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Nesse lar, José era o chefe de família; como pai legal, era a ele que cabia
sustentar Jesus e Maria com o seu trabalho. Foi ele quem recebeu a
mensagem do nome que devia dar ao Menino – pôr-lhe-ás o nome de Jesus –
e as indicações necessárias para proteger o Filho: Levanta-te, toma o Menino
e foge para o Egipto. Levanta-te, toma o Menino e volta para a pátria. Não vás
a Belém, mas a Nazaré. Dele aprendeu Jesus o seu ofício, o meio de ganhar a
vida. Jesus devia manifestar-lhe muitas vezes a sua admiração e o seu
carinho.
II. NA FAMÍLIA, “os pais devem ser para seus filhos os primeiros educadores
da fé, mediante a Palavra e o exemplo”3. Isto cumpriu-se de maneira
singularíssima no caso da Sagrada Família. Jesus aprendeu de seus pais o
significado das coisas que o rodeavam.
III. UMA FAMÍLIA UNIDA a Cristo é um membro do seu Corpo místico, e foi
chamada “Igreja doméstica”9. Esta comunidade de fé e de amor tem de
manifestar-se em cada circunstância como testemunho vivo de Cristo, à
semelhança da própria Igreja. “A família cristã proclama em voz muito alta tanto
as presentes virtudes do Reino como a esperança da vida bem-aventurada”10.
Cada lar cristão tem na Sagrada Família o seu exemplo mais cabal; nela, a
família cristã pode descobrir o que deve fazer e como deve comportar-se, para
a santificação e a plenitude humana de cada um dos seus membros. “Nazaré é
a escola onde se começa a compreender a vida de Jesus: a escola do
Evangelho. Aqui se aprende a olhar, a escutar, a meditar e a penetrar o
significado, tão profundo e tão misterioso, dessa muito simples, muito humilde
e muito bela manifestação do Filho de Deus entre os homens. Aqui se aprende
até, talvez insensivelmente, a imitar essa vida”11.
“Desejamos que a Virgem Maria, Mãe da Igreja, seja também Mãe da «Igreja
doméstica», e que, graças à sua ajuda materna, cada família cristã possa
chegar a ser verdadeiramente uma pequena Igreja de Cristo. Seja Ela, Escrava
do Senhor, exemplo de uma aceitação humilde e generosa da vontade de
Deus; seja Ela, Mãe Dolorosa aos pés da Cruz, quem alivie os sofrimentos e
enxugue as lágrimas daqueles que sofrem pelas dificuldades das suas famílias.
E que Cristo Senhor, Rei do Universo, Rei das famílias, esteja presente, como
em Caná, em cada lar cristão, para dar luz, alegria, serenidade e fortaleza”13.
Pedimos hoje de modo muito especial à Sagrada Família por cada um dos
membros da nossa família e pelo mais necessitado dentre eles.
(1) Lc 2, 39-40; (2) São Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 148; (3) Concílio Vaticano II,
Constituição Lumen gentium, 11; (4) cfr. Sl 55, 18; Dan 6, 11; Sl 119; (5) João Paulo II,
Exortação Apostólica Familiaris consortio, 60; (6) cfr. São Josemaría Escrivá, É Cristo que
passa, n. 22; (7) ibid., n. 23; (8) Preces. Segundas vésperas do dia 1º de Janeiro; (9) Concílio
Vaticano II, Constituição Lumen gentium, 11; (10) ibid., 35; (11) Paulo VI, Alocução em Nazaré,
5-I-1964; (12) cfr. Concílio Vaticano II, Constituição Gaudium et spes, 52; (13) João Paulo II,
Exortação Apostólica Familiaris consortio, 86.