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FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU

Evelin Joice Dos Anjos Dantas


Rafaela Araújo Oliveira

ASPECTOS HISTORICOS DA ADOÇÃO NO BRASIL E SEU PROCESSO DE


ADOÇÃO

Campina Grande – PB
2018
Evelin Joice Dos Anjos Dantas
Rafaela Araújo Oliveira

ASPECTOS HISTORICOS DA ADOÇÃO NO BRASIL E SEU PROCESSO DE


ADOÇÃO

Trabalho apresentado a disciplina de Estatuto da Criança e do


Adolescente e Direito do Idoso apresentado ao Curso de
Direito da Faculdade Mauricio de Nassau, em cumprimento à
exigência para obtenção de nota para a I Unidade.

Professora: Mayza de Araújo Batista

Campina Grande –PB


2018
RESUMO
A adoção é um instituto o qual visa acolher a criança e adolescente que estão em
situação de risco e que os pais perderam o pátrio poder sobre estes, em uma nova
família substituta garantindo a estas todos os direitos que um filho biológico teria,
como o direito na sucessão e o sobrenome dos pais em suas certidões de
nascimento, diferentemente do que ocorria antes, onde as crianças serviam apenas
de objeto para suprir necessidades de casais estéreis, é de fácil constatação essa
finalidade, quando observado os requisitos de adoção como o que só possibilitava a
adoção para os casais que não tivessem filhos biológicos. No que tange o processo
de adoção no Brasil, este também sofreu grande evolução, antes era feito através de
Roda dos Expostos onde as crianças eram entregues em conventos e casas de
acolhimento e lá um funcionário era responsável por avisar ao magistrado e para
entrega-las a famílias que se interessassem em adotá-las sem nenhuma garantia
de direitos para as partes, hoje este processo é bastante delicado e demorado, e os
interessados passam por diversas etapas até chegar a tão sonhada e desejada
família, no entanto é garantido a ambos os direitos e preconizado principalmente a
integridade dos infantes.

Palavras-chave: Adoção. Contexto Histórico. Legislação. Processo de Adoção

ABSTRACT
Adoption is an institute which aims to accommodate the child and adolescent who
are at risk and that the parents lost the parent power over these in a new surrogate
family granting them all the rights that a biological child would have, such as law in
the succession and the surname of the parents in their birth certificates, differently
from what happened before, where the children served only as an object to meet the
needs of sterile couples, this purpose is easily verified, when observed the
requirements of adoption as what only made it possible for couples who did not have
biological children to adopt them. Regarding the process of adoption in Brazil, it also
underwent a great evolution, before it was done through Wheel of the Exposed,
where the children were delivered in convents and houses of welcome and there an
official was responsible to warn the magistrate and to deliver them to families who
take an interest in adopting them without any guarantee of rights for the parties,
today this process is very delicate and time-consuming, and the interested parties go
through several stages until they reach the dreamed and desired family, nevertheless
it is guaranteed to both rights and advocated primarily for the integrity of infants.

Keywords: Adoption. Historical context. Legislation. Adoption Process

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................05

BREVE CONTEXTO HISTORICO SOBRE A ADOÇÃO NO BRASIL......................05

A ADOÇÃO NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA..........................................................08

O PROCEDIMENTOS PARA ADOÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO


BRASIL......................................................................................................................10

CONCLUSÃO............................................................................................................11
REFERENCIAS.........................................................................................................12

INTRODUÇÃO
No decorrer dos anos, inúmeras foram as mudanças que ocorreram no âmbito
da adoção, sendo uma delas o processo de adoção judicializado, que ganhou
espaço ao decorrer dos tempos. De modo a assegurar os direitos e garantias, tanto
para o adotado quanto para o adotante. Antigamente a adoção tinha o caráter
meramente de ocupar a lacuna dos casais que não eram férteis, atualmente a
adoção é vista como um instituto que visa e resguarda a integridade da criança e do
adolescente.
Considerando os avanços que a adoção tem alcançado, este trabalho vem
com o objetivo de mostrar de modo sucinto abordar a adoção no Brasil, seu contexto
histórico e sua evolução, passando pela previsão legal e por fim revelar o tramite do
processo legal para a adoção, enfatizando os pontos e regras principais do mesmo.

