
val g a l a i c o - p o r t u g u e s a , o b r a del Rey S a n c h o I de P o r t u g a l , de-
dicada a Maia País -Ribeiro ( " l a R i b e i r i n h a " , r e c o n o c i d a a m a n -
te del m i s m o ) , en la que se puede apreciar la i n t e r e s a n t e carac-
t e r í s t i c a ( c o m ú n en este t i p o de pieza) del " d e s d o b l a m i e n t o "
del a u t o r , hasta alcanzar el - supuesto— e n u n c i a d o de la dama
c o r t e j a d a . Texto N° 3.

Si bien este t i p o de t r a s l a c i ó n del Y o e n u n c i a n t e ya se da en

las j a r c h a s m o z á r a b e s , es c o n la i n f l u e n c i a p r o v e n z a l q u e se
p r o f u n d i z a r í a la e x q u i s i t e z f o r m a l , Texto N° 4; para r a d i c a l i -
zarse luego en lo r í t m i c o y f o n é t i c o , Texto N° 5. M e n é n d e z
Pidal señala, d e s i g n á n d o l a c o m o " r e t r o u s o da c a n t i g a " , c i e r t o
t i p o de c a r a c t e r í s t i c a f o n é t i c a s i m i l a r en algunos e s t r i b i l l o s
o n o m a t o p é y i c o s c o m o : " a i l a l i l á ailalilá / x e " e m p l e a d o s casi
s i e m p r e c o m o e x p l e t i v o s . Pero no es a l l í d o n d e t e r m i n a el va-
lor f o n é t i c o del e s t r i b i l l o de la cantiga g a l a i c o - p o r t u g u e s a : no
nos r e f e r i m o s a la mera m u s i c a l i d a d r e q u e r i d a para el c a n t o del

41
texto. E n el p r o p i o Texto N° 5, p e r t e n e c i e n t e al R e y D o n De-
n í s d e P o r t u g a l , el j u e g o p r e d o m i n a n t e entre fricativas y oclusi-
vas t i e n e u n valor s e m á n t i c o e v i d e n t e , y lleva a p l a n t e a r serias
d u d a s a c e r c a d e la " i n g e n u i d a d " o i n t e n c i ó n d e l autor.

Hay que t e n e r e n c u e n t a q u e la p r o d u c c i ó n de D o n Denís

d e P o r t u g a l s u r g í a b a j o g r a n d e s i n f l u e n c i a s d e la p o e s í a proven-
zal, debidas, i n c l u s o , a su educación y a la f r e c u e n t a c i ó n que
a su c o r t e h a c í a n los p o e t a s del s u r d e F r a n c i a , c o n t o d a su car-
ga d e r e g l a s d e p o e t i z a r , como l a s Leys d'amor, códigos en los
q u e s e m a r c a b a la c o m p l e j i d a d d e s u i n q u i e t u d poética.

E n e l Texto N° 5, no es difícil e n c o n t r a r pautas que a me-

d i a d o s de n u e s t r o siglo d e s a r r o l l a r í a el g r u p o T e l Q u e l , e n Fran-
cia, mediante la f u s i ó n d e a l i t e r a c i o n e s p r o d u c i d a e n la i n t e r r e -
lación fonética de significantes. Experiencias similares —en
literatura de lengua portuguesa— p u e d e n señalarse e n el poeta
brasileño Mario Chamie (creador de la poesía praxis y de su
teoría, en 1962, b a s a d o e n el p r o c e s o d e a s o c i a c i ó n f o n é t i c a y
semántica), de quien podemos considerar este verso: "fofo
cieno, m u c h o lodo, fértil m o h o " , por dar un breve ejemplo.

Es interesante observar la evolución que se da desde los

primeros textos de l a s cantigas de amigo (S. XII), con claras
influencias árabes, tanto en la musicalización de los textos
cuanto en el desdoblamiento del Yo enunciante. En Macías
(S. XIV), se puede a p r e c i a r el paso de la c a n t i g a al poema,
Texto N° 6. E n é s t e , a ú n c a t a l o g a b l e c o m o cantiga de amigo,
el " d e s d o b l a m i e n t o " d e l Y o e n u n c i a n t e c e d e s u l u g a r a la p r o -
pia e n u n c i a c i ó n del autor, dada " e n c o n f i d e n c i a " a un amigo-,
de esta f o r m a el Yo e x i s t e n c i a l logra su velamiento a través
del n i v e l d e p o e t i c i d a d , o d e l i r i s m o , a l c a n z a d o , y n o e n el " v e -
larse" detrás del supuesto enunciado de otro emisor (dama
c o r t e j a d a ) . M e d i a n t e ese r e c u r s o se logra c o n f o r m a r , en b u e n a
p a r t e , la t e n s i ó n s i g n i f i c a n t e d e l poema.

Si bien estamos intentando remarcar algunas aristas "for-

males" de la p o e s í a medieval galaico-portuguesa, no hay que
o l v i d a r e l d i v e r s o c a r á c t e r c o m u n i c a n t e , celebratorio o denun-
ciatorio, q u e l a s cantigas de amor y de amigo y l a s de escarnio
y de maldecir implican r e s p e c t i v a m e n t e . U b i c a n d o el carácter
celebratorio e n l a s p r i m e r a s , s e h a c e m á s e v i d e n t e el h i p e r b ó l i -
c o á n i m o denunciatorio q u e c o n l l e v a n l a s cantigas de escarnio
y de maldecir, e n las q u e la i n q u i e t u d c o m u n i c a n t e llega a d e s -
p o j a r s e d e t o d a s u t i l e z a , a s u m i e n d o así lo q u e Xosé Landeira
Y r a g o define c o m o "imagen brutal que subsiste en connotacio-
nes del gallego p o p u l a r " , Textos N° 7, N° 8 y N° 9, "in cres-
cendo".

En la s e l e c c i ó n p r e s e n t a d a , se i n c l u y e u n a d e las r a r a s 35
cantigas profanas de A l f o n s o X el S a b i o — q u e h a n p o d i d o lle-
gar a n u e s t r o s d í a s — . D e este i m p o r t a n t e a u t o r , p o r c o n s i d e r a -
c i o n e s d e o r d e n m o r a l , sólo se h a n d i v u l g a d o sus t e x t o s d e c o r -
t e r e l i g i o s o . E n g e n e r a l , g r a n p a r t e d e la p r o d u c c i ó n d e cantigas
de escarnio y de maldecir h a d e s a p a r e c i d o , f r u t o d e la intole-
r a n c i a y la p e r s e c u c i ó n .
Texto No 1

¿Dices q u e eres a d i v i n a
y a d i v i n a s en v e r d a d ?
D i m e cuándo me vendrá
m i a m i g o Ishaq.

G A R E S yes d e b i n a / e debinas bi-l-haqql / G a r m e k á n d me

b e r n á d / m i ó habibi Ishaq.

Y o s e f el Escriba - G r a n a d a S. X I

Texto N ° 2

D e c i d vos, a y , h e r m a n i t a s ,
cómo contendré mi mal.
N o v i v i r é sin m i a m i g o :
¿a d ó n d e le i r é a buscar?

' G A R I D bos, ay y e r m a n e l l a s , / k o m k o n t e n e r he n e w m a l e . /
S i n al-habib n o n b i b r e y o : / ¿ad o b l ' i r e y d e m a n d a r e ?

Y e h u d a Ha L e v y - I z n a t o r a f S. X I

Texto N ° 3

¡ A y , y o , desgraciada!
¡ C u á n t o v i v o en gran c u i d a d o
por mi amigo
q u e he a l e j a d o !
¡Mucho me tarda
m i a m i g o en la G u a r d a !

¡ A y , y o , desgraciada!
¡ C u á n t o v i v o en gran deseo
por mi amigo
que tarda y no veo!
¡Mucho me tarda
m i a m i g o en la G u a r d a !
* Guarda: ciudad portuguesa (N. del T.)

¡Al, E U , c o i t a d a ! / ¡ C ó m o v i v o en gran c u i d a d o / p o r m e u
a m i g o / q u e hei a l o n g a d o ! / ¡ M u i t o m e tarda / o m e u a m i g o na
G u a r d a ! / / / ¡ A i , e u , c o i t a d a ! / ¡ C ó m o v i v o en gran d e s e x o /
por meu a m i g o / que t a r d a e n o n v e x o ! / ¡ M u i t o m e t a r d a / o
m e u a m i g o na G u a r d a !

Don S a n c h o I - P o r t u g a l S. X I I

43
Texto N ° 4

Las flores de mi amigo

briosas van en el n a v í o .
i Y se van las flores
de a q u í bien c o n m i s a m o r e s !
Idas son las flores
de a q u í bien c o n m i s amores.

i Las flores de mi a m a d o
briosas van en el b a r c o !
¡ Y se van las flores
de a q u í bien c o n mis a m o r e s !
Idas s o n las flores
de a q u í bien c o n mis a m o r e s .

Briosas van en el n a v i o
para llegar al herido,
¡Y se van las flores
de a q u í bien con mis a m o r e s !
Idas son las flores
de a q u í bien con mis a m o r e s .

Briosas van en el barco

para llegar al postrado
i Y se van las flores
de a q u í bien c o n mis a m o r e s !
Idas son las flores
de a q u í bien c o n mis a m o r e s .

Para llegar al h e r i d o ,
a servirme lo q u e r i d o .
i Y se van las flores
de a q u í bien c o n mis a m o r e s !
Idas son las flores
de a q u í bien c o n mis a m o r e s .

Para llegar al postrado,

a servir mi cuerpo loado.
i Y se van las flores
de a q u í bien con mis a m o r e s !
Idas son las flores
de a q u í bien c o n mis amores.