BREVE CONTEXTO HISTORICO SOBRE A ADOÇÃO NO BRASIL

O instituto da adoção no Brasil até o século XX, não possuía regulamentação


jurídica e era regida pelo direito romano, como afirma BEVILACQUA (1923) ao dizer
que:

A adoção antes do código civil, encontrava em nossas leis simples


referencias mantendo o instituto; não lhe davam organização completa. Os
autores corriam ao direito romano para preencher as lacunas do direito
pátrio. Criando a adoção a condição de filho não podia ser revogado por
testamento. Além disso a adoção não era um ato puramente particular, nela
intervinha a autoridade pública para completar pela confirmação do juiz
como determinava a lei de 22 de setembro de 1828, art. 1º. (apud JORGE
RIZO, 1975)

Neste momento da nossa história apenas casais sem filhos biológicos,


poderiam adotar. O sistema de adoção era feito através da Roda dos Expostos, que
se tratava de uma roda feita de madeira, que eram fixadas nos conventos e casas
de acolhimento em todas as cidades, crianças de até 7 anos eram deixadas nesse
dispositivo, que era girado para dentro de onde estavam fixadas. A Roda do
Expostos possuía um empregado o qual recebia as crianças e era responsável para
informar ao magistrado a chagada da criança, que por sua vez, este mandava
entregar os infantes as amas, para que as criassem, também era nomeado um
mordomo para que o mesmo cuidasse da entrega das crianças para quem quisesse
adotar. Tal sistema de adoção não assegurava nenhum tipo de direito para ambas
as partes.
Por ser uma pratica fracassada em vários sentidos, como pela falta de
garantias para as partes da adoção e por estigmatizar as crianças que pela roda
passava por uma sociedade preconceituosa, o sistema dos expostos foi combatido
através dos Decretos 16.300 de 31 de dezembro de 1923 e o 17.943 de 02 de
outubro de 1927. Alvarenga Netto (1941), traz em seu livro alguns comentários
sobre a Roda dos Expostos, tais deles como:

A exclusão da roda estabelecida no art. 15, é incontestavelmente digna de


louvores. A "roda" é um incentivo ao crime, uma chaga moral incompatível
com a civilização moderna e já na sessão de 1.º de setembro de 1922 do I
Congresso de Proteção à Infância, foi aprovado que em todos os Estados
do Continente Americano sejam suprimidas as chamadas Rodas de
Expostos e em curto prazo substituídas pelos Institutos denominados
registros livres. (apud JORGE RIZO, 1975)

Diante dos fatos narrados, so em 1916 que o instituto da adoção foi


consolidado através do Código Civil Brasileiro lei 3.071/1916. Este código trazia
pressupostos para a adoção no título V, capitulo V no direito de família, dentre os
quais, a idade menina de 50 anos e sem filhos para adotar, a diferença de 18 anos
entre o adotado e o adotante, as possibilidades de revogação como a pelo adotado
após a maioridade, a por ingratidão e a comum acordo entre as partes, e adoção só
era permitida entre duas pessoas se estas fossem casadas. A regulamentação da
adoção nesta época era feita por escritura pública em cartório, a qual não admitia
condições nem termos. No Código Civil de 1916, apenas o pátrio poder era passado
ao adotante, no que se refere a secessão ao adotados tinha direito a metade da
herança como se legitimo fosse.
Com o decorrer dos anos novas necessidades foram surgindo em torno da
adoção e para atender tais lacunas, foi criada a lei 3.133 de 1957, que reformulou
alguns artigos no tocante da adoção que passaram a ter nova redação como a
diminuição da idade de 50 para 30 anos aos interessados em adotar, a diferença
entre adotado e adotante caiu de 18 para 16 anos, aos casados que quisessem
adotar, estes deveriam ser pelo menos casados a 5 anos. Nesta nova legislação os
casados com filhos também poderiam adotar, no que se tratava da sucessão a
legislação excluía os adotados quando os adotantes tinham filhos biológicos. A
adoção nesse período era irrevogável. Outro marco que adveio com a lei
3.133/1957, era a necessidade da autorização do judiciário nas adoções de bebês.
Anos mais tarde foi criada a lei 4.644/1965 que dispunha sobre a legitimidade
adotiva, que é um instituto diferente da adoção, como esclarece Chaves (1966):