A S F R O R E S d o m e u a m i g o / briosas van n o n a v í o . / ¡E ¡E vanse

as frores / d a q u i ben c o n meus a m o r e s ! / Idas son as f r o r e s /
d a q u í ben c o n meus a m o r e s . / / / ¡As
daquí ¡As f r o r e s d o m e u a m a d o /
briosas van no b a r c o ! / E vanse as f r o r e s / ddaaq u ií' ben c o n meus
a m o r e s ! / Idas son as f r o r e s / ddaquí
a q u i ben c o n meus amores. / / /
Briosas van n o n a v íi o / para chegar ao f e r i d o . / ¡E ¡E vanse as f r o -
44
 res / d a q u i ben c o n m e u s a m o r e s ! / Idas son as f r o r e s / d a q u í
ben c o n meus a m o r e s . / / / Briosas van n o b a r c o / para chegar ao
f o s a d o . / ¡E vanse as f r o r e s / daquí ben c o n meus a m o r e s ! /
Idas son as f r o r e s / d a q u í ben c o n meus a m o r e s . / / / Para che-
gar ao f e r i d o , / servir m i , c o r p o b e l i d o . / ¡E vanse as f r o r e s /
d a q u i ben c o n meus a m o r e s ! / Idas son as f r o r e s / daquí ben
c o n meus a m o r e s . / / / Para chegar ao f o s a d o , servir m í , c o r p o
l o a d o . / ¡E vanse as f r o r e s , / daquí ben c o n meus a m o r e s ! /
Idas son as f r o r e s / daquí ben c o n meus a m o r e s .
v a n t o u s e a l b a , / e vai lavar delgadas / n o a l t o , / vailas lavar alba.
/ / / E vai lavar camisas, / levantouse a l b a , / o v e n t o llas desvía /
no a l t o , / vailas lavar alba. / / / E vai lavar delgadas, / levantouse
a l b a , / o v e n t o llas levaba / no a l t o , /vailas lavar a l b a . / / / O v e n t o
llas desvia, / levantouse a l b a . / / / O v e n t o llas levaba. / levan-
t o u s e a l b a , / meteuse alba en saña / no a l t o , / vailas lavar alba.
Rey Don Denís de Portugal
C o i m b r a S. X I I I

Paio G ó m e z Chariño - G a l i c i a S. X I I I
Texto N ° 6

Texto N ° 5 C a u t i v o de m i t r i s t u r a
ya t o d o s p r e n d e n e s p a n t o
L e v a n t o s e la b e l d a d , y preguntan qué ventura
se l e v a n t ó a l b a , fue que me a t o r m e n t a t a n t o .
y va a lavar camisas Mas n o sé en el m u n d o , a m i g o ,
en lo a l t o , a q u i e n más de m i q u e b r a n t o
va a lavarlas a l b a . diga de esto q u e os d i g o :
Q u i e n esté b i e n , n u n c a d e b í a
L e v a n t o s e la l o z a n a , pensar q u e le hacen f a l s í a .
se l e v a n t ó a l b a ,
y va a lavar t r a m a s C u i d é s u b i r en alteza
en lo a l t o , por cobrar m a y o r estado
va a lavarlas a l b a . . y c a í en t a l p o b r e z a
que m u e r o desamparado
Y va a lavar camisas, c o n pesar y c o n d e s e o ,
se l e v a n t ó a l b a , q u e os d i r é , d e s g r a c i a d o ,
el v i e n t o las desvía p o r lo q u e sé b i e n y v e o :
en lo a l t o , Si el l o c o q u i e r e , más a l t o
va a lavarlas a l b a . s u b i r , dará m a y o r s a l t o .

Y va a lavar t r a m a s , Pero m e f u i a e n s o m b r e c e r ,
se l e v a n t ó a l b a , p o r q u e m e daba pesar
el v i e n t o las llevaba m i l o c u r a así al c r e c e r ,
en lo a l t o , y muero por enturbiar
va a lavarlas a l b a . c o m o q u e y a más n o h a b r é
si n o q u e ver y desear
El v i e n t o las d e s v í a , y p o r e l l o así d i r é :
se l e v a n t ó a l b a , Q u i e n s ó l o en cárcel v i v i e r e
y m e t i o s e alba en ira s ó l o en cárcel m o r i r q u i e r e .
en lo a l t o ,
va a lavarlas a l b a . Mi aventurada demanda
me e x p u s o a t a n t a d u d a
El v i e n t o las llevaba, que mi corazón me manda
se l e v a n t ó a l b a , q u e a ú n le m a n t e n g a m u d a ;
y m e t i o s e alba en saña p o r q u e así n o sabrán
en lo a l t o , los más de m i pena c r u d a ,
va a lavarlas a l b a . aunque algunos d i r á n :
L E V A N T O U S E A b e l i d a , / levantuose alba, / e vai lavar c a m i - C a n r a b i o s o es cosa brava
sas / no a l t o , / vailas lavar a l b a . / / / L e v a n t o u s e a louzana / le- q u e hasta a su d u e ñ o le t r a b a .

45
C A T I V O de m i ñ a t r i s t u r a / xa t o d o s p r e n d e n e s p a n t o / e pre-
g u n t a n q u é v e n t u r a / f o i q u e m e t o r m e n t a t a n t o . / Mais n o n sei
no m u n d o a m i g o / a q u e m máis de m e u q u e b r a n t o / diga desto
que vos d i g o : / Q u e m ben see, n u n c a d e b í a / al pensar, q u e faz
f o l í a . / / / C u i d é i s o b i r en alteza / por c o b r a r m a i o r estado / e
caí en tal p o b r e z a / q u e m o i r o d e s a m p a r a d o / c o n pesar e c o n
desexo, q u e vos d i r é i , m a l f a d a d o , / o que eu ben sei e v e x o : /
C u a n d o o l o u c o q u e r máis a l t o / s o b i r , p r e n d e m a i o r s a l t o . / / /
Pero q u e p r o b é i sandece, / p o r q u e me deba pesar / m i ñ a l o u c u -
ra asi cresce / q u e m o i r o p o r en t o r b a r ; / pero máis n o n haberéi /
se n o n ver e desexar, / e p o r é n asi d i r é i : / Q u e m en cárcer sol
viver / en cárcer desexa m o r r e r . / / / M i ñ a v e n t u r a en d e m a n d a /
me pós en a t á n d u l t a d a / q u e m e u c o r a z ó n m e m a n d a / que
sexa s e m p r e negada: / pero máis n o n saberán / de m i ñ a c o i t a
lacerada / e p o r é n asi d i r á n : / Can rabeoso é cousa brava, / de
seu señor se e q u e t r a b a .
Macías - G a l i c i a S. X I V
N O N Q U E R O eu d o n c e l a fea / q u e a n t e a m i ñ a p o r t a pea. / / /
N o n q u e r o eu d o n c e l a fea / e negra c o m o c a r b ó n , / q u e ante a
m i ñ a p o r t a pea, / nen faga c o m o sisón. / N o n q u e r o eu d o n c e l a
fea / q u e a n t e a m i ñ a p o r t a pea. / / / N o n q u e r o eu d o n c e l a fea /
e velosa c o m o c a n , / q u e a n t e a m i ñ a p o r t a pea, / nen faga co-
m o a l e r m á . / N o n q u e r o eu d o n c e l a fea / q u e a n t e a m i ñ a p o r t a
pea, / N o n q u e r o eu d o n c e l a fea / q u e há brancos os cabelos, /
que a n t e a m i ñ a p o r t a pea, / n e n faga c o m o c a m e l o s . / N o n
q u e r o eu d o n c e l a fea / q u e a n t e a m i ñ a p o r t a pea. / / / N o n q u e -
ro eu d o n c e l a f e a / vella de má c o r , / q u e a n t e a m i ñ a p o r t a pea,
/ nen m e faga í p e o r . / N o n q u e r o d o n c e l a fea / q u e a n t e a m i ñ a
p o r t a pea.
A l f o n s o X el Sabio - T o l e d o S. X I I I

Texto N ° 7

N o q u i e r o d o n c e l l a fea
q u e a n t e m i p u e r t a pedea.

N o q u i e r o d o n c e l l a fea
y negra c o m o el c a r b ó n ,
que ante m i puerta pedea, Texto N ° 8
ni q u e haga c o m o el r a s c ó n .
N o q u i e r o d o n c e l l a fea A vos, D o ñ a Abadesa,
q u e ante m i puerta pedea. de m i , D o n F e r n a n d o E s q u í o ,
estos presentes e n v í o ,
N o q u i e r o d o n c e l l a fea p o r q u e sé q u e sois esa
y peluda c o m o leona, d o ñ a q u e b i e n lo m e r e c e s :
que ante m i puerta pedea, c u a t r o carajos franceses
ni q u e parezca u n a m o n a . y dos para la p r i o r e s a .
N o q u i e r o d o n c e l l a fea
que ante m i puerta pedea. Pues q u e sois a m i g a m í a ,
n o q u i e r o el gasto m i r a r ,
N o q u i e r o d o n c e l l a fea y os q u i e r o y a esto d a r
q u e t e n g a b l a n c o el c a b e l l o , con toda urgente guía:
que ante m i puerta pedea, c u a t r o carajos de m e s a ,
ni h u e l a c o m o u n c a m e l l o . que me d i o una burguesa,
N o q u i e r o d o n c e l l a fea en sendas vainas de l í a .
q u e a n t e m i p u e r t a pedea.
M u y b i e n se p a r e c e r á n
N o q u i e r o d o n c e l l a fea si es q u e llevan c o r d o n e s
vieja y de m a l c o l o r , de dos pares de c o j o n e s ;
q u e a n t e m i p u e r t a pedea, y a h o r a os v o y a d a r :
ni haga cosa m u c h o p e o r . c u a t r o carajos asnales
N o q u i e r o d o n c e l l a fea e n m a n g a d o s en c o r a l e s ,
q u e a n t e m i p u e r t a pedea. c o n los q u e c o r t e s el p a n .
46
A V O S , D o n a A b a d e s a , / d e m i m , D o n F e r n a n d o E s q u í o , / es-
tas d o a s vos e n v í o , / p o r q u e sei q u e sodes esa / d o n a q u e as
m e r e c e d e s : / c a t r o c a r a l l o s f r a n c e s e s / e d o u s aa p r i o r e s a . / / /
Pois sodes a m i g a m i ñ a , / n o n q u e r o a c u s t a c a t a r , / q u é r o v o s
xa e s t o d a r , / ca n o n t e ñ o al t a n a x i ñ a : / c a t r o c a r a l l o s d e m e s a ,
/ q u e m e d e u u n h a b u r g u e s a , / d o u s e d o u s e n a b a í ñ a . / / / Mui
b e n os s e m e l l a r á n / ca se q u e r levan c o r d ó n s / d e s e n d o s pares
de c o l l ó n s ; / a g o r a v ó l o s d a r á n : / c a t r o c a r a l l o s asnáis / e n m a n -
gados e n c o r a í s , / c o n q u e c o l l a d e s o p a n .

F e r n a n d o E s q u í o - G a l i c i a S. X I I I

Texto N ° 9

V o s , que por Pero T i ñ o s o preguntabais, si queréis

saber de él novedades, que quizá n u n c a sabréis,
hallad estas tres señales y así le c o n o c e r é i s ;
mas esto que y o os digo no lo ha sabido n i n g u n o :
aquel es Pero T i ñ o s o que trae el b o t ó n d e s n u d o ,
y trae el c h a n c r o en la pija y la sarna en el c u l o .