Legitimidade adotiva é a outorga judicial de efeitos constitutivos e com as


condições de segredo, irrevogabilidade e total desligamento da família de
sangue, obedecidos os requisitos fixados em lei a um menor de sete anos
de idade, abandonado, órfão ou desamparado, do estado legítimo de um
casal excepcionalmente de pessoa viúva, com ressalva dos impedimentos
matrimoniais e do direito de sucessão se concorrer com filho legítimo
superveniente. Adoção é a convocação de um estranho, que tanto pode ser
um menor como um homem ou uma mulher, mesmo casado dentro de uma
família, ou ao lado de uma pessoa que tenha dezesseis anos a mais sem a
preocupação de apagar a lembrança e a condição de estranho." A grande
diferença entre as duas é que a legitimidade adotiva, objetiva a integração
de uma criança exclusivamente numa família, com a preocupação primordial
de fazê-lo esquecer por completo sua condição de elemento estranho.
(apud JORGE RIZO, 1975)

A legitimidade adotiva trata de uma decisão judicial que integram crianças em


situação de risco em uma família onde os infantes passam a ter os mesmos direitos
que os filhos biológicos e o desligamento total da família de origem.
Em 1979 es que surge a lei 6.697 designada como Código de Menores, a
qual trazia em seu texto legal inovações e alterações como a comprovação das
adotantes através de documentos sobre a idoneidade moral, estabilidade conjugal,
adequação do lar e atestado de sanidade mental, este código trouxe a proteção,
vigilância e assistência aos menores e passou a tratar a adoção como uma medida
protetiva da infância e não mais assunto do direito de família. Esta lei criou duas
modalidades de adoção, a simples e a plena. A adoção simples tratava o menor que
se encontrava em situação de risco, tinha que ter autorização judicial, intermediação
entre as famílias e fazia alteração na certidão de nascimento. Já a adoção plena
acabava com qualquer vínculo do adotado entre a sua família biológica, este tipo de
adoção era destinada aos menores de 7 anos e irrevogável, apenas casais com no
mínimo 5 anos de casados e que um dos cônjuges tivesse mais de 30 anos,
poderiam usar a adoção plena.
A discriminação entre filhos adotados e os biológicos ainda existia, esta só
veio a ter fim após a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 227 assegurou a
igualdade entre os filhos e a assistência do poder público nos processos de adoção.
Para reforçar o que a Carta Magna enfatizou, foi estabelecido a lei 8.069/90,
mais conhecida como Estatuto da Criança e do Adolescente, a qual foi tecida sobre
a doutrina da proteção integral. Este estatuto carregava a suma necessidade do
poder judiciário no processo de adoção, a idade máxima para o adotado e a idade
mínima para o adotante e criou a possibilidade para adotar as pessoas que não são
casadas.
Como a chegada da lei 10.406/02, Novo Código Civil, com esse a adoção só
se concretiza através de sentença judicial e todo processo deverá ser assistido pelo
poder público, até mesmo as adoções de menores de 18 anos.
Es que em 2009 foi sancionada a lei 12.010 que traz em sua integra
modificação em algumas áreas do direito no que se refere a criança e adolescente.
Esta lei dispõe seu fundamento em seu artigo 1º dizendo que (BRASIL, lei
12.010/09, art.1º) “o aperfeiçoamento da sistemática prevista para garantia do
direito à convivência familiar a todas as crianças e adolescentes, na forma
prevista pela Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 , Estatuto da Criança e do
Adolescente”. Esta lei, continuou entendendo a adoção como um meio de colocar
uma criança em situação de risco, em uma família substituta, porem trazendo essa
pratica como último caso. Seguindo esse preceito a criança só será desligada de
sua família de origem e encaminhada para adoção, quando esta perder todos os
direitos legais sobre a criança ou adolescente, ou seja, quando perde o pátrio poder.
A legislação acima citada, regulamenta a assistência as gestantes que querem
entregar seus filhos para a adoção, o cadastro de pretendentes a adoção, tanto no
âmbito estadual quanto nacional e curso preparatório para os que desejam adotar.