Ya q u e por Pero T i ñ o s o me preguntaste o t r o día

que os dijese y o de él nuevas, y entonces no las sabía,
pero por estas señas, q u i é n n o le c o n o c e r í a ;
mas esto que y o os digo no lo ha sabido n i n g u n o :
aquel es Pero T i ñ o s o que trae el b o t ó n d e s n u d o ,
y trae el c h a n c r o en la pija y la sarna en el c u l o .

V o s , que por Pero T i ñ o s o ahora ibas p r e g u n t a n d o ,

que os dijese y o de él nuevas, írtelas q u i e r o y o d a n d o :
halladle estas tres señas, si es que bien andas b u s c a n d o .
Mas esto que y o os d i g o no lo ha sabido n i n g u n o :
aquél es Pero T i ñ o s o que trae el b o t ó n d e s n u d o ,
y trae el c h a n c r o en la pija y la sarna en el c u l o .

V O S , Q U E p o r P e r o T i ñ o s o p r e g u n t a d e s , si q u e r e d e s / d e l e
saber n o v a s c e r t a s p o r m i m , p o i l a s n o n s a b e d e s , / a c h a r l l e edes
tres sináis p o r q u e o c o ñ o c e r e d e s ; / m a i s e s t o q u e v o s d i g o n o n
volo s a b í a m e n h ú n : / a q u e l é Pero T i ñ o s o q u e t r a z o t o u t i z o n ú
/ e traz o cáncer n o p i x o e o albaraz n o c ú . / / / Xa m e p o r Pero
T i ñ o s o p r e g u n t a s t e s n o u t r o d í a , / q u e v o s d i x e s e eu del n o v a s ,
e e n t ó n n o n a s s a b í a , / m a i s p o r estes t r e s sináis q u e n q u e r o
c o ñ o s c e r í a ; / m a i s e s t o q u e vos eu d i g o n o n v o l o sabía m e h u n : /
aquel é Pero T i ñ o s o que traz o t o u t i z o n ú / e traz o cáncer n o
p i x o e o a l b a r a z n o c ú . / / / V ó s , q u e p o r Pero T i ñ o s o me o r a ia-
des p r e g u n t a n d o , / q u e vos d i x e s e e u del n o v a s , í r v o l a s q u e r o
eu e s c a n c i a n d o : / a c h a r l l e edes t r e s s i n á i s , si lle b e n f o r d e s ca-
t a n d o . / M a i s e s t o q u e vos eu d i g o n o n v o l o sabía n e n h u n : / a-
quel é Pero T i ñ o s o que traz o t o u t i z o nú / e traz o cáncer n o
p i x o e o albaraz no c ú .

Pero V i v i a e z - G a l i c i a S. X I I I

47
LA DANZA
E n su p r e o c u p a c i ó n p o r dar t e s t i m o n i o de la a c t u a l p r o d u c -
c i ó n p o é t i c a a r g e n t i n a , X U L i n t e n t a este a c e r c a m i e n t o a La
Danza del Ratón, c o n la h i p ó t e s i s de que si bien n o se presen-

D E L RATON
tan explícitamente c o m o u n g r u p o que sostiene una p o é t i c a
e s p e c i f i c a , sino c o m o e d i t o r e s de una revista a m p l i a de " p o e s í a
n u e v a " , de la lectura de sus t e x t o s se desprende q u e sí t r a b a j a n
a p a r t i r de una p o é t i c a c o m ú n .

La Danza del Ratón t i e n e c o m o a n t e c e d e n t e el Grupo Ono-

frio de Poesía Descarnada, f o r m a d o en 1 9 7 8 e i n t e g r a d o p o r
Javier Cófreces ( 1 9 5 7 ) , M i g u e l G a y a ( 1 9 5 3 ) y J o n i o G o n z á l e z
( 1 9 5 4 ) , que p r o d u j e r a una serie de recitales de poesía ( t e a t r o s
Payró-, del C e n t r o y La Casona) y el l i b r o c o l e c t i v o Onofrio
( e d i c i ó n de los a u t o r e s , Bs. A s . , 1 9 7 9 ) . E n 1 9 8 0 surgió el p r o -
y e c t o de la revista p o r i n i c i a t i v a de Cófreces y G o n z á l e z , y en
a b r i l de 1 9 8 1 a p a r e c i ó el p r i m e r n ú m e r o d i r i g i d o p o r a m b o s .
En n o v i e m b r e de ese a ñ o aparece el N ° 2.

La revista se c a r a c t e r i z a p o r su c r i t e r i o i n f o r m a t i v o , su t o n o
f u e r t e m e n t e p o l é m i c o y u n a c e n t o f u n d a m e n t a l en los aspec-
tos éticos. El carácter i n f o r m a t i v o a t a c a , m e d i a n t e r e p o r t a j e s y
reseñas parciales sobre la vida y o b r a de escritores y m o v i m i e n -
t o s , el s i l e n c i o q u e e x i s t e en la A r g e n t i n a sobre u n a m p l i o es-
p e c t r o de la p r o d u c c i ó n p o é t i c a i n t e r n a y de o t r o s países. L o s
caracteres p o l é m i c o s surgen a p a r t i r de una d e t e r m i n a d a p o s t u -
ra ética. La c o n t r a d i c c i ó n e n t r e esa ética y las c o n d u c t a s o las
posiciones poéticas i n d i v i d u a l e s y grupales se c o n s t i t u y e en el
f u n d a m e n t o p r i n c i p a l de su c r í t i c a . U n par de e j e m p l o s d o n d e
se d e n u n c i a " l a h i p e r a c t i v i d a d a nivel relaciones p ú b l i c a s para
ganarse u n lugar en el N u e v o P a r n a s o " , o que " L o s N u e v o s
D e l f i n e s se m u e v e n , están s i e m p r e listos, se los elige e n t r e los
ingenuos, los irresponsables o los s i n i e s t r o s " , o q u e " L a poesía
no es la r e t ó r i c a del R o m a n t i c i s m o , la r e t ó r i c a del P o p , la re-
t ó r i c a del t a n g o , o la r e t ó r i c a del f o r m a l i s m o . A l m e n o s en la
A r g e n t i n a , h o y , la poesía n o d e b e r í a ser e s o " , son i l u s t r a t i v o s .

La Danza del Ratón ve la p r o d u c c i ó n p o é t i c a presente a par-

t i r de u n esquema f o r m a d o p o r una regla general y unas pocas
excepciones q u e no la a l t e r a n . E n el t r a b a j o Poesía Argentina:
algo huele mal, de J o n i o G o n z á l e z , se a f i r m a q u e " l a Poesía
A r g e n t i n a c o n t e m p o r á n e a (. . .) está a g o n i z a n t e " . Se la c o n c i -
be, en palabras de d i c h o a u t o r , c o m o p r e d o m i n a n t e m e n t e ale-
jada de la r e a l i d a d i n m e d i a t a hacia p l a n o s m e t a f í s i c o s o m í s t i -
cos, sin u n c o n o c i m i e n t o de la h i s t o r i a , c a r e n t e de p r o y e c t o
c u l t u r a l y de v o l u n t a d i n t e g r a d o r a c o n las demás l i t e r a t u r a s del
c o n t i n e n t e , alienada dos veces p o r ser e x t r a ñ a a la E u r o p a q u e
i m i t a y a la A m é r i c a q u e rechaza. Se la c o n s i d e r a , además, ex-
traviada, vacilante, indefinida e i n d e f i n i b l e , mediocre, h í b r i d a ,
c a r e n t e de logros p o é t i c o s y c o n u n l i r i s m o de segunda. El ar-
t í c u l o insiste en c o m p a r a r esta p r o d u c c i ó n c o n la de la llamada
g e n e r a c i ó n del 4 0 . Esto en c u a n t o a la regla g e n e r a l .

La p o é t i c a de las e x c e p c i o n e s n o está d e f i n i d a s i n o negativa-

m e n t e - p o r o p o s i c i ó n a la de la regla g e n e r a l - o i n d i r e c t a m e n -
te, m e d i a n t e u n s í m i l c o n la p r o d u c c i ó n de los años 6 0 .
 Esta c a r a c t e r i z a c i ó n descubre u n o de los p r i n c i p a l e s e f e c t o s V e n t a n a sueca
del c o n d i c i o n a m i e n t o social q u e s u f r e n los t r a b a j o s p o é t i c o s y
c o n t r a el cual aparece La Danza. . . y casi t o d a s las revistas: la M a d e j a de r u b i a s
i m p o s i b i l i d a d d e dar a c o n o c e r las p r o p i a s obras y , en conse-
e n el H a l l d e l A e r o p u e r t o
cuencia, de c o n o c e r las ajenas. S i n e m b a r g o , u n t r a b a j o de i n -
f o r m a c i ó n más a m p l i o lleva a la c o n v i c c i ó n de q u e los t e x t o s El c a n t a b a
caracterizados c o m o " e x c e p c i o n e s " suman u n n ú m e r o t a n t e m a s de D y l a n
elevado q u e le q u i t a n ese carácter, y , p o r el c o n t r a r i o , o b l i g a n a media voz
a a f i r m a r q u e estamos atravesando u n o de los m o m e n t o s más pero
ricos en la h i s t o r i a de la a c t i v i d a d p o é t i c a a r g e n t i n a .
la suela c o n t r a los n e r v i o s
F i n a l m e n t e es s i g n i f i c a t i v o destacar el interés m o s t r a d o p o r arrastra
la p r o d u c c i ó n p o é t i c a h i s p a n o a m e r i c a n a y p o r la poesía de los los a m a r i l l o s e s c a n d i n a v o s
E E . U U . , en especial de las c o r r i e n t e s r e n o v a d o r a s y c o n t e s t a t a - "El viento i d i o t a "
rias (Escuela de Nueva Y o r k , Ezra P o u n d , F e r l i n g h e t t i , poesía
q u e n o p e r d o n a los v u e l o s .
negra, poesía c h i c a n a ) .

Se m e n c i o n ó más a r r i b a la h i p ó t e s i s de u n criterio poético J a v i e r Cófreces