A ADOÇÃO NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

A Lei de Nº 8.069, de 13 de julho de 1990, em seus artigos 39 a 52 elenca o


regulamento para o procedimento de adoção no Brasil. A lei tem o intuito de
regulamentar a idade do adotante, a condição de filho que será atribuída ao
adotado, sua irrevogabilidade, a mesma também vem ressaltar que a adoção só se
concretizará se for benéfica para o adotante, dentre outras disposições.
A mencionada Lei Nº 8.069/90 traz em seu artigo 41, caput, a atribuição da
condição de filho ao adotando, dispondo: “A adoção atribui a condição de filho ao
adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios,
desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos
matrimoniais”.
O artigo acima citado, atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos
direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais
biológicos e parentes consanguíneos, salvo os impedimentos matrimoniais. A
adoção, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, não tão somente iguala
os direitos sucessórios dos filhos adotivos, como também estabelece reciprocidade
do direito hereditário entre o adotado, seus descendentes; e o adotante, seus
ascendentes e colaterais, até o 4º grau, observando a ordem de vocação hereditária.
Foram superados, por conseguinte, todos os resquícios de discriminação na adoção,
existentes até a Constituição de 1988.
Assim como está elencado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, a
adoção é plena, uma vez que não pode se haver distinção entre o adotando e sua
nova família, não importando a idade ao qual o mesmo está sendo adotado, se
criança ou já adolescente. Neste contexto, tem-se o objetivo de proporcionar ao
adotando segurança em relação a sua nova família, uma vez que a adoção existe
para que as pessoas venham a conviver com outras como se filhos legítimos
fossem, não havendo desigualdade entre as parte, o ordenamento preocupou-se em
não extinguir este vínculo, como igualmente ocorre com o vínculo biológico.
Ainda a respeito do tema exposto a Constituição Federativa do Brasil dispõe em seu
artigo 227, § 6º: "Os filhos, havidos ou não da relação de casamento, ou por
adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer
designações discriminatórias relativas à filiação". O Estatuto da Criança e do
Adolescente tem como uma das grandes preocupações proporcionar o bem-estar da
criança e do adolescente, a fim de garantia o melhor para os adotados em primeiro
lugar. As relações de parentesco se estabelecem não só entre o adotante e o
adotado, como também entre aquele e os descendentes destes e entre o adotado e
todos os parentes do adotante.
Com o surgimento da Lei 12.010/09, o procedimento de adoção passou por
processo de mudança, uma vez que a lei tem a finalidade de agilizar o processo de
adoção, mas a referida lei tem como base o que está previsto no Estatuto da
Criança e do Adolescente, Lei 8.069/90.
O PROCEDIMENTOS PARA ADOÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO
BRASIL