común. Para v e r i f i c a r l o están los t e x t o s de los siete " p o e t a s de
una d é c a d a " p u b l i c a d o s y la p r o d u c c i ó n de los i n t e g r a n t e s y
allegados a la revista (ver p o e m a s q u e se a c o m p a ñ a n ) . D e n t r o
de este c r i t e r i o , el p o e m a pasa a desempeñar el papel de sujeto M u c h o antes de la e r a del d e s h i e l o
en t a n t o p r o d u c t o a n i m a d o capaz de m o d i f i c a r la e x p e r i e n c i a
h i s t ó r i c a de los i n d i v i d u o s . Se privilegia su f u n c i ó n c o m u n i -
Bóe había muerto
c a n t e : " s i las m í n i m a s referencias a la realidad ya n o e x i s t e n ,
si la poesía y a n o es v i d a , ya n o t e s t i m o n i o , y a n o c o n f e s i ó n , y o nunca había visto a un m u e r t o
sino m e r a l i t e r a t u r a (. . .) c ó m o (. . .) sabrán las f u t u r a s gene- J . D . m e los d e s c r i b i ó m u y naturalmente
raciones c ó m o f u i m o s , q u é h i c i m o s , l o q u e nos sucedió y c ó m o " s o l a m e n t e huecos vacíos,
nos s u c e d i ó " . D e esta f o r m a la poesía es p r o p u e s t a c o m o vía
v a c í o s h u e c o s d e t r á s d e los o j o s "
c o g n o s c i t i v a , c o n u n énfasis puesto en el d e v e l a m i e n t o de la
presente c o n d i c i ó n y d i r i g i d o a la p o s t e r i d a d . La d e n o m i n a -
c i ó n de " p o e s í a d e s c a r n a d a " ( p a r t i c i p i o del v e r b o descarnar) E n esa m i s m a é p o c a
es c o n t u n d e n t e . Sugiere q u e la ' ' f o r m a " es la carne y la estruc- t a m b i é n a m i a b u e l o le e n m a s c a r a r o n
t u r a ósea el " c o n t e n i d o " q u e se t r a t a de preservar y m o s t r a r .
de n e g r o u n a g a l e r í a d e la p a r r o q u i a
Paralelamente h a y u n r e c h a z o a la c o n c e p c i ó n d e l t e x t o en
t a n t o e s c r i t u r a y u n a a d h e s i ó n a la v e r t i e n t e q u e acentúa el c o n b o r d a d o s d o r a d o s su n o m b r e y a p e l l i d o
e l e m e n t o o r a l y r e i n v i n d i c a el lenguaje del c o l o q u i o , s i g u i e n d o Q u é era su m u e r t e
la t r a d i c i ó n q u e c o m e n z a r a en n u e s t r o país hacia fines de la Mis p r o p i o s f a m i l i a r e s
década d e l 5 0 , p e r o c o n u n a más marcada i n f l u e n c i a de la ge- m e a l e j a r o n d e l lugar
neración b e a t n i k . A s í e n los poemas p r e d o m i n a u n t o n o na-
y aquella tarde lloré
r r a t i v o q u e p r e f i e r e a p o s t a r p o r la vida antes q u e p o r la litera-
tura y q u e desenvuelve la a c c i ó n d e n t r o de una c o n c e p c i ó n en u n a h a b i t a c i ó n de R a m o s M e j í a
lineal de la t r a m a p o é t i c a e n la q u e el p r o t a g o n i s t a , q u e se pre-
senta c o m o a u t o r , r e c o r t a t r o z o s de su e x p e r i e n c i a c o t i d i a n a . A l año siguiente
La v i s i ó n , en c o i n c i d e n c i a c o n la m a y o r í a de las poéticas,
el lago del p a r q u e se c o n g e l ó
c o n f í a en q u e desde el f r a g m e n t o ( o desde su suma) se llega a
una c o m p r e n s i ó n más a p r o x i m a d a de ese t o d o l l a m a d o la rea- y la m a d r u g a d a f u e glaciar
lidad. y la a v e n i d a r e c i é n a s f a l t a d a g l a c i a r
y la e p í s t o l a del p r i m e r v i e r n e s glaciar
C o m o b a l a n c e , la e n t r a d a de La Danza del Ratón en el pre- y los t e c h o s de 4 m e t r o s y m e d i o glaciares
sente c o n t e x t o c u l t u r a l es s u m a m e n t e p o s i t i v a , p o r c o n s t i t u i r
y los d i b u j o s pornográficos
un desvío —y u n d e s a f í o — a la n o r m a de silencio p r e d o m i n a n t e ,
con u n análisis si n o s u f i c i e n t e m e n t e c o m p a c t a d o o m e t o d o l ó - s o b r e los b a n c o s de g r a n i t o t a m b i é n g l a c i a r e s
gicamente r i g u r o s o , s í r í s p i d o del m e d i o p o é t i c o , q u e parece y el r e c u e r d o d e los b o r d a d o s d o r a d o s
decidido a e n f r e n t a r t o d a p r á c t i c a n o sustentada en una ética y el glaciar más p r o f u n d o
que rechaza, según se d e s p r e n d e de algunos t e x t o s , los dogmas
la a l f o m b r a de h i e l o q u e f u e el G r a n E s p e j o
y las f o r m a s a u t o r i t a r i a s , a derecha o i z q u i e r d a , de p o d e r .
para n o r e c o n o c e r s e n u n c a .

J a v i e r Cófreces

49
c o m o las lechuzas o t e r u t e r u s De las m i g r a c i o n e s d e los p a t o s salvajes
que a n i q u i l a m o s aquel verano m e e n t e r é p o r los l i b r o s
en C a p i t á n S a r m i e n t o ( P d a . de B u e n o s A i r e s ) N o c o n o z c o a n a d i e q u e los h a y a v i s t o r e a l m e n t e
y cuyos fantasmas vuelven De c h i c o m i s padres m e l l e v a b a n al A e r o p a r q u e
de t a n t o en t a n t o y s e g u í a m o s e m b e l e s a d o s la p a r t i d a de los l u s t r o s o s
c o n sus r e p r o c h e s e c o l ó g i c o s / aviones
y n o s o t r o s . O h Poetas! las m e c á n i c a s m i g r a c i o n e s a la nada
a h u y e n t a m o s c o n la m ú s i c a e x q u i s i t a P a r t í a n y llegaban sin m o t i v o a p a r e n t e
del c u a r t e t o de s a x ó f o n o s belga ( p o r e j e m p l o )
y y a n o i m p o r t a q u e ella se d e s n u d e F u e una l á s t i m a n o c o n o c e r los p a t o s en ese t i e m p o
y esa es n u e s t r a pena Tenía buena i m a g i n a c i ó n por entonces
y hasta n u e s t r a p e r d i c i ó n
Miguel G a y a
Jonio González

desparramando semen
Vos d o r m í a s con t u gato
sobre el paisaje virgen
c u a n d o e n t r é a la h a b i t a c i ó n
Lawrence Ferlinghetti
V o s cerrabas los ojos y d o r m í a s y él
los e n t r e c e r r a b a
los brazos a b i e r t o s de p e r ó n t e d a b a n m i e d o y vigilaba mis m o v i m i e n t o s
después en la casa p a t e r n a t o d o s s i m u l á b a m o s " N o h a y q u e d o r m i r c o n g a t o s " dije
h i s t o r i a s i n v e r o s í m i l e s m i e n t r a s a l g u i e n se v o l v í a l o c o Mis pasos n o eran elásticos
en el t e l e v i s o r Mis z a p a t i l l a s c h i r r i a b a n en el p i s o
Ese f u e el c o m i e n z o de la c a í d a de los p e q u e ñ o s dioses La c a m a era a l t a y e n o r m e
y m i c a í d a f u e hasta d e s n u d a r t e p o r c o m p l e t o P o d í a p e r d e r m e antes de llegar a t u a l m o h a d a
y no perdonar un c e n t í m e t r o de t u cuerpo El l e v a n t ó la cabeza y m e m i r ó
o dormir como disolviéndolos r i é n d o s e c o n sus o j o s verdes
en la m i s m a vieja h i s t o r i a q u e nos s a b í a m o s de m e m o r i a Vos
U n d í a después de m u c h o l l a n t o y r e c h i n a r de d i e n t e s dormías
i g n o r a n d o la c o c a cola s o b r e la f a l d a
y el s e m e n s o b r e el césped II
los brazos de p e r ó n y a n o t e d i e r o n m i e d o
e n t o n c e s m e s e n t í u n jesús en el p a r a í s o Y a h o r a y o m i s m o c i e r r o las persianas
m i e l de h i g o c h o r r e a n d o p o r m i b a r b a (en las galerías r e c o m i e n z a la l l u v i a )

el c u c h i l l o d e l G r a n V i e j o p a r t i ó en dos el d í a Sus o j o s en la o s c u r i d a d e r a n f o s f o r e s c e n t e s
y a l g u n o s se q u e d a r o n c o n la m i t a d de la n o c h e c o m o ciertas señales de los g r a n d e s n a u f r a g i o s

J o n i o González Miguel G a y a

50
 P O D R I M I E N T O , m. Pudrimiento.
P O D R I R , tr. Pudrir. Ú. t. c. r.
P O E M A ; m. Obra en verso, o pertene-
ciente por su género, aunque esté escrita
en prosa, a la esfera de la poesía. Regu-
larmente no se da este nombre sino a las
que son de alguna extensión, P O E M A épico,
dramático. |¡ Suele también tomarse por
poema épico.
P O E S Í A . f . Expresión artística de la be-
lleza por medio de la palabra sujeta a la
medida y cadencia de que resulta el verso.
|| Arte de componer obras poéticas. || Arte
de componer versos y obras en verso.
|! Género de producciones del entendi-
miento humano, cuyo fin inmediato es
expresar lo bello por medio del lenguaje,
y cada una de las distintas especies o
variedades de este género, P O E S Í A lírica,
épica, dramática, bucólica, religiosa, pro-
fana. || Obra o composición en verso, y es-
pecialmente la que pertenece al género
lírico. Las p o E S Í A S de Garcilaso; una P O E -
S Í A de fray Luis de León. || Cierto inde-
finible encanto que en personas, en obras
de arte y cosas de la naturaleza física, ha-
laga y suspende el ánimo, infundiéndole
suave y puro deleite.
P O E T A , m E l que compone obras poé-
ticas y está dotado de las facultades ne-
cesarias para componerla hace
versos.
P O E T A S R O m . . tal poeta.
P O É T I C A poesía, arte de componer
obras p o é t i c a s o tratado sobre los
principios de la poesía, en cuanto
a su forma y . a.
P O É T I C A M E N T E a d v . m . Con poesía,
de manera
POÉTIC" Perteneciente o re»
lativo a 1 a PIO o característico
de la poe v , ;• t o ^ conveniente para ella.
Lenguaje, estilo, P O É T I C O .
P O E T I S A , f . Mujer que compone obras
r )éticas -y e s t á dotada de las facultades
necesarias para componerlas. || Mujer
que hace versos.
P O E T I Z A R , intr. Hacer o componer
versos u obras poéticas. || tr. Embellecer
alguna cosa con el encanto de la poesía;
d a r l e , c a r á c t e r poético.
P O Í N O , m. Codal que sirve de encaje y
sustenta las cubas en las bodegas.