Infelizmente, o Brasil é um pais que dificulta um pouco o processo de adoção,


exige-se muitos requisitos e por esse motivo muitas pessoas chegam a desistir, uma
vez que o processo dura cerca de um ano e meio para concluir-se o procedimento
de adoção. O passo a passo do procedimento de adoção está elencado no portal do
CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que dispõe:
1) Eu quero – Você decidiu adotar. Então, procure a Vara de Infância e
Juventude do seu município e saiba quais documentos deve começar a
juntar. A idade mínima para se habilitar à adoção é 18 anos,
independentemente do estado civil, desde que seja respeitada a diferença
de 16 anos entre quem deseja adotar e a criança a ser acolhida. Os
documentos que você deve providenciar: identidade; CPF; certidão de
casamento ou nascimento; comprovante de residência; comprovante de
rendimentos ou declaração equivalente; atestado ou declaração médica de
sanidade física e mental; certidões cível e criminal.
2) Dê entrada! – Será preciso fazer uma petição – preparada por um
defensor público ou advogado particular – para dar início ao processo de
inscrição para adoção (no cartório da Vara de Infância). Só depois de
aprovado, seu nome será habilitado a constar dos cadastros local e nacional
de pretendentes à adoção.
3) Curso e Avaliação – O curso de preparação psicossocial e jurídica para
adoção é obrigatório. Na 1ª Vara de Infância do DF, o curso tem duração de
2 meses, com aulas semanais. Após comprovada a participação no curso, o
candidato é submetido à avaliação psicossocial com entrevistas e visita
domiciliar feitas pela equipe técnica interprofissional. Algumas comarcas
avaliam a situação socioeconômica e psicoemocional dos futuros pais
adotivos apenas com as entrevistas e visitas. O resultado dessa avaliação
será encaminhado ao Ministério Público e ao juiz da Vara de Infância.
4) Você pode – Pessoas solteiras, viúvas ou que vivem em união estável
também podem adotar; a adoção por casais homoafetivos ainda não está
estabelecida em lei, mas alguns juízes já deram decisões favoráveis.
5) Perfil – Durante a entrevista técnica, o pretendente descreverá o perfil da
criança desejada. É possível escolher o sexo, a faixa etária, o estado de
saúde, os irmãos etc. Quando a criança tem irmãos, a lei prevê que o grupo
não seja separado.
6) Certificado de Habilitação – A partir do laudo da equipe técnica da Vara e
do parecer emitido pelo Ministério Público, o juiz dará sua sentença. Com
seu pedido acolhido, seu nome será inserido nos cadastros, válidos por dois
anos em território nacional.
7) Aprovado – Você está automaticamente na fila de adoção do seu estado
e agora aguardará até aparecer uma criança com o perfil compatível com o
perfil fixado pelo pretendente durante a entrevista técnica, observada a
cronologia da habilitação. Caso seu nome não seja aprovado, busque saber
os motivos. Estilo de vida incompatível com criação de uma criança ou
razões equivocadas (para aplacar a solidão; para superar a perda de um
ente querido; superar crise conjugal etc.) podem inviabilizar uma adoção.
Você pode se adequar e começar o processo novamente.
8) Uma criança – A Vara de Infância vai avisá-lo que existe uma criança
com o perfil compatível ao indicado por você. O histórico de vida da criança
é apresentado ao adotante; se houver interesse, ambos são apresentados.
A criança também será entrevistada após o encontro e dirá se quer ou não
continuar com o processo. Durante esse estágio de convivência monitorado
pela Justiça e pela equipe técnica, é permitido visitar o abrigo onde ela
mora; dar pequenos passeios para que vocês se aproximem e se conheçam
melhor. Esqueça a ideia de visitar um abrigo e escolher a partir daquelas
crianças o seu filho. Essa prática já não é mais utilizada para evitar que as
crianças se sintam como objetos em exposição, sem contar que a maioria
delas não está disponível para adoção.
9) Conhecer o futuro filho – Se o relacionamento correr bem, a criança é
liberada e o pretendente ajuizará a ação de adoção. Ao entrar com o
processo, o pretendente receberá a guarda provisória, que terá validade até
a conclusão do processo. Nesse momento, a criança passa a morar com a
família. A equipe técnica continua fazendo visitas periódicas e apresentará
uma avaliação conclusiva.
 
10) Uma nova Família! – O juiz profere a sentença de adoção e determina a
lavratura do novo registro de nascimento, já com o sobrenome da nova
família. Existe a possibilidade também de trocar o primeiro nome da criança.
Nesse momento, a criança passa a ter todos os direitos de um filho
biológico.

No Brasil, não permite-se contato com a criança da fila antes que seja feita
indicação do cartório. A fila deve ser fielmente respeitada, pois pode ter outra
pessoa que o perfil daquela criança se encaixe e que já esteja na fila antes do
conhecimento da criança ter se manifestado, a não ser que o pretendente seja
integrante da família imediata ou próxima à criança comprovando consanguidade.

CONCLUSÃO

Após a análise da evolução histórica do instituto adoção podemos observar


que a constituição federal de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente foram
verdadeiros marcos para a adoção no Brasil, os quais garantiam a integridade das
crianças e adolescentes adotados, como a igualdade entre os filhos biológicos e
adotivos.
Percebe-se também, o quanto delicado e demorado pode ser o processo de
adoção, que se fazem demorar por anos até o seu fim.
Por fim faz-se o seguinte questionamento: será que, se não existisse preconceito na
escolha das características das crianças como sexo e idade, não faria esse
processo mais célere?
É chocante ainda perceber que a adoção ainda é um entrave para muitos, por
conta da descriminação dos adotantes para com os adotados.
REFERÊNCIA

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em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>
(Acesso em: 09/03/2018).

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Adolescente. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm >
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do Brasil. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l3071.htm>
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prescrita no Código Civil. Disponível
em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/L3133.htm > (Acesso em:
09/03/2018).

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adotiva. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-
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(Acesso em: 09/03/2018).

BRASIL. Lei nº 12.010, de 3 de agosto de 2009. Dispõe sobre adoção; altera as
Leis nos 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente,
8.560, de 29 de dezembro de 1992; revoga dispositivos da Lei no 10.406, de 10
de janeiro de 2002 - Código Civil, e da Consolidação das Leis do Trabalho -
CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943; e dá outras
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(Acesso em: 17/04/2018)

